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Modulo de Lingua Portuguesa II

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Prévia do material em texto

CURSO DE LICENCIATURA EM ENSINO DE 
PORTUGUÊS 
 
MANUAL DE LINGUA PORTUGUESA II 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2022 ENSINO ONLINE. ENSINO COM FUTURO 
 2022 ENSINO ONLINE. ENSINO COM FUTURO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CURSO DE LICENCIATURA EM 
ENSINO DE PORTUGUÊS 
 
MANUAL DE LINGUA PORTUGUESA II 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1º ANO 
CÓDIGO 
TOTAL HORAS/1º 
SEMESTRE 
150 
CRÉDITOS (SNATCA) 6 
NÚMERO DE TEMAS 5 
 
 
Direitos de autor 
Este manual é propriedade da Univerdidade Aberta ISCED (UnISCED), e estão reservados todos os 
direitos. É proibida a duplicação ou reprodução parcial ou total deste manual, sob quaisquer formas 
ou por quaisquer meios, sejam (eletrónicos, mecânicos, gravação, fotocópia ou outros), sem 
permissão expressa pela Entidade Editora (Universidade Aberta ISCED) UnISCED. 
A não observância do acima estipulado, o infrator é passível a aplicação de processos judiciais em 
vigor no País. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Universidade Aberta UnISCED 
Rua Paiva Couceiro, Macuti 
Beira - Moçambique 
Telefone: +258 23323501 
Fax: 258 23324215 
E-mail: suporte@unisced.edu.mz 
Website: www.unisced.edu.mz 
 
 
 
 
 
 
 
 
http://www.unisced.edu.mz/
 
 
Agradecimentos 
A Universidade Aberta ISCED (UnISCED) agradece a colaboração dos seguintes indivíduos e 
instituições na elaboração deste manual: 
Autor Cardoso Augusto Nhambirre 
Coordenação 
Design 
Financiamento e 
Logística 
Revisão Científica 
e Linguística 
Ano de Publicação 
Ano de 
actualização 
Local de 
Publicação 
Vice- Reitoria Académica da UnISCED 
Universidade Aberta ISCED (UnISCED) 
Instituto Africano de Promoção da Educação 
a Distância (IAPED) 
 
Faculdade de Educação 
2018 
2022 
UnISCED – BEIRA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Visão geral 
Objectivos do Módulo 
O módulo de Língua Portuguesa II é composto de sete Unidades 
Temáticas e tem por objectivo contribuir na formação continuada de 
professores de Língua Portuguesa e outros técnicos superiores 
interessados nessa área, cujo contexto de trabalho, desenvolvido em 
diferentes espaços concorra para que a escola e outros sectores de 
actividade cumpram com o seu papel social na formação dos 
estudantes. 
 
No presente módulo, vamos abordar a Língua Portuguesa nas vertentes 
oral, escrita, leitura e a prória gramática. 
O tema I está relacionado com os textos orais ou escritos de 
comunicação social. 
O tema II reflecte sobre os textos informativos. 
O tema III tem a ver com a ortografia e pontuação. 
O tema IV faz uma reflexão sobre a língua, nomeadamente os actos 
ilocutórios. 
O tema V procura reflectir sobre a língua, no aspecto gramatical –frase 
simples e frase complexa. 
 
 
 
Objectivos Específicos 
Expressar-se oralmente e por escrito com coerência e correcção 
Utilizar a língua como instrumento para a aquisição de novas 
aprendizagens 
▪ Expressar-se oralmente e por escrito com coerência e 
correção 
▪ Utilizar a língua como instrumento para a aquisição de 
novas aprendizagens 
 
 
 
 
Quem deveria estudar este Manual 
Este Manual foi concebido para estudantes do 1º ano do curso de 
licenciatura em Ensino de Língua Portuguesa e outros que se interessem 
pela compreensão e produção de discursos orais e escritos nesta língua. 
Como está estruturado este módulo 
Este Manual está estruturado da seguinte maneira: 
Páginas introdutórias 
▪ Um índice completo. 
▪ Uma visão geral detalhada dos conteúdos do manual, 
resumindo os aspectos-chave que você precisa conhecer para 
melhor estudar. Recomendamos vivamente que leia esta secção 
com atenção antes de começar o seu estudo, como componente 
de habilidades de estudos. 
Conteúdo desta Disciplina / módulo 
Este módulo está estruturado em Unidedes Temáticas. Cada 
Unidade temática, por sua vez comporta certo número de temas. 
Cada tema se caracteriza por conter uma introdução, objetivos e 
conteúdos. 
No final de cada tema, são incorporados antes o sumário, exercícios 
de auto-avaliação, só depois é que aparecem os exercícios de 
avaliação. 
Os exercícios de avaliação têm as seguintes características: 
exercícios teóricos/práticos, problemas não resolvidos e 
actividades práticas incluido estudo de caso. 
 
 
 
Outros recursos 
A equipa dos académicos e pedagogos do ISCED, pensando em si, 
num cantinho recôndito deste nosso vasto Moçambique e cheio de 
dúvidas e limitações no seu processo de aprendizagem, apresenta 
uma lista de recursos didácticos adicionais ao seu módulo para você 
explorar. Para tal a UnISCED disponibiliza na biblioteca virtual mais 
material de estudos relacionado com o seu curso como: Livros e/ou 
manuais, CD, CD-ROOM, DVD. Para além deste material físico ou 
eletrónico disponível na biblioteca, pode ter acesso a Plataforma 
digital Moodle para alargar mais ainda as possibilidades dos seus 
estudos. 
 
Auto-avaliação e Tarefas de avaliação 
Tarefas de auto-avaliação para este manual encontram-se no final 
de cada Unidade Temática e de cada tema. As tarefas dos exercícios 
de auto-avaliação apresentam dois niveis: primeiro apresentam 
exercícios resolvidos com detalhes. Segundo, exercícios que 
mostram apenas respostas. 
Tarefas de avaliação devem ser semelhantes às de auto-avaliação 
mas sem mostrar os passos e devem obedecer o grau crescente de 
dificuldades do processo de aprendizagem, umas a seguir as outras. 
Parte das tarefas de avaliação será objecto dos trabalhos de campo 
a serem entregues aos tutores/docentes para efeitos de correção e 
atribuição da nota. Também algumas tarefas constarão do exame 
do fim do módulo. Pelo que, caro estudante, fazer todos os 
exercícios de avaliação é uma grande vantagem. 
 
 
Ícones de actividade 
Ao longo deste manual irá encontrar uma série de ícones nas margens 
das folhas. Estes ícones servem para identificar diferentes partes do 
processo de aprendizagem. Podem indicar uma parcela específica de 
texto, uma nova atividade ou tarefa, uma mudança de atividade, etc. 
 
 
 
 
Habilidades de estudo 
O principal objectivo deste campo é de ensinar aprender a aprender. 
Aprender aprende-se: 
Durante a formação e desenvolvimento de competências, para facilitar 
a aprendizagem e alcançar melhores resultados, implicará empenho, 
dedicação e disciplina no estudo. Isto é, os bons resultados apenas se 
conseguem com estratégias eficientes e eficazes. Por isso é importante 
saber como, onde e quando estudar. Apresentamos algumas sugestões 
com as quais esperamos que caro estudante possa rentabilizar o tempo 
dedicado aos estudos, procedendo como se segue: 
1º Praticar a leitura. Aprender a Distância exige alto domínio de leitura. 
2º Fazer leitura diagonal aos conteúdos (leitura corrida). 
3º Voltar a fazer leitura, desta vez para a compreensão e assimilação 
crítica dos conteúdos (ESTUDAR). 
4º Fazer seminário (debate em grupos), para comprovar se a sua 
aprendizagem confere ou não com a dos colegas e com o padrão. 
5º Fazer Trabalho de Campo (TC), algumas atividades práticas ou as de 
estudo de caso, se existir. 
IMPORTANTE: Em observância ao triângulo modo-espaço-tempo, 
respetivamente como, onde e quando. Estudar, como foi referido no 
início deste item, antes de organizar os seus momentos de estudo 
reflicta sobre o ambiente de estudo que seria ideal para si: Estudo 
melhor em casa/biblioteca/café/outro lugar? Estudo melhor à noite/de 
manhã/de tarde/fins-de-semana/ao longo da semana? Estudo melhor 
com música/num sítio silencioso/num sítio barulhento!? Preciso de 
intervalo em cada 30 minutos, em cada hora, etc. 
É impossível estudar numa noite tudo o que devia ter sido estudado 
durante um determinado período de tempo; Deve estudar cada ponto 
da matéria em profundidade e passar só ao seguinte quando achar que 
já domina bem o anterior. 
Privilegie saber bem (com profundidade) o pouco que puder ler e 
estudar, que saber tudo superficialmente!Mas a melhor saída é aliar 
ambas as opções: Saber com profundidade todos conteúdos de cada 
tema, no módulo. 
 
 
 
Dica importante: não recomendamos estudar seguidamente por tempo 
superior a uma hora. Estudar por tempo de uma hora intercalado por 10 
(dez) a 15 (quinze) minutos de descanso (chama-se descanso à mudança 
de actividades). Ou seja, durante o intervalo não se deve continuar a 
tratar dos mesmos assuntos das actividades obrigatórias. 
Uma longa exposição aos estudos ou ao trabalho intelectual obrigatório, 
pode conduzir ao efeito contrário: baixar o rendimento da 
aprendizagem. Por que o estudante acumula um elevado volume de 
trabalho, em termos de estudos, em pouco tempo, criando interferência 
entre os conhecimentos, perda da sequência lógica, por fim ao perceber 
que estuda tanto mas não aprende, cai em insegurança, depressão e 
desespero, por se achar injustamente incapaz. 
Não estude na última da hora, principalmente quando se trata de fazer 
alguma avaliação. Aprenda a ser estudante de facto (aquele que estuda 
sistematicamente), não estudar apenas para responder a questões de 
alguma avaliação, mas sim estude para a vida, sobretudo, estude 
pensando na sua utilidade como futuro profissional, na área em que está 
a se formar. 
Organize na sua agenda um horário onde define as horas e as matérias 
que deve estudar durante a semana; Face ao tempo livre que resta, deve 
decidir como o utilizar produtivamente, decidindo quanto tempo será 
dedicado ao estudo e a outras actividades. 
É importante identificar as ideias principais de um texto, pois será uma 
necessidade para o estudo das diversas matérias que compõem o curso: 
A colocação de notas nas margens pode ajudar a estruturar a matéria 
de modo que seja mais fácil identificar as partes que está a estudar e 
pode escrever conclusões, exemplos, vantagens, definições, datas, 
nomes, pode também utilizar a margem para colocar comentários seus 
relacionados com o que está a ler; a melhor altura para sublinhar é 
imediatamente a seguir à compreensão do texto e não depois de uma 
primeira leitura; Utilizar o dicionário sempre que surja um conceito cujo 
significado não conhece ou não lhe é familiar; 
 
 
Precisa de apoio? 
Caro estudante, temos a certeza de que, por razões de ordem gráfica ou 
de conteúdo, o presente material pode suscitar-lhe algumas dúvidas. 
 
 
Queira, por favor, contactar os serviços de atendimento e apoio ao 
estudante do seu Centro de Recursos (CR), via telefone, sms, E-mail. 
Tarefas (avaliação e auto-avaliação) 
O estudante deve realizar todas as tarefas (exercícios, atividades e 
auto−avaliação), contudo, nem todas deverão ser entregues, mas é 
importante que sejam realizadas. As tarefas devem ser entregues duas 
semanas antes das sessões presenciais seguintes. 
Para cada tarefa serão estabelecidos prazos de entrega, e o não 
cumprimento dos prazos de entrega, implica a não classificação do 
estudante. Tenha sempre presente que a nota dos trabalhos de campo 
conta e é decisiva para ser admitido ao exame final da disciplina/módulo. 
Os trabalhos devem ser entregues ao Centro de Recursos (CR) e os 
mesmos devem ser dirigidos ao tutor/docente. 
Podem ser utilizadas diferentes fontes e materiais de pesquisa, contudo, 
os mesmos devem ser devidamente referenciados, respeitando os 
direitos do autor. 
N.B: Em todos os casos, evite o plágio. 
Avaliação 
Caro estudante, você será avaliado durante os estudos à distância que 
contam com um mínimo de 90% do total de tempo de que precisa para 
estudar os conteúdos do seu módulo. O tempo de contacto presencial 
conta com um máximo de 10%) do total de tempo do módulo. 
Os trabalhos de campo por si realizados, durante os estudos e 
aprendizagem no campo, pesam 25% e servem para a nota de frequência 
para ir aos exames. 
Os exames são realizados no final da cadeira disciplina ou módulo e 
decorrem durante as sessões presenciais. Os exames pesam no mínimo 
60%, o que adicionado aos 40% da média de frequência, determinam a 
nota final com a qual o estudante conclui a cadeira. 
A nota de 10 (dez) valores é a nota mínima de conclusão da cadeira. 
Nesta cadeira o estudante deverá realizar pelo menos 3 (três) avaliações 
e 1 (um) (exame). 
Algumas atividades práticas, relatórios e reflexões serão utilizados como 
ferramentas de avaliação formativa. 
Durante a realização das avaliações, os estudantes devem ter em 
consideração a apresentação, a coerência textual, o grau de 
 
 
cientificidade, a forma de conclusão dos assuntos, as recomendações, a 
identificação das referências bibliográficas utilizadas, o respeito pelos 
direitos do autor, entre outros. 
Para mais informações acerca da avaliação, consulte o Regulamento de 
Avaliação em uso na Universidade Aberta ISECD. 
 
 
Unidade Temática I: Textos orais ou escritos de comunicação social 
Introdução 
Este tema permitir-lhe-á, caro estudante, entender um pouco sobre a 
circulação da informação nos meios de comunicação social. A 
informação pode nos aparecer oralmente ou por escrito, mas ambas as 
formas permitem que todas as pessoas fiquem actualizadas sobre o que 
acontece no dia-a-dia. Desde que apareceu a imprensa, a prática da 
leitura é um exercício que faz parte da nossa vida. Milhares de jornais 
circulam em todo mundo divulgando as mais diversas notícias. 
Nesta unidade temática vamos aprender como se estrutura o texto da 
notícia, como faz uma reportagem, o alcance das crónicas e como se 
conduz uma entrevista. 
 
 
Ao completar esta tema, você será capaz de: 
 
Objectivos 
 
 
▪ Compreender discursos orais e escritos transmitidos na 
comunicação social; 
▪ Produzir textos em que use correctamente os sinais de 
pontuação; 
▪ Reconhecer a aplicabilidade dos actos ilocutórios; 
▪ Indicar a diferença entre a frase simples e a frase complexa. 
 
 
 
 
 
TEMA: NOTÍCIA 
 
Notícia é qualquer tipo de informação que apresenta um 
acontecimento novo e recente ou que divulga uma novidade sobre uma 
situação já existente. A origem da palavra "notícia" provém do Latim, 
em que “notitia” significa “notoriedade; conhecimento de alguém; 
noção”. A notícia é uma forma de ver, perceber e conceber a realidade. 
A função da notícia é orientar o homem e a sociedade num mundo real. 
Na medida em que o consegue, tende a preservar a sanidade do 
indivíduo e a permanência sociedade. 
É comum o uso do termo como sinônimo de "paradeiro", quando se 
pretender ter conhecimento sobre a situação de uma determinada 
pessoa. Por exemplo: “Tem notícia da nossa colega Maria Antônia?”. 
Em Jornalismo, uma notícia se caracteriza por um texto informativo de 
interesse público, que narra algum fato recente ocorrido no país ou no 
mundo, e cujo conteúdo é constituído por um tema político, 
econômico, social, cultural, etc. 
As notícias são veiculadas ao público através da televisão, jornais, 
revistas e outros meios. 
A narração de uma notícia de gênero jornalístico deve ser feita de modo 
exato, objetivo e imparcial. Nesse gênero de notícia, deve ser destacada 
a veracidade dos fatos, a clareza da linguagem e a objetividade do 
conteúdo. 
As principais perguntas que devem ser respondidas para estruturar uma 
notícia são: "o quê?", "quem?", "quando?", "onde?", "como?", "por 
quê?", "como?". 
A estrutura do texto jornalístico é chamada de "pirâmide invertida", 
pois a informação mais relevante da notícia deve aparecer logo no 
primeiro parágrafo. Nos parágrafos seguintes surgem outras 
informações por ordem decrescente de importância. 
 
 
 
 
 
 
Resumidamente: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Estrutura e Exemplo de Notícia 
Geralmente as notícias seguem uma estrutura básica classificada em: 
Título Principal e Título Auxiliar 
A notícia é formada por dois títulos, ou seja, um principal, também 
chamado de Manchete, que sintetiza o tema que será abordado, e outro 
um pouco maior, o qual auxilia o entendimentodo título principal, ou 
seja, é um recorte do assunto que será explorado, por exemplo: 
Olimpíadas Rio 2016 (Título Principal) 
Jogos Olímpicos e Paralímpicos de 2016 (Título Auxiliar) 
 
 
Lead 
Na linguagem jornalística, a Lead corresponde à introdução da notícia, 
portanto, trata-se do primeiro parágrafo que responderá as perguntas: O 
Que? Quem? Quando? Onde? Como? Porque? 
Trata-se de um parágrafo em que todas as informações que estarão 
contidas na notícia deverão aparecer. É uma ferramenta muito 
importante, visto que desperta a atenção do leitor para a leitura da notícia. 
Segue abaixo um exemplo: 
O Rio de Janeiro, sede dos jogos Olímpicos e Paraolímpicos de 2016, 
vem se preparando para receber milhões de turistas no maior evento 
esportivo do planeta. Os Jogos Olímpicos ocorrerão entre os dias 05 e 21 
de agosto e os Jogos Paraolímpicos, que contempla os atletas com 
necessidades especiais, acontecerão de 7 a 18 de setembro. 
Corpo da Notícia 
Nessa parte, será apresentada a notícia com descrições mais detalhadas. 
Segue abaixo um exemplo: 
Segundo a página oficial do “Rio 2016”, os Jogos Olímpicos vão ocorrer 
durante 17 dias (05 e 21 de agosto) em quatro regiões da Cidade 
Maravilhosa, que totalizam 32 locais de competição: Copacabana, Barra, 
Maracanã e Deodoro. As Modalidades Olímpicas incluem 42 esportes, 
onde participarão 10.500 atletas de 206 países. Duas novas modalidades 
foram inclusas nos jogos Olímpicos de 2016: o Golfe e o Rugby. 
Já os Jogos Paraolímpicos, destinados para atletas com necessidades 
especiais, acontecerão durante 11 dias (7 a 18 de setembro) nas mesmas 
regiões da cidade (Copacabana, Barra, Maracanã e Deodoro), que no 
total contemplam 20 locais de competição. São 23 modalidades 
esportivas, onde participarão 4.350 atletas de 178 países. A novidade é a 
inclusão de duas novas modalidades: a Canoagem e o Triatlo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Auto-avaliacao 
Questoes de Escola Multipla 
 
Dadas as frases abaixo, escolha a alínea correcta. 
1. A função da notícia é: 
A. notoriedade, conhecimento de alguém 
B. é constituído por tema político, social ou económico 
C. veiculada ao público através do jornal ou notícia 
D. orientar o Homem e a sociedade num mundo real 
 
2. Na notícia, a técnica da pirâmide invertida consiste em: 
A. encabeçar o título e as informações 
B. aparecem muitas notícias fúteis 
C. colocar as informações mais relevantes da notícia no primeiro parágrafo 
D. marcado pela actualidade de interesse geral 
 
3. Em Jornalismo, a notícia caracteriza-se por apresentar: 
A. um texto informativo de interesse público ou particular 
B. um texto informativo de interesse público que relata facto recentes 
C. marcado especialmente pela actualidade e interesse elitista apenas 
D. um texto informativo de interesse privado que relata fatos recentes 
 
4. O elemento facultativo que faz parte da estrutura da notícia chama-se: 
A. subtítulo 
 B. título 
C. paragrafo-guia 
D. antetítulo 
5. Os elementos que correspondem à estrutura da notícia são: 
A. título, subtítulo, lead e corpo da notícia 
B. antetítulo, lead e corpo da notícia 
C. título, subtítulo e corpo da notícia 
D. antetítulo, título, subtítulo e corpo da notícia 
 
6. Na notícia as seguintes questões essenciais: quem, o quê, onde e quando 
são respondidas no: 
 
 
A. corpo da notícia 
 B. título da notícia 
C. parágrafo-guia 
D. técnica de pirâmide invertida 
 
 
7. A linguagem a utilizar na notícia deve respeitar os seguintes princípios: 
A. ser simples, clara, concisa e utilizar vocabulário corrente 
B. ser simples, objectiva, clara, concisa e utilizar vocabulário corrente 
C. ser simples, plurissignificativa, clara, concisa e utilizar vocabulário corrente 
D. ser simples, clara, concisa, polissêmica e utilizar vocabulário corrente 
 
8. O título principal que forma a notícia também pode ser designado por: 
A. lead 
B. manchete 
 C. actualidade 
D. estrelato 
 
Questoõs de Verdadeiro e Falso 
 
9. A linguagem a utilizar na notícia nao deve respeitar os seguintes princípios: 
ser simples, clara, concisa e utilizar vocabulário corrente. 
 
 10. Em Jornalismo, a notícia caracteriza-se por apresentar: um texto 
informativo de interesse privado que relata fatos recentes. 
 
Questoes de reflexão 
 
11. Reflita em torno do conceito de notícia. 
12. sera a notícia sinonimo da reportagem? Justifique. 
 
 
 
 
 
 
Resposta 
1. D 
2. C 
3. B 
4. D 
5. A 
 
 
6. C 
7. A 
8. B 
9. Falso 
10. Falso 
 
 
 
 
TEMA: REPORTAGEM 
 
Introdução 
 
Neste tema vamos falar sobre um dos textos jornalísticos de maior 
importância -a reportagem. 
 
Objectivos da unidade temática 
 
 
• Definir o conceito de reportagem; 
• Distinguir a notícia da reportagem; 
• Reconhecer a sua estrutura. 
 
A Reportagem é um gênero textual não literário, considerado um 
texto jornalístico veiculado pelos meios de comunicação: jornais, 
revistas, televisão, internet, rádio, dentre outros. O repórter é a pessoa 
que está incumbida de apresentar a reportagem, a qual aborda temas 
da sociedade em geral. 
A Reportagem é um tipo de texto que tem o intuito de informar ao 
mesmo tempo que prevê criar uma opinião nos leitores, portanto ela 
possui uma função social muito importante como formadora de 
opinião. 
A Reportagem pode ser um texto expositivo, informativo, descritivo, 
narrativo ou opinativo. Desse modo, ela pode tanto se aproximar da 
notícia quanto dos artigos opinativos, porém não deve ser confundida 
com eles. Expositivo e Informativo porque ele expõe sobre um 
determinado assunto, com o intuito principal de informar o leitor. 
Podem também ser textos descritivos e narrativos, uma vez que 
descrevem ações e incluem tempo, espaço e personagens. E por fim, é 
um texto opinativo, ou seja, o repórter apresenta juízos de valor sobre 
o que está sendo discorrido. 
Geralmente são textos mais longos, opinativos e assinados pelos 
repórteres, enquanto as notícias são textos relativamente curtos e 
impessoais que possuem o intuito de somente informar o leitor de um 
fato atual ocorrido. 
Em resumo, podemos dizer que a notícia faz parte do jornalismo 
informativo, enquanto as reportagens fazem parte do chamado 
jornalismo opinativo. Por esse motivo, a reportagem é um texto que 
 
 
precisa de mais tempo para ser elaborado pelo repórter, donde se 
desenvolve um debate sobre um tema, de modo mais abrangente que 
a notícia. 
Estrutura 
Embora apresenta uma estrutura similar à da notícia, a reportagem é 
mais ampla e menos rígida na estrutura textual e pode incluir as 
opiniões e interpretações do autor, entrevistas e depoimentos, análises 
de dados e pesquisa, causas e consequências, dados estatísticos, dentre 
outros. Vale lembrar que a estrutura básica dos textos jornalísticos é 
dividida em três partes: 
• Título Principal e Secundário: as reportagens, tal qual as notícias, 
podem apresentar dois títulos, um principal e mais abrangente 
(chamado de Manchete), e outro secundário (uma espécie de 
subtítulo) e mais específico. 
• Lide: na linguagem jornalística a Lide corresponde aos primeiros 
parágrafos dos textos jornalísticos, os quais devem conter as 
informações mais importantes que serão discorridas pelo autor. 
Portanto, a Lide pode ser considerada uma espécie de resumo, 
donde as palavras-chave serão apontadas. 
• Corpo do Texto: Desenvolvimento do texto, sem perder de vista o 
que foi apresentado na Lide. Nessa parte, o repórter reúne todas as 
informações e as apresenta num texto coeso e coerente. 
Principais características 
Segue abaixo as principais características do gênero reportagem: 
• Textos em primeira e terceira pessoa 
• Presença de títulos 
• Temas sociais, políticos, econômicos 
• Linguagem simples, clara e dinâmica 
• Discurso direto e indireto 
• Objetividade e subjetividade 
• Linguagem formal 
• Textos assinados pelo autor 
Ainda que a notícia e a reportagemsejam textos jornalisticos, a notícia 
se difere da reportagem na medida que é um texto informativo e 
impessoal, sem teor opinativo, característico das reportagens. Além 
disso, as notícias não são textos assinados pelo autor, enquanto as 
reportagens apresentam o nome do repórter. 
Dentre outras diferenças que podem surgir entre esses tipos de textos, 
vale lembrar que a notícia apresenta um tema actual de modo 
 
 
inteiramente informativo, enquanto a reportagem aprofunda-se mais 
sobre os temas sociais e de interesse da sociedade apresentando as 
opiniões do autor. 
 
 
Sumário 
Ainda que a notícia e a reportagem sejam textos jornalisticos, a notícia 
se difere da reportagem na medida que é um texto informativo e 
impessoal, sem teor opinativo, característico das reportagens. Além 
disso, as notícias não são textos assinados pelo autor, enquanto as 
reportagens apresentam o nome do repórter. 
Dentre outras diferenças que podem surgir entre esses tipos de textos, 
vale lembrar que a notícia apresenta um tema actual de modo 
inteiramente informativo, enquanto a reportagem aprofunda-se mais 
sobre os temas sociais e de interesse da sociedade apresentando as 
opiniões do autor. 
Auto-avaliacao 
1. A reportagem é um tipo de texto que pode ser encontrado na imprensa 
A. escrita, falada e interpretativa 
B. falada, televisiva e descritiva 
C. escrita, falada e televisiva 
D. falada, televisiva e opinativa 
 
2. A reportagem caracteriza-se por englobar as técnicas de 
A. narração, descrição, argumentação crítica e fidelidade 
B. narração, descrição, argumentação crítica e subjetividade 
C. narração, descrição, argumentação crítica e impessoal 
D. narração, descrição, argumentação crítica e opinião 
 
3. Uma das funções muito importantes da reportagem é a de: 
A. prever a formação de opinião dos leitores 
 B. prever a imparcialidade nos leitores 
C. prever a o domínio do tema elos leitores 
 
 
D. prever a capacidade de escrever livros 
 
4. Podemos ler nos jornais reportagens sobre assuntos ligados à: 
A. economia, política, sociedade, economia, sociedade, educação e 
calamidades 
B. todos, excepto educação e calamidades 
C. apenas economia, política e sociedade 
D. sociedade, educação e calamidades, respectivamente 
 
 
5. A reportagem faz parte do jornalismo: 
A. informativo 
B. opinativo 
C. narrativo 
D. descritivo 
 
6. O texto que precisa de mais tempo par ser elaborado de modo a 
desenvolver um debate é: 
A. a notícia 
B. narrativa 
C. a reportagem 
D. a crónica 
 
7. Algumas técnicas e normas para a redacção de uma reportagem são: 
A. a narração, exposição e descrição 
B. a narração, argumentação e comentário 
C. a descrição, a narração e a exposição 
D. a descrição, a narração e a argumentação 
 
8. Em relação à linguagem a reportagem apresenta: 
A. objectividade, subjectividade, linguagem dinâmica 
B. apenas a objetividade 
C. todos, excepto a subjetividade 
 D. nenhuma 
 
9. A seguinte frase, “no parágrafo-guia da reportagem, o jornalista, 
apresenta sumariamente, o problema, os elementos envolvidos, os 
comentários pessoais sobre o que pesquisou, viu ouviu e sentiu”, é: 
A. verdadeira 
 B. falsa 
C. todas opções excepto o problema 
 D. afirmação incompleta 
 opiniões do autor. 
 
 
Questões de Verdadeiro e Falso 
10.A reportagem faz parte do jornalismo descritivo. 
 
 
Questoes de Reflexao 
 
11. No parágrafo-guia da reportagem, o jornalista, apresenta 
sumariamente, o problema, os elementos envolvidos, os comentários 
pessoais sobre o que pesquisou, viu ouviu e sentiu”. Comente. 
12. Que temas devem ser matéria de repoirtagens? Porquê? 
 
Resposta: 
1. C 
2. D 
3. A 
4. A 
5.B 
6.C 
7. D 
8. A 
9. A 
10. Falso 
 
TEMA: CRÓNICA 
Introdução 
 
 
A crónica é texto híbrido, isto é, apresenta carecterísticas do jornalismo 
e da literatura. 
 
 
Objectivos da unidade 
 
 
• Adquirir conhecimento sobre a crónica 
 
 
• Ampliar a competência leitora e escrita, a partir da análise de 
diferentes tipos de crónica. 
 
 
Assim como a fábula e o enigma, a crônica é um gênero narrativo. Como 
diz a origem da palavra (Cronos é o deus grego do tempo), narra fatos 
históricos em ordem cronológica, ou trata de temas da atualidade 
abordando acontecimentos do cotidiano. 
Assim como a fábula e o enigma, a crônica é um gênero narrativo. Como 
diz a origem da palavra (Cronos é o deus grego do tempo), narra fatos 
históricos em ordem cronológica, ou trata de temas da atualidade 
abordando acontecimentos do cotidiano. 
É, primordialmente, um texto escrito para ser publicado no jornal - 
veículo de informação diário e, portanto, veicula textos efêmeros. A 
crônica, assim como o jornal, nasce, cresce, envelhece e morre em vinte 
e quatro horas. Por isso, ela é feita com uma finalidade pré-
estabelecida: agradar aos leitores dentro de um espaço sempre igual e 
com a mesma localização. 
Ela se diferencia no jornal por não buscar exatidão da informação. 
Diferente da notícia, que procura relatar os fatos que acontecem, a 
crônica os analisa, dá-lhes um colorido emocional, mostrando aos olhos 
do leitor uma situação comum, vista por outro ângulo, singular. 
Ela se diferencia no jornal por não buscar exatidão da informação. 
Diferente da notícia, que procura relatar os fatos que acontecem, a 
crônica os analisa, dá-lhes um colorido emocional, mostrando aos olhos 
do leitor uma situação comum, vista por outro ângulo, singular. 
Podemos dizer que a crônica é uma mistura de: 
 
 
• jornalismo, do qual recebe a observação atenta da realidade 
cotidiana; e 
• literatura, pela construção da linguagem, o jogo verbal. 
Geralmente, as crônicas apresentam linguagem simples, espontânea, 
situada entre a linguagem oral e a literária. Isso contribui também para 
que o leitor se identifique com o cronista, que acaba se tornando o 
porta-voz daquele que lê. 
 
Geralmente, as crônicas apresentam linguagem simples, espontânea, 
situada entre a linguagem oral e a literária. Isso contribui também para 
que o leitor se identifique com o cronista, que acaba se tornando o 
porta-voz daquele que lê. 
Ao desenvolver seu estilo e ao selecionar as palavras que utiliza em seu 
texto, o cronista está transmitindo ao leitor a sua visão de mundo. Ele 
está, na verdade, expondo a sua forma pessoal de compreender os 
acontecimentos que o cercam. Ele pode ser considerado o poeta dos 
acontecimentos do dia a dia. 
Podemos listar algumas características da crônica: 
Podemos listar algumas características da crônica: 
• É um texto curto; 
• Baseia-se em fatos do cotidiano; 
• Apresenta linguagem informal, próxima da oralidade; 
• Utiliza recursos como humor e ironia para dizer coisas sérias por 
meio de uma aparente conversa fiada; 
• Traz as pessoas comuns como personagens, sem nome ou com 
nomes genéricos. As personagens não têm aprofundamento 
psicológico; são apresentadas em traços rápidos; 
• Tem como objetivo envolver, emocionar o leitor. 
 
 
Para concluir, 
Para concluir, 
A crônica é assim: simples na aparência, banal no assunto, mas 
extremamente rica na essência, na arte da construção da frase, na 
poesia com que se narra o acontecimento. Seu tema é sempre simples 
e trivial porque o que mais se destaca é sua forma, sua construção e sua 
linguagem. 
 
Auto-avalicao 
1. A crônica é considerada como um texto que se situa entre o literário e o 
não literário por: 
A. apresenta características da literatura e notícia 
 B. apresenta características da literatura e reportagem 
C. ser híbrido: características da literatura, reportagem e notícia 
D. ser híbrido: apresenta características da literatura e do jornalismo 
 
2. A crônica é tida como um texto efémero porque: 
A. nasce, cresce e morre em um ano 
B. nasce, cresce e não morre 
C. nasce, cresce e perenne 
D. nasce, cresce e morre em vinte e quatro horas3. A notícia faz parte do jornalismo: 
A. informativo 
B. opinativo 
 C. narrativo 
D. descritivo 
 
4. Constituem as armas do bom repórter: 
A. a curiosidade e a pergunta 
B. o olho e a história 
C. a curiosidade e a análise 
D. o olho e o comentário 
 
5. Qual dos exemplos abaixo constitui a reportagem do imprevisto. 
A. jogo de futebol 
*B. acidente de viação* 
 
 
C. notícia 
D. reportagem 
 
6. A função de linguagem predominante na crónica é: 
A. informativa, expresiva apelativa 
B. informativa, expresiva e fática 
C. informativa, expressiva e eventualmente apelativa 
D. informativa, expresiva e metalinguística 
 
7. A crónica tem como objetivos: 
A. envolver e transmitir visão ao leitor 
B. apresentar tema simples 
C. envolver e emocionar o leitor 
D. ganhar vitalidade literária 
 
Questões de Verdadeiro Falso 
8. A função de linguagem predominante na crónica é informativa, expresiva e 
apelativa. 
 
9. A crônica é tida como um texto efémero porque nasce, cresce e morre em 
um ano. 
 
10. A crônica é uma notícia. 
 
Questoes de Reflexao 
11. O que e uma cronica? 
12. Quais são as características de uma cronica? 
 
 
Respostas 
1. D 
2. D 
3. A 
4. A 
5. B 
6. C 
7. C 
8. Falso 
9. Falso 
10. Falso 
 
 
 
TEMA: ENTREVISTA 
 
Introducao 
Neste tema terminamos com um género jornalístico, a entrevista. 
 
Objectivos: 
Compreender a circulacao jornalística da entrevista. 
 
A Entrevista é um dos gêneros textuais com função geralmente 
informativa, veiculado sobretudo pelos meios de comunicação: 
jornais, revistas, internet, televisão, rádio, dentre outros. 
Há diversos tipos de entrevistas dependendo da intenção pretendida: a 
entrevista jornalística, entrevista de emprego, entrevista psicológica, a 
entrevista social, dentre outras. Elas podem fazer parte de outros textos 
jornalísticos, por exemplo, a notícia e a reportagem. 
Trata-se de um texto marcado pela oralidade produzido pela interação 
entre duas pessoas, ou seja, o entrevistador, responsável por fazer 
perguntas, e o entrevistado (ou entrevistados), quem responde às 
perguntas. 
A Entrevista possui uma função social muito importante, sendo 
essencial para a difusão do conhecimento, a formação de opinião e 
posicionamento crítico da sociedade, uma vez propõe um debate sobre 
determinado tema, donde o discurso direto é sua principal 
característica. 
Ou seja, as palavras proferidas pelo entrevistado e o entrevistador são 
transcritas de maneira fidedigna e, portanto, pode haver muitas marcas 
de oralidade bem como observações (geralmente entre parênteses) 
que descrevem as ações de ambos, por exemplo: (risos). No entanto, é 
 
 
notório um tipo de formalismo nas entrevistas, exposto pela linguagem 
utilizada entre ambos, com apresentação de um discurso coerente. 
Características 
• Textos informativos e/ou opinativos 
• Presença do entrevistador e do entrevistado 
• Linguagem dialógica e oral 
• Marca do discurso direto e da subjetividade 
• Mescla da linguagem formal e informal 
Estrutura da entrevista 
Para produzir uma entrevista esteja atento à sua estruturação: 
• Escolha do Tema: a entrevista pode ser um texto em que você vá 
utilizar para dar consistência a um outro trabalho, ou mesmo, para 
conhecer melhor o trabalho de outra pessoa. Seja qual for o tema 
escolhido, por exemplo, o novo livro do escritor, fica claro que ele 
deverá comparecer à entrevista. 
• Elaboração de Roteiro: Feito a escolha do tema e do entrevistado, é 
muito importante a elaboração de um roteiro de forma que o 
entrevistador o tenha em mãos na hora da entrevista. Além disso, 
pesquise, analise e estude sobre o tema, pois como a entrevista 
garante a presença de alguém podem surgir outras perguntas 
durante, a partir das respostas do entrevistador. O roteiro deverá ter 
um objetivo claro e ser apresentado em formas de perguntas e 
cuidado para que não fique muito longo, no entanto, tenha outras 
perguntas em mente se for necessário. 
• Título: Se necessário, coloque um título na entrevista. Ele norteará 
melhor o objetivo delimitando o tema proposto, bem como seduz o 
leitor à sua leitura. Por exemplo: Entrevista com Eduardo Pereira: 
apontamentos sobre sua nova obra. Se necessário faça uma 
introdução (que pode ser curta), mas que informe o leitor do que será 
discutido. Nesse caso, apresente o assunto que será discutido, bem 
como o perfil do entrevistado e sua experiência profissional. 
 
 
• Revisão: A parte final é tão importante quanto a inicial. Afinal, não 
adianta ter as ideias e apresenta-las de maneira informal, ou seja, um 
texto que não abrigue coerência e coesão. Se a intenção é fazer uma 
entrevista com o entrevistado e depois apresentar para um público 
leitor, você deverá utilizar uma câmera ou gravador e depois realizar 
o trabalho de Transcrição das falas de ambos. 
Exemplos de entrevista 
Segue abaixo a entrevista (escrita e em vídeo) entre o jornalista Júlio 
Lerner e a escritora brasileira Clarice Lispector, veiculada no programa 
“Panorama”, da TV Cultura, dia 1 de fevereiro de 1977, ano da morte 
da escritora. 
Exemplo 1 : Trecho da Entrevista Escrita 
Clarice Lispector, de onde veio esse Lispector? 
É um nome latino, não é? Eu perguntei a meu pai desde quando havia 
Lispector na Ucrânia. Ele disse que há gerações e gerações anteriores. 
Eu suponho que o nome foi rolando, rolando, rolando, perdendo 
algumas sílabas e foi formando outra coisa que parece “Lis” e “peito”, 
em latim. É um nome que quando escrevi meu primeiro livro, Sérgio 
Milliet (eu era completamente desconhecida, é claro) diz assim: “Essa 
escritora de nome desagradável, certamente um pseudônimo…”. Não 
era, era meu nome mesmo. 
Você chegou a conhecer o Sérgio Milliet pessoalmente? 
Nunca. Porque eu publiquei o meu livro e fui embora do Brasil, porque 
eu me casei com um diplomata brasileiro, de modo que não conheci as 
pessoas que escreveram sobre mim. 
Clarice, seu pai fazia o que profissionalmente? 
 
 
Representações de firmas, coisas assim. Quando ele, na verdade, dava 
era para coisas do espírito. 
Há alguém na família Lispector que chegou a escrever alguma coisa? 
Eu soube ultimamente, para minha enorme surpresa, que minha mãe 
escrevia. Não publicava, mas escrevia. Eu tenho uma irmã, Elisa 
Lispector, que escreve romances. E tenho outra irmã, chamada Tânia 
Kaufman, que escreve livros técnicos. 
Você chegou a ler as coisas que sua mãe escreveu? 
Não, eu soube há poucos meses. Soube através de uma tia: “Sabe que 
sua mãe fazia um diário e escrevia poesias?” Eu fiquei boba… 
Nas raras entrevistas que você tem concedido surge, quase que 
necessariamente, a pergunta de como você começou a escrever e 
quando? 
Antes de sete anos eu já fabulava, já inventava histórias, por exemplo, 
inventei uma história que não acabava nunca. Quando comecei a ler 
comecei a escrever também. Pequenas histórias. 
Quando a jovem, praticamente adolescente Clarice Lispector, descobre 
que realmente é a literatura aquele campo de criação humana que mais 
a atrai, a jovem Clarice tem algum objetivo específico ou apenas 
escrever, sem determinar um tipo de público? 
Apenas escrever. 
Você poderia nos dar uma ideia do que era a produção da adolescente 
Clarice Lispector? 
Caótica. Intensa. Inteiramente fora da realidade da vida. 
Desse período você se lembra do nome de alguma produção? 
 
 
Bem, escrevi várias coisas antes de publicar meu primeiro livro. Eu 
escrevia para revistas — contos, jornais. Eu ia com uma timidez enorme, 
mas uma timidez ousada. Eu sou tímida e ousada ao mesmo tempo. 
Chegava lá nas revistas e dizia: “Eu tenho um conto, você não quer 
publicar?” Aí me lembro que uma vez foi o Raimundo Magalhães Jr. que 
olhou, leu um pedaço, olhou para mim e disse: “Você copiou isso de 
quem?” Eu disse: “De ninguém, é meu”. Ele disse: Você traduziu?” Eu 
disse: “Não”.Ele disse: “Então eu vou publicar”. Era sim, era meu 
trabalho. 
Você publicava onde? 
Ah, não me lembro… Jornais, revistas. 
Clarice, a partir de qual momento você efetivamente decidiu assumir a 
carreira de escritora? 
Eu nunca assumi. 
Por quê? 
Eu não sou uma profissional, eu só escrevo quando eu quero. Eu sou 
uma amadora e faço questão de continuar sendo amadora. Profissional 
é aquele que tem uma obrigação consigo mesmo de escrever. Ou então 
com o outro, em relação ao outro. Agora eu faço questão de não ser 
uma profissional para manter minha liberdade. 
Escolha um tipo de entrevista 
Após a pré-entrevista, que tipo de entrevista você vai conduzir? 
Diferentes tipos de entrevista requerem diferentes perguntas. Tenha 
claro em sua cabeça que tipo de entrevista você precisa fazer. Que 
tipo de perguntas você deve fazer para: 
• um personagem ou um perfil? 
Pergunte sobre questões pessoais que envolvam a pessoa como 
 
 
um todo, não apenas o(a) cientista. Você pode falar com os colegas, 
amigos e familiares do(a) entrevistado(a). 
• uma entrevista sobre uma pesquisa científica? Mantenha o foco em 
resultados, sua precisão, processo de pesquisa, implicações. 
• uma entrevista de conteúdo ou notícia? 
Fazer entrevistas curtas com muitas pessoas – incluindo cientistas, 
formuladores de políticas, educadores e outros – ajuda a traçar um 
panorama amplo e colectar vários pontos de vista. 
• uma entrevista de oposição? 
Às vezes conhecida como entrevista do “advogado do diabo”, este 
tipo de entrevista geralmente é uma maneira rápida de fazer com que 
o(a) cientista aponte claramente sua opinião. Tome uma posição 
crítica. Pergunte “por que devemos nos importar com 
isso?” Argumente em defesa do leitor ou espectador mais 
contestador: isso dá ao(à) cientista a 
oportunidade de dar uma resposta bastante persuasiva. 
• uma entrevista de oposição, em que você levanta questões 
formuladas por outras organizações? 
Coloque a responsabilidade em outra pessoa quando você formular 
uma pergunta ou opinião. Por exemplo: “alguns militantes ambientais 
se opõem à manipulação genética”. 
 
Auto-avalicao 
1. A estrutura da entrevista é composta por: 
A. escolha do tema, trecho da entrevista 
 B. escolha do tema, presença do entrevistado e do entrevistador 
C. escolha do tema, mescla da linguagem formal e informal 
D. escolha do tema, elaboração de roteiro, título e revisão 
 
 
 
2. Numa entrevista, quanto à forma, as perguntas podem ser 
classificadas em: 
A. fechadas, abertas, verdadeiro e falso 
B. escolha múltipla, directas, livre escolha e indirectas 
C. escolha múltipla, directas, verdadeira e indirectas 
D. fechadas, abertas, alternativas, escolha múltipla, directas e indirectas 
 
3. O objectivo do texto informativo é: 
A. comunicar as características principais do tema e conhecer ou 
transmitir explicações 
B. compreender ou comunicar as características principais do tema, sem maior 
aprofundamento 
C. conhecer ou transmitir explicações, sem maior aprofundamento 
D. conhecer ou transmitir explicações sobre o tema 
 
4. “Aquela senhora gritou quando foi assaltada”. – O negrito da frase 
é: 
A. oração subordinante 
B. oração subordinada 
C. Oração subordinada temporal 
D. Oração subordinada adverbial temporal 
5. A estrutura da não entrevista é composta por: 
A. escolha do tema, trecho da entrevista 
 B. escolha do tema, presença do entrevistado e do entrevistador 
C. escolha do tema, mescla da linguagem formal e informal 
D. Todas as alternativas estão erradas. 
 
 
 
Questões de Verdadeiro Falso 
 
6. Escolha do Tema na entrevista pode ser um texto em que você vá utilizar 
para dar consistência a um outro trabalho, ou mesmo, para conhecer melhor 
o trabalho de outra pessoa. Seja qual for o tema escolhido, por exemplo, o 
novo livro do escritor, fica claro que ele deverá comparecer à entrevista. 
7. Na Elaboração de Roteiro não é feita a escolha do tema e do entrevistado, 
é muito importante a elaboração de um roteiro de forma que o entrevistador 
o tenha em mãos na hora da entrevista. Além disso, pesquise, analise e estude 
sobre o tema, pois como a entrevista garante a presença de alguém podem 
surgir outras perguntas durante, a partir das respostas do entrevistador. O 
roteiro deverá ter um objetivo claro e ser apresentado em formas de 
perguntas e cuidado para que não fique muito longo, no entanto, tenha outras 
perguntas em mente se for necessário. 
8. Na entrevita, a Revisão é a parte final tão importante quanto a inicial. 
Afinal, não adianta ter as ideias e apresenta-las de maneira informal, ou seja, 
um texto que não abrigue coerência e coesão. Se a intenção é fazer uma 
entrevista com o entrevistado e depois apresentar para um público leitor, você 
deverá utilizar uma câmera ou gravador e depois realizar o trabalho de 
Transcrição das falas de ambos. 
9. Se necessário, deve ser colocado um título na entrevista. 
10. A Entrevista é um dos gêneros textuais com função geralmente 
informativa, veiculado sobretudo pelos meios de comunicação: jornais, 
revistas, internet, televisão, rádio, dentre outros. 
 
Questoes de Reflexao 
11. Fale sobre a entrevista? 
12. Como estabelcecer o roteiro da entrevista? 
 
 
 
 
 
Respostas 
1. D 
2. D 
3. B 
4. B 
5. D 
6. Verdadeiro 
7. Falso 
8. Verdadeiro 
9. Verdadeiro 
10. Verdadeiro 
 
 
UNIDADE TEMÁTICA II: TEXTOS INFORMATIVOS 
 
Introdução 
 
 
Ao completar esta unidade / lição, você será capaz de: 
. Identificar as características deste tipo de textos. 
 
 
Texto informativo 
Os textos informativos tem o objetivo de abordar algum tema e transmitir 
conhecimento a respeito desse tema, transmitir dados e conceitos. 
Isso é o que acontecem em reportagens de revistas e jornais, verbetes de 
dicionários e enciclopédias, artigos de divulgação cientifica e livros didáticos. 
 
 
A maioria dos leitores quando tem em mãos um texto informativos tem a 
expectativa de aprender alguma coisa com a leitura. 
Incluímos neste tipo de textos todos os compreendidos no jornalismo: jornais, 
revistas, folhetos, com suas diferentes variedades (notícias, reportagens, 
artigos diversos, anúncios etc.). Incluímos também a correspondência, 
embora possa haver cartas que se encaixariam melhor num modelo literário. 
No entanto, a maior parte de correspondência que recebemos e enviamos 
tem como finalidade informar algo concreto. 
Características de um texto informativos: 
Função 
Conhecer ou transmitir explicações e informações de caráter geral. 
Seu objetivo é compreender ou comunicar as características principais do 
tema, sem maior aprofundamento. 
Modelos 
Jornais e revistas. 
Livros de divulgação, folhetos. 
Notícias. 
Artigos e reportagens. 
Anúncios e propaganda. 
Avisos, anúncios públicos. 
Correspondência pessoal ou comercial. 
Convites. 
Entrevistas. 
Conteúdo 
Muito diverso, em função do tema (notícias, anúncios, cartas etc.). 
Formato 
Texto em prosa, com características específicas de cada modelo. 
Procedimentos de leitura 
Uso de indicadores de aproximação ao conteúdo (títulos, fotos, imagens, 
tipografia, seções do jornal etc.). 
Identificação do tema da informação. 
 
 
Identificação da idéia principal. 
Identificação dos detalhes principais. 
 
 
 
Sumário 
Incluímos neste tipo de textos todos os compreendidos no jornalismo: jornais, 
revistas, folhetos, com suas diferentes variedades (notícias, reportagens, 
artigos diversos, anúncios etc.). Incluímos também a correspondência, 
embora possa haver cartas que se encaixariam melhor num modelo literário. 
No entanto, a maior parte de correspondência que recebemos e enviamos 
tem como finalidade informar algo concreto. 
 
Auto-avaliacao 
Questões de Verdadeiro Falso 
 
1. Na notícia as seguintes questões: como? e porquê são respondidas no 
corpo da notícia. 
 
2. A reportagem aproxima-se da notíciaassim como dos artigos opinativos, 
devendo, deste modo, ser confundida com os mesmos. 
 
3. Enquanto a reportagem é um texto longo, opinativo e assinado pelo 
repórter, a notícia é relativamente curta e impessoal. 
 
4. Na reportagem, o repórter não apresenta juízos de valor sobre o assunto. 
 
5. “Uma reportagem não é nem uma análise, nem um comentário, nem uma 
história, nem um inquérito”. 
 
6. Fazem parte dos diferentes tipos de reportagem: de acontecimentos, de 
acção, de citação ou de entrevista, do imprevisto. 
 
7. Na reportagem do imprevisto, o repórter de imediato deverá actuar 
na base da sua capacidade de observação, da rapidez do raciocínio do 
chamado “faro”. 
 
 
 
 
8. Os tipos mais frequentes de crónica são: de sucesso, desportiva, local, de 
correspondência. 
9. A Frase simples é aquela que possui um e único verbo enquanto, as frases 
complexas são aquelas que são compostas por mais de um verbo. 
10. A maioria dos leitores quando tem em mãos um texto informativo tem a 
expectativa de aprender alguma coisa com a leitura. 
 
Questoes de Reflexao 
11. “Na notícia as seguintes questões: como? e porquê são respondidas no 
corpo da notícia.” Explique a afirmação. 
12. qual deve ser a postura do repórter ao longo da reportagem? 
 
 
Auto-avaliacao 
1. Verdadeiro 
2.Falso 
3.Verdadeiro 
4. Falso 
5.Verdadeiro 
6. Verdadeiro 
7. Verdadeiro 
8.Verdadeiro 
9. Verdadeiro 
10. Verdadeiro 
TEMA: ORTOGRAFIA E PONTUAÇÃO 
Introdução 
 
 
 
Os sinais de pontuação são sinais gráficos empregados na língua escrita para 
tentar recuperar recursos específicos da língua falada, tais como: entonação, 
jogo de silêncio, pausas, etc. 
Objectivos 
Usar correctamente os sinais de pontuação 
 
 
 
 
Sumário 
Divisão e emprego dos sinais de pontuação: 
1 - Ponto ( . ) 
a) indicar o final de uma frase declarativa. 
Ex.: Lembro-me muito bem dele. 
b) separar períodos entre si. 
Ex.: Fica comigo. Não vá embora. 
c) nas abreviaturas 
Ex.: Av.; V. Ex.ª 
2 - Dois-pontos ( : ) 
a) iniciar a fala dos personagens: 
Ex.: Então o padre respondeu: 
- Parta agora. 
b) antes de apostos ou orações apositivas, enumerações ou sequência de 
palavras que explicam, resumem ideias anteriores. 
Ex.: Meus amigos são poucos: Fátima, Rodrigo e Gilberto. 
c) antes de citação 
Ex.: Como já dizia Vinícius de Morais: “Que o amor não seja eterno posto que 
é chama, mas que seja infinito enquanto dure.” 
3 - Reticências ( ... ) 
 
 
a) indicar dúvidas ou hesitação do falante. 
Ex.: Sabe... eu queria te dizer que... esquece. 
b) interrupção de uma frase deixada gramaticalmente incompleta. 
Ex.: - Alô! João está? 
- Agora não se encontra. Quem sabe se ligar mais tarde... 
c) ao fim de uma frase gramaticalmente completa com a intenção de 
sugerir prolongamento de ideia. 
Ex.: “Sua tez, alva e pura como um foco de algodão, tingia-se nas faces duns 
longes cor-de-rosa...” (Cecília - José de Alencar) 
d) indicar supressão de palavra (s) numa frase transcrita. 
Ex.: “Quando penso em você (...) menos a felicidade.” (Canteiros - Raimundo 
Fagner) 
4- Parênteses ( ( ) ) 
a) isolar palavras, frases intercaladas de caráter explicativo e datas. 
Exemplos: 
Na 2ª Guerra Mundial (1939-1945), ocorreu inúmeras perdas humanas. 
"Uma manhã lá no Cajapió (Joca lembrava-se como se fora na véspera), 
acordara depois duma grande tormenta no fim do verão.” (O milagre das 
chuvas no Nordeste- Graça Aranha) 
Dicas: 
Os parênteses também podem substituir a vírgula ou o travessão. 
5- Ponto de Exclamação ( ! ) 
a) Após vocativo 
Ex.: “Parte, Heliel!” (As violetas de Nossa Srª. - Humberto de Campos) 
b) Após imperativo 
Ex.: Cale-se! 
c) Após interjeição 
Ex.: Ufa! Ai! 
d) Após palavras ou frases que denotem caráter emocional 
Ex.: Que pena! 
 
 
6- Ponto de Interrogação ( ? ) 
a) Em perguntas diretas 
Ex.: Como você se chama? 
b) Às vezes, juntamente com o ponto de exclamação 
Ex.: - Quem ganhou na loteria? 
- Você. 
- Eu?! 
7 - Vírgula ( , ) 
É usada para marcar uma pausa do enunciado com a finalidade de nos 
indicar que os termos por ela separados, apesar de participarem da mesma 
frase ou oração, não formam uma unidade sintática. 
Ex.: Lúcia, esposa de João, foi a ganhadora única da Sena. 
Dicas: 
Podemos concluir que quando há uma relação sintática entre termos da 
oração, não se pode separá-los por meio de vírgula. 
Não se separam por vírgula: 
a) predicado de sujeito; 
b) objeto de verbo; 
c) adjunto adnominal de nome; 
d) complemento nominal de nome; 
e) predicativo do objeto do objeto; 
f) oração principal da subordinada substantiva (desde que esta não seja 
apositiva nem apareça na ordem inversa) 
A vírgula no interior da oração 
É utilizada nas seguintes situações: 
a) separar o vocativo. 
Exemplos: 
Maria, traga-me uma xícara de café. 
A educação, meus amigos, é fundamental para o progresso do país. 
b) separar alguns apostos. 
Ex.: Valdete, minha antiga empregada, esteve aqui ontem. 
c) separar o adjunto adverbial antecipado ou intercalado. 
Exemplos: 
Chegando de viagem, procurarei por você. 
As pessoas, muitas vezes, são falsas. 
 
 
d) separar elementos de uma enumeração. 
Ex.: Precisa-se de pedreiros, serventes, mestre-de-obras. 
e) isolar expressões de caráter explicativo ou corretivo. 
Ex.: Amanhã, ou melhor, depois de amanhã podemos nos encontrar para 
acertar a viagem. 
f) separar conjunções intercaladas. 
Ex.: Não havia, porém, motivo para tanta raiva. 
g) separar o complemento pleonástico antecipado. 
Ex.: A mim, nada me importa. 
h) isolar o nome de lugar na indicação de datas. 
Ex.: Belo Horizonte, 26 de janeiro de 2001. 
i) separar termos coordenados assindéticos. 
Ex.: "Lua, lua, lua, lua, 
por um momento meu canto contigo compactua..." (Caetano Veloso) 
j) marcar a omissão de um termo (normalmente o verbo). 
Ex.: Ela prefere ler jornais e eu, revistas. (omissão do verbo preferir) 
Dicas: 
Termos coordenados ligados pelas conjunções: e, ou, nem dispensam o uso 
da vírgula. 
Exemplos: 
Conversaram sobre futebol, religião e política. 
Não se falavam nem se olhavam. 
Ainda não me decidi se viajarei para Bahia ou Ceará. 
Entretanto, se essas conjunções aparecerem repetidas, com a finalidade de 
dar ênfase, o uso da vírgula passa a ser obrigatório. 
Ex.: Não fui nem ao velório, nem ao enterro, nem à missa de sétimo dia. 
A vírgula entre orações 
 
É utilizada nas seguintes situações: 
 
a) separar as orações subordinadas adjetivas explicativas. 
 
Ex.: Meu pai, de quem guardo amargas lembranças, mora no Rio de Janeiro. 
 
 
 
b) separar as orações coordenadas sindéticas e assindéticas (exceto as 
iniciadas pela conjunção “e”). 
Exemplos: 
 
Acordei, tomei meu banho, comi algo e saí para o trabalho. 
Estudou muito, mas não foi aprovado no exame. 
 
Atenção: 
Há três casos em que se usa a vírgula antes da conjunção e: 
 
1) quando as orações coordenadas possuírem sujeitos diferentes. 
 
Ex.: Os ricos estão cada vez mais ricos, e os pobres, cada vez mais pobres. 
 
2) quando a conjunção “e” vier repetida com a finalidade de dar ênfase 
(polissíndeto). 
 
Ex.: E chora, e ri, e grita, e pula de alegria. 
 
3) quando a conjunção “e” assumir valores distintos que não retratarem 
sentido de adição (adversidade, consequência, por exemplo) 
 
Ex.: Coitada! Estudou muito, e ainda assim não foi aprovada. 
 
c) separar orações subordinadas adverbiais (desenvolvidas ou reduzidas), 
principalmente se estiverem antepostas à oração principal. 
 
Ex.: "No momento em que o tigre se lançava, curvou-se ainda mais; e fugindo 
com o corpo apresentou o gancho." (O selvagem - José de Alencar) 
 
d) separar as orações intercaladas. 
 
Ex.: "- Senhor, disse o velho, tenho grandes contentamentos em estar 
plantando-a...” 
 
Dicas: 
Essas orações poderão ter suas vírgulas substituídas por duplo travessão. 
 
Ex.: "Senhor - disseo velho - tenho grandes contentamentos em estar 
plantando-a...” 
 
e) separar as orações substantivas antepostas à principal. 
 
Ex.: Quanto custa viver, realmente não sei. 
 
8- Ponto e vírgula ( ; ) 
 
a) separar os itens de uma lei, de um decreto, de uma petição, de uma 
sequência, etc. 
 
Ex.: Art. 127 – São penalidades disciplinares: 
I- advertência; 
 
 
II- suspensão; 
III- demissão; 
IV- cassação de aposentadoria ou disponibilidade; 
V- destituição de cargo em comissão; 
VI- destituição de função comissionada. (cap. V das penalidades referentes 
ao Direito Administrativo) 
 
b) separar orações coordenadas muito extensas ou orações coordenadas 
nas quais já tenham utilizado a vírgula. 
 
Ex.: “O rosto de tez amarelenta e feições inexpressivas, numa quietude 
apática, era pronunciadamente vultuoso, o que mais se acentuava no fim da 
vida, quando a bronquite crônica de que sofria desde moço se foi 
transformando em opressora asma cardíaca; os lábios grossos, o inferior um 
tanto tenso (...) " (O visconde de Inhomerim - Visconde de Taunay) 
 
9- Travessão ( — ) 
 
a) dar início à fala de um personagem 
 
Ex.: O filho perguntou: 
— Pai, quando começarão as aulas? 
 
b) indicar mudança do interlocutor nos diálogos 
 
Ex.: - Doutor, o que tenho é grave? 
- Não se preocupe, é uma simples infecção. É só tomar um antibiótico e 
estará bom 
 
c) unir grupos de palavras que indicam itinerários 
 
Ex.: A rodovia Belém-Brasília está em péssimo estado. 
 
Dicas: 
Também pode ser usado em substituição à virgula em expressões ou frases 
explicativas 
 
Ex.: Xuxa — a rainha dos baixinhos — será mãe. 
 
10- ASPAS ( “ ” ) 
 
a) isolar palavras ou expressões que fogem à norma culta, como gírias, 
estrangeirismos, palavrões, neologismos, arcaísmos e expressões 
populares. 
Exemplos: 
 
Maria ganhou um apaixonado “ósculo” do seu admirador. 
A festa na casa de Lúcio estava “chocante”. 
Conversando com meu superior, dei a ele um “feedback” do serviço a mim 
requerido. 
 
b) indicar uma citação textual 
 
 
 
Ex.: “Ia viajar! Viajei. Trinta e quatro vezes, às pressas, bufando, com todo o 
sangue na face, desfiz e refiz a mala”. (O prazer de viajar - Eça de Queirós) 
 
Dicas: 
Se dentro de um trecho já destacado por aspas, se fizer necessário a 
utilização de novas aspas, estas serão simples. (' ') 
 
Recursos alternativos para pontuação: 
 
Parágrafo ( § ) 
Chave ( { } ) 
Colchete ( [ ] ) 
Barra ( / ) 
 
AUTO-AVALIAÇÃO 
Questões de Escolha Multipla 
 
1. O Ponto (. ) serve para: 
a) indicar o final de uma frase declarativa. 
b) Indicar o início de uma frase. 
c) Indicar o fim de um texto longo. 
d) Todas as alternativas estão erradas. 
2. Não se separam por vírgula: 
a) predicado de sujeito. 
b) objeto de verbo. 
c) adjunto adnominal de nome. 
d) Todas as alternativas estão correctas. 
3. ASPAS ( “ ” ) servem para: 
 
a) isolar palavras ou expressões que fogem à norma culta, como gírias, 
estrangeirismos, palavrões, neologismos, arcaísmos e expressões populares. 
 
b) não isolar palavras ou expressões que fogem à norma culta, como gírias, 
estrangeirismos, palavrões, neologismos, arcaísmos e expressões populares. 
c) disolar palavras ou expressões que seguem à norma culta, como gírias, 
estrangeirismos, palavrões, neologismos, arcaísmos e expressões populares. 
 
 
d) isolar palavras ou impressões que fogem à norma culta, como gírias, 
estrangeirismos, palavrões, neologismos, arcaísmos e expressões populares. 
4. ASPAS podem ser usadas em 
a) substituição à virgula em expressões ou frases explicativas. 
b) adição da virgula em expressões ou frases explicativas. 
c) sempre que nos der vontade. 
d) em nenhuma circunstância. 
5. São Recursos alternativos para pontuação: 
 
a) Parágrafo ( § ) 
b) Chave ( { } ) 
d) Colchete ( [ ] ) 
d) Todas as alternativas estão correctas. 
 
Questões de Verdadeiro e Falso 
 
6. A Vírgula ( , ) É usada para marcar uma pausa do enunciado com a 
finalidade de nos indicar que os termos por ela separados, apesar de 
participarem da mesma frase ou oração, não formam uma unidade sintática. 
7. Os sinais de pontuação são sinais gráficos empregados na língua escrita para 
tentar recuperar recursos específicos da língua falada, tais como: entonação, 
jogo de silêncio, pausas, etc. 
8. Travessão ( — ) Serve para dar início à fala de um personagem. 
9. A conjunção “e” nunca assume valores distintos que não retratarem 
sentido de adição (adversidade, consequência). 
10. Os parênteses também podem substituir a vírgula ou o travessão. 
Questoes de Reflexao 
11. O que são sinais de pontuação? 
12. Para que servem? 
 
 
 
 
RESPOSTAS 
1. A 
2. D 
3. A 
4. A 
5. D 
6. Verdadeiro 
7. Verdadeiro 
8. Verdadeiro 
9. Falso 
10. Verdadeiro 
 
 
 
UNIDADE TEMÁTICA IV: REFLEXÃO SOBRE A LÍNGUA –ACTOS 
ILOCUTÓRIOS 
 Introdução 
 
 
 
As palavras e a linguagem têm um enorme poder nas nossas vidas, uma 
vez que, quando comunicamos, interagimos com os outros, não nos 
limitamos simplesmen te a dizer/falar algo. Na maior parte das 
situações comunicativas, há determinados objectivos precis os nos 
nossos actos de fala/ actos ilocutórios 
. Os enunciados podem servir para emitir juízos, expressar emoções, 
levar os outros a fazerem algo, legitimar a realidade ou, até, criar 
realidade nova. 
A linguagem tem, assim, uma função social. Especifiquemos, então, 
estes aspectos. 
 
 
Aos actos praticados quando são proferidas palavras dá-se o nome 
de actos de fala. 
 
J. L. Austin no seu How to Do Things with Words (1962), classificou 
estes actos da seguinte forma: há o acto fonético, de produzir sons; o 
acto fático, de produzir uma frase gramatical, e o acto rético, de dizer 
algo com sentido, actos que, conjuntamente, constituem o acto 
locutório. Depois há o que se faz ao dizer qualquer coisa, como 
ameaçar, orar ou prometer: são os actos ilocutórios. Finalmente, 
dizer qualquer coisa pode produzir efeitos nos ouvintes, como assustá-
los: são os actos perlocutórios. 
 Expressões como: 
 
 
Assertivos (ou representativos) 
Os actos que se relacionam 
com o locutor, com o valor de 
verdade do que se diz, isto é, 
do enunciado. 
Eu aceito 
Acredito em 
Adapto-me a 
Admito 
Agarro-me à ideia de 
Atendo ao facto 
Coloco a questão 
Encaro a hipótese 
Insisto em 
Sugiro 
Acho 
Considero 
 
Asserções simples, com 
conteúdo proposicional 
equivalente às frases contendo 
os verbos acima indicados: 
Exemplos: 
Chumbas, tão certo como 2 e 2 
serem 4. 
Chumbas. 
 
 
 
Expressivos 
 
Os actos que têm como 
objectivo exprimir o estado 
psicológico do locutor em 
relação ao enunciado. 
1. Verbos ilocutórios 
expressivos: 
Agradeço-te 
Congratulo-me 
 
2. Verbos criadores de 
universos de referência 
modalizados por advérbios: 
Acho mal…. 
 
3. Expressões exclamativas 
com adjectivos valorativos, 
advérbios, verbos 
experênciais, afectivos ou 
expressivos: 
Bom dia! 
Que lindo vestido! 
Gosto mesmo dessa planta! 
Directivos 
Os actos em que o locutor 
pretende que o ouvinte realize, 
no futuro, o acto verbal ou não 
verbal referido no enunciado 
Neste acto entram: 
(ordens, conselhos, pedidos, 
sugestões) 
Aconselho 
 
 
Convido 
Espero 
Exijo 
Imploro 
Lembro 
Mando 
Obrigo 
Peço 
Proíbo 
Quero 
 
 
Compromissivos ou comissivo 
Actos em que o locutor se 
compromete a realizar, no 
futuro, o acto referido no 
enunciado 
Juro 
Tenciono 
 
Frases simples no futuro do 
indicativo ou seus substitutos 
como o presente do indicativo 
 
Expressões elípticas com valor 
ilocutório comissivo: 
Até logo, à porta do cinema. 
 
 
 
Declarações 
 
Actos em que, pela sua 
enunciação, alteram a 
realidade, criando novos 
estados de coisas. Estes actos 
só podem ser praticados por 
locutores investidos de 
autoridade que lhes é 
reconhecidapelos 
interlocutores. 
Uma declaração é a expressão 
verbal da realidade que ela 
própria cria ou de que 
pontualmente depende. 
 
 A sessão está aberta. 
 Declaro-vos marido e 
mulher. 
 Vamos começar a aula. 
 
 
Nota: 
Actos perlocutórios Actos de fala realizados apenas se certos 
resultados forem obtidos — como, por exemplo, os de persuadir, 
ridicularizar ou assustar alguém. Os actos perlocutórios contrastam, 
portanto, com os actos locutórios e com os actos ilocutórios, que são 
realizados independentemente de a elocução respectiva ter o efeito 
desejado, ou sequer qualquer efeito que seja. 
 
 
 
AUTO-AVALIAÇÃO 
Questões de Escolha Múltipla 
1. As palavras e a linguagem: 
a) Têm um enorme poder nas nossas vidas, uma vez que, quando 
comunicamos, interagimos com os outros, não nos limitamos 
simplesmen te a dizer/falar algo. 
a) Não têm um enorme poder nas nossas vidas, uma vez que, 
quando comunicamos, interagimos com os outros, não nos 
limitamos simplesmen te a dizer/falar algo. 
b) Não tem poder algum. 
c) Todas as alternativas estão correctas. 
 
2. Os enunciados podem 
a) Tervir para emitir juízos, expressar emoções, levar os outros a 
fazerem algo, legitimar a realidade ou, até, criar realidade nova. 
b) Não emitir juízos, expressar emoções, levar os outros a fazerem 
algo, legitimar a realidade ou, até, criar realidade 
c) Emitir prejuízos a língua. 
d) Emitir lucros a língua. 
 
3. A linguagem tem, assim, uma função 
a) Social. 
b) Racial. 
c) Política. 
d) Todas as alternativas estão correctas. 
4. Aos actos praticados quando são proferidas palavras dá-se o 
nome de 
a) actos de fala. 
b) actos comunicativos. 
c) actos da linguagem. 
d) actos de língua. 
 
 
 
5. Uma declaração é : 
a) a expressão verbal da realidade que ela própria cria ou de que 
pontualmente depende. 
a) a impressão verbal da realidade que ela própria cria ou de que 
pontualmente depende. 
b) a expressão verbal da realidade que ela própria cria ou de que 
pontualmente independe. 
b) Todas as alternativas estão correctas. 
 
 
Questões de Verdadeiro e Falso 
 
6. Actos Ilocutórios Expressivos são os actos que têm como 
objectivo exprimir o estado psicológico do locutor em relação ao 
enunciado. 
7. Actos perlocutórios são actos de fala realizados sempre, 
independemente dos resultados. 
8. Os actos perlocutórios não contrastam, portanto, com os actos 
locutórios e com os actos ilocutórios, que são realizados 
independentemente de a elocução respectiva ter o efeito 
desejado, ou sequer qualquer efeito que seja. 
9. As palavras e a linguagem não têm um enorme poder nas 
nossas vidas, uma vez que, quando comunicamos, interagimos 
com os outros, não nos limitamos simplesmen te a dizer/falar 
algo. 
10. Uma declaração é a expressão verbal da realidade que ela 
própria cria. 
Questoes de Reflexao 
11. Defina os actos ilocutórios. 
12. Em que circunstancias usamos os actos ilocutórios? 
 
 
 
 
 
 
 
RESPOSTAS 
1. A 
2. A 
3. D 
4. A 
5. A 
6. Verdadeiro 
7. Falso 
8. Falso 
9. Falso 
10. Verdadeiro 
 
UNIDADE TEMÁTICA: REFLEXÃO SOBRE A LÍNGUA –FRASE 
SIMPLES E FRASE COMPLEXA 
Introdução 
Frase é todo enunciado de sentido completo, podendo ser formada 
por uma só palavra ou por várias, podendo ter verbos ou não. A frase 
exprime, através da fala ou da escrita: 
A frase se define pelo seu propósito comunicativo, ou seja, pela sua 
capacidade de, num intercâmbio linguístico, transmitir um conteúdo 
satisfatório para a situação em que é utilizada. 
Exemplos: 
 
 
O Brasil possui um grande potencial turístico. 
Espantoso! 
Não vá embora. 
Silêncio! 
O telefone está tocando. 
Na língua falada, a frase é caracterizada pela entoação, que indica 
nitidamente seu início e seu fim. A entoação pode vir acompanhada 
por gestos, expressões do rosto, do olhar, além de ser complementada 
pela situação em que o falante se encontra. Esses fatos contribuem 
para que frequentemente surjam frases muito simples, formadas por 
apenas uma palavra. Observe: 
Rua! 
Ai! 
Essas palavras, dotadas de entoação própria, e acompanhadas de 
gestos peculiares, são suficientes para satisfazer suas necessidades 
expressivas. 
Na língua escrita, a entoação é representada pelos sinais de 
pontuação, os quais procuram sugerir a melodia frasal. 
Desaparecendo a situação viva, o contexto é fornecido pelo próprio 
texto, o que acaba tornando necessário que as frases escritas sejam 
linguisticamente mais completas. Essa maior complexidade linguística 
leva a frase a obedecer as regras gerais da língua. Portanto, a 
organização e a ordenação dos elementos formadores da frase devem 
seguir os padrões da língua. Por isso é que: 
As meninas estavam alegres. 
constitui uma frase, enquanto: 
Alegres meninas estavam as. 
 
 
Não é considerada uma frase da língua portuguesa. 
 
A frase pode ser constituída por uma ou mais orações. 
 Uma oração é a unidade gramatical organizada à volta de um 
verbo. 
 
 Frase simples é aquela que é constituída por uma única oração, 
contendo, portanto, um só verbo conjugado (apresenta, assim, apenas 
um sujeito e um predicado). 
 
 Ex.: Os meus pais oferecem-me muitos livros. 
 Frase simples ou oração (um só verbo conjugado) 
 
 Frase complexa é aquela que é constituída por duas ou mais 
orações. Apresenta, portanto, mais do que um predicado e muitas 
vezes mais do que um sujeito. 
 
 Ex.: Os meus pais oferecem-me muitos livros porque eu gosto 
muito de ler. 
 Frase complexa ( dois verbos conjugados) 
 
 Há duas maneiras de organizar as orações na frase complexa: a 
coordenação e a subordinação. 
Coordenação e Subordinação 
1. Coordenação e subordinação 
2.As frases complexas podem relacionar-se por coordenação 
ou por subordinação. A coordenação consiste numa relação 
 
 
entre duas orações da mesma categoria por meio de 
conjunções ou locuções conjuncionais coordenativas. 
3 Oração coordenada copulativa expressa ligação ou adição de 
informações relativamente à oração anterior. Ex.: Mónica 
renunciou ao amor e trabalha para o sucesso. 
Conjunções/locuções conjuncionais coordenativas e, nem, 
nem…nem não só…mas também, não só…como também 
4. Oração coordenada adversativa estabelece uma oposição 
relativamente à oração anterior. Ex.: Mónica ajuda os 
necessitados, mas fá-lo por interesse. Conjunção coordenativa 
adversativa mas 
5.Oração coordenada disjuntiva estabelece uma alternativa 
relativamente à oração anterior. Ex.: Amanhã Mónica irá ao 
cabeleireiro ou fará ioga. Conjunções coordenativas disjuntivas 
ou, ou…ou, quer…quer, ora…ora, seja…seja 
 6.Oração coordenada conclusiva indica uma conclusão 
relativamente à oração anterior. Ex.: Mónica é boa mãe de família, 
logo é uma pessoa extraordinária. Conjunção coordenativa conclusiva 
logo 
7. Oração coordenada explicativa apresenta uma explicação 
relativamente à oração anterior. Ex.: Mónica anda feliz, pois 
todos a veem sorrir. Conjunções coordenativas explicativas, 
pois, que 
8. Coordenação assindética Relação que se estabelece entre 
orações coordenadas que não são introduzidas por conjunção. 
Ex.: Mónica renunciou ao amor, abdicou da poesia. 
 
 
9.A subordinação consiste numa relação entre duas orações, 
uma subordinante e uma subordinada, por meio de conjunções 
ou locuções conjuncionais subordinativas. 
10.Oração subordinada adverbial Oração que desempenha a 
função sintática de modificador da frase ou do grupo verbal. 
11.Oração subordinada adverbial temporal exprime uma ideia 
de tempo relativamente à oração subordinante. Ex.: Sempre 
que Mónica entra numa loja, todos se precipitam para ela. 
Conjunções/locuções subordinativas adverbiais temporaisquando, enquanto, logo que, assim que, até que, antes que… 
12.Oração subordinada adverbial causal transmite a causa do 
que é afirmado na oração subordinante. Ex.: Mónica é uma 
mulher extraordinária, porque é virtuosa. Conjunções/locuções 
subordinativas adverbiais causais porque, que, como, 
porquanto, visto que, já que, uma vez que… 
13.Oração subordinada adverbial final expressa a finalidade da 
ideia indicada na oração subordinante. Ex.: Para que atingisse o 
sucesso, Mónica renunciou ao amor. Conjunções/locuções 
subordinativas adverbiais finais que, para que, a fim de que… 
14.Oração subordinada adverbial condicional indica uma 
condição que permite a realização do que é expresso na oração 
subordinante. Ex.: Mónica saberá como atuar, se tiver algum 
desgosto. Conjunções/locuções subordinativas adverbiais 
condicionais se, caso, a não ser que, a menos que, salvo se, 
contanto que, desde que… 
15.Oração subordinada adverbial comparativa estabelece uma 
comparação com a oração subordinante. Ex.: Mónica contorna 
os obstáculos como um cavalo bem treinado. Mónica levanta-
 
 
se mais cedo do que o marido. Conjunções/locuções 
subordinativas adverbiais comparativas como, que, quanto, 
assim como, bem como, como se, que nem… 
16. Oração subordinada adverbial consecutiva exprime a 
consequência de um facto apresentado na oração 
subordinante. Ex.: Mónica é tão perspicaz que gere 
convenientemente os amigos. Conjunção subordinativa 
adverbial consecutiva que 
17. Oração subordinada adverbial concessiva transmite um 
contraste face à oração subordinante. Ex.: Ainda que seja bem-
sucedida, Mónica será feliz? Conjunções/locuções 
subordinativas adverbiais concessivas embora, ainda que, 
mesmo se, mesmo que, se bem que… 
18.Oração subordinada substantiva Oração que desempenha a 
função sintática de sujeito ou de complemento de um verbo. 
19. Oração subordinada substantiva completiva é sujeito ou 
complemento de um verbo. Ex.: Todos sabemos que Mónica é 
o maior apoio do Príncipe deste Mundo. Conjunções 
subordinativas substantivas completivas que, se, para 
20. Em síntese: FRASE COMPLEXA Orações coordenadas 
Orações subordinadas copulativas explicativas conclusivas 
disjuntivas adversativas adverbiais substantivas temporais 
consecutivas comparativas condicionais finais causais 
concessivas completivas 
 
AUTO-AVALIAÇÃO 
Questões de Escolha Multipla 
 
 
1. A Oração subordinada substantiva… 
a) desempenha a função sintática de sujeito ou de complemento 
de um verbo. 
b) desempenha a função semântica de sujeito ou de 
complemento de um verbo. 
c) desempenha a função morfológica de sujeito ou de 
complemento de um verbo. 
d) desempenha a função pragmática de sujeito ou de 
complemento de um verbo. 
 
2. As frases complexas podem relacionar-se por 
a) coordenação 
b) por subordinação 
c) coordenação ou por subordinação 
d) um verbo. 
 
 
3. A coordenação consiste: 
a) numa relação entre duas orações da mesma categoria por 
meio de conjunções ou locuções conjuncionais coordenativas. 
b) Na falta de relação entre duas orações da mesma categoria por 
meio de conjunções ou locuções conjuncionais coordenativas. 
c) numa relação entre dois textos da mesma categoria por meio 
de conjunções ou locuções conjuncionais coordenativas. 
d) numa relação entre duas orações da mesma categoria por 
meio de conjunções ou locuções conjuncionais subordinativas. 
4. A Frase “Mónica renunciou ao amor, abdicou da poesia”. 
Classifica-se como: 
a) Oração coordenada copulativa. 
b) Subordinada explicativa 
a) Subordinada explicativa integrante 
b) Subordinada adversativa. 
5. Oração coordenada adversativa estabelece: 
a) uma oposição relativamente à oração anterior. 
b) uma adicao relativamente à oração anterior. 
c) um uma oposição relativamente à oração anterior. 
 
 
d) a empatia relativamente à oração anterior. 
 
Questões de Verdadeiro e Falso 
6. Oração subordinada substantiva desempenha a função 
sintática de sujeito ou de complemento de um verbo. 
7. Oração subordinada substantiva completiva é sujeito ou 
complemento de um verbo. 
8. Oração coordenada disjuntiva estabelece uma alternativa 
relativamente à oração anterior. 
9. Coordenação assindética não estabelece relação entre orações 
coordenadas que não são introduzidas por conjunção. 
10. Oração subordinada adverbial que não desempenha a função 
sintática de modificador da frase ou do grupo verbal. 
 
Questoes de Reflexao 
11. Como são classificadas as oracaoes? 
12. O que são orações? 
 
 
RESPOSTAS 
 
1. A 
2. C 
3. A 
4. A 
5. A 
6. Verdadeiro 
7. Verdadeiro 
8. Verdadeiro 
9. Falso 
10. Falso. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA 
ADAM, J-M. Les textes: Types et prototypes. Paris, Nathan, 1992. 
ALLOUCHE, V. et al. “Prise de notes” in: Pratiques discursives. 
Montpellier III, 1981. 
CUNHA, C. & CINTRA, L. Breve Gramática do Português 
Contemporâneo. Lisboa, Edições João Sá da Costa, 1999. 
DJIK. T. A. Van. Text and context. Exploration of the semantics and 
pragmatics of discourse, London, Longman, 1997. 
DJIK. La ciência del texto. Barcelona, Paido, 1982. 
 
 
ECO, Umberto. Como se faz uma tese. 15. ed. São Paulo. Editora 
Perspectiva S.A., 1999. 
KERBRAT, Catherine. Orecchioni. L´enontiation de la subjectivité. 
Armand Colin, Paris, 1980. 
MATEUS, M. H. M. et al. Gramática da Língua Portuguesa 2ª ed., 
Lisboa, Caminho, 1989. 
MAVALE, Cecília. Resumo (Apontamentos). Maputo, Universidade 
Pedagógica, (1998 ) 
REI, J.E. Curso de Redacção II. Porto, Porto Editora, 1995. 
SERAFINI, Maria T. como se faz um trabalho escolar. Da escolha do 
tema à Composição do Texto. Lisboa, Editorial Presença, 1976. 
SILVA, Mendes. Português Língua viva. Lisboa, Herdeiros de Mendes 
Silva e Círculo de 
Leitores, 1985. 
SOARES, Maria Almira. Motivar para a escrita – como se faz um 
resumo/como resumir apontamentos. Lisboa, 2004. 
VIGNER, Gérard. Lire – Du Text au Sens. CLE International, Paris, 
1979. 
VILELA, Mário. Gramática da Língua Portuguesa. Coimbra, Almedina. 
1999.

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