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Resumo - Grupos teorias e técnicas

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GRUPO SOCIOCOMUNITÁRIO 
1. Como o psicólogo comunitário atua? 
Atua mais como um analista-facilitador e não como profissional que toma as iniciativas para resolução de problemas, e 
compreende os fenômenos perpassados por aspectos subjetivos e sociais. 
 
2. Os trabalhos da psicologia comunitária partem de um levantamento das necessidades e carências vividas pelo grupo-cliente. 
Busca-se trabalhar o que com a população atendida (grupos populares)? 
• que assumam progressivamente seu papel de sujeitos de sua própria história 
• a “despatologização” do cotidiano e das relações 
• que sejam ativos 
• que sejam conscientes sobre os determinantes políticos e sociais de sua situação 
 
3. Como o grupo é compreendido pela psicologia comunitária? 
• espaço privilegiado para uma análise teórico-prática das consciências individuais 
• lugar de identificação com o outro e construção da identidade 
• lugar que sentimos a ação do poder (ter a opção de negar ou redefinir nossa identidade) 
• todas as pessoas são iguais (mesmos direitos e deveres) 
 
4. O que se busca em termos de desenvolvimento, valores, éticos e políticos? 
• Desenvolvimento: consciência crítica, solidariedade e cooperação 
• Valores: solidariedade, direitos humanos e qualidade de vida 
• Éticos: condições apropriadas para o exercício pleno da cidadania, democracia e igualdade 
• Políticos: questionamento de toda forma de opressão e desenvolvimento da autogestão cooperativa 
 
5. Qual o objetivo do grupo no contexto sociocumunitário? 
1. tornar os membros conscientes dos determinantes políticos e sociais de sua situação (politização da vida cotidiana) 
2. combater todas as formas de opressão 
3. estabelecer condições apropriadas para o exercício pleno da cidadania 
4. desenvolvimento de autogestão cooperativa 
5. qualidade de vida 
 
6. Góis (2008) indica 4 técnicas: 
• círculo de cultura: propostas que estimulam a problematização e ressignificação das situações cotidianas a partir de 
“palavras geradoras” (do seu dia a dia, modos de vida) 
• dramatizações: debates intercalados com cenas interpretadas pelos participantes 
• roda de quarteirão: integração entre vizinhos, a partir de reflexões coletivas sobre a convivência (necessidades e 
possibilidades de melhorias), permitindo interesses mais amplos, não restringindo apenas ao quarteirão 
• roda de histórias de vida: contar histórias permite reposicionamentos subjetivos na pessoa que conta e possibilita aos 
ouvintes as ressignificações 
 
 
GRUPO NO CONTEXTO DA SAÚDE 
1. Como foi a inserção da psicologia no campo da saúde pública? 
Foi inserido para se desvincular do modelo clínico, trabalhar em contextos mais amplos com compromisso social e interesses da 
maioria. 
 
2. A ênfase que muitas vezes confere ao psicólogo uma atuação baseada no tratamento de transtornos psíquicos pode ser 
considerada problemática. Por que? 
Porque é necessária a valorização do cuidado de outros problemas de saúde (por meio de apoio ou terapia), o que dificulta seu 
trabalho como membro da equipe de saúde. 
 
3. Quais as contribuições da prática grupal na área da saúde? 
• democratização do acesso à saúde 
• participação da comunidade em sua atenção integral 
• no modo como o ser humano compreende sua saúde (melhorar qualidade de vida) 
• ampliar a efetividade da relação entre usuários e unidades de saúde 
 
4. Quais os objetivos e benefícios das atividades educativas em saúde? 
• Objetivos: empoderar os indivíduos e estimular a responsabilidade e autonomia por sua saúde (suas próprias decisões) 
• Benefícios: melhora da qualidade de vida para o indivíduo, sua família, seu trabalho e em toda a sociedade. 
 
GRUPOS PSICOTERAPÊUTICOS (como cada abordagem compreende o grupo) 
1. Fenomenologia: 
• existência como coexistência (interações sociais na constituição das identidades) 
• não foca na cura, e sim no crescimento pessoal (liberdade) 
• não é um grupo técnico/explicativo 
• conhecer como se mostra no momento (não pelas ideias prévias) 
• conduzir grupos significa suspender o que já se sabe sobre grupos (o grupo pode não corresponder com o que foi dito por autores) 
• aqui-agora: considera o passado por sermos seres históricos (vivências), mas há possibilidade de novos modos de ser 
• coordenador do grupo: pedir para que os participantes falem como estão se sentindo no momento e para que os outros 
digam como se sentem e o que pensam sobre o que foi dito, assim estão todos diante do mesmo fenômeno apresentando 
seus vários modos de ser 
 
2. Psicanálise: 
• o eu não existe por si mesmo, só existe na relação eu-outro (desde antes do nascimento somos humanizados) 
• nossa estrutura psíquica é formada pelos outros (as vivências que temos com os outros, ensinamentos, identificações) 
• técnicas psicanalíticas: transferência, contratransferência e interpretação 
• grupo: singularidades de cada um, o fluxo se da a partir de uma trama discursiva (polifonia de vozes) 
 
3. TCC: 
• pensamento influencia o humor e comportamento (modificação no pensamento melhora o humor e comportamento) 
• técnicas da tcc: psicoeducação, exposição, treinamento de habilidades sociais, relaxamento e tarefas de casa 
• grupo: os pacientes podem reconhecer mais os erros cognitivos dos outros do que por si próprios 
• críticas: dificuldades no formato aberto e grupos heterogêneos (devido aos protocolos) 
 
4. Comportamental: 
• mudanças nas relações e evolução de comportamento a partir da modelação, reforço e punição 
• grupo: histórias de vida são utilizadas como modelo e questionadas para novos repertórios dos participantes 
• oportunidade do indivíduo refletir suas próprias habilidades sociais 
• técnicas: reforçamento, treino discriminativo, auto-observação e recursos (fotos, vídeos, textos) 
 
 
GRUPOS OPERATIVOS 
1. Qual o objetivo do grupo operativo? 
Promover um processo de aprendizagem para os sujeitos envolvidos, a mudança ocorre gradativamente, onde os integrantes 
passam a assumir diferentes papéis frente à tarefa. 
 
2. O que a técnica do grupo operativo pressupõe? 
• tarefa explícita: aprendizagem, diagnóstico ou tratamento 
• tarefa implícita: modo que cada integrante vicencia o grupo 
• enquadre: elementos fixos (duração, frequência e a função do coordenador e observador) 
 
3. O que é o momento pré-tarefa? 
São as resistências dos integrantes ao contato com os outros e consigo mesmo, pois o novo gera ansiedade e medo 
 
4. O que é a tarefa? 
É a trajetória que o grupo percorre para atingir seus objetivos, está relacionada ao modo de interação de cada um a partir de suas 
necessidades. O compartilhamento de necessidades em torno de objetivos em comum significa abertura ao novo e flexibilidade. 
 
5. Quando considera-se que o grupo está em tarefa? 
Quando é possível elaborar as ansiedades, romper os esteriótipos e abrir-se para o novo 
 
6. O que é esquema referencial? 
Conjunto de experiências, conhecimentos e afetos, aprender a manter um esquema plástico e não esteriotipado 
 
7. O que é esquema referencial grupal e qual seu objetivo? 
Não tem como objetivo que todos pensem igual, mas garantir heterogeneidade dos integrantes com homogeneidade da tarefa 
 
8. O que é a horizontalidade do grupo? 
Construção coletiva a partir das interações (histórias proprias e inovadoras) e não simplesmente a somatória 
 
 
 
GRUPOS COMUNITÁRIOS DE SAÚDE MENTAL 
1. O que é e quais os objetivos do grupo comunitário em saúde mental? 
Promover um programa de cuidado e promoção de saúde mental acessível à comunidade, assim como atitudes contínuas de 
reflexão e elaboração de experiências cotidianas 
 
2. Quais são as três etapas do grupo comunitário em saúde mental? Descreva cada uma. 
1. SARAU: coordenador introduz a proposta de trabalho ao grupo, acolhendo e localizando os participantes em relação à 
tarefa. É composto por comunicações dos participantes sobre vivências (cultura, política) e a reflexão e apropriação das 
vivênciasatravés do contato com produções artísticas, literárias, jornalísticas e culturais 
2. RELATO DE EXPERIÊNCIA: compartilhamento de experiências pessoais significativas do cotidiano 
3. REFLEXÃO: elaboração do trabalho grupal que foi feito (reflexões e contribuições sobre sua participação) e fechamento 
 
3. Qual o papel do coordenador no grupo comunitário em saúde mental? 
Mediador do grupo, compartilha e vivencia a proposta juntamente com os participantes 
 
 
 
CONSTRUCIONISMO 
1. Quais são as principais contribuições da perspectiva construcionista para psicoterapia? 
• tira o foco do interior da pessoa, enfatizando seu discurso 
• visão da linguagem como processo social 
• o conhecimento do terapeuta não é hierarquicamente superior ao do cliente 
• o coordenador não tem a verdade, ele traz diversos modos de ser e de falar que podem ser alternativas para o cliente 
• interesse pelos diferentes discursos sem julgamentos 
 
2. Quais são as principais contribuições da perspectiva construcionista para a prática grupal? 
• grupo é um recurso conversacional 
• promove dialogia a partir da intervenção 
• coordenador: promove um diálogo transformador (novos entendimentos e propostas) 
• equipe reflexiva: externo ao grupo, apresentam suas percepções, retomam o foco e contribuem com novos sentidos 
 
3. Como se dá a relação terapeuta-cliente segundo a perspectiva construcionista? 
É marcada pela exploração dos discursos contados e é colaborativa (terapeuta também é aberto para se transformar)

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