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Luis César de A. Lemos Filho Infiltração Definição “Processo pelo qual a água atravessa a superfície do solo” “Passagem de água da superfície para o interior do solo” Fenômeno de superfície Infiltração X Movimento de água no solo (redistribuição) Importância determinante de: disponibilidade de água para culturas recarga de lençóis balanço hídrico ocorrência e magnitude do ES erosão ocorrência de enchentes vazões no período de estiagem Fundamental para dimensionamento hidráulico e proposição de práticas de manejo de BH Q = fluxo de água (m3/s) A = área (m2) H = carga (m) L = distância (m) K = condutividade hidráulica (m/s) L H AKQ Fluxo da água em meios porosos saturados Condutividade de água em condição de saturação Solo arenoso: 23,5 cm/hora Solo siltoso: 1,32 cm/hora Solo argiloso: 0,06 cm/hora Inicialmente não saturados Preenchimento dos poros garante alta taxa de infiltração A medida que o solo vai sendo umedecido, a taxa de infiltração diminui Equações empíricas Infiltração de água em solos fo = 50 mm/hora fc = 4 mm/hora Equação de Horton Infiltração conforme o tipo de solo Fatores que influenciam na infiltração divididos didaticamente em: fatores relacionados ao solo; fatores relacionados à superfície; preparo e manejo do solo; e outros fatores. Influência de cada fator pode ser explicada a partir de K0 e do selamento superficial. Fatores relacionados ao solo incluem as características e propriedades físicas, químicas e mineralógicas do solo textura estrutura densidade umidade matéria orgânica íons Na, K, Mg, Ca (dispersão) argilas expansíveis Caulinita (menor estabilidade) x montmorilonita (maior estabilidade) Textura do solo Taxa de infiltração estável (mm h-1) Cultivo Pastagem Areia franca 38,1 – 94,0 38,1 – 111,8 Franco-arenoso 17,8 – 30,5 30,5 – 38,1 Franco 10,2 – 27,9 25,4 – 63,5 Franco-siltoso 5,1 – 48,3 10,2 – 91,4 Franco-argiloso 10,2 – 25,4 15,2 – 25,4 Franco-argilo- siltoso 7,6 – 33,0 7,6 – 33,0 Argila 5,1 27,9 Fatores relacionados à superfície interferem no movimento de água através da interface ar-solo, atuando no sentido de modificar as propriedades do solo Urbana x rural Tipo de cobertura Solos descobertos – redução de até 85% na infiltração Cobertura Taxa de infiltração estável (mm h-1) Sem cobertura 27,5 Vegetação espontânea 47,6 Mucuna 45,7 Milho 32,5 Preparo e manejo do solo interfere nas propriedades do solo e nas condições de sua superfície Preparo inicial do solo Tráfego de máquinas Plantio direto x preparo convencional Tipo de cobertura Densidade do solo (g cm-3) Porosidade Condutividade hidráulica do meio saturado (mm h-1)Total Micr Macr Cerrado virgem 0,66 0,69 0,30 0,39 26,7 Plantio direto 0,92 0,60 0,40 0,20 1,3 Manejo convencional 0,84 0,63 0,39 0,24 8,2 Intensidade de precipitação (mm h-1) Taxa de infiltração estável (mm h-1) Convencional Plantio direto 63 27,5 46,6 87 17,3 47,2 Outros fatores incluem os processos naturais, tais como a precipitação e o congelamento do solo e as propriedades da água Líquidos contendo mais que 200 mg L-1 de sólidos totais não se infiltrarão no solo em taxas idênticas às observadas com água Determinação da infiltração infiltrômetros são equipamentos utilizados na determinação da taxa de infiltração da água no solo Infiltrômetro de anéis Infiltrômetro de aspersão (simulador de chuvas) Medição da Infiltração Infiltrômetro de anéis Infiltrômetro de anéis Infiltrômetro de anéis Infiltrômetro de anéis Hora Leitura (mm) Tempo acumulado (min) Diferença (mm) Infiltração acumulada Taxa de infiltração (mm/h) 10:00 50 10:01 25 / 50 10:02 28 / 50 10:03 30 / 50 10:05 30 / 50 10:07 31 / 50 10:10 29 / 50 10:15 30 / 50 10:20 30 / 50 10:25 30 / 50 10:30 30 / 50 Hora Leitura (mm) Tempo acumulado (min) Diferença (mm) Infiltração acumulada Taxa de infiltração (mm/h) 10:00 50 0 - 0 10:01 25 / 50 1 25 25 1500 10:02 28 / 50 2 22 47 1320 10:03 30 / 50 3 20 67 1200 10:05 30 / 50 5 20 87 600 10:07 31 / 50 7 19 106 570 10:10 29 / 50 10 21 127 420 10:15 30 / 50 15 20 147 240 10:20 30 / 50 20 20 167 240 10:25 30 / 50 25 20 187 240 10:30 30 / 50 30 20 207 240 Simuladores de chuvas Simuladores de chuvas Simuladores de chuvas Simuladores de chuvas Simuladores de chuvas Simuladores de chuvas Infiltrômetro de anéis X Simulador de chuvas Cultura de inverno Cobertura do solo (%) Taxa de infiltração (mm h-1) Relação anel/ simuladorInfiltrômetro de anel Simulador de chuvas Aveia-preta 90 445 57,5 7,7 Nabo-forrageiro 47 412 50,9 8,1 Trigo 36 395 47,6 8,3 Tremoço 22 354 42,3 8,4 Pousio invernal 6 362 28,3 12,8 Infiltrômetro de anéis X Simulador de chuvas Sistemas de preparo Taxa de infiltração (mm h-1) Relação anel/ simuladorInfiltrômetro de anel Simulador de chuvas Convencional 244 45 5,4 Escarificação 191 50 3,8 Plantio direto 129 58 2,2 Infiltrômetro de anéis X Simulador de chuvas valores da taxa de infiltração estável obtidos com o infiltrômetro de anéis são, em geral, entre 1,5 e 6 vezes superiores que aqueles obtidos com o uso de simuladores de chuva RAZÕES !!!!!!!!!!!!! Modelos que descrevem a infiltração Empíricos Físicos Empíricos Kostiakov Kostiakov-Lewis Horton Holtan t I t Tiet I t fif e1 ii t iI 4,1f M A GIii Físicos Philip Green-Ampt Green-Ampt-Mein-Larson m1 3 4 2 f 1 2 m f f f 21 fi 21 t 2 m t2t 2 3 Kt 2 1 t I i Água Subterrânea Prof. Luis César Hidrologia e Manejo de Bacias Hidrográficas Escoamento Subterrâneo Escoamento Subterrâneo Prof. Luis César Hidrologia e Manejo de Bacias Hidrográficas Escoamento Subterrâneo Prof. Luis César Hidrologia e Manejo de Bacias Hidrográficas Escoamento Subterrâneo Prof. Luis César Hidrologia e Manejo de Bacias Hidrográficas Escoamento Subterrâneo Aquífero: é uma formação geológica que contém água e permite que a mesma se movimente em condições naturais e em quantidades significativas; Aquiclude: é uma formação geológica que pode conter água, mas sem condição de movimenta-lá de um lugar para outro, em condições naturais e em quantidades significativas; Aquitardo: é uma formação geológica de natureza semipermeável. Transmite água a uma taxa muito baixa, comparada com a do aquífero. Prof. Luis César Hidrologia e Manejo de Bacias Hidrográficas Escoamento Subterrâneo CLASSIFICAÇÃO DOS AQUÍFEROS: - CONFINADOS; - NÃO-CONFINADOS (LIVRES). Prof. Luis César Hidrologia e Manejo de Bacias Hidrográficas Piezômetros A B hA hB A B Piezômetros Em aquíferos confinados a água pode estar sob pressão. Escoamento Subterrâneo Prof. Luis César Hidrologia e Manejo de Bacias Hidrográficas Formas de Aquíferos: - Intersticial poroso (freático ou confinado) Bacias sedimentares – Origem geológica – Rochas sedimentares (pluvial, eólica, glacial e aluvial), depósitos recentes e coberturas poligênicas. -Fissural ou fraturado: Rochas cristalinas e cristalofilianas, fraturadas ou fissuradas Origem geológica- (Vulcânica) - Carstico Fissural Rocha carbonatada, com fraturas (dissolução) e superfícies de descontinuidade primária. Origem geológia – rochas calcáricas (metamorficas) Sistemas de Fluxos subterrâneos em bacias hidrográficas FL - Fluxo local; FI – Fluxo intermediário; FR- Fluxo regional FL FI FR Escoamento Subterrâneo Prof. Luis César Hidrologia e Manejo de Bacias Hidrográficas Escoamento SubterrâneoProf. Luis César Hidrologia e Manejo de Bacias Hidrográficas Physical Hydrology, Dingman, 2002 Contaminação de aquíferos Descarga de Água subterrânea Esvaziamento da água subterrânea contida na bacia mantém a vazão do rio nos períodos de estiagem. Escoamento de base L RL dsqqtQ 0 )( s Escoamento de base é igual à integral da contribuição subterrânea para a rede de drenagem ao longo de todo o comprimento (L) Processos de interação entre águas superficiais e subterrâneas Relações físicas entre os rios e aqüíferos: - sistema hidraulicamente conectado em condição efluente - sistema hidraulicamente conectado em condição influente - sistema hidraulicamente desconectado. REVISÃO DE LITERATURA 8 Aquífero Guarani
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