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O senhor Francisco era um homem grande e pesado, o que contrastava com o seu feitio amável e tranquilo. Quando trabalhava nos correios, atendia as pessoas sempre com um sorriso calmo e muita simpatia. Anos mais tarde, quando se aposentou, decidiu abrir uma pequena mercearia lá no bairro. — Assim tenho uma ocupação, que eu sempre fui homem de me fazer à vida! Não consigo ficar quieto e ainda posso contribuir para o nosso bairro e ajudar os vizinhos… — foi como justificou esta aventura à sua esposa, a senhora Rosa. E era vê-lo todos os dias, cumprindo o horário como se de um emprego se tratasse, acompanhado pelo Pirata, o cão que um dia trouxera para casa após este ter sido atropelado. Tudo se passara mesmo à sua frente e o senhor Francisco de imediato tratou dele e lhe deu abrigo. — Ó homem, tu não podes salvar todos os animais abandonados! Já temos o Vagabundo e o Faísca! — Dois gatos que andavam sozinhos pelo bairro, que ele tinha acolhido em casa. — E agora um cão? — fingia protestar a senhora Rosa.
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