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ANATOMIA DOS DENTES - INTRODUÇÃO À ESCULTURA Os dentes fixam-se nos ossos por meio de fibras colágenas, que constituem o ligamento alvéolo-dental ou ligamento periodontal. Esta união da raiz do dente ao seu alvéolo* é denominada gonfose (articulação fibrosa) O ligamento alvéolo-dental resiste a forças da mastigação, atenuando os impactos mastigatórios FUNÇÃO DOS DENTES São desempenhadas de acordo com a forma dos dentes · Mastigação/ Deglutição - primeira função dos dentes no processo nutricional · Fonação - Ocorre uma ressonância na cavidade oral · Estética · Proteção e sustentação dos tecidos moles - sustenta terço inferior da face, protegendo o sistema já que musculatura e vascularização são protegidas. Língua e bochechas também são protegidas. Incisivos · Forma de pá · Corta alimentos Caninos · Tem incisal, sem bordo, mas uma superfície incisal pontuda · Tem única cúspide e são mais longos · Maior volume coronario · Maior volume e extensão radicular · Rasga/dilacera alimentos OBS: POSTERIORES SÃO OS PRÉ-MOLARES E MOLARES (tritura alimentos e tem mesa/superfície oclusal). Pré-molares · Superfície oclusal · Geralmente tem 2 cúspides ou 3 · Inicia trituração do alimento em pedaços menores Molares · Trituração mais fina · 4 a 5 cúspides · Superfície oclusal Dentes anteriores · CANINOS E INCISIVOS · Estética · Fonação (sem eles ocorre escape de ar e má pronúncia dos fonemas) Incisivo Central Superior (11 ou 21) · Aspecto de cunha dando função de corte · No primeiro e segundo quadrante, mais próximos da linha média · É um dente indispensável para estética facial. · Mais difícil para fazer anatomia · Possui 3 lóbulos de desenvolvimento (de vista vestibular e incisal) chamados MAMELOS (são desgastados com o passar da idade por erosão, atrito…) · Sentido cérvico-incisal se encontra uma bossa (mais convexa) · No terço médio-incisal se tem superfície mais plana · Possui na face vestibular sulcos de desenvolvimento que são resultado da fusão dos lobos de desenvolvimento. · Possui uma borda serrilhada, igualmente aos mamelos, que com o passar do tempo e com desgaste vão desaparecendo. Face vestibular: · “figura de trapézio” · Apresenta dois sulcos rasos de disposição cérvicoincisal, consequência da fusão dos lobos de desenvolvimento. · É estreita na cervical, faces proximais convergem para colo do dente (mesial e distal convergem para direção cervical para formar arco - todos dentes costumam ser assim) para haver espaço para periodonto de proteção · Coroa mais estreita na cervical e mais larga no terço incisal · A borda mesial é mais retilínea do que a distal, que é convexa. · O ângulo mesio-incisal é mais agudo do que o disto-incisal. · Borda incisal é ligeiramente inclinada para distal Face lingual/palatina: · É mais estreita do que a vestibular pois a mesial e a distal convergem para o lingual para dar disposição no arco (exceto um dente) · As proximais no sentido horizontal, as proximais convergem para face lingual · No terço cervical, existe uma saliência chamada cíngulo, que se desloca um pouco para distal pois as faces livres convergem para dista (função de quebra-mola, para impedir do alimento ir direto a gengiva) · Existe uma fossa lingual que é delimitada pelas cristas mesial e distal que ficam mais espessas na região do cíngulo. · Cristas são importantes para resistência estrutural OBS: CINGULOS - saliência arredondada presente na lingual em dentes caninos e incisivos superiores e inferiores CRISTA MARGINAL - iminência linear na borda mesial e distal da face lingual do cíngulo ao ângulo incisal FOSSA CENTRAL - Escavação ampla e pouca profunda nos incisivos centrais BORDA INCISAL - Função de corte Faces de contato: · A face vestibular é mais convexa e os terços médio e incisal são planos. · Faces vestibular e lingual convergem para o terço incisal. Raiz: · Forma cônica, e secção transversal é triangular com ângulos arredondados, pois é mais larga na vestibular do que na lingual. Tem ¼ do comprimento da coroa e o ápice não se desvia muito para distal Incisivo Lateral Superior (12 ou 22) · O incisivo lateral é menor que o central em todas as dimensões, exceto no comprimento da raiz. Face vestibular: · Por ser mais estreita, tem convexidade mais acentuada no sentido mésio-distal. · As bordas mesial e distal tem maior convergência e ângulos mais arredondados, principalmente o disto-incisal tendo continuidade. · A borda incisal é bem mais inclinada para a distal. Face lingual: · Lingual mais estreita, mas estruturas mais proeminentes · Cíngulo e crista mais proeminente · Fossa mais profunda · Tem o mesmo elemento arquitetônico do incisivo central, com cristas marginais e a fossa. · O cíngulo é mais estreito que o do incisivo central e entre o cíngulo e a fossa lingual surge uma depressão chamada forame cego. · Area mais plana na vestibular · Concavidade na palatina Faces de contato: · São parecidas com as do incisivo central porém a linha cervical tem uma curva mais fechada devido à menor dimensão vestíbulo-lingual. · SE ASSEMELHA A FIGURA DE UM TRIÂNGULO · Menor no sentido vestíbulo-lingual Raiz: · É mais longa que a do central e corresponde a uma vez e meia o comprimento da coroa. É mais afilada e achatada no sentido mesio-distal, e o terço apical desviado para distal. Incisivo Central Inferior (31 ou 41) · É o menor dente o mais simétrico da dentição humana. · Largura vestibular é quase ⅔ menor que o incisivo central superior · Os elementos como cristas etc são menos evidentes neste dente. Vestibular: · É convexa no terço cervical devido a bossa (menos evidente que superior) e plana nos terços médio e incisal. · As faces mesial e distal encontram a borda incisal quase em ângulos retos ou nada arredondados. · Caso haja desgaste, este ocorre mais no ângulo mesio-incisal. · As bordas mesial e distal convergem pouquíssimo para cervical, ficando quase paralelas. Face lingual: · É levemente côncava e tem contorno tendendo para triangular, devido a convergência das faces de contato para lingual. · O cíngulo é mais baixo e as cristas quase imperceptíveis. Por isso a fossa lingual é apenas uma leve depressão. · Formato semelhante a um triângulo (Base cervical maior que bordo incisal) Faces de contato/proximais: · Quase nada de convergência para o polo · Tendência de paralelismo das proximais · Faces mesial e distal são mais espessas no terço cervical. · A borda incisal está um pouco deslocada/inclinada para lingual em relação ao longo eixo do dente, com isso, os dois terços incisal e médio aparecem inclinados para o lado lingual. (para haver deslize fluido com o superior) · As faces mesial e distal são planas nos terços cervical e médio, e convexas no terço incisal. Raiz: · A raiz é retilínea, sem inclinação para os lados e achatada mesio-distalmente. Isso a torna larga no sentido vestíbulo-lingual e com um sulco aparente, sendo o distal o mais profundo. Incisivo Lateral Inferior (32 ou 42) · É parecido com o central inferior porém com dimensões maiores. · A borda incisal é um pouco mais larga. · Convergência para o colo mais visível (imagem semelhante a trapézio) · Borda mesial mais alta que distal Face vestibular: · Apresenta bordas mesial e distal mais inclinadas, com o aspecto tendendo a triangular. · A borda mesial é ligeiramente mais alta que distal. · Ângulo disto-incisal mais arredondado e obtuso. Face lingual: · Mesmos aspectos que a vista vestibular. Faces de contato/proximal: · O ângulo disto-incisal está em posição mais lingual que o mesio-incisal, detalhe observado na vista incisal do dente. (Para formar arco) · O cíngulo também fica ligeiramente para a distal do dente. · A rotação da borda incisal corresponde à curvatura do arco dental. Raiz: · Comparando com a do central, é mais longa e robusta com sulcos profundos, pouco desviada para distal. Canino superiores (13 ou 23) É o dente mais longo. A coroa tem o mesmo comprimento da coroado incisivo central superior porém a raiz é bem longa. A forma da coroa dá aspecto de força e robustez. Face vestibular: · Coroa de contorno pentagonal (por ter cúspide) · Presença de cúspide no bordo incisal (não tem bordo único, mas sim segmentos) · Tanto mesial quanto distal convergem para o colo do dente (para terço cerivcal) · O segmento mesial da aresta longitudinal é mais curto e menos inclinado (menor e mais alto). · O segmento distal é maior e mais profundo · Ângulo disto incisal mais arredondado e mais deslocado para cervical porque é mais baixo. · A face vestibular possui uma elevação de esmalte no sentido longitudinal central que é chamada de crista vestibular. A crista é reforços estruturais · Tem de cada lado da crista sulcos rasos que dão um aspecto trilobulado à essa face. · Bossa no terço cervical · O eixo longo do canino passa por todo o dente, desde a raiz, e termina exatamente na cúspide. · A face vestibular é bastante convexa. · No sentido vertical, distal converge mais que mesial e é mais arredondada (TODOS OS DENTES) · Olhando por incisal, a metade mesial é mais convexa e mais proeminente que a metade distal. Face lingual/palatina: · Tem a mesma silhueta da face vestibular, porém é mais estreita, principalmente no terço cervical, devido à convergência das faces de contato para lingual e cervical. · Cristas marginais e cíngulo (+ robusto) são bem desenvolvidos por receber carga mastigatória · Tem crista lingual → cíngulo unido a cúspide por crista cervicoincisal · Crista lingual divide a fossa (já rasa) em duas fossas, mesial e distal, que são mais rasas ainda. · Distal mais rasa que mesial Faces de contato/proximal: · Mesial e distal são triangulares, lisas e convexas em todos os sentidos. · A mesial é maior e mais plana que a distal. · Tem maior espessura vestíbulo-lingual em relação aos incisivos Raiz: · É cônica, fortíssima! · Raiz mais robusta que incisivo · É longa (mais que incisivo), podendo chegar até o dobro do comprimento da coroa. · A altura de coroa tem média de 10mm (mesmo de incisivo) · É reta e poucas vezes se desvia um pouco para distal. · Também possui sulcos nas superfícies distal e mesial. · É oval e tem maior diâmetro em vestibular. Canino Inferior (33 ou 43) Comparando com o superior, tem coroa mais longa e mais estreita (é um pouco mais alongada, porém a dimensão reduzida no sentido mesio-distal). Face vestibular: · É mais convexa e não tem a crista tão marcada quanto a do superior. · Não apresenta crista cervicoincisal tão acentuada · Os sulcos de desenvolvimento são vestigiais. · Menor convergência da mesial e distal para cervical (desce um pouco mais reto) · A borda mesial é mais alta do que a distal, e mais retilínea. · A borda distal é mais inclinada e curva, formando um ângulo com a superfície distal da raiz. · A coroa não tem simetria, como a do canino superior. · O segmento mesial da aresta longitudinal é menor e menos inclinado do que o distal. · A metade distal é mais larga que a mesial. · A metade mesial é mais robusta e se projeta mais vestibularmente. Face lingual: · Nem o cíngulo nem as cristas marginais são bem definidos. · Não existe uma crista que una cíngulo-cúspide. · A fossa lembra dos incisivos inferiores, rasa. Faces de contato/proximal: · Por essa vista, a borda vestibular é menos convexa que a do superior · Menor espessura vestibulolingual. Raiz: · É 1 ou 2 mm mais curta que a do superior e bastante achatada no sentido mesio-distal. · Também possui sulcos longitudinais em distal e mesial, sendo o distal mais profundo. · A raiz se inclina para distal, pelo menos na porção mais apical. · Obs.: Caninos inferiores birradiculares = 5%. Quando isso ocorre, a raiz vestibular é ligeiramente maior que a lingual.
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