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Cardiologia 4

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CARDIOLOGIA 4
Hipertensão Arterial Sistêmica:
· Definição:
· Níveis médios de PA que conferem risco significativo de eventos cardiovasculares (IAM, AVC). 
· Primária 90 – 95%.
· Secundária 5 – 10%. 
· Semiologia:
· Pré-requisitos:
· 3 – 5 minutos em repouso.
· Sentado com os pés no chão.
· Braço na altura do coração.
· Bexiga vazia.
· Sem cigarro à 30 minutos e exercícios à 60 minutos. 
· Fases de Korotkoff:
· 1) Som nítido (PA sistólica).
· 2) Som suave. 
· 3) Som aplificado.
· 4) Som abafado.
· 5) Desaparecimento do som (PA diastólica). 
· Diagnóstico:
· 1) Média de 2 medidas em, pelo menos, 2 consultas de 140/90 mmHg. 
· 2) MAPA:
· 130/90 mmHg (24 horas).
· 135/85 mmHg (vigília).
· 120/70 mmHg (sono).
· 3) MRPA 130/80 mmHg. 
· 4) Lesão de órgão-alvo.OBS1: HAS do jaleco branco:
- Não tem hipertensão, mas parece.
OBS2: HAS mascarada:
- Não parece ter hipertensão, mas tem. 
· Quadro clínico (lesões de órgão-alvo):
· Coração:
· Coronariopatia.
· Cardiopatia hipertensiva:
· Hipertrofia do VE.
· Insuficiência cardíaca.
· Cérebro:
· Doença cerebrovascular.
· Demência.
· Retina (retinopatia hipertensiva):
· Classificação de Keith-Wagener:
· I) Estreitamento arteriolar.Alterações crônicas 
· II) Cruzamento arteriovenoso patológico.
· III) Hemorragias/exsudatos. Alterações agudas 
· IV) Papiledema. 
· Rim (nefropatia hipertensiva).
· Doença arterial periférica.
· Classificação:
	Classificação
	PAS (mmHg)
	PAD (mmHg)
	PA ótima
	< 120
	< 80
	PA normal
	120 – 129
	80 – 84
	Pré-hipertensão
	130 – 139
	85 – 89
	HAS estágio I
	140 – 159
	90 – 99
	HAS estágio II
	160 – 179
	100 – 109
	HAS estágio III
	 180
	 110
· Tratamento:
· PA alvo:
· 1) Geral: < 140/90 mmHg.
· 2) Alto risco cardiovascular: < 130/80 mmHg. 
	Classificação
	Terapêutica inicial
	Ótima/normal
	Reavaliar em 1 ano.
	Pré-hipertensão
	Tratamento não farmacológico.
	HAS estágio I
	Início com 1 droga (monoterapia).
	HAS estágio II e III
	Início com 2 drogas (associação).
OBS1: Exceção HAS estágio I:
- Baixo risco cardiovascular: tratamento não farmacológico por 3 meses.
- Alto risco cardiovascular: início com 2 drogas (associação).
OBS2: Exceção HAS estágio II e III:
- Grande idoso (> 80 anos, frágil): início com 1 droga (monoterapia). 
· Tratamento não farmacológico:
· Restrição sódica (< 1 – 1,5 g de sódio).
· Dieta DASH (K, Ca, vegetais, frutas).
· Perda de peso.
· Moderação do consumo etílico.
· Exercício regular. 
· Primeira linha:
· Diurético tiazídico. 
· Bloqueador de canal de cálcio.
· IECA (“pril”).
· BRA-II (“sartan”).
OBS: Não associar IECA + BRA-II.
· Segunda linha:
· -bloqueador.
OBS: Apenas usar se o paciente for portador de outra patologia que seja necessário usar o -bloqueador.
· -bloqueador.
· Clonidina.
· Metildopa.
· Espironolactona. 
· Hidralazina.
· Alisquireno. 
· Indicações específicas:
· IECA (“pril”)/BRA-II (“sartan”):
· Doença renal crônica.
· Diabetes (em especial com microalbuminúria).
· Insuficiência cardíaca.
· Diurético tiazídico (hidroclorotiazida, indapamida, clortalidona):
· Etnia negra. 
· Bloqueador do canal de cálcio (anlodipina, nifedipina):
· Etnia negra.
· Doença arterial periférica. 
· Efeitos colaterais:
· IECA (“pril”)/BRA-II (“sartan”):
· Insuficiência renal aguda.
· Hipercalemia.
OBS: Não usar se creatinina > 3,0 ou K > 5,5 ou estenose bilateral da artéria renal.
· Tosse crônica por aumento de bradicinina (trocar por BRA-II).
· Diurético tiazídico (hidroclorotiazida, indapamida, clortalidona):
· Hipovolemia.
· Hiponatremia.
· Hipocalemia.
· Hipomagnesemia. 
· Hiperuricemia.
· Hiperglicemia.
· Hiperlipidemia. 
· Bloqueador do canal de cálcio (anlodipina, nifedipina):
· Edema de membros inferiores.OBS: Não usar em casos de ICC.
HAS resistente:
· Definição:
· PA elevada apesar de 3 drogas diferentes (sendo uma delas diurético tiazídico).
· Fluxograma:
· 1) Excluir pseudorresistência:
· Avaliar aderência.
· Afastar efeito jaleco branco (MAPA, MRPA).
· 2) Excluir hipertensão secundária. 
· 3) Tratar HAS resistente “verdadeira”:
· Adicionar a quarta droga: espironolactona. 
HAS secundária:
	Causas
	Achados
	Diagnóstico
	Doença renal parenquimatosa
	Insuficiência renal, edema.
	USG renal, TGF.
	Renovascular (estenose da artéria renal)
	Sopro em abdome, hipocalemia, alcalose.
	AntioTC, angiografia renal.
	Hiperaldosteronismo primário
	Hipocalemia, alcalose.
	Aumento de aldosterona, diminuição de renina.
	Feocromocitoma (catecolaminas)
	Crises adrenérgicas.
	Metanefrinas e catecolaminas.
	Apneia obstrutiva do sono
	Ronco, sonolência.
	Polissonografia.
	Crise hipertensiva:
· PA 180/120 mmHg.
· Emergência hipertensiva:
· Com lesão aguda de órgão-alvo (cérebro, coração, aorta, rim, retina, eclampsia).
· Com risco iminente de morte.
· Tratamento:
· Anti-hipertensivo IV:
· Nitroprussiato.
· -bloqueador.
· Nitroglicerina.
OBS: Na primeira hora, redução da PA 25% da PAM. Redução da PA para 160/100 mmHg em 2 – 6 horas.
· Urgência hipertensiva:
· Sem lesão aguda de órgão-alvo (cérebro, coração, aorta, rim, retina, eclampsia).
· Sem risco iminente de morte.
· Tratamento:
· Anti-hipertensivo VO:
· Captopril.
· -bloqueador.
· Clonidina.OBS: Redução da PA em 24 – 28 horas. 
· Exemplos de emergência hipertensiva:
· Encefalopatia hipertensiva:
· Hiperfluxo cerebral + edema cerebral. 
· Quadro clínico:
· Cefaleia.
· Náusea.
· Vômito.
· Confusão mental. 
OBS: Na suspeita de um AVE, deve-se realizar uma TC de crânio.
· Tratamento:
· Nitroprussiato IV. 
· Hipertensão acelarada ou maligna:
· Retinopatia graus III ou IV lesão aguda renal.
· Tratamento:
· Nitroprussiato IV.
· Dissecção aórtica aguda:
· Quadro clínico:
· Dor torácica intensa e súbita. 
· Dissecção:
· Ascendente (coronárias):
· IAM.
· Insuficiência aórtica.
· Arco aórtico (vasos do pescoço):
· Subclávia diferença de PA em MMSS. 
· Carótica síncope, AVEi.
· Descendente (órgãos):
· Isquemia.
· Lesão renal aguda. 
· Classificação:
	Classificação
	Aorta toda
	Aorta ascendente
	Aorta descendente
	DeBakey
	I
	II
	III
	Stanford
	
	A
	B
· Tratamento:
· Tratar já na suspeita diagnóstica:
· Controlar FC e PA:
· FC < 60 bpm.
· PAS 120 mmHg.
· -bloqueador IV + Nitroprussiato.
· Confirmação diagnóstica:
· ECO TE ou angioTC ou angioRM.
· Tratamento cirúrgico:
· Tipo A sempre.
· Tipo B casos complicados.
	Classificação
	Aorta toda
	Aorta ascendente
	Aorta descendente
	DeBakey
	I
	II
	III
	Stanford
	
	A
	B

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