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TCC - SEGURANCA DO TRABALHO - MICHEL ARAUJO (FINAL)

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FACULDADE EDUCAMAIS - EAD 
PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU EM ENGENHARIA DE 
SEGURANÇA DO TRABALHO 
 
 
MICHEL DOUGLAS ARAÚJO DOS SANTOS 
 
 
 
 
A IMPORTÂNCIA DA SEGURANÇA DO TRABALHO PARA A 
ENGENHARIA ELÉTRICA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ARACAJU/SE 
2023 
 
 
 
 
MICHEL DOUGLAS ARAÚJO DOS SANTOS 
 
 
 
 
 
 
A IMPORTÂNCIA DA SEGURANÇA DO TRABALHO PARA A 
ENGENHARIA ELÉTRICA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ARACAJU/SE 
2023 
Artigo Científico apresentado à FACULDADE 
EDUCAMAIS - EAD, como requisito parcial para a 
obtenção do título de Engenheiro de Segurança do 
Trabalho. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESUMO 
Todo trabalho deve oferecer condições de saúde, segurança e bem estar ao profissional 
que o executa, obedecendo todas as leis vigentes que visam a prevenção de acidentes e de 
doenças ocupacionais. Notório que existirão trabalhos que exigirão mais cuidados que outros, 
como exemplo aos relacionados com as atividades de eletricidade. O objetivo do trabalho 
científico é introduzir todos os conceitos relacionados a segurança e saúde do trabalho e 
apresentar em seguida a aplicação da mesma nos serviços de instalações elétricas. O 
desenvolvimento do trabalho consiste em pesquisas bibliográficas de importantes livros da área, 
além das importantes Normas Regulamentadoras existentes. O trabalho ainda conta com dados 
de acidentes de trabalho, permitindo uma análise simplista do impacto das leis e normas 
vigentes de segurança e saúde do trabalho. 
 
Palavras-chave: Saúde e Segurança do Trabalho. Normas Regulamentadoras. NR-10. 
Eletricidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ABSTRACT 
 
All work must offer conditions of health, safety and well-being to the worker who 
performs it, obeying all with all applicable laws aimed at the prevention of accidents and 
occupational diseases. It is conspicuous that there will jobs that will require more care than 
others, an example those related to electricity activities. The objective of the scientific work is 
to introduce all the concepts related to safety and health at work and before present yours 
applications in electrical installation services. The development of the work scientific consists 
of bibliographic research of important books in the area, in addition to the important existing 
Regulatory Norms. The work also has data on accidents at work, allowing a simplistic analysis 
of the impact of laws and regulations in force on safety and health at work. 
 
Keywords: Occupational Health and Safety. Regulatory Norms. NR-10. Electricity. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE FIGURAS 
Figura 1: Equipamentos de Proteção Coletiva (EPCs) ............................................................. 21 
Figura 2: Figura 1: Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) ............................................ 22 
Figura 3: Trabalhadores em Serviço com Eletricidade ............................................................ 22 
Figura 4: Arco Elétrico ............................................................................................................. 24 
Figura 5: Princípio de Incêndio Causado por Eletricidade ....................................................... 25 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE GRÁFICOS 
Gráfico 1: Acidentes de Trabalho Registrados Anualmente (2002 - 2022) ............................. 27 
Gráfico 2: Mortes em Acidentes de Trabalho Registradas Anualmente (2002 - 2022) ........... 28 
Gráfico 3: Acidentes por Choque Elétricos (com e sem Mortes) ............................................ 28 
Gráfico 4: Acidentes de Origem Elétrica por Tipos ................................................................. 29 
Gráfico 5: Quantitativo Total de Acidentes Anuais (Abracopel) ............................................. 29 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE QUADROS 
Quadro 1: Diferenças entre SESMT e CIPA ............................................................................ 16 
Quadro 2: Efeitos do Choque Elétrico no Corpo Humano ....................................................... 24 
Quadro 3: Relação da NR-10 com outras NRs ......................................................................... 26 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE SIGLAS 
ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas 
ABRACOPEL Associação Brasileira de Conscientização para os Perigos da Eletricidade 
AET Anuário Estatístico de Acidentes do Trabalho 
CAT Comunicação de acidente do Trabalho 
CIPA Comissão Interna de Prevenção de Acidentes 
CLT Consolidação das Leis do Trabalho 
CREA Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura 
CTTP Comissão Tripartite Paritária Permanente 
EN European Standards 
EPC Equipamento de Proteção Coletiva 
EPI Equipamento de Proteção Individual 
IEC International Electrotecnical Commission 
IEEE Institute of Electrical and Electronics Engineers 
MPT Ministério Público do Trabalho 
MTE Ministério do Trabalho e Emprego 
NBR Norma Brasileira 
NR Norma Regulamentadora 
OIT Organização Internacional do Trabalho 
OS Ordem de Serviço 
PCMAT Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da 
Construção 
 
 
 
 
PCMSO Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional 
PPRA Programa de Prevenção de Riscos Ambientais 
SESMT Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do 
Trabalho 
SST Saúde e Segurança do Trabalho 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................ 11 
2. DESENVOLVIMENTO ................................................................................................... 12 
2.1. Segurança do Trabalho ............................................................................................. 12 
2.1.1. Acidente de Trabalho........................................................................................ 13 
2.2. Normas Regulamentadoras (NRs) ............................................................................ 14 
2.3. Programas e Metodologias de Segurança do Trabalho ............................................ 15 
2.3.1. SESMT e CIPA ................................................................................................ 16 
2.3.2. PCMSO, PPRA e PCMAT ............................................................................... 17 
2.4. Profissionais de Segurança do Trabalho ................................................................... 18 
2.4.1. Engenheiro de Segurança do Trabalho ............................................................. 18 
2.4.2. Técnico de Segurança do Trabalho .................................................................. 19 
2.4.3. Médico, Enfermeiro e Técnico de Enfermagem do Trabalho .......................... 19 
2.5. Medidas Protetivas de Segurança do Trabalho......................................................... 20 
2.5.1. Medidas de Proteção Administrativa ................................................................ 20 
2.5.2. Equipamentos de Proteção Coletiva (EPCs) .................................................... 20 
2.5.3. Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) ................................................... 21 
2.6. Segurança do Trabalho em Serviços de Eletricidade ............................................... 22 
2.6.1. Riscos em Serviços com Eletricidade ............................................................... 23 
2.6.2. NR 10 ................................................................................................................ 25 
2.7. Dados de Acidentes de Trabalho no Brasil ..............................................................27 
2.7.1. Dados de Acidentes de Origem Elétrica ........................................................... 28 
3. DISCUSSÃO .................................................................................................................... 29 
4. CONCLUSÃO .................................................................................................................. 31 
5. REFERÊNCIAS ............................................................................................................... 32 
11 
 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
Comparando as mudanças aos longos dos anos na forma de trabalho, percebe-se a 
mudança no tratamento do trabalhador. Vergonhosamente, historicamente a mão de obra já foi 
escravizada e pouco importava ao seu empregador, ou nesse caso ao escravista, aos efeitos 
negativos que uma atividade de trabalho causaria ao seu executor. A globalização possibilitou 
ao mundo diversos avanços sociais, políticos, econômicos e tecnológicos, sendo a segurança 
do trabalho um desse avanços. 
Analisando o contexto histórico, a preocupação com a integridade do trabalhador, surgiu 
junto a evolução das máquinas. Durante muito tempo, não existia uma preocupação com a 
integridade física do trabalhador, somente ao trabalho exercido. Apesar dos poucos trabalhos 
sobre Saúde e Segurança do Trabalho (SST) terem sido desenvolvidos durante a antiguidade 
nas sociedades gregas e romanas, pouco teve importância devido seu regime de mão de obra 
escrava (MATTOS et al., 2019; RODRIGUES, 1982). 
Considerado o pai da Pai da Medicina do Trabalho, Bernardino Ramazzini através da 
publicação de sua obra De Morbis Artificum Diatriba (Doença dos Artífices), na qual escrevia 
sobre diversas doenças ocupacionais, o que acabou gerando diversos outros importantes estudos 
importantes sobre a saúde do trabalhador em campo. Todo o movimento intensificou-se na 
Europa após a Revolução Industrial, através da criação de novas leis trabalhistas, assistência 
médica no trabalho e obrigatoriedade de inspeções no trabalho (MATTOS et al., 2019). 
Enquanto os países europeus iniciaram todo o processo de ações em relação à SST 
durante o século XIX, no continente americano o mesmo só veio acontecer a partir do século 
XX, inclusive no Brasil. Falando especificamente do Brasil, o surgimento aconteceu realmente 
após o fim da escravidão, uma vez que todo o trabalhado manual pesado era destinado aos 
escravos (CHIRMICI et al., 2016). 
Os estudos ligados a segurança e saúde do trabalho no Brasil estão associados 
principalmente com a chegada de industrias europeias no país, trazendo junto todo os problemas 
profissionais ocupacionais já debatidos durante a revolução industrial. Dentre os principais 
acontecimentos, destacam-se a instituição da CIPA em 1944, a aprovação da Fiscalização do 
Trabalho através da OIT em 1956 e aprovação das primeiras Normas Regulamentadoras (NRs) 
com foco na segurança e medicina do trabalho em 1978 (CHIRMICI et al., 2016). 
12 
 
 
 
Um dos campos de atuação de trabalho de maior periculosidade é da eletricidade. Os 
riscos do mau uso da energia elétrica, ocasiona acidentes de grandes impactos, sendo uma boa 
parte deles fatais. Os serviços de eletricidade são essenciais para a sociedade, em consequência 
da dependência da energia elétrica para as diversas atividades realizadas diariamente. Sendo 
assim, os serviços com a eletricidade é algo constante aos profissionais da área e a exposição 
diária ao risco eminente, precisa da adoção de boas práticas e de medidas de segurança que 
inibam os riscos de acidentes ou morte do trabalhador. A engenharia elétrica está associada a 
todo avanço tecnológico existente hoje, sendo a eletricidade um bem essencial aos dias atuais. 
A segurança e saúde do trabalho é um tema que sempre estará em pauta, seu 
desenvolvimento depende diretamente do conhecimento de tudo que a engloba e da maneira 
como está sendo aplicada. Entender seu contexto histórico, conceitos, normas vigentes e suas 
medidas técnicas, permite ao profissional de usá-la sabiamente no seu ambiente de trabalho. 
 
2. DESENVOLVIMENTO 
2.1. Segurança do Trabalho 
Segundo Barsano e Barbosa (2018) a segurança do trabalho é a ciência que estuda as 
possíveis causas dos acidentes e incidentes durante a atividade laboral do trabalhador. Diante 
dessa definição, entende-se que a segurança do trabalho atua através de um conjunto medidas 
técnicas com o objetivo maior de assegurar e proteger a integridade física e mental do 
trabalhador durante sua atividade profissional. 
Outro importante conceito de segurança do trabalho é a definição de segurança do 
trabalho como sendo uma disciplina com o intuito de pesquisar e aplicar métodos necessários 
de ações preventivas para acidentes de trabalhos e doenças ocupacionais. Nessa definição mais 
específica, compreende-se de uma forma mais ampla que a sua aplicação depende diretamente 
de conhecimentos técnicos de diferentes áreas profissionais, uma vez que as normas 
regulamentadoras foram criadas ao longo do tempo com o intuito de proteger os diversos 
ambientes de trabalho, entendendo todos os riscos de acidentes de trabalho e doenças 
ocupacionais (MATTOS et al., 2019). 
13 
 
 
 
2.1.1. Acidente de Trabalho 
O acidente é considerado por muitos o grande vilão do trabalho, devido todo o transtorno 
causado a empresa e ao empregador. De forma mais simples e direta, entende-se como uma 
situação imprevista e indesejada acontecida durante o exercício de uma atividade profissional, 
podendo esse gerar danos físicos, psicológicos, emocionais, ou no pior dos casos, a morte do 
empregado. O incidente surge como uma espécie de quase acidente, no qual esse evento 
inesperado acontece, mas sem causar nenhum dano, sendo esse um alerta para prevenção de um 
possível futuro acidente. 
No conceito legal de acordo com a Lei no 8.213/91, no seu art. 19: 
[...]acidente de trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa 
ou pelo exercício do trabalho dos segurados referidos no inciso VII do art. 11 desta 
lei, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte ou a perda 
ou redução, permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho. (BRASIL, 
1991). 
Dentro do conceito já citado anteriormente, inclui-se também todas as doenças 
desenvolvidas durante a execução da função do empregado ao longo dos anos em seu ambiente 
de trabalho, conhecidas como as doenças ocupacionais (ROJAS, 2015). 
De acordo com Barsano e Barbosa (2018) as causas do acidente de trabalho acontecem 
devido o ato inseguro, condição insegura e fator pessoal de insegurança. O ato inseguro trata-
se diretamente da ação trabalhador em campo, enquanto a condição insegura refere-se ao risco 
do local de trabalho, por fim, o fator pessoal de insegurança está ligada a condição emocional 
do trabalhador, seja ela por embriaguez, limitação física ou falta de experiência. 
Qualquer doença ocupacional ou acidente de trabalho precisa ser comunicado à 
Previdência Social através de um documento chamado de Comunicação de acidente do 
Trabalho (CAT). A CAT trata-se do preenchimento de um formulário com informações 
importantes sobre o ocorrido, sendo de responsabilidade da empregadora apresentá-lo ainda no 
primeiro dia útil após a ocorrência (BARSANO; BARBOSA, 2014). 
Além do conceito legal existe o conceito prevencionista, tratando o acidente ou mesmo 
o incidente de trabalho como uma forma de prever futuros acidentes mais graves, atuando 
diretamente em ações com o intuito de evitar danos piores. A prevenção de acidentes é um dos 
ramos da segurança do trabalho mais importantes, uma vez que visa proteger o trabalhador de 
14 
 
 
 
qualquer perigo e alertar a empresa para disponibilizar ao empregado a condição necessária e 
segura para execução de sua função na empresa (MATTOS et al., 2019). 
2.2. Normas Regulamentadoras (NRs) 
As primeiras normas regulamentadoras noBrasil foram promulgadas em 1978 e ao 
longo dos anos foram criadas outras normas para padronizar as atividades de trabalho, com o 
intuito de oferecer mais segurança e cuidar melhor da saúde do trabalhador. As NRs estão 
presente no artigo V da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), determinadas pelo 
Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), servindo para a segurança e saúde do trabalhador 
como um importante manual de boas práticas trabalhistas (BARSANO; BARBOSA, 2014). 
O MTE tem a responsabilidade em regulamentar as normas, mas para isso contam com 
auxílio técnico de um importante fórum governamental denominado como Comissão Tripartite 
Paritária Permanente (CTPP). Instituído inicialmente em 1996, a CTPP trata-se de um grupo 
que une representantes de governo, dos empregados e dos empregadores, no qual estimulam 
diálogos sobre a segurança e saúde no trabalho (MINISTÉRIO DO TRABALHO E 
PREVIDÊNCIA; 2022). 
De acordo com o Ministério do Trabalho e Previdência (2022) existem 38 normas em 
vigor, divididas especificamente por tópicos e apresentando direitos e deveres a serem 
cumpridos pelo empregado e empregador, sendo elas: 
• NR-1 - Disposições Gerais e Gerenciamento De Riscos Ocupacionais; 
• NR-2 - Inspeção Prévia (Revogada); 
• NR-3 - Embargo e Interdição; 
• NR-4 - Serviços Especializados em Segurança e em Medicina do Trabalho; 
• NR-5 - Comissão Interna de Prevenção de Acidentes; 
• NR-6 - Equipamento de Proteção Individual – Epi; 
• NR-7 - Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional; 
• NR-8 – Edificações; 
• NR-9 - Avaliação e Controle das Exposições Ocupacionais a Agentes Físicos, 
Químicos e Biológicos; 
• NR-10 - Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade; 
• NR-11 - Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais; 
• NR-12 - Segurança no Trabalho em Máquinas e Equipamentos; 
• NR-13 - Caldeiras, Vasos de Pressão e Tubulações e Tanques Metálicos de 
Armazenamento; 
• NR-14 – Fornos; 
• NR-15 - Atividades E Operações Insalubres; 
• NR-16 - Atividades E Operações Perigosas; 
• NR-17 – Ergonomia; 
• NR-18 - Segurança e Saúde no Trabalho na Indústria da Construção; 
• NR-19 – Explosivos; 
15 
 
 
 
• NR-20 - Segurança e Saúde no Trabalho com Inflamáveis e Combustíveis; 
• NR-21 - Trabalhos a Céu Aberto; 
• NR-22 - Segurança e Saúde Ocupacional na Mineração; 
• NR-23 - Proteção Contra Incêndios; 
• NR-24 - Condições Sanitárias e de Conforto dos Locais de Trabalho; 
• NR-25 - Resíduos Industriais; 
• NR-26 - Sinalização de Segurança; 
• NR-27 - Registro Profissional do Técnico de Segurança do Trabalho (Revogada); 
• NR-28 - Fiscalização e Penalidades; 
• NR-29 - Norma Regulamentadora de Segurança e Saúde no Trabalho Portuário; 
• NR-30 - Segurança e Saúde no Trabalho Aquaviário; 
• NR-31 - Segurança e Saúde no Trabalho na Agricultura, Pecuária Silvicultura, 
Exploração Florestal e Aquicultura; 
• NR-32 - Segurança e Saúde no Trabalho em Serviços de Saúde; 
• NR-33 - Segurança e Saúde nos Trabalhos em Espaços Confinados; 
• NR-34 - Condições e Meio Ambiente De Trabalho Na Indústria Da Construção, 
Reparação e Desmonte Naval; 
• NR-35 - Trabalho em Altura; 
• NR-36 - Segurança e Saúde no Trabalho em Empresas de Abate e Processamento 
de Carnes e Derivados; 
• NR-37 - Segurança e Saúde em Plataformas de Petróleo; 
• NR-38 - Segurança e Saúde no Trabalho nas Atividades de Limpeza Urbana e 
Manejo de Resíduos Sólidos. 
Vale ressaltar que essas NRs podem sofrer modificações ao longo do tempo, assim como 
também pode surgir a criação de novas e a exclusão de existentes, caso o MTE ache necessário. 
Nesse caso, a CTPP tem a função de realizar essas alterações, através do estudo e 
aperfeiçoamento das normas regulamentadoras vigentes (CHIRMICI et al., 2016). 
2.3. Programas e Metodologias de Segurança do Trabalho 
Como já dito anteriormente, o objetivo principal da segurança do trabalho é oferecer um 
ambiente de trabalho mais seguro e saudável através de metodologias, técnicas e programas que 
garantam a integridade do profissional durante o exercício de suas atividades laborais. 
Dentre esses programas, destacam-se o Programa de Controle Médico de Saúde 
Ocupacional (PCMSO) e o Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA), ambos de 
obrigatoriedade pelo CLT, e o Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na 
Indústria da Construção (PCMAT) obrigatório para indústrias de construção civil (BARSANO; 
BARBOSA, 2014). 
Sobre a administração desses programas e métodos, cabe ao Serviço Especializado em 
Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho (SESMT) em parceria com a Comissão 
Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) essa importante função (BARSANO; BARBOSA, 
2014). 
16 
 
 
 
2.3.1. SESMT e CIPA 
O Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho 
(SESMT) é regida pela NR-4 e consiste na união de profissionais que contribuem com 
conhecimentos técnica diversos sobre a higiene e segurança no trabalho. Obrigatório para 
empresas com regime CLT, a quantidade de profissionais dependerá diretamente ao perfil de 
cada empresa, classificada de acordo com suas atividades profissionais e o número de 
funcionários (CHIRMICI et al., 2016). 
O SESMT é composto por profissionais altamente qualificados que conheçam 
especificamente a NR-4, de acordo com sua especialidade. A equipe pode ser composta por 
técnicos de segurança, engenheiros de segurança, médicos do trabalho, enfermeiros do trabalho 
e auxiliares de enfermagem (ZOCCHIO, 2002). 
Outra importante comissão dentro da SST trata-se da Comissão Interna de Prevenção 
de Acidentes (CIPA). Semelhante ao SESMT, a CIPA também é regida por uma norma 
regulamentadora, NR-5, tendo como objetivo principal a prevenção de acidentes e com a 
obrigatoriedade de acordo com o a atividade de empresa e quantidade de funcionários. A grande 
diferença da CIPA e SESMT está na formação da equipe, na qual é formada por representantes 
dos empregados e dos empregadores, sem a necessidade de qualificação exigida no caso dos 
profissionais de segurança do trabalho (PAOLESCHI, 2009). 
Muito confunde-se entre conceitos e atribuições da SESMT e CIPA, porém cada uma 
delas tem suas funções e atividades específicas no campo da segurança do trabalho, por isso é 
importante entender bem o funcionamento de cada órgão através do Quadro 1. 
Quadro 1: Diferenças entre SESMT e CIPA 
 SESMT CIPA 
Norma em que é 
definido NR-4 NR-5 
Composição Empregados escolhidos pelo empregador 
Empregados indicados pelo 
empregador em conjunto com 
outros eleitos pelos empregados 
Formação técnica 
dos componentes Possuem formação técnica 
Não necessitam de formação 
técnica 
Estabilidade dos 
componentes Não têm estabilidade 
Os membros eleitos 
(representantes dos empregados) 
têm estabilidade 
17 
 
 
 
Função principal Assessoramento técnico do empregador 
Promover integração, 
representação e defesa do 
empregado no que se relaciona à 
segurança do trabalho 
Exclusividade das 
funções exercidas 
pelos componentes 
Membros atuam exclusivamente 
em tarefas ligadas à segurança e 
saúde ocupacional, não 
acumulando outras funções 
durante o expediente de trabalho 
Membros não atuam 
exclusivamente em funções 
relativas à segurança e saúde 
ocupacional, mantendo suas 
atividades ordinárias de trabalho 
Fonte: Pereira, 2015. 
2.3.2. PCMSO, PPRA e PCMAT 
Segundo o conceito dado por Lima et al. (2018, p.34), o Programa de Controle Médico 
de Saúde Ocupacional (PCMSO) “é o conjunto das condutas e dos procedimentos a serem 
adotados pela empresa de acordo com os riscos aos quais os funcionários estão expostos durante 
a jornada de trabalho”. 
Regulamentado pela NR-7 e coordenado por um médico de trabalho, o PCMSO é de 
obrigatoriedade para todos empregadores foi criado com o intuito de preservar saúde do 
empregado. Através do exame admissional, periódico, de retorno ao trabalho, mudança de 
função, demissional e outros complementares, o programaé elaborado e implementado na 
empresa. Ele usa como base também todas as informações levantadas por um outro programa 
de SST, o PPRA (BARSANO; BARBOSA, 2014). 
Atuando nas empresas com regime CLT em conjunto com o PCMSO, o PPRA é mais 
um programa com a finalidade de prevenir os acidentes e doenças do trabalho. Ambos os 
programas de SST são obrigatórios para todos empregadores, independente do perfil da 
empresa. O PPRA é regulamentando pela NR-9 e consiste em identificar os ricos de cada 
empresa particularmente e com isso e implementar ações que inibam qualquer situação de 
perigo ao trabalhador (PEREIRA, 2015). 
O PCMAT está inserido na NR-18, que tem como foco a segurança e saúde nos 
trabalhadores da indústria da construção civil. O programa é similar aos outros citados 
anteriormente, no qual consiste no estudo do perigo que o ambiente oferece e na implementação 
necessária para garantir ao máximo a segurança do trabalhador nos perigosos canteiros de obras. 
Sobre a obrigatoriedade do PCMAT, deve ser realizado em obras que possuam 20 ou 
mais funcionários e é de inteira responsabilidade do empregador, tendo o mesmo que 
18 
 
 
 
contemplar além da NR-18, as exigências contidas na NR-9. No caso de outras obras com 
menos de 20 funcionários, fica a obrigatoriedade apenas do PPRA (ROJAS, 2015). 
2.4. Profissionais de Segurança do Trabalho 
Com o desenvolvimento da SST, existiu a necessidade de formar profissionais altamente 
capacitados para lidar com as dificuldades encontradas na jornada de trabalho. O cumprimento 
de todas as normas exige o acompanhamento de diversas áreas, com cada profissional atuando 
em sua respectiva formação profissional, porém atuando em conjunto com a segurança do 
trabalho. Com a obrigatoriedade do quadro profissional da SESMT exigido na NR-4, o mercado 
profissional teve que adaptar-se e formar profissionais com especialização em SST. 
O mercado profissional para Segurança e Saúde do Trabalho (SST) lida com problema 
da falta de profissionais qualificados que atendam às necessidades de segurança da empresa. A 
formação de profissionais costuma ter uma abordagem muito geral de todos os temas, mas é 
preciso salientar que existem empresas que demandam uma maior complexidade e um 
conhecimento mais técnico de sua atividade. Dito isso, os profissionais de SST necessitam de 
especializações e curso de aperfeiçoamentos, cada vez mais específicos, para lidarem com todas 
essas complexidades que podem surgir no campo de trabalho (CHIRMICI et al., 2016). 
2.4.1. Engenheiro de Segurança do Trabalho 
Uma importante especialização da SST é o curso de pós-graduação em engenharia de 
segurança do trabalho. Até o momento, não existe uma graduação específica, sendo assim, 
qualquer profissional comprovadamente graduado em engenharias e arquitetura, pode tornar-
se também um engenheiro de segurança do trabalho (CHIRMICI et al., 2016). 
De acordo com a definição dada por Rodrigues e Jahesch (2009, p.30), o engenheiro de 
segurança do trabalho é responsável por fiscalizar e garantir que as normas pertinentes à SST 
sejam adotadas com a finalidade de prevenção de acidentes. Apesar de ter mais voltado para a 
prevenção, poderá atuar se necessário também de forma corretiva, caso esteja dentro dos seus 
conhecimentos adquiridos. 
A regulamentação da profissão é dada pela Lei n° 7.410 e cabe ao Conselho Regional 
de Engenharia e Arquitetura (CREA) a responsabilidade do registro profissional e o 
credenciamento das intuições de ensino (CHIRMICI et al., 2016). 
19 
 
 
 
2.4.2. Técnico de Segurança do Trabalho 
O técnico de segurança do trabalho é um profissional de ensino médio técnico, também 
regulamentada pela Lei n° 7.410, mas tendo o seu registro profissional expedido pelo MTE. É 
uma profissão que demanda uma jornada de oito horas diárias, tendo uma atuação mais ativa 
no campo de trabalho, acompanhando de perto as atividades profissionais e atuando quando 
necessário, através de ações preventivas e corretivas (PEREIRA, 2015). 
Em relação ao mercado de trabalho, a profissão de técnico de segurança do trabalho é 
bastante promissora, uma vez que é um curso relativamente novo, além de sua alta demanda. 
Isso acontece, devido principalmente a obrigatoriedade contida na NR-4, sendo a mesma a de 
maior prioridade no quadro do SESMT, quando observado a necessidade do profissional e a 
sua maior participação (CHIRMICI et al., 2016). 
2.4.3. Médico, Enfermeiro e Técnico de Enfermagem do Trabalho 
Além das profissões já citadas anteriormente com foco direto na segurança do 
empregado, a SST também inclui o cuidado com as doenças ocupacionais. A saúde é 
representada através de uma equipe qualificada em cursos técnicos e especializações com 
ênfase na saúde e segurança do trabalho. 
O médico do trabalho e enfermeiro do trabalho são dois profissionais de SST de nível 
superior, título obtido através de uma pós-graduação. No caso do médico do trabalho, o título 
também pode ser obtido através da residência em saúde do trabalhador. Ambos atuam 
especialmente nos assuntos médicos da empresa, através de consultas e atendimentos médicos, 
além implementar métodos e ações de prevenção de acidentes. Outra importante atribuição do 
médico do trabalho está na elaboração e execução do PCMSO (CHIRMICI et al., 2016). 
Com formação de nível médio, o técnico de enfermagem do trabalho, também 
conhecido como auxiliar de enfermagem do trabalho, tratando-se de uma especialização de SST 
permitida a um técnico/auxiliar de enfermagem. Atuam nas empresas com regime CLT, dentro 
de sua obrigatoriedade com o SESMT, em atividades voltada à saúde do profissional e 
supervisionado por um enfermeiro do trabalho (CHIRMICI et al., 2016). 
20 
 
 
 
2.5. Medidas Protetivas de Segurança do Trabalho 
Através do importante trabalho realizado entre o SESMT em conjunto com a CIPA, são 
adotadas medidas de proteção visando a segurança do trabalhador durante a execução de suas 
atividades laborais. Essas medidas são implementadas de acordo com o estudo de riscos 
fornecidos em cada ambiente e atividade de trabalho, máquinas e equipamentos utilizados. As 
medidas de proteção podem ser de ordem administrativa, individual e coletiva (BARSANO; 
BARBOSA, 2018). 
As medidas protetivas tem determinado custo, porém é um custo necessário para o bom 
funcionamento de uma empresa. Mais que um custo, as medidas protetivas representam um 
importante investimento na empresa, uma vez que quando comparado a todo transtorno 
financeiro que um acidente de trabalho pode causar. Além disso, importante ressaltar que essas 
medidas são fruto de pesquisas e estudos realizados na área de segurança do trabalho e doenças 
ocupacionais (ROJAS, 2015). 
2.5.1. Medidas de Proteção Administrativa 
Entende-se como medidas de proteção administrativas tudo que se relaciona as ações 
preventivas através da orientação, procedimentos e treinamento técnico. De uma maneira geral, 
essas medidas protetivas estão direcionadas a organização do trabalho, podendo intervir até 
mesmo em mudanças de processos operacionais (FILHO, 2018). 
As medidas de proteção administrativa costumam ser as primeiras adotadas para um 
ambiente de trabalho, uma vez que quando não atenderem às necessidades de segurança da 
empresa, são adotadas de forma mais física os Equipamentos de Proteção Coletiva (EPCs) e o 
Equipamento de Proteção Individual (EPIs), nessa ordem de implantação. Alguns principais 
exemplos são: emissão ordem de serviço (OS), instruções técnicas de trabalho, restrição de 
trabalho, entre outras diversas (BARSANO; BARBOSA, 2018). 
2.5.2. Equipamentos de Proteção Coletiva (EPCs) 
Quando trata-se da proteção de uma equipe de trabalhadores, o EPC atua através 
procedimentos, ferramentas ou equipamentos. O uso de EPC é considerado preferencial ao 
EPI, uma vez que corresponde a uma ação que protege um número maior de empregados, mas 
importante ressaltar quepodem existir situações na qual o uso de ambos seja necessário 
(CASTRO, 2017). 
21 
 
 
 
Em sua maioria, os EPCs (Figura 1) são de utilização para a proteção de um coletivo, 
mas existem exclusividades em que utiliza-se um EPI com uso coletivo, não sendo pertencente 
a um único funcionário, como exemplo a máscara de solda e cinto de segurança para alturas. 
Segundo Paoleschi (2009), alguns dos principais exemplos são: 
• redes de proteção (náilon); 
• sinalizadores de segurança (como placas e cartazes de advertência ou fitas 
zebradas); 
• extintores de incêndio; 
• lava-olhos; 
• chuveiros de segurança; 
• exaustores; 
• kit de primeiros socorros. 
 
Figura 1: Equipamentos de Proteção Coletiva (EPCs) 
 
Fonte: A&S Ambiental, 2014. 
 
2.5.3. Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) 
Conforme a definição de EPI dada por Rojas (2011): “é todo dispositivo ou produto, de 
uso individual do trabalhador, destinado à proteção contra riscos capazes de ameaçar a sua 
segurança e a sua saúde”. 
O uso de EPI torna-se extremamente necessário ao momento que as medidas protetivas 
anteriores (administrativas e EPC) não forem tecnicamente viáveis ou suficientes para proteção 
contra o risco durante uma atividade. O fornecimento desses equipamentos é de inteira 
responsabilidade do empregador, ficando a responsabilidade do SESMT a recomendação dos 
EPIs utilizados. No caso de empresas sem a obrigatoriedade do SESMT, fica a cargo do 
empregador a avaliação e seleção dos EPIs (BARSANO; BARBOSA, 2018). 
22 
 
 
 
Existem uma diversidade de EPIs, uma vez que protege as diversas partes do corpo em 
diversas atividades de trabalho. Rojas (2011) cita como exemplos de EPI: 
• proteção auditiva (abafadores de ruídos ou protetores auriculares); 
• proteção respiratória (máscaras e filtro); 
• proteção visual e facial (óculos e viseiras); 
• proteção da cabeça (capacetes); 
• proteção de mãos e braços (luvas e mangotes); 
• proteção de pernas e pés (sapatos, botas e botinas); 
• proteção contra quedas (cintos de segurança e cinturões). 
 
Figura 2: Figura 1: Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) 
 
Fonte: G1, 2017. 
2.6. Segurança do Trabalho em Serviços de Eletricidade 
O uso da energia elétrica é de extrema importância e presente em todos os campos de 
trabalho, alguns deles necessitando um cuidado maior do que o outro. Importante ressaltar, que 
os serviços de eletricidade são de grande perigo, exigindo do profissional o conhecimento da 
área, aplicando metodologias de trabalho e utilizando de forma correta todos os equipamentos 
de proteção necessários. 
Figura 3: Trabalhadores em Serviço com Eletricidade 
 
Fonte: Proteção +, 2021. 
23 
 
 
 
Os acidentes de origem elétrica podem ser causados por choques elétricos, incêndios 
por sobrecarga de instalação elétrica e descargas atmosféricas. O maior perigo da eletricidade 
está atrelado ao fato que refere-se a um risco invisível aos olhos, sem cheiro e silencioso, além 
de ser um risco tanto para quem trabalha com a energia elétrica, como para o consumidor que 
faz uso diário no trabalho ou em sua residência (MARTINHO et al., 2022). 
Diante isso, a segurança do trabalho ao longo dos anos criou normas técnicas para tornar 
todo o serviço com a eletricidade mais seguro para o trabalhador exposto diariamente ao contato 
direto com a energia elétrica. Através da NR-10, a SST determina uma série de medidas que 
devem ser adotados, criando assim ações preventivas que resultem na preservação da segurança 
e saúde do trabalhador em campo. 
2.6.1. Riscos em Serviços com Eletricidade 
Dentre os ricos que a eletricidade oferece, o choque elétrico é um dos mais comuns 
devido o contato diário que temos com a energia elétrica e equipamentos eletrônicos. De acordo 
com a definição de Castro (2017), o “choque elétrico é um fenômeno que acontece quando uma 
corrente elétrica circula pelo corpo humano, o qual se comporta como um condutor elétrico, 
permitindo, assim, a passagem da corrente elétrica”. 
O choque elétrico pode ser classificado de 3 formas distintas, como: choque dinâmico, 
choque estático e choque atmosférico. O choque dinâmico ocorre através do contato direto com 
algum corpo energizado, enquanto o choque estático ocorre quando toca-se em um corpo com 
descargas de energia elétrica acumulada, conhecido como efeito capacitivo. Exemplificando o 
choque estático, pode ocorrer quando uma superfície, equipamento e/ou material mesmo 
desenergizado, ainda assim cause choque elétrico, por conta da eletricidade estática ali presente. 
Por fim, o choque atmosférico é o tipo de choque mais incomum, causado devido o contato 
humano com descargas atmosféricas, os conhecidos raios (CASTRO, 2017). 
As consequências de um choque elétrico estão relacionadas com diversos fatores como 
“o percurso da corrente elétrica pelo corpo humano, a intensidade da corrente, a espécie de 
corrente elétrica (CA ou CC), a tensão elétrica, o tempo de duração do choque elétrico, a 
frequência da corrente elétrica (Hz) e as condições orgânicas do indivíduo”. Em uma ordem de 
periculosidade, um choque elétrico pode resultar no corpo humano efeitos negativos como: 
câimbras, tetanização (contração muscular), parada respiratória, fibrilação (ritmo cardíaco 
24 
 
 
 
anormal) e queimaduras. A gravidade de um choque elétrico dependerá do tempo exposto ao 
risco e do tempo utilizado para o socorro corretamente (FILHO, 2018). 
 Quadro 2: Efeitos do Choque Elétrico no Corpo Humano 
Valor da Corrente de Choque (mA) Efeitos sobre o Corpo Humano 
até 0,5 mA Geralmente, nenhum efeito perceptível; no máximo, um pequeno "formigamento". 
entre 0,5 e 10 mA 
Efeitos fisiológicos geralmente não danosos; paralisa 
parcial e moderada dos músculos do braço e início de 
tetanização. 
entre 10 e 30 mA 
Mesmo efeitos da faixa anterior, geralmente sem 
nenhum efeito patofisiológico perigoso, se houver 
interrupção da corrente em até́ cinco segundos. 
entre 30 e 500 mA 
Efeitos fisiológicos notáveis; tontura, sufocamento, 
possível parada respiratória; caso a corrente persista 
por um período superior a 150 ms, pode haver 
fibrilação cardíaca. 
acima de 500 mA 
Efeitos fisiológicos graves e irreversíveis: parada 
respiratória e fibrilação cardíaca; possibilidade de 
reversão somente com utilização imediata de socorro 
médico e equipamento especializado (desfibrilador). 
Fonte: FILHO, 2018 
Um risco decorrente no trabalho diário com eletricidade é o arco elétrico, também 
chamado de arco voltaico, que “consiste em uma descarga de plasma em um meio dielétrico 
como, por exemplo, o ar”. Esse fenômeno ocorre entre polos condutores, curto-circuito, na qual 
existe uma forte descarga entre eles e um gás ou isolante, sendo capaz de romper a isolação 
natural do ar (CAMPOS, 2016). 
Figura 4: Arco Elétrico 
 
Fonte: Abracopel, 2019. 
 
25 
 
 
 
Outro grande perigo com a energia elétrica é o caso de incêndios causados por 
sobrecargas de instalações elétricas, o que ocasiona o sobreaquecimento das fiações. O 
problema maior é que o fogo iniciado entre as fiações, propagam-se de forma imediata em 
materiais inflamáveis, iniciando de forma silenciosa, o incêndio desse tipo é perceptível, na 
maioria das vezes, somente após ter tomado grande proporção (SILVINO, 2018). 
Figura 5: Princípio de Incêndio Causado por Eletricidade 
 
Fonte: Abracopel, 2022. 
Os acidentes de origem elétrica são causados devido ao mau uso e/ou manuseio errado 
no trabalho com a eletricidade. Importante lembrar que o trabalho com a eletricidade exige 
muita competência, cuidado e disciplina, uma vez que pode resultar em consequências graves 
tanto para o profissional, como para as pessoas que fazem uso diário dela. Existem diversas 
normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) para os diversos serviços com 
eletricidade, apresentado a padronização desses serviços, além da NR-10 que atua na prevenção 
de acidentes durante esses serviços.2.6.2. NR 10 
Originalmente criada em 20 de junho de 1978, a NR-10 tem como intuito padronizar os 
serviços com a eletricidade e proporcionar segurança ao profissional em exercício de suas 
atividades. Por conta de sua complexidade e os altos índices de acidentes com eletricidade, essa 
norma tem sofrido alterações e atualizações ao longo do tempo (MINISTÉRIO DO 
TRABALHO E PREVIDÊNCIA; 2022). 
26 
 
 
 
Muitas das alterações sofridas na NR-10, surgiu através da privatização das 
concessionárias de energia elétrica a partir dos anos 90, fato que resultou não só na quantidade 
de acidentes de origem elétrica, como também na gravidade desses acidentes. Uma vez que o 
trabalho no setor elétrico foi terceirizado, toda essa transformação culminou em ambientes de 
trabalho mais hostis e desorganização da forma de trabalho (CAMISASSA, 2022). 
A norma regulamento de n° 10 compreende “às fases de geração, transmissão, 
distribuição e consumo, incluindo as etapas de projeto, construção, montagem, operação, 
manutenção das instalações elétricas e quaisquer trabalhos realizados nas suas proximidades” 
(MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO; 2004). 
Além da NR-10, existem outras normas aplicáveis em serviços de eletricidade, as 
Normas Brasileiras (NBRs), aprovadas e publicadas pela entidade privada ABNT (Associação 
Brasileira de Normas Técnicas). As NBRs com foco nos serviços de eletricidade são: NBR 
5410 (Instalações Elétricas de Baixa Tensão), NBR 14039 (Instalações Elétricas de Média 
Tensão de 1,0 kV a 36,2 kV) e NBR 5419 (Proteção Contra Descargas Atmosféricas). Na falta 
de normas brasileiras para determinados serviços, usa-se normas internacionais aplicáveis de 
órgãos como o IEC (International Electrotecnical Commission), EN (European Standards) e 
IEEE (Institute of Electrical and Electronics Engineers) (CAMISASSA, 2022). 
A NR-10 diretamente ou indiretamente exige a aplicação de outras normas 
regulamentadoras. O Quadro 3 apresenta todas as correlações entre a NR-10 e as demais normas 
regulamentadoras. 
 Quadro 3: Relação da NR-10 com outras NRs 
N
R
-1
0 
Relação NRs Observação 
Direta 
NR-6; NR-17; NR-18; 
NR-19; NR-23; NR-26; 
NR-33; NR-35 
Normas referidas diretamente pela 
NR-10, as quais interferem nela 
diretamente. 
Indireta 
NR-8; NR-11; NR-12; 
NR-13; NR-14; NR-21; 
NR-22; NR-24; NR-25; 
NR-29; NR-30; NR-31; 
NR-32; NR-34 
Normas que, embora a NR-10 não 
mencione diretamente, sofrem 
interferência dela. 
Ênfase/Penalidades 
NR-1; NR-2; NR-3; NR-5; 
NR-7; NR-9; NR-15; NR-
16; NR-28 
Normas e programas de segurança que 
reforçam a necessidade de implantação 
da NR-10 e afirmam as penalidades em 
caso de descumprimento. 
Fonte: Camisassa, 2022 
27 
 
 
 
2.7. Dados de Acidentes de Trabalho no Brasil 
Os dados de acidentes de trabalho no Brasil são disponibilizados através do Anuário 
Estatístico de Acidentes do Trabalho (AET), disponibilizado pelo Ministério do Trabalho e 
Previdência. Além do AET existe a iniciativa do Ministério Público do Trabalho (MPT) e da 
OIT (Organização Internacional do Trabalho) com o Observatório de Segurança e Saúde no 
Trabalho, presente na plataforma SmartLab, que apresenta esses dados com mais clareza e de 
fácil visualização. 
No Gráfico 1, apresenta os dados de acidentes de trabalho registrados com a CAT, o que 
permite algumas conclusões a respeito da Segurança e Saúde do Trabalho ao longo dos anos. 
Gráfico 1: Acidentes de Trabalho Registrados Anualmente (2002 - 2022) 
 
Fonte: Observatório de Segurança e Saúde no Trabalho, 2022. 
É necessário salientar que os dados exibidos no Gráfico 1, sofrem diversos fatores 
externos que comprometam a veracidade do valor total, levando em conta que existem os 
acidentes de trabalho que não foram registrados corretamente através da CAT, em especial nos 
primeiros anos. Outro importante dado é observar o índice de mortalidade ao longo desses 19 
anos, apresentados no Gráfico 2, dado que uma das principais atribuições do SST é neutralizar 
ou reduzir as consequências dos acidentes de trabalho. 
28 
 
 
 
Gráfico 2: Mortes em Acidentes de Trabalho Registradas Anualmente (2002 - 2022) 
 
Fonte: Observatório de Segurança e Saúde no Trabalho, 2022. 
2.7.1. Dados de Acidentes de Origem Elétrica 
Os dados específicos aos casos de acidentes de origem elétrica podem ser consultados 
também na plataforma do Observatório de Segurança e Saúde no Trabalho, através de dados 
fornecidos para os anos de 2012 a 2021, em relação às lesões de choque elétrico e eletroplessao. 
Consultando os dados mais recentes de 2021 do Observatório de Segurança e Saúde no 
Trabalho, os casos de acidentes por choque elétricos, presentes no Gráfico 3. 
Gráfico 3: Acidentes por Choque Elétricos (com e sem Mortes) 
 
Fonte: Observatório de Segurança e Saúde no Trabalho, 2022. 
Outra importante fonte de dados de acidentes de origem elétrica é a Associação 
Brasileira de Conscientização para as Perigos da Eletricidade (ABRACOPEL). Através do seu 
Anuário Estatístico de Acidentes de Origem Elétrica reúne uma base de informações 
quantitativas reunidas pela equipe através de diversas fontes de pesquisa. Importante salientar 
29 
 
 
 
que os dados apresentados no Gráfico 4 contém tanto os acidentes de trabalho, quanto os demais 
acidentes com energia elétrica, incluindo na base de dados os acidentes também causados por 
descarga atmosférica e incêndios por sobrecarga. 
Gráfico 4: Acidentes de Origem Elétrica por Tipos 
 
Fonte: Abracopel, 2022. 
Para entender melhor o impacto dos acidentes causados por eletricidade é necessário 
observar a incidência desses acidentes ao logo dos anos, demonstradas no Gráfico 5. 
Gráfico 5: Quantitativo Total de Acidentes Anuais (Abracopel) 
 
Fonte: Abracopel, 2022. 
 
3. DISCUSSÃO 
Diante de todo assunto colocado em pauta, além dos dados demonstrados, reforça a 
importância da Segurança e Saúde do Trabalho, inclusive nos serviços de eletricidade. Sendo 
uma área de extensas aplicações, os profissionais de segurança do trabalho necessitam conhecer 
30 
 
 
 
e especializar-se nos diferentes ambientes de atuação, uma vez que cada ramo profissional 
apresenta suas particularidades e suas necessidades de maior importância. Os dados obtidos 
através das fontes de pesquisa disponibilizada pela Observatório de Segurança e Saúde no 
Trabalho e pela Abracopel, são importantes índices a serem notados e discutidos. Importante 
conhecer o impacto da segurança e saúde do trabalho, trazendo alertas de acordo com os tipos 
de acidentes e setores com quantitativos preocupantes. 
Tomando como base o que foi apresentado no Gráfico 1, percebe-se que os acidentes de 
trabalho desde seu ápice em 2008, tem reduzido de maneira pouca expressiva, oscilando 
negativas entre alguns anos desde o ano presente. Diante do último dado, entende-se que houve 
um acréscimo de aproximadamente 28%, o que ressalta a importância e a necessidade de 
metodologias e técnicas de segurança e saúde do trabalhador mais rigorosas e eficientes. Em 
contrapartida, o percentual de obituário demonstrando no Gráfico 2 é ainda mais preocupante, 
considerando que teve um acrescimento com mais de 32% e sendo o número maior dentre os 
últimos 5 anos. De acordo com Marinho (2022) dentro desses dados existe o fator da pandemia 
entre os anos de 2020 e 2021, na qual foram registrados 33 mil CATs e 163 mil afastamentos 
por conta da COVID-19, em especial entre os técnicos de enfermagem e enfermeiros. 
Falando dos dados referente a área de eletricidade, o Observatório de Segurança e Saúde 
do Trabalho apresenta em um dos seus dados os acidentes causados por choque elétrico no 
Gráfico 3, que corresponderam a 1.236 casos registrados, dentre esses 106 resultaram na morte 
do trabalhador, totalizando mais de 8% de óbito entre os casos de acidentes por choque elétrico. 
Esses dados são bastante importantes para o setor de eletricidade, porém vale lembrar que um 
acidenteelétrico pode ser originado de outras formas além do choque elétrico, além de causar 
outras lesões como queda de altura, acidentes com máquinas elétricas, entre outros fatores. 
Os dados obtidos da Abracopel são mais abrangentes, tanto na apresentação de diversos 
outras tipos de acidentes de origem elétrica, como também na abrangência dos acidentes 
também fora do ambiente de trabalho. No Gráfico 4 pontua que foram identificados 1585 
acidentes ao total e 761 mortes, sendo o choque elétrico o de maior incidência de acidentes e 
mortes. Já no Gráfico 5, analisando os dados obtidos pela Abracopel nos últimos 8 anos, 
semelhante ao que foi notado nos índices apresentados para choque elétrico nos dados obtidos 
pela Observatório de Segurança e Saúde no Trabalho, observa-se que o número vem oscilando 
ao longo dos anos, de forma bem similares, notando principalmente o crescimento entre 2020 
e 2021, porém com percentual inferior de aproximadamente 6%. 
31 
 
 
 
4. CONCLUSÃO 
Em síntese de tudo o que foi tratado, a Segurança e Saúde do Trabalho (SST) é um 
assunto imprescindível no mercado de trabalho, porém ainda precisa ser mais discutido e passar 
por alterações de normas e métodos que eficazmente neutralize ou que diminua muito mais os 
preocupantes casos de acidente de trabalho. É de comum acordo que tanto a empresa como o 
empregador sofrem com as consequências negativas de um acidente de trabalho ou doença 
ocupacional, devido ao bem estar do empregador e seu rendimento no trabalho, além das 
diversas despesas causadas ao empregador. 
 Importante dizer que diferente de décadas atrás, hoje existe diversos métodos a serem 
cumpridos e informações disponíveis a todos, mas é necessário que sejam seguidas. O acordo 
entre o profissional e seu contratante tem que ser feito de ambas partes igualmente, onde a 
empresa fornece todas as condições seguras de trabalho através das proteções coletivas, 
individuais e as administrativas, e o trabalhador use toda essa proteção oferecida de forma 
consciente e responsável. Nesse âmbito, a ajuda de um profissional de segurança e saúde do 
trabalho é primordial para assegurar a gestão de SST na empresa, atuando em diversas áreas a 
depender da necessidade particular de cada empresa. O profissional de segurança do trabalho 
precisa de conhecimentos específicos para exercer da melhor forma a sua função. Entende-se 
que além da formação técnica e a pós-graduação, o profissional de SST necessita dos 
conhecimentos das atividades de determinada empresa, entendendo seu processo de produção, 
suas insalubridades e o seu funcionamento administrativo. 
Dando foco à engenharia de segurança do trabalho associada à engenharia elétrica, nota-
se o técnico ou engenheiro de segurança de trabalho tem diversos cuidados e conhecimentos de 
eletricidade para atuação eficaz na área. Os serviços com eletricidade são extremamente 
perigosos, sendo os acidentes em boa parte fatais aos envolvidos. Dito isso, a formação de um 
engenheiro eletricista com uma pós em segurança do trabalho, mostra-se a melhor opção 
quando tratar de empresas no ramo de engenharia elétrica. Não existe nenhuma restrição 
específica na atuação de um engenheiro ou técnico de segurança do trabalho em relação às 
atividades da empresa, mas talvez seria um caso a ser analisado e poderia contribuir numa 
melhor atuação de SST. 
Diante disso tudo, conclui-se que a segurança e saúde do trabalho tem tido grande 
avanço ao longo dos anos, porém ainda necessita avaliar outras medidas preventivas de 
acidentes. É notório diante das estatísticas, que ainda é um problema muito comum nas 
32 
 
 
 
empresas, o que só reforça que algo tem falhado nesse processo, seja nas normas vigentes de 
segurança do trabalho ou na atuação dessas normas. Fato é que, a segurança e saúde do trabalho 
é um tópico que merece bastante atenção e discussão, além da devida importância que muitos 
profissionais ainda não dão. 
5. REFERÊNCIAS 
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BARSANO, P.; BARBOSA, R. Segurança do Trabalho - Guia Prático e Didático. 2.ed. São 
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BRASIL. Ministério do Trabalho e Previdência. Normas Regulamentadoras – NR. Brasília, 
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CAMISASSA, M. Segurança e Saúde no Trabalho: NRs 1 A 37 Comentadas e 
Descomplicadas. 8. ed. Rio de Janeiro: Método, 2022. 
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CAMPOS, M. Estudo da Energia Incidente do Arco Elétrico em Quadros/Painéis 
Elétricos. 2016. 85 p. Trabalho de Conclusão de Curso II - Curso de Engenharia Elétrica - 
CEFET/MG, Belo Horizonte, 2016. 
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	1. INTRODUÇÃO
	2. DESENVOLVIMENTO
	2.1. Segurança do Trabalho
	2.1.1. Acidente de Trabalho
	2.2. Normas Regulamentadoras (NRs)
	2.3. Programas e Metodologias de Segurança do Trabalho
	2.3.1. SESMT e CIPA
	2.3.2. PCMSO, PPRA e PCMAT
	2.4. Profissionais de Segurança do Trabalho
	2.4.1. Engenheiro de Segurança do Trabalho
	2.4.2. Técnico de Segurança do Trabalho
	2.4.3. Médico, Enfermeiro e Técnico de Enfermagem do Trabalho
	2.5. Medidas Protetivas de Segurança do Trabalho
	2.5.1. Medidas de Proteção Administrativa
	2.5.2. Equipamentos de Proteção Coletiva (EPCs)
	2.5.3. Equipamentos de Proteção Individual (EPIs)
	2.6. Segurança do Trabalho em Serviços de Eletricidade
	2.6.1. Riscos em Serviços com Eletricidade
	2.6.2. NR 10
	2.7. Dados de Acidentes de Trabalho no Brasil
	2.7.1. Dados de Acidentes de Origem Elétrica
	3. DISCUSSÃO
	4. CONCLUSÃO
	5. REFERÊNCIAS

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