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Aula - Seguridade Social

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2022.2
DIREITO PREVIDENCIARIO
SEGURIDADE SOCIAL NA 
CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988
Carlos Alberto de Castro Lazzari Batista (Manual de Direito Previdenciário)
Marisa Ferreira dos Santos (Esquematizado – Direito Previdenciário)
Gustavo Filipe Garcia Barbosa ( Direito do Trabalho, Seguridade Social e Processo Civil. A evolução diante das mudanças no sistema jurídico)
Wagner Roberto de Oliveira (Manual de Direito Previdenciário)
BIBLIOGRAFIA
CONSTITUIÇÃO FEDERAL 1988
LEI Nº 8.213/91 (Planos de Beneficio da Previdência Social)
LEI Nº 8.212/91 (Organização da Seguridade Social)
EC 103/2019 (Altera o sistema de previdência social e estabelece regras de transição)
DECRETO 3.048/1999 (Aprova o Regulamento da Previdência Social)
LEGISLAÇÃO
Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil:
I - construir uma sociedade livre, justa e solidária;
II - garantir o desenvolvimento nacional;
III - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais;
IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação. 
OBJETIVOS FUNDAMENTAIS DA RFB
Art. 6º. São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição.
DIREITOS SOCIAIS CONSAGRADOS NA CRFB
“Pela definição constitucional, a seguridade social compreende o direito à saúde, à assistência social e à previdência social, cada qual com disciplina constitucional e infraconstitucional específica. Trata-se de normas de proteção social, destinadas a prover o necessário para a sobrevivência com dignidade, que se concretizam quando o indivíduo, acometido de doença, invalidez, desemprego, ou outra causa, não tem condições de prover seu sustento ou de sua família” (SANTOS, Marisa Ferreira dos, 2020, p. 44).
SEGURIDADE SOCIAL
CONCEITO
Art. 194. A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência social.
Portanto, é papel da seguridade social garantir proteção capaz de promover o mínimo necessário à sobrevivência com dignidade, à efetivação do bem-estar, à redução das desigualdades.
SEGURIDADE SOCIAL NA CRFB
QUEM É BENEFICIÁRIO DA ASSISTÊNCIA SOCIAL?
TODOS os que vivem no território nacional, sob alguma perspectiva, estão protegidos pela seguridade social. Afinal, se o necessitado for segurado da previdência social, fará jus à concessão de um benefício previdenciário; se não for segurado de nenhum dos regimes previdenciários disponíveis e preencher os requisitos legais, terá direito à assistência social; por fim, ricos ou pobres, segurados ou não da previdência, têm direito à saúde pública.
SEGURIDADE SOCIAL NA CRFB
SEGURIDADE SOCIAL NA CRFB
PRINCIPIOS DA SEGURIDADE SOCIAL
 Todos os que vivem no território nacional têm direito ao mínimo indispensável para sobrevivência com dignidade. 
 A universalidade de cobertura garante a proteção para os mais variados riscos ou contingências sociais possíveis: doença, invalidez, velhice, morte (diz respeito à proteção). 
 A universalidade do atendimento garante que toda e qualquer pessoa possa ser amparada pelo sistema da seguridade social (diz respeito aos sujeitos). 
UNIVERSALIDADE DA COBERTURA E DO ATENDIMENTO
PRINCÍPIOS DA SEGURIDADE SOCIAL
Por meio deste princípio, a CF/1988 garantiu a isonomia no tratamento entre os trabalhadores rurais e urbanos. Assim, o mesmo plano de proteção social será ofertado aos trabalhadores do campo e da cidade. 
Uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às populações urbanas e rurais
 É papel do legislador, quando da elaboração da lei, selecionar as contingências geradoras das necessidades que a seguridade deve cobrir (quem/quais situações). O foco é garantir a maior proteção social possível, o maior bem-estar.
De acordo com Marisa Ferreira dos Santos (2020, p. 49): “a escolha deve recair sobre as prestações que, por sua natureza, tenham maior potencial para reduzir a desigualdade, concretizando a justiça social. A distributividade propicia que se escolha o universo dos que mais necessitam de proteção”. 
Seletividade e distributividade na prestação dos benefícios e serviços
O valor inicial dos benefícios não pode ser reduzido. O objetivo é garantir que o valor dos benefícios seja suficiente para suprir os mínimos necessários à sobrevivência com dignidade. 
A irredutibilidade também protege o valor do benefício de variações causadas pela inflação, de modo que o art. 201, §4º, da CF, assegura o reajuste dos benefícios para preservar-lhes o valor real.
IRREDUTIBILIDADE DO VALOR DOS BENEFÍCIOS
 O conceito de equidade está ligado à noção de justiça. Por meio da equidade na forma de participação do custeio, considera-se a atividade exercida pelo sujeito passivo e sua capacidade econômica, os dois fatores serão considerados na definição do valor da contribuição.
 
 O tipo da atividade é relevante porque algumas atividades possuem maior probabilidade de gerar contingências com cobertura da seguridade social. Logo, uma empresa que explora atividade econômica com maior risco aos trabalhadores deve custear à seguridade social em valor mais elevado que outras empresas.
EQUIDADE NA FORMA DE PARTICIPAÇÃO DO CUSTEIO
Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais:
 I - do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei, incidentes sobre:
a) a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer título, à pessoa física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)
b) a receita ou o faturamento; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)
c) o lucro;
 II - do trabalhador e dos demais segurados da previdência social, podendo ser adotadas alíquotas progressivas de acordo com o valor do salário de contribuição, não incidindo contribuição sobre aposentadoria e pensão concedidas pelo Regime Geral de Previdência Social;
 III - sobre a receita de concursos de prognósticos.
 IV - do importador de bens ou serviços do exterior, ou de quem a lei a ele equiparar.
DIVERSIDADE NA BASE DE FINANCIAMENTO
A gestão da seguridade social é quadripartite, com a participação de representante dos trabalhadores, dos empregadores, dos aposentados e do Poder Público nos órgãos colegiados, conforme expresso no art. 194, parágrafo único, VII, CF/1988.
Os representantes atuam em órgãos colegiados de deliberação, como o Conselho Nacional da Assistência Social; Conselho Nacional de Saúde e Conselho Nacional de Previdência Social. O papel de tais conselhos é formular políticas públicas de seguridade e controle das ações de execução.
Caráter democrático e descentralizado da gestão administrativa. Participação da comunidade
Art. 194. A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência social.
Parágrafo único. Compete ao Poder Público, nos termos da lei, organizar a seguridade social, com base nos seguintes objetivos:
VII - caráter democrático e descentralizado da administração, mediante gestão quadripartite, com participação dos trabalhadores, dos empregadores, dos aposentados e do Governo nos órgãos colegiados. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)
Caráter democrático e descentralizado da gestão administrativa. Participação da comunidade
Tal regra não está prevista expressamente como um princípio da seguridade social no art.194 da CF/1988. Mas, a doutrina o considera como verdadeiro princípio da seguridade social, afinal a seguridade só pode ser efetivada com o equilíbrio de suas contas, com a sustentação econômica e financeira do sistema. 
 A CF prevê que a criação, instituição, majoração ou extensão de benefícios e serviços devem estar calçadas em verbas já previstas no orçamento.
 Art. 195, § 5º Nenhum benefício ou serviço da seguridade social poderá ser criado, majorado ou estendido sem a correspondente fonte de custeio total.
A REGRA DA CONTRAPARTIDA
“Educação não transforma o mundo. Educação muda as pessoas. Pessoas transformam o mundo.”
Paulo Freire
 
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