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Tcc Juan Tenório Farmacoterapia da Disfunção Temporomandibular

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Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA 
 CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE 
 DEPARTAMENTO DE ODONTOLOGIA 
 CURSO DE ODONTOLOGIA 
 
 
 
 
 
Juan César Trajano Tenório 
 
 
 
 
 
 
 
Farmacoterapia no tratamento da Disfunção Temporomandibular. 
Revisão da Literatura 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Florianópolis - SC 
2022 
Juan César Trajano Tenório 
 
 
 
 
 
 
 
Farmacoterapia no tratamento da Disfunção Temporomandibular. 
Revisão da Literatura 
 
 
 
 
 
Trabalho de Conclusão do Curso de 
Graduação em Odontologia, do Centro de 
Ciências da Saúde, da Universidade Federal de 
Santa Catarina como requisito para a obtenção 
do título de Cirurgião-Dentista. 
 
Orientadora: Profª. Drª. Renata Gondo 
Machado 
Co-orientador: Prof. Dr. Rubens Rodrigues 
Filho 
 
 
 
Florianópolis - SC 
2022 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Juan César Trajano Tenório 
 
Farmacoterapia no tratamento da Disfunção Temporomandibular. 
Revisão da Literatura 
 
Este Trabalho Conclusão de Curso foi julgado adequado para obtenção do Título de Cirurgião 
Dentista e aprovado em sua forma final pelo Departamento de Odontologia, da Universidade 
Federal de Santa Catarina. 
 
Florianópolis, 17 de Novembro de 2022. 
 
________________________ 
Profª. Drª. Glaucia Zimmermann 
Coordenadora do Curso 
 
Banca Examinadora: 
 
________________________ 
Profª. Drª. Renata Gondo Machado 
Orientadora 
Universidade Federal de Santa Catarina 
 
 
________________________ 
Profa. Dra. Beatriz Álvares Cabral de Barros 
 
Universidade Federal de Santa Catarina 
Avaliadora 
 
 
________________________ 
Profa. Dra. Sheila Cristina Stolf Cupani 
 
Universidade Federal de Santa Catarina 
Avaliadora 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Este trabalho é dedicado aos meus pais 
Luciana e Augusto, minha companheira Aline 
e ao meu irmão Phillip. Dedico o resultado de 
todo o incentivo e apoio. 
 
AGRADECIMENTOS 
 
Agradeço aos meus pais, Luciene e Augusto por todo o incentivo em todos estes 
anos. Vocês nunca mediram esforços para que eu tivesse a melhor educação possível e que eu 
pudesse me tornar quem me tornei. Ao meu irmão Phillip pelo companheirismo, apoio e 
carinho. Amo vocês! 
Agradeço a minha orientadora, professora Renata Gondo Machado por toda a 
orientação, paciência e pelo carinho durante essa caminhada. Agradeço ao professor Rubens 
Rodrigues Filho, pela ajuda na confecção deste trabalho e por me estender a mão num 
momento em que muito precisei. Ao professor Sylvio Monteiro Júnior por ser um amigo 
muito especial, que sempre pude contar, e que tenho como exemplo de pessoa que planejo me 
tornar. Ao professor Nelson Makowiecky que tem o maior coração que já vi, obrigado por 
todo o carinho, te admiro muito! Ao meu amigo Sylvio da Costa Júnior, dentista que me 
recebeu de braços abertos na UBS do Itacorubi e me ensinou muito. A minha prévia co-
orientadora Ana Cristina S. Denardin que foi quem mais me ajudou no iniciar desse trabalho. 
E agradeço também aos demais professores da UFSC que contribuíram com minha formação, 
foi um prazer. 
Aos membros da minha família, Primos e Primas, Tios e Tias, Avós Solange e Nilda e 
Avô Jorge e Bisa Irene. Obrigado por toda a educação, amor e incentivo. Aos meus pacientes, 
obrigado pela confiança, pela paciência, pela compreensão, minha formação foi possível 
graças a vocês. Aos meus amigos, André Lorenzoni, William Pedelhes, Pedro Vendrame, 
Carine Terhorst, Laura Quadros, Giovani Jr., Mateus Szostak, Mariana Carvalho, Luiza 
Mazzochin, Luiz Antônio, Maria Eduarda Goudel, Thais Nunes, Maria Eduarda Bernardo, 
Eriel Nunes, Samara Pinto, Gabriel Scharman e Vicente Bayma por toda a parceria. Vocês 
tornaram essa caminhada muito mais leve e alegre. 
Em especial Diego Ferreira, Bernardo Fraga, Gabriel Paz e a minha dupla Daniel 
Pereira sou grato por todos os momentos de diversão, cervejadas, e conselhos, obrigado por 
sempre estarem ao meu lado. E um agradecimento especial a minha namorada, Aline Padilha 
que me acompanhou nessa caminhada desde o início, sem enjoar da minha companhia depois 
desses 6 anos juntos, rindo das piadas mais sem graças que eu ousei fazer, obrigado pelo seu 
amor, carinho e apoio. Te amo! 
 
 
 
 
RESUMO 
A disfunção temporomandibular (DTM) é um termo genérico que inclui a articulação 
temporomandibular (ATM), os músculos mastigatórios e suas estruturas associadas. As 
DTMs são caracterizadas por dor, sons articulares e movimento mandibular restrito, sendo a 
dor um motivo comum para a procura por atendimento odontológico. Apesar de ser frequente, 
o diagnóstico e o tratamento das DTMs ainda é um desafio para o cirurgião dentista, por ser 
uma condição complexa e de etiologia multifatorial. É essencial que os cirurgiões dentistas 
sejam capazes de diagnosticar corretamente e implementar medidas de tratamento efetivo para 
essa condição. Dentro deste contexto muitas terapias têm sido propostas para o manejo das 
DTMs, incluindo o uso de diferentes medicamentos. Este estudo teve como objetivo realizar 
uma revisão narrativa da literatura sobre os tratamentos farmacológicos utilizados no 
tratamento de disfunção temporomandibular. As fontes de busca foram livros textos e artigos 
eletrônicos de acesso livre nas bases de dados: COCHRANE, LILACS, PUBMED, SCIELO e 
Google Scholar. A pesquisa foi limitada aos artigos publicados na língua portuguesa ou 
inglesa, com abrangência temporal entre os anos de 1987 e 2022. As buscas foram realizadas 
no período de março de 2021 até agosto de 2022, sendo utilizados 92 artigos e 5 livros textos 
para a confecção deste projeto. Os critérios de inclusão da literatura foram ser escrito em 
português ou inglês, e ter o conteúdo relacionado com o objetivo da pesquisa. Após uma 
ampla busca por informações, conclui-se que a DTM é uma condição que acomete parte 
significativa da população e que sua terapia pode ser realizada de diversas formas, sendo a 
medicamentosa uma delas. No entanto, o desconhecimento dos mecanismos subjacentes à dor 
associada a esta patologia e o fato de os estudos realizados até agora utilizarem critérios de 
seleção de pacientes altamente díspares, os resultados sobre a eficácia dos diferentes 
medicamentos comumente utilizados são inconclusivos, impossibilitando o desenvolvimento 
de um protocolo adequado e amplamente aceito, seja para o atendimento de urgência ou 
mesmo para o tratamento visando a cura. 
Palavras-chave: Síndrome da Disfunção da Articulação Temporomandibular; Transtornos da 
Articulação Temporomandibular; Farmacoterapia. 
 
ABSTRACT 
 
Temporomandibular disorder (TMD) is a generic term that includes the temporomandibular 
joint (TMJ), the masticatory muscles and their associated structures. TMDs are characterized 
by pain, joint sounds and restricted jaw movement, with pain being a common reason for 
seeking dental care. Although the diagnosis and treatment of TMDs are frequent, it is still a 
challenge for the dental surgeon, as it is a complex condition with a multifactorial etiology. It 
is essential that dental surgeons are able to correctly diagnose and implement effective 
treatment measures for this condition. Within this context, many therapies have been 
proposed for the management of TMDs, including the use of different medications. This study 
aimed to carry out a narrative review of the literature on the pharmacological treatments used 
in the treatment of temporomandibular disorders. The search sources were textbooks and open 
access electronic articles in databases such as COCHRANE, LILACS, PUBMED, SCIELO 
and Google Scholar. The search was limited to articles published in Portuguese or English, 
with a temporal scope between the years 1987 and 2022. The searches were carried out from 
March 2021 to August 2022, using 92 articles and 5 textbooks for the preparationof this 
project. After an extensive search for information, it was concluded that TMD is a condition 
that affects a significant portion of the population and that its therapy can be performed in 
different ways, with medication being one of them. However, the lack of knowledge on the 
mechanisms underlying the pain associated with this pathology and the fact that the studies 
carried out so far use highly disparate patient selection criteria, the results on the effectiveness 
of the different drugs commonly used are inconclusive, making it impossible to develop an 
adequate and widely accepted protocol, whether for urgent care or even for treatment aimed at 
cure. 
 
Keywords: Temporomandibular Joint Dysfunction Syndrome; Temporomandibular Joint 
Disorders; Pharmacotherapy. 
 
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS 
AAOP: Academia Americana de Dor Orofacial 
ADTs: Antidepressivos tricíclicos 
AINES: Anti-inflamatórios não esteroidais 
ATC: Anticonvulsivante 
ATM: Articulação temporomandibular 
BDI: Inventário de Depressão de Beck 
BDZs: Benzodiazepínicos 
DC/TMD: Diagnostic Criteria for Temporomandibular Disorders 
DTM: Disfunção temporomandibular 
EVA: Escala visual analógica 
GABA: Ácido Gama-aminobutírico 
LLT: Low-intensity laser therapy 
NIDCR: National Institute of Dental and Craniofacial Research 
NTI: Nociceptive trigeminal inhibitory splint 
OHIP: Oral health impact profile 
PSQI: Índice de Qualidade do Sono de Pittsburgh 
RDC/TMD: Research Diagnostic Criteria for Temporomandibular Disorders 
SNC: Sistema nervoso central 
TCC: Terapia cognitivo comportamental 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 11 
2 OBJETIVOS .......................................................................................................... 13 
2.1 OBJETIVO GERAL ............................................................................................... 13 
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS .................................................................................. 13 
3 MATERIAL E MÉTODOS .................................................................................. 14 
3.1 ESTRATÉGIA DE BUSCA ................................................................................... 14 
3.2 CRITÉRIOS DE INCLUSÃO E EXCLUSÃO ....................................................... 15 
4 REVISÃO DE LITERATURA ............................................................................ 16 
4.1 DISFUNÇÃO TEMPOROMANDIBULAR ........................................................... 16 
4.2 TRATAMENTO NÃO FARMACOLÓGICO DAS DTMS................................... 18 
4.3 TRATAMENTO FARMACOLÓGICO DAS DTMS ............................................ 20 
4.3.1 Analgésicos não opióides....................................................................................... 20 
4.3.2 Analgésicos Opióides ............................................................................................. 21 
4.3.3 Anti-inflamatórios não esteroidais (AINES) ....................................................... 22 
4.3.4 Anti-inflamatórios esteroidais (corticosteróides) ............................................... 23 
4.3.5 Antidepressivos ...................................................................................................... 24 
4.3.6 Anticonvulsivantes ................................................................................................ 25 
4.3.7 Benzodiazepínicos ................................................................................................. 26 
4.3.8 Relaxantes Musculares ......................................................................................... 28 
4.3.9 Ácido Hialurônico (HA) ........................................................................................ 28 
5 RESULTADOS ...................................................................................................... 30 
6 DISCUSSÃO .......................................................................................................... 32 
7 CONCLUSÃO ....................................................................................................... 34 
 ANEXO 1 – ATA DA DEFESA .......................................................................... 46 
 
 
 
 
 
 
11 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
A disfunção temporomandibular (DTM) é uma condição complexa a qual é 
caracterizada por atingir os músculos do sistema estomatognático (DTM muscular), a 
articulação temporomandibular (ATM) e estruturas associadas (a qual denomina-se DTM 
articular), e pode ter como sintoma a presença de dor. Em vista disso, a DTM também pode 
ser classificada de acordo com a presença ou não de sintomatologia dolorosa (SCHIFFMAN 
et al., 2014). A queixa mais comum é a dor crônica na região orofacial, sendo a mialgia (um 
tipo de DTM muscular) o diagnóstico mais comum, a qual acomete cerca de 80% dos 
pacientes com essa disfunção (LIST; JENSEN, 2017). Apesar de ser frequente no consultório, 
o diagnóstico e o tratamento das DTMs ainda é um desafio para o cirurgião dentista, por ser 
uma condição complexa e de etiologia multifatorial (SARTORETTO; BELLO; BONA, 
2012). 
O primeiro modelo de classificação e diagnóstico da DTM denominado Research 
Diagnostic Criteria for Temporomandibular Disorders (RDC/TMD) foi criado com o 
objetivo de padronizar o diagnóstico nas pesquisas. Este critério já considerava a avaliação de 
fatores psicossociais, uma vez que já era reconhecido seu papel na etiologia dessa condição 
(TRUELOVE et al., 1992). Em 2014, esse modelo foi atualizado visando não somente o uso 
em pesquisas, mas também como uma ferramenta para auxiliar os cirurgiões-dentistas na 
prática clínica e, assim, a avaliação dos fatores psicossociais ganhou um peso maior 
(SCHIFFMAN et al., 2014). 
Devido a etiologia multifatorial da DTM, recomenda-se que seja elaborado um plano 
de tratamento com múltiplas abordagens, dentre elas, a farmacoterapia, fisioterapia, uso de 
placa interoclusal rígida, laserterapia, ozonioterapia, agulhamento e acupuntura (SANTOS; 
PEREIRA, 2016; BUTTS et al., 2017; LIST; JENSEN, 2017; FERNANDES et al., 2017). 
Além disso, preconiza-se que a escolha do tratamento para DTM seja o mais conservador 
possível, dentro de cada caso, através da eleição de técnicas reversíveis, que sejam 
minimamente invasivas (DE MORAES MAIA et al., 2014). No caso das DTMs dolorosas, a 
farmacoterapia têm sido amplamente recomendada através da prescrição de fármacos como os 
anti-inflamatórios não esteroidais (AINES), os analgésicos opióides, os corticóides, os 
relaxantes musculares, os antidepressivos, os anticonvulsivantes e os benzodiazepínicos 
(OUANOUNOU et al., 2017). 
12 
 
Dessa forma, o objetivo desse trabalho foi realizar uma revisão narrativa da literatura 
sobre a efetividade e o desempenho clínico dos tratamentos farmacológicos utilizados em 
pacientes diagnosticados com DTM, visando a remissão da dor. 
 
 
 
13 
 
2 OBJETIVOS 
 
2.1 OBJETIVO GERAL 
 
Este estudo teve como objetivo realizar uma revisão narrativa da literatura sobre os 
tratamentos farmacológicos utilizados no tratamento de disfunção temporomandibular. 
 
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS 
 
 Conhecer os tipos de tratamentos farmacológicos disponíveis para o 
tratamento de diferentes tipos de DTM (DTM muscular, DTM articular e 
DTM dolorosa). 
 
 Comparar a efetividade dos tratamentos farmacológicos no tratamento de 
diferentes tipos de DTM. 
 
 
 
14 
 
3 MATERIAL E MÉTODOS 
 
3.1 ESTRATÉGIA DE BUSCA 
 
Este trabalho baseou-se em artigos de revisão de literatura e de pesquisas científicas 
sobre o atendimento odontológico de pacientes com DTM. As fontes de busca foram livros 
textos e artigos eletrônicos de acesso livre em bases de dados como COCHRANE, LILACS, 
PUBMED,SCIELO e Google Scholar. 
Para a busca de artigos foram usadas as palavras-chave "temporomandibular joint 
disorders"[MeSH Terms] OR "temporomandibular joint disorders"[All Fields] OR 
"temporomandibular Joint disorder"[All Fields] OR "temporomandibular disorder"[All 
Fields] OR "temporomandibular disorders"[All Fields] OR "temporomandibular joint 
disease"[All Fields] OR "temporomandibular joint diseases"[All Fields] OR 
"temporomandibular dysfunction"[All Fields] OR "temporomandibular dysfunctions"[All 
Fields] OR "temporomandibular joint dysfunction syndrome"[MeSH Terms] OR 
"temporomandibular joint dysfunction syndrome"[All Fields] OR "costen syndrome"[All 
Fields] OR "costens syndrome"[All Fields] OR "costens syndromes"[All Fields] OR "costen 
syndromes"[All Fields] OR "costen's Syndrome"[All Fields] OR "temporomandibular joint 
syndrome"[All Fields] OR "temporomandibular joint syndromes"[All Fields] OR 
"temporomandibular joint dysfunction"[All Fields] OR "tmj disease"[All Fields] OR 
"tmd"[All Fields] OR "tmj"[All Fields] OR "tmjd"[All Fields] OR "tmj disorders"[All Fields] 
OR "tmj disorder"[All Fields] OR "tmj diseases"[All Fields] OR "craniomandibular 
disorders"[MeSH Terms] OR "craniomandibular disorders"[All Fields] OR 
"craniomandibular disorder"[All Fields] OR "craniomandibular dysfunction"[All Fields] OR 
"craniomandibular dysfunctions"[All Fields] OR "craniomandibular dysfunction"[All Fields] 
OR "craniomandibular dysfunctions"[All Fields]). 
A pesquisa foi limitada aos artigos publicados na língua portuguesa e inglesa, com 
abrangência temporal entre os anos de 1987 e 2022. As buscas foram realizadas no período de 
março de 2021 até agosto de 2022. Foram utilizados 92 artigos e 5 livros textos para a 
confecção deste projeto. 
 
 
 
15 
 
3.2 CRITÉRIOS DE INCLUSÃO E EXCLUSÃO 
 
Os critérios de inclusão da literatura foram ser escrito em português ou inglês, e ter o 
conteúdo relacionado com o objetivo da pesquisa. Os critérios de exclusão foram: estudos 
incompletos; estudos não relacionados com o tema da pesquisa; resumos; relato de caso. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
16 
 
4 REVISÃO DE LITERATURA 
 
4.1 DISFUNÇÃO TEMPOROMANDIBULAR 
 
A Academia Americana de Dor Orofacial (AAOP) define a DTM como um conjunto 
de distúrbios que envolvem os músculos mastigatórios, a articulação temporomandibular 
(ATM) e estruturas associadas (DE LEEUW; KLASSER, 2018). Pelo menos um sintoma em 
atinge aproximadamente 37.5% da população brasileira (GONCALVES 2009). Realizar a 
mensuração da prevalência de DTM a nível mundial é um desafio, devido a isso o National 
Institute of Dental and Craniofacial Research (NIDCR), realizou uma média da prevalência 
encontrada em estudos primários onde verificou que a DTM afeta entre 5 a 12% (LIPTON et 
al., 1993; GOULET et al., 1995; POW et al., 2001; MCFARLANE, 2002; JOHANSSON et 
al., 2003). Em relação ao gênero foi observada em estudos prévios uma prevalência duas 
vezes maior no sexo feminino quando comparado ao masculino (FERREIRA; SILVA; 
FELÍCIO, 2016). Também se notou uma maior prevalência na população mais jovem (POW 
et al., 2001). 
A DTM pode ser dividida em muscular e articular, de acordo com sua origem. A 
DTM muscular acontece quando há acometimento dos músculos da mastigação, enquanto a 
DTM articular acontece quando há acometimento das estruturas da ATM como disco, 
cápsula, ligamentos e demais estruturas associadas (DE LEEUW; KLASSER, 2018). 
Também pode ocorrer acometimento em ambos os componentes, sendo então denominada 
DTM mista. Outra classificação para as DTMs, que pode ser encontrada na literatura é 
descrita através da sintomatologia, como as DTMs dolorosas, nas quais há queixa álgica, ou 
as DTMs não dolorosas (SCHIFFMAN et al., 2014). Em ambos os casos, é necessário 
orientar o paciente acerca da condição e, quando necessário, dar preferência para terapias 
mais conservadoras (BEAUMONT S. et al., 2020). 
Dentro do grupo das DTMs articulares, existem as dores articulares, como artrite e 
artralgia, desordens da articulação, como deslocamentos do disco com ou sem redução, 
desordens de limitação de mobilidade e hipermobilidade, doenças articulares, como 
osteoartrose, neoplasias e fraturas. Quanto as DTMs musculares, essas podem ser 
classificadas em: mialgia, tendinite, miosite e espasmos, sendo que dentro da mialgia temos 
mais três subdivisões: mialgia local, dor miofascial e dor miosfacial referida (SCHIFFMAN 
et al., 2014). 
17 
 
Os fatores de risco da DTM podem ser classificados em: fatores predisponentes, 
perpetuantes e desencadeantes. Dentre eles, pode-se encontrar fatores biológicos, fatores 
genéticos, micro e macrotraumas, hábitos parafuncionais e fatores psicossociais (LIST; 
JENSEN, 2017). Os fatores psicossociais ou psicocomportamentais, como estresse, ansiedade 
e depressão, são considerados um dos principais fatores etiológicos da DTM 
(SARTORETTO; BELLO; DONA, 2012). 
A sintomatologia mais comum encontrada em pacientes com DTM é a dor no local 
acometido, seja muscular ou articular. Além disso, podem estar associadas a presença de 
cefaléia, diminuição da amplitude dos movimentos mandibulares e sons articulares, como 
estalos, estalidos e crepitação (BEAUMONT S. et al., 2020). Também podem ser encontradas 
queixas relacionadas a sintomas otológicos, como plenitude auricular, zumbido e dor de 
ouvido. 
Um dos critérios de diagnóstico e classificação mais importantes para as DTMs 
surgiu em 1992, quando foi elaborada uma série de diretrizes denominadas por Research 
Diagnostic Criteria for Temporomandibular Disorders (RDC/TMD) com o objetivo de 
padronizar o diagnóstico e classificação dessa condição em pesquisas (TRUELOVE et al., 
1992). A partir disso, o diagnóstico das DTMs foi dividido em dois eixos. O eixo I 
corresponde a avaliação física dos pacientes e o eixo II corresponde a avaliação dos fatores 
psicossociais. Em 2014, essas diretrizes foram atualizadas para Diagnostic Criteria for 
Temporomandibular Disorders (RD/TMD) a fim de auxiliar os profissionais não somente nas 
pesquisas, mas também durante a prática clínica (SCHIFFMAN et al., 2014). Nessa última 
atualização foi dada uma importância maior para o Eixo II, que corresponde aos aspectos 
psicossociais. 
 
 
 
18 
 
4.2 TRATAMENTO NÃO FARMACOLÓGICO DAS DTMS 
 
Devido à complexidade das DTMs e de sua etiologia multifatorial, o tratamento 
multidisciplinar garante maiores chances de sucesso (GARRIGÓS-PEDRÓN et al., 2019). 
Por isso, muitas vezes, existe a participação de diversos profissionais da área da saúde tais 
como fisioterapeuta, fonoaudiólogo, psicólogo, médicos e cirurgiões dentistas de várias 
especialidades (SANTOS; PEREIRA, 2016). Uma vez que os principais fatores etiológicos 
estão ligados a fatores psicológicos como estresse e ansiedade, psicoterapias podem ser 
incluídas no tratamento da DTM (FILLINGIM et al., 2011). 
Muitos pacientes com DTM também apresentam dores musculares no pescoço e na 
face e limitação de abertura bucal, logo, esses pacientes se beneficiam de sessões de 
fisioterapia (DICKERSON et al., 2017; SHIMADA et al., 2019). No ramo da fisioterapia, os 
tratamentos são direcionados para o alívio da dor da musculatura envolvida e restauração da 
função (DICKERSON et al., 2017). Um dos tratamentos comumente realizados é a terapia 
manual, que consiste na mobilização manual, manipulação e exercícios. 
Nicolakis et al. (2002) estudaram 20 pacientes com dor miofascial na tentativa de 
avaliar o efeito, em um prazo de seis meses, da terapia manual e obtiveram uma diferença 
significativa na redução da dor pois 16 pacientes não relatavam mais dor alguma ao final do 
período de observação. Entretanto, quanto a limitação de abertura de boca que se via presente 
em 14 pacientes, somente três tiveram uma melhora significativa. Concluiram então que aterapia com exercícios parece ser útil no tratamento das DTMs. 
No estudo de Cuccia et al. (2010) foram comparados pacientes com DTM articular 
tratados com terapia osteopática manual, com pacientes tratados com terapia conservadora 
tradicional, incluindo uso de placas oclusais, fisioterapia e compressas térmicas. Os pacientes 
de ambos os grupos também puderam fazer uso de AINES e relaxantes musculares, desde que 
receitados pelo dentista. Observou-se que os dois grupos apresentaram melhora da 
sintomatologia durante o período de acompanhamento, porém, sem diferença significativa 
entre as formas de tratamento. Nesse sentido, seria interessante que no tratamento de DTMs 
envolvendo a ATM e estruturas musculoesqueléticas que o dentista trabalhe em colaboração 
com osteopatas e fisioterapeutas. 
Em casos muito específicos também podem ser necessárias cirurgias e 
procedimentos articulares minimamente invasivos como artrocentese e artroscopia 
(GARRIGÓS-PEDRÓN et al., 2019). Técnicas cirúrgicas pouco invasivas como artroscopia e 
artrocentese são mais recentes, mas se provaram efetivas especialmente em pacientes com 
19 
 
deslocamento de disco e outras artropatias (POTIER et al., 2016; LIST & JENSEN, 2017). 
No entanto, a literatura realça o uso de técnicas mais conservadoras como fisioterapia, 
agulhamento, prescrição de medicamentos e placas estabilizadoras como primeira tentativa 
para diminuir a dor, o desconforto e restabelecer a função ao paciente (OUANOUNOU et al., 
2017). 
Outra terapia disponível para alívio da sintomatologia dolorosa de pacientes com 
DTM é a termoterapia. Na DTM muscular, o paciente pode ser orientado a aplicar uma 
compressa úmida quente, para promover vasodilatação e assim aumentar a circulação e 
liberação de substâncias anti-inflamatórias e ocasionar um relaxamento muscular (FURLAN 
et al., 2015). Já, na DTM articular, o paciente pode aplicar uma compressa fria na região da 
articulação, visando analgesia (FURLAN, 2015). 
Em relação ao uso de dispositivos interoclusais, um estudo realizado em 2012 
avaliou 51 pacientes adultos com dor miofascial, e os dividiu em três grupos: o primeiro foi 
tratado com placa oclusal total rígida e orientações; o segundo com uma placa parcial 
chamada ―nociceptive trigeminal inhibitory splint (NTI)‖; e o terceiro somente recebeu 
orientações sendo então o grupo controle. Concluiu-se que após 3 meses de tratamento, a dor 
foi significativamente reduzida em todos os grupos, porém com maior rapidez no grupo que 
usou a placa total rígida e o NTI (CONTI et al., 2012). Com isso, demonstrou-se que o 
tratamento com placas oclusais também deve ser considerado no tratamento das DTMs. 
A laserterapia de baixa potência (low-intensity laser therapy, LLT) também pode ser 
utilizada no manejo de diferentes tipos de DTMs. Um ensaio clínico randomizado conduzido 
em 2017 avaliou a eficácia desse método em 40 pacientes, onde vinte foram tratados com 
placebo e vinte foram tratados com laser durante o período de um mês. Ambos os grupos 
(placebo e LLT) tiveram uma redução da dor quando foi utilizada a escala visual analógica 
(EVA). Porém, não se obteve diferença estatística significante entre os dois grupos. A medida 
de abertura de boca também obteve aumento nos dois grupos, mas sem diferença estatística 
significativa. Portanto, foi possível concluir que o método de LLT não é mais efetivo que 
placebo para tratamento das DTMs (SHOBHA et al., 2017). 
Outra opção de tratamento conservador da DTM é a ozonioterapia que surge como 
um método promissor e alternativo. O ozônio é capaz de aumentar o suprimento local de 
oxigênio, promovendo melhor vascularização, apresentando sucesso em tratamentos da 
articulação do joelho e da própria ATM, podendo promover resultados mais satisfatórios 
quando comparado à terapia convencional (DAIF, 2012; DOĞAN et al, 2014). Seus 
benefícios terapêuticos ocorrem através de um sistema de tamponamento antioxidante que 
20 
 
resulta em efeitos analgésicos e anti-inflamatórios (BOCCI, 2005; BOCCI, 2006; DE 
OLIVEIRA JUNIOR, LAGES, 2012). 
Pesquisando a literatura é possível encontrar a acupuntura como uma das alternativas 
terapêuticas para tratamento das DTMs. Consiste em estimular pontos específicos ao longo da 
pele do corpo. A acupuntura pode ajudar a aliviar o desconforto e a dor associados a essas 
condições, pois pode reequilibrar a energia circulante nos meridianos e estudos demonstraram 
sua eficácia no controle da dor (ROSTED, 2001). Entretanto, a revisão sistemática publicada 
por Jung et al. (2011) concluiu que faltam evidências científicas que demonstrem que a 
acupuntura é realmente efetiva no tratamento da DTM. 
 
4.3 TRATAMENTO FARMACOLÓGICO DAS DTMS 
 
A literatura pertinente está permeada por vários tratamentos farmacológicos que são 
prescritos para DTMs e que têm diferentes taxas de sucesso. Não há protocolo de tratamento 
específico aceito no tratamento de DTM dolorosa, portanto, nenhuma substância se provou 
capaz de ser eficiente isoladamente contra todos os sintomas da DTM (OKESON, 2013). É 
importante deixar claro que o tratamento farmacológico visa melhorar a função da mandíbula 
e aliviar a dor, sendo uma das principais intervenções e a mais utilizada na forma aguda do 
transtorno (DURHAM, NEWTON-JOHN et al., 2015). O estágio em que a dor se encontra 
influi diretamente na escolha do medicamento a ser utilizado, determinando que classes são 
eficazes como também o período de utilização (DURHAM, NEWTON-JOHN et al., 2015). 
Algumas opções de tratamento podem incluir riscos como o desenvolvimento de tolerância, 
efeitos colaterais tóxicos, e resultados adversos e são, portanto, reservados para tratamentos 
de curto prazo (KOPP et al., 1987; SINGER, DIONNE, 1997; BOULOUX, 2011; ENIS et al. 
,2016). 
 
4.3.1 Analgésicos não opióides 
O acetaminofeno é um fraco inibidor da síntese de prostaglandinas. Seu mecanismo 
de ação parece resultar da diminuição da atividade nociceptiva evocada em neurônios 
talâmicos devido a estimulação elétrica dos aferentes nociceptivos, e seu efeito analgésico 
central parece ser independente da atividade de opióides endógenos (BOTTING, 2000; 
SHARAV, BENOLIEL, 2008). Tem se mostrado eficaz no tratamento da dor e inflamação 
associadas à doença articular degenerativa (TOWHEED, 2006). Quando comparado aos 
AINEs, o acetaminofeno é mais seguro e induz efeitos colaterais mínimos favorecendo a sua 
21 
 
aplicação clínica (BOTTING, 2000; SHARAV, BENOLIEL, 2008; RIZZATTI-BARBOSA, 
ANDRADE 2014; ALMEIDA, FONSECA et al., 2016; FUCHS, WANNMACHER 2017). 
Outra medicação analgésica não opióide que pode ser administrada na DTM aguda é 
a dipirona, cujo mecanismo de ação permanece indeterminado. Porém, propõe-se que o 
bloqueio de canais de cálcio, a estimulação de receptores canabinóides e a ativação das vias 
serotoninérgica e noradrenérgica descendentes possam ser responsáveis por sua ação 
analgésica (RIZZATTI-BARBOSA, ANDRADE 2014; ALMEIDA, FONSECA et al., 2016; 
FUCHS, WANNMACHER, 2017). 
 
4.3.2 Analgésicos Opióides 
Os analgésicos opióides são usados principalmente no tratamento da dor aguda, 
sendo eficazes no alívio da dor intensa (HAAS, 2002). Na DTM, com uso criterioso podem 
ocasionalmente ser indicados para dor crônica moderada a intensa, quando outros 
medicamentos são ineficazes (HAAS, 1995). Para administração oral, os opióides mais 
utilizados na odontologia são a codeína e a oxicodona (OUANOUNOU et al., 2017). 
Tem sido sugerido que um subtipo periférico do receptor μ-opióide existe nos tecidos 
da ATM, o que pode explicar a possível analgesia obtida com tratamento à base de opióides 
(HAYASHI et al., 2002; HERSH et al., 2008). No entanto, outros estudos demonstraram que 
opioides injetáveis não reduzem a sintomatologia dolorosa que pode acompanhar a DTM 
(BRYANT, 1999; FURST, 2001). 
Seguindo pela revisão da literatura, Cigerim e Kaplan (2020) conduziramao longo 
de quatro semanas um ensaio clínico randomizado, duplo-cego em pacientes com queixa de 
dor miofascial. Eles dividiram 169 participantes em 4 grupos, os quais receberam tratamentos 
com naproxeno (550mg); naproxeno (550mg) associado a codeína (30mg); naproxeno 
(550mg) com dose única de dexametasona (8mg) e outro grupo recebeu paracetamol (500mg). 
A associação de naproxeno e codeína foi a mais eficaz tanto em 2 semanas de 
acompanhamento quanto ao final da pesquisa (4 semanas). Assim os autores recomendaram 
que a associação de naproxeno sódico com codeína pode ser preferido para o tratamento de 
casos semelhantes com dor miofascial intensa. 
List et al. (2001) realizaram um ensaio clínico randomizado, duplo-cego, paralelo 
para determinar a eficácia de uma única dose de morfina injetada intra-articular em 53 
pacientes com DTM do tipo artralgia ou osteoartrite. A mensuração de dor foi realizada 
através da Escala Visual Analógica (EVA). No período que variou entre 1 e 10 horas após a 
injeção, a dor havia diminuído, porém, sem diferença significativa entre os grupos. Após uma 
22 
 
semana, a média obtida na avaliação da dor durante abertura bucal máxima foi reduzida 
significativamente no grupo que recebeu 0,1mg de morfina quando comparado ao grupo que 
recebeu 1mg morfina ou placebo. Embora estaticamente significativa, a magnitude da redução 
da intensidade da dor avaliada pela EVA não foi relevante clinicamente após uma semana, 
portanto o grupo considerou a propriedade analgésica do opióide aplicado localmente 
inconclusiva. A incidência de efeitos adversos foi reduzida não sendo observadas diferenças 
entre os grupos tratados. 
 
4.3.3 Anti-inflamatórios não esteroidais (AINES) 
Os AINES são um grupo de medicamentos com a função de inibir as ciclo-
oxigenases, enzimas localizadas no retículo endoplasmático, e com isso inibir a formação das 
prostaglandinas, se constituindo em um dos medicamentos mais prescritos para o tratamento 
de dor orofacial (OUANOUNOU et al., 2017). O efeito analgésico é obtido devido à redução 
da síntese de mediadores inflamatórios do tipo prostaglandinas (LYNCH, WATSON, 2013). 
Possuem alguns efeitos adversos, o principal deles é a sobrecarga no trato gastrointestinal, 
mas também podem ocorrer efeitos colaterais renais e cardiovasculares (SCRIVANI et al., 
2018). Complicações no trato gastrointestinal podem ocorrer em até 50% dos pacientes que 
são submetidos a tratamento com AINES principalmente por tempo prolongado 
(WATANABE et al., 2020). 
Ta e Dionne (2004) realizaram um ensaio clínico randomizado, duplo-cego com o 
objetivo de comparar a eficácia do Celecoxibe (100mg, duas vezes por dia), Naproxeno 
(500mg, duas vezes por dia) e placebo no tratamento de DTM durante seis semanas. O estudo 
mostrou que comparado com o placebo, o Naproxeno reduziu significativamente os sintomas 
dolorosos da DTM. Celecoxibe mostrou uma melhora na redução da dor comparado ao 
placebo, mas não teve diferença significativa. Os autores concluíram que a inibição das 
enzimas COX-1 e COX-2 com naproxeno demonstrou ser eficaz para o tratamento de DTMs 
dolorosas, como visto pela melhora significativa nos sinais e sintomas clínicos. 
Outro ensaio clínico randomizado, duplo-cego realizado por Singer e Dionne (1997), 
avaliou o controle da dor miofascial crônica em 39 pacientes durante quatro semanas, através 
da comparação dos resultados obtidos após tratamento com placebo, ibuprofeno (600mg, 4 
vezes/dia), diazepam (2,5mg, 4 vezes/dia) e uma associação dos dois. Observaram que o 
pacientes submetidos ao tratamento com ibuprofeno apresentaram melhora na sintomatologia 
dolorosa da DTM muscular, mas que não foi estatisticamente diferente daquela obtida com a 
administração de placebo; já o Diazepam reduziu significativamente a dor. A associação entre 
23 
 
os dois medicamentos foi a que teve a maior redução da dor quando comparado ao placebo. A 
falta de efeito após a administração de um analgésico anti-inflamatório sugere que a 
inflamação não é a base da dor muscular crônica na região orofacial e que o efeito analgésico 
de tais medicamentos não é suficiente para o alívio da dor nessa condição. 
Mejersjö e Wenneberg (2008) conduziram um ensaio clínico randomizado, mono-
cego, comparando a eficácia de diclofenaco sódico (50 mg 3 vezes/dia) com a terapia de placa 
oclusal total rígida em pacientes diagnosticados com osteoartrite na ATM de acordo com o 
(RDC/TMD). Após uma semana de tratamento com diclofenaco, houve redução significativa 
na dor inclusive durante os movimentos mandibulares. A terapia com a placa oclusal mostrou 
resultados significativos somente após um mês de tratamento. O resultado dos tratamentos foi 
estatisticamente semelhante entre os grupos, ambas terapias induziram poucas reações 
adversas, seis no grupo da placa, como dificuldade para dormir e hiper ou hipossalivação e 
cinco no grupo do diclofenaco, como sonolência e gastrite. Os tratamentos permaneceram 
igualados na eficácia, com vantagem para o tratamento com diclofenaco por ter induzido 
resultados clínicos mais rápidos. 
 
4.3.4 Anti-inflamatórios esteroidais (corticosteróides) 
São fármacos com a finalidade de replicar a ação do cortisol, um hormônio 
produzido pelas glândulas adrenais, e é amplamente utilizado para o tratamento de DTM 
articular. Esses potentes anti-inflamatórios têm sido usados para tratar DTM moderada a 
grave. Eles têm várias ações, incluindo bloqueio da fosfolipase A2, diminuindo assim a 
produção de prostaglandinas e leucotrienos (HERSH et al., 2008). 
Quanto as vias de administração, os corticosteróides podem ser injetados na 
articulação, aplicados topicamente, administrados por via oral ou ainda intramuscular. A 
literatura mostra que quando injetados podem reduzir significativamente a dor por um período 
considerável, porém também podem produzir uma vasta gama de efeitos adversos, como 
calcificações intra-articulares e periarticulares, artropatia de Charcot, síndrome de Nicolau, e 
luxação (HABIB et al., 2010). 
Isacsson et al. (2019) realizaram um estudo duplo cego randomizado para avaliar a 
eficácia de injeções de metilprednisolona intra-articular na redução da dor da DTM utilizando 
a EVA em máxima abertura de boca. Foram selecionados 54 pacientes que tivessem artralgia 
unilateral na ATM, metade recebeu dose única de injeção de metilprednisolona e a outra 
metade recebeu uma injeção de solução salina. Os grupos foram acompanhados ao longo de 4 
semanas. Ao final das do período de avaliação, ambos os grupos tiveram redução na 
24 
 
sintomatologia dolorosa, mas sem diferença significativa entre eles. Os autores concluíram 
que a administração intra-articular em dose única de metilprednisolona não forneceu benefício 
adicional para reduzir a dor em pacientes com artralgia da ATM. 
 
4.3.5 Antidepressivos 
A observação que antidepressivos são úteis mesmo quando não há presença de 
depressão e que a atividade analgésica obtida independente de efeitos antidepressivos está 
bem documentada na literatura (DIONNE, 1997), sendo os antidepressivos tricíclicos os mais 
utilizados (GREGG, RUGH, 1988) pois possuem ação analgésica demonstrada. Estudos 
demonstraram que sua utilização é realizada em vários tipos de dor facial incluindo dor facial 
atípica, DTM e dores de origem neurogênica (OUANOUNOU et al., 2017). Eles agem no 
sistema nervoso central, inibindo a recaptação de neurotransmissores, como noradrenalina e 
serotonina durante a sinapse (CASCOS-ROMERO et al., 2009). 
Estudos mostraram que os inibidores seletivos da recaptação da serotonina, as drogas 
de primeira linha no tratamento da depressão, ainda que muito utilizados para o tratamento 
das DTMs, podem apresentar como efeito colateral em alguns pacientes o aumento da 
contração muscular podendo ocasionar bruxismo (RAJAN; SUN, 2017). Embora os 
antidepressivos se mostrem efetivos, é preciso ter cautelaao prescrevê-los. Usualmente, essas 
medicações são utilizadas em pacientes com dor crônica proveniente da DTM, onde já pode 
ser identificado o processo de sensibilização central (HAVIV et al., 2015). 
Rizzatti-Barbosa et al. (2003) conduziram um ensaio clínico randomizado, duplo-
cego, em 12 mulheres, para verificar a eficácia da amitriptilina no controle da dor associada a 
DTM crônica. Foram divididas em dois grupos, onde um deles foi tratado com placebo e o 
outro com amitriptilina (25mg/dia), durante 14 dias. A intensidade da dor e desconforto foram 
avaliados diariamente utilizando a EVA. Os resultados mostraram, nas semanas seguintes, 
uma diminuição significativa da dor e desconforto durante o tratamento, no grupo que utilizou 
amitriptilina, já no grupo que utilizou placebo, não foi observada melhora. Concluiu-se que a 
dose diária de 25mg de Amitriptilina foi eficaz ao reduzir a dor e o desconforto causados pela 
DTM sem causar efeitos adversos. 
Calderon et al. (2011) realizaram um estudo mono-cego também com Amitriptilina 
25mg por dia, porém avaliando a combinação do antidepressivo com a terapia cognitivo 
comportamental (TCC) no tratamento de pacientes com DTM que apresentavam dor crônica. 
Quarenta e sete mulheres foram divididas em quatro grupos, de acordo com o tipo de terapia. 
Um grupo utilizou apenas amitriptilina, no outro foi associado o uso dessa medicação com 
25 
 
TCC, no terceiro grupo foi associado TCC e placebo, e no quarto grupo foi realizado somente 
TCC. Os participantes foram avaliados por 11 semanas, onde para a avaliação da presença e 
severidade da dor foi utilizada a escala EVA, e os traços de depressão foram avaliados por 
meio do Inventário de Depressão de Beck (BDI). A qualidade de vida foi avaliada por meio 
de um questionário sobre o impacto da saúde bucal (OHIP - oral health impact profile) e a 
qualidade do sono por meio do Índice de Qualidade do Sono de Pittsburgh (PSQI). Foram 
observadas melhoras em todos os desfechos avaliados para todos os grupos, porém não foram 
observadas diferenças significativas entre os grupos ao final do acompanhamento. Os 
resultados encontrados demonstraram que o uso associado de amitriptilina e TCC no 
tratamento da DTM crônica pode ser efetivo na melhora da dor, da depressão, na qualidade de 
vida e do sono, mas os resultados não são significativamente melhores do que placebo. 
Um estudo aberto conduzido por Haviv et al. (2015) procurou avaliar a eficácia de 
antidepressivos tricíclicos (ADTs) e gabapentina em pacientes com dor miofascial persistente, 
utilizando um protocolo farmacológico que consistia em administrar 10 mg diárias de 
amitriptilina em um primeiro momento para os pacientes. Se em algum momento durante o 
tratamento houvesse efeitos colaterais, então ocorreria a troca da amitriptilina por 
nortriptilina, um outro antidepressivo tricíclico, na dose de 12,5 mg diárias. Para os pacientes 
que desenvolveram tolerância após 4 semanas de tratamento, a medicação antidepressiva foi 
trocada por gabapentina, um anticonvulsivante comumente utilizado no tratamento de dor 
neuropática na região orofacial. Foram acompanhados 42 pacientes, durante 20 semanas, 
comparando a dor alegada pelos pacientes antes e após o tratamento utilizando a EVA. Ao 
final do estudo havia 13 pacientes no grupo da amitriptilina, 10 no da nortriptilina e 19 que 
foram tratados com gabapentina. A dor referida em todos os pacientes teve redução 
significativa ao final do tratamento, porém sem diferença significativa entre o grupo dos 
ADTs e o grupo da gabapentina. Os autores consideraram uma boa resposta 
farmacoterapêutica da dor miofascial persistente. Porém, não sendo um ensaio clínico 
randomizado, os resultados podem ser tendenciosos devendo-se ter cautela na interpretação. 
Os pacientes que não responderam aos ADTs podem ser um subgrupo distinto e isso precisa 
de mais investigação. Os resultados também sugerem que a gabapentina é uma boa alternativa 
terapêutica. 
 
4.3.6 Anticonvulsivantes 
Os anticonvulsivantes (ATC) são medicamentos amplamente utilizados no 
tratamento da dor crônica orofacial e neuropática de diversas causas. Frequentemente, os 
26 
 
anticonvulsivantes são utilizados em associação com analgésicos, anti-inflamatórios e 
também com terapias alternativas não farmacológicas. O ATC atua potencializando a ação 
inibitória do ácido gama-aminobutírico (GABA) que facilmente atravessa a barreira 
hematoencefálica e outras membranas celulares (DOURADO et al., 2016). Os ATC 
comumente usados no tratamento das dores crônicas são fenitoína, carbamazepina, 
gabapentina, topiramato e benzodiazepinas como diazepam e clonazepam, que além da 
atividade ansiolítica, também podem exercer função anticonvulsivante (DOURADO et al., 
2016). 
É importante ressaltar, que no tratamento da dor crônica, o mecanismo de ação dos 
ATC pode sofrer pequenas variações de acordo com o medicamento selecionado e 
administrado. Os benzodiazepínicos, por exemplo, são ansiolíticos que possuem atividade 
anticonculsivante por aumento da ação inibitória do GABA; fenitoína e carbamazepina por 
inibirem a função dos canais de sódio, enquanto a gabapentina inibe a função dos canais de 
cálcio (MELO, 2011). 
A gabapentina tem sido amplamente utilizada devido a sua eficácia em vários 
ensaios controlados por placebo de várias doenças crônicas dolorosas (GEE et al., 1996; 
ARNOLD et al., 2007; HERSH et al., 2008). Kimos et al. (2007) demonstraram que a 
gabapentina reduz significativamente a sintomatologia dolorosa da DTM, assim como, a dor 
nos músculos da mastigação, mais especificamente os músculos temporal e masseter, quando 
comparado com placebo (BERRY, PETERSEN, 2005). Como abordado no estudo de Haviv 
et al. (2015) a gabapentina foi um dos anticonvulsivantes que induziu redução significativa na 
dor dos pacientes com DTM. Geralmente, é bem tolerada e associada a efeitos adversos 
transitórios leves a moderados, que são dependentes da dose, sendo tontura e sonolência os 
mais frequentes (HERSH et al., 2008). 
 
4.3.7 Benzodiazepínicos 
Os BZDs são ansiolíticos que se ligam e potencializam a ação gabaérgica no 
complexo receptor GABA (ácido gama-amino butírico)/canais de cloreto (Cl-), favorecendo a 
hiperpolarização celular através do aumento de influxo de ânion para dentro das células e, 
resultando na diminuição da propagação de impulsos excitatórios (OUANOUNOU et al., 
2017). 
Usualmente, são prescritos no tratamento de quadros agudos de ansiedade, transtorno 
de humor, insônia, crises convulsivas, distúrbios de sono, espasmos musculares e outras 
condições relacionadas ao sistema nervoso central (SNC). Assim como qualquer outra droga, 
27 
 
que tem como local de ação o SNC, ela pode vir acompanhada de uma série de efeitos 
adversos, dentre os quais podem ser citados a tolerância e a dependência, o que pode 
contraindicar sua administração prolongada em condições crônicas como na DTM 
(OUANOUNOU et al., 2017). 
Vários estudos têm demonstrado a superioridade dessas drogas ao placebo em 
estudos duplo-cegos para o tratamento de DTM. Por exemplo, Singer e Dionne (1997) 
relataram que pacientes em uso de diazepam apresentaram uma redução significativa em sua 
dor crônica mandibular em comparação com o grupo placebo. Além disso, Harkins et al. 
(1991) mostraram que a administração de clonazepam durante 1 mês reduziu a dor associada 
à DTM. No entanto, em outro estudo, onde o triazolam foi comparado com placebo, nenhuma 
redução da dor foi observada, mas o sono melhorou significativamente (GUAIANA, 
BARBUI, 2016). 
 Um ensaio duplo cego randomizado realizado por Pramod et al. (2011) 
comparou a eficácia analgésica do diazepam com placebo em 35 pacientes diagnosticados 
com DTM dolorosa utilizando o DC/TMD. Dividiram os pacientes em dois grupos e os 
acompanharam por um total de 8 semanas sendo 3 semanas com tratamento e por mais 5 
semanas póstratamento. Os resultados mostraram que o diazepam e o placebo foram eficazes 
na redução da dor e mantiveram a resposta obtida ao longo das 8 semanas, sem diferença 
significativa entre os dois grupos. A rigidez dos músculos mastigatórios também foi reduzida 
em ambos os grupos, porém, sem diferença estatisticamente significante entre eles. Quanto a 
abertura de boca, após três semanas ambos os grupos tiveram uma maior abertura de boca, o 
grupo placebo teve uma abertura maior ao final do acompanhamento (oito semanas) quando 
comparado ao fim do tratamento (três semanas), enquanto o grupo que recebeu diazepam se 
manteve estável durante todo o período de avaliação, porém o aumento da abertura de boca 
foi significativamente maior no grupo diazepam quando comparado ao placebo, corroborando 
com os achados de Singer e Dionne (1997) que observaram que o diazepam foi eficaz no 
tratamento de DTM muscular dolorosa, no entanto, o melhor resultado foi obtido quando o 
diazepam foi administrado em associação ao ibuprofeno. De acordo com os autores deste 
ensaio clínico o placebo pode dar resultados semelhantes aos do diazepam e que o placebo 
também deve ser considerado como uma das importantes estratégias de tratamento. Além 
disso, observaram redução da sensibilidade dos músculos mastigatórios e melhora 
significativa da abertura bucal em ambos os grupos. 
 
 
28 
 
4.3.8 Relaxantes Musculares 
 Os relaxantes musculares (RM) são amplamente utilizados para o tratamento 
da DTM muscular com o objetivo de aliviar a tensão através da diminuição da atividade 
muscular. De acordo com Melo (2011), a utilização desses medicamentos induz relaxamento 
central dos músculos devido à supressão de uma porção dos impulsos nervosos para os 
músculos estriados. 
Tucker e Dolwick (1996) relataram que os RM proporcionam melhora significativa 
da função mandibular e alívio da dor durante a mastigação. Em muitos pacientes com dor 
aguda ou exacerbação da hiperatividade muscular, os RM devem ser administrados por 
períodos de 1 a 2 semanas, usando-se a dose mínima eficaz. De acordo com Dennucci et al. 
(1996), os RM são muitas vezes prescritos a pacientes com DTM para prevenir ou aliviar a 
hiperatividade muscular muitas vezes presente. 
No ensaio clínico randomizado duplo cego de Alencar et al. (2014) onde foram 
comparados ciclobenzaprina e tizanidina, para alívio da dor e melhora da qualidade de sono 
em pacientes que acordavam com forte dor na mandíbula, os resultados mostraram que 
nenhum dos dois relaxantes musculares foi significativamente mais eficaz que o placebo em 
ambos os quesitos avaliados, porém, todos os grupos tiveram uma melhora significativa dos 
sintomas. 
Um outro ensaio clínico randomizado, também duplo-cego, conduzido por Turturro 
et al. (2003) avaliou os efeitos da associação de ciclobenzaprina com ibuprofeno e comparou 
os efeitos obtidos com aqueles induzidos somente pelo ibuprofeno no tratamento da dor 
miofascial aguda em 102 indivíduos adultos e não encontrou diferenças significativas entre os 
tratamentos. O grupo tratado somente com ibuprofeno teve uma pequena melhora na 
analgesia quando comparado ao grupo tratado com a associação dos medicamentos. 
Concluiram então que a adição de ciclobenzaprina ao ibuprofeno não melhora a analgesia. 
 
4.3.9 Ácido Hialurônico (HA) 
Também se observa na literatura o uso de terapia de viscossuplementação utilizando 
a injeção de ácido hialurônico (GUARDA-NARDINI et al., 2011), um importante 
componente do líquido sinovial, sendo avaliado no estudo de DTM articular artrálgica e 
outras doenças articulares degenerativas (GOIATO et al., 2016). O ácido hialurônico (AH) é 
um polissacarídeo viscoso de alto peso molecular que permite a lubrificação e posterior 
proteção da cartilagem das articulações sinoviais como as ATMs (GENCER et al., 2014; 
TRIANTAFFILIDOU et al., 2013), reduz o atrito e ainda diminui potencialmente a 
29 
 
inflamação. Além disso, possui atividade nutritiva atuando no metabolismo do disco, 
cartilagem e zonas avasculares (SHI et al., 2003; JANUZZI et al., 2013). 
Um estudo feito por Romero-Tapia et al. (2020) teve como objetivo avaliar e 
comparar os efeitos terapêuticos de injeções de corticoides e ácido hialurônico. Os autores 
relataram benefícios em ambos os tratamentos realizados em 30 pacientes com DTM. As 
avaliações foram realizadas na primeira e segunda semanas e após 2 meses de 
acompanhamento através da redução da dor, melhora na mobilidade da mandíbula e aumento 
da abertura bucal máxima. Os resultados obtidos não demostraram diferenças estatisticamente 
significativas entre os tratamentos realizados. Concluiram, que a infiltração intra-articular 
com ácido hialurônico e costicosteróide na DTM é eficaz para o alívio da dor, na redução dos 
ruídos articulares e ainda melhora a mobilidade mandibular. Ambas as drogas podem ser 
usadas com resultados ótimos e semelhantes no tratamento da DTM. 
Em suma, a viscossuplementação é uma abordagem pouco invasiva, de baixo custo e 
com bons resultados em curto e médio prazo, entretanto, ainda há controvérsias na literatura 
sobre os benefícios do uso de injeções intra-articulares de HA no tratamento de DTM, bem 
como no estabelecimento de um protocolo e técnicas ideais para restaurar função e promover 
o alívio da dor dos pacientes (MANFREDINI et al., 2012; GUARDA-NARDINI et al., 2012). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
30 
 
5 RESULTADOS 
 
A tabela abaixo apresenta de forma resumida as evidências que foram encontradas na 
literatura e que sustentam a utilização da farmacoterapia no tratamento da DTM. 
 
Autores e ano Medicamentos testados Conclusão 
Towheed, 2006 Acetaminofeno 
 
Eficaz no tratamento da dor e inflamação associadas à 
doença articular degenerativa 
Cigerim e Kaplan 
2020 
Codeína 
Naproxeno 
Naproxeno sódico + codeína pode ser preferido para o 
tratamento da dor miofascial. 
List et al. 2001 Morfina intra-articular A propriedade analgésica do opióide aplicado 
localmente foi inconclusiva. 
Ta e Dionne 2004 Celecoxibe 
 Naproxeno 
Naproxeno foi mais eficaz para o tratamento de DTMs 
dolorosas 
Singer e Dionne 1997 Naproxeno 
Diazepam 
Naproxeno + diazepam foi mais eficaz no tratamento 
da dor miofascial. 
Mejersjö e 
Wenneberg 2008 
Placa oclusal total rígida 
Diclofenaco 
Os tratamentos permaneceram igualados na eficácia, 
com vantagem para diclofenaco por ter induzido 
resultados clínicos mais rápidos na osteoartrite. 
Isacsson et al. 2019 Metilprednisolona intra-
articular 
Metilprednisolona intra-articular em dose única não 
reduziu a dor na artralgia da ATM. 
Rizzatti-Barbosa et 
al. 2003 
Amitriptilina 
 
Amitriptilina reduziu a dor e o desconforto causados 
pela DTM. 
Calderon et al. 2011 Amitriptilina 
terapia cognitivo 
comportamental (TCC) 
Amitriptilina e TCC foram efetivos no DTM crônica 
sem diferença entre os tratamentos. 
Haviv et al. 2015 Amitriptilina, 1 
Nortriptilina, Gabapentina 
A dor referida teve redução significativa mas sem 
diferença significativa entre o grupo dos ADTs e 
gabapentina. 
Gee et al., 1996; 
Arnold et al., 2007; 
Hersh et al., 2008; 
Kimos et al. 2007; 
Berry, Petersen, 2005 
Gabapentina 
 
Gabapentina reduz significativamente a dor da DTM e 
dos músculos da mastigação. 
Singer e Dionne 1997 Diazepam Reduziu significativamente a dor crônica mandibular. 
Harkins et al. 1991 Clonazepam Reduziu a dor associada à DTM. 
Guaiana, Barbui, 
2016 
Triazolam Não reduziu a dor da DTM. 
31 
 
Pramod et al. 2011 Diazepam Não reduziu a dor da DTM. 
Alencar et al. (2014 Ciclobenzaprina e 
Tizanidina 
Não foram eficazes em reduzir os sintomas da DTM. 
Turturro et al. 2003 Ciclobenzaprina 
+Ibuprofeno 
A associação não melhora a analgesia. 
Romero-Tapia et al. 
2020 
Corticoides + Ácido 
hialurônico 
A infiltração intra-articular é eficaz para no alívio dador da DTM. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
32 
 
6 DISCUSSÃO 
 
A disfunção temporomandibular (DTM) está presente em boa parte da população e é 
uma das causas mais recorrentes da dor orofacial, principalmente por envolver os músculos da 
mastigação e a articulação temporomandibular (ATM). Devido a sua etiologia multifatorial, 
recomenda-se que seja elaborado um plano de tratamento com múltiplas abordagens, dentre as 
quais podemos citar métodos não farmacológicos como fisioterapia, placa interoclusal rígida, 
laserterapia, ozonioterapia, agulhamento, massoterapia, acupuntura e a abordagem 
farmacológica através da administração de analgésicos, anti-inflamatórios, ansiolíticos, 
antidepressivos, relaxantes musculares, benzodiazepínicos e ácido hialurônico. 
De acordo com a literatura pesquisada, o primeiro objetivo deve ser controlar a dor e 
diminuir o sofrimento do indivíduo acometido, porém sem que o cirurgião dentista tenha a obrigação 
de cessá-la totalmente. Considerando a importância da farmacoterapia no tratamento da DTM e com 
o objetivo de verificar quais drogas mostraram algum grau de eficácia seja na redução da dor 
e/ou na melhora da função em pacientes com DTM, Gordon e Dionne, (2011) demonstraram 
que muitas medicações utilizadas apresentam algum grau de eficácia, mas que muitas 
pesquisas a respeito ainda são necessárias. 
Os anti-inflamatórios não esteroidais, têm sido tradicionalmente os mais comumente 
prescritos para tratamento da DTM. Na presente pesquisa, mostraram-se eficazes quando 
administrados isoladamente ou ainda associados a outros medicamentos como pode ser visto 
nos resultados apresentados. Em relação aos anti-inflamatórios esteroidais, poucos são os 
trabalhos relatando o uso nas DTMs. Quando prescritos, são para administração intra-articular 
o que pode provocar efeitos adversos locais além de aumentar a dor. Medicamentos como os 
analgésicos sejam eles não opióides ou opióides também são muito prescritos, mas existem 
poucos estudos publicados sobre seu uso para a dor da DTM e os poucos que existem são 
insuficientes para gerar uma evidência científica que possa justificar tantas prescrições. 
Na presente pesquisa foram encontradas evidências cientificas que comprovam a 
eficácia dos antidepressivos tricíclicos e dos anticonvulsivantes no tratamento da DTM, 
principalmente crônica, o que não se constituiu em nenhuma surpresa pois as medicações 
citadas são frequentemente administradas, dando aos usuários excelente resposta clínica. 
Segundo Gordon e Dionne, (2011) os relaxantes musculares e os benzodiazepínicos 
têm sido favoráveis para a redução da dor da DTM, quando comparados ao placebo, embora 
os benzodiazepinicos não tenham se mostrado eficazes quando administrados isoladamente. 
Na pesquisa apresentada os resultados se mostraram contraditórios, sendo assim, estão 
33 
 
parcialmente de acordo com os autores citados, o que desfavorece considerar como evidência 
científica o seu uso em indivíduos diagnosticados com DTM. 
Outra opção de tratamento da DTM é viscossuplementação com ácido hialurônico 
que pode ser considerada como uma medida terapêutica eficiente no restabelecimento 
funcional das ATM tanto a curto quanto médio prazo, entretanto, ainda há controvérsias na 
literatura sobre os benefícios no tratamento de DTM, fato que se associa a falta de um 
protocolo e de técnicas ideais para restaurar função e promover o alívio da dor causado pela 
DTM (MANFREDINI et al., 2012; GUARDA-NARDINI et al., 2012). 
Os mecanismos pelos quais os medicamentos administrados para tratamento da DTM 
agem, podem produzir efeitos indesejados nos indivíduos usuários, o que leva o cirurgião 
dentista a deixar de prescrever alguns deles ou prescrever por períodos de tempo considerados 
de curta duração. Como atualmente não existe um critério padrão no tratamento 
farmacológico da dor orofacial seja ela aguda ou crônica, os efeitos positivos dos 
medicamentos devem ser ponderados contra possíveis efeitos adversos e até contra o risco de 
dependência (BANNURU et al, 2015; FINNERUP et al, 2015; GEWANDTER et al, 2016), 
a revisão em tela revelou que a base de evidências para vários medicamentos comumente 
usados na dor orofacial é limitada, fraca e com resultados muitas vezes divergentes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
34 
 
7 CONCLUSÃO 
O papel da farmacologia nas DTMs é na maioria das vezes coadjuvante. Antes de 
selecionar o fármaco para o tratamento é fundamental avaliar as características da dor, como 
origem, tempo de duração, e intensidade. A falta de bons ensaios clínicos randomizados, faz 
com que os cirurgiões dentistas tenham dificuldades para usar a melhor evidência disponível, 
sendo assim, são necessários estudos de alta qualidade para melhor definir o risco-benefício 
da farmacoterapia para pacientes com DTM. 
 
 
 
35 
 
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