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1 - Alternativas técnicas sustentáveis em benefício do ambiente construido

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Alternativas Técnicas Sustentáveis em 
Benefício do Ambiente Construído 
APRESENTAÇÃO
Você sabe como é possível tornar uma edificação mais agradável internamente? E mais 
sustentável? Ao projetar uma edificação, é possível aplicar várias estratégias, técnicas ou 
soluções construtivas que proporcionem ventilação e iluminação adequadas correspondente ao 
uso a que a edificação ou ambiente está sendo projetado.
Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai entender a respeito do uso da ventilação natural em 
benefício da construção, o conforto térmico e as estratégias para isso, como, por exemplo, a 
ventilação cruzada, ventilação pelo efeito chaminé, coletores de ventos.
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Reconhecer as estratégias de uso da ventilação natural.•
Avaliar necessidade de ventilação em construções existentes.•
Explicar os benefícios da utilização do verde em projetos de edificações.•
DESAFIO
Joana é uma mulher ativa. Empresária e solteira, decidiu comprar uma casa e desde então 
começou a procurar e visitar as opções que mais lhe agradavam. Quando finalmente encontrou o 
que desejava buscou ajuda de um profissional para uma orientação a respeito da casa antes de 
fechar o negócio. Nessa busca, você, arquiteto, foi o contratado para uma assessoria prévia e, 
depois desta etapa, para o projeto de reforma. Ela pretende deixar a edificação o mais 
sustentável possível e a ventilação natural é primordial para ela na sala, escritório e quartos.
Vocês foram visitar a casa e na visita o corretor lhe entregou a planta baixa do imóvel.
 
 
Analisando a edificação, quais desses ambientes que ela considera importantes você pôde 
identificar que têm uma boa ventilação cruzada e por quê? Existe alguma estratégia que pode 
melhorar a quantidade de troca de ar utilizando a ventilação cruzada nesses ambientes? Utilize a 
planta a seguir indicando as possibilidades técnicas.
Para analisar o espaço e em seguida tomar decisões, considere que os ventos têm uma 
intensidade semelhante em todas as direções.
INFOGRÁFICO
Para uso da ventilação natural em construções sustentáveis para benefício do meio ambiente é 
possível utilizar diversas técnicas. Observe três técnicas em uma edificação permeável:
DESAFIO: IMAGEM 1
A sala tem uma boa ventilação cruzada, existem duas janelas e elas estão posicionadas na mesma direção. Se aumentar a largura das janelas o fluxo será maior pois a abertura depende também do tipo de janela que será utilizada. Por exemplo, uma janela de correr de 2,00 m de largura tem abertura menor do que 1,00 m devido a uma folha se sobrepor à outra quando aberta; já as portas pivotantes têm a abertura quase total além de poder direcionar o vento.
O escritório possui duas janelas pequenas, portanto, para que ocorra a ventilação cruzada no ambiente são necessárias uma entrada e uma saída para o ar, desta forma, se encaixar; porém, o correto seria aumentá-las um pouco e, se possível, utilizar as wings walls externamente para potencializar as trocas.
No quarto de solteiro, há duas janelas de tamanhos diferentes, e para a ventilação cruzada eficiente as janelas devem ter tamanhos aproximados; dobrando a largura da janela menor já teríamos uma ventilação melhor, se utilizar de artifícios para direcionar os ventos, como as wings walls ou vegetação externa, aumentaria ainda mais. O quarto de casal tem apenas uma janela e duas portas, uma saída seria retirar a porta que dá acesso ao exterior e colocar uma janela no lugar; a outra opção seria utilizar janelas sobre as portas tipo maxim ar e/ou veneziana ventilada nas portas; porém, não seria tão eficiente quanto a troca da porta por uma janela.
CONTEÚDO DO LIVRO
Várias são as estratégias de projeto e tipos de materiais com funções diferentes que podem ser 
utilizados para tornar um ambiente ou edificação sustentável. O controle térmico do interior da 
edificação usando a ventilação natural é uma maneira de torná-la mais agradável e sustentável 
diminuindo a necessidade de ventilação mecânica, uso de climatizadores ou do ar-condicionado.
Acompanhe a leitura do capítulo Alternativas Técnicas Sustentáveis em Benefício do Ambiente 
Construído, do livro Introdução a arquitetura e urbanismo, que serve de base teórica para esta 
Unidade de Aprendizagem.
Boa leitura.
ARQUITETURA
Betina Conte Cornetet
Alternativas técnicas 
sustentáveis em benefício do 
ambiente construído
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
 � Reconhecer as estratégias de uso da ventilação natural.
 � Avaliar a necessidade de ventilação em construções existentes.
 � Explicar os benefícios da utilização do verde em projetos de edi-
ficações.
Introdução
Você sabe como é possível tornar uma edificação mais agradável in-
ternamente? E mais sustentável? Ao projetar uma edificação, é pos-
sível aplicar várias estratégias, técnicas ou soluções construtivas que 
proporcionem ventilação e iluminação adequadas corresponden-
tes ao uso a que a edificação ou ambiente está sendo projetado.
Neste texto, você vai aprender sobre o uso da ventilação natural 
em benefício da construção, o conforto térmico e sobre as estratégias 
para isso, como a ventilação cruzada, ventilação pelo efeito chaminé 
e coletores de ventos, por exemplo.
Estratégias de uso da ventilação natural
O uso da ventilação natural é um dos princípios básicos da sustentabilidade 
das edificações. Além de proporcionar o controle térmico do ambiente, ela 
possibilita a troca constante de ar, gerando espaços com mais conforto, salu-
bridade e qualidade. Outra vantagem dessa estratégia é a redução da neces-
sidade de ventilações mecânicas ou o uso de ar-condicionado. Dessa forma, 
além de proporcionar um edifício mais sustentável, também garante economia 
ao longo da vida útil da edificação.
A ventilação é apenas um dos parâmetros que colaboram para o conforto e a sus-
tentabilidade de uma edificação. No livro Sol, vento & luz: estratégias para o projeto 
de arquitetura, de G. Z. Brown e Mark DeKay (2004), os autores classificam diferentes 
estratégias de melhor aproveitamento dos recursos naturais disponíveis em diferentes 
etapas do projeto.
Ventilação cruzada
A ventilação cruzada é a maneira mais simples de proporcionar a ventilação no 
ambiente construído. Trabalhando com aberturas nos planos verticais, sejam 
elas em planos de orientações opostas, adjacentes, sejam ainda no mesmo 
plano (através de recursos de arquitetura com as wing walls), você favorece 
o movimento do ar dentro do ambiente. É necessário, porém, conhecer a pre-
dominância de ventos da região em que o projeto está inserido, analisando a 
frequência, a direção e a intensidade dos ventos em cada período do ano. Em 
regiões de clima frio, ou ainda com fortes ventos, a ventilação cruzada pode 
trazer efeitos negativos à qualidade do espaço.
Você encontra as melhores condições para viabilizar a ventilação cruzada 
quando o ar incide diretamente nas fachadas do edifício, criando zonas de alta 
e baixa pressão. As zonas de alta pressão, ou de vento positivo, são chamadas 
de barlavento; e as zonas de baixa pressão, ou vento negativo, de sotavento. 
Quando as entradas de ar estão localizadas perpendicularmente às regiões 
de alta pressão e as saídas de ar, nas regiões de baixa pressão, você terá as 
melhores condições para a ventilação cruzada.
Quando não for possível posicionar as aberturas nas orientações mais ade-
quadas, mas tiver uma fachada de pressão positiva do ar, você ainda tem como 
alternativa o uso do paisagismo para direcionar os ventos ou o uso de abas 
de direcionamento (as wing walls). A profundidade das abas deve ser de, no 
mínimo, a metade ou uma vez a largura das janelas, e o espaçamento entre 
elas deve ser de, no mínimo, duas vezes a largura das janelas. Veja algumas 
configurações possíveis para as wing walls na Figura 1.
79Alternativas técnicas sustentáveis em benefíciodo ambiente construído
Figura 1. Exemplo de estratégias de desenho para as wing walls.
Fonte: Brown e DeKay (2004, p. 207).
A edificação ideal para a ventilação cruzada seria aquela onde houvesse 
apenas um ambiente estreito, possibilitando mais exposição aos ventos pre-
dominantes. No entanto, essa solução dificilmente é alcançada. O que ocorre 
é que o ambiente exposto à maior incidência de ventos acaba por ser a pró-
pria barreira para os demais espaços. Edificações com corredor, por exemplo, 
apresentam um desafio para a ventilação cruzada, sendo necessário desen-
volver estratégias projetuais para permitir que o ar atravesse esse corredor. 
Veja o exemplo na Figura 2.
Ótimo
A
be
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as
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A
be
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es
Ruim RuimBom
Arquitetura80
Figura 2. Exemplo de soluções para ventilar ambientes acessados por corredores. No pavi-
mento inferior, a solução é feita através de uma abertura para o corredor, sendo este aberto 
para a rua. No pavimento superior, um duto sobre o corredor permite que o ar atravesse en-
tre as lajes, possibilitando que a circulação de ar ocorra, ainda que o corredor seja fechado.
Fonte: Brown e DeKay (2004, p. 172).
Na página 172 do livro Sol, vento & luz: estratégias para o projeto de arquitetura, de G. 
Z. Brown e Mark DeKay (2004), indicado nas referências, é possível encontrar outras 
sugestões para solucionar a ventilação cruzada em edificações com corredor.
Neste mesmo livro, na página 205, é possível ainda obter a dimensão necessária de 
uma abertura para garantir a remoção do calor de uma edificação. Ao inserir em um 
gráfico a velocidade do vento e a taxa de ganho térmico da edificação, você obtém o 
percentual da área de piso que é necessário garantir através de uma abertura.
81Alternativas técnicas sustentáveis em benefício do ambiente construído
Efeito chaminé
Quando não há vento, ou quando as orientações que oferecem possibilidade de 
abertura de janelas não são favoráveis para a ventilação cruzada, uma alterna-
tiva é fazer a ventilação por gravidade através do efeito chaminé. Esse sistema 
funciona através do movimento natural de subida do ar quente. O ar quente 
vai sair do ambiente através de aberturas na parte superior do ambiente, sendo 
substituído pelo ar de temperatura mais baixa que entrará pela parte inferior 
desse mesmo ambiente. As taxas de ventilação são ótimas, quando a área de 
entrada de ar é igual a área de saída de ar.
A ventilação por efeito chaminé depende da distância entre as tomadas (aber-
turas inferiores) e as saídas de ar (aberturas superiores), da diferença de tempe-
ratura entre o interior e o exterior da edificação e da dimensão dessas aberturas. 
Assim, uma alternativa para melhorar a eficiência desse sistema é maximizar a 
diferença de altura entre as aberturas através de recintos com pés-direitos mais 
altos, ou ainda com a construção de chaminés. Veja na Figura 3 dois cortes do 
projeto Building Research Establishment Office Building (Edifício BRE), em 
Garston, no Reino Unido, projetado pela firma de Feilden Clegg.
Figura 3. Corte do edifício do BRE na sua situação tipo e no auditório, demonstrando duas 
soluções arquitetônicas para se obter ventilação natural dos ambientes, utilizando o recurso 
do efeito chaminé.
Fonte: Brown e DeKay (2004, p. 208).
Na página 201 do livro Sol, vento & luz: estratégias para o projeto de arquitetura, de G. 
Z. Brown e Mark DeKay (2004), indicado nas referências, é possível obter a dimensão 
necessária para a chaminé de modo a alcançar bons resultados para essa estratégia.
Arquitetura82
Coletores de vento
Quando as edificações não oferecem boas condições para que as janelas 
obtenham acesso à ventilação para fins de resfriamento do ambiente, é pos-
sível projetar coletores de vento para capturar brisas acima do nível da edi-
ficação. Em locais com alta densidade edilícia, é comum que algumas edifi-
cações não tenham contato com zonas de pressão positiva dos ventos. Nestes 
casos, coletores de vento podem possibilitar que edificações coletem vento 
de alturas maiores, onde a velocidade dos ventos é maior e a temperatura 
também tende a ser mais baixa. Veja o exemplo da Universidade de Catar na 
Figura 4.
Figura 4. Exemplo de coletor de vento em uma edificação que não tem sua fachada na 
orientação de ventos positivos.Fonte: Brown e DeKay (2004, p. 211).
Outra vantagem das torres coletoras de vento é que, uma vez que não 
existem barreiras físicas, os ventos podem ser coletados de qualquer direção. 
Uma análise da frequência dos ventos pode sugerir uma, duas ou mais aber-
turas na torre. Painéis verticais direcionam o ar para baixo e este pode sair por 
alpendres ou recintos adjacentes.
Universidade de Catar. Corte/elevação dos módulos da Faculdade de Ciências Humanas.
83Alternativas técnicas sustentáveis em benefício do ambiente construído
Existem quatro tipos básicos de coletores (BROWN; DEKAY, 2004, p. 212): 
1. Egípcio: 
quando ventos 
sopram da 
mesma direção.
2. Paquistanês: 
para ventos que 
geralmente não 
ultrapassam 90°.
3. Iraniano de 
dois lados:
quando os ventos 
variam entre duas 
direções opostas.
4. Iraniano de quatro 
lados: 
quando há variação 
homogênea de 
frequência de ventos 
distribuídos em 
várias direções.
Usando um coletor com dutos em mais de uma direção, é necessário o uso de painéis 
verticais internos, evitando que os ventos cruzem o coletor sem que haja a tomada de 
ar. Isso força o circuito do vento até o nível desejado para a saída de ar.
Para saber mais sobre a eficiência de cada coletor, consulte o gráfico na página 212 
do livro Sol, vento & luz: estratégias para o projeto de arquitetura, de G. Z. Brown e Mark 
DeKay (2004), indicado nas referências.
Em climas quentes ou em locais onde o movimento do ar é muito fraco em determi-
nadas horas do dia, é desejável combinar diferentes estratégias de ventilação natural em 
diferentes ambientes. Combinando soluções horizontais, como a ventilação cruzada, e 
verticais, como o efeito chaminé ou os coletores de vento, é possível obter resultados 
melhores. Quanto mais permeável for a edificação, sem obstruções para o movimento 
das massas de ar, maiores as possibilidades de soluções para a ventilação natural.
Veja as combinações de estratégias em planta baixa e em corte na Figura 5.
Arquitetura84
Figura 5. Exemplo de combinações entre ventilação cruzada e efeito chaminé.
Fonte: Brown e DeKay (2004, p. 170).
Benefícios da utilização do verde em projetos 
de edificações
Atualmente, podemos verificar uma preocupação em recuperar condições 
ambientais perdidas com a intensificação da construção nas grandes cidades. 
Para esse fim, é possível intensificar o uso de coberturas vegetais em edifi-
cações novas e existentes. Essas coberturas podem ser apresentadas na sua 
forma mais tradicional, através de jardins, mas também podem ser implan-
tadas em treliças, quadros vivos, coberturas verdes, fachadas, entre outros. 
Cada tipo de utilização traz benefícios maiores ou menores ao meio ambiente.
Os principais benefícios da utilização do verde em projetos de edificações são:
 � A obtenção de um maior isolamento térmico do ambiente.
 � O controle acústico através da absorção de ruídos.
Plantas baixas 
esquemáticas para 
ventilação cruzada
Cortes 
esquemáticos para 
ventilação por efeito 
chaminé
A - Recintos com pés-direitos elevados
B - Recinto com pé-direito elevado 
na periferia
1 Edificações com um 
recinto de largura
2 Edificações com um 
recinto de largura 
no centro
3 Wingwalls 4 Canalização 
Venturi
5 Recintos e ventilação interligados 
através da circulação
D - Chaminés de ventilação específicas
E - Escadaria como chaminé de ventilação
C - Recinto com pé-direito elevado no 
centro da edificação
85Alternativas técnicas sustentáveis em benefício do ambiente construído
 � A redução de consumo energético para manutenção da temperatura 
interna.
 � A proteção das superfícies contra intempéries.� A retenção da água da chuva.
 � A absorção tóxica.
 � A proteção contra a formação de ilhas de calor nas grandes cidades.
 � A contribuição para a formação e manutenção da biodiversidade.
 � O seu valor estético.
Verdes em superfícies verticais (quadros ou paredes)
O uso de vegetações que sobem verticalmente as paredes, devido às carac-
terísticas de determinadas plantas, sempre foi uma prática comum usada há 
muitos séculos. No entanto, essas espécies geralmente alcançavam pequenas 
alturas. Tecnologias contemporâneas permitem que, através de estruturas es-
pecíficas, espécies vegetais sejam distribuídas ao longo de altas superfícies 
verticais, que chamamos de fachadas ou paredes verdes. Veja um exemplo de 
fachada verde na Figura 6.
Figura 6. Obra Oásis de Aboukir, uma parede verde projetada por Patrick Blanc, 
em Paris, no ano de 2013.
Fonte: SustentArqui (2013).
Arquitetura86
Verdes em superfícies horizontais (telhados ou terraços)
As superfícies horizontais ou inclinadas, tanto na cobertura das edificações 
quanto em terraços e jardins suspensos, caracterizadas por uma cobertura 
vegetal são chamadas de telhados verdes. Além da estética proporcionada por 
essas coberturas, elas também são isolantes térmicos muito importantes para 
as edificações. Em grandes cidades, elas ainda colaboram para melhorar a 
qualidade do ar e minimizar o efeito de ilhas de calor, além de recuperar 
condições para o ecossistema animal, atraindo pássaros e insetos. Outra van-
tagem para as cidades é o controle da velocidade com que a água da chuva 
chega nas redes pluviais, além da possibilidade de tratamento e reaprovei-
tamento desta água. Por esses motivos, algumas cidades brasileiras já têm 
leis ou orientações que incentivam o uso dessas coberturas em edificações 
públicas e privadas.
As duas tipologias básicas para as coberturas verdes são:
 � Extensivas: essas coberturas se assemelham mais à construção de um 
jardim, com plantas rasteiras e de pequeno porte. Normalmente, esse 
tipo de cobertura verde está em locais onde não haverá tráfego de pes-
soas e não exigirá manutenção constante. Dessa forma, a altura e o 
peso da estrutura são menores. Veja um exemplo de cobertura exten-
siva na Figura 7.
Figura 7. Exemplo de cobertura extensiva.
Fonte: International Green Roof Association (c2016). 
87Alternativas técnicas sustentáveis em benefício do ambiente construído
 � Intensivas: essas coberturas compreendem estruturas para áreas maiores 
e com espécies vegetais de médio e grande porte. A espessura das estru-
turas tende a ser maior (dependendo das espécies escolhidas) e o peso do 
conjunto também aumenta consideravelmente em relação às coberturas 
de tipo extensivas. Veja um exemplo de cobertura intensiva na Figura 8.
Figura 8. Exemplo de cobertura intensiva.
Fonte: International Green Roof Association (c2016).
Em ambas as soluções é importante tomar cuidado com as questões técnicas, 
como impermeabilização e drenagem, além das questões estruturais. É impor-
tante ainda avaliar a viabilidade para o caso de edificações existentes e os custos 
de manutenção. A escolha das espécies é fundamental e deve ser feita não apenas 
por questões estéticas, mas também considerando o tipo e a profundidade do 
substrato, as condições climáticas do local e a necessidade de manutenção.
Visite o site do IGRA (INTERNATIONAL GREEN ROOF ASSOCIATION, c2016) para co-
nhecer exemplos mundiais do uso de coberturas verdes. Neste site, é possível obter 
mais informações técnicas sobre as tipologias (o IGRA considera três tipos de cobertura 
verde, incluindo a classificação de “semi-intensiva” como uma tipologia intermediária 
de acordo com suas especificações técnicas), tecnologias disponíveis e sobre a cons-
trução dessas coberturas.
Arquitetura88
1. Uma das alternativas técnicas sus-
tentáveis em benefício do ambiente 
construído é a edificação permeável. 
Analise as questões abaixo e assinale 
a que não corresponde a uma de 
suas características.
a) Utilização das plantas livres.
b) A ventilação cruzada e as wing 
walls podem ser usadas nas edifi-
cações permeáveis.
c) Não é possível a utilização da 
ventilação pelo efeito chaminé 
em edificações permeáveis, pois 
se trata de uma estratégia de uso 
isolado.
d) Os tetos inclinados podem favo-
recer a circulação do ar.
e) Aberturas na laje, como em me-
zaninos ou escadas, podem ser 
utilizadas na circulação do ar nas 
edificações permeáveis.
2. Sobre a ventilação cruzada, assinale a 
afirmativa correta. 
a) É uma estratégia utilizada para 
cruzar os ventos de ambientes 
localizados em pisos diferentes, 
como nos sobrados.
b) As wing walls são utilizadas 
apenas quando as janelas estão 
na mesma parede.
c) Um ambiente com uma janela de 
dimensionamento proporcional 
ao seu tamanho desempenha 
a ventilação cruzada de modo 
eficiente.
d) A vegetação no exterior da 
edificação pode ser utilizada para 
ampliar a circulação de ar no seu 
interior.
e) A quantidade de ar que entra e sai 
das edificações é resultante dos 
ventos; e a diferença de pressão, 
neste caso, não influencia.
3. Uma estratégia utilizada para o con-
trole térmico nas edificações é a ven-
tilação pelo efeito chaminé, analise as 
suposições abaixo e marque a correta.
a) A presença dos ventos e sua 
orientação é indispensável para o 
desempenho da ventilação pelo 
efeito chaminé.
b) A altura da chaminé não in-
fluencia na taxa de movimen-
tação do ar através do ambiente.
c) Algumas estratégias podem au-
xiliar ampliando a taxa de movi-
mentação do ar, como tetos retos 
ou inclinados, de maneira que a 
chaminé se localize na parte mais 
baixa do pé-direito.
d) As taxas de troca de ar quente 
por ar frio são máximas quando 
a área de entrada é igual à área 
de saída.
e) A ventilação pelo efeito chaminé 
tem o mesmo efeito que os cole-
tores ou torres de ventos.
4. Os coletores de ventos são uma es-
tratégia de ventilação natural. Quanto 
ao seu uso e desenvolvimento, é 
correto afirmar:
a) As edificações são baixas quando 
localizadas em cidades de pouca 
densidade, onde as janelas 
captam a ventilação natural.
b) As edificações são altas, possi-
bilitando a coleta eficiente dos 
ventos.
89Alternativas técnicas sustentáveis em benefício do ambiente construído
c) A utilização da rosa dos ventos 
não é necessária na elaboração 
dos coletores de ventos porque as 
aberturas localizam-se acima das 
edificações.
d) O coletor de ventos tem dupla 
função: captação do ar frio e 
saída do ar quente do interior 
das edificações.
e) Os coletores do tipo iraniano 
necessitam de uma divisão no 
seu interior, desde a entrada de 
ar até a saída, para evitar que o 
vento cruze através e atinja seu 
objetivo.
5. O controle térmico das edificações utili-
zando a ventilação natural é uma solução 
sustentável para o ambiente construído. 
Várias estratégias podem ser utilizadas, 
algumas em conjunto, potencializando 
a circulação do ar. Antes de iniciar um 
projeto, algumas observações devem ser 
feitas para a elaboração e escolha correta 
da estratégia. Assinale a alternativa que 
não contém uma delas.
a) Material utilizado na edificação.
b) A rosa dos ventos.
c) A posição onde o sol nasce e se põe.
d) O clima da região.
e) A vizinhança e a topografia do local.
Arquitetura90
BROWN, G. Z.; DEKAY, Mark. Sol, vento e luz: estratégias para o projeto de arquitetura. 2. 
ed. Porto Alegre: Bookman, 2004.
INTERNATIONAL GREEN ROOF ASSOCIATION. Global networking for green roofs. Nürtin-
gen: IGRA, c2016. Disponível em: <http://www.igra-world.com/>. Acesso em: 17 set. 
2016.
SUSTENTARQUI. Nova parede verde de Patrick Blanc em Paris. Rio de Janeiro: SustentAr-
qui, 2013. Disponível em: <http://sustentarqui.com.br/urbanismo-paisagismo/nova-
-parede-verde-de-patrick-blanc-em-paris/>. Acesso em: 17 set. 2016.
Leituras recomendadas
LAMBERTS, Roberto; DUTRA, Luciano; PEREIRA, Fernando. Eficiência energética na arqui-
tetura. São Paulo: PW, 1997.
LEAL, Ledy Valporto. Ecoeficiência: verde sobe dos jardinspara as coberturas. São Paulo: 
ARCO, 2009. Disponível em: <https://arcoweb.com.br/finestra/tecnologia/ecoeficien-
cia-telhados-verdes-01-12-2009>. Acesso em: 17 set. 2016.
MASCARÓ, Lucia. Energia na edificação: estratégias para minimizar seu consumo. São 
Paulo: Projeto, 1985.
91Alternativas técnicas sustentáveis em benefício do ambiente construído
Conteúdo:
DICA DO PROFESSOR
Nesta Dica do professor, você vai conhecer um pouco mais sobre a utilização do verde nas 
construções. Além do uso estético, a vegetação pode ser usada como um fator beneficiário do 
meio construído. Veja estas e outras vantagens de optar pelo caminho sustentável nas 
edificações.
 
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
EXERCÍCIOS
1) Uma das alternativas técnicas sustentáveis em benefício do ambiente construído é a 
edificação permeável. Analise as questões abaixo e assinale a que não corresponde a 
uma de suas características.
A) Utilização das plantas livres.
B) A ventilação cruzada e as wing walls podem ser usada nas edificações permeáveis.
C) Não é possível a utilização da ventilação pelo efeito chaminé em edificações permeáveis 
pois trata-se de uma estratégia de uso isolado.
D) Os tetos inclinados podem favorecer a circulação do ar.
E) Aberturas na laje, como em mezaninos ou escadas, podem ser utilizadas na circulação do 
ar nas edificações permeáveis.
2) Sobre a ventilação cruzada, assinale a afirmativa correta.
As plantas livres caracterizam-se pela presença de poucas paredes ou divisórias favorecendo a circulação do ar pela edificação, é utilizada nas edificações permeáveis.
A ventilação cruzada consiste na circulação do ar pela diferença de pressão, ou pela densidade, o ar quente é mais leve e o frio mais denso. As wing walls são aparatos que ajudam na troca do ar aumentando o diferencial de pressão quando necessário. Ambas são utilizadas nas edificações permeáveis.
O ar quente é mais leve e devido a isso em um ambiente se localizará rente ao teto, a inclinação voltada para uma chaminé ou saída de ar (na parte mais alta) acelera essa saída e o resfriamento do ambiente.
As aberturas na laje tanto de mezanino, escadas ou outras auxiliam na circulação do ar e resfriamento, contribuindo para uma edificação permeável.
A ventilação por efeito chaminé pode ser utilizada nas edificações permeáveis em conjunto com outras estratégias como a ventilação cruzada.
A) É uma estratégia utilizada para cruzar os ventos de ambientes localizados em pisos 
diferentes, como nos sobrados.
B) As wing walls são utilizadas apenas quando as janelas estão na mesma parede.
C) Um ambiente com uma janela de dimensionamento proporcional ao seu tamanho 
desempenha a ventilação cruzada eficientemente.
D) A vegetação no exterior da edificação pode ser utilizada para ampliar a circulação de ar no 
interior da mesma.
E) A quantidade de ar que entra e sai das edificações é resultante dos ventos e a diferença de 
pressão neste caso não influencia.
3) Uma estratégia utilizada para o controle térmico nas edificações é a ventilação pelo 
efeito chaminé, analise as suposições abaixo e marque a correta.
A) A presença dos ventos e sua orientação é indispensável para o desempenho da ventilação 
pelo efeito chaminé.
B) A altura da chaminé não influencia na taxa de movimentação do ar através do ambiente.
C) Algumas estratégias podem auxiliar ampliando a taxa de movimentação do ar como tetos 
retos ou inclinados de maneira que a chaminé se localize na parte mais baixa do pé direito.
D) As taxas de troca de ar quente pelo ar frio são máximas quando a área de entrada é igual à 
área de saída.
E) A ventilação pelo efeito chaminé tem o mesmo efeito que os coletores ou torres de ventos.
4) 
O ar quente é mais leve e devido a isso em um ambiente se localizará rente ao teto, a inclinação voltada para uma chaminé ou saída de ar (na parte mais alta) acelera essa saída e o resfriamento do ambiente.
Os ventos incidentes nas edificações promovem as diferenças de pressões que quanto maior for, maior a circulação de ar no interior das edificações.
Para que haja a ventilação cruzada é necessário existir duas aberturas, ou duas janelas, uma de entrada do ar e outra de saída.
As wing walls ampliam a capacidade de troca do ar e resfriamento do ambiente, são utilizadas quando as janelas estão na mesma parede ou adjacentes conforme medidas padrão.
A ventilação cruzada faz a troca e circulação do ar no mesmo piso.
A ventilação pelo efeito chaminé procede mesmo com a presença dos ventos.
Quanto maior a altura da chaminé maior a taxa de movimentação do ar no ambiente.
Os tetos inclinados ajudam ampliando a taxa de movimentação do ar, mas as chaminés devem estar localizadas na parte mais alta do pé direito nesta inclinação porque o ar quente é leve e tende a ficar nas regiões mais altas.
Os coletores ou torres de ventos têm a função entrada de ar, diferente das chaminés que têm a função de saída do ar.
Nesta situação as taxas são máximas quando o dimensionamento da saída do ar na chaminé é igual ao dimensionamento da entrada na janela ou outro.
Os coletores de ventos são uma estratégia de ventilação natural. Quanto ao seu uso e 
desenvolvimento é correto afirmar:
A) As edificações são baixas localizadas em cidades de pouca densidade onde as janelas 
captam a ventilação natural.
B) As edificações são altas possibilitando a coleta eficiente dos ventos.
C) A utilização da rosa dos ventos não é necessária na elaboração dos coletores de ventos 
porque as aberturas localizam-se acima das edificações.
D) O coletor de ventos tem dupla função, a de captação do ar frio e de saída do ar quente do 
interior das edificações.
E) Os coletores do tipo iraniano necessitam de uma divisão no seu interior desde a entrada de 
ar até a saída para evitar que o vento cruze através e atinja seu objetivo.
5) O controle térmico das edificações utilizando a ventilação natural é uma solução 
sustentável para o ambiente construído. Várias estratégias podem ser utilizadas, 
algumas em conjunto potencializando a circulação do ar. Antes de iniciar um projeto 
utilizando essas estratégias, algumas observações devem ser feitas para a elaboração 
e escolha correta da estratégia. Assinale a alternativa que não contém uma delas.
A) Material utilizado na edificação.
B) A rosa dos ventos.
C) A posição onde o sol nasce e se põe.
D) O clima da região.
Os coletores iranianos podem ter duas ou quatro aberturas de entrada e são utilizados quando os ventos se originam de várias direções; a divisão interna é necessária para que o vento não cruze através das aberturas coletoras mantendo, assim, a função do coletor.
O coletor tem a função de captar os ventos ou brisas acima das edificações.
A rosa dos ventos é utilizada para orientar as aberturas, o formato e a quantidade de aberturas nos coletores.
Os coletores são utilizados quando as edificações são baixas.
Os coletores de ventos são utilizados em altas densidades de edificações onde as janelas não conseguem captar a ventilação natural.
A rosa dos ventos orientará a direção das aberturas para coletar os ventos predominantes da região.
É importante saber a orientação do sol para poder identificar quais faces da edificação receberão a maior quantidade de sol e, consequentemente, serão os ambientes mais quentes necessitando de estratégias para o controle térmico.
É importante o conhecimento do clima da região para traçar a melhor estratégia que atenda a este clima.
Sim, o material utilizado na edificação pode torná-la mais quente ou não, porém estamos falando aqui sobre estratégias de ventilação natural; o controle térmico pelos tipos de materiais ou isolamentos são outras estratégias.
E) A vizinhança e topografia do local.
NA PRÁTICA
Um ambiente construído pode ser feito com o uso da ventilação natural e uma dessas maneiras é 
utilizando a ventilação cruzada. Para que aconteça a ventilação cruzada é necessário uma 
polarização negativa e outra positiva de pressãocausadas pela diferença de temperatura interna e 
externa da edificação e pelos ventos.
Além disso, também é necessário:
SAIBA MAIS
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do 
professor:
Galeria da Arquitetura | Sesc Jundiaí -Teuba Arquitetura
Veja o vídeo no link a seguir.
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Galeria da Arquitetura | Natura Ecoparque Ver-a-Vida - Gesto Arquitetura: Entrevista 
Os ventos incidentes na edificação produzem as áreas de alta e baixa pressão promovendo as trocas e movimentação do ar, uma vizinhança densa ou uma localização do terreno em um fundo de vale, por exemplo, dificulta ou desvia esses ventos; assim, é importante o conhecimento da vizinhança e a topografia do local para definir a melhor estratégia.
com os arquitetos Newton M. Yamato e Tânia R. Parma
Leia mais no link a seguir.
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Arquitetura bioclimática: Conforto ambiental na rede Sarah
Leia mais no link a seguir.
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