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Um paralelo entre a obra de Nigel Cawthorne A Vida Sexual dos Ditadores e a obra de Eric

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ALUNO BRUNO RODRIGUES DO PRADO 
 
SEMINÁRIO DE PESQUISA SOBRE A ERA MODERNA 
Um paralelo entre a obra de Nigel Cawthorne “A Vida Sexual dos Ditadores” e a obra de Eric 
J Hobsbawm “A Era Das Revoluções”, acerca da trajetória política de Napoleão Bonaparte. 
 
O CONTEXTO DA REVOLUÇÃO 
Hobsbawm nos trás uma análise sobre a Revolução Francesa no terceiro capítulo de sua obra 
“A Era Das Revoluções”, e já no início afirma que assim como a Grã-Bretanha forneceu o modelo 
para a “Explosão Econômica” burguesa, a França forneceu o modelo para as “Revoluções”, de forma 
que deu ideias, cores e bandeiras a praticamente todas as nações emergentes entre 1789 e 1917. Além 
disso, a França forneceu o vocabulário e os temas da política liberal e radical-democrática para a 
maior parte do mundo. Sendo um vocabulário do nacionalismo acompanhado de modelos de leis e de 
organização social, a ideologia do mundo moderno atingiu os antigos regimes através da Revolução 
Francesa. 
 Porém Robert Darnton, em “O beijo de Lamourette”, afirma que, em 1789, ninguém estava 
preparado para uma revolução. A própria ideia nem sequer existia. Nesse sentido, Hobsbawm pontua 
que, durante os anos decorrentes, as divergências entre os próprios revolucionários iam se tornando 
cada vez mais complexas. Esquerda e Direita se revezavam nos momentos de crises, mas mantinham 
algo em comum nos seus governos, a imposição do medo sobre as massas. Ambas também não 
sabiam como alcançar a estabilidade política e como avançar nas bases do programa liberal. As 
rápidas alternâncias de regime – Diretório (1795-9), Consulado (1799-1804), Império (1804-14) e as 
demais que se seguiram, foram todas tentativas para se manter uma sociedade burguesa evitando ao 
mesmo tempo o duplo perigo da república democrática jacobina e do velho regime. 
 Em 1795, o governo do Diretório dependia cada vez mais do Exército para dispersar a 
oposição em conflitos internos. No âmbito externo, o Exército permanecia quase inativo, afim de 
assegurar o poder do fraco regime. A partir de 1799, a classe média, ávida por expansão incentivou o 
Exército a resolver esta situação. O que levou-o a busca por conquistas externas e consequente 
lucratividade com as pilhagens, neste momento Napoleão ganhou destaque no contexto político 
francês e decidiu que o exército podia prescindir totalmente do débil regime civil. 
 
O EXÉRCITO REVOLUCIONÁRIO 
 Este Exército revolucionário foi o mais formidável rebento da República Jacobina. Formado 
por uma leva de cidadãos revolucionários, ele logo se transformou em uma força de combatentes 
profissionais, pois não houve recrutamento entre 1793 e 1798, somente voluntários com aptidão para 
o militarismo. Portanto, ele reteve as características da Revolução e adquiriu as características do 
interesse estabelecido. A Revolução deu-lhe sua superioridade militar sem precedentes, que o 
soberbo generalato de Napoleão viria a explorar. De forma curiosa, o Exército Revolucionário 
desprezou a disciplina formal da caserna, os soldados eram tratados como homens e a regra absoluta 
de promoção era por merecimento (distinção em batalha), produzindo uma hierarquia simples de 
coragem. 
 
 UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS 
 FACULDADE DE HISTÓRIA 
 PROF: ROBERTO ABDALA 
 DISC: HISTÓRIA MODERNA II 
 
 Através desse regime o Exército Francês, apoiado no senso de arrogante missão 
revolucionária e diferenciando-se cada vez mais de Forças mais ortodoxas, foi capaz de construir um 
sistema efetivo de suprimento, pois se apoiava nos campos. Jamais foi amparado por uma indústria 
de armamentos adequada a suas necessidades; mas ele venceu suas batalhas tão rapidamente que 
necessitava de poucas armas: em 1806 a grande máquina do exército prussiano ruiu perante um 
exército em que uma unidade militar inteira disparou somente 1400 tiros de canhão. Os generais 
podiam confiar em uma coragem ofensiva ilimitada e em uma quantidade razoável de iniciativa local. 
 
A TRAJETÓRIA DE NAPOLEÃO 
 Hobsbawm ainda pontua que, Napoleão era uma espécie de duro primeiro-sargento ou uma 
espécie de oficial de campanha, o qual foi promovido por bravura e liderança ao invés excepcional de 
inteligência. Ele foi capaz de vencer batalhas que todos os seus marechais juntos tendiam a perdê-las. 
Seu sistema de suprimento se baseava nas pilhagens que promovia logo após às invasões aos países 
mais ricos, entre os quais se destacam: Bélgica, norte da Itália e Alemanha, porém nos áridos espaços 
da Polônia a da Rússia, ele ruiu. E ruiu não devido às baixas em batalha, mas sim por ferimentos, 
doenças, exaustão e frio. Entre 1800 e 1815 Napoleão perdeu 40% de seus homens por saúde e 20% 
por deserção. 
 Hobsbawm afirma que o Exército Francês conquistou toda a Europa em curtas e vigorosas 
rajadas não apenas porque podia fazê-lo, mas porque tinha que fazê-lo. Ele ainda afirma que o 
exército era uma carreira como qualquer outra das muitas abertas ao talento pela revolução burguesa, 
e os que nele obtiveram sucesso tinham um interesse investido na estabilidade interna como qualquer 
outro burguês. Foi isto que fez do exército, um pilar do governo pós-termidoriano, e de seu líder 
Bonaparte uma pessoa adequada para concluir a revolução burguesa e começar o regime burguês. O 
próprio Napoleão embora de família tradicional, porém em decadência, formado nos padrões 
cavalheirescos da academia militar, era um carreirista típico daquela espécie. Nascido em 1769, 
ambicioso, descontente e revolucionário, subiu vagarosamente na artilharia, um dos poucos ramos do 
exército real em que a competência técnica era indispensável. Durante a Revolução, ganhou 
reconhecimento em um fronte de suma importância, fato este que lhe rendeu a promoção a General. 
Em seguida se destacou na campanha da Itália em 1796, que fez dele o primeiro soldado da 
República. O poder foi meio atirado sobre seus ombros e meio agarrado por ele quando as invasões 
estrangeiras de 1799 revelaram a fraqueza do Diretório e a sua própria indispensabilidade. Dessa 
forma tornou-se cônsul, depois cônsul vitalício e Imperador. Em poucos anos a França tinha um 
código civil, um acordo com a igreja e um banco nacional. E o mundo tinha o seu primeiro mito 
secular. 
 O extraordinário poder deste mito não pode ser adequadamente explicado nem pelas vitórias 
napoleônicas, nem pela sua propaganda, nem tão pouco pelo próprio gênio indubitável de Napoleão. 
Como homem ele era inquestionavelmente brilhante, versátil, inteligente e imaginativo, embora o 
poder o tivesse tornado sórdido. Como general, não teve igual; como governante, foi um planejador, 
chefe e executivo soberbamente eficiente e um intelectual suficientemente completo para entender e 
supervisionar o que seus subordinados faziam e como indivíduo parece ter irradiado um senso de 
grandeza. 
 Hobsbawm afirma que o que mais o surpreendia era fato do mito Napoleônico se igualar aos 
conhecidos do passado como Alexandre e Júlio César, sendo Napoleão um simples militar de carreira 
formado pela academia francesa. De forma que era tão inspirador que todo jovem intelectual que 
devorasse livros, como o fez Napolão na juventude, ou escrevesse maus poemas e romances e 
adorasse Rousseau poderia, a partir daí, ver o céu como limite. 
 Napoleão deu à ambição um nome pessoal no momento em que a dupla revolução tinha 
aberto o mundo aos homens de vontade. E ele foi mais ainda. Foi um homem civilizado do século 
XVIII, racionalista, curioso, iluminado, mas também discípulo de Rousseau o suficiente para ser 
ainda o homem romântico do século XIX. Foi o homem da Revolução, e o homem da estabilidade. 
Em síntese, foi a figura com que todo homem que partisse os laços com a tradição podia-se 
identificar em seus sonhos. 
 
O JOVEM NAPOLEÃO 
 Nigel Cawthorne (64), nos trás uma irreverente galeria de déspotas e ditadores atravésuma 
visão pitoresca de suas vidas particulares, para ser mais exato de suas vidas sexuais. Dessa forma, em 
seu primeiro capítulo ele fala sobre Napoleão que é meu foco neste trabalho. Reservo-me ao direito 
de apenas utilizar a obra de Nigel como produto de comparação afim de estabelecer com o texto de 
Hobsbawm paralelos pertinentes e enriquecer o conteúdo do texto com o estilo cômico que Nigel 
escreve, porém não aprofundei estudos afins para descobrir se alguns fatos acorreram ou não daquela 
maneira. Nesse sentido, o que posso dizer sobre Cawthorne é que se trata de um escritor e jornalista 
inglês, possuidor de obras de ficção e não ficção. Portanto, a obra em questão é classificada pelo 
próprio autor como não ficção e produto de longas pesquisas. 
 Nigel Cawthorne escreve que em 1783, Napoleão com 14 anos, ainda no colégio militar de 
Brienne, era conhecido por sua incapacidade de ser sociável. Afeiçoou-se a um garoto chamado 
Pierre François, corriam rumores de que François era uma “ninfa” e Napoleão tina ciúmes dele com 
outras amizades. Os dois foram juntos para academia militar, porém lá François foi tragado pelo 
comportamento homossexual em meio aos novos círculos de amizade o que resultou na quebra da 
amizade entre os dois. 
 Em 1785, Napoleão galgou seu primeiro posto como 2º Tenente de Artilharia, aos 16 anos, 
servindo em Valência, ele viveu seu primeiro romance com a jovem Caroline Du Colombier em 
1786. Foi uma relação pueril com pequenos encontros e inocência. Somente em 1787, aos 18 anos, 
já como 1º tenente, é que Napoleão perdeu sua virgindade com uma prostituta do Palais Royal, em 
Paris. Ele chegou a escrever em seu diário que se tratou de “uma experiência filosófica” e estava 
profundamente animado pois acabara de receber um pagamento atrasado. O resultado da experiência 
não foi tão animador assim porque Napoleão se desapontou com a experiência da jovem. 
 Em 1789 iniciou a Revolução Francesa, Napoleão estava com 20 anos, no provável posto de 
capitão e servindo na capital parisiense. 
 
NAPOLEÃO NO CONTEXTO DA REVOLUÇÃO 
 Em 1794, a França já vivia cinco anos de Revolução, Napoleão estava aos 25 anos e no 
provável posto de Major, ele se apaixonou pela primeira vez. O objeto de sua afeição era a jovem 
Désirée Clary. Ela era cunhada de seu irmão mais velho e esperava que a influência de seu irmão lhe 
abrisse caminho. Porém não foi bem isto que aconteceu. A família aristocrata da jovem que vivia em 
Marselha não aprovou a relação pois achavam que bastava um Bonaparte sem tostão na família e não 
queriam outro. Os dois mantiveram um namoro por cartas recheadas de romance até que um dia 
Napoleão lhe escreveu uma carta retirando o anterior pedido de casamento e juras de amor eterno, 
pois não achava justo prender sua amada somente por cartas. 
 Ansioso por se casar, Napoleão desviou a atenção para mulheres mais maduras. Pediu a mão 
de pelo menos duas delas, a senhora Montansier que tinha 70 anos e o considerava um malvestido 
pois andava com botas e chapéu surrados. Posteriormente a viúva Permom, que apesar de achar que 
Napoleão possuía um coração digno de devoção, não lhe levou muito a sério. 
 Em 1795, no posto de tenente coronel, e com 26 anos Napoleão viu sua sorte mudar quando 
comandou em Paris um destacamento que derrotou uma coluna de monarquistas que marchara contra 
a Assembleia Nacional. Do dia para noite, tornou-se salvador da república e foi nomeado General de 
Brigada, comandante do Exército do interior. Desse dia em diante, ele passou a usar uniformes novos 
e se mudou de seu hotel vagabundo para uma cãs na Rua dês Capucines e ganhou sua própria 
carruagem. 
 No comando do Exército do interior, Napoleão agora era convidado para todos os bailes 
importantes. Embora ainda houvesse controvérsia a respeito de seus encantos, algumas jovens 
ficavam impressionadas com seus traços “gregos” e com olhos grandes que pareciam iluminar-se 
quando ele falava. “Ninguém diria que é militar”, uma delas escreveu, Bonaparte não tem nada de 
arrojado, nenhuma arrogância, nenhuma fanfarrice, nenhuma rudeza.” Muitas concordavam que ele 
era magro de dar dó. 
 Napoleão conheceu Josefina, sua futura esposa, uma viúva de 32 anos, através de uma ordem 
pública que Napoleão dera de que todas as armas dos cidadãos deveriam ser recolhidas pela 
autoridade militar. Dessa maneira, Josefina que possuía um casal de filhos, cujo menino gostava 
imensamente da espada do pai, foi pedir pessoalmente ao general para que pudesse ficar com a espaa 
do falecido marido. Napoleão ficou impressionado com a devoção do menino pela espada e pelos 
dotes físicos de Josefina, então lhe pediu consentimento para visitá-la. 
 Josefina provavelmente não se impressionou com o que viu naquele homem, porém percebeu 
que poderia ser um partido promissor e o convidou para suas reuniões de quinta-feira. Josefina era a 
ex-viscondessa da Martinica. Durante a fase do Terror seu marido foi decapitado e desde então vivia 
às custas de seus encantos juntos a alta sociedade masculina, pois havia se endividado completamente 
para manter um estilo de vida extravagante e luxuoso ao passo que seus bens lhe foram confiscados 
após a morte do marido. Josefina se acostumou tanto a dormir com os poderosos da França pós 
revolucionária que os serviços de segurança lhe pagavam para não revelar as confidências que ouvia. 
Seu principal amante era o próprio Paul Barras, líder do Diretório. 
 Napoleão confessou a um amigo que Josefina lhe infundia confiança e possuía um certo ar de 
intrigante sensualidade e não tardou para que ele se apaixonasse perdidamente. É possível que ele 
sabia do relacionamento dela com Barras, pois dizia-se que todos em Paris sabiam. Assim como de 
seu caso com o general Hoche, pois numa noite de jantar Napoleão quase se desentendeu com Hoche 
e só não aconteceu por intervenção de Josefina. 
 Mas Barras estava ansioso por passar para outro as despesas de Josefina e tanto melhor se 
fosse jovem e ingênuo. Napoleão então se tornou amante de Josefina. Para Josefina, fazer amor era 
uma forma agradável de encerrarem juntos uma agradável noite. Para Napoleão, era transcendental 
cada noite com sua amada. O ajudante-de-ordens de Napoleão, Auguste Marmont, testemunhou que 
as consequências da consumação deste sentimento estava próximo do sentido literal de louco de 
amor. Napoleão escrevia cartas, poemas e romances para Josefina, que se divertia com sua Dama de 
companhia ao ler. 
 Napoleão foi aconselhado por Barras a se casar com Josefina, e que ele terial muito a ganhar 
socialmente, sendo ela uma rica aristocrata. Napoleão como um esnobe incurável a pediu em 
casamento, confessando mais tarde durante seu exílio que a amava porém não a respeitava, e na 
realidade a julgava possuidora de uma vasta fortuna, o que comprovou só mais tarde não ser 
verdade. 
 
O CASAMENTO DE NAPOLEÃO 
 Napoleão se casou em 9 de março de 1796 aos 27 anos, no posto de general de brigada, na 
função de comandante do Exército Interior e servindo em Paris. Josefina com 32 anos, viúva, com 
dois filhos e falida. A França se encontrava sob o governo do Diretório e estava no seu sétimo ano de 
revolução. Uma semana após o casamento o Líder do Diretório, Barras, transferiu Napoleão para o 
norte da Itália e o nomeou comandante do exército da Frente Italiana. 
 Bonaparte foi morar com Josefine na residência dela na rua Chanterine, ao se mudar pediu 
para que a esposa trocasse a decoração do quarto que rendia homenagem ao falecido marido. Na 
noite de Núpcias o cão de Josefina mordeu a perna de Napoleão e após uma semana deu por 
encerrada sua lua de mel a partiu para Itália, afim de enfrentar uma das mais pesadas frentes de 
batalha. Enquanto isso Josefina se divertia com uma séria de amantes generosos, entre os quais se 
destacou o jovem oficial de cavalaria o tenente Hippolyte Charles. 
 Napoleão lhe escrevia continuamente cartasapaixonadas e numa delas pediu para que ela o 
encontrasse em Milão. Josefina não o respondeu enão foi ao seu encontro pois estava ocupada com 
Hippolyte. O que lhe partiu o coração. Mais tarde quando avançou com o Exército para o centro da 
Italia, pediu para que ela o encontrasse em Brescia, ela fi imediatamente porque agora seu amante, o 
tenente Charles se encontrava sob o comando de Napoleão. 
 As batalhas nas frentes italianas foram prejudicadas porque Napoleão se dividia entre o 
comando das tropas e a confecção de cartas apaixonadas para Josefine. Josefine por sua vez, se 
divertia ao mostrar as cartaz a uma amiga, as quais traziam uma caligrafia quase indecifrável, um tom 
profundamente poético e observações de como sentia saudades da floresta negra de josefine e como a 
beijaria se a encontrasse. 
 A Frente Italiana recuou e Napoleão voltou a ocupar Milão, solicitando novamente para 
Josefine fosse ao seu encontro, porém ela não foi. Retornando a Paris, Napoleão foi alertado por seus 
irmãos sobre o relacionamento de Josefine e o tenente Charles. Ao interpelar a esposa, esta se pôs a 
chorar e prometeu que nunca mais iria voltar a ver o amante. Napoleão acreditou e não levou a sério 
o caso, pois considerava Hippolyte um reles tenente dificilmente um rival para um general vitorioso. 
 Napoleão levou Josefine a Toulon, onde embarcaria as tropas para o Egito. Pois havia sido 
nomeado Comandante da Frente de Batalha na África. Durante este período tentou engravidar a 
esposa porém sem êxito. Em 1798, durante o comando das tropas no Egito, foi informado que 
Josefine voltara a lhe ser infiel e que todos riam dele em Paris. Para dar o troco, ordenou ao secretário 
que arrebanhasse todas as mulheres que encontrasse. Foi então que Napoleão iniciou sua fase de 
adultério explicitamente. A jovem Pauline Fourés, 19 anos, lhe atraiu muita a atenção, Napoleão 
enviou o marido dela Nilo acima e depois de volta a Paris, enquanto instalou Pauline numa casa 
próxima ao quartel general. E fez com que as notícias sobre seu caso amorosa chegasse te Josefine. 
 Durante o bloqueio britânico ao Egito em 1799, Napoleão conseguiu fugir de Cáiro e retornar 
a Paris, porém as cartas na qual confessava seu caso amoroso para Josefine, foram interceptadas 
pelos ingleses e publicadas em Londres e transcritas pelos jornalistas franceses. Enquanto isso 
Josefine havia voltado a se encontrar com Charles e tentava utilizar sua influência para promovê-lo. 
O escândalo abalou a imagem do casal, e causou uma séria crise conjugal. 
 Napoleão passou três dias trancado no quarto deixando Josefine em desespero, pois apesar de 
tudo, queria preservar seu casamento. Somente quando seus enteados o chamaram pela porta é que 
Napoleão finalmente abriu. O relacionamento de ambos mudou desse dia em diante. Josefina se 
agarrou ao seu amor enquanto Napoleão buscava prazeres fora do casamento. 
 Em 1799, Napoleão se torna cônsul e em seguida ditador e desde então deu ordens ao chefe 
dos ajudantes de ordens, Duroc, passou a arrebanhar moças e lavá-las para o quarto ao lado do 
estúdio. Elas eram instruídas a se despir e deitar na cama para atender às necessidades do general, 
assim que ele encerrasse o expediente. 
 Certa vez ele comentou que o adultério era uma brincadeira por trás da máscara... e nem de 
longe constitui um fenômeno raro, mas sim uma ocorrência no sofá bastante comum. E agora 
Josefina estava desesperada para assegurar sua posição. A dessa forma, procurou abster-se de seus 
casos para agora tentar controlar o marido. 
 Durante a segunda campanha da Itália, Napoleão continuou com suas exigências em relação a 
uma amante por dia. E quando Josefina lhe perguntava o motivo pelo qual fazia aquilo, ele 
esbravejava dizendo que as leis da moralidade e da sociedade não se aplicam a ele. Pois eu sou 
Napoleão. 
 Em 1804, Napoleão se coroou imperador e Josefine se dedicava cada vez mais ao seu marido. 
Porém não foram suficientes seus cuidados, em 1806 uma das concubinas de Napoleão ficou grávida 
e Josefina conformou com seu destino. Quando Eleonore Denuelle deu à luz à um menino, Napoleão 
assumiu a paternidade porém não desfez com Josefina. No decorrer do tempo, Josefine se acostumou 
em sua situação e acabou por até facilitar as coisas para o marido, para isso vivia rodeado de damas 
de companhia que satisfaziam os desejos de Napoleão quando assim ele desejasse. 
 Certa vez confidenciou ao general Louis de Caulaincourt que não gostava muito das 
mulheres, pois quando se trata elas muito bem, elas estragam tudo. As coisas começaram a mudar 
quando Napoleão empreendeu sua última campanha contra a Rússia. Ao tomar a Polônia, ele 
conheceu a condessa Marie Walewska, de 20 anos, que ficou interessada pelo herói aclamado como 
libertador da Polônia. Porém, ela não deu chances aos elogios da Napoleão, pois além de casada com 
o Conde era também uma católica devota. Porém o próprio conde, aquiesceu e a contragosto permitiu 
que a esposa fosse aos aposentos do imperador. Napoleão pulou em Marie e a violentou, porém o 
caso durou três anos e ainda contemporâneos afirmam que Marie foi a única milher que Napoleão 
realmente amou. 
 Mais tarde retornando à Fraça, Napoleão que acreditava ter tido outro filho com a condessa e 
comprovando para si mesmo que não era estéril, se divorciou de Josefine, para novamente se casar 
com alguém que pudesse lhe dar um filho legítimo. Assim Napoleão escolheu a herdeira do trono 
austríaco, a jovem Maria Luísa, com 18 anos. A aliança se revelou um erro político e logo conduziu à 
guerra contra a Rússia. 
 Em 1811, Maria lhe deu um herdeiro e em seguida perdeu o poder e foi exilado na ilha de 
Elba. Maria que acompanhou o marido se apaixonou pelo conde Neipperg enviado por seu pai para 
seu ajudante de Napoleão. 
 Napoleão soube que Josefine morrera e em seguida foi exilado na ilha de Santa Helena. Nesta 
ocasião, levou consigo quatro amigos e especulou-se sobre o homossexualismo de Napoleão. Com 42 
anos, depois da desastrada campanha contra a Rússia, Napoleão ficou impotente, provavelmente 
devido à falência de suas glândulas endócrinas. Também o afligia uma ardência ao urinar, causada 
pelo depósito de cálcio em sua uretra.

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