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FACULDADE EDUCAMAIS - EAD PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO MICHEL DOUGLAS ARAÚJO DOS SANTOS A IMPORTÂNCIA DA SEGURANÇA DO TRABALHO PARA A ENGENHARIA ELÉTRICA ARACAJU/SE 2023 MICHEL DOUGLAS ARAÚJO DOS SANTOS A IMPORTÂNCIA DA SEGURANÇA DO TRABALHO PARA A ENGENHARIA ELÉTRICA ARACAJU/SE 2023 Artigo Científico apresentado à FACULDADE EDUCAMAIS - EAD, como requisito parcial para a obtenção do título de Engenheiro de Segurança do Trabalho. RESUMO Todo trabalho deve oferecer condições de saúde, segurança e bem estar ao profissional que o executa, obedecendo todas as leis vigentes que visam a prevenção de acidentes e de doenças ocupacionais. Notório que existirão trabalhos que exigirão mais cuidados que outros, como exemplo aos relacionados com as atividades de eletricidade. O objetivo do trabalho científico é introduzir todos os conceitos relacionados a segurança e saúde do trabalho e apresentar em seguida a aplicação da mesma nos serviços de instalações elétricas. O desenvolvimento do trabalho consiste em pesquisas bibliográficas de importantes livros da área, além das importantes Normas Regulamentadoras existentes. O trabalho ainda conta com dados de acidentes de trabalho, permitindo uma análise simplista do impacto das leis e normas vigentes de segurança e saúde do trabalho. Palavras-chave: Saúde e Segurança do Trabalho. Normas Regulamentadoras. NR-10. Eletricidade. ABSTRACT All work must offer conditions of health, safety and well-being to the worker who performs it, obeying all with all applicable laws aimed at the prevention of accidents and occupational diseases. It is conspicuous that there will jobs that will require more care than others, an example those related to electricity activities. The objective of the scientific work is to introduce all the concepts related to safety and health at work and before present yours applications in electrical installation services. The development of the work scientific consists of bibliographic research of important books in the area, in addition to the important existing Regulatory Norms. The work also has data on accidents at work, allowing a simplistic analysis of the impact of laws and regulations in force on safety and health at work. Keywords: Occupational Health and Safety. Regulatory Norms. NR-10. Electricity. LISTA DE FIGURAS Figura 1: Equipamentos de Proteção Coletiva (EPCs) ............................................................. 21 Figura 2: Figura 1: Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) ............................................ 22 Figura 3: Trabalhadores em Serviço com Eletricidade ............................................................ 22 Figura 4: Arco Elétrico ............................................................................................................. 24 Figura 5: Princípio de Incêndio Causado por Eletricidade ....................................................... 25 LISTA DE GRÁFICOS Gráfico 1: Acidentes de Trabalho Registrados Anualmente (2002 - 2022) ............................. 27 Gráfico 2: Mortes em Acidentes de Trabalho Registradas Anualmente (2002 - 2022) ........... 28 Gráfico 3: Acidentes por Choque Elétricos (com e sem Mortes) ............................................ 28 Gráfico 4: Acidentes de Origem Elétrica por Tipos ................................................................. 29 Gráfico 5: Quantitativo Total de Acidentes Anuais (Abracopel) ............................................. 29 LISTA DE QUADROS Quadro 1: Diferenças entre SESMT e CIPA ............................................................................ 16 Quadro 2: Efeitos do Choque Elétrico no Corpo Humano ....................................................... 24 Quadro 3: Relação da NR-10 com outras NRs ......................................................................... 26 LISTA DE SIGLAS ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas ABRACOPEL Associação Brasileira de Conscientização para os Perigos da Eletricidade AET Anuário Estatístico de Acidentes do Trabalho CAT Comunicação de acidente do Trabalho CIPA Comissão Interna de Prevenção de Acidentes CLT Consolidação das Leis do Trabalho CREA Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura CTTP Comissão Tripartite Paritária Permanente EN European Standards EPC Equipamento de Proteção Coletiva EPI Equipamento de Proteção Individual IEC International Electrotecnical Commission IEEE Institute of Electrical and Electronics Engineers MPT Ministério Público do Trabalho MTE Ministério do Trabalho e Emprego NBR Norma Brasileira NR Norma Regulamentadora OIT Organização Internacional do Trabalho OS Ordem de Serviço PCMAT Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção PCMSO Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional PPRA Programa de Prevenção de Riscos Ambientais SESMT Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho SST Saúde e Segurança do Trabalho SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................ 11 2. DESENVOLVIMENTO ................................................................................................... 12 2.1. Segurança do Trabalho ............................................................................................. 12 2.1.1. Acidente de Trabalho........................................................................................ 13 2.2. Normas Regulamentadoras (NRs) ............................................................................ 14 2.3. Programas e Metodologias de Segurança do Trabalho ............................................ 15 2.3.1. SESMT e CIPA ................................................................................................ 16 2.3.2. PCMSO, PPRA e PCMAT ............................................................................... 17 2.4. Profissionais de Segurança do Trabalho ................................................................... 18 2.4.1. Engenheiro de Segurança do Trabalho ............................................................. 18 2.4.2. Técnico de Segurança do Trabalho .................................................................. 19 2.4.3. Médico, Enfermeiro e Técnico de Enfermagem do Trabalho .......................... 19 2.5. Medidas Protetivas de Segurança do Trabalho......................................................... 20 2.5.1. Medidas de Proteção Administrativa ................................................................ 20 2.5.2. Equipamentos de Proteção Coletiva (EPCs) .................................................... 20 2.5.3. Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) ................................................... 21 2.6. Segurança do Trabalho em Serviços de Eletricidade ............................................... 22 2.6.1. Riscos em Serviços com Eletricidade ............................................................... 23 2.6.2. NR 10 ................................................................................................................ 25 2.7. Dados de Acidentes de Trabalho no Brasil ..............................................................27 2.7.1. Dados de Acidentes de Origem Elétrica ........................................................... 28 3. DISCUSSÃO .................................................................................................................... 29 4. CONCLUSÃO .................................................................................................................. 31 5. REFERÊNCIAS ............................................................................................................... 32 11 1. INTRODUÇÃO Comparando as mudanças aos longos dos anos na forma de trabalho, percebe-se a mudança no tratamento do trabalhador. Vergonhosamente, historicamente a mão de obra já foi escravizada e pouco importava ao seu empregador, ou nesse caso ao escravista, aos efeitos negativos que uma atividade de trabalho causaria ao seu executor. A globalização possibilitou ao mundo diversos avanços sociais, políticos, econômicos e tecnológicos, sendo a segurança do trabalho um desse avanços. Analisando o contexto histórico, a preocupação com a integridade do trabalhador, surgiu junto a evolução das máquinas. Durante muito tempo, não existia uma preocupação com a integridade física do trabalhador, somente ao trabalho exercido. Apesar dos poucos trabalhos sobre Saúde e Segurança do Trabalho (SST) terem sido desenvolvidos durante a antiguidade nas sociedades gregas e romanas, pouco teve importância devido seu regime de mão de obra escrava (MATTOS et al., 2019; RODRIGUES, 1982). Considerado o pai da Pai da Medicina do Trabalho, Bernardino Ramazzini através da publicação de sua obra De Morbis Artificum Diatriba (Doença dos Artífices), na qual escrevia sobre diversas doenças ocupacionais, o que acabou gerando diversos outros importantes estudos importantes sobre a saúde do trabalhador em campo. Todo o movimento intensificou-se na Europa após a Revolução Industrial, através da criação de novas leis trabalhistas, assistência médica no trabalho e obrigatoriedade de inspeções no trabalho (MATTOS et al., 2019). Enquanto os países europeus iniciaram todo o processo de ações em relação à SST durante o século XIX, no continente americano o mesmo só veio acontecer a partir do século XX, inclusive no Brasil. Falando especificamente do Brasil, o surgimento aconteceu realmente após o fim da escravidão, uma vez que todo o trabalhado manual pesado era destinado aos escravos (CHIRMICI et al., 2016). Os estudos ligados a segurança e saúde do trabalho no Brasil estão associados principalmente com a chegada de industrias europeias no país, trazendo junto todo os problemas profissionais ocupacionais já debatidos durante a revolução industrial. Dentre os principais acontecimentos, destacam-se a instituição da CIPA em 1944, a aprovação da Fiscalização do Trabalho através da OIT em 1956 e aprovação das primeiras Normas Regulamentadoras (NRs) com foco na segurança e medicina do trabalho em 1978 (CHIRMICI et al., 2016). 12 Um dos campos de atuação de trabalho de maior periculosidade é da eletricidade. Os riscos do mau uso da energia elétrica, ocasiona acidentes de grandes impactos, sendo uma boa parte deles fatais. Os serviços de eletricidade são essenciais para a sociedade, em consequência da dependência da energia elétrica para as diversas atividades realizadas diariamente. Sendo assim, os serviços com a eletricidade é algo constante aos profissionais da área e a exposição diária ao risco eminente, precisa da adoção de boas práticas e de medidas de segurança que inibam os riscos de acidentes ou morte do trabalhador. A engenharia elétrica está associada a todo avanço tecnológico existente hoje, sendo a eletricidade um bem essencial aos dias atuais. A segurança e saúde do trabalho é um tema que sempre estará em pauta, seu desenvolvimento depende diretamente do conhecimento de tudo que a engloba e da maneira como está sendo aplicada. Entender seu contexto histórico, conceitos, normas vigentes e suas medidas técnicas, permite ao profissional de usá-la sabiamente no seu ambiente de trabalho. 2. DESENVOLVIMENTO 2.1. Segurança do Trabalho Segundo Barsano e Barbosa (2018) a segurança do trabalho é a ciência que estuda as possíveis causas dos acidentes e incidentes durante a atividade laboral do trabalhador. Diante dessa definição, entende-se que a segurança do trabalho atua através de um conjunto medidas técnicas com o objetivo maior de assegurar e proteger a integridade física e mental do trabalhador durante sua atividade profissional. Outro importante conceito de segurança do trabalho é a definição de segurança do trabalho como sendo uma disciplina com o intuito de pesquisar e aplicar métodos necessários de ações preventivas para acidentes de trabalhos e doenças ocupacionais. Nessa definição mais específica, compreende-se de uma forma mais ampla que a sua aplicação depende diretamente de conhecimentos técnicos de diferentes áreas profissionais, uma vez que as normas regulamentadoras foram criadas ao longo do tempo com o intuito de proteger os diversos ambientes de trabalho, entendendo todos os riscos de acidentes de trabalho e doenças ocupacionais (MATTOS et al., 2019). 13 2.1.1. Acidente de Trabalho O acidente é considerado por muitos o grande vilão do trabalho, devido todo o transtorno causado a empresa e ao empregador. De forma mais simples e direta, entende-se como uma situação imprevista e indesejada acontecida durante o exercício de uma atividade profissional, podendo esse gerar danos físicos, psicológicos, emocionais, ou no pior dos casos, a morte do empregado. O incidente surge como uma espécie de quase acidente, no qual esse evento inesperado acontece, mas sem causar nenhum dano, sendo esse um alerta para prevenção de um possível futuro acidente. No conceito legal de acordo com a Lei no 8.213/91, no seu art. 19: [...]acidente de trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa ou pelo exercício do trabalho dos segurados referidos no inciso VII do art. 11 desta lei, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte ou a perda ou redução, permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho. (BRASIL, 1991). Dentro do conceito já citado anteriormente, inclui-se também todas as doenças desenvolvidas durante a execução da função do empregado ao longo dos anos em seu ambiente de trabalho, conhecidas como as doenças ocupacionais (ROJAS, 2015). De acordo com Barsano e Barbosa (2018) as causas do acidente de trabalho acontecem devido o ato inseguro, condição insegura e fator pessoal de insegurança. O ato inseguro trata- se diretamente da ação trabalhador em campo, enquanto a condição insegura refere-se ao risco do local de trabalho, por fim, o fator pessoal de insegurança está ligada a condição emocional do trabalhador, seja ela por embriaguez, limitação física ou falta de experiência. Qualquer doença ocupacional ou acidente de trabalho precisa ser comunicado à Previdência Social através de um documento chamado de Comunicação de acidente do Trabalho (CAT). A CAT trata-se do preenchimento de um formulário com informações importantes sobre o ocorrido, sendo de responsabilidade da empregadora apresentá-lo ainda no primeiro dia útil após a ocorrência (BARSANO; BARBOSA, 2014). Além do conceito legal existe o conceito prevencionista, tratando o acidente ou mesmo o incidente de trabalho como uma forma de prever futuros acidentes mais graves, atuando diretamente em ações com o intuito de evitar danos piores. A prevenção de acidentes é um dos ramos da segurança do trabalho mais importantes, uma vez que visa proteger o trabalhador de 14 qualquer perigo e alertar a empresa para disponibilizar ao empregado a condição necessária e segura para execução de sua função na empresa (MATTOS et al., 2019). 2.2. Normas Regulamentadoras (NRs) As primeiras normas regulamentadoras noBrasil foram promulgadas em 1978 e ao longo dos anos foram criadas outras normas para padronizar as atividades de trabalho, com o intuito de oferecer mais segurança e cuidar melhor da saúde do trabalhador. As NRs estão presente no artigo V da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), determinadas pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), servindo para a segurança e saúde do trabalhador como um importante manual de boas práticas trabalhistas (BARSANO; BARBOSA, 2014). O MTE tem a responsabilidade em regulamentar as normas, mas para isso contam com auxílio técnico de um importante fórum governamental denominado como Comissão Tripartite Paritária Permanente (CTPP). Instituído inicialmente em 1996, a CTPP trata-se de um grupo que une representantes de governo, dos empregados e dos empregadores, no qual estimulam diálogos sobre a segurança e saúde no trabalho (MINISTÉRIO DO TRABALHO E PREVIDÊNCIA; 2022). De acordo com o Ministério do Trabalho e Previdência (2022) existem 38 normas em vigor, divididas especificamente por tópicos e apresentando direitos e deveres a serem cumpridos pelo empregado e empregador, sendo elas: • NR-1 - Disposições Gerais e Gerenciamento De Riscos Ocupacionais; • NR-2 - Inspeção Prévia (Revogada); • NR-3 - Embargo e Interdição; • NR-4 - Serviços Especializados em Segurança e em Medicina do Trabalho; • NR-5 - Comissão Interna de Prevenção de Acidentes; • NR-6 - Equipamento de Proteção Individual – Epi; • NR-7 - Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional; • NR-8 – Edificações; • NR-9 - Avaliação e Controle das Exposições Ocupacionais a Agentes Físicos, Químicos e Biológicos; • NR-10 - Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade; • NR-11 - Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais; • NR-12 - Segurança no Trabalho em Máquinas e Equipamentos; • NR-13 - Caldeiras, Vasos de Pressão e Tubulações e Tanques Metálicos de Armazenamento; • NR-14 – Fornos; • NR-15 - Atividades E Operações Insalubres; • NR-16 - Atividades E Operações Perigosas; • NR-17 – Ergonomia; • NR-18 - Segurança e Saúde no Trabalho na Indústria da Construção; • NR-19 – Explosivos; 15 • NR-20 - Segurança e Saúde no Trabalho com Inflamáveis e Combustíveis; • NR-21 - Trabalhos a Céu Aberto; • NR-22 - Segurança e Saúde Ocupacional na Mineração; • NR-23 - Proteção Contra Incêndios; • NR-24 - Condições Sanitárias e de Conforto dos Locais de Trabalho; • NR-25 - Resíduos Industriais; • NR-26 - Sinalização de Segurança; • NR-27 - Registro Profissional do Técnico de Segurança do Trabalho (Revogada); • NR-28 - Fiscalização e Penalidades; • NR-29 - Norma Regulamentadora de Segurança e Saúde no Trabalho Portuário; • NR-30 - Segurança e Saúde no Trabalho Aquaviário; • NR-31 - Segurança e Saúde no Trabalho na Agricultura, Pecuária Silvicultura, Exploração Florestal e Aquicultura; • NR-32 - Segurança e Saúde no Trabalho em Serviços de Saúde; • NR-33 - Segurança e Saúde nos Trabalhos em Espaços Confinados; • NR-34 - Condições e Meio Ambiente De Trabalho Na Indústria Da Construção, Reparação e Desmonte Naval; • NR-35 - Trabalho em Altura; • NR-36 - Segurança e Saúde no Trabalho em Empresas de Abate e Processamento de Carnes e Derivados; • NR-37 - Segurança e Saúde em Plataformas de Petróleo; • NR-38 - Segurança e Saúde no Trabalho nas Atividades de Limpeza Urbana e Manejo de Resíduos Sólidos. Vale ressaltar que essas NRs podem sofrer modificações ao longo do tempo, assim como também pode surgir a criação de novas e a exclusão de existentes, caso o MTE ache necessário. Nesse caso, a CTPP tem a função de realizar essas alterações, através do estudo e aperfeiçoamento das normas regulamentadoras vigentes (CHIRMICI et al., 2016). 2.3. Programas e Metodologias de Segurança do Trabalho Como já dito anteriormente, o objetivo principal da segurança do trabalho é oferecer um ambiente de trabalho mais seguro e saudável através de metodologias, técnicas e programas que garantam a integridade do profissional durante o exercício de suas atividades laborais. Dentre esses programas, destacam-se o Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO) e o Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA), ambos de obrigatoriedade pelo CLT, e o Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção (PCMAT) obrigatório para indústrias de construção civil (BARSANO; BARBOSA, 2014). Sobre a administração desses programas e métodos, cabe ao Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho (SESMT) em parceria com a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) essa importante função (BARSANO; BARBOSA, 2014). 16 2.3.1. SESMT e CIPA O Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho (SESMT) é regida pela NR-4 e consiste na união de profissionais que contribuem com conhecimentos técnica diversos sobre a higiene e segurança no trabalho. Obrigatório para empresas com regime CLT, a quantidade de profissionais dependerá diretamente ao perfil de cada empresa, classificada de acordo com suas atividades profissionais e o número de funcionários (CHIRMICI et al., 2016). O SESMT é composto por profissionais altamente qualificados que conheçam especificamente a NR-4, de acordo com sua especialidade. A equipe pode ser composta por técnicos de segurança, engenheiros de segurança, médicos do trabalho, enfermeiros do trabalho e auxiliares de enfermagem (ZOCCHIO, 2002). Outra importante comissão dentro da SST trata-se da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA). Semelhante ao SESMT, a CIPA também é regida por uma norma regulamentadora, NR-5, tendo como objetivo principal a prevenção de acidentes e com a obrigatoriedade de acordo com o a atividade de empresa e quantidade de funcionários. A grande diferença da CIPA e SESMT está na formação da equipe, na qual é formada por representantes dos empregados e dos empregadores, sem a necessidade de qualificação exigida no caso dos profissionais de segurança do trabalho (PAOLESCHI, 2009). Muito confunde-se entre conceitos e atribuições da SESMT e CIPA, porém cada uma delas tem suas funções e atividades específicas no campo da segurança do trabalho, por isso é importante entender bem o funcionamento de cada órgão através do Quadro 1. Quadro 1: Diferenças entre SESMT e CIPA SESMT CIPA Norma em que é definido NR-4 NR-5 Composição Empregados escolhidos pelo empregador Empregados indicados pelo empregador em conjunto com outros eleitos pelos empregados Formação técnica dos componentes Possuem formação técnica Não necessitam de formação técnica Estabilidade dos componentes Não têm estabilidade Os membros eleitos (representantes dos empregados) têm estabilidade 17 Função principal Assessoramento técnico do empregador Promover integração, representação e defesa do empregado no que se relaciona à segurança do trabalho Exclusividade das funções exercidas pelos componentes Membros atuam exclusivamente em tarefas ligadas à segurança e saúde ocupacional, não acumulando outras funções durante o expediente de trabalho Membros não atuam exclusivamente em funções relativas à segurança e saúde ocupacional, mantendo suas atividades ordinárias de trabalho Fonte: Pereira, 2015. 2.3.2. PCMSO, PPRA e PCMAT Segundo o conceito dado por Lima et al. (2018, p.34), o Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO) “é o conjunto das condutas e dos procedimentos a serem adotados pela empresa de acordo com os riscos aos quais os funcionários estão expostos durante a jornada de trabalho”. Regulamentado pela NR-7 e coordenado por um médico de trabalho, o PCMSO é de obrigatoriedade para todos empregadores foi criado com o intuito de preservar saúde do empregado. Através do exame admissional, periódico, de retorno ao trabalho, mudança de função, demissional e outros complementares, o programaé elaborado e implementado na empresa. Ele usa como base também todas as informações levantadas por um outro programa de SST, o PPRA (BARSANO; BARBOSA, 2014). Atuando nas empresas com regime CLT em conjunto com o PCMSO, o PPRA é mais um programa com a finalidade de prevenir os acidentes e doenças do trabalho. Ambos os programas de SST são obrigatórios para todos empregadores, independente do perfil da empresa. O PPRA é regulamentando pela NR-9 e consiste em identificar os ricos de cada empresa particularmente e com isso e implementar ações que inibam qualquer situação de perigo ao trabalhador (PEREIRA, 2015). O PCMAT está inserido na NR-18, que tem como foco a segurança e saúde nos trabalhadores da indústria da construção civil. O programa é similar aos outros citados anteriormente, no qual consiste no estudo do perigo que o ambiente oferece e na implementação necessária para garantir ao máximo a segurança do trabalhador nos perigosos canteiros de obras. Sobre a obrigatoriedade do PCMAT, deve ser realizado em obras que possuam 20 ou mais funcionários e é de inteira responsabilidade do empregador, tendo o mesmo que 18 contemplar além da NR-18, as exigências contidas na NR-9. No caso de outras obras com menos de 20 funcionários, fica a obrigatoriedade apenas do PPRA (ROJAS, 2015). 2.4. Profissionais de Segurança do Trabalho Com o desenvolvimento da SST, existiu a necessidade de formar profissionais altamente capacitados para lidar com as dificuldades encontradas na jornada de trabalho. O cumprimento de todas as normas exige o acompanhamento de diversas áreas, com cada profissional atuando em sua respectiva formação profissional, porém atuando em conjunto com a segurança do trabalho. Com a obrigatoriedade do quadro profissional da SESMT exigido na NR-4, o mercado profissional teve que adaptar-se e formar profissionais com especialização em SST. O mercado profissional para Segurança e Saúde do Trabalho (SST) lida com problema da falta de profissionais qualificados que atendam às necessidades de segurança da empresa. A formação de profissionais costuma ter uma abordagem muito geral de todos os temas, mas é preciso salientar que existem empresas que demandam uma maior complexidade e um conhecimento mais técnico de sua atividade. Dito isso, os profissionais de SST necessitam de especializações e curso de aperfeiçoamentos, cada vez mais específicos, para lidarem com todas essas complexidades que podem surgir no campo de trabalho (CHIRMICI et al., 2016). 2.4.1. Engenheiro de Segurança do Trabalho Uma importante especialização da SST é o curso de pós-graduação em engenharia de segurança do trabalho. Até o momento, não existe uma graduação específica, sendo assim, qualquer profissional comprovadamente graduado em engenharias e arquitetura, pode tornar- se também um engenheiro de segurança do trabalho (CHIRMICI et al., 2016). De acordo com a definição dada por Rodrigues e Jahesch (2009, p.30), o engenheiro de segurança do trabalho é responsável por fiscalizar e garantir que as normas pertinentes à SST sejam adotadas com a finalidade de prevenção de acidentes. Apesar de ter mais voltado para a prevenção, poderá atuar se necessário também de forma corretiva, caso esteja dentro dos seus conhecimentos adquiridos. A regulamentação da profissão é dada pela Lei n° 7.410 e cabe ao Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (CREA) a responsabilidade do registro profissional e o credenciamento das intuições de ensino (CHIRMICI et al., 2016). 19 2.4.2. Técnico de Segurança do Trabalho O técnico de segurança do trabalho é um profissional de ensino médio técnico, também regulamentada pela Lei n° 7.410, mas tendo o seu registro profissional expedido pelo MTE. É uma profissão que demanda uma jornada de oito horas diárias, tendo uma atuação mais ativa no campo de trabalho, acompanhando de perto as atividades profissionais e atuando quando necessário, através de ações preventivas e corretivas (PEREIRA, 2015). Em relação ao mercado de trabalho, a profissão de técnico de segurança do trabalho é bastante promissora, uma vez que é um curso relativamente novo, além de sua alta demanda. Isso acontece, devido principalmente a obrigatoriedade contida na NR-4, sendo a mesma a de maior prioridade no quadro do SESMT, quando observado a necessidade do profissional e a sua maior participação (CHIRMICI et al., 2016). 2.4.3. Médico, Enfermeiro e Técnico de Enfermagem do Trabalho Além das profissões já citadas anteriormente com foco direto na segurança do empregado, a SST também inclui o cuidado com as doenças ocupacionais. A saúde é representada através de uma equipe qualificada em cursos técnicos e especializações com ênfase na saúde e segurança do trabalho. O médico do trabalho e enfermeiro do trabalho são dois profissionais de SST de nível superior, título obtido através de uma pós-graduação. No caso do médico do trabalho, o título também pode ser obtido através da residência em saúde do trabalhador. Ambos atuam especialmente nos assuntos médicos da empresa, através de consultas e atendimentos médicos, além implementar métodos e ações de prevenção de acidentes. Outra importante atribuição do médico do trabalho está na elaboração e execução do PCMSO (CHIRMICI et al., 2016). Com formação de nível médio, o técnico de enfermagem do trabalho, também conhecido como auxiliar de enfermagem do trabalho, tratando-se de uma especialização de SST permitida a um técnico/auxiliar de enfermagem. Atuam nas empresas com regime CLT, dentro de sua obrigatoriedade com o SESMT, em atividades voltada à saúde do profissional e supervisionado por um enfermeiro do trabalho (CHIRMICI et al., 2016). 20 2.5. Medidas Protetivas de Segurança do Trabalho Através do importante trabalho realizado entre o SESMT em conjunto com a CIPA, são adotadas medidas de proteção visando a segurança do trabalhador durante a execução de suas atividades laborais. Essas medidas são implementadas de acordo com o estudo de riscos fornecidos em cada ambiente e atividade de trabalho, máquinas e equipamentos utilizados. As medidas de proteção podem ser de ordem administrativa, individual e coletiva (BARSANO; BARBOSA, 2018). As medidas protetivas tem determinado custo, porém é um custo necessário para o bom funcionamento de uma empresa. Mais que um custo, as medidas protetivas representam um importante investimento na empresa, uma vez que quando comparado a todo transtorno financeiro que um acidente de trabalho pode causar. Além disso, importante ressaltar que essas medidas são fruto de pesquisas e estudos realizados na área de segurança do trabalho e doenças ocupacionais (ROJAS, 2015). 2.5.1. Medidas de Proteção Administrativa Entende-se como medidas de proteção administrativas tudo que se relaciona as ações preventivas através da orientação, procedimentos e treinamento técnico. De uma maneira geral, essas medidas protetivas estão direcionadas a organização do trabalho, podendo intervir até mesmo em mudanças de processos operacionais (FILHO, 2018). As medidas de proteção administrativa costumam ser as primeiras adotadas para um ambiente de trabalho, uma vez que quando não atenderem às necessidades de segurança da empresa, são adotadas de forma mais física os Equipamentos de Proteção Coletiva (EPCs) e o Equipamento de Proteção Individual (EPIs), nessa ordem de implantação. Alguns principais exemplos são: emissão ordem de serviço (OS), instruções técnicas de trabalho, restrição de trabalho, entre outras diversas (BARSANO; BARBOSA, 2018). 2.5.2. Equipamentos de Proteção Coletiva (EPCs) Quando trata-se da proteção de uma equipe de trabalhadores, o EPC atua através procedimentos, ferramentas ou equipamentos. O uso de EPC é considerado preferencial ao EPI, uma vez que corresponde a uma ação que protege um número maior de empregados, mas importante ressaltar quepodem existir situações na qual o uso de ambos seja necessário (CASTRO, 2017). 21 Em sua maioria, os EPCs (Figura 1) são de utilização para a proteção de um coletivo, mas existem exclusividades em que utiliza-se um EPI com uso coletivo, não sendo pertencente a um único funcionário, como exemplo a máscara de solda e cinto de segurança para alturas. Segundo Paoleschi (2009), alguns dos principais exemplos são: • redes de proteção (náilon); • sinalizadores de segurança (como placas e cartazes de advertência ou fitas zebradas); • extintores de incêndio; • lava-olhos; • chuveiros de segurança; • exaustores; • kit de primeiros socorros. Figura 1: Equipamentos de Proteção Coletiva (EPCs) Fonte: A&S Ambiental, 2014. 2.5.3. Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) Conforme a definição de EPI dada por Rojas (2011): “é todo dispositivo ou produto, de uso individual do trabalhador, destinado à proteção contra riscos capazes de ameaçar a sua segurança e a sua saúde”. O uso de EPI torna-se extremamente necessário ao momento que as medidas protetivas anteriores (administrativas e EPC) não forem tecnicamente viáveis ou suficientes para proteção contra o risco durante uma atividade. O fornecimento desses equipamentos é de inteira responsabilidade do empregador, ficando a responsabilidade do SESMT a recomendação dos EPIs utilizados. No caso de empresas sem a obrigatoriedade do SESMT, fica a cargo do empregador a avaliação e seleção dos EPIs (BARSANO; BARBOSA, 2018). 22 Existem uma diversidade de EPIs, uma vez que protege as diversas partes do corpo em diversas atividades de trabalho. Rojas (2011) cita como exemplos de EPI: • proteção auditiva (abafadores de ruídos ou protetores auriculares); • proteção respiratória (máscaras e filtro); • proteção visual e facial (óculos e viseiras); • proteção da cabeça (capacetes); • proteção de mãos e braços (luvas e mangotes); • proteção de pernas e pés (sapatos, botas e botinas); • proteção contra quedas (cintos de segurança e cinturões). Figura 2: Figura 1: Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) Fonte: G1, 2017. 2.6. Segurança do Trabalho em Serviços de Eletricidade O uso da energia elétrica é de extrema importância e presente em todos os campos de trabalho, alguns deles necessitando um cuidado maior do que o outro. Importante ressaltar, que os serviços de eletricidade são de grande perigo, exigindo do profissional o conhecimento da área, aplicando metodologias de trabalho e utilizando de forma correta todos os equipamentos de proteção necessários. Figura 3: Trabalhadores em Serviço com Eletricidade Fonte: Proteção +, 2021. 23 Os acidentes de origem elétrica podem ser causados por choques elétricos, incêndios por sobrecarga de instalação elétrica e descargas atmosféricas. O maior perigo da eletricidade está atrelado ao fato que refere-se a um risco invisível aos olhos, sem cheiro e silencioso, além de ser um risco tanto para quem trabalha com a energia elétrica, como para o consumidor que faz uso diário no trabalho ou em sua residência (MARTINHO et al., 2022). Diante isso, a segurança do trabalho ao longo dos anos criou normas técnicas para tornar todo o serviço com a eletricidade mais seguro para o trabalhador exposto diariamente ao contato direto com a energia elétrica. Através da NR-10, a SST determina uma série de medidas que devem ser adotados, criando assim ações preventivas que resultem na preservação da segurança e saúde do trabalhador em campo. 2.6.1. Riscos em Serviços com Eletricidade Dentre os ricos que a eletricidade oferece, o choque elétrico é um dos mais comuns devido o contato diário que temos com a energia elétrica e equipamentos eletrônicos. De acordo com a definição de Castro (2017), o “choque elétrico é um fenômeno que acontece quando uma corrente elétrica circula pelo corpo humano, o qual se comporta como um condutor elétrico, permitindo, assim, a passagem da corrente elétrica”. O choque elétrico pode ser classificado de 3 formas distintas, como: choque dinâmico, choque estático e choque atmosférico. O choque dinâmico ocorre através do contato direto com algum corpo energizado, enquanto o choque estático ocorre quando toca-se em um corpo com descargas de energia elétrica acumulada, conhecido como efeito capacitivo. Exemplificando o choque estático, pode ocorrer quando uma superfície, equipamento e/ou material mesmo desenergizado, ainda assim cause choque elétrico, por conta da eletricidade estática ali presente. Por fim, o choque atmosférico é o tipo de choque mais incomum, causado devido o contato humano com descargas atmosféricas, os conhecidos raios (CASTRO, 2017). As consequências de um choque elétrico estão relacionadas com diversos fatores como “o percurso da corrente elétrica pelo corpo humano, a intensidade da corrente, a espécie de corrente elétrica (CA ou CC), a tensão elétrica, o tempo de duração do choque elétrico, a frequência da corrente elétrica (Hz) e as condições orgânicas do indivíduo”. Em uma ordem de periculosidade, um choque elétrico pode resultar no corpo humano efeitos negativos como: câimbras, tetanização (contração muscular), parada respiratória, fibrilação (ritmo cardíaco 24 anormal) e queimaduras. A gravidade de um choque elétrico dependerá do tempo exposto ao risco e do tempo utilizado para o socorro corretamente (FILHO, 2018). Quadro 2: Efeitos do Choque Elétrico no Corpo Humano Valor da Corrente de Choque (mA) Efeitos sobre o Corpo Humano até 0,5 mA Geralmente, nenhum efeito perceptível; no máximo, um pequeno "formigamento". entre 0,5 e 10 mA Efeitos fisiológicos geralmente não danosos; paralisa parcial e moderada dos músculos do braço e início de tetanização. entre 10 e 30 mA Mesmo efeitos da faixa anterior, geralmente sem nenhum efeito patofisiológico perigoso, se houver interrupção da corrente em até́ cinco segundos. entre 30 e 500 mA Efeitos fisiológicos notáveis; tontura, sufocamento, possível parada respiratória; caso a corrente persista por um período superior a 150 ms, pode haver fibrilação cardíaca. acima de 500 mA Efeitos fisiológicos graves e irreversíveis: parada respiratória e fibrilação cardíaca; possibilidade de reversão somente com utilização imediata de socorro médico e equipamento especializado (desfibrilador). Fonte: FILHO, 2018 Um risco decorrente no trabalho diário com eletricidade é o arco elétrico, também chamado de arco voltaico, que “consiste em uma descarga de plasma em um meio dielétrico como, por exemplo, o ar”. Esse fenômeno ocorre entre polos condutores, curto-circuito, na qual existe uma forte descarga entre eles e um gás ou isolante, sendo capaz de romper a isolação natural do ar (CAMPOS, 2016). Figura 4: Arco Elétrico Fonte: Abracopel, 2019. 25 Outro grande perigo com a energia elétrica é o caso de incêndios causados por sobrecargas de instalações elétricas, o que ocasiona o sobreaquecimento das fiações. O problema maior é que o fogo iniciado entre as fiações, propagam-se de forma imediata em materiais inflamáveis, iniciando de forma silenciosa, o incêndio desse tipo é perceptível, na maioria das vezes, somente após ter tomado grande proporção (SILVINO, 2018). Figura 5: Princípio de Incêndio Causado por Eletricidade Fonte: Abracopel, 2022. Os acidentes de origem elétrica são causados devido ao mau uso e/ou manuseio errado no trabalho com a eletricidade. Importante lembrar que o trabalho com a eletricidade exige muita competência, cuidado e disciplina, uma vez que pode resultar em consequências graves tanto para o profissional, como para as pessoas que fazem uso diário dela. Existem diversas normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) para os diversos serviços com eletricidade, apresentado a padronização desses serviços, além da NR-10 que atua na prevenção de acidentes durante esses serviços.2.6.2. NR 10 Originalmente criada em 20 de junho de 1978, a NR-10 tem como intuito padronizar os serviços com a eletricidade e proporcionar segurança ao profissional em exercício de suas atividades. Por conta de sua complexidade e os altos índices de acidentes com eletricidade, essa norma tem sofrido alterações e atualizações ao longo do tempo (MINISTÉRIO DO TRABALHO E PREVIDÊNCIA; 2022). 26 Muitas das alterações sofridas na NR-10, surgiu através da privatização das concessionárias de energia elétrica a partir dos anos 90, fato que resultou não só na quantidade de acidentes de origem elétrica, como também na gravidade desses acidentes. Uma vez que o trabalho no setor elétrico foi terceirizado, toda essa transformação culminou em ambientes de trabalho mais hostis e desorganização da forma de trabalho (CAMISASSA, 2022). A norma regulamento de n° 10 compreende “às fases de geração, transmissão, distribuição e consumo, incluindo as etapas de projeto, construção, montagem, operação, manutenção das instalações elétricas e quaisquer trabalhos realizados nas suas proximidades” (MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO; 2004). Além da NR-10, existem outras normas aplicáveis em serviços de eletricidade, as Normas Brasileiras (NBRs), aprovadas e publicadas pela entidade privada ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas). As NBRs com foco nos serviços de eletricidade são: NBR 5410 (Instalações Elétricas de Baixa Tensão), NBR 14039 (Instalações Elétricas de Média Tensão de 1,0 kV a 36,2 kV) e NBR 5419 (Proteção Contra Descargas Atmosféricas). Na falta de normas brasileiras para determinados serviços, usa-se normas internacionais aplicáveis de órgãos como o IEC (International Electrotecnical Commission), EN (European Standards) e IEEE (Institute of Electrical and Electronics Engineers) (CAMISASSA, 2022). A NR-10 diretamente ou indiretamente exige a aplicação de outras normas regulamentadoras. O Quadro 3 apresenta todas as correlações entre a NR-10 e as demais normas regulamentadoras. Quadro 3: Relação da NR-10 com outras NRs N R -1 0 Relação NRs Observação Direta NR-6; NR-17; NR-18; NR-19; NR-23; NR-26; NR-33; NR-35 Normas referidas diretamente pela NR-10, as quais interferem nela diretamente. Indireta NR-8; NR-11; NR-12; NR-13; NR-14; NR-21; NR-22; NR-24; NR-25; NR-29; NR-30; NR-31; NR-32; NR-34 Normas que, embora a NR-10 não mencione diretamente, sofrem interferência dela. Ênfase/Penalidades NR-1; NR-2; NR-3; NR-5; NR-7; NR-9; NR-15; NR- 16; NR-28 Normas e programas de segurança que reforçam a necessidade de implantação da NR-10 e afirmam as penalidades em caso de descumprimento. Fonte: Camisassa, 2022 27 2.7. Dados de Acidentes de Trabalho no Brasil Os dados de acidentes de trabalho no Brasil são disponibilizados através do Anuário Estatístico de Acidentes do Trabalho (AET), disponibilizado pelo Ministério do Trabalho e Previdência. Além do AET existe a iniciativa do Ministério Público do Trabalho (MPT) e da OIT (Organização Internacional do Trabalho) com o Observatório de Segurança e Saúde no Trabalho, presente na plataforma SmartLab, que apresenta esses dados com mais clareza e de fácil visualização. No Gráfico 1, apresenta os dados de acidentes de trabalho registrados com a CAT, o que permite algumas conclusões a respeito da Segurança e Saúde do Trabalho ao longo dos anos. Gráfico 1: Acidentes de Trabalho Registrados Anualmente (2002 - 2022) Fonte: Observatório de Segurança e Saúde no Trabalho, 2022. É necessário salientar que os dados exibidos no Gráfico 1, sofrem diversos fatores externos que comprometam a veracidade do valor total, levando em conta que existem os acidentes de trabalho que não foram registrados corretamente através da CAT, em especial nos primeiros anos. Outro importante dado é observar o índice de mortalidade ao longo desses 19 anos, apresentados no Gráfico 2, dado que uma das principais atribuições do SST é neutralizar ou reduzir as consequências dos acidentes de trabalho. 28 Gráfico 2: Mortes em Acidentes de Trabalho Registradas Anualmente (2002 - 2022) Fonte: Observatório de Segurança e Saúde no Trabalho, 2022. 2.7.1. Dados de Acidentes de Origem Elétrica Os dados específicos aos casos de acidentes de origem elétrica podem ser consultados também na plataforma do Observatório de Segurança e Saúde no Trabalho, através de dados fornecidos para os anos de 2012 a 2021, em relação às lesões de choque elétrico e eletroplessao. Consultando os dados mais recentes de 2021 do Observatório de Segurança e Saúde no Trabalho, os casos de acidentes por choque elétricos, presentes no Gráfico 3. Gráfico 3: Acidentes por Choque Elétricos (com e sem Mortes) Fonte: Observatório de Segurança e Saúde no Trabalho, 2022. Outra importante fonte de dados de acidentes de origem elétrica é a Associação Brasileira de Conscientização para as Perigos da Eletricidade (ABRACOPEL). Através do seu Anuário Estatístico de Acidentes de Origem Elétrica reúne uma base de informações quantitativas reunidas pela equipe através de diversas fontes de pesquisa. Importante salientar 29 que os dados apresentados no Gráfico 4 contém tanto os acidentes de trabalho, quanto os demais acidentes com energia elétrica, incluindo na base de dados os acidentes também causados por descarga atmosférica e incêndios por sobrecarga. Gráfico 4: Acidentes de Origem Elétrica por Tipos Fonte: Abracopel, 2022. Para entender melhor o impacto dos acidentes causados por eletricidade é necessário observar a incidência desses acidentes ao logo dos anos, demonstradas no Gráfico 5. Gráfico 5: Quantitativo Total de Acidentes Anuais (Abracopel) Fonte: Abracopel, 2022. 3. DISCUSSÃO Diante de todo assunto colocado em pauta, além dos dados demonstrados, reforça a importância da Segurança e Saúde do Trabalho, inclusive nos serviços de eletricidade. Sendo uma área de extensas aplicações, os profissionais de segurança do trabalho necessitam conhecer 30 e especializar-se nos diferentes ambientes de atuação, uma vez que cada ramo profissional apresenta suas particularidades e suas necessidades de maior importância. Os dados obtidos através das fontes de pesquisa disponibilizada pela Observatório de Segurança e Saúde no Trabalho e pela Abracopel, são importantes índices a serem notados e discutidos. Importante conhecer o impacto da segurança e saúde do trabalho, trazendo alertas de acordo com os tipos de acidentes e setores com quantitativos preocupantes. Tomando como base o que foi apresentado no Gráfico 1, percebe-se que os acidentes de trabalho desde seu ápice em 2008, tem reduzido de maneira pouca expressiva, oscilando negativas entre alguns anos desde o ano presente. Diante do último dado, entende-se que houve um acréscimo de aproximadamente 28%, o que ressalta a importância e a necessidade de metodologias e técnicas de segurança e saúde do trabalhador mais rigorosas e eficientes. Em contrapartida, o percentual de obituário demonstrando no Gráfico 2 é ainda mais preocupante, considerando que teve um acrescimento com mais de 32% e sendo o número maior dentre os últimos 5 anos. De acordo com Marinho (2022) dentro desses dados existe o fator da pandemia entre os anos de 2020 e 2021, na qual foram registrados 33 mil CATs e 163 mil afastamentos por conta da COVID-19, em especial entre os técnicos de enfermagem e enfermeiros. Falando dos dados referente a área de eletricidade, o Observatório de Segurança e Saúde do Trabalho apresenta em um dos seus dados os acidentes causados por choque elétrico no Gráfico 3, que corresponderam a 1.236 casos registrados, dentre esses 106 resultaram na morte do trabalhador, totalizando mais de 8% de óbito entre os casos de acidentes por choque elétrico. Esses dados são bastante importantes para o setor de eletricidade, porém vale lembrar que um acidenteelétrico pode ser originado de outras formas além do choque elétrico, além de causar outras lesões como queda de altura, acidentes com máquinas elétricas, entre outros fatores. Os dados obtidos da Abracopel são mais abrangentes, tanto na apresentação de diversos outras tipos de acidentes de origem elétrica, como também na abrangência dos acidentes também fora do ambiente de trabalho. No Gráfico 4 pontua que foram identificados 1585 acidentes ao total e 761 mortes, sendo o choque elétrico o de maior incidência de acidentes e mortes. Já no Gráfico 5, analisando os dados obtidos pela Abracopel nos últimos 8 anos, semelhante ao que foi notado nos índices apresentados para choque elétrico nos dados obtidos pela Observatório de Segurança e Saúde no Trabalho, observa-se que o número vem oscilando ao longo dos anos, de forma bem similares, notando principalmente o crescimento entre 2020 e 2021, porém com percentual inferior de aproximadamente 6%. 31 4. CONCLUSÃO Em síntese de tudo o que foi tratado, a Segurança e Saúde do Trabalho (SST) é um assunto imprescindível no mercado de trabalho, porém ainda precisa ser mais discutido e passar por alterações de normas e métodos que eficazmente neutralize ou que diminua muito mais os preocupantes casos de acidente de trabalho. É de comum acordo que tanto a empresa como o empregador sofrem com as consequências negativas de um acidente de trabalho ou doença ocupacional, devido ao bem estar do empregador e seu rendimento no trabalho, além das diversas despesas causadas ao empregador. Importante dizer que diferente de décadas atrás, hoje existe diversos métodos a serem cumpridos e informações disponíveis a todos, mas é necessário que sejam seguidas. O acordo entre o profissional e seu contratante tem que ser feito de ambas partes igualmente, onde a empresa fornece todas as condições seguras de trabalho através das proteções coletivas, individuais e as administrativas, e o trabalhador use toda essa proteção oferecida de forma consciente e responsável. Nesse âmbito, a ajuda de um profissional de segurança e saúde do trabalho é primordial para assegurar a gestão de SST na empresa, atuando em diversas áreas a depender da necessidade particular de cada empresa. O profissional de segurança do trabalho precisa de conhecimentos específicos para exercer da melhor forma a sua função. Entende-se que além da formação técnica e a pós-graduação, o profissional de SST necessita dos conhecimentos das atividades de determinada empresa, entendendo seu processo de produção, suas insalubridades e o seu funcionamento administrativo. Dando foco à engenharia de segurança do trabalho associada à engenharia elétrica, nota- se o técnico ou engenheiro de segurança de trabalho tem diversos cuidados e conhecimentos de eletricidade para atuação eficaz na área. Os serviços com eletricidade são extremamente perigosos, sendo os acidentes em boa parte fatais aos envolvidos. Dito isso, a formação de um engenheiro eletricista com uma pós em segurança do trabalho, mostra-se a melhor opção quando tratar de empresas no ramo de engenharia elétrica. Não existe nenhuma restrição específica na atuação de um engenheiro ou técnico de segurança do trabalho em relação às atividades da empresa, mas talvez seria um caso a ser analisado e poderia contribuir numa melhor atuação de SST. Diante disso tudo, conclui-se que a segurança e saúde do trabalho tem tido grande avanço ao longo dos anos, porém ainda necessita avaliar outras medidas preventivas de acidentes. É notório diante das estatísticas, que ainda é um problema muito comum nas 32 empresas, o que só reforça que algo tem falhado nesse processo, seja nas normas vigentes de segurança do trabalho ou na atuação dessas normas. Fato é que, a segurança e saúde do trabalho é um tópico que merece bastante atenção e discussão, além da devida importância que muitos profissionais ainda não dão. 5. REFERÊNCIAS ABRACOPEL. A Redução dos Riscos do Arco Elétrico Através do Intertravamento. 2019. 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Segurança do Trabalho em Serviços de Eletricidade 2.6.1. Riscos em Serviços com Eletricidade 2.6.2. NR 10 2.7. Dados de Acidentes de Trabalho no Brasil 2.7.1. Dados de Acidentes de Origem Elétrica 3. DISCUSSÃO 4. CONCLUSÃO 5. REFERÊNCIAS
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