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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA CAMPUS CURITIBANOS CENTRO DE CIÊNCIAS RURAIS CURSO DE AGRONOMIA Beatriz Nogatz Carryover de metsulfuron-methyl para a cultura do milho Curitibanos 2022 Beatriz Nogatz Carryover de metsulfuron-methyl para a cultura do milho Trabalho Conclusão do Curso de Graduação em Agronomia do Centro de Ciências Rurais, da Universidade Federal de Santa Catarina como requisito para a obtenção do título de Bacharel em Agronomia. Orientadora: Profa. Dra. Naiara Guerra Curitibanos 2022 AGRADECIMENTOS Em primeiro lugar а Deus, que fez com que meu objetivo fosse alcançado. A minha família por serem meu esteio e sempre compreenderem a minha ausência durante estes anos; em especial meus pais Cacilda e Luiz Norberto por todo amor, carinho, orações e por nunca terem medido esforços para me auxiliar durante toda a trajetória do curso. As minhas irmãs Helena e Bruna, que me incentivaram em momentos difíceis. Aos meus tios Bernadete e Edgar pelo grande amparo e carinho. A minha melhor amiga Leandra, por mesmo de longe sempre estar presente em todos os momentos. A minha grande amiga Angela, por todo o companheirismo inigualável nesta importante etapa das nossas vidas. Ao meu amigo Arthur Vinícios, um dos presentes que o curso me deu. Vocês são essenciais na minha vida. Aos demais amigos e colegas que de uma forma ou de outra me auxiliaram nesta trajetória. Deixo um agradecimento especial a minha orientadora Professora Dr. Naiara Guerra, por todo ensinamento, incentivo, dedicação e paciência ao longo de todo o tempo que trabalhei no Grupo de Estudos em Plantas Daninhas e principalmente pelas valiosíssimas considerações neste trabalho. RESUMO O metsulfuron-methyl é um herbicida inibidor da enzima acetolactato sintase –ALS, de ação sistêmica que interfere na síntese de aminoácidos, levando a planta a morte. É utilizado tanto como pré emergente na cultura da cana-de-açúcar, como pós emergente na cultura do trigo, porém não possuí registro para o milho, sendo que seu intervalo seguro entre aplicação e semeadura varia de 30 a 90 dias, dependendo da cultura. Deste modo, o presente trabalho teve o objetivo de determinar o efeito do herbicida metsulfuron-methyl no solo sobre o desenvolvimento e produtividade do milho, buscando-se determinar um período seguro entre a aplicação do herbicida e a semeadura deste cereal. O experimento foi conduzido a campo, na área experimental da Universidade Federal de Santa Catarina – Campus Curitibanos, na safra 2018/19. O delineamento experimental utilizado foi o de blocos casualizados, com 13 tratamentos e 4 repetições. Os tratamentos foram dispostos em esquema fatorial (2 x 6) + 1. O primeiro fator foi composto por duas doses do herbicida metsulfuron-methyl (1,98 e 3,96 g ha- 1 de ingrediente ativo - i.a.). O segundo fator foi representado por 6 intervalos de tempo entre a aplicação do herbicida e a semeadura do milho (0, 15, 30, 45, 60 e 75 dias), além de uma testemunha sem a aplicação do herbicida para servir de padrão de comparação. Os parâmetros de avaliação foram: porcentagem de fitointoxicação das plantas de milho, estande, número de espigas por planta, número de grãos por espiga, massa de cem grãos e produtividade. Os sintomas de fitointoxicação nas plantas de milho caracterizaram-se por clorose seguido de arroxeamento das nervuras, estes sintomas foram mais evidentes quando a semeadura ocorreu no mesmo dia da aplicação do herbicida. Os sintomas tiveram sua intensidade diminuída ao longo das avaliações, contudo notou-se que quando a aplicação de metsulfuron-methyl e semeadura do milho ocorreram no mesmo dia houve redução da produtividade, sendo que a redução foi proporcional a dose aplicada. Assim conclui-se que intervalos entre a aplicação de metsulfuron-methyl e a semeadura do milho a partir de 15 e 30 dias para as doses de 1,98 e 3,96 g ha-1 não afetaram a produtividade da cultura. Palavras-chave: efeito residual. Fitointoxicação. Produtividade. Zea mays. ABSTRACT Metsulfuron-methyl is a herbicide that inhibits the enzyme acetolactate synthase -ALS, with systemic action that interferes with the synthesis of amino acids, leading to plant death. It is used both as pre-emergent in the sugarcane crop and as post-emergent in the wheat crop, but it has no record for corn, and its safe interval between application and sowing varies from 30 to 90 days, depending on the crop. . Thus, the present work aimed to determine the effect of the herbicide metsulfuron-methyl in the soil on the development and productivity of corn, seeking to determine a safe period between the herbicide application and sowing of this cereal. The experiment was carried out in the field, in the experimental area of the Federal University of Santa Catarina - Campus Curitibanos, in the 2018/19 harvest. The experimental design used was randomized blocks, with 13 treatments and 4 replications. The treatments were arranged in a factorial scheme (2 x 6) + 1. The first factor was composed of two doses of metsulfuron- methyl herbicide (1.98 and 3.96 g ha-1 of active ingredient - i.a.). The second factor was represented by 6 time intervals between herbicide application and corn sowing (0, 15, 30, 45, 60 and 75 days), in addition to a control without herbicide application to serve as a comparison standard. . The evaluation parameters were: percentage of phytotoxicity of corn plants, stand, number of ears per plant, number of grains per ear, mass of one hundred grains and productivity. Phytotoxicity symptoms in corn plants were characterized by chlorosis followed by purple ribs, these symptoms were more evident when sowing occurred on the same day of herbicide application. The symptoms had their intensity reduced along the evaluations, however it was noticed that when the application of metsulfuron-methyl and corn sowing occurred on the same day there was a reduction in productivity, and the reduction was proportional to the applied dose. Thus, it can be concluded that intervals between metsulfuron-methyl application and corn sowing from 15 to 30 days for doses of 1.98 and 3.96 g ha-1 did not affect crop yield. Keywords: residual effect. Phytotoxicit. Productivity. Zea mays. LISTA DE FIGURAS Figura 1- Dados de precipitação, temperatura média mínima e temperatura média máxima dos meses de condução do experimento. Curitibanos, SC, 2018/19.................................................20 Figura 2- Sintomas de fitointoxicação do milho após semeadura em solo com metsulfuron- methyl, aos 15 dias após a semeadura. Curitibanos, SC, 2018/19..............................................24 Figura 3- Porcentagem de fitointoxicação da cultura do milho semeado após diferentes intervalos de aplicação do metsulfuron-methyl aos 15 dias após a semeadura. Curitibanos-SC, 2018/19......................................................................................................................................26 Figura 4- Porcentagem de fitointoxicação da cultura do milho semeado após diferentes intervalos de aplicação do metsulfuron-methyl aos 30 dias após a semeadura. Curitibanos-SC, 2018/19......................................................................................................................................27 Figura 5- Porcentagem de fitointoxicação da cultura do milho semeado após diferentes intervalos de aplicação do metsulfuron-methyl aos 45 dias após a semeadura. Curitibanos-SC, 2018/19......................................................................................................................................28Figura 6- Produtividade da cultura em relação aos diferentes intervalos entre aplicação de metsulfuron-methyl e semeadura do milho................................................................................31 LISTA DE TABELAS Tabela 1- Caracterização química e física do solo da camada 0 – 20 cm, antes da implantação do experimento. Curitibanos, SC, 2018.....................................................................................19 Tabela 2- Descrição dos tratamentos utilizados no experimento de intervalo de segurança entre a aplicação de metsulfuron-methyl e a semeadura da cultura do milho......................................21 Tabela 3- Resumo da análise de variância (valores de probabilidade do teste F) para as avalições de fitointoxicação aos 15, 30 e 45 dias após a semeadura (DAS) da cultura do milho em solo com a aplicação do metsulfuron-methyl. Curitibanos, SC, 2018/19..........................................25 Tabela 4- Resumo da análise de variância (valores de probabilidade do teste F) para os componentes de rendimento e produtividade da cultura do milho após semeadura em solo com a aplicação de metsulfuron-methyl. Curitibanos, SC, 2018/19..................................................29 Tabela 5- Estande (1 metro linear), número de espigas por planta, número de fileiras por espiga e número de grãos por fileira de milho semeado após diferentes intervalos de aplicação do metsulfuron-methyl. Curitibanos-SC, 2018/19.........................................................................29 Tabela 6- Massa de 100 grãos (g) da cultura do milho após semeadura em solo com a aplicação de metsulfuron-methyl. Curitibanos, SC, 2018/19....................................................................30 LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS ALS - Acetolactato sintase DAA – Dias após a aplicação DAS – Dias após a semeadura Kow - Coeficiente de partição octanol água MGRAO - Massa de cem grãos PV - Pressão de vapor pKa - Constante de equilíbrio de ionização do ácido Sw - Solubilidade em água LISTA DE SÍMBOLOS % - Porcentagem ° C – Graus celsius i.a. – Ingrediente Ativo p.c. – Produto Comercial cm – Centímetro g – Grama g ha-¹ – Grama por hectare ha – Hectare kg – Quilograma kg ha-¹ - Quilograma por hectare L - Litro L ha-¹ – Litro por hectare m - Metro m² – Metro quadrado m s-¹ – Metro por segundo mm – Milímetro psi – Libra por polegada quadrada ® - Marca registrada SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO..........................................................................................................13 1.1 OBJETIVOS.................................................................................................................14 1.1.1 Objetivo Geral.............................................................................................................14 1.1.2 Objetivos Específicos..................................................................................................14 2 REFERENCIAL TEÓRICO......................................................................................15 2.1 A CULTURA DO MILHO...........................................................................................15 2.2 INTERFERÊNCIA DE PLANTAS DANINHAS NA CULTURA DO MILHO.........15 2.3 HERBICIDA METSULFURON-METHYL................................................................16 3 MATERIAL E MÉTODOS........................................................................................19 3.1 ÁREA EXPERIMENTAL............................................................................................19 3.2 DELINEAMENTO EXPERIMENTAL........................................................................20 4.3 IMPLANTAÇÃO E CONDUÇÃO DO EXPERIMENTO...........................................21 4.4 PARÂMETROS AVALIADOS....................................................................................22 4.5 ANÁLISE ESTATÍSTICA...........................................................................................23 4 RESULTADOS E DISCUSSÃO................................................................................24 5 CONCLUSÃO.............................................................................................................33 REFERÊNCIAS..........................................................................................................34 13 1 INTRODUÇÃO O milho é o cereal mais cultivado do mundo, sendo o Brasil o terceiro maior produtor e exportador. Este grão é cultivado em todas as regiões do país e sua produção ocorre em diferentes épocas, frente às condições climáticas das regiões. Esta possibilidade de cultivo do milho em diferentes épocas é decorrente da ampla adaptabilidade e estabilidade dos genótipos atuais (ABIMILHO, 2020; COÊLHO, 2020; CONTINI et al., 2019). Ao longo do tempo, estão sendo observadas problemáticas de manejo quando se trata de cultivo de milho, pois muitas áreas realizam o sistema de sucessão de culturas soja-milho, ou culturas de inverno – milho verão a vários anos, além da ausência de rotação de culturas e a calendarização da semeadura para permitir condições apropriadas de cultivo para as duas culturas, e isso têm agravado o problema com plantas daninhas invasoras (CONTINI et al., 2019; DUARTE, KAPPES, 2015). O controle de plantas daninhas é uma prática importante para a obtenção de altos rendimentos de produção, e desta forma a utilização de herbicidas tem-se expandido por ser um dos métodos mais eficientes e econômico, porém o uso destes herbicidas pode trazer problemas pela intoxicação das plantas cultivadas em sucessão devido a persistência destas moléculas no solo (MANCUSO; NEGRISOLI; PERIM, 2011; YAMASHITA, et al., 2008). A permanência de herbicidas no solo pode variar de acordo com a características físico-químicas da molécula, como a constante de equilíbrio de ionização do ácido (pKa), o coeficiente de partição octanol- água (Kow), a solubilidade em água (Sw), a pressão de vapor (PV) além de condições edafoclimáticas e tipo de solo, uma vez que estes fatores afetam a sorção, a lixiviação e a decomposição microbiana e química do herbicida (CARVALHO, GUZZO, 2008; MANCUSO; NEGRISOLI; PERIM, 2011). O metsulfuron-methyl é um herbicida inibidor da enzima ALS – acetolactato sintase (HARTWING et al., 2008), causando a inibição da síntese dos aminoácidos alifáticos de cadeia lateral: valina, leucina e isoleucina. É um herbicida sistêmico, recomendado para o controle de plantas daninhas nas culturas de arroz irrigado, trigo, triticale, aveia preta, cevada, pastagens e cana-de-açúcar, sendo recomendado que milho seja semeado 70 dias após a aplicação do herbicida (FMC, 2021; TREZZI, VIDAL, 2001). Contudo, como muitos fatores interferem na permanência do herbicida no perfil do solo, este intervalo pode variar bastante, principalmente devido as condições edafoclimáticas da região. 14 1.1 OBJETIVOS 1.1.1 Objetivo Geral Determinar os efeitos do metsulfuron-methyl sobre a cultura do milho e definir o intervalo seguro entre aplicação do herbicida e semeadura da cultura. 1.1.2 Objetivos Específicos - Determinar a fitointoxicação do milho após a emergência em solo que recebeu aplicação de metsulfuron-methyl; - Identificar o potencial de carryover de diferentes doses do herbicida metsulfuron-methyl sobre a cultura do milho; - Avaliar o efeito do intervalo de aplicação de doses de metsulfuron-methyl e a semeadura do milho nos componentes de rendimento e produtividade. 15 2 REFERENCIAL TEÓRICO2.1 A CULTURA DO MILHO Originário da planta teosinto, o milho (Zea mays L.) pertence à família Poaceae é cultivado em diversas regiões do mundo e muito utilizado tanto para a alimentação humana, quanto na alimentação animal devido a sua qualidade nutricional. Nas últimas décadas, o milho vem sendo considerado a maior cultura agrícola do mundo devido aos seus diversos usos, que conta ainda como matéria-prima para a produção de diversos outros produtos como baterias elétricas, pneus, bebidas e combustíveis (BARROS; CALADO, 2014; MIRANDA, 2018). O milho é cultivado em todo o mundo, sendo os maiores produtores Estados Unidos e China que representam 58,9% da produção mundial e o Brasil se encontra na terceira posição. O cultivo no Brasil ocorre em todas as regiões e a produção ocorre em diferentes épocas devido as condições climáticas das regiões (USDA, 2021; CONTINI et al., 2019). Os principais períodos de cultivo ocorrem em duas épocas (período de safra principal e no período de safrinha). No Sul do Brasil, o milho geralmente é semeado de agosto a setembro e, à medida que se desloca para os estados do Centro-Oeste e Sudeste, a época de semeadura na safra varia de outubro a novembro (CRUZ, 2010). Na safra 2020/21 a produção foi de 85,75 milhões de toneladas (CONAB, 2021; CONTINI et al., 2019). Os três maiores estados produtores de milho brasileiros são: Mato Grosso, Paraná e Mato Grosso do Sul (CONAB, 2021). Diversos fatores podem interferir na produtividade de culturas anuais, sendo a ocorrência de plantas daninhas um dos principais, pois estas podem causar efeito direto (competição e alelopatia) ou indireto (hospedagem de doenças e pragas e aumento no custo de produção) sobre o rendimento e produtividade (EMBRAPA, 2021). 2.2 PLANTAS DANINHAS E SEU CONTROLE As plantas daninhas possuem grande capacidade competitiva pela facilidade de adaptação aos diferentes locais e obtém mais facilmente os recursos naturais necessários, mesmo sob situações de limitações para seu crescimento e desenvolvimento. Essa competição é diretamente influenciada pela densidade de plantas daninhas e hábitos das espécies invasoras (EMBRAPA, 2021). Em casos de infestação de plantas daninhas há diminuição do valor comercial da cultura e se a densidade for muito elevada pode até impossibilitar o cultivo agrícola (EMBRAPA, 16 2021). Um dos métodos mais adotados para o controle de plantas daninhas, é o controle químico com herbicidas devido a rapidez e eficiência, além do menor custo quando comparado a outros métodos de controle (GALON et al., 2017). Os herbicidas são aplicados diretamente no solo ou são aplicados na parte aérea das plantas o destino final dos produtos químicos é o solo. Ao entrarem em contato com o solo os mesmos estão sujeitos a processos físico-químicos que regulam seu destino no ambiente. Verifica-se que os sistemas adotados por alguns agricultores são baseados simplesmente no controle químico com herbicidas preestabelecidos, e não consideram as condições específicas locais, como solo, clima, cultivar ou mesmo o sistema rotacional de cultivo utilizado que podem alterar a dinâmica destes herbicidas, onde o uso dos herbicidas pode trazer problemas de intoxicação das plantas cultivadas quando utilizados durante o ciclo da cultura, ou quando usado em culturas anteriores ao plantio devido ao seu efeito residual no solo, comprometendo a produtividade (MANCUSO; NEGRISOLI; PERIM, 2011). Quando um herbicida é aplicado em uma cultura e os resíduos permanecem no solo e prejudicam a cultura subsequente, denomina-se que houve carryover. Isso só é possível para herbicidas que apresentam efeito residual no solo (MANCUSO; NEGRISOLI; PERIM, 2011). 2.3 HERBICIDA METSULFURON-METHYL O herbicida metsulfuron-methyl tem como mecanismo de ação a inibição da ação da enzima acetolactato sintetase (ALS), interferindo na síntese de aminoácidos como valina, leucina e isoleucina (EMBRAPA, 2019). Este herbicida pertence ao grupo químico das sulfonilureias, que se caracterizam por possuírem altos níveis de atividade mesmo em baixas doses (OLIVEIRA Jr.; CONSTANTIN; INOUE, 2011). O metsulfuron-methyl é recomendado para uso em cereais de inverno, arroz, pastagem, café e cana-de-açúcar (RODRIGUES; ALMEIDA, 2011). O seu uso foi estendido para manejo outonal de plantas daninhas, como a Conyza spp. (MOREIRA et al., 2010; PAULA et al., 2011), principalmente no Sul do Brasil. Caracteriza-se por alta atividade biológica, sendo eficaz em doses muito baixas, e pelo seu grande espectro de ação (VARGAS; ROMAN, 2005). Este herbicida controla plantas que possuem folha larga, e algumas espécies que possuem folha estreita e a morte das plantas ocorre em até duas semanas após a aplicação (CARVALHO, 2013). A persistência de resíduos dos herbicidas está ligado com as características químicas e físicas do solo e do herbicida e também varia conforme as condições climáticas, o que vai 17 permitir ou não a dissipação do herbicida no ambiente. Diversos processos podem ocorrer após a aplicação do herbicida, dentre eles a retenção, degradação e transporte (volatilização, deriva ou lixiviação) (MANCUSO; NEGRISOLI; PERIM, 2011). Metsulfuron-methyl é um ácido fraco com pKa de 3,3 possuindo Kow de 1,0 em pH 5,0 e Kow de 0,018 em pH 7, sugerindo pouca sorção aos coloides do solo. Além disso, sua solubilidade é de 270 mg L-1 em pH 5,0 e 9.500 mg L-1 em pH 7,0. Suas principais vias de degradação são microbianas e hidrolíticas sendo que este último não é muito significativo em pH acima de 6,0 (KREVALIS et al., 2006; RODRIGUES; ALMEIDA, 2011). Segundo Carvalho (2013), os herbicidas inibidores de ALS em geral são não voláteis devido suas características químicas de serem ácidos fracos hidrossolúveis, sistêmicos e possuem média a longa persistência no solo, variando de acordo com as características, como teor de umidade e temperatura do solo e características físico-químicas do herbicida. Quanto ao potencial de lixiviação, o metsulfuron-methyl é classificado, segundo o índice GUS, como lixiviável, apresentando elevada mobilidade e sendo facilmente percolado juntamente com a água presente no perfil do solo (SHONDIA, 2009; ZANINI et al. 2009). Trezzi e Vidal (2001) relatam que os herbicidas do grupo químico das Sulfonilureias apresentam meia-vida de 30 a 120 dias nos solos. Mais especificamente estudos realizados por Smith (1995) constatou que o tempo de meia vida do herbicida metsulfuron-methyl em meio aquoso a 45 ºC e pH 5,0 foi de 2,1 dias, ao passo que com pH 7,0 os dados de meia-vida foram de 33 dias. O tempo de persistência relativa do herbicida no solo varia entre 1 a 3 meses (MENDES et al., 2017). Desta forma o herbicida pode eventualmente, permanecer de um ciclo para outro e induzir em híbridos de milho problemas de fitointoxicação (TREZZI; VIDAL, 2001). Em relação a sorção do metsulfuron-methyl, foram realizados estudos em solos de diferentes profundidades, constatando-se que a mesma foi correlacionada negativamente com o pH do solo e positivamente com o conteúdo de matéria orgânica destes, sendo o pH considerado fator dominante no controle da adsorção para a maioria dos solos estudados (OLIVEIRA et al., 2005). Este herbicida não possuí registro para a cultura do milho, causando fitointoxicação dependendo da dose utilizada e das condições climáticas sendo que os sintomas iniciais se dão pela paralisação do crescimento da planta, seguido de arroxeamento das nervuras e clorose no limbo foliar, a intensidade destes sintomas dependerá da quantidade de resíduos de metsulfuron-methyl presente no solo, sendo que o tempo entre a aplicação do herbicida e a 18 semeadura do milho é determinante para se definir a quantidade do resíduo que haverá no solo no momento da semeadura desse cereal (EMBRAPA, 2019; ROMAN et al., 2007). Segundo as informações presentesna bula do herbicida metsulfuron methyl, em manejo de dessecação, deve-se respeitar um intervalo de segurança entre a aplicação e a semeadura de culturas subsequentes sensíveis. Para o cultivo do milho, a recomendação é de um intervalo de 70 dias após a aplicação do produto comercial Ally© (FMC, 2021). Contudo o que se observa a campo em certas ocasiões se difere das informações de bula, principalmente devido as condições edafoclimáticas encontradas no local de cultivo. Estudos realizados por Santos et al. (2009) verificaram o crescimento inicial de híbridos de milho (AS 1560, DAS 2B710, AG 9010 e P30F9) semeados aos 0, 30, 60 e 90 dias após a aplicação do herbicida, nas doses de 0; 3,6 e 7,2 g ha-¹ do ingrediente ativo. Foi utilizado como substrato solo classificado como Latossolo Vermelho distroférrico com pH de 5,6 (em CaCl2) e teor de matéria orgânica de 5,71 g dm-³. Identificou-se que a fitotoxicidade do herbicida metsulfuron-methyl foi marcante no desenvolvimento inicial das plantas, principalmente quando houve a semeadura em períodos mais próximos à aplicação do herbicida, e ainda segundo os autores a permanência do herbicida no solo pode influenciar o vigor das sementes, podendo ser confundido com baixa qualidade fisiológica do lote, uma vez que todos os híbridos foram sensíveis ao metsulfuron-methyl nos períodos analisados. Deve-se considerar que o respectivo estudo não avaliou produtividade. Guerra et al. (2020) estudando o intervalo entre a aplicação de metsulfuron-methyl e a semeadura da soja, nos municípios de Campo Mourão-PR em que o solo é classificado como Latossolo Vermelho distrófico de textura muito argilosa contendo 24 g dm-³ de matéria orgânica, e um pH de 4,94 (em 𝐶𝑎𝐶𝑙2); e Curitibanos-SC em que o solo é classificado como Cambissolo Háplico de textura argilosa contendo 49,59 g dm-³ de matéria orgânica e pH de 5,9 (em 𝐶𝑎𝐶𝑙2) observaram que o intervalo seguro foi de 45 e 15 dias, para o primeiro e segundo município respectivamente mesmo havendo sintomas de fitointoxicação inicial. Diferente dos 60 dias especificados na bula (FMC, 2021). 19 3 MATERIAL E MÉTODOS 3.1 ÁREA EXPERIMENTAL O experimento foi conduzido entre os meses de agosto de 2018 e março de 2019 na área experimental da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Campus de Curitibanos. Localizada a 27º 16’ 26,55”S e a 50º 30’ 14,11”O e a altitude média de 1000 m. O solo da área experimental é classificado como Cambissolo Háplico de textura argilosa com topografia levemente ondulada e boa drenagem. As características químicas e físicas do solo estão apresentadas na Tabela 1. O clima predominante na região é o cfb – clima subtropical úmido (KOPPEN, 1948). Os dados de precipitação e temperatura máxima e mínima durante o período de condução do experimento estão apresentados na Figura 1 na qual pode-se observar que o volume de precipitação total durante a condução do experimento foi de 1271,6 mm. Tabela 1- Caracterização química e física do solo da camada 0 – 20 cm, antes da implantação do experimento. Curitibanos, SC, 2018. Profundidade MO(1) pH P(2) K+(2) Ca+2(3) Mg+2(3) V Argila Silte Areia cm g dm-3 CaCl2 mg dm-3 ------%------ 0 – 20 47,52 5,40 17,25 0,20 10,72 5,44 76,74 52,5 23,8 23,7 MO = Matéria orgânica; V = Saturação por bases. (1) Combustão úmida; (2) Mehlich-1. (3) KCl 1 mol L-1; Ph medido em solução de CaCl2. 20 Figura 1- Dados de precipitação, temperatura média mínima e temperatura média máxima dos meses de condução do experimento. Curitibanos, SC, 2018/19. 3.2 DELINEAMENTO EXPERIMENTAL O delineamento experimental utilizado foi o de blocos casualizados, com 13 tratamentos e 4 repetições. Os tratamentos foram dispostos em esquema fatorial 2 x 6 + 1. O primeiro fator foi composto por duas doses do herbicida metsulfuron-methyl (1,98 e 3,96 g ha-1 de ingrediente ativo – i.a.). O segundo fator foi representado por 6 intervalos de tempo entre a aplicação do herbicida e a semeadura do milho (0, 15, 30, 45, 60 e 75 dias), além de uma testemunha sem a aplicação do herbicida, para servir de padrão de comparação (Tabela 2). 21 Tabela 2- Descrição dos tratamentos utilizados no experimento de intervalo de segurança entre a aplicação de metsulfuron-methyl e a semeadura da cultura do milho. Tratamento Dose de metsulfuron-methyl (g ha-1) Intervalo entre aplicação do herbicida e a semeadura do milho (dias) 1 1,98 0 2 1,98 15 3 1,98 30 4 1,98 45 5 1,98 60 6 1,98 75 7 3,96 0 8 3,96 15 9 3,96 30 10 3,96 45 11 3,96 60 12 3,96 75 13 Testemunha - 3.3 IMPLANTAÇÃO E CONDUÇÃO DO EXPERIMENTO O experimento totalizou 52 parcelas que apresentaram dimensões de 2,8 m de largura e 3,0 m de comprimento (11,2 m2 por parcela) e cada parcela continha 5 linhas de semeadura de milho com espaçamento de 0,45 m. A área total do experimento foi de 582,4 m2 e foi considerado como área útil para as avaliações a parte interna da parcela, sendo que para as avaliações desprezou-se as duas linhas laterais e 0,5 metro da extremidade de cada linha. Foram utilizadas a menor (1,96 g ha-1) e a maior (3,98 g ha-1) dose de metsulfuron- methyl, recomendada para o controle de plantas daninhas na cultura do trigo. O produto comercial utilizado foi o Ally®, com dose de 3,3 e 6,6 g ha-1 de produto comercial (p.c.) (RODRIGUES; ALMEIDA, 2011). Para as aplicações do metsulfuron-methyl utilizou-se um pulverizador costal de precisão, pressurizado a CO2, equipado com barra contendo 4 pontas do tipo jato leque XR 110015, espaçadas de 0,5 m, sob pressão de 37,5 kgf cm-1 (25 psi), e volume de calda de 150 L ha-1. Realizou-se seis aplicações do herbicida metsulfuron-methyl, em intervalos de quinze dias. As aplicações foram realizadas nos dias 09/08/18, 23/08/18, 06/09/18, 21/09/18, 05/10/18, e a última aplicação no dia 22/10/18. O híbrido de milho utilizado foi o AS1551PRO2, a semeadura foi realizada no dia 22 de outubro de 2018, através de semeadura direta mecanizada em espaçamento de 0,45 metros entre linhas e densidade de semeadura de 3 sementes por metro, respeitando a densidade de plantas indicada para esse material que é de 65.000 plantas por hectare. O milho recebeu adubação de 22 base com 300 kg ha-1 do adubo formulado 09-33-12. Quando o milho encontrava-se no estádio de V4 foi feita adubação nitrogenada de cobertura com 135 kg ha-1 de nitrogênio, a fonte usada foi a ureia contendo 45% de Nitrogênio. Antes da semeadura do milho a área se encontrava com as plantas de cobertura aveia e azevém, e a dessecação foi realizada com o uso de Glyphosate. Durante o desenvolvimento da cultura do milho a área foi mantida livre da presença de plantas daninhas realizando a aplicação do herbicida Glyphosate (720 g ha-1) no dia 13/11/2018 com a finalidade de evitar a interferência das plantas daninhas na produtividade da cultura. O manejo de pragas e doenças foi realizado seguindo as recomendações da cultura. 3.4 PARÂMETROS AVALIADOS As variáveis analisadas foram porcentagem de fitointoxicação das plantas de milho, estande, número de espigas por planta, número de fileiras por espiga, número de grãos por fileira, massa de cem grãos e produtividade. A porcentagem de fitointoxicação das plantas de milho foi avaliada aos 15, 30 e 45 dias após a semeadura, com notas de 0 a 100, onde a nota 0 representa plantas sem sintomas de intoxicação e 100 para plantas mortas, como base para a porcentagem as plantas foram comparadas com a testemunha (SBCPD, 1995). O estande e número de espigas por planta, foram avaliados na pré-colheita. O estande foi avaliado em duas linhas centrais da parcela, com uma régua contendo 2 metros de comprimento, depois os dados foram convertidos para número de plantas por metro. O númerode espigas por plantas foi avaliado em cinco plantas obtidas ao acaso dentro da área útil da parcela, depois foi realizado uma média para os valores obtidos em cada parcela. No final do ciclo da cultura do milho (28/03/2019), realizou-se a colheita manual das espigas presentes na área útil da parcela (1,4 m²). Após a colheita foi feita a contagem do número de fileiras por espiga e número de grãos por fileira, em cinco espigas tomadas aleatoriamente no material colhido em cada parcela. Depois de realizar estas avaliações as espigas foram trilhadas em trilhadeira mecanizada acoplada ao trator e então determinou-se em balança de precisão a massa de 100 grãos e a produção, sendo depois extrapolado para kg ha-1 para ter os valores de produtividade. Para padronização, os dados de massa de 100 grãos e produtividade foram corrigidos para a umidade dos grãos de 13%. 23 3.5 ANÁLISE ESTATÍSTICA Os resultados obtidos foram submetidos à análise de variância pelo teste F e suas médias comparadas pelo teste de Fischer (LSD) a 5% de probabilidade. Para a realização destes testes foi utilizado o programa estatístico Sisvar. Quando houve efeito significativo dos intervalos entre a aplicação e a semeadura foi utilizado a análise de regressão também a 5% de probabilidade, esta análise foi realizada no programa Sigmaplot. 24 4 RESULTADOS E DISCUSSÃO Os sintomas de fitointoxicação do metsulfuron-methyl nas plantas de milho se caracterizaram pela redução do crescimento, clorose internerval e arroxeamento das nervuras foliares (Figura 2) principalmente quando a semeadura foi realizada no dia da aplicação do herbicida e para a maior dose. Estes mesmos resultados foram encontrados por Alonso et al. (2013) e Santos et al. (2009). Segundo Ivany (1987) e Milhomme e Bastide (1990) o metsulfuron-methyl também resulta em redução no alongamento das raízes de plântulas de milho, pois esse herbicida é absorvido rapidamente após a emissão das raízes. Os sintomas tiveram sua intensidade reduzida ao longo das avaliações, e durante a fase reprodutiva do milho todos os tratamentos apresentavam-se semelhantes a testemunha. Figura 2- Sintomas de fitointoxicação do milho após semeadura em solo com metsulfuron- methyl, aos 15 dias após a semeadura. Curitibanos, SC, 2018/19. Na Tabela 3 é apresentado o resumo da análise de variância para as avaliações de fitointoxicação. Observou-se efeito significativo para a interação entre doses de metsulfuron- methyl e intervalo entre a aplicação do herbicida e a semeadura do milho para as três avaliações de fitointoxicação, e por isso foi realizado o desdobramento da interação, usando a análise de regressão. 25 Tabela 3- Resumo da análise de variância (valores de probabilidade do teste F) para as avalições de fitointoxicação aos 15, 30 e 45 dias após a semeadura (DAS) da cultura do milho em solo com a aplicação do metsulfuron-methyl. Curitibanos, SC, 2018/19. Fator de variação Fitointoxicação 15 DAS 30 DAS 45 DAS Dose (D) 0,01 0,00 0,00 Intervalo (I) 0,00 0,00 0,00 D x I 0,00 0,00 0,00 CV (%) 28,95 21,77 38,11 CV (%): coeficiente de variação A maior porcentagem de fitointoxicação, aos 15 dias após a semeadura (DAS), ocorreu em plantas que foram semeadas no dia da aplicação do metsulfuron-methyl, pois o herbicida provavelmente estava em maior quantidade no solo se comparado com as aplicações realizadas anteriormente, desta forma as sementes e plântulas de milho ficaram em maior contato com o herbicida, possibilitando uma maior absorção do mesmo. Houve diferença para a fitointoxicação entre plantas que receberam a dose de 1,98 g ha-1 e 3,96 g ha-1 do produto, sendo que a maior dose resultou em 38,4% e a menor 19,4%. Conforme foi aumentando o intervalo entre a aplicação e a semeadura a fitointoxicação foi reduzindo, sendo que a partir de 8 dias de intervalo entre a aplicação e a semeadura não foi mais observada diferença significativa entre as doses de metsulfuron-methyl e as porcentagens de fitointoxicação foram próximas a 17% quando comparadas com a testemunha (Figura 3). 26 Figura 3- Porcentagem de fitointoxicação da cultura do milho semeado após diferentes intervalos de aplicação do metsulfuron-methyl aos 15 dias após a semeadura. Curitibanos- SC, 2018/19. Aos 30 DAS foi observada maior intensidade de intoxicação quando a aplicação foi realizada no dia da semeadura, chegando a 65,5% quando utilizada a maior dose, e 20% quando utilizada a menor dose (Figura 4). Em parcelas onde a semeadura foi realizada em intervalos superiores a 8 dias, foram observadas injúrias das plantas em menor intensidade (<15%), e não houve mais diferença entre as doses testadas. 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 0 15 30 45 60 75 Intervalo (dias) F it o in to xi c a ç ã o e m r e la ç ã o a t e s te m u n h a (% ) Y = 19,45**exp(-0,03.**intervalo) R2: 0,98 (1,98 g ha-1) Y = 38,41**exp(-0,10**intervalo) R2: 0,97 (3,96 g ha-1) a 27 Figura 4- Porcentagem de fitointoxicação da cultura do milho semeado após diferentes intervalos de aplicação do metsulfuron-methyl aos 30 dias após a semeadura. Curitibanos- SC, 2018/19. Quando realizada a avaliação aos 45 DAS, os sintomas de fitointoxicação permaneceram mais intensos apenas quando a aplicação foi realizada no dia da semeadura, tanto para a maior quanto para a menor dose (Figura 5). De modo geral, as plantas de milho que encontravam-se nas parcelas que receberam a aplicação de metsulfuron-methyl em intervalos superiores a 15 dias antes da semeadura não apresentaram efeito significativo no desenvolvimento, não sendo observados sintomas de fitointoxicação quando comparadas a testemunha. Essa pronunciada redução nos sintomas de injúrias nas plantas a partir de intervalos superiores a 15 dias, provavelmente ocorreu devido ao alto volume de precipitação ocorrido neste período (Figura 1). O acumulado de precipitação entre os dias 05/10/2018 (dia da aplicação referente ao intervalo de 15 dias) e 22/10/2018 (dia da última aplicação de metsulfuron-methyl e também data da semeadura do milho) foi de 107,6 mm. Esse volume de precipitação pode ter ocasionado a lixiviação do herbicida metsulfuron-methyl para profundidades onde o sistema radicular da cultura não pudesse o absorver. Como já citado, este herbicida possui as seguintes características físico-químicas: ácido fraco constituído por pka de 3,3, Kow de 1,0 (pH 5,0) e 0,018 (pH 7,0) e solubilidade em água de 548 mg L-1 pH 5,0) e 2790 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 0 15 30 45 60 75 Intervalo (dias) F it o in to xi c a ç ã o e m r e la ç ã o a t e s te m u n h a (% ) Y = 19,83**exp(-0,08.**intervalo) R2: 0,99 (1,98 g ha-1) Y = 65,47**exp(-0,15**intervalo) R2: 0,99 (3,96 g ha-1) b 28 mg L-1 (pH 7,0) (RODRIGUES; ALMEIDA, 2011), o que contribui para o elevado potencial de lixiviação da molécula em situações de maiores volumes de precipitação. Figura 5- Porcentagem de fitointoxicação da cultura do milho semeado após diferentes intervalos de aplicação do metsulfuron-methyl aos 45 dias após a semeadura. Curitibanos- SC, 2018/19. Carvalho et al. (2015) verificaram que a irrigação diária com 5 mm após a aplicação de 3,96 g ha-1 de metsulfuron-methyl foi suficiente para que as plantas de milho semeadas aos 30 dias após a aplicação não tivessem a matéria seca afetada. Com isso, estes autores concluíram que a dissipação do herbicida foi diretamente influenciada pela disponibilidade de água, devido à solubilidade da molécula e o tempo disponível para a degradação microbiana no solo, resultados semelhantes ao observados neste experimento. Na Tabela 4 éapresentado o resumo da análise de variância para os componentes de rendimento do milho. Não ocorreu interação entre os fatores dose de metsulfuron-methyl e intervalos entre a aplicação e a semeadura. Também não houve efeito dos fatores isolados. Já para produtividade observou-se interação significativa entre os fatores estudados. 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 0 15 30 45 60 75 Intervalo (dias) F it o in to xi c a ç ã o e m r e la ç ã o a t e s te m u n h a (% ) Y = 16,76**exp(-0,12**intervalo) R2: 0,99 (1,98 g ha-1) Y = 53,50**exp(-0,16**intervalo) R2: 0,99 (3,96 g ha-1) c 29 Tabela 4- Resumo da análise de variância (valores de probabilidade do teste F) para os componentes de rendimento e produtividade da cultura do milho após semeadura em solo com a aplicação de metsulfuron-methyl. Curitibanos, SC, 2018/19. EST NESP NFIL NGRAO MGRAO PROD Dose (D) 0,14 0,20 0,35 0,55 0,70 0,13 Intervalo (I) 0,22 0,052 0,41 0,47 0,58 0,63 D x I 0,36 0,54 0,41 0,38 0,82 0,04 Média 2,60 1,51 14,92 39,16 34,21 - CV (%) 15,11 16,18 4,73 8,31 4,64 12,47 EST: estande em 1 metro linear; NEPS: número de espiga por planta; NFIL: número de fileira por espiga; NG: número de grãos por fileira; MGRAO: massa de cem grãos (gramas) e PROD: produtividade de grãos (kg ha-1). CV (%): coeficiente de variação. Na Tabela 5, pode-se observar que o intervalo de aplicação e as diferentes doses não influenciaram no estande (2,60 plantas em 1 metro), número de espigas por planta (1,51), número de fileiras por espiga (14,93) e número de grãos por fileira (39,16) de milho. Tabela 5- Estande de plantas, número de espigas por planta, número de fileiras por espiga e número de grãos por fileira de milho semeado após diferentes intervalos de aplicação do metsulfuron-methyl. Curitibanos-SC, 2018/19. Intervalo (dias) ESTns NEPSns NFILns NGRAOns Dose (g ha-1) Dose (g ha-1) Dose (g ha-1) Dose (g ha-1) 1,98 3,96 1,98 3,96 1,98 3,96 1,98 3,96 0 2,65 2,57 1,45 1,25 15,40 14,50 35,05 39,65 15 2,50 2,73 1,65 1,60 14,65 15,10 38,45 39,65 30 2,89 2,58 1,60 1,50 14,65 14,70 40,50 40,10 45 3,04 2,58 1,45 1,60 15,70 15,00 41,20 39,40 60 2,65 2,19 1,45 1,30 14,65 14,70 40,20 38,50 75 2,40 2,42 1,70 1,55 15,10 15,00 37,90 39,40 Testemunha 2,50 1,70 15,30 37,10 MÉDIA 2,60 1,51 14,93 39,16 CV(%) 15,11 13,67 4,73 8,31 ns não significativo segundo teste t (LSD), a 5% de probabilidade. EST: estande em 1 metro linear; NEPS: número de espiga por planta; NFIL: número de fileira por espiga e NG: número de grãos por fileira. CV (%): coeficiente de variação. Na avaliação de massa de cem grãos, pode-se notar que mesmo havendo sintomas de fitointoxicação e redução do crescimento das plantas (se comparadas com a testemunha) quando a semeadura e aplicação ocorreram no mesmo dia, os resultados demonstraram que não houve efeito do herbicida em relação a dose aplicada e o intervalo de aplicação para essa variável (Tabela 6). 30 Tabela 6- Massa de 100 grãos (g) da cultura do milho após semeadura em solo com a aplicação de metsulfuron-methyl. Curitibanos, SC, 2018/19. Intervalo (dias) MGRAO (g) ns Dose (g ha-1) 1,98 3,96 0 34,23 34,87 15 33,71 32,75 30 34,60 34,29 45 33,79 34,76 60 34,45 34,22 75 34,75 34,15 Testemunha 34,40 MÉDIA 34,21 CV(%) 4,64 ns não significativo segundo teste t (LSD), a 5% de probabilidade. MGRAO: massa de cem grãos (gramas). CV (%): coeficiente de variação. A produtividade do milho foi reduzida, se comparada a testemunha, quando a aplicação da menor dose de metsulfuron-methyl ocorreu no mesmo dia da semeadura. Entretanto, para a dose de 3,96 g ha-1 houve redução para os dois primeiros intervalos entre a aplicação e a semeadura (0 e 15 dias). A redução na produtividade foi de 6,81% e 18,52% para aplicação de 1,98 e 3,96 g ha-1 de metsulfuron-methyl no dia da semeadura do milho, respectivamente. Já o intervalo de 15 dias entre a aplicação da maior dose e a semeadura diminuíram a produtividade do milho em 13,09%. Assim, para a dose de 3,96 g ha-1 foi necessário intervalo de 30 dias para não ocorrer redução significativa na produtividade (Figura 6). 31 Figura 6- Produtividade da cultura em relação aos diferentes intervalos entre aplicação de metsulfuron-methyl e semeadura do milho. Esses resultados corroboram com os de Carvalho et al. (2015) que não observaram sintomas de fitointoxicação ou redução na massa seca da parte aérea quando o milho foi semeado 30 DAA de 3,96 g ha-1 de metsulfuron-methyl. Ivany (1987) observou redução de 25,9% no comprimento das raízes do milho quando semeado 30 dias após a aplicação de 9 g ha-1 de metsulfuron-methyl, porém sem efeito sobre a produtividade. Guerra et al. (2020) avaliando o intervalo seguro entre a aplicação de metsulfuron-methyl e a semeadura da cultura da soja na safra 2016/17, nas mesmas condições edáficas do ensaio com o milho, concluíram que o intervalo de 15 dias foi suficiente para não reduzir a produtividade da soja. A provável causa do curto intervalo seguro entre aplicação do herbicida e semeadura da cultura se deve a baixa quantidade de resíduos do metsulfuron-methyl no solo, como em resultados de estudos realizados por Shondia (2008) em que se avaliou os resíduos da aplicação das doses de 3 a 5 g ha-1 de i. a. . A autora verificou que aos 30 DAA as concentrações deste herbicida no solo foram de 9 a 12 μg kg-1, sendo que os resíduos foram decrescendo gradualmente com o passar do tempo e aos 60 DAA foram encontrados resíduos abaixo do limite de detecção. Paul et al. (2009) relataram que não foi identificado resíduos de metsulfuron-methyl na camada superficial do solo (0 a 10 cm) aos 15 dias após a aplicação de 4 g ha-1. 32 Conforme pode-se notar em diversos trabalhos da literatura é comum a detecção de baixas quantidades de resíduos de metsulfuron-methyl no solo em períodos após 30 dias de sua aplicação. Este fato deve-se a rápida dissipação da molécula no ambiente, e pode ser identificado pela meia-vida (t1/2). Estudos com o metsulfuron-methyl conduzidos por Nalanjan et al. (2006) determinaram t1/2 de 10,75 dias para as doses de 4 e 8 g ha -1 de i. a., enquanto que Paul et al. (2009) determinaram t1/2 de 6,3, 7,8 e 17,5 dias para as doses de 4, 8 e 12 g ha -1 de i. a., respectivamente. A persistência do metsulfuron-methyl no solo pode ser afetada pelo pH, teor de carbono orgânico, degradação pela ação de micro-organismos, umidade e temperatura do solo (ZANINI et al., 2009), sendo que temperatura e umidade alta do solo e baixo pH aumentam a taxa de degradação (ZANINI et al., 2009). Thill (1994) relata que a hidrólise química ocorre mais rápido em solos ácidos e Joshi et al. (1985) observaram que a degradação por ação microbiana ocorre principalmente em solos alcalinos. Como o pH do solo do experimento era de 5,4 (em CaCl2) provavelmente houve predomínio de degradação microbiana, ainda mais por ser um solo com elevado teor de matéria orgânica (47,52 g dm-3). Outra característica que pode ter contribuído para o curto período de tempo em que o metsulfuron-methyl causou prejuízos a produtividade do milho é o elevado potencial de lixiviação deste herbicida. De acordo com Zanini et al. (2009) e Shondia (2009) esta molécula é classificada, segundo o índice GUS como lixiviável, apresentando elevada mobilidade e sendo facilmente transportada pelos fluxos de água que ocorrem no perfil do solo. Conforme os dados de precipitação durante a condução dos experimentos (Figura 1) é possível observar volumes de precipitação durante os 30 dias que antecederam a semeadura do milho de 154,0 mm na safra 2018/19. Já o volume acumulado nos 15 dias antes da semeadura 107,6 mm. Estes volumes podem ter contribuído para a lixiviação e consequentemente para a redução dosresíduos do herbicida nas camadas mais superficiais do solo, deixando-os não disponíveis para a absorção pelas raízes do milho. Esses resultados corroboram Carvalho et al. (2015) que observaram que a irrigação diária com 5,0 mm (valor acumulado de 150,0 mm) após a aplicação de 3,96 g ha-1 de metsulfuron-methyl foi suficiente para que as plantas de milho semeadas aos 30 dias após a aplicação não tivessem a matéria seca afetada. Assim, podemos afirmar que a quantidade de resíduos presente na área não foi suficiente para causar danos a produtividade do milho quando o intervalo entre a aplicação e a semeadura foi ≥ 15 dias para a dose de 1,98 g ha-1 e ≥ a 30 dias para a dose de 3,96 g ha-1. 33 5 CONCLUSÃO O metsulfuron-methyl causou fitointoxicação principalmente nos estádios iniciais de desenvolvimento da cultura e reduziu a produtividade do milho. Os sintomas de intoxicação se caracterizaram pela redução do crescimento, clorose internerval e arroxeamento das nervuras foliares principalmente quando aplicada a maior dose do herbicida no dia semeadura. O volume de chuvas que ocorreu durante a condução do experimento pode ter causado maior lixiviação do herbicida. O intervalo seguro entre a aplicação de metsulfuron-methyl e a semeadura do milho foi de 15 e 30 dias para as doses de 1,98 e 3,96 g ha-1, respectivamente. 34 REFERÊNCIAS ABIMILHO – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS INDÚSTRIAS DO MILHO. Estatísticas. Disponível em: http://www.abimilho.com.br/estatisticas. Acesso em: 27 jan. 2022. ALONSO, D. G.; OLIVEIRA JUNIOR, R. S.; CONSTANTIN, J. Potencial de carryover de herbicidas com atividade residual usados em manejo outonal. Abril, 2013. BARROS, J. F. C.; CALADO, J. G. A cultura do milho. Universidade de Évora, Escola de Ciências e Tecnologia. Departamento de Fitotecnia. Évora, 2014. 52 p. CARVALHO, L.B.; GUZZO, C. D. Adensamento da beterraba no manejo de plantas daninhas. Planta Daninha, Viçosa, MG, v. 26, n. 1, p. 73-82, 2008. CARVALHO, L.B. Herbicidas. Lages: edição do autor, 2013. 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