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JUSTIFICADA_OAB10_002_1-14

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OAB – Exame de Ordem 2010.1 Caderno AFONSO ARINOS – 13 –
abolida, a não ser que haja pronunciamento expresso da lei a esse
respeito” (Maria Helena Diniz. Op. cit., p. 82).*/
QUESTÃO 33
No que diz respeito à extinção dos contratos, assinale a opção
correta.
A Na resolução por onerosidade excessiva, não é necessária a
existência de vantagem da outra parte, bastando que a
prestação de uma das partes se torne excessivamente onerosa.
B A resolução por inexecução voluntária do contrato produz
efeitos ex tunc se o contrato for de execução continuada.
C Ainda que a inexecução do contrato seja involuntária, a
resolução ensejará o pagamento das perdas e danos para a
parte prejudicada.
D A eficácia da resolução unilateral de determinado contrato
independe de pronunciamento judicial e produz efeitos ex
nunc.
||JUSTIFICATIVAS||
||A|| - Opção incorreta. É necessária a vantagem da outra parte. 
“Art. 478. Nos contratos de execução continuada ou diferida, se a
prestação de uma das partes se tornar excessivamente onerosa, com
extrema vantagem para a outra, em virtude de acontecimentos
extraordinários e imprevisíveis, poderá o devedor pedir a resolução
do contrato. Os efeitos da sentença que a decretar retroagirão à
data da citação.”*/
||B|| - Opção incorreta. Nesse caso, a resolução possui efeitos ex
nunc. Ensina a doutrina: “Tal resolução por inexecução voluntária,
que impossibilita a prestação por culpa do devedor, tanto na
obrigação de dar como na de fazer ou de não fazer, produz os
seguintes efeitos: 1.º extingue o contrato retroativamente, visto que
opera ex tunc, se o contrato for de execução única, apagando todas
as consequências jurídicas produzidas, restituindo-se as prestações
cumpridas, e ex nunc, se o contrato for de duração ou execução
continuada, caso em que não se restituirão as prestações já
efetivadas, pois a resolução não terá efeito relativamente ao
passado (...)” (Maria Helena Diniz. Direito civil brasileiro. 3.º
vol. 22.ª ed., São Paulo: Saraiva, 2006, p. 168).*/
||C|| - Opção incorreta. A inexecução contratual involuntária exime
das perdas e danos. Ensina a doutrina: “A total inexecução
contratual pode advir, algumas vezes, de fatos alheios à vontade
dos contratantes, que impossibilitam o cumprimento da obrigação
que incumbe a um deles, operando-se de pleno direito, então, a
resolução do contrato, sem ressarcimento das perdas e danos, por
ser esta uma sanção aplicada a quem agiu culposamente, e sem
intervenção judicial, exonerando-se o devedor do liame
obrigacional” (Idem , ibidem , p. 169).*/
||D|| - Opção correta. A resilição unilateral do contrato está
prevista no art. 473 do Código Civil e se opera mediante denúncia
notificada à outra parte, com efeitos ex nunc. Os efeitos se
produzem independentemente de pronunciamento judicial, como
ensina a doutrina: “A resilição unilateral dos contratos não requer,
para a sua eficácia, pronunciamento judicial. Produz tão somente
efeitos ex nunc, não operando retroativamente, de sorte que não
haverá restituição das prestações cumpridas, uma vez que as
consequências jurídicas já produzidas permanecerão inalteráveis”
(Idem , ibidem , p. 175).*/
QUESTÃO 34
Assinale a opção correta com relação ao registro, exigido na
transmissão da propriedade de bens imóveis.
A Realizado o registro do título translativo, este produzirá efeitos
ex tunc, o que torna o adquirente proprietário desde a
formalização do título.
B Sendo o registro, no âmbito do direito nacional, meio
necessário para a transmissão da propriedade de bem imóvel,
sua realização importa presunção absoluta de propriedade.
C Vendido o imóvel a duas pessoas diferentes, será válido o
registro ainda que realizado pelo adquirente que possua o título
de data mais recente.
D Se uma pessoa vender imóvel seu a outra e esta, por sua vez, o
vender a terceiro, será possível, provada a regularidade dos
negócios, o registro desse último título translativo sem que se
registre o primeiro.
||JUSTIFICATIVAS||
||A|| - Opção incorreta. “Como modo de aquisição, portanto, o
registro produz efeitos ex nunc, jamais retroagindo à aquisição da
propriedade imobiliária à época da formalização do título”
(Cristiano Chaves de Farias e Nelson Rosenvald. Direito civil e
direitos reais. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 5 ed., 2008, p. 243).*/
||B|| - Opção incorreta. “A força probante do registro induz
presunção juris tantum de propriedade, produzindo todos os efeitos
legais, enquanto não cancelado” (Cristiano Chaves de Farias e
Nelson Rosenvald. Op. cit., p. 245).*/
||C|| - Opção correta. Quem primeiro registra é considerado o
proprietário, regra que decorre do chamado princípio da preferência
de registro. “Assim, se o alienante vender o imóvel a pessoas
diferentes, adquiri-lo-á o primeiro que registrar, ainda que o título
translativo prenotado seja de data posterior, restando ao outro
adquirente tão somente ação indenizatória contra o alienante, em
face do inadimplemento da obrigação de dar” (Cristiano Chaves de
Farias e Nelson Rosenvald. Op. cit., p. 245).*/
||D|| - Opção incorreta. “Se o imóvel não se achar registrado em
nome do alienante, não pode ser registrado em nome do adquirente,
pois ninguém pode transmitir o que não lhe pertence” (Cristiano
Chaves de Farias e Nelson Rosenvald. Op. cit., p. 249).*/
QUESTÃO 35
Considere que o filho de Mário Lins de Souza e de Luna Ferreira de
Melo tenha sido registrado com o nome de Paulo de Souza. Nessa
situação hipotética, 
A Paulo, se assim o desejar, poderá, no prazo de até um ano após
atingir a maioridade, introduzir em seu nome um patronímico
materno, sem que precise justificar sua vontade.
B é obrigatória, em razão da abolição do traço patriarcal da
legislação civil brasileira, a adoção do sobrenome materno, de
modo que o registro de nascimento de Paulo poderá ser alterado
a qualquer momento e, até mesmo, de ofício.
C apenas por meio do casamento será possível a Paulo alterar seu
nome, o que será feito com a inclusão de sobrenome da esposa.
D Paulo poderá, se assim o desejar, incluir em seu nome apelido
que seja notório, o que deverá ocorrer por meio de pedido
devidamente instruído e dirigido ao oficial do cartório de
registro civil.
||JUSTIFICATIVAS||
||A|| - Opção correta. É o que se extrai da leitura do art. 56 da LRP:
“Da mesma forma, nesta hipótese de alteração espontânea, devem
ser mantidos os apelidos de família, o que limita também as
possibilidades de modificação do nome, sendo a mais comum a
incorporação de sobrenomes maternos ou de avós, (...)” (Pablo
Stolze Gagliano e Rodolfo Pamplona Filho. Novo curso de direito
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