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DIREITO DAS SUCESSÕES – PROFª JULIANA GONTIJO 
Rua Guajajaras, n. 1944, Barro Preto, CEP 30180-101 – Belo Horizonte – MG - Tel. (31) 2112.4114 - Fax 2112.4108 
site: www.direitodefamilia.adv.br – e-mail: jugontijo@direitodefamilia.adv.br – jfgontijo@direitodefamilia.adv.br 
� atos meramente conservatórios (benfeitorias necessárias) 
� os atos de administração e guarda interina 
� a cessão gratuita, pura e simples de herança aos demais co-herdeiros (equivale à renúncia) 
� alienação de coisas deterioráveis 
São atos que exprimem aceitação: 
� administração, alienação ou oneração de bens do espólio 
� locação, reconstrução ou demolição de prédios 
� propositura de ação, ser representado por advogado no inventário 
� cobrança de dívidas. 
 
3ª) PRESUMIDA (ART. 1.807): MARIA HELENA DINIZ71 - se algum interessado em saber se o 
herdeiro aceita ou não a herança (p. ex., credor do herdeiro, legatário, pessoa que o substituiria se 
houvesse renúncia - CC, art. 1.947), requerer ao juiz, após 20 dias da abertura da sucessão, que dê ao 
herdeiro prazo de 30 dias para pronunciar-se. 
Decorrido esse lapso de tempo, o silêncio do herdeiro será interpretado como aceitação (CC, 
art. 1.807). 
Nesta espécie de aceitação, há ausência de qualquer manifestação expressa ou ato comissivo, 
pois a simples omissão de recusa é havida como aceitação da herança. 
1.1.2 QUANTO À PESSOA: ACEITAÇÃO DIRETA E ACEITAÇÃO INDIRETA 
1ª) ACEITAÇÃO DIRETA: MARIA H. DINIZ72 - é oriunda do próprio herdeiro. 
2ª) ACEITAÇÃO INDIRETA: MARIA H. DINIZ73 - se alguém a faz pelo herdeiro, hipótese em que surge a: 
a) ACEITAÇÃO PELOS SUCESSORES, se o herdeiro falecer antes de declarar se aceita ou não a sucessão; 
o seu direito de aceitar passa aos seus herdeiros, valendo a declaração destes como se daquele 
partisse. Trata-se de sucessão hereditária do direito de aceitar. Isto porque a morte do herdeiro, 
antes da aceitação, impede a transmissão aos seus sucessores de herança ainda não aceita, daí 
conferir-lhes o poder de aceitá-la ou de repudiá-la. 
Ex: A falece, deixando dois filhos, B e C, como herdeiros. C falece posteriormente, sem ter aceito a 
herança do seu pai. Aos filhos de C (D e F) é transmitido o direito de aceitar a herança de seu avô A. 
Herdarão D e F, não por direito de representação, mas por direito de transmissão, já que seu pai C não 
pré-morreu a seu avô A, mas faleceu depois dele, sem aceitar a herança. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Entretanto, essa espécie de aceitação será inadmissível na pendência de condição suspensiva, 
estipulada pelo testador, ainda não verificada (art. 1.809). Pois, se o herdeiro falecer antes do seu 
implemento, extinguir-se-á seu direito sucessório, já que a condição suspensiva obsta a aquisição do 
direito (art. 125), perdendo o direito eventual toda sua força originária, devido à inocorrência da 
condição. P. ex., “T” testador institui "A" seu legatário, sob a condição de colar grau em ensino 
superior; se este herdeiro singular vier a morrer antes de terminar seus estudos, seus herdeiros não 
o sucederão no direito de aceitar o legado. O não implemente dessa condição suspensiva não 
admite a aquisição do direito sequer pelo herdeiro falecido, menos ainda por seus sucessores.

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