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Bioclimatologia - Relatório Coelhos

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ANÁLISE DE ÍNDICES CLIMÁTICOS SOBRE OS PARÂMETROS 
DE ESTRESSE DE COELHOS NOVA ZELÂNDIA 
Juliana De Oliveira, Carla; De Sousa Santos, Hingrid; Garcês De Freitas, Joicy; Breno 
Teles De Sousa E Silva, Miguel; Lávia Soares Xavier, Thaís 
1. Introdução 
Como citado por GARCIA (2017) Klinger & Toledo afirmaram que “O coelho 
sempre foi considerado um animal prolífico, dócil e de fácil manejo. Se bem planejada, 
a cunicultura proporciona excelentes lucros com baixo investimento inicial". Sendo 
assim, esta atividade é uma boa opção para produtores que desejam um investimento 
com resultados mais rápidos e de baixo custo, porém ao optar pela criação é 
necessário ter conhecimento de suas necessidades para garantir o bem-estar do 
animal com que se vai trabalhar. 
De acordo com Finzi et al., 1988, citado em (ZEFERINO, 2009), "A frequência 
respiratória e as temperaturas da superfície da pele e das orelhas expressam os 
mecanismos fisiológicos utilizados pelos animais para livrarem-se do calor excedente, 
já a temperatura corpórea interna expressa as condições térmicas reais do corpo”. 
ZEFERINO, (2009) citou também que “Segundo Harkness & Wagner (1977), o coelho, 
em condições de conforto, apresenta frequência respiratória entre 35 e 60 
respirações/minuto, temperatura corporal normal de 39°C, e pode ser alojado em 
ambientes com temperaturas entre 6 e 29°C, com média recomendada em condições 
de laboratório entre 18 e 21°C. A frequência respiratória varia entre 32 e 60 
respirações/minuto e a temperatura retal normal em adultos da raça Nova Zelândia 
Branca, cerca de 38,5 a 39,5ºC (Manning et al.,1994). A zona de conforto térmico do 
coelho varia de 15 a 20°C e a umidade relativa de 60 a 70% (De Oliveira, 1999)". 
Para a criação de coelhos deve-se levar em consideração que “a associação entre os 
vários fatores climáticos como, temperatura do ar, umidade relativa do ar e irradiação 
provocam alterações fisiológicas que acabam interferindo na produtividade animal” 
(SILVA et al., 2005). Portanto a intenção deste trabalho foi avaliar os parâmetros 
fisiológicos, tais como a temperatura corporal, a frequência respiratória e frequência 
cardíaca, assim como parâmetros climáticos do ambiente como umidade relativa do 
ar e temperatura do ambiente, de coelhos da raça Nova Zelândia criados sob condição 
de cativeiro em gaiolas no Departamento de Zootecnia da Universidade Federal do 
 
 
Piauí. Objetivando-se identificar o grau de precisão dos alunos do curso de zootecnia 
ao fazer uma amostragem desses parâmetros, bem como uma forma de treinamento 
dos alunos para futuras pesquisas. 
2. Materiais e métodos 
O experimento foi conduzido no biotério de coelhos do Departamento de 
Zootecnia da Universidade Federal do Piauí, Campus Petrônio Portela, em coelhos 
da raça Nova Zelândia de número 8 e 9. As coletas de dados foram, entre os dias 27 
de fevereiro e 08 de março de 2023. A fim de analisar os parâmetros fisiológicos e do 
ambiente em que esses animais se encontram. 
Ademais, para os parâmetros fisiológicos foram analisados a Frequência 
Cardíaca (FC), Frequência Respiratória (FR), Temperatura Corporal (TC) e 
Temperatura da Orelha (TO), já para o ambiente foram recolhidos os parâmetros de 
temperatura (°C) e umidade relativa (%) máxima, mínima e instantânea do ambiente. 
Além disso, as coletas foram realizadas removendo os animais de seu recinto em 
horários alternados por cada grupo, e mantendo os animais acalmados sobre uma 
mesa, com apoio de algum aluno segurando os coelhos, antes de qualquer coleta, 
para que os mesmos não ficassem estressados com o número de pessoas. Para medir 
a temperatura, foi usado um termômetro digital para aferir as temperaturas da orelha 
e corporal de cada coelho, logo em seguida com o auxílio de um estetoscópio eram 
mensuradas as frequências cardíaca e respiratória, sempre acompanhando de um 
cronômetro de quinze segundos, que posteriormente, os resultados eram 
multiplicados por quatro para se ter a frequência exata dos animais. 
Os dados climáticos de temperatura do ambiente em °C e da umidade relativa 
do ar em %, obtidas por termohigrômetro digital, instalado a cerca de 1 metro acima 
do piso, do galpão, em diferentes dias e horários de coleta. Posteriormente, esses 
dados foram dispostos em duas planilhas para análise de variância e graus de 
estresse dos animais, sendo que na primeira tabela as informações fisiológicas para 
analisar a variância apresentando os três tratamentos, cada um com duas repetições, 
em quatro blocos. O software estatístico Sisvar e o teste Tukey, foram usados para 
obtenção dos resultados, que posteriormente serão interpretados. Ademais, outra 
planilha foi feita para mostrar as medidas de temperatura, umidade relativa e Índice 
 
 
de temperatura e umidade (ITU), sendo que as coleta dos quatro blocos foram em 
horários alternados, para ter conhecimento do estado termorregulador desses 
animais, ou seja, se estão ou não sobre estresse térmico. Além disso, o cálculo do 
índice de temperatura e umidade (ITU) foi realizado segundo a fórmula 
em que, TA é a temperatura média do 
ambiente em graus Celsius e UR é igual a umidade relativa em porcentagem. 
3. Resultado e Discussão 
Ademais, se a temperatura ambiental se apresentar acima da faixa ideal de 
conforto térmico dos coelhos, as consequências são o aumento na frequência 
respiratória. Dessarte, em um trabalho realizado por Zeferino, foi avaliado os 
indicadores fisiológicos e desempenho, concluindo-se que o estresse causado pelo 
calor moderado e intenso elevam a temperatura da pele e a frequência respiratória 
dos coelhos. 
Tratamento 
Parâmetros Fisiológicos 
TO TC FC FR 
Aluno 1 37,36 a 31,94 a 192,50 a 174,50 a 
Aluno 2 36,29 a 31,66 a 184,50 a 188,00 a 
Aluno 3 35,95 a 31,96 a 200,50 a 190,50 a 
CV (%) 4,06 2,56 7,61 11,47 
Tabela 1: Médias ajustadas dos parâmetros fisiológicos em função dos tratamentos dos coelhos de raça Nova Zelândia Branca 
(médias seguidas da mesma letra não diferem entre si) 
TO - Temperatura da orelha; TC - Temperatura corporal; FR - Frequência cardíaca; FR - Frequência respiratória 
As análises estatísticas dos resultados obtidos, foram realizadas através do 
software Sisvar e para verificar a significância entre as médias dos tratamentos, foi 
aplicado o teste de Tukey, ao nível de 5% de probabilidade. Contudo, não foi 
observado um efeito significativo (P>0,05) para temperatura corporal, frequência 
cardíaca e frequência respiratória. Entretanto, observou-se um efeito significativo 
(Tabela 2) para a temperatura da orelha no quarto dia do experimento dos coelhos. 
 
Blocos 
Parâmetros Fisiológicos 
TO TC FC FR 
Dia 1 36,92 a b 31,80 a 185,33 a 180,67 a 
Dia 2 35,18 a 31,53 a 184,00 a 177,33 a 
 
 
Dia 3 36,22 a b 31,40 a 201,33 a 182,00 a 
Dia 4 37,82 b 32,68 a 199,33 a 197,33 a 
CV (%) 4,06 2,56 7,61 11,47 
Tabela 2: Médias ajustadas dos parâmetros fisiológicos em função dos blocos dos coelhos de raça Nova Zelândia Branca 
(médias seguidas da mesma letra não diferem entre si) 
TO - Temperatura da orelha; TC - Temperatura corporal; FR - Frequência cardíaca; FR - Frequência respiratória 
A umidade relativa do ar média do galpão durante todo período experimental 
se manteve acima do ideal para criação de coelhos, apresentando variações no 
decorrer dos dias analisados (Gráfico 1). A temperatura considerada ideal (Zona de 
Conforto Térmico) para coelhos é de 15ºC a 25ºC e a umidade relativa de 60 a 70%. 
Contudo, a umidade está diretamente relacionada com a temperatura, e é um fator 
altamente prejudicial se estiver baixa ou em excesso. 
 
Gráfico 1: Grau de estresse em parâmetro ambiental em função dos 
coelhos de raça Nova Zelândia. 
Portanto, ficou evidente que os animais estão sobe um estresse severo por 
conta das altas temperatura e do excesso de umidade relativa do ar nos dias 
analisados. De acordo com índice de temperaturae umidade (ITU), que seve para 
medir o nível de conforto térmico. Os valores podem ser classificados em: menor que 
27,8 (ausência de estresse por calor), de 27,8 a 28,9 (estresse térmico moderado), de 
28,9 a 30,0 (estresse térmico severo) e superior a 30,0 (estresse térmico muito 
severo). 
4. Conclusão 
 
 
 Com base no que foi apresentado, ao medir os parâmetros do ambiente, foi 
observado que as variações dos fatores climáticos afetam diretamente os parâmetros 
fisiológicos dos animais utilizados na pesquisa, sendo expostos ao estresse severo. 
Conclui-se a importância de analisar as necessidades do animal para garantir seu 
bem-estar. 
Referências 
GARCIA, R. Silagem de girassol ou de milho na produção de coelhos. Tese 
(Doutorado em Zootecnia) - Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 
2017. Disponível em: 
<https://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/180110/001070078.pdfsequence
=1>. Acesso em: Março de 2023. 
SILVA, G. A.; SOUZA, B. B.; ALFARO, C. E. P.; AZEVEDO, S. A.; NETO, J. A.; SILVA, 
E. M. N.; SILVA, A. K. B. Efeito das épocas do ano e de turno sobre os parâmetros 
fisiológicos e seminais de caprinos no semiárido paraibano. Agropecuária 
Científica no Semiárido. Vol. 01, p. 07-14, 2005. Disponível em: 
<http://revistas.ufcg.edu.br/acsa/index.php/ACSA/article/view/7/pdf>. Acesso em: 
Março de 2023. 
ZEFERINO, C. P. Indicadores fisiológicos, desempenho, rendimento ao abate e 
qualidade de carne de coelhos puros e mestiços submetidos ao estresse pelo 
calor intenso ou moderado. Tese (Doutorado) - Faculdade de Medicina Veterinária 
e Zootecnia, Universidade Estadual Paulista, Botucatu,SP, 2009. Disponível em: 
<https://www.fmvz.unesp.br/Home/ensino/posgraduacao768/zootecnia/dissertacoese
teses/cynthia-pieri-zeferino.pdf>. Acesso em: Março de 2023.

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