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Tratamento de ITU

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Tratamento da ITU
Antibacterianos para ITU
A infecção é de via ascendente: uretra bexiga rins; 
São divididas em infecções comunitárias e hospitalares. As bactérias que são mais prevalentes dependendo do local: na comunidade, quase a totalidade dos casos é causado por E. coli. Já em ambiente hospitalar, a E. coli também é a que mais acomete, porém, menos frequente que na comunidade, seguindo de enterobactérias. 
- Tratamento para cistite não complicada em mulheres: 1° opção: fosfomicina (inibição da síntese de parede celular), administrada em dose única de 3 a 5 dias. 2°: nitrofurantoína: não responde bem com urina alcalina, com tratamento de 5 a 7 dias, administrada de 8/8h. 
- Alternativas: cefalosporinas por 3 dias, sulfa+trimetropim pode ser usado, porém como foi muito usada, a E. coli pode possuir resistência. 
- Pielonefrite não complicada: 1° opção: quinolona, levofloxacino e ciprofloxacino. 2° opção: sulfa+trimetropim. 3° opção: Cefalosporinas.
- Pielonefrite complicada: 1° opção: quinolona, levofloxacino e ciprofloxacino. 2° opção: cefalosporinas.
Aminoglicosídeos
São ativos contra para bactérias gram-negativas e não são eficazes para bactérias anaeróbicas. As bactérias gram-positivas não sofrem tanto, porém, quando associado a algum antibiótico com bloqueio de parede, são eficazes. Fazem a interrupção da síntese de proteínas, entrando pelos canais de porinas da bactéria. Após entrar na bactéria, se liga na unidade 30s da bactéria, desencadeando erros de leitura, formação e terminação de proteínas. 
Sua função é dose dependente, ou seja, para serem bactericidas, dependem da dose utilizada. A concentração máxima é de 8-10x maior do que o MIC. Possuem efeito pós-antibiótico, mesmo quando a concentração sanguínea cai para menos do valor do MIC, possuindo eficácia terapêutica em regimes de altas doses, porém com intervalos, reduzindo a chance de toxicidade. São administrados quase sempre por via parenteral. Gentamicina, Estreptomicina, Neomicina (tópico), Amicacina, Canamicina, Trobamicina. São contraindicados na gravidez. Efeitos adversos incluem: ototoxidade, nefro toxicidade, paralisia muscular, reações alérgicas. Sua resistência pode ocorrer pela inativação do fármaco, falha em penetrar na bactéria e baixa afinidade pelos ribossomos.
Fluorquinolonas
Seu mecanismo de ação é feito pela atuação sobre a DNA girase e a topo isomerase IV. Fazem o relaxamento do DNA e impacta na estabilização de cromossomos. Seu efeito bactericida também é dependente de concentração, sendo essa, 30x maior que MIC. Sua ação é voltada tanto para gram-positivas e gram-negativas. 
Quinolas são divididas por 4° gerações:
· 1° geração: ácido nalidíxico.
· 2° geração: ciprofloxacino e norfloxacino.
· 3° geração: levofloxacino.
· 4° geração: moxifloxacino (não é usado em ITU).
Seus efeitos adversos: náuseas, tontura, diarreia, erosão articular. Tem capacidade de quelar, podendo levar a desenvolvimento de toxicidade por cristais.
Podem ser usados em diarreias do viajante, infecções respiratórias, prostatites.
A resistência pode ser cruzada ou não, sendo causada pela alteração do local de ligação ou diminuição do acúmulo.
Inibidores do metabolismo de folato
Só são efetivos para bactérias que sintetizam o folato (estreptococos pyogenes, pneumoniae). São elas: sulfonamida e trimetropina. 
Fazem parte da via do PABA (ácido p-aminobenzólico), fazendo a inibição a enzima de conversão di-hidrofolato redutase, não formato folato e nem DNA (trimetoprima). Já a sulfonaminas, inibem o di-hidropteroato sintase. A associação dos dois causa sinergismo, para causar um bloqueio sequencial da via do folato. Contraindicadas na gravidez. Efeitos adversos: cristosúria quando associada a nitrofurantoina, anemia hemolítica. A associação de sulfametoxazol + trimetoprima, denominada Cotrimoxazol.
- Analgésicos urinários: podem mascarar a infecção e desenvolver um quadro mais grave.
- Antissépticos urinários: concentram-se na urina. Promovem a modificação da cor da urina. 
- Metenamina: não pode ser associada com sulfonamidas. Sua ação só ocorre em pH baixo. São contraindicados para pielonefrite. Muda a cor da urina para esverdeado.
- Nitrofurantoína: faz a redução enzimática, dando origem a compostos tóxicos que causam danos ao DNA da bactéria. Não é efetiva em pH alcalino. Modifica a cor da urina para acastanhada.

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