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UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL – UNIJUÍ
DEPARTAMENTO DE HUMANIDADES E EDUCAÇÃO- DHE
ACADÊMICO: ____ Andressa Christmann ______________________________________
CURSO:___ Letras -Porrtuguês e inglês ___________________________________
	FICHAMENTO DE LEITURA: ANDRESSA CHRISTMANN 
	REFERÊNCIA: GOLDSTEIN, Norma Seltzer: Versos, sons, ritmos - 14 ed. rev. e atualizada - SP: Ática 2006; 112p. -(Princípios: 6).
	LOCAL: Biblioteca pessoal e em https://classroom.google.com/u/1/w/Mjc2OTM4OTI1NDQ2/t/all
	RESUMO: No livro escrito por Norma Seltzer Goldstein, a autora busca trazer que a poesia contém significados, musicalidade, conceitos e explicações de cada assunto. Sendo assim, no livro Versos, sons, ritmos a autora fala da análise do poema de uma forma explicativa de como interpretar e entender um texto poético entendendo e aprofundando conhecimentos com alguns conceitos, como por exemplo: Os recursos fônicos e rítmicos, metrificação, rimas, versos, estrofes, texto literário, não literário, plurissignificação, entre diversos outros tópicos.
	CITAÇÕES: 
“Ler poesia é um modo de ser: Ser Criança, ser criativo, ser aberto às sugestões do poema e às associações entre os elementos que o compõem." GOLDSTEIN, pág. 5 
“RITMO = “é formado pela sucessão, no verso, de unidades rítmicas resultantes da alternância entre sílabas acentuadas (fortes) e não-acentuadas (fracas); ou entre sílabas constituídas por vogais longas e breves.” (GOLDSTEIN, pág. 11)
 “O modo de compor traduz a visão de mundo de uma certa época. Muda o modo de vida, mudam as formas artísticas. Cada poeta escolhe, o ritmo que julgar adequado ao tema, que vai tratar. O leitor deve buscar integrar o ritmo, seja ele qual for, aos demais aspectos estruturadores do poema. GOLDSTEIN, pág. 51 
CAPÍTULO 1 – LEITURA DO POEMA:
 No primeiro capítulo fora retratando alguns aspectos como por exemplo: Poemas tem pernas, ou seja, Poemas são organismos vivos fazendo com que sejam eles próprios chaves para sua compreensão e para o poeta Jolibert (1994), o mesmo diz que os poemas exigem uma leitura plural, tabular, em vez de uma leitura linear, ou meramente ilustrativa.
O livro também traz aspecto como o texto não literário, que pode ser entendido como a seleção e combinação das palavras se dá pela significação. seleção de palavra, também, no mesmo capítulo temos o texto literário que pode ser visto como a Significação + parentesco sonoro =DISCURSO ESPECÍFICO e, um outro aspecto muito importante é a plurissignificação, que significa que “O texto literário adquire certo grau de tensão ou ambiguidade, surgindo mais de um sentido”
Dados os fatos, Em toda a comunicação, todos os seis elementos estão presentes, mas sempre uma função é predominante. Abaixo temos alguns exemplos:
--EX: Poesia romântica do século XIX = versos e subjetividade - Manifesta a função emotiva marcada por pronomes e versos na primeira pessoa;
-EX: Na poesia simbolista e modernista = manifestação pelo fazer poético e artístico - Além da função poética fica evidente a função metalinguística.
Ademais, no subtítulo “Unidade do Poema”, vemos que este é fruto de características que lhe dão originalidade que o consideram próprias, e, é possível isolar alguns aspectos quando analisamos os poemas, onde o leitor não deve perder de vista o horizonte da unidade do poema, mas sim poder identificar os seguintes itens: quem o escreveu, quando o fez, com que finalidade, dirigido a qual interlocutor e se a leitura feita anteriormente é a mesma da qual foi lida anteriormente, sendo assim é necessário ter o texto e contexto no poema.
CAPÍTULO 2– O RITMO DO POEMA:
Goldstein divide esse capítulo em quatro subtítulos, sendo eles “no compasso da vida, o compasso dos versos, palavra-chave e jogo de sons, e, o ritmo como criação do poeta”. No primeiro subtítulo, a autora destaca que os ritmos estão presentes em tudo que há na nossa vida, ou seja, estão presentes em todo o local, especialmente quando se trata de poesia por seu caráter de oralidade. Ainda sem ler em voz alta, percebemos os ritmos que se estabelecem nos poemas. O ritmo representa a coordenação sonora do poema e facilita a memorização.
Já em “o compasso dos versos'', Norma busca trazer que muitas vezes, o ritmo remete ao significado do poema, gerando musicalidade (música e ritmo). Como na música “A Banda (Chico Buarque)”, que em seus versos constrói a imagem de alegria, animação, jovialidade e movimento. 
Estava à toa na vida,
O meu amor me chamou,
Pra ver a banda passar
Cantando coisas de amor.
Como pode ser visto, nos versos há uma harmonia muito bem estabelecida. Percebemos isso pela observação das sílabas poéticas que são sílabas fortes e fracas que se estabelecem nos versos dos poemas. É importante não confundir as sílabas poéticas com as gramaticais, pois sua divisão ocorre de maneira diferente e para determinar as sílabas poéticas de um poema, conta-se até sua última sílaba tônica. A representação das sílabas fracas é U e a representação das sílabas fortes é ___. Um aspecto importante destacado no capítulo é a alternância entre as sílabas fortes e fracas e esse processo se chama cadência.
No terceiro subtítulo “palavra-chave e jogo de sons” os efeitos sonoros são construídos pelos escritores durante a criação de seus versos. Um dos recursos mais expressivos é a anáfora, que consiste na repetição de uma mesma palavra, na mesma posição, em versos diferentes. O recurso utilizado para a ruptura de sentido e de sequência sonora como pode ser visto no poema José (Carlos D. de Andrade).
 Se você gritasse,
se você gemesse,
se você tocasse
a valsa vienense,
se você dormisse,
se você cansasse,
se você morresse...
Mas você não morre,
você é duro, José.
No subtítulo “O ritmo como criação do poeta” a autora busca trazer alguns conceitos como o ritmo, metro e verso, que são noções da tradição literária. Por isso, há leis de metrificação estabelecidas que representam esquemas para a composição dos versos. No sistema qualitativo, as regras dividem os versos em pés (ou segmentos) compostos de sílabas longas e breves. No sistema silábico, as regras determinam a posição das sílabas fortes em cada tipo de verso. O ritmo, portanto, é formado pela sucessão no verso de unidades rítmicas resultantes da alternância entre sílabas fortes e fracas ou entre sílabas constituídas por vogais longas e breves.” (GOLDSTEIN, p. 17) A partir do século XX, passou a se considerar as unidades rítmicas, não apenas silábicas, para que seja possível analisar o ritmo do verso livre e criação modernista que apresenta um “ritmo novo, liberado e imprevisível”. (GOLDSTEIN, p. 18)
Para tanto, a autora deixa outro conceito importante, a métrica(ou metrificação: sinônimo de versificação, é o estudo dos metros, pés, acentos e ritmo do verso), que apesar de cada período literário assumir uma postura diferente em relação às normas de metrificação, é no século XX, com o Modernismo, que surge o verso livre. No verso livre, essas regras não são seguidas. Porém, todo poema continua possuindo ritmo, pois, depois de pronto, cada poema assume ritmo próprio derivado das escolhas de recursos do poeta.
CAPÍTULO 3- RITMOS: 
Cada época tem seu ritmo: A própria origem da palavra arte implica uma atividade transformadora realizada pelo homem. Esta atividade, por sua vez, traz sempre, direta ou indiretamente, certas marcas das condições concretas em que ela se efetua. A arte é a atividade transformadora realizada pelo homem, criando um ritmo, que relaciona-se com a época em que é produzido.
Neste capítulo, a autora traz conceitos de simetria e assimetria, onde SIMETRIA é a padronização: regularidade - de vida e de ritmo poético” (nas primeiras décadas do séc XX ), e temos também a assimetria, que pode ser resumida como a vida liberta de padrões e é imprevisível, onde o ritmo é solto, mais livres e menos simétrico(séc XX e XXI).
Outro conceito passado pela autora é a questão da Escansão, que serve para verificar a métrica do poema, sendo assim, escandir é dividiros versos em sílabas poéticas e métricas, porém nem sempre correspondem às sílabas gramaticais.
CAPÍTULO 4 -SISTEMAS DE METRIFICAÇÃO:
Neste capítulo temos dois sistemas, o sistema quantitativo (Latino e grego), que se resume na alternância entre sílabas longas e breves. /___ U / e também sobre o sistema silábico-acentual: que é dado pela contagem de sílabas métricas nos versos e verificação das sílabas consideradas fortes e fracas. Nesta parte o livro, Goldstein mostra também que a cadência do verso lido em voz alta é o que indica a alternância entre sílabas fortes e fracas e o seu acento em cada tipo de verso são definidos pelas regras de metrificação ( onde as normas métricas são seguidas de forma diversa em diferentes períodos literários) O capítulo “sistemas de metrificação” traz também como é feito cada poema, por exemplo: verso de uma sílaba em que só há uma sílaba poética, e a sua sílaba única é acentuada. 
Serenata Sintética - Cassiano Ricardo: 
Rua torta. 
Lua morta.
Tua porta.
Dado esse exemplo, a autora explica todos os versos, os de uma sílaba até o verso de doze sílabas ou mais. Outro conceito importante que é destacado no capítulo é a cesura, que é uma pausa que divide o verso em segmentos, ocorre na sílaba forte.
CAPÍTULO 5 - VERSOS REGULARES:
Dado o capítulo, temos alguns conceitos chaves a serem observados, como por exemplo a Tensão rítmica = possibilidade de dupla leitura nos versos, não há um único E.R. e é utilizada para significar algo em relação ao nível semântico – tensão semântica. Mas não só isso, a autora destaca alguns versos regulares, sendo eles: Regulares (regras + rimas), Brancos (regras, sem rimas), Polimétricos (regra + tamanho diferente), Livres (sem regras quanto à posição da sílaba forte e à rimas).
Nos séculos XV e o XX, a busca de simetria se fez presente em todas as artes. Na poesia, os simbolistas deram os primeiros passos na liberação rítmica do Modernismo. Há belos poemas em versos regulares e belos poemas em versos livres. O modo de compor traduz a visão de mundo de uma certa época. Cada poeta escolhe o ritmo que julgar adequado ao tema, que vai tratar. O leitor deve buscar integrar o ritmo, seja ele qual for, aos demais aspectos estruturadores do poema.
CAPÍTULO 6 - ESTROFES:
Estrofe é um conjunto de versos. Uma linha em branco que vem antes, e outra, depois da estrofe, separando-a das demais partes do poema e marcando a sua unidade. Há estrofes de diferentes tamanhos. De um só verso, de dois, de três ou maiores. Conforme o número de versos que a compõem, a estrofe recebe um nome diferente: (GOLDSTEIN, pág. 52).
Na tabela abaixo é possível identificar o número de versos e como a estrofe é chamada:
Um subtítulo do capítulo é o “Refrão” onde encontram-se poemas com vários tipos de organização estrófica. Existe os tercetos; os quartetos; os quintetos, e assim por diante. Às vezes, um grupo de versos se repete ao longo do poema. O refrão facilita a memorização nas canções, tendo um papel rítmico importante em todas as épocas. Outro conceito importante é a Quadrinha: Quadrinha é o poema de quatro versos que, geralmente, desenvolve um conceito relativo à filosofia popular. Para tanto, alguns poemas mantêm o mesmo tipo de rima em todas as estrofes, mas a maioria deles muda de rima a cada estrofe. 
CAPÍTULO 7 - RIMAS:
Nesta parte, existem vários subtítulos como por exemplo: “Parentesco sonoro, Rima interna e externa, Rima consoante e toante, e Rimas agudas, graves ou esdrúxulas” Começando pelo primeiro tópico temos o “Parentesco sonoro” onde é o nome que se dá à repetição de sons semelhantes, criando um parentesco fônico entre palavras presentes em dois ou mais versos. Já a Rima interna e externa ocorre quando se repetem sons semelhantes no final de diferentes versos. Por sua vez, a “Rima consoante e toante” - A rima consoante é aquela que apresenta semelhança de consoantes e vogais e a rima toante só apresenta semelhança na vogal tônica, sem que as consoantes ou outras vogais coincidam. 
Também, no capítulo temos as “Rimas agudas, graves ou esdrúxulas” Quanto à posição do acento tônico, a rima coincide com a palavra final do verso: Rimas agudas formadas por palavras agudas ou oxítonas. Rimas graves, formadas por palavras graves ou paroxítonas; rimas esdrúxulas formadas por palavras esdrúxulas ou proparoxítonas. ( GOLDSTEIN, Pag, 61). Para finalizar, temos as “Rima rica e rima pobre” que basicamente podem ser divididos por critérios: o primeiro critério é gramatical; o segundo, fônico. De acordo com o critério gramatical, a rima pobre ocorre entre palavras pertencentes à mesma categoria gramatical (dois substantivos, dois adjetivos,....). E, por sua vez, a rima rica, que se dá entre termos pertencentes a diferentes categorias gramaticais. 
O capítulo pode ser bem resumido pela tabela abaixo:
CAPÍTULO 8 - POEMA E POESIA:
No subtítulo “Poema em prosa e prosa poética'' vemos que no caso da literatura, a poesia também pode estar presente na prosa. O poema em prosa é similar aos poemas, mas em vez de ser escrito em versos, é escrito em prosa. A “Prosa Poética” indica pequeno trecho com organização similar à do poema, escrito em prosa, inserido em um dado texto de um outro gênero, em prosa não poética. Mesmo que seja escrito em formato de prosa, pode haver vários recursos poéticos como por exemplo: A repetição, as assonâncias (ou repetição da mesma vogal), comparações, enumerações e metáforas. Requer mais releituras do leitor.
No capítulo 8, também temos a questão da poesia visual, onde os versos podem se associar com uma dada imagem, como representado abaixo.
Os criadores dos caligramas pretendem que suas criações sejam um poema de dupla possibilidade de leitura, tanto com os desenhos, o visual, ou o escrito, que acaba assemelhando-se com a imagem representada.
Um pouco diferente da poesia visual, temos também a poesia concreta, o qual foi um movimento concretista brasileiro pelo séc XX, onde sua principal temática é os poemas-cartazes e objetos ilustrados. Além do visual, esse estilo possui um caráter lúdico contendo inversão e desdobramentos de palavras, e, um exemplo de poesia concreta pode ser visto logo abaixo:
 
Neste período, por volta de 1970, muitos artistas dedicaram-se aos poemas visuais,fazendo um conectivo com música, teatro e artes plásticas. É o chamado Grupo da poesia jovem- anos 70. Seus versos chegavam ao público em folhetos mimeografados, e, acabou sendo conhecido como as manifestações da poesia marginal, ( forma de protesto durante o regime autoritário da época).
CAPÍTULO 9 - FIGURAS DE EFEITO SONORO:
Neste capítulo a autora busca trazer alguns conceitos importantes como:
ALITERAÇÃO: “Aliteração é a repetição da mesma consoante ao longo do poema. O leitor deve buscar seu efeito, em função da significação do texto.” (GOLDSTEIN, Pág. 74)
ASSONÂNCIA: É a repetição da mesma vogal em um dado verso, em um conjunto de versos, ou até mesmo ao longo do poema. 
REPETIÇÃO DE PALAVRAS: A repetição de palavras é um recurso muito frequente. Quando acontece sempre na mesma posição (início, meio ou final de vários versos), recebe o nome de anáfora (nome da figura que consiste na repetição da mesma palavra, na mesma posição, em vários versos (sempre no começo, sempre no meio ou sempre no final do verso).
ONOMATOPEIA: Tem-se esse nome devido a figura em que o som da letra se repete lembra o som produzido pelo objeto nomeado, como por exemplo, um sino: Blém, blém, blém (figura onomatopéia).
CAPÍTULO 10 - POEMAS DE FORMA FIXA:
Neste capítulo a autora retrata a respeito das formas e gêneros tradicionais os quais possuem um padrão fixo de sua estrutura. O poema fixo que é mais conhecido é o soneto e o mais popular é a quadrinha, porém, existe diversos outros modelos de poemas fixos, como por exemplo:
Balada: feita para ser cantada, Princípio da repetição(acabamos gravando na memória). Costuma apresentar três oitavas (estrofes de oito versos), geralmente com versos de oito sílabas. 
Vilancete: começa com um "mote" ou motivo,tema a ser desenvolvido. O mote está contido numa estrofe curta inicial. Depois, tem as "voltas", três ou mais estrofes maiores que desenvolvem e glosam o mote. Nas estrofes da volta repete-se um dos versos do mote. 
Ode: Os gregos e romanos, ligavam-se à música, passando depois a um poema lírico mostrando os sentimentos da alma humana. Pode celebrar fatos heróicos, religiosos, o amor ou os prazeres. Sem obedecer a regras rígidas, a ode costuma ser dividida em estrofes iguais pela natureza e pelo número de versos. 
Canção: É uma composição curta, cujo teor pode ser ora melancólico, ora satírico. Permite todos os temas e nem sempre se destina a ser cantada. Pode, ou não, apresentar estribilho ou refrão. As canções nacionais incorporam-se à tradição de todos os povos. 
Madrigal: É curto, destinado a homenagear alguém, ora com galanteio, ora com uma confissão de amor. Pode ser estruturado em qualquer metro, mas geralmente emprega a redondilha, ou mescla versos de 6 e de 10 sílabas. 
Elegia: Destinada a exprimir tristeza ou sentimentos melancólicos.
Idílio, égloga ou pastoral: Celebram a vida no campo, a natureza, a atividade agrícola e pastoril, ou seja: o bucolismo.
 Rondó ou rondel: Sucedem-se tipos Iguais de quadras ou estrofes maiores, em versos de sete sílabas. Os dois primeiros versos de uma estrofe são retomados adiante, em outra estrofe. 
-Epitalâmio: Poema composto para celebrar um casamento. 
-Triolé: compõe-se de uma ou mais oitavas em versos de sete ou oito sílabas. Aparecem dois tipos de rima. O quarto verso repete o primeiro, e os dois versos finais da estrofe retoma os dois primeiros. 
-Sextina: Tem seis sextilhas, geralmente em versos decassílabos, seguidos de um terceto final. Os versos devem terminar com palavras de duas sílabas, As palavras finais dos versos da primeira estrofe devem reaparecer em versos das outras estrofes.
 - Haicai: Poema japonês, composto de 17 sílabas, distribuídas em três versos apenas: o primeiro de cinco, o segundo de sete, e o terceiro de cinco sílabas. Originalmente sem rima, no Brasil vem sendo retomado de maneira rimada.
Já o Soneto possui forma fixa mais encontrado, e é composto de dois quartetos e dois tercetos, o soneto apresenta, geralmente, versos de dez ou doze sílabas. Aparecem rimas de um tipo nos quartetos (AB), e de outro, nos tercetos (M). O soneto costuma ser uma reflexão sobre um tema ligado à vida humana.
O diálogo entre os gêneros apresentou mudanças quanto aos gêneros literários. No lugar de um poema fixo, a poesia contemporânea que os poemas se estruturam na forma não fixa, ou seja, não prefixadas. Refere-se a gêneros da prosa literária e não literária. Caso o autor retome as questões tradicionais o poeta modernista e contemporâneo faz um processo lúdico intertextual Muitos desses poemas sugerem que o texto deve ser complementado para a reflexão do leitor.
CAPÍTULO 11 - NÍVEIS DO POEMA:
As partes do todo: Anteriormente fora tratado dos aspecto rítmico do poema, ou seja: construção métrica, tipo de estrofes e de versos, acentuação dos versos, rimas, repetições. Sendo assim, neste capítulo a autora relata outros conceitos importantes quanto à estrutura do poema. Já ficou claro que não há regra para análise de poemas, porém características da época podem auxiliar na identificação do poema. De modo geral, a linguagem coloquial é mais frequente nos poemas modernos, mas não é regra, pois também tem poemas modernos na linguagem culta.
Em seguida, O NÍVEL LEXICAL , deve-se procurar quais as categorias gramaticais presentes no poema, qual delas predomina e como são empregadas no texto. O predomínio de verbos de ação, conforme o sentido do texto, pode indicar dinamismo; o de verbos de estado, também dependendo do sentido do poema, sugerir a estaticidade. Os substantivos, abstratos indicariam, generalização; os concretos, particularização. Procede-se a um levantamento dos adjetivos, locuções adjetivas e orações adjetivas, ou seja, dos caracterizadores em geral. Deve-se sempre relacionar o substantivo ao adjetivo que o acompanha. Ao concluir sobre a escolha das palavras que compõem o poema, constata-se como elas contribuem para interpretar o texto.
O NÍVEL SINTÁTICO: No nível sintático, o leitor pode entender o texto com a questão da pontuação, ou seja, o tipo de período que o texto foi escrito. O subtítulo mostra também que um verso liga-se ao outro verso e possui a mesma construção sintática: “o que sou” – “o que vejo”. Essa mesma estrutura sintática pode ser demonstrada no seguinte segmento: – “Água é meu próprio corpo” e “Meu corpo é minha alma”. Ou seja, pode ser entendido como uma associação de sentido entre água = corpo = alma. No capítulo também temos o conceito de “Encadeamento” que também conhecido como enjambement ou cavalgamento, esse recurso ocorre quando um verso apresenta ligação sintática (e de sentido) com o verso seguinte. 
Já o NÍVEL SEMÂNTICO está presente em todos os níveis do poema. As figuras sonoras, a organização sintática, o vocabulário, o emprego das categorias gramaticais só podem ser analisados tendo-se em vista o sentido global do texto. Abaixo, a autora conceitua alguns tipos de figuras:
Figura de Similaridade: 
Comparação: também chamada de símile, é uma figura que aproxima dois termos, através da locução conjuntiva "como", "assim como", "tal", "qual", e outras do mesmo tipo.
 Metáfora: Pode-se compreender a metáfora como uma comparação abreviada, ou seja, da qual se retirou a expressão "como" ou alguma outra similar. Conforme o tipo de construção da metáfora, varia seu efeito poético. 
Alegoria: geralmente, é conceituada como uma seqüência de metáforas, associando e aproximando elementos, que, normalmente, não teriam nenhum parentesco. 
Sinestesia: Recurso que sugere associação de diferentes impressões sensoriais, ou seja, sugestões ligadas aos cinco sentidos: visão, tato,, audição, olfato, paladar. 
Figuras de contigüidade 
 Metonímia: Emprego de um termo por outro, numa relação de ordem: causa pelo efeito; sinal pela coisa significada; continente pelo conteúdo; possuidor pela coisa possuída.
Sinédoque: emprego de uma palavra por outra, numa relação de compreensão: parte pelo todo; singular pelo plural; gênero pela espécie; abstrato pelo concreto. 
Figuras de oposição:
 Antítese: consiste na aproximação de idéias contrárias. É a principal figura de oposição, ao lado do oximoro, da ironia e do paradoxo. A antítese é a figura que aproxima termos de sentido oposto. A análise do nível semântico deve sempre ser associada à dos outros níveis. 
Para fechar o capítulo a autora traz o tópico de parentescos sonoros, que ao empregar figuras na construção do poema, o poeta cria sugestões múltiplas de significação. Sua análise do nível semântico deve sempre ser associada à dos outros níveis. Ao interpretar, devemos ver que geralmente um poema está enquadrado numa visão de mundo, a do poeta; e que reflete, direta ou indiretamente, um contexto histórico-social, sendo que o contexto histórico interfere bastante nos poemas.
CAPÍTULO 12 - ESTABELECENDO RELAÇÕES:
Dando início ao capítulo, Goldstein retrata um exemplo de análise e interpretação, que, quando feita por uma só pessoa acaba ficando por incompleta, ficando aberta a receber complementações. No capítulo a autora traz a primeira, segunda e terceira estrofes de um poema. Existem diversas maneiras de dialogar com os textos de outras épocas, e, pode ser por meio de paráfrases, paródias e demais maneiras.
CAPÍTULO 13 - VOCABULÁRIO CRÍTICO:
Neste capítulo a autora trouxe todos os principais conceitos abordados durante o livro, e, que achei muito interessante deixar destacado aqui como eventual consulta.
Abaixo, lista de principais conceitos:
Aliteração: repetição da mesma consoante no interior de um ou mais versos. Anáfora: nome da figura que consiste na repetição da mesma palavra, na mesma posição, em vários versos (sempre no começo, sempre no meio ou sempre no final do verso). Antítese: figura que aproxima termos de sentido oposto. Assonância: repetição da mesmavogal dentro de um ou mais versos. Cadência: alternância entre sílabas fortes e fracas do verso. Cesura: pausa que ocorre no interior do verso, após a sílaba acentuada. Comparação: também chamada de símile, é uma figura que aproxima dois termos, através de conjunção: "como", ou similar. Encadeamento: também conhecido como enjambement ou cavalgamento, esse recurso ocorre quando um verso apresenta ligação sintática (e de sentido) com o verso seguinte. Escansão: fazer a escansão ou escandir um verso consiste em decompô-lo em sílabas ou pés métricos. Esquema rítmico: ou E.R. é o nome que se dá à fórmula que indica quantas sílabas poéticas tem o verso (fora dos parênteses) e quais as sílabas acentuadas (dentro dos parênteses). Estrofe: chama-se estrofe o conjunto de versos de um poema. Metáfora: de maneira simplificada, pode-se compreender a metáfora como uma comparação abreviada, ou seja, da qual se retirou a expressão "como" ou similar. Metonímia: figura que consiste em nomear um dos aspectos de uma representação global. Métrica ou metrificação: sinônimo de versificação, é o estudo dos metros, pés, acentos e ritmo do verso. Rima: semelhança entre os sons no interior do mesmo verso (rima interna) ou no final de versos diferentes (rima externa). Pode ser consoante (rimam vogais e consoantes) ou toantes (rimam apenas as vogais tônicas). Podem ser pobres ou ricas, conforme a extensão dos sons que rimam ou a categoria gramatical. Quanto à disposição, podem ser alternadas ou cruzadas, emparelhadas, interpoladas ou misturadas. Sinédoque: figura que emprega um termo pelo outro, numa relação de compreensão. Sinestesia: é o recurso que sugere associação de diferentes impressões sensoriais, ou seja, sugestões ligadas aos cinco sentidos: visão, audição, olfato, paladar, tato. Verso: trata-se de uma linha de um poema, com ritmo específico, diferente do de uma linha de prosa. Quando o verso segue as regras da métrica clássica, chama-se verso regular. Quando não obedece a elas, chama-se livre. - Vocabulário acima disponível na página 106 do livro.
	IJUÍ, 29/03/2021

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