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SISTEMA DE ENSINO ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM Pacientes com Alterações da Função Digestiva e Gastrointestinal - Parte I Livro Eletrônico NATALE SOUZA Enfermeira, graduada pela UEFS – Universidade Estadual de Feira de Santana – em 1999; pós-graduada em Saúde Coletiva pela UESC – Universidade Estadual de Santa Cruz – em 2001, em Direito Sanitário pela FIOCRUZ em 2004; e mestre em Saúde Coletiva. Atualmente, é servidora pública da Prefeitura Municipal de Salvador e atua como Educadora/ Pesquisadora pela Fundação Osvaldo Cruz – FIOCRUZ – no Projeto Caminhos do Cuidado. Além disso, é docente em cursos de pós- graduação e preparatórios para concursos há 16 anos, ministrando as disciplinas: Legislação do SUS, Políticas de Saúde, Programas de Saúde Pública e específicas de Enfermagem. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para JORDAO LEANDRO LUSTOSA - 03590594306, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. 3 de 53www.grancursosonline.com.br ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM Pacientes com Alterações da Função Digestiva e Gastrointestinal - Parte I Profª. Natale Souza Assistência de Enfermagem a Pacientes com Alterações da Função Digestiva e Gastrointestinal – Parte I .............................................................................4 1. Revisão, Anatomia e Fisiologia ..................................................................4 2. Fisiologia do Sistema Gastrintestinal ..........................................................8 3. Alterações Digestivas e Gastrointestinais ..................................................14 3.1. Apendicite .........................................................................................14 3.2. Fisiopatologia ....................................................................................14 4. Sinal de Rovsing ...................................................................................16 4.1. Diagnóstico .......................................................................................16 5. Tratamento ..........................................................................................18 5.1. Assistência de Enfermagem .................................................................18 5.2. Cirrose Hepática ................................................................................23 5.3. Colelitíase .........................................................................................32 5.4. Constipação Intestinal ........................................................................37 5.5. Assistência de Enfermagem .................................................................41 Referências Bibliográficas ..........................................................................50 O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para JORDAO LEANDRO LUSTOSA - 03590594306, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 4 de 53www.grancursosonline.com.br ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM Pacientes com Alterações da Função Digestiva e Gastrointestinal - Parte I Profª. Natale Souza ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM A PACIENTES COM ALTERA- ÇÕES DA FUNÇÃO DIGESTIVA E GASTROINTESTINAL – PARTE I 1. Revisão, Anatomia e Fisiologia Segundo Drake, Vogl e Mitchell (2010), o trato gastrintestinal inicial é orientado longitudinalmente na cavidade corporal e é suspenso a partir das paredes circun- dantes por um mesentério dorsal grande e um mesentério ventral menor. Ainda de acordo com o autor supracitado, o tubo digestivo primitivo consiste no intestino anterior, intestino médio e intestino posterior. O intestino anterior dá ori- gem à extremidade distal do esôfago, ao estômago e à parte proximal do duodeno. Um divertículo da face anterior do intestino anterior cresce no mesentério ventral, dando origem ao fígado e à vesícula biliar e, por fim, à parte ventral do pâncreas. A parte dorsal do pâncreas desenvolve-se a partir de um desdobramento do intestino anterior, em direção ao mesentério dorsal. O baço desenvolve-se no mesentério dorsal, na região entre a parede do corpo e o suposto estômago. Drake, Vogl e Mitchell (2010), afirmam que: O intestino anterior, o desenvolvimento do estômago gira em sentido horário, e o me- sentério dorsal associado, que contém o baço, move-se para a esquerda e se expande. Durante esse processo, parte do mesentério torna-se associado ao lado esquerdo da parede do corpo e se funde secundariamente com ela. Ao mesmo tempo, o duodeno, juntamente com seu mesentério dorsal e uma parte apreciável do pâncreas, vai para a direita e funde-se com a parede corporal. O intestino médio desenvolve-se na parte distal do duodeno, jejuno, íleo, colo ascendente e dois terços proximais do colo trans- verso. Um pequeno saco vitelino projeta-se anteriormente, a partir do intestino médio em desenvolvimento até o umbigo. O terço distal do colo transverso, o colo descendente, o colo sigmoide e parte superior do reto desenvolvem-se a partir do intestino posterior. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para JORDAO LEANDRO LUSTOSA - 03590594306, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 5 de 53www.grancursosonline.com.br ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM Pacientes com Alterações da Função Digestiva e Gastrointestinal - Parte I Profª. Natale Souza O sangue das partes abdominais do sistema digestório e do baço passa por um segundo leito vascular, no fígado, antes de, finalmente, retornar ao coração. O san- gue venoso do trato digestório, do pâncreas, da vesícula biliar e do baço entra na superfície inferior do fígado, através da grande veia porta. Essa veia então se rami- fica como uma artéria, distribuindo sangue para os pequenos sinusóides hepáticos revestidos de endotélio, que formam a rede vascular de troca do fígado. Após passar através dos sinusóides, o sangue acumula-se em um pequeno nú- mero de veias hepáticas curtas, que drenam para a veia cava inferior, pouco antes dela penetrar o diafragma e entrar no átrio direito do coração. Normalmente, os leitos vasculares drenados pelo sistema porta hepático inter- ligam-se através de pequenas veias, com leitos drenados pelos vasos sistêmicos que, finalmente, ligam-se diretamente com a veia cava superior ou inferior. A parte abdominal do esôfago representa a parte distal curta do esôfago loca- lizada na cavidade abdominal. Emergindo po rmeio do pilar direito do diafragma, geralmente no nível da vértebra T10, ele passa desde o hiato esofágico até o óstio cardíaco do estômago, à esquerda da linha mediana. O estômago é a parte mais dilatada do trato gastrintestinal e tem a forma de J. Posicionado entre a parte abdominal do esôfago e o intestino delgado, o estômago fica nas regiões epigástrica, umbilical e do hipocôndrio esquerdo do abdome. O estômago é dividido em quatro regiões: • a cárdia, que circunda a abertura do esôfago até o estômago; • o fundo gástrico, que é a área acima do nível do óstio cardíaco; • o corpo gástrico, que é a maior região do estômago; • a parte pilórica, que se divide em antro pilórico e canal pilórico e é a extremi- dade distal do estômago. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para JORDAO LEANDRO LUSTOSA - 03590594306, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 6 de 53www.grancursosonline.com.br ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM Pacientescom Alterações da Função Digestiva e Gastrointestinal - Parte I Profª. Natale Souza Fonte: https://www.auladeanatomia.com/novosite/sistemas/sistema-digestorio/ O intestino delgado é a parte mais longa do trato gastrintestinal e estende-se desde o óstio pilórico do estômago até o lábio ileocecal. Esse tubo oco, que tem aproximadamente de 6 a 7 metros de comprimento com um diâmetro de estreita- mento do começo até o fim, é constituído pelo: • Duodeno: a primeira parte do intestino delgado é o duodeno. Essa estrutura em forma de C, adjacente à cabeça do pâncreas, tem 20 a 25 centímetros de comprimento e está acima do nível do umbigo; sua luz é a mais ampla do intestino delgado. • Jejuno: o jejuno representa os dois quintos proximais. Localiza-se principal- mente no quadrante superior esquerdo do abdome e tem diâmetro maior e uma parede mais espessa do que o íleo. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para JORDAO LEANDRO LUSTOSA - 03590594306, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 7 de 53www.grancursosonline.com.br ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM Pacientes com Alterações da Função Digestiva e Gastrointestinal - Parte I Profª. Natale Souza • Íleo: o íleo abre no intestino grosso, no qual o ceco e o colo ascendente unem-se. • O intestino grosso estende-se da extremidade distal do íleo até o ânus, uma distância de aproximadamente 1,5 metros em adultos. Ele absorve líquidos e sais a partir do conteúdo do intestino, formando fezes, e consiste no ceco, apêndice vermiforme, colo, reto e canal anal. Segundo Sabotta (2008): Começando na região inguinal direita como o ceco (primeira parte do intestino grosso), com seu apêndice vermiforme (tubo de extremidade cega, estreito, oco, ligado ao ceco) associado, o intestino grosso continua ascendente como colo descendente através do flanco direito até o hipocôndrio direito. Logo abaixo do fígado, dobra-se para a esquer- da, formando a flexura direita do colo (flexura hepática), e atravessa o abdome como colo transverso até o hipocôndrio esquerdo. Nessa posição, logo abaixo do baço, o intes- tino grosso dobra para baixo, formando a flexura esquerda do colo (flexura esplênico) e continua como o colo descendente através da região lateral esquerda e até a região inguinal esquerda. O reto estende-se a partir do colo sigmoide. A junção retossigmóidea, em geral, é descrita como estando no nível de vértebra S3 ou na extremidade do mesocolo sigmoide porque o reto é uma estrutura retroperitoneal. O canal anal é a continu- ação do intestino grosso inferior ao reto. O fígado é o maior órgão visceral do corpo e está principalmente localizado no hipocôndrio direito e na região epigástrica, estendendo-se para o hipocôndrio es- querdo (ou no quadrante superior direito, estendendo-se para o quadrante superior esquerdo). A vesícula biliar é um saco em forma de pêra situado na face visceral no lobo hepático direito, em uma fossa entre os lobos direito e quadrado. A vesícula biliar recebe, concentra e armazena bile do fígado. O pâncreas situa-se principalmente posterior ao estômago. Entende-se pela parede do abdome posterior, a partir do duodeno, à direita, para o baço, no lado esquerdo. 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Os O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para JORDAO LEANDRO LUSTOSA - 03590594306, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 9 de 53www.grancursosonline.com.br ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM Pacientes com Alterações da Função Digestiva e Gastrointestinal - Parte I Profª. Natale Souza produtos da digestão bem como as vitaminas, sais minerais e água atravessam a mucosa e passam para a linfa ou o sangue (absorção). Ganong (2014) afirma: A digestão das principais substâncias alimentares é um processo ordenado que envolve a ação de grande número de enzimas digestivas. As enzimas das glândulas salivares e linguais atacam os carboidratos e lipídios; as do estômago atacam as proteínas e lipí- dios; e as da porção exócrina do pâncreas atacam os carboidratos, proteínas, lipídios, DNA e RNA. As outras enzimas que completam o processo digestivo são encontradas nas membranas luminais e no citoplasma das células que revestem o intestino delgado. O ácido clorídrico secretado pelo estômago e a bile secretada pelo fígado auxiliam a ação dessas enzimas. As funções de digestão e de absorção dependem de uma variedade de mecanis- mos que amolecem os alimentos, impelem-nos ao longo do trato gastrintestinal e os misturam com a bile hepática armazenada na vesícula biliar e com as enzimas digestivas secretadas pelas glândulas salivares e pelo pâncreas. Alguns mecanismos dependem das propriedades intrínsecas da musculatura lisa do intestino. Outros necessitam da atuação de reflexos que envolvem os neurônios intrínsecos do intestino, de reflexos envolvendo o sistema nervoso central, dos efei- tos de mensageiros químicos e de hormônios gastrintestinais. Os hormônios são agentes humorais secretados por células da mucosa e transportados para influen- ciar as funções do estômago, do intestino, do pâncreas e da vesícula biliar. Na boca, os alimentos são misturados com a saliva e propelidos para o esôfago. As ondas peristálticas no esôfago impelem os alimentos para o estômago. A mastigação fragmenta as grandes partículas alimentares e mistura o alimen- to com as secreções das glândulas salivares. Tal ação de umidificação e homoge- neização auxilia na deglutição e digestão subsequente. As grandes partículas de alimentos podem ser digeridas, mas causam contrações fortes e frequentemente O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para JORDAO LEANDRO LUSTOSA - 03590594306, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 10 de 53www.grancursosonline.com.br ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM Pacientes com Alterações da Função Digestiva e Gastrointestinal - Parte I Profª. Natale Souza dolorosas da musculatura do esôfago. As partículas pequenas tendem a se disper- sar na ausência de saliva e tornam a deglutição difícil, visto que não formam um bolo alimentar. O número ideal de mastigações depende do alimento, mas varia habitualmente de 20 a 25. A deglutição é uma resposta reflexa deflagrada por impulsos aferentes nos ner- vos trigêmeo, glossofaríngeo e vago. A deglutição é iniciada pela ação voluntária de recolher o conteúdo oral sobre a língua e impulsioná-lo para trás, em direção à faringe. Tal ação desencadeia uma onda de contração involuntária nos músculos faríngeos, queempurra o alimento no esôfago. A inibição da respiração e o fecha- mento da glote fazem parte da resposta reflexa. Forma-se um anel peristáltico de contração do músculo esofágico atrás do material, varrido pelo esôfago numa ve- locidade aproximada de 4 centímetros por segundo. Quando os seres humanos estão em posição ortostática, os líquidos e alimen- tos semissólidos geralmente chegam à parte inferior do esôfago pela gravidade, à frente da onda peristáltica. O alimento é armazenado no estômago, misturado com ácido, muco e pepsina, sendo liberado no duodeno numa velocidade uniforme e controlada. O peristaltismo é uma resposta reflexa desencadeada quando a parede do intes- tino é estirada pelo conteúdo luminal. Ocorre em todas as partes do trato gastrin- testinal, desde o esôfago até o reto. O estiramento provoca uma contração circular atrás do estímulo e uma área de relaxamento a sua frente. Em seguida, a onda de contração desloca-se em direção oro caudal, propelindo o conteúdo luminal em sentido distal, numa velocidade que varia de 2 a 25 centímetros por segundo. A atividade peristáltica pode aumentar ou diminuir por impulsos autônomos que chegam ao intestino, porém a sua ocorrência independe da inervação extrínseca. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para JORDAO LEANDRO LUSTOSA - 03590594306, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 11 de 53www.grancursosonline.com.br ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM Pacientes com Alterações da Função Digestiva e Gastrointestinal - Parte I Profª. Natale Souza Com efeito, a progressão do conteúdo intestinal não é bloqueada pela remoção e ressutura de um segmento do intestino em sua posição original, sendo apenas bloqueada se o segmento for invertido antes de ser suturado no seu local original. O peristaltismo fornece um excelente exemplo da atividade integrada do sistema nervoso entérico (GANONG,2014). O número total de deglutições por dia é de cerca de 600:200 enquanto se ingerem alimentos e líquidos, 350 enquanto o indivíduo se encontra no estado de vigília sem se alimentar e 50 durante o sono. Ganong (2014) afirma: A atividade peristáltica pode aumentar ou diminuir por impulsos autônomos que chegam ao intestino, porém a sua ocorrência independe da inervação extrínseca. Com efeito, a progressão do conteúdo intestinal não é bloqueada pela remoção e ressutura de um segmento do intestino em sua posição original, sendo apenas bloqueada se o segmento for invertido antes de ser suturado no seu local original. O peristaltismo fornece um ex- celente exemplo da atividade integrada do sistema nervoso entérico. Questão 1 (CESPE/2013) No que se refere ao sistema digestório, julgue o próxi- mo item. No duodeno, o quimo, massa muscular ácida, é neutralizado pelo bicarbonato de sódio liberado pela mucosa intestinal em decorrência da ação da secretina. Errado. O pâncreas libera bicarbonato de sódio para neutralizar a acidez do quimo. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para JORDAO LEANDRO LUSTOSA - 03590594306, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 12 de 53www.grancursosonline.com.br ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM Pacientes com Alterações da Função Digestiva e Gastrointestinal - Parte I Profª. Natale Souza Questão 2 (CESPE/2013) No que se refere ao sistema digestório, julgue o próxi- mo item. É no estômago que a bile, enzima que emulsifica as moléculas de gordura, possibilitando a ação da lipase, atua no bolo alimentar. Errado. É no duodeno que a bile, enzima que emulsifica as moléculas de gordura, possibi- litando a ação da lipase, atua no bolo alimentar Questão 3 (CESPE/2013) Em relação aos sistemas que constituem o corpo huma- no, julgue o item a seguir. O sistema digestório, composto pelo trato gastrintestinal e por órgãos acessórios, é responsável pela degradação e absorção de alimentos para uso das células, é, também, pela eliminação de resíduos sólidos. Certo. As estruturas do trato digestório incluem: Boca, Faringe, Esôfago, Estômago, Intes- tino Delgado, Intestino Grosso, Reto e Ânus. Os órgãos digestório acessórios são os Dentes, a Língua, as Glândulas Salivares, o Fígado, Vesícula Biliar e o Pâncreas. Os dentes auxiliam no rompimento físico do alimento e a língua auxilia na mastigação e na deglutição. Os outros órgãos digestórios acessórios, nunca entram em conta- to direto com o alimento. Produzem ou armazenam secreções que passam para o trato gastrintestinal e auxiliam na decomposição química do alimento. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para JORDAO LEANDRO LUSTOSA - 03590594306, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 13 de 53www.grancursosonline.com.br ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM Pacientes com Alterações da Função Digestiva e Gastrointestinal - Parte I Profª. Natale Souza Questão 4 (2018/CESGRANRIO/TRANSPETRO) O sistema do organismo que é responsável pela absorção dos nutrientes e pela reabsorção quase completa da água consumida nesse processo é o a) reprodutor b) endócrino c) nervoso somático d) tegumentar e) digestório Letra e. De acordo com Ganong (2014), o sistema gastrintestinal é o portal através do qual as substâncias nutritivas, vitaminas, sais minerais e líquidos penetram no corpo. Questão 5 (2014/IADES/UFBA) De acordo com a fisiologia, os nutrientes e os eletrólitos são absorvidos no a) cólon. b) estomago. c) esôfago. d) intestino delgado. e) intestino grosso O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para JORDAO LEANDRO LUSTOSA - 03590594306, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 14 de 53www.grancursosonline.com.br ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM Pacientes com Alterações da Função Digestiva e Gastrointestinal - Parte I Profª. Natale Souza Letra d. As proteínas, lipídios e carboidratos complexos são degradados em unidades capa- zes de serem absorvidas (digeridas), principalmente no intestino delgado. 3. Alterações Digestivas e Gastrointestinais 3.1. Apendicite O apêndice é um pequeno anexo digitiforme fixado ao ceco exatamente abaixo da papila ileal. Como o seu esvaziamento no cólon não é eficiente e o seu lúmen é pequeno, o apêndice é propenso à obstrução e vulnerável à infecção (apendicite). Brunner e Suddart (2016) afirmam que a apendicite é a causa mais comum tan- to de inflamação aguda no quadrante inferior direito da cavidade abdominal quanto de cirurgia abdominal de emergência. Embora possa ocorrer em qualquer idade, é mais frequente entre 10 e 30 anos. 3.2. Fisiopatologia Em consonância com os autores supracitados, o apêndice torna-se inflamado e edemaciado em consequência de dobras ou oclusão por um fecálito (ou seja, massa fecal endurecida), tumor, hiperplasia linfoide ou corpo estranho. Uma vez obstruído o apêndice, o processo inflamatório resultante aumenta a pressão intraluminal, causando dor em algumas horas, localizada no quadrante inferior O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para JORDAO LEANDRO LUSTOSA - 03590594306, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br15 de 53www.grancursosonline.com.br ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM Pacientes com Alterações da Função Digestiva e Gastrointestinal - Parte I Profª. Natale Souza direito do abdome. O apêndice torna-se isquêmico, há proliferação bacteriana e, por fim, pode ocorrer gangrena. Manisfestações Clínicas De acordo Brunner e Suddart (2016), as principais manifestações clínicas são: A dor no quadrante inferior direito do abdome costuma ser acompanhada por febre baixa, náuseas e, eventualmente, vômitos; é comum haver perda do apetite; pode ocorrer constipação intestinal. No ponto de Mc Burney (localizado no ponto médio entre a cicatriz umbilical e a espinha ilíaca anterior) há dor à compressão, bem como alguma rigidez da parte inferior do músculo reto do abdome direito; • Também há descompressão de rebote; a localização do apêndice determina a magnitude da hipersensibilidade, espasmo muscular e ocorrência de cons- tipação intestinal ou diarreia; • O sinal de Rovsing pode ser induzido pela palpação do quadrante inferior es- querdo do abdome que, paradoxalmente, provoca dor no quadrante inferior direito do abdome; • Outros sinais positivos incluem sinal do psoas (ou seja, ocorre dor com a ex- tensão lenta da coxa direita quando o cliente está em decúbito lateral esquer- do) ou o sinal do obturador (ou seja, ocorre dor com rotação medial passiva da coxa direita em flexão com o cliente em decúbito dorsal). 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Diagnóstico Para Brunner e Suddart (2016) o diagnóstico baseia-se: • Na história da saúde e no exame físico completo do cliente e nos resultados dos exames laboratoriais e de imagem; em geral, os clientes são mais jovens e, portanto, a idade é um achado diferencial de importância crucial; • Leucocitose, com elevação dos neutrófilos; as radiografias, a US e a TC do abdome revelam densidade no quadrante inferior direito do abdome ou dis- tensão localizada do intestino; O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para JORDAO LEANDRO LUSTOSA - 03590594306, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 17 de 53www.grancursosonline.com.br ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM Pacientes com Alterações da Função Digestiva e Gastrointestinal - Parte I Profª. Natale Souza • Em geral, efetua-se um exame de urina para excluir a possibilidade de infec- ção urinária; solicita-se teste de gravidez para mulheres em idade fértil, para descartar a possibilidade de gravidez ectópica. Ponto de Mc Burney Fonte: http://futuraenfresidente.blogspot.com.br/2016/10/principais-tecnicassinais-para.html O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para JORDAO LEANDRO LUSTOSA - 03590594306, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 18 de 53www.grancursosonline.com.br ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM Pacientes com Alterações da Função Digestiva e Gastrointestinal - Parte I Profª. Natale Souza 5. Tratamento Em consonância com os autores citados anteriormente, o manejo clínico baseia- -se em: • A cirurgia (a laparoscópica é o método preferido) está indicada quando se estabelece o diagnóstico de apendicite, e deve ser realizada o mais cedo possível para diminuir o risco de perfuração; • O manejo não cirúrgico conservador para a apendicite não complicada (ou seja, ausência de perfuração do apêndice, formação de empiema/ abscesso ou peritonite fecal) tem sido instituído em alguns casos com risco reduzido de complicações e permanência hospitalar semelhante do cliente; os homens correm maior risco de recidiva com essa abordagem; • São administrados antibióticos e líquidos IV até que a cirurgia seja realizada e no período pós-operatório, conforme prescrito; • Após a confirmação do diagnóstico, podem ser administrados agentes analgési- cos. 5.1. Assistência de Enfermagem • As metas de enfermagem consistem em aliviar a dor, evitar o déficit de vo- lume de líquidos, reduzir a ansiedade, eliminar a infecção em consequência de comprometimento potencial ou efetivo do sistema digestório, manter a integridade da pele e manter nutrição ótima; O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para JORDAO LEANDRO LUSTOSA - 03590594306, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 19 de 53www.grancursosonline.com.br ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM Pacientes com Alterações da Função Digestiva e Gastrointestinal - Parte I Profª. Natale Souza • Preparar o cliente para a cirurgia; iniciar uma infusão IV; administrar anti- bióticos e inserir tubo nasogástrico (se houver evidências de íleo paralítico). Não são administrados enemas nem laxantes (que poderiam causar perfu- ração); • No período pós-operatório, colocar o cliente em posição de Fowler alta; ad- ministrar analgésicos narcóticos, conforme prescrição; administrar líquido por via oral, quando tolerado; oferecer alimento, quando desejado, no dia da cirurgia (se for tolerado e houver sons intestinais). Se o cliente estiver desidratado antes da cirurgia, administrar líquidos IV prescritos; • Se for mantido um dreno na área da incisão, monitorar cuidadosamente o aparecimento de sinais de obstrução intestinal, hemorragia secundária ou abscessos secundários (p. ex., febre, taquicardia e leucocitose). Questão 6 (2016/PREFEITURA DO RIO DE JANEIRO – RJ/PREFEITURA DE RIO DE JANEIRO) Paciente procurou atendimento em Unidade de Pronto Atendimento (UPA), relatando, ao enfermeiro do Acolhimento, presença de dor epigástrica que progride para dor no quadrante inferior direito, acompanhada de febre baixa, náu- seas e anorexia. Diante da queixa, o profissional identificou um possível quadro de: O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para JORDAO LEANDRO LUSTOSA - 03590594306, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 20 de 53www.grancursosonline.com.br ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM Pacientes com Alterações da Função Digestiva e Gastrointestinal - Parte I Profª. Natale Souza a) diverticulite b) doença de Crohn c) apendicite d) colite ulcerativa Letra c. Os sinais clássicos da apendicite, segundo Brunner e Suddart (2016), são: A dor no quadrante inferior direito do abdome costuma ser acompanhada por febre bai- xa, náuseas e, eventualmente, vômitos; é comum haver perda do apetite; pode ocorrer constipação intestinal, além do sinal de sinal do Psoas e Obturador POSI- TIVOS. Fonte: http://slideplayer.com.br/slide/394774/ O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para JORDAO LEANDRO LUSTOSA - 03590594306, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br21 de 53www.grancursosonline.com.br ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM Pacientes com Alterações da Função Digestiva e Gastrointestinal - Parte I Profª. Natale Souza Questão 7 (2017/CESPE/SEDF) Com relação às emergências clínico-cirúrgicas e à assistência de enfermagem, julgue o item a seguir. A apendicite apresenta como sintomatologia náuseas, vômitos, febrícula e sinal de Blumberg; é uma emergência cirúrgica e o enfermeiro deve realizar o preparo intestinal do paciente. Errado. Segundo Brunner e Suddart (2016), a apendicite é a inflamação do apêndice, na qual o paciente que costuma apresentar anorexia, inicia geralmente com dor em região epigástrica ou periumbilical, acompanhada de náuseas e vômitos. A dor na apendicite geralmente precede o aparecimento de vômitos. Algumas horas depois do início a dor migra para o quadrante inferior direito, onde se localiza indicando comprometimento do peritônio parietal periapendicular. Pode haver discreta eleva- ção na temperatura (37,5 a 38ºC). No exame físico, à palpação abdominal, obser- va-se contração voluntária da parede abdominal como um todo, com dor principal- mente a descompressão brusca da fossa ilíaca direita (FID), caracterizando sinal de Blumberg positivo, típico da apendicite aguda. Os cuidados pré-operatórios abar- cam a coleta de amostra de sangue para exames, incluindo hemograma, tipagem sanguínea e coagulograma, manutenção do jejum oral, tricotomia, sondagem vesi- cal de demora e sondagem gástrica de acordo com o protocolo de cada instituição e prescrição médica. É contraindicada a lavagem intestinal no caso de apendicite. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para JORDAO LEANDRO LUSTOSA - 03590594306, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 22 de 53www.grancursosonline.com.br ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM Pacientes com Alterações da Função Digestiva e Gastrointestinal - Parte I Profª. Natale Souza Questão 8 (2015/FAUEL/FMSFI) O apêndice é um pequeno anexo semelhante a um dedo com cerca de 10 cm de comprimento, ligado ao ceco logo abaixo da válvula ileocecal. O apêndice enche-se de alimento e esvazia-se regularmente no ceco. Como ele se esvazia insuficientemente e a sua luz é pequena, está propenso a tornar-se obstruído e é particularmente vulnerável a infecção, chamada de apen- dicite. Ao exame físico abdominal, na palpação, como é chamado o sinal que ao posicionar o paciente em decúbito dorsal, realiza-se uma compressão no ponto de McBurney, seguida de uma descompressão súbita, que será referida pelo paciente como dor ou piora da dor quando o sinal estiver presente. Este é considerado um sinal sugestivo de apendicite aguda. Assinale a alternativa correta. a) Sinal de Murphy. b) Sinal de Giordano. c)Sinal de Blumberg. d)Sinal de Piparote. Letra c. Sinal mais clássico é o de Blumberg, que consiste na dor à descompressão (mais intensa do que à compressão) na fossa ilíaca direita. Embora seja um sinal de ir- ritação peritoneal presente em múltiplas situações, ele foi originalmente descrito para apendicite. SINAL DE BLUMBERG O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para JORDAO LEANDRO LUSTOSA - 03590594306, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 23 de 53www.grancursosonline.com.br ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM Pacientes com Alterações da Função Digestiva e Gastrointestinal - Parte I Profª. Natale Souza Fonte: https://pt.slideshare.net/gustavoandreis3/apendicite 5.2. Cirrose Hepática Fonte: https://www.mdsaude.com/2009/07/cirrose-hepatica.html O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para JORDAO LEANDRO LUSTOSA - 03590594306, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 24 de 53www.grancursosonline.com.br ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM Pacientes com Alterações da Função Digestiva e Gastrointestinal - Parte I Profª. Natale Souza Fisiopatologia Consoante com Brunner e Suddart (2016), a cirrose é uma doença crônica, caracterizada pela substituição do tecido hepático normal por fibrose difusa, com comprometimento estrutural e funcional do fígado. Ainda de acordo com os autores citados, a cirrose ou formação de tecido cica- tricial do fígado é dividida em três tipos: • Cirrose alcoólica, que é causada mais frequentemente por alcoolismo crônico e que constitui o tipo mais comum de cirrose; • Cirrose pós-necrótica, um resultado tardio de hepatite viral aguda prévia; • Cirrose biliar, decorrente de obstrução biliar crônica e infecção (o tipo menos comum de cirrose). Os principais fatores etiológicos incluem deficiência nutricional com redução do aporte de proteínas e consumo excessivo de bebidas alcoólicas. Outros fatores podem desempenhar um papel, incluindo exposição a certas substâncias químicas (tetracloreto de carbono, naftaleno clorado, arsênico ou fósforo) ou esquistosso- mose infecciosa e hepatites. Os clientes têm, em sua maioria, entre 40 e 60 anos de idade, e os homens são duas vezes mais afetados que as mulheres (BRUNNER e SUDDART, 2016). Manifestações Clínicas Segundo os autores supracitados, as manifestações clínicas são: • Cirrose compensada: comumente descoberta em consequência de um exame físico de rotina; sinais e sintomas vagos, incluindo febre baixa intermitente, O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para JORDAO LEANDRO LUSTOSA - 03590594306, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 25 de 53www.grancursosonline.com.br ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM Pacientes com Alterações da Função Digestiva e Gastrointestinal - Parte I Profª. Natale Souza aranhas vasculares, eritema palmar, epistaxe sem causa aparente, edema maleolar, indigestão matinal vaga, dispepsia, flatulenta, dor abdominal, es- plenomegalia e fígado aumentado e de consistência firme. • Cirrose descompensada: sintomas de diminuição das proteínas, fatores da coagulação e outras substâncias e manifestações de hipertensão porta: – Aumento do fígado no início da evolução (esteatose hepática); posterior- mente, o fígado diminui de tamanho em consequência do tecido cicatricial, ascite, icterícia, fraqueza, debilidade muscular, perda de peso, febre baixa e contínua, baqueteamento digital com unhas brancas (unhas de Terry – leuconiquia), púrpura, equimoses espontâneas, epistaxe, hipotensão, pelos corporais escassos e atrofia gonádica; – Obstrução porta e ascite: sinais tardios em que os órgãos sofrem conges- tão, causando indigestão, alteração da função intestinal e ascite; – Infecção e peritonite: os sinais clínicos podem estar ausentes, peritoni- te bacteriana espontânea ou formação de abscesso, exigindo paracentese para estabelecer o diagnóstico e podendo causar insuficiência hepatorrenal; − Varizes gastrintestinais: vasos sanguíneos abdominais proeminentes e distendidos; vasos sanguíneos distendidos em todo o trato GI; varizes ou hemorroidas; hemorragia do estômago. – Edema generalizado, que afeta frequentemente os membros inferiores, os membros superiores e a área pré-sacral; – Deficiência de vitaminas (A, C e K) e anemia; – Deterioração mental, com encefalopatia hepática iminente e coma hepáti- co. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para JORDAO LEANDRO LUSTOSA - 03590594306, vedada, por quaisquermeios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 26 de 53www.grancursosonline.com.br ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM Pacientes com Alterações da Função Digestiva e Gastrointestinal - Parte I Profª. Natale Souza Diagnóstico O diagnóstico da cirrose hepática, incluem os seguintes exames, além do exame clínico: • Provas de função hepática (p. ex., níveis séricos de fosfatase alcalina, aspar- tato aminotransferase [AST], alanina aminotransferase [ALT], gamaglutamil transferase [GGT], colinesterase e bilirrubina), tempo de protrombina, gaso- metria arterial (GA), biopsia; • Ultrassonografia; • Tomografia Computadorizada; • Ressonância Magnética. Tratamento Para Brunner e Suddart (2016), o tratamento deve ser baseado nos sintomas de apresentação, visto que a biopsia constitui o único exame definitivo para confirmar a ocorrência de cirrose hepática. O tratamento inclui antiácidos, vitaminas e suplementos nutricionais, dieta ade- quada, diuréticos poupadores de potássio (para a ascite) e abstinência alcoólica. A colchicina, os inibidores do sistema da angiotensina, as estatinas, os diuréti- cos, incluindo a espironolactona, os imunossupressores e as glitazonas apresentam atividade antifibrótica para tratamento. Os clientes que apresentam doença hepática terminal (DHT) com cirrose podem usar o fitoterápico hepatoprotetor cardo-mariano (Silybum marianum) para tratar a icterícia e outros sintomas. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para JORDAO LEANDRO LUSTOSA - 03590594306, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 27 de 53www.grancursosonline.com.br ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM Pacientes com Alterações da Função Digestiva e Gastrointestinal - Parte I Profª. Natale Souza A cirrose biliar primária tem sido tratada com ácido ursodesoxicólico para me- lhorar a função hepática. Assistência de Enfermagem Para Brunner e Suddart (2016) a assistência de enfermagem deve ser baseada em: • Posicionar a cabeça do cliente para eficiência respiratória máxima; fornecer oxigênio, se necessário; • Iniciar esforços para evitar distúrbios respiratórios, circulatórios e vasculares; • Incentivar o cliente a aumentar gradualmente a atividade e a planejar repou- so com atividade e exercício leve; • Incentivar o cliente a se alimentar: oferecer refeições pequenas e frequentes, considerar as preferências do cliente e fornecer suplementos proteicos, quan- do indicado; • Administrar nutrição enteral ou parenteral total, se necessário; • Para clientes que eliminam fezes gordurosas (esteatorreia), fornecer formu- lações hidrossolúveis das vitaminas lipossolúveis A, D e E, e fornecer ácido fólico e ferro para evitar o desenvolvimento de anemia; • Oferecer temporariamente uma dieta pobre em proteína, caso o cliente apre- sente sinais de coma iminente ou em progressão; restringir o sódio, se ne- cessário; • Monitorar, à procura de sangramento e hemorragia; O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para JORDAO LEANDRO LUSTOSA - 03590594306, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 28 de 53www.grancursosonline.com.br ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM Pacientes com Alterações da Função Digestiva e Gastrointestinal - Parte I Profª. Natale Souza • Monitorar rigorosamente o estado mental do cliente e relatar as alterações observadas, de modo que o tratamento da encefalopatia hepática possa ser iniciado imediatamente; • Monitorar os níveis séricos de eletrólitos e corrigi-los se houver alguma anor- malidade; • Administrar oxigênio se houver dessaturação de oxigênio; monitorar o apare- cimento de febre ou de dor abdominal, que podem sinalizar o início de peri- tonite bacteriana ou outra infecção; • Avaliar os estados cardiovascular e respiratório; administrar diuréticos, ins- tituir a restrição de líquidos e melhorar o posicionamento do cliente, se ne- cessário; • Monitorar o equilíbrio hídrico e as alterações diárias do peso corporal; • Avaliar alterações na circunferência abdominal e formação de edema; • Monitorar quanto à ocorrência de nictúria e, posteriormente, de oligúria, visto que esses estados indicam uma gravidade crescente da disfunção hepática. Questão 9 (2008/CESPE/UEPA) Um paciente hospitalizado que apresente cirrose hepática deve a) ser mantido restrito ao leito e receber higiene corporal no leito. b) ser pesado e ter sua circunferência abdominal medida toda manhã, em jejum. c) aumentar a ingestão de sal e água. d) realizar exercícios motores ativos e usar meias elásticas. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para JORDAO LEANDRO LUSTOSA - 03590594306, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 29 de 53www.grancursosonline.com.br ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM Pacientes com Alterações da Função Digestiva e Gastrointestinal - Parte I Profª. Natale Souza Letra b. A verificação do peso e a aferição da circunferência abdominal, em jejum, são im- portantes para a verificação do acúmulo de líquidos, o que é considerado um sinal de obstrução da veia porta. Questão 10 (2015/INSTITUTO AOCP) Paciente, 44 anos, masculino, raça negra, deu entrada no PA referindo fraqueza, perda de peso gradual, fezes líquidas com frequência. No momento apresenta-se ictérico, abdome ascítico, hipotenso e de- mais SSVV estáveis. Refere ser tabagista e etilista há muitos anos. Qual é o prová- vel diagnóstico? a) HDB. b) HDA. c) Icterícia. d) Cirrose Hepática. e) DM. Letra d. O paciente em questão tem dois fatores de risco para o desenvolvimento da cirrose hepática: sexo masculino e histórico de alcoolista, além dos sintomas apresenta- dos. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para JORDAO LEANDRO LUSTOSA - 03590594306, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 30 de 53www.grancursosonline.com.br ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM Pacientes com Alterações da Função Digestiva e Gastrointestinal - Parte I Profª. Natale Souza Questão 11 (2016/PREFEITURA DO RIO DE JANEIRO – RJ/PREFEITURA DE RIO DE JANEIRO – RJ) Ascite, icterícia, fraqueza, perda de peso e febre baixa contínua caracterizam a patologia denominada: a) colelitíase b) hepatite viral c) colecistite d) cirrose hepática Letra d. A cirrose é comumente descoberta em consequência de um exame físico de rotina; sinais e sintomas vagos, incluindo febre baixa intermitente, aranhas vasculares, eritema palmar, epistaxe sem causa aparente, edema maleolar, indigestão matinal vaga, dispepsia, flatulenta, dor abdominal, esplenomegalia e fígado aumentado e de consistência firme (quando o quadro clínico está compensado). Em pacientes com quadro descompensado, a ascite é consequência da hipertensão da veia porta. Questão 12 (2011/CESPE/STM) Acerca da cirrose hepática — doença crônica ca- racterizada pela substituição do tecido hepático normal por fibrose difusa, provo- cando alteração na estrutura e nas funções do fígado —, julgue o item subsecutivo. O principal fator etiológico da cirrose é a deficiência nutricional, com a ingesta pro- teica reduzida, seguida do consumo excessivo deálcool. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para JORDAO LEANDRO LUSTOSA - 03590594306, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 31 de 53www.grancursosonline.com.br ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM Pacientes com Alterações da Função Digestiva e Gastrointestinal - Parte I Profª. Natale Souza Errado. Todos são fatores de risco, mas, o principal é o consumo excessivo de álcool. Questão 13 (2011/CESPE/STM) Acerca da cirrose hepática — doença crônica ca- racterizada pela substituição do tecido hepático normal por fibrose difusa, provo- cando alteração na estrutura e nas funções do fígado —, julgue o item subsecutivo. Pacientes com cirrose descompensada podem ser submetidos ao procedimento de paracentese abdominal, que é a remoção de líquidos da cavidade peritoneal por meio de punção para a realização de exames laboratoriais do líquido encontrado e investigação de infecção bacteriana. Certo. Na cirrose descompensada, em decorrência da hipertensão da veia porta, o pacien- te pode apresentar quadro de ascite, podendo ser submetido à paracentese. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para JORDAO LEANDRO LUSTOSA - 03590594306, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 32 de 53www.grancursosonline.com.br ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM Pacientes com Alterações da Função Digestiva e Gastrointestinal - Parte I Profª. Natale Souza 5.3. Colelitíase Segundo Brunner e Suddart (2016) na colelitíase, os cálculos (ou cálculos bilia- res) geralmente se formam na vesícula biliar a partir de constituintes sólidos da bile e variam acentuadamente quanto ao tamanho, formato e composição. Existem dois tipos principais de cálculos pigmentares: • Os cálculos de pigmento, que contêm um excesso de pigmento não conjuga- dos na bile, e; • Os cálculos de colesterol (a forma mais comum) que resultam da bile super- saturada com colesterol, devido à síntese aumentada de colesterol e síntese diminuída de ácidos biliares que dissolvem o colesterol. • Os fatores de risco para os cálculos de pigmento incluem cirrose, hemólise e infecções do trato biliar. Esses cálculos não podem ser dissolvidos e devem ser removidos cirurgicamente. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para JORDAO LEANDRO LUSTOSA - 03590594306, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 33 de 53www.grancursosonline.com.br ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM Pacientes com Alterações da Função Digestiva e Gastrointestinal - Parte I Profª. Natale Souza • Os fatores de risco para os cálculos de colesterol incluem sexo (as mulheres têm duas a três vezes mais probabilidade que os homens de formar cálculos de colesterol); uso de contraceptivos orais, estrogênios e clofibrato; idade (em geral, acima dos 40 anos); múltiplas gestações; obesidade. Existe tam- bém um risco aumentado relacionado com diabetes melito, doença do trato GI, fístula com tubo T e ressecção ou bypass ileal. Complicação Aguda A colecistite aguda, que é uma complicação da colelitíase, é uma infecção aguda da vesícula biliar. A maioria dos clientes com colecistite apresenta cálculos biliares (colecistite calculosa). O fluxo biliar é obstruído por um cálculo biliar, e a bile existente na vesícula biliar inicia uma reação química, resultando em edema, comprometimento do su- primento vascular e gangrena. Na ausência de cálculos biliares, a colecistite (acal- culosa) pode ocorrer após cirurgia, traumatismo grave ou queimaduras ou em caso de torção, obstrução do ducto cístico, múltiplas transfusões de sangue e infecções bacterianas primárias da vesícula biliar. A infecção provoca dor, hipersensibilidade e rigidez na parte direita superior do abdome e está associada a náuseas, vômitos e sinais habituais de inflamação. A presença de líquido purulento dentro da vesícula biliar indica empiema da vesícula (BRUNNER e SUDDART, 2016). 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Natale Souza Fonte: http://vivabemavida.com.br/saude-e-bem-estar/medicina/pedra-na-vesicula-colelitiase- -saiba-tudo-a-respeito/ Manifestações Clínicas Segundo Brunner e Suddart (2016), as principais manifestações clínicas são: Pode ser silenciosa, não produzindo dor e causando apenas sintomas GI leves; Pode ser aguda ou crônica com desconforto epigástrico (plenitude, distensão abdominal e dor vaga no quadrante superior direito); o desconforto pode ocorrer após uma refeição rica em alimentos fritos ou gordurosos; • Se houver obstrução do ducto cístico, a vesícula biliar torna-se distendida, inflamada e, por fim, infectada, produzindo possivelmente febre e massa abdominal palpável; cólica biliar com dor abdominal excruciante na parte O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para JORDAO LEANDRO LUSTOSA - 03590594306, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 35 de 53www.grancursosonline.com.br ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM Pacientes com Alterações da Função Digestiva e Gastrointestinal - Parte I Profª. Natale Souza superior direita, que se irradia para as costas ou para o ombro direito, com náuseas e vômitos em várias horas após uma refeição pesada; inquietação; e dor constante ou em cólica; • A icterícia pode ser acompanhada de acentuado prurido, com obstrução do ducto colédoco, em um pequeno número de clientes; • Urina muito escura e fezes acinzentadas ou com coloração de argila; Podem ocorrer deficiências das vitaminas A, D, E e K (vitaminas lipossolúveis). Diagnóstico Em consonância com os autores supracitados, os cálculos biliares podem ser detectados incidentalmente durante uma cirurgia ou avaliação de problemas não relacionados, ou através dos seguintes exames: • Radiografia de abdome • Exame de imagem com radionuclídios e colecintigrafia; • Colecistografia, colangiografia, arteriografia do eixo celíaco; • Laparoscopia; • Ultrassonografia; ultrassonografia endoscópica (USE); • TC helicoidal e RM; colangiopancreatografia retrógrada endoscópica (CPRE) com fluoroscopia; colangiografia transhepática percutânea (CTP) • Fosfatase alcalina sérica, gamaglutamil transferase (GGT), gamaglutamil transpeptidase (GGTP) e desidrogenase láctica (LDH) • Níveis de colesterol. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para JORDAO LEANDRO LUSTOSA - 03590594306, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 36 de 53www.grancursosonline.com.br ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM Pacientes com Alterações da Função Digestiva e Gastrointestinal - Parte I Profª. Natale Souza Tratamento Os principais objetivos da terapia clínica consistem em reduzir a incidência de episódios agudos de dor na vesículabiliar e de colecistite por meio de manejo de suporte e nutricional e, se possível, remover a causa mediante terapia farmacoló- gica, procedimentos endoscópicos ou intervenção cirúrgica - colecistectomia lapa- roscópica ((BRUNNER e SUDDART, 2016). Questão 14 (2017/CS-UFG/UFG) Mais de 90% dos pacientes com cálculo na ve- sícula biliar apresentam inflamação aguda da vesícula. Essa afecção provoca dor, hipersensibilidade e rigidez da parte superior do abdome que, geralmente, é acom- panhada de náuseas e vômitos. A cirurgia realizada para a retirada da vesícula biliar é a a) colectomia. b) colecistectomia. c) colostomia. d) coledocostomia. Letra b. Quando necessário, a intervenção cirúrgica realizada para retirada da vesícula biliar é chamada de colecistectomia laparoscópica. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para JORDAO LEANDRO LUSTOSA - 03590594306, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 37 de 53www.grancursosonline.com.br ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM Pacientes com Alterações da Função Digestiva e Gastrointestinal - Parte I Profª. Natale Souza Assistência de Enfermagem • Colocar o cliente na posição de Fowler baixa; • Administrar líquidos IV e efetuar a drenagem nasogástrica; • Fornecer água e outros líquidos e uma dieta branda após o retorno dos sons intestinais; • Administrar agentes analgésicos, conforme prescrição; • Ajudar o cliente a mudar de posição, tossir, respirar profundamente e deam- bular, quando indicado; • Incentivar o cliente a realizar respirações profundas e tossir a cada hora; • Instruir o cliente sobre o uso da espirometria de incentivo para expandir totalmente os pulmões e evitar o desenvolvimento de atelectasia; promover a deambulação precoce; • Monitorar mais rigorosamente os clientes idosos e obesos e aqueles com do- ença pulmonar preexistente quanto à ocorrência de problemas respiratórios. 5.4. Constipação Intestinal O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para JORDAO LEANDRO LUSTOSA - 03590594306, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 38 de 53www.grancursosonline.com.br ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM Pacientes com Alterações da Função Digestiva e Gastrointestinal - Parte I Profª. Natale Souza Segundo Brunner e Suddart (2016), a constipação intestinal refere-se a: • infrequência ou irregularidade anormais da defecação; • endurecimento anormal das fezes, o que torna a sua eliminação difícil e, al- gumas vezes, dolorosa; • diminuição do volume fecal; • retenção prolongada de fezes no reto ou sensação persistente de plenitude abdominal. Ainda de acordo com os autores supracitados, a constipação intestinal pode ser causada por: • determinados medicamentos; • distúrbios retais ou anais; • obstrução; • condições metabólicas, neurológicas e neuromusculares; • distúrbios endócrinos; • intoxicação por chumbo; • distúrbios do tecido conjuntivo; e por várias doenças. Outras causas podem incluir fraqueza, imobilidade, debilidade, fadiga, aporte nutricional inadequado de fibras e líquido e incapacidade de aumentar a pressão intra-abdominal para a eliminação das fezes. Ocorre constipação intestinal quando o indivíduo não dedica o tempo necessário ou ignora a vontade de defecar, ou em consequência de hábitos alimentares (baixo consumo de fibras alimentares e ingestão inadequada de líquido), falta de exercício regular e vida cheia de estresse. A constipação intestinal percebida é um problema O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para JORDAO LEANDRO LUSTOSA - 03590594306, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 39 de 53www.grancursosonline.com.br ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM Pacientes com Alterações da Função Digestiva e Gastrointestinal - Parte I Profª. Natale Souza subjetivo que ocorre quando o padrão de eliminação intestinal do indivíduo não é compatível com o que ele percebe como normal; no entanto, pode indicar uma do- ença subjacente ou um distúrbio de motilidade do trato gastrintestinal (GI). O uso crônico de laxativos contribui para esse problema. Fisiopatologia A fisiopatologia da constipação intestinal não está bem elucidada; contudo, acredita-se que inclua a interferência em uma das três principais funções do cólon: • O transporte na mucosa (as secreções da mucosa facilitam o movimento do conteúdo do cólon); • A atividade mioelétrica (a mistura da massa retal e as ações propulsivas) ou; • O processo de defecação (disfunção do assoalho pélvico). Qualquer um dos fatores etiológicos previamente identificados pode interferir em um desses três processos. Se todas as causas orgânicas forem eliminadas, estabelece- -se o diagnóstico de constipação intestinal idiopática ou funcional (BRUNNER e SUDDART, 2016). Manifestações Clínicas Segundo os autores citados, as principais manifestações clínicas são: • Menos de três defecações por semana, distensão abdominal, dor e pressão; • Apetite diminuído, cefaleia, fadiga, indigestão, sensação de defecação incom- pleta; • Esforço para defecar; eliminação de pequeno volume de fezes secas e duras; O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para JORDAO LEANDRO LUSTOSA - 03590594306, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 40 de 53www.grancursosonline.com.br ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM Pacientes com Alterações da Função Digestiva e Gastrointestinal - Parte I Profª. Natale Souza • Complicações, tais como hipertensão arterial, hemorroidas e fissuras, impac- tação fecal e megacólon; DICA Constipação intestinal crônica verdadeira: ocorrência dos sintomas previamente citados durante pelo menos 12 semanas dos 12 meses precedentes. Diagnóstico O diagnóstico baseia-se na história, no exame físico, possivelmente nos resul- tados do enema baritado ou sigmoidoscopia, pesquisa de sangue oculto nas fezes, manometria anorretal (exames de pressão), defecografia e estudos do trânsito colônico. Os Critérios Diagnósticos de Roma (critérios diagnósticos específicos para os distúrbios gastrointestinais) são usados para categorizar os sintomas da constipa- ção intestinal, com base em características específicas relacionadas com a defeca- ção. Exames como RM do assoalho pélvico. Tratamento Segundo Brunner e Suddart (2016), o tratamento deve visar à etiologia sub- jacente da constipação intestinal e tem por objetivo evitar a recidiva, incluindo orientação, exercício, treinamento dos hábitos intestinais, aumento do consumo de fibras alimentares e líquidos e uso criterioso de laxativos. Instruir o cliente a sentar no vaso sanitário com as pernas apoiadas, depois de uma refeição que inclua uma bebida aquecida, para sustentar o reflexo gastrocólico que facilita a defecação. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para JORDAO LEANDRO LUSTOSA - 03590594306, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 41 de 53www.grancursosonline.com.br ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM Pacientes com Alterações da Função Digestiva e Gastrointestinal - Parte I Profª. Natale Souza Aumentar a ingestãode líquido; incluir fibras alimentares na dieta; tentar o bio- feedback e uma rotina de exercícios para fortalecer os músculos abdominais. 5.5. Assistência de Enfermagem Usar tato e respeito com o cliente quando conversar sobre o ritmo intestinal e obter a história de saúde. Registrar os seguintes dados: • Início e duração da constipação intestinal, padrões de eliminação atuais e pregressos, expectativa do cliente de eliminação intestinal normal e informa- ções sobre o estilo de vida (p. ex., nível de exercício e atividade física, ocupa- ção, consumo de alimentos e líquido e nível de estresse); • História patológica pregressa (clínica e cirúrgica), medicamentos atuais, his- tória de uso de laxativos e enemas; • Registrar qualquer um dos seguintes sintomas: sensação de pressão ou ple- nitude retal, dor abdominal, esforço para defecar e flatulência; • Estabelecer metas específicas para a orientação do cliente; as metas para o cliente consistem em restaurar ou manter um padrão regular de eliminação, respondendo à vontade de defecar, assegurar um consumo adequado de lí- quidos e alimentos ricos em fibras, ensinar métodos para evitar a constipação intestinal, aliviar a ansiedade sobre os padrões de eliminação intestinal e evi- tar complicações. Questão 15 (2015/NUCEPE/FMS) O enema é um procedimento de esvaziamento do cólon no pré e pós-operatório e na preparação de pacientes para exames proc- O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para JORDAO LEANDRO LUSTOSA - 03590594306, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 42 de 53www.grancursosonline.com.br ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM Pacientes com Alterações da Função Digestiva e Gastrointestinal - Parte I Profª. Natale Souza tológicos e radiológicos. No momento da preparação de um paciente para cirurgia, o técnico de enfermagem deverá considerar algumas contraindicações desse pro- cedimento, EXCETO, a) constipação intestinal. b) hipertensão arterial. c) insuficiência hepática. d) obstrução intestinal. e) casos de apendicite. Letra a. Enema está indicado como laxante no tratamento da obstipação intestinal e no es- vaziamento do cólon no pré e pós-parto, pré e pós-operatório e na preparação para exames proctológicos e radiológicos. Contraindicação ao uso de enema: Casos de apendicite, colite ulcerativa, insuficiência hepática ou renal, insuficiência cardíaca congestiva, hipertensão arterial, obstrução intestinal e hipersensibilidade conhecida aos componentes da fórmula. Questão 16 (2008/CESPE/STF) A constipação intestinal é comum em recém- -nascidos, especialmente em crianças amamentadas no peito, que podem ficar alguns dias sem evacuar. Essa doença deve ser tratada com o uso de medica- mentos laxativos. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para JORDAO LEANDRO LUSTOSA - 03590594306, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 43 de 53www.grancursosonline.com.br ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM Pacientes com Alterações da Função Digestiva e Gastrointestinal - Parte I Profª. Natale Souza Errado. O tratamento da constipação intestinal é baseado em mudanças de hábitos de vida e alimentares. Questão 17 (2014/FUNDEP/PREFEITURA DE BELA VISTA DE MINAS – MG) Consi- dere a situação em que um técnico em enfermagem, ao realizar uma visita de ro- tina a um idoso que realiza controle da dor em domicílio, foi informado pela família que o paciente queixava constipação intestinal. Assinale a alternativa que indica a ação imediata a ser tomada pelo técnico de enfermagem. a) Orientar a comprar e o uso de supositórios. b) Realizar clister em domicílio. c) Orientar a ingestão de fibras, líquidos emolientes e laxantes suaves, principal- mente no uso de morfínicos. d) Aplicar medicação venosa. Letra c. As ações iniciais para o tratamento da constipação intestinal devem ser baseadas em orientações para mudança de hábitos, principalmente alimentares. Questão 18 (2014/IDECAN/CNEN) A lavagem intestinal, procedimento para ali- viar distensão abdominal, flatulência e constipação, preparar o paciente para ci- rurgias, tratamentos e exames radiológicos e endoscópios, deve ser feita com o O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para JORDAO LEANDRO LUSTOSA - 03590594306, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 44 de 53www.grancursosonline.com.br ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM Pacientes com Alterações da Função Digestiva e Gastrointestinal - Parte I Profª. Natale Souza preparo dos materiais e paciente. De acordo com o posicionamento do paciente, marque a posição mais indicada para a realização da lavagem intestinal. a) Sims. b) Fowler. c) Ventral. d) Ginecológica. e) Trendelemburg Letra a. A posição de Sims é uma variante da posição lateral, diferindo em relação à dis- tribuição do peso do paciente que é colocado no ílio anterior, úmero e clavícula. É indicada para realizar exames retais, vaginais, lavagem intestinal, colocação de supositórios etc. Questão 19 (2016/FUNRIO/IF-PA) A lavagem intestinal é uma técnica que visa promover o esvaziamento intestinal para a realização de procedimento diagnóstico ou terapêutico. Sobre esta técnica indique a alternativa correta. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para JORDAO LEANDRO LUSTOSA - 03590594306, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 45 de 53www.grancursosonline.com.br ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM Pacientes com Alterações da Função Digestiva e Gastrointestinal - Parte I Profª. Natale Souza a) É obrigatório o uso de luvas estéreis. b) Não é necessário o registro das características do material eliminado. c) A sonda deve ser introduzida lubrificada no mínimo 20 centímetros no reto. d) A posição de Sims é a indicada. e) 40ºC deve ser a temperatura da solução a ser infundida. Letra d. Vide comentário da questão anterior. Questão 20 (2018/CONSULPLAN/CÂMARA DE BELO HORIZONTE – MG) O ene- ma consiste na instilação de solução dentro do reto e cólon sigmoide e sua função principal é promover a evacuação através da: a) Lubrificação do ânus. b) Estimulação do peristaltismo. c) Abertura dos esfíncteres anais. d) Irritação da membrana intestinal. Letra b. O objetivo principal do enema é estimular o peristaltismo. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para JORDAO LEANDRO LUSTOSA - 03590594306, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 46 de 53www.grancursosonline.com.br ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM Pacientes com Alterações da Função Digestiva e Gastrointestinal - Parte I Profª. Natale Souza Questão 21 (2011/CESPE/EBC) Julgue o item subsecutivo, acerca de técnicas fundamentais de enfermagem. A lavagem intestinal é utilizada para aliviar a distensão abdominal e a flatulência; facilitar a eliminação de fezes; e preparar o paciente para exames, cirurgias, partos e tratamentos do trato intestinal. Certo. A lavagem intestinal, também chamada de colonterapia ou hidrocolonterapia, o procedimento consiste na injeção de água no intestino grosso através do reto com o auxílio de umequipamento para a eliminação de toxinas e resíduos fecais. Está indicada como laxante no tratamento da obstipação intestinal e no esvaziamento do cólon no pré e pós-parto, pré e pós-operatório e na preparação para exames proctológicos e radiológicos. De acordo com o Parecer Coren-SP CAT n. 032/2010.Lavagem Intestinal. A lavagem instestinal consiste no processo de introdução no intestino de solução. medicamentosa ou não, por meio de sonda retal.O processo de lavagem intestinal é também denominado de enteroclisma. Enteroclisma (mais que 150 ml de solução) ou clister (até 150 ml de solução). Questão 22 (2017/UFMT/UFSBA) NÃO é objetivo da administração de Clister: a) Preparação intestinal para provas diagnósticas ou cirurgia a fim de esvaziar o intestino ou o conteúdo fecal. b) Instilar líquido irritativo intestinal para provocar diarreia. c) Fornecimento de medicação para dentro do cólon. d) Aliviar os gases e amolecer as fezes. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para JORDAO LEANDRO LUSTOSA - 03590594306, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 47 de 53www.grancursosonline.com.br ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM Pacientes com Alterações da Função Digestiva e Gastrointestinal - Parte I Profª. Natale Souza Letra b. O objetivo do clister é estimular o peristaltismo e não provocar diarreia. Questão 23 (2014/COSEAC/UFF) A lavagem intestinal é utilizada para facilitar a eliminação fecal, aliviar distensão abdominal ocasionada por flatulência, preparar pacientes para cirurgias ou exames e remover o sangue em caso de melena. Em relação a este procedimento, é correto afirmar que: a) para sua execução, o cliente deve estar deitado em decúbito lateral direito, com o corpo ligeiramente inclinado para a frente e apoiado sobre o tórax, tendo sua perna esquerda flexionada. b) para facilitar a entrada e o trajeto a ser percorrido pelo líquido do enteroclisma, ele deverá ser introduzido seguindo os contornos anatômicos do intestino; por esse motivo, o cliente é colocado em posição de Sims. c) a numeração das sondas retais deve ser selecionada de acordo com a idade e sexo do cliente, sendo de 22 a 24 para crianças e adolescentes, de 24 a 26 para mulheres e 26 a 32 para homens. d) quando a quantidade da solução utilizada para o procedimento é superior a 500 mI, chama-se de enema, clister ou fleet. e) para realizar a medida da sonda que deverá ser introduzida, deve-se colocar a ponta proximal da sonda na altura da prega glútea e seguir em direção ao apêndice xifoide. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para JORDAO LEANDRO LUSTOSA - 03590594306, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 48 de 53www.grancursosonline.com.br ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM Pacientes com Alterações da Função Digestiva e Gastrointestinal - Parte I Profª. Natale Souza Letra b. A posição Sims é indicada para este procedimento, como citado da questão 13. Questão 24 (2013/CESPE/DEPEN) Após o procedimento cirúrgico, o profissional de enfermagem deve orientar o paciente a permanecer preferencialmente na po- sição de Fowler, a fim de reduzir o risco de complicações hemorrágicas, e disponi- bilizar ao paciente alimentos com poucas fibras, evitando nutrientes laxativos ou emolientes para diminuir o trânsito intestinal, poupando- o, assim, do desconforto evacuatório. Errado. Deve-se ofertar alimentos que ajudem a evacuação, fazendo com que o peristaltis- mo seja reestabelecido. Questão 25 (2015/INSTITUTO AOCP/EBSERH) Define-se fleet enema a introdu- ção de solução no intestino grosso para facilitar a passagem das fezes. Assinale a alternativa que indica corretamente sua utilização. a) Prevenir escape involuntário de material fecal durante os procedimentos cirúrgi- cos e promover a visualização do trato intestinal por exame radiográfico. b) Em caso de intoxicação por ingestão de substâncias tóxicas. c)Para prevenir infecção do trato gastrointestinal. d)Como procedimento realizado privativamente pelo enfermeiro. e) Como prevenção de retocolite ulcerativa. 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Atlas de Anatomia Humana, Volume Dois: Tronco, Vísceras e Extremi- dade Inferior. 22a ed. São Paulo: Guanabara Koogan, 2008. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para JORDAO LEANDRO LUSTOSA - 03590594306, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 51 de 53www.grancursosonline.com.brwww.grancursosonline.com.br O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para JORDAO LEANDRO LUSTOSA - 03590594306, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 52 de 53www.grancursosonline.com.brwww.grancursosonline.com.br O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para JORDAO LEANDRO LUSTOSA - 03590594306, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para JORDAO LEANDRO LUSTOSA - 03590594306, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. Assistência de Enfermagem a Pacientes
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