Buscar

1_5159302272882049288

Prévia do material em texto

Desafio #13 - Gabarito 
 
TEMA DA SEMANA 21/09:  
A educação nos presídios brasileiros no século XXI. 
 
Plano de Texto - Modelo 
Tese 
A visão desumanizada da sociedade sobre os detentos               
dificulta a aplicação efetiva de políticas educacionais dentro               
das penitenciárias. 
Argumento #1 + 
Repertório 
Causa: a estigmatização do preso pela cultura do punitivismo                 
retira-lhe o status de cidadão/humano; 
O Brasil tem 812 mil presos, segundo o Conselho Nacional de                     
Justiça (CNJ). Desse total, 41,5% são presos provisórios. 
Argumento #2 + 
Repertório 
Consequência: como consequência dessa condição, o direito à               
educação durante o cárcere, previsto constitucionalmente, é             
negligenciado; 
A Lei de Execução Penal (nº 7.210/1984), artigo 17. 
Proposta de 
Intervenção 
 
● Agente: Governo Federal 
● Ação: criar mais redes de ensino básico e de cursos                   
profissionalizantes dentro desses locais, adequando-as         
às necessidades de cada público; 
● Meio: tal medida deve ocorrer através de uma               
realocação inteligente dos recursos destinados a estas             
instituições pelo Ministério da Justiça e Segurança             
Pública; 
● Finalidade: visando à geração de uma reação em               
cadeia, para redefinir a postura desses cidadãos frente               
à sociedade 
● Detalhamento: reumanizando-os para a opinião         
popular. 
 
 
REDAÇÃO MODELO 
 
O massacre do Carandiru e o filme produzido posteriormente sobre o                     
acontecimento (Carandiru: O Filme) evidenciaram um ponto crucial da cultura                   
punitivista nacional​: ​a desumanização dos presos​. ​Consequentemente​, essa               
tradição de juízo moral da nossa sociedade influencia as ações estatais sobre esta                         
parcela da população, gerando ​descaso com o compromisso civilizatório para com                     
esses sujeitos. 
Em primeiro plano​, é necessário a reflexão sobre ​a cultura punitivismo                     
nacional​. ​Segundo dados do Conselho Nacional de Justiça, há 812 mil pessoas em                         
situação carcerária no Brasil, sendo que 41,5% desse público são presos de caráter                         
provisório. ​Tal número demonstra como, em nosso país, é mais importante prender                       
do que investigar e adequar a pena ao indivíduo. ​Frente a isso​, o sistema carcerário                             
sofre uma superlotação, o que faz o perfil individual perder-se em meio à massa,                           
produzindo a estereotipação do criminoso e a sua desumanização na opinião                     
pública. 
Em segundo plano​, pode-se perceber ​a consequência direta de tais estruturas                     
sociais: o descaso estatal. ​Como forma de cumprir o descrito na Lei de Execução                           
Penal de 1984, o Estado Brasileiro tem o dever de garantir a instrução educacional e                             
a formação profissional do preso. ​Porém​, no momento em que o traço humano é                           
perdido em relação a estas pessoas, os governantes sentem-se desprovidos de                     
responsabilidade para o cumprimento dessas incumbências institucionais, ​pois têm                 
a certeza de que não haverá cobrança rígida por parte da população. 
Portanto​, cabe ao ​Governo Federal​, em parceria com os órgãos responsáveis                     
pelas administrações das penitenciárias, ​deve criar mais redes de ensino básico e                       
de cursos profissionalizantes dentro desses locais, adequando-as às necessidades                 
de cada público. Tal medida deve ocorrer através de uma realocação inteligente dos                         
recursos destinados a estas instituições pelo Ministério da Justiça e Segurança                     
Pública​. ​Desta forma, ​visando à geração de uma reação em cadeia, para redefinir a                           
postura desses cidadãos frente à sociedade, reumanizando-os para a opinião                   
popular e possibilitando, ​assim​, ​o cumprimento do papel do Estado, como previsto                       
na Lei de Execução Penal de 1984. 
   
 
 
LEGENDA 
ROSA  Tese 
VERDE  Argumento #1 
AZUL  Argumento #2 
LARANJA  Repertório 
LILÁS  Elementos da proposta de intervenção 
ROSA ESCURO  Recursos coesivos 
   
 
 
Desafio #14 - Tema da Semana 28/09 
 
TEXTO I 
A informalidade pode ser expressamente definida como fenômeno               
socioeconômico representado pela existência de formas de produzir de pequena                   
escala baseadas no auto emprego - cuja representação típica é a figura do                         
autônomo ou conta própria - e de relações de trabalho vulneráveis ou ocupações                         
precárias - cuja representação típica são os trabalhadores sem carteira assinada e                       
os sem remuneração. [...] 
Fonte: 
http://www.antp.org.br/noticias/clippings/o-que-os-dados-mostram-sobre-o-trabalho-informal.html 
TEXTO II 
Informalidade em alta: OIT mostra que trabalho informal supera 60% das vagas 
Os empregos informais já representam mais de 60% das vagas em todo o                         
mundo. A conclusão está no relatório Mulheres e homens na economia informal,                       
divulgado ontem pela Organização Internacional do Trabalho (OIT). Há mais de 2                       
bilhões de pessoas sem contratos fixos ou carteiras assinadas. A OIT não                       
considerou pessoas fora do mercado de trabalho.  
Nas economias mais ricas, a informalidade é baixa (18,3%), mas nos países                       
de economias em desenvolvimento e de menor renda o índice salta para 79%. Um                           
trabalhador vivendo em nações com economias mais frágeis tem quatro vezes mais                       
chances de ficar em um posto informal do que aqueles em áreas com melhores                           
indicadores.  
No Brasil, segundo os dados da PNAD Contínua de março, divulgada                     
sexta-feira (27/05/2018) pelo IBGE, para uma População Economicamente Ativa                 
(PEA) de 90,6 milhões em março último, apenas 36,3%, ou 32,9 milhões dos                         
trabalhadores do setor privado tinham contratos de trabalho, com carteira assinada.                     
Após o recorde de 2010, o mercado brasileiro perdeu dinamismo, até o desastre da                           
recessão de 2015 e 2016. E a previsão do Bradesco, de 700 mil vagas este ano, já                                 
está em revisão. 
 
 
Considerando o contingente de 11,217 (12,38%) milhões de servidores                 
públicos (incluindo militares), os trabalhadores com proteção eram 48,71% da força                     
de trabalho. E os trabalhadores em condições precárias seriam 51,29% da PEA.  
Mas o mercado de trabalho brasileiro deve considerar ainda os 6,203 milhões                       
de empregados domésticos (nem todos com carteira) e os 4,363 milhões de                       
empregadores, somando 54,696 milhões. O contingente por conta própria 22,951                   
milhões, representaria 25,3% do total. Somando aos 2,221 milhões que auxiliam em                       
trabalhos nas famílias (nem sempre sem remuneração), o número de trabalhadores                     
brasileiros desprotegidos somaria 25,170 milhões. Ou 27,78% da população                 
ocupada.   
A presença do trabalho informal é maior na África (71,9%), Ásia e Pacífi co                           
(60%), Américas (40%), Europa e Ásia Central (25%). Na América Latina, a taxa é de                             
53%.  
No recorte por gênero, a informalidade atinge mais homens (63%) do que                       
mulheres (58%). Mas em mais da metade dos países pesquisados a ocorrência doproblema é maior entre o sexo feminino do que entre o masculino. Já na análise por                               
faixa etária, o trabalho informal é mais comum entre jovens (77%) e idosos (78%).                           
Nas pessoas com idades entre 35 e 54 anos, o índice cai para 55%. A educação                               
formal impacta o emprego. Quanto maior a escolaridade, maior o percentual de                       
trabalho formal, e vice-versa.  
Para a OIT, a informalidade traz como consequências a má qualidade do                       
trabalho, a queda de rendimentos e proteções sociais aos trabalhadores. Mas                     
também tem impactos no conjunto da economia, minando a sustentabilidade das                     
empresas, tensionando negativamente a produtividade e afetando as arrecadações                 
dos governos. A OIT destaca que a transição para a prevalência da economia formal                           
é uma meta estabelecida em diversos fóruns internacionais, como a Agenda 2030                       
pelo Desenvolvimento Sustentável da ONU. 
Fonte: 
http://www.jb.com.br/economia/noticias/2018/05/01/informalidade-em-alta-oit-mostra-que-trabalho
-informal-supera-60-das-vagas/ 
   
 
 
TEXTO III 
Estudo: consequências do crescimento do emprego informal no Brasil 
A crise econômica que o Brasil vem enfrentando nos últimos anos resultou                       
em uma triste realidade para os trabalhadores: o aumento da informalidade. Apenas                       
em 2017 foram criadas 1,8 milhão de vagas no setor informal, enquanto 685 mil                           
vagas com carteira assinada foram perdidas. Os dados foram divulgados em março                       
deste ano pela consultoria de Affonso Celso Pastore, ex-presidente do Banco                     
Central. 
O que pode parecer uma solução para a falta de emprego é, na verdade, uma                             
forma de desvalorização profissional. “Com o elevado número de pessoas                   
disponíveis no mercado sem receber um salário formal, a renda familiar total tende                         
a cair. Não estar amparado pela carteira assinada significa não ter acesso ao                         
crédito e a direitos fundamentais. Além de ser prejudicial tanto para o trabalhador                         
quanto para o próprio País, já que menos pessoas contribuem para a Previdência”,                         
pontua Alexandre Prado, especialista em finanças. 
“Com todo os problemas nos cenários político e econômico que o Brasil vem                         
enfrentando, o crescimento de empregos informais é uma consequência natural.                   
Com a taxa de desemprego superior a 12%, as pessoas buscam na informalidade                         
uma forma de continuarem a ter renda. Nós enfrentamos recentemente dois ciclos.                       
Em 2012 e 2013, as pessoas enxergaram uma oportunidade de empreender e                       
chegaram a deixar empregos formais para criarem seus próprios negócios. O                     
motivo agora é justamente o contrário. Não é mais pela oportunidade, e sim pela                           
necessidade”, comenta Leandro Trajano, especialista em planejamento financeiro. 
Segundo o Ministério do Trabalho, os postos de trabalho formais diminuíram                     
pelo terceiro ano seguido em 2017. Segundo Prado, isso influencia diretamente no                       
crescimento de empregos informais no País. “Só no ano passado perdemos quase                       
21 mil postos formais. Aliado a isso, temos o ritmo de retomada da atividade                           
econômica, que ainda é muito suave e não é suficiente para gerar os postos de                             
trabalho demandados pela população.” 
“A partir do momento em que temos um grande número de empregos                       
informais e não ocorre uma educação financeira por trás, os resultados podem ser                         
devastadores. O INSS e FGTS constroem um futuro para o empregado e dão a base                             
para o amanhã. No primeiro momento, o salário informal parece maior, mas o                         
 
 
trabalhador esquece que perderá alguns direitos. No longo prazo, isso trará                     
problemas”, alerta Trajano. 
Fonte: 
https://financasfemininas.com.br/estudo-consequencias-do-crescimento-do-emprego-informal-no-br
asil/ 
PROPOSTA DE REDAÇÃO 
A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos                       
construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em                   
modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema "Aumento do trabalho                       
informal e seus impactos na sociedade brasileira"​, apresentando proposta de                   
intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de                     
forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

Continue navegando