Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
CONTABILIDADE E GESTÃO DE MICRO E PEQUENAS EMPRESAS AULA 2 Profª Daiane Lolatto CONVERSA INICIAL Nesta etapa, vamos tratar sobre obrigatoriedades contábeis e tributárias para Microempresário Individual (MEI), Microempresa (ME) e Pequenas e Médias Empresas (PMEs), e para tanto, estudaremos os seguintes temas: • Obrigatoriedades contábeis e tributárias (obrigações acessórias) para MEI, ME e PMEs; • LC 123 – Regras societárias para ME; • LC 123 – Regras tributárias para EPP; • NBC TG 1002 – Regras contábeis para ME; • NBC TG 1001 – Regras contábeis para EPP. Aproveite a leitura e exercite os conhecimentos adquiridos resolvendo as atividades. Lembre-se de que a melhor forma de aprender é exercitando. CONTEXTUALIZANDO O sistema tributário no Brasil é complexo e demanda muito estudo. Com o objetivo de facilitar o processo de abertura e tributação das micro e pequenas empresas, o Governo criou o regime tributário do Simples Nacional. Isso não impede as empresas de aderirem a outros regimes tributários, mas, como veremos nesta etapa, realmente há vantagens na escolha por esse regime. Em relação às normas contábeis, a partir do dia 1º de janeiro de 2023 passamos a aplicar a NBC TG 1000 (R1), NBC TG 1001 e NBC TG 1002. A NBC TG 1001 estabelece as regras contábeis para as pequenas empresas e a NBC TG 1002 estabelece as regras contábeis para as microentidades. Vamos ver que as microempresas e empresas de pequeno porte recebem classificações contábeis e tributárias diferentes. Diante disso, nesta etapa, vamos conhecer as leis que regem o Microempresário Individual (MEI), a Microempresa (ME) e as Pequenas e Médias Empresas (PMEs). Da mesma forma, trataremos algumas particularidades contábeis, societárias e tributárias relacionadas a elas. Esta etapa é fundamental para compreendermos o próximo conteúdo. Por isso, é imprescindível atentar para todos os temas e detalhes descritos. Iniciaremos falando sobre as obrigatoriedades contábeis e tributárias (obrigações acessórias) para MEI, ME e PMEs. 3 TEMA 1 – OBRIGATORIEDADES CONTÁBEIS E TRIBUTÁRIAS (OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS) PARA MEI, ME E PMES O Microempresário Individual (MEI), a Microempresa (ME) e as Pequenas e Médias Empresas (PMEs) possuem regras contábeis e tributárias específicas. A Lei Complementar n. 123, de 14 de dezembro de 2006, principal lei das Micro e Pequenas Empresas (MPEs), facilitou a abertura dessas empresas, aumentando a formalidade e sua chance de sobrevivência no mercado (Lemes Jr.; Pisa, 2019, p. 244). Com a alteração dessa lei em 2008, foi criada a figura do MEI, facilitando ainda mais o processo de abertura de negócios e reduzindo o ônus tributário sobre os empresários individuais. A empresa de médio porte não é abrangida pela Lei Complementar n. 123/2006, pois seu faturamento bruto anual supera R$ 4.800.000,00 e é menor ou igual a R$ 300.000.000,00. Segundo Lemes e Pisa (2019, p. 244), o Brasil possui uma legislação rica e avançada no âmbito de organizações societárias e tem sido inovador na desburocratização dos processos de abertura de empresas, na simplificação da apuração e recolhimento de tributos e na redução da carga tributária das MPEs. No entanto, mesmo com as facilidades de abertura de empresas disposta na Lei Complementar n. 123/2006, o empreendedor brasileiro ainda persiste na informalidade. Em um primeiro momento, a informalidade pode ser atrativa, mas conforme a empresa cresce, passa a ser conhecida e ganha mercado, isso será mais uma dificuldade do que uma comodidade. Uma empresa informal não possui CNPJ, nota fiscal, qualquer documentação, que lhe permita negociar com médias e grandes empresas ou participar de licitações públicas, dentre outras situações (Lemes Jr.; Pisa, 2019, p. 244). Agora vamos conhecer as obrigatoriedades contábeis e tributárias (obrigações acessórias) para MEI, ME e PMES. 1.1 Obrigações contábeis e tributárias para MEI De acordo com a Lei Complementar n. 123/2006, especificamente nos arts. 18-A a 18-C, para um empreendedor se enquadrar como Microempreendedor Individual (MEI), ele deve ter uma receita bruta anual igual ou inferior a R$ 81.000,00, no máximo um empregado que receba exclusivamente um salário-mínimo ou o piso salarial da categoria profissional, não ter participação como sócio ou titular em outra empresa, e exercer uma 4 atividade permitida pela legislação (Brasil, 2006). Se o empreendedor não iniciar suas atividades em janeiro, o limite da receita bruta anual será proporcional aos meses restantes do ano. O empreendedor que atender a essas condições pode se formalizar gratuitamente no Portal do Empreendedor. Nesse processo, ele obtém o CNPJ, número de inscrição na Junta Comercial, número de inscrição no INSS e o documento de alvará que equivale ao alvará de funcionamento, tudo de forma instantânea, gerando um documento único chamado Certificado da Condição de Microempreendedor Individual – CCMEI. O processo de formalização não tem nenhum custo associado. No entanto, após a formalização, o MEI passa a recolher mensalmente os seguintes valores a partir de maio de 2023: R$ 66,00 para a Previdência Social (correspondente a 5% do salário-mínimo reajustado anualmente); R$ 1,00 fixo por mês para o Estado (ICMS) se a atividade for comércio ou indústria; e R$ 5,00 fixos por mês para o Município (ISS) se a atividade for de prestação de serviços. Esses valores são pagos por meio de um único documento chamado DAS (Documento de Arrecadação do Simples Nacional), conforme estabelecido na Lei Complementar n. 123/2006. No Quadro 1, é possível observar os valores a serem recolhidos para cada atividade no ano de 2023. Quadro 1 – DAS MEI 2023 Atividade INSS ISS e ICMS TOTAL Comércio e indústria R$ 66,00 R$ 1,00 R$ 67,00 Serviços R$ 66,00 R$ 5,00 R$ 71,00 Comércio/indústria e serviços R$ 66,00 R$ 6,00 R$ 72,00 Fonte: Lolatto, 2023. Assim, mesmo que o MEI não tenha faturamento mensal, ele deve recolher os valores fixos mensais informados no Quadro 1 aos cofres públicos. O DAS é emitido pelo Portal do Empreendedor ou pelo aplicativo do MEI. Em relação aos aspectos fiscais, o MEI está dispensado de emitir nota fiscal para consumidores pessoa física (CPF), mas é obrigado a emitir nota fiscal quando vender para destinatários pessoa jurídica (CNPJ). Saiba mais Outra obrigação fiscal do MEI é a declaração anual, que pode ser entregue pelo próprio MEI no Portal do Empreendedor: 5 DECLARAÇÃO Anual de Faturamento – DASN. Portal do Empreendedor, S.d. Disponível em: <https://www.gov.br/empresas-e- negocios/pt-br/empreendedor/servicos-para-mei/declaracao-anual-de- faturamento>. Acesso em: 29 jun. 2023. É importante destacar que o MEI (pessoa jurídica) e o empreendedor (pessoa física) são pessoas distintas e devem enviar a declaração nos prazos estabelecidos. A distribuição de lucros da pessoa jurídica para a pessoa física segue a mesma regra aplicada às empresas optantes pelo lucro presumido, conforme disposto na Lei n. 9.249/1995 (art. 15) e Lei n. 9.430/1996 (art. 1º e 25, Inciso I). Vamos considerar a seguinte situação: um MEI obteve uma receita de R$ 80.000,00 em suas atividades comerciais, e suas despesas operacionais totalizaram R$ 20.000,00, resultando em um lucro de R$ 60.000,00. Como o MEI não realiza escrituração contábil, é necessário calcular o lucro que pode ser distribuído de forma isenta do imposto sobre a renda. Para isso, devemos multiplicar a receita bruta anual da atividade pelo percentual de presunção do lucro presumido, que é de 8% para a atividade comercial. Assim, temos R$ 80.000,00 x 8% = R$ 6.400,00. Caso o MEI opte por apresentar a Declaração de Ajuste Anual (embora não seja obrigatório apenas com esses rendimentos), ele deverá informar o valor de R$ 6.400,00 como rendimentos isentos e não tributáveis.Em relação às obrigações contábeis, o MEI não é obrigado a realizar a contabilidade formal, como o livro diário, o livro razão e o livro caixa, conforme determina o Código Civil, art. 1.179, parágrafo 2º (regulação contábil e tributária) (Brasil, 2002). No entanto, o empreendedor tem a obrigação tributária de registrar mensalmente o total de suas receitas em um formulário simplificado, de acordo com o Anexo XII da Resolução CGSN 140/2018 (Brasil, 2018). Saiba mais O formulário está disponível no Portal do Empreendedor: RELATÓRIO Mensal de Receitas Brutas. Portal do Empreendedor, S.d. Disponível em: <https://www.gov.br/empresas-e-negocios/pt- br/empreendedor/servicos-para-mei/relatorio-mensal>. Acesso em: 29 jun. 2023. Caso o empreendedor (pessoa física) opte por contratar um profissional contábil para manter a contabilidade do MEI (pessoa jurídica) em ordem, 6 gerando os livros comerciais devidamente registrados no órgão competente, assim como ocorre com as demais empresas optantes por outros regimes tributários (RIR/2018, art. 35 inciso IV), a distribuição de lucros para o empreendedor será realizada de forma isenta e sem qualquer imposto adicional, conforme previsto na Lei Complementar n. 123/2006, art. 14 (Brasil, 2006), e na Resolução CGSN n. 140/2018, art. 145, parágrafo 3º (Brasil, 2018). Além disso, uma contabilidade adequada proporciona uma gestão financeira de qualidade, ou seja, o MEI pode acompanhar de perto seus resultados, identificar oportunidades de melhorias e otimizar o desempenho financeiro da organização. Dentre as vantagens do MEI, destacam-se a facilidade no processo de abertura da empresa, com menos burocracia e custos reduzidos; o custo mensal fixo e simplificado da tributação; a declaração anual simplificada, o que diminui a carga de trabalho contábil; a cobertura previdenciária do INSS, que oferece benefícios como aposentadoria, auxílio doença, auxílio maternidade, auxílio reclusão para o empreendedor (pessoa física) e pensão por morte para a família; a possibilidade de contratar um empregado para auxiliar no crescimento do negócio; o acesso facilitado a crédito e linhas de financiamento; além da dispensa da obrigatoriedade de contabilidade para o MEI (pessoa jurídica) e emissão de nota fiscal em algumas situações. No entanto, apesar das diversas vantagens, o MEI também apresenta algumas desvantagens. O faturamento é limitado a R$ 81.000,00 por ano, o que pode restringir o crescimento do negócio. Caso o valor do faturamento anual ultrapasse o limite em até 20%, atingindo R$ 97.200,00 de faturamento no ano, o MEI deverá fazer a transição de sua condição de MEI para uma Microempresa (ME), cujo limite de faturamento anual é de até R$ 360.000,00. Além da mudança de categoria, será necessário efetuar o recolhimento do valor excedente por meio de um DAS complementar, emitido na Declaração Anual do Simples Nacional do MEI (DASN-SIMEI). Se o MEI ultrapassar o limite em mais de 20%, alcançando um valor superior a R$ 97.200,00, ocorrerá automaticamente a exclusão da categoria, e será realizada a cobrança retroativa de impostos sobre o valor total faturado durante o ano, com a aplicação das alíquotas de uma microempresa, acrescido de juros e multa (Lei Complementar n. 123/2006, art. 18-A, parágrafo 7º, inciso III). Outra desvantagem em ser um MEI envolve o limite de contratação de funcionários, sendo permitido apenas um empregado. Ainda, a linha de crédito 7 disponível para o MEI também pode ser reduzida em comparação a outras categorias de empresa, o que pode dificultar o acesso a financiamentos. Outro ponto a ser considerado é que, se a pessoa física (CPF) que tiver MEI também estiver atuando profissionalmente em regime CLT for dispensado, ele não terá direito ao seguro-desemprego, uma vez que o governo considera que o MEI possui outra fonte de renda. Com suas vantagens e desvantagens, o MEI é uma oportunidade para que os empreendedores tenham um respaldo social. Na sequência, vamos conhecer as obrigações contábeis e tributárias para as microempresas, outro enquadramento de empresa. 1.2 Obrigações contábeis e tributárias para ME Assim como o MEI, a ME também segue as regras da Lei Complementar n. 123/2006 em virtude do enquadramento por porte, porém possui obrigações contábeis e tributárias diferentes. Mas qual é a principal diferença entre o MEI e a ME? O MEI é aquele que tem uma receita bruta anual igual ou inferior a R$ 81.000,00, enquanto a ME é aquela com uma receita bruta anual igual ou inferior a R$ 360.000,00. Enquanto o MEI recolhe um valor fixo mensal, a ME pode optar por diferentes regimes tributários, como o Simples Nacional, Lucro Presumido ou Lucro Real, dependendo do resultado do planejamento tributário. As obrigações tributárias estão diretamente relacionadas ao regime de tributação. Vamos analisar, inicialmente, as obrigações tributárias principais (arrecadação) das microempresas optantes pelo Simples Nacional. No Simples Nacional, o contribuinte (ME) deve recolher mensalmente, em um único Documento de Arrecadação do Simples Nacional (DAS), os seguintes tributos: Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ), Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS), Programa de Integração Social e Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (PIS/Pasep), Contribuição Previdenciária Patronal (CPP), Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e Imposto Sobre Serviços (ISS). O valor arrecadado mensalmente pelo Simples Nacional será determinado mediante aplicação das alíquotas efetivas, calculadas com base 8 nas alíquotas nominais constantes das tabelas dos Anexos I a V desta Lei Complementar n. 123/2006. Vamos supor que uma empresa comercial obtenha mensalmente receita bruta igual a R$ 130.000,00. Você pode visualizar a apuração da alíquota efetiva e do DAS no Quadro 2. Quadro 2 – Exemplo de apuração do Simples Nacional – Comércio Faturamento mensal R$ 130.000,00 Receita bruta acumulada 12 meses R$ 1.560.000,00 Anexo I – alíquota nominal 10,7% Valor a deduzir R$ 22.500,00 Alíquota efetiva (1.560.000,00 𝑥 10,7%) − 22.500,00 1.560.000,00 = 166.920 1.560.000.00 = 0,0926 𝑥 100 = 9,26% Valor a pagar no DAS (R$ 130.000,00 x 9,26%) R$ 12.035,00 Fonte: Lolatto, 2023. Vamos considerar o caso em que a mesma empresa optou pelo regime tributário do Lucro Presumido. De acordo com a Lei n. 12.814, de 16 de maio de 2013, ela pode escolher esse regime, uma vez que o limite de receita bruta total anual é de R$ 78.000.000,00 ou R$ 6.500.000,00 multiplicado pelo número de meses de atividade do ano-calendário anterior (Brasil, 2013). Uma característica principal desse regime é a presunção da base de cálculo do IRPJ e CSLL, que leva em consideração a atividade exercida pela empresa, conforme previsto no art. 592 do Regulamento do Imposto de Renda de 2018 (RIR/2018) e no art. 22 da Lei n. 10.684, de 30 de maio de 2003. O recolhimento é feito trimestralmente e o pagamento da primeira parcela dos tributos é considerado pelo Fisco como a escolha pelo Lucro Presumido. A apuração do ICMS ocorre mensalmente pelo regime não cumulativo, de acordo com a legislação de cada Estado. A apuração do PIS/Pasep e da Cofins é feita pelo regime cumulativo, aplicando-se as alíquotas de 0,65% e 3%, respectivamente, sobre a receita bruta mensal. No regime tributário do Lucro Real, a base de cálculo para apuração do IRPJ e da CSLL é o lucro real, ou seja, o lucro contábil ajustado pelas adições e exclusões definidas no RIR/2018. Também é possível realizar a compensação de prejuízos fiscais apurados em exercícios anteriores, limitado a 30% do lucro real antes da compensação. A legislação permite apurar o lucro real9 trimestralmente ou anualmente. O ICMS, PIS/Pasep e Cofins devem ser apurados mensalmente pelo regime não cumulativo. As empresas que faturarem mais que R$ 78.000.000,00 estão automaticamente obrigadas a apuração pelo Lucro Real, conforme disposto no art. 257 do RIR/2018, sendo facultativo para as demais empresas. Assim, observa-se que o MEI realmente possui um ônus tributário menor em relação às empresas que optam pelo regime tributário do Simples Nacional, Lucro Presumido e Lucro Real. Os únicos tipos de empresas que podem aderir ao Simples Nacional são as MEs e EPPs, porém ME e EPP podem optar pelo Lucro Presumido ou pelo Lucro Real. As obrigações tributárias acessórias variam em função do regime tributário e da atividade desenvolvida pela empresa. Assim, o profissional contábil deve analisar a legislação vigente para cumprir com essas obrigações. De acordo com a Lei das Sociedades por Ações (Lei das S.A.), Lei n. 6.404, de 15 de dezembro de 1976, e suas alterações posteriores, no art. 176, é estabelecido que as empresas, com exceção do MEI, são obrigadas a apresentar as seguintes demonstrações contábeis ao fim de cada exercício social: a. Balanço Patrimonial (BP); b. Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados (DLPA); c. Demonstração do Resultado do Exercício (DRE); d. Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC); e. Se companhia aberta, Demonstração do Valor Adicionado (DVA); f. Notas Explicativas (NE) (Brasil, 1976). A Lei das S.A., art. 176, parágrafo 6o, ainda determina que a empresa de capital fechado, cujo patrimônio líquido na data do balanço seja inferior a R$ 2.000.000,00, não terá a obrigação de elaborar e publicar a demonstração dos fluxos de caixa (Brasil, 1976). Cada demonstração possui normas específicas para sua elaboração. Agora vamos estudar as obrigações contábeis e tributárias para as PMEs. 1.3 Obrigações contábeis e tributárias para PMES As Empresas de Pequeno Porte (EPP) são aquelas que auferem receita bruta anual maior a R$ 360.000,00 e menor ou igual a R$ 4.800.000,00. Considerando essa faixa de faturamento anual (receita bruta anual), elas se 10 enquadram nas regras dispostas na Lei Complementar n. 123/2006 e podem optar pelo regime tributário do Simples Nacional ou optar pelos regimes tributários do Lucro Presumido (Lei n. 12.814/2013) e Lucro Real (RIR/2018). Em contrapartida, as médias empresas não se enquadram nas regras estabelecidas pela Lei Complementar n. 123/2006, pois o faturamento bruto anual dessas empresas é maior que R$ 4.800.000,00 e menor ou igual a R$ 300.000.000,00. Desta forma, elas só podem escolher entre o Lucro Presumido e o Lucro Real. A lógica de tributação (obrigações principais) das PMEs em relação ao regime tributário é a mesma lógica das microempresas. No regime tributário do Simples Nacional, o valor arrecadado mensalmente será determinado em função da aplicação das alíquotas efetivas, calculadas com base nas alíquotas nominais constantes das tabelas dos Anexos I a V desta Lei Complementar 123/2006. No Lucro Presumido, a base de cálculo do IRPJ e CSLL é presumida de acordo com a atividade exercida pela empresa. A apuração do ICMS ocorre mensalmente pelo regime não cumulativo e em conformidade com a legislação de cada Estado. A apuração do PIS/Pasep e da Cofins se dá pelo regime cumulativo, aplicando-se as alíquotas de 0,65% e 3%, respectivamente, sobre a receita bruta mensal. No regime tributário do Lucro Real, a base de cálculo para apuração do IRPJ e da CSLL é o lucro real, ou seja, o lucro contábil ajustado pelas adições e exclusões definidas no RIR/2018, sendo possível realizar a compensação de prejuízos fiscais apurados em exercícios anteriores, limitado a 30% do lucro real antes da compensação. A legislação permite apurar o lucro real trimestralmente ou anualmente. O ICMS, PIS/PASEP e Cofins devem ser apurados mensalmente pelo regime não cumulativo. As obrigações acessórias (declarações) das empresas podem variar de acordo com o regime tributário e a atividade desenvolvida pela empresa. Assim, as empresas devem cumprir as legislações vigentes. As demonstrações contábeis obrigatórias para as PMEs, assim como para as ME, estão relacionadas na Lei n. 6.404/76, art. 176 (Brasil, 1976). As regras para elaboração das demonstrações contábeis podem ser encontradas no CPC PME aderida pelo Conselho Federal de Contabilidade mediante divulgação da NBC TG 1000 (R1) (Norma Brasileira de Contabilidade Técnica Geral 1000 (Revisão 1)). Enquanto a NBC TG 1000 (R1) equivale ao CPC PME, que é o 11 conjunto de normas contábeis aplicadas as médias empresas, a NBC TG 1001 é destinada para as pequenas empresas e a NBC TG 1002 é destinada para as microentidades. Agora vamos estudar com mais detalhes a Lei Complementar n. 123/2006, que trata das questões tributárias e societárias das MPEs, e as normas técnicas de contabilidade NBCs 1001 e 1002 que estabelecem os critérios e procedimentos contábeis para essas empresas. TEMA 2 – LC 123 – REGRAS SOCIETÁRIAS PARA ME A Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas, também conhecida como Estatuto Nacional das Microempresas e das Empresas de Pequeno Porte, foi estabelecida pela Lei Complementar n. 123/2006, ou LC 123/2006. Essa legislação definiu normas gerais, tanto societárias quanto tributárias, que visam proporcionar tratamento diferenciado e favorecido às Microempresas (ME) e às Empresas de Pequeno Porte (EPP) em âmbito federal, estadual, distrital e municipal, em conformidade com os arts. 146, 170 e 179 da Constituição Federal (Lemes Jr.; Pisa, 2019). De acordo com Lemes Jr. e Pisa (2019), a Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas trouxe diversos benefícios, como a unificação do regime de tributação e simplificação das obrigações fiscais acessórias, redução do ônus tributário em receitas de exportação e substituição tributária, desobrigação de certas obrigações trabalhistas e previdenciárias, facilidade no processo de abertura, alteração e encerramento de MPEs, simplificação do acesso ao crédito e mercado, prioridade nas compras públicas, incentivo à inovação tecnológica, estímulo ao associativismo e consórcios, regulamentação do pequeno empresário, parcelamento de dívidas tributárias para enquadramento no Simples Nacional, entre outros benefícios. Dessa forma, a Lei Geral das MPEs passou a contribuir efetivamente com a construção de um ambiente sustentável para o desenvolvimento e crescimento dos pequenos negócios. A categoria de Microempresário Individual (MEI), que não se enquadra como ME ou EPP, foi criada com base na alteração da LC 123/2006 realizada por meio da Lei Complementar n. 128, de 19 de dezembro de 2008. O MEI possui benefícios mais amplos que as MPEs, entre os quais a garantia de que todos os custos relacionados à abertura, alvará, funcionamento, alterações, entre outros, estão reduzidos a zero. 12 Mas quais são as regras societárias relativas às microempresas dispostas na LC n. 123/2006? A Lei Complementar n. 123/2006, em seu art. 3º, parágrafo 4º, estabelece algumas regras e limites no âmbito societário para as microempresas e empresas de pequeno porte do Simples Nacional, como descrito a seguir: 1. Não pode ter participação de outras empresas em seu capital; 2. Não pode ter sede no exterior ou filial, sucursal, agência ou representação no país; 3. Sócio (pessoa física) pode participar do capital de outras empresas do Simples Nacional desde que o faturamento bruto anual não ultrapasse R$ 4.800.000,00; 4. Sócio (pessoa física) com até 10% de participação em empresa fora do Simples Nacional não tem o faturamento somado como critério de impedimento, mas acima de 10% é somado e não pode ultrapassar R$ 4.800.000,00; 5. Sócio ou titular (pessoa física) que atuar como administrador em outra empresa terá a receita bruta global somada, nãopodendo ultrapassar R$ 4.800.000,00; 6. Empresa constituída como cooperativa, exceto cooperativas de consumo, não pode aderir ao Simples Nacional; 7. A empresa do Simples Nacional não pode ser sócia do capital de outra pessoa jurídica; 8. Empresas que desenvolvam atividades específicas, como instituições financeiras, não podem fazer parte do Simples Nacional; 9. Empresas que tenham realizado cisão, fusão ou incorporação nos últimos cinco anos não podem fazer parte do Simples Nacional; 10. Sociedades por ações não podem aderir ao Simples Nacional; 11. Sócio ou titular não pode ter relação de pessoalidade, subordinação e habitualidade com o contratante do serviço, como no caso de pejotização (Brasil, 2006). Considerando os benefícios de ser enquadrado no Simples Nacional, é fundamental compreender as regras societárias. A seguir, conheceremos as regras tributárias aplicáveis às empresas de pequeno porte que possuem um tratamento jurídico diferenciado previsto na LC n. 123/2006. 13 TEMA 3 – LC 123 - REGRAS TRIBUTÁRIAS PARA EPP A principal diferença entre as ME e EPP compreende o limite máximo que cada uma delas pode faturar anualmente. Segundo a LC n. 123/2006, uma ME pode faturar até R$ 360.000,00 por ano, enquanto uma EPP deve ter um faturamento anual entre R$ 360.000,00 e R$ 4.800.000,00. O faturamento bruto ou receita bruta corresponde ao valor total obtido pela empresa com a venda de bens e serviços, antes dos descontos referentes a despesas e tributos. As MEs e as EPPs que se enquadram nesses limites podem aderir a um a um regime tributário simplificado, denominado de Simples Nacional, que é um regime exclusivo para MEs e EPPs. O cálculo do tributo a pagar mensalmente é realizado com base no faturamento bruto da empresa por meio do DAS, conforme estudado anteriormente. A adesão ao Simples Nacional é facultativa, visto que as MEs e EPPs também podem optar pelo Lucro Presumido ou Lucro Real. No Lucro Presumido, o cálculo do IRPJ e da CSLL é feito com base no lucro presumido, ou seja, aplica- se percentuais de presunção sobre a receita bruta trimestral. No Lucro Real, o lucro líquido contábil é ajustado a fim de aplicar as alíquotas do IRPJ e da CSLL. A natureza jurídica das MEs e EPPs também é um dos critérios para aderir ao regime tributário do Simples Nacional. Enquanto o porte está associado ao faturamento da empresa, a natureza jurídica define as regras de abertura e direitos dos sócios. A LC n. 123/2006, art. 3º, determina que, para se enquadrar no Simples Nacional, as MEs e as EPPs devem ter natureza jurídica de Sociedade Limitada, Empresário Individual ou Sociedade Simples (Brasil, 2006). Mas o que quer dizer cada uma dessas naturezas jurídicas? A Sociedade Limitada é uma forma de sociedade contratual que pode ser de pessoas ou de capital, conforme definido no contrato social. O contrato social de uma Sociedade Limitada de pessoas inclui cláusulas de controle para a entrada de terceiros estranhos à sociedade, por exemplo, condicionar a cessão de cotas sociais à aprovação dos demais cotistas ou proibir a sucessão dos herdeiros por morte de um sócio. Se o contrato social não estabelecer restrições à entrada de terceiros, seja por sucessão ou cessão de cotas, então a Sociedade Limitada será considerada de capital (Vido, 2022, p. 85). 14 O Empresário Individual é uma pessoa física que exerce uma atividade empresarial sem ter sócios. Nesse caso, o empresário assume o risco total pela atividade exercida, ou seja, não há separação entre o patrimônio empresarial e pessoal. Portanto, em caso de dívidas empresariais ou pessoais, o patrimônio único do empresário pode ser utilizado para responder por tais obrigações (Vido, 2022). A Sociedade Simples é uma forma de sociedade utilizada para atividades que não são consideradas empresariais, como é o caso de sociedades formadas por profissionais intelectuais. Por exemplo, consultórios médicos, escritórios de advocacia e atividades similares podem optar pela constituição de uma Sociedade Simples (Vido, 2022). Diante disso, ao aderir ao Simples Nacional, a empresa deve identificar as tabelas de apuração dos tributos. O Simples Nacional dispõe de cinco anexos diferentes e cada anexo possui tabelas especificas para apuração do DAS. O Anexo I é aplicado na atividade comercial, o Anexo II é utilizado na atividade industrial, o Anexo III é empregado nas receitas de locação de bens móveis e de prestação de serviços não relacionados no parágrafo 5º-C do art. 18 da LC 123/2006, o Anexo IV é aplicado nas receitas decorrentes da prestação de serviços relacionados no parágrafo 5º-C do art. 18 da LC 123/2006 e o Anexo V é empregado nas receitas decorrentes da prestação de serviços relacionados no parágrafo 5º-I do art. 18 da LC 123/2006 (Brasil, 2006). Agora que compreendemos o aspecto tributário das micro e pequenas empresas com mais profundidade, vamos conhecer os aspectos contábeis. As NBCs TG 1001 e 1002 são as normas destinadas para as microentidades e pequenas empresas. TEMA 4 – NBC TG 1002 – REGRAS CONTÁBEIS PARA ME A NBC TG 1002 entrou em vigor a partir de 1º de janeiro de 2023, revogando a ITG 1000. Essa norma contábil é aplicada às microentidades. De acordo com a norma, as microentidades são aquelas empresas com finalidade de lucros, que possuem receita bruta anual de até R$ 4.800.000,00. Para o Conselho Federal de Contabilidade, as microentidades compreendem as microempresas e empresas de pequeno porte descritas na legislação fiscal. As microentidades que ultrapassarem o limite de receita bruta anual de R$ 15 4.800.000,00 por dois anos seguidos passarão, obrigatoriamente, a seguir a NBC TG 1001. De acordo com a NBC TG 1002, as demonstrações contábeis têm o objetivo de apresentar informações sobre a posição financeira (balanço patrimonial) e o desempenho (resultado) da empresa. Para isso, as informações devem atender unicamente às características qualitativas (princípios gerais) da compreensibilidade, relevância (materialidade), confiabilidade, prudência e comparabilidade. As demonstrações contábeis obrigatórias para as microentidades são o Balanço Patrimonial (BP), a Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) e a Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados (DLPA) e devem ser apresentadas de forma comparativa às demonstrações do ano anterior (NBC TG 1002). É importante observar que as contas são denominadas de forma diferente nas microentidades quando comparadas às pequenas e médias empresas. Por exemplo, nas microentidades temos no BP as contas caixa e bancos e nas pequenas empresas temos disponibilidades. A NBC TG 1002 também trata de mudanças de políticas contábeis, mudanças de estimativas e retificação de erros, tratamento contábil de instrumentos financeiros, estoques, investimentos, imobilizado, intangível, arrendamentos e aluguéis, passivos e provisões, patrimônio líquido, receitas, despesas financeiras, benefícios a empregados e administradores, tributos sobre o lucro e transações em moeda estrangeira. Na sequência, vamos ver algumas particularidades para esse tipo de empresa. Os estoques podem ser avaliados pelo método do Primeiro a Entrar, Primeiro a Sair (PEPS), ou pelo método do custo médio ponderado, de forma consistente ao longo do tempo e aplicado da mesma forma para estoques de natureza e uso parecido (NBC TG 1002). O método Último a Entrar, Primeiro a Sair (UEPS) não pode ser utilizado para fins contábeis por essas entidades, diferentemente do que ocorre nas grandes empresas. Para fins tributários, o método UEPS não pode ser aplicado. Os investimentos societários realizados por microentidades devem ser avaliados exclusivamente pelo método de custo, não sendo aplicável o método de equivalência patrimonial. Desta forma, os lucros distribuídos por essas entidades investidasserão reconhecidos como receitas de dividendos ou de lucros recebidos. Se houver uma clara desvalorização do investimento, essa 16 perda deve ser registrada como um débito no resultado (NBC TG 1002). A restrição do uso da equivalência patrimonial é aplicada apenas para as microentidades. O imobilizado nas microentidades inclui propriedade para investimento. A propriedade para investimento consiste na propriedade física, como um terreno que o proprietário mantém para ter rendas e/ou valorizar o capital (NBC TG 1002). Vamos observar que o registro da propriedade para investimento ocorre da mesma forma nas pequenas empresas e difere das médias empresas. Os bens do ativo imobilizado devem ser reconhecidos pelo custo de aquisição e devem ser depreciados pelo método da linha reta, considerando o prazo de vida útil definido pela Secretaria Especial da Receita Federal do Brasil. Caso uma alternativa diferente proporcione uma apresentação do balanço e um desempenho substancialmente melhores, ela poderá ser adotada. As partes e peças de substituição nas microentidades devem ser contabilizadas como despesa do período em que ocorrer a substituição (NBC TG 1002). Vamos ver que o reconhecimento das partes e peças de substituição nas médias empresas recebe um tratamento diferenciado. O ativo intangível deve ser contabilizado pelo custo de aquisição, o qual compreende o preço de compra à vista, os tributos não recuperáveis e demais custos diretamente associados à compra. Os gastos com pesquisa e desenvolvimento devem ser reconhecidos como despesa. A amortização do ativo intangível deve ocorrer no prazo máximo de 5 anos, sendo iniciada quando o ativo estiver disponível para uso ou quando o projeto estiver concluído (NBC TG 1002). Vamos observar que o prazo limite de amortização nas pequenas empresas difere das microentidades. De acordo com a NBC TG 1002, as contraprestações dos arrendamentos em microentidades são contabilizadas como despesa pelo arrendatário e como receita pelo arrendador, sem distinção entre arrendamento operacional e arrendamento financeiro. O mesmo tratamento é dado às pequenas empresas. As microentidades devem reconhecer as receitas quando transferirem para o comprador os riscos e benefícios do ativo, puderem mensurar a receita com confiabilidade e for provável seu recebimento. No entanto, elas podem, por expediente prático, reconhecer as receitas no momento da emissão da nota fiscal, desde que representem adequadamente a posição patrimonial e o 17 desempenho da empresa (NBC TG 1002). O expediente prático se aplica apenas às microentidades. De acordo com a NBC TG 1002, as microentidades devem apresentar a despesa com tributos sobre o lucro (IRPJ e CSLL) na Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) antes do resultado líquido do exercício, caso sejam optantes pelo Lucro Real e Lucro Presumido (CFC, 2021b). Porém, se forem optantes pelo Simples Nacional, os tributos podem ser evidenciados como dedução da receita bruta. Essa opção de reconhecimento dos tributos sobre o lucro pelo Simples Nacional é tratada como expediente prático para as pequenas empresas. As normas de contabilidade aplicadas às microentidades são mais simples do que as normas aplicadas às demais entidades. Em seguida, analisaremos as normas aplicadas às pequenas empresas. TEMA 5 – NBC TG 1001 – REGRAS CONTÁBEIS PARA EPP A NBC TG 1001 entrou em vigor a partir de 1º de janeiro de 2023. Essa norma contábil é aplicada às pequenas empresas que antes eram objeto de estudo da NBC TG 1000. De acordo com a norma, as pequenas empresas são aquelas empresas com finalidade de lucros, com receita bruta anual acima de R$ 4.800.000,00 até R$ 78.000.000,00. Na legislação fiscal, as empresas que se encontram dentro dessa faixa de faturamento são classificadas como empresas de médio porte. As empresas de pequeno porte que ultrapassarem o limite da receita bruta anual de R$ 78.000.000,00 por dois anos seguidos passarão, obrigatoriamente, a seguir a NBC TG 1000 (R1). De acordo com a NBC TG 1001 (CFC, 2021a), o limite de R$ 4.800.000,00 está vinculado ao inciso II do art. 3º da Lei Complementar n 123/2006 (Simples Nacional) e o limite de R$ 78.000.000,00 está associado ao art. 13 da Lei n. 9.718/1998 (Lucro Presumido). Se o limite das referidas Leis for alterado, considera-se também alterado o limite da Norma. A NBC TG 1001 não pode ser aplicada de forma parcial, exceto quando não houver tratamento contábil específico para determinada situação. Então, se a NBC TG 1001 não especificar como contabilizar um evento, o profissional contábil deve recorrer à NBC TG 1000 (R1) e se a NBC TG 1000 (R1) não descrever como contabilizar, o profissional contábil deve adotar os CPCs de maneira geral. 18 A NBC TG 1001 não se aplica às entidades que possuem responsabilidade pública de prestação de contas, como é o caso das companhias abertas e das instituições financeiras que precisam prestar contas à Comissão de Valores Mobiliários. O objetivo das demonstrações contábeis, segundo a NBC TG 1001, é apresentar informações sobre a situação patrimonial e financeira (BP), o desempenho (DRE) e os fluxos de caixa da entidade, assim como informações qualitativas em notas explicativas e relatórios adicionais que contribuem para a tomada de decisões dos usuários. Dessa forma, as demonstrações contábeis obrigatórias para as empresas de pequeno porte são as seguintes: a. Balanço Patrimonial (BP); b. Demonstração do Resultado do Exercício (DRE); c. Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL); d. Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC); e. Notas Explicativas (NE), contendo o resumo das políticas contábeis mais relevantes e outras informações explanatórias. As informações das demonstrações contábeis devem conter as características qualitativas (princípios gerais) da compreensibilidade, relevância (materialidade), confiabilidade, primazia da essência sobre a forma, prudência e comparabilidade. A NBC TG 1001, em relação à NBC TG 1002, introduziu o princípio da primazia da essência sobre a forma, registrando os eventos com base na essência, e não apenas na sua forma legal, por exemplo, na depreciação mensal com base na vida útil real do bem. Agora vamos entender mais algumas particularidades para esse tipo de empresa. A entidade deve apresentar no BP os grupos do ativo circulante e não circulante, passivo circulante e não circulante e patrimônio líquido de forma separada, assim como ocorre com os demais tipos de empresa. No entanto, as contas que compõem o balanço recebem denominações diferentes das microentidades e que devem ser observadas nas normas. Por exemplo, as microentidades devem registrar a conta caixa e bancos no ativo circulante, enquanto as pequenas empresas devem registrar a conta Disponibilidades. Em contrapartida, para as médias empresas, é adotada a denominação Caixa e Equivalentes de Caixa. Na Demonstração do Resultado do Exercício (DRE), as despesas são agrupadas por função e não por natureza, o que significa que a empresa não 19 precisa especificar na demonstração quais são as despesas administrativas (como pessoal, materiais, depreciações, entre outros). A entidade tem a opção de fornecer informações adicionais por meio de notas explicativas (NBC TG 1001). Ainda, nas pequenas empresas, a DRE deve iniciar com a receita líquida, e as informações anteriores (receita bruta e deduções e abatimentos) podem ser explicadas nas notas explicativas, pois essas entidades são obrigadas a elaborar essas notas. Em contrapartida, as microentidades devem começar a DRE com a informação da receita bruta, e a demonstração é apresentada de forma mais detalhada, uma vez que não é obrigatória a elaboração das notas explicativas. A Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL) pode ser substituída pelaDemonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados (DLPA). Isso ocorre quando há apenas movimentação das contas de lucros e prejuízos acumulados, ou seja, quando não há integralização de capital ou movimentação de contas entre reservas (NBC TG 1001). A Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC) deve ser apresentada pelo método indireto, baseando-se no resultado líquido do período e analisando a movimentação das contas patrimoniais e de resultado. A DFC deve detalhar os fluxos de atividades operacionais, de investimentos e de financiamentos. A NBC TG 1001 especifica, por exemplo, que os juros e dividendos recebidos devem ser lançados nas atividades de investimentos e os juros e dividendos pagos devem ser registros nas atividades de financiamos (CFC, 2021a). Essa é uma diferença importante da NBC TG 1000 (R1), pois as médias empresas devem analisar a característica da operação para realizar o registro. As Notas Explicativas (NEs) devem conter apenas informações relevantes aos usuários e podem ser apresentadas em ordem de maior relevância, maior risco ou agrupadas por função na estrutura patrimonial, com a obrigação de declarar a conformidade com a NBC TG 1001. As demonstrações devem ser apresentadas de forma comparativa às demonstrações do ano anterior. Os investimentos feitos por pequenas empresas devem obrigatoriamente ser avaliados pelo método da equivalência patrimonial, ao contrário das microempresas, que utilizam o método de custo para avaliar seus investimentos. A equivalência patrimonial consiste na atualização do valor do investimento com base em quaisquer mudanças no Patrimônio Líquido da empresa investida, levando em consideração a participação efetiva do investidor (Santos et al., 2022, p. 99). 20 A propriedade para investimento das pequenas empresas recebe o mesmo tratamento contábil das microempresas, ou seja, é reconhecida como imobilizado pelo custo de aquisição, e o valor registrado não é ajustado ao valor justo ao longo do tempo (NBC TG 1001) (CFC, 2021a). O imobilizado nas pequenas empresas é reconhecido pelo custo de aquisição e deve ser depreciado pelo método da linha reta. A depreciação, ao contrário das microempresas, deve ser registrada com base na vida útil que melhor represente o uso do imobilizado, ou conforme definido pela Secretaria Especial da Receita Federal do Brasil (expediente prático) (NBC TG 1001) (CFC, 2021a). As partes e peças de substituição do imobilizado nas pequenas empresas devem ser contabilizadas como despesa no período em que ocorrer a substituição, exceto quando as partes e peças adicionarem benefícios futuros à entidade. Nesse caso, a entidade deve adicionar o custo ao bem e baixar o valor contábil das partes substituídas contra o resultado (NBC TG 1001) (CFC, 2021a). Podemos observar que, nas pequenas empresas, há a opção de incluir as partes e peças de substituição como parte do ativo imobilizado, enquanto nas microentidades elas devem ser reconhecidas diretamente no resultado. Assim como nas microentidades, as pequenas empresas devem registrar os ativos intangíveis pelo custo de aquisição, e os gastos com pesquisa e desenvolvimento devem ser reconhecidos como despesa. No entanto, as pequenas empresas devem amortizar os intangíveis de acordo com o período de vigência dos direitos contratuais ou outros direitos legais. Caso a amortização não possa ser realizada com base nesses critérios, a vida útil estimada pela administração não deve ultrapassar o limite de dez anos, e somente poderá ser menor do que cinco anos se devidamente justificado (NBC TG 1001) (CFC, 2021a). Conforme a NBC TG 1001, as contraprestações de arrendamentos de pequenas empresas devem ser contabilizadas como despesa pelo arrendatário e como receita pelo arrendador, independentemente de serem arrendamentos operacionais ou financeiros, assim como ocorre para as microentidades (CFC, 2021a). A classificação de um instrumento como passivo ou patrimônio líquido deve refletir a essência do acordo contratual. Por exemplo, adiantamentos feitos pelos sócios para aumento de capital devem ser reconhecidos como patrimônio 21 líquido, uma vez que se entende que esses valores não serão revertidos. Ainda, a emissão de ações ou outros títulos patrimoniais, as ações ou quotas em tesouraria, reservas de capital e reservas de lucros devem ser reconhecidos no patrimônio líquido. Já os valores a serem distribuídos aos sócios devem ser reconhecidos como passivo (NBC TG 1001) (CFC, 2021a). O tratamento para os tributos sobre o lucro (IRPJ e CSLL) na NBC TG 1001 é semelhante à NBC TG 1002, ou seja, as entidades optantes pelo Lucro Real e Lucro Presumido devem apresentar os tributos sobre o lucro na DRE antes do resultado líquido do exercício. E, caso a pequena empresa seja optante pelo Simples Nacional, ela pode evidenciar os tributos como dedução da receita bruta. Diante desse contexto, a aplicação das normas contábeis pode ser resumida conforme apresentado no Quadro 3. Quadro 3 – Aplicação das normas contábeis Tipo de entidade Porte da entidade Norma a ser aplicada Alternativa permitida Empresas de grande porte (Sociedades por Ações) Ativo total > R$ 240 milhões ou Receita bruta anual > R$ 300 milhões 1 Todos os CPCs Não há Médias empresas Ativo total até R$ 240 milhões ou Receita bruta anual entre R$ 78 milhões a R$ 300 milhões CPC PME (NBC TG 1000 (R1)) Todos os CPCs Pequenas empresas Receita bruta anual entre R$ 4,8 milhões a R$ 78 milhões NBC TG 1001 CPC PME (NBC TG 1000 (R1)) ou Todos os CPCs Microempresas Receita bruta anual < R$ 4,8 milhões NBC TG 1002 NBC TG 1001 ou CPC PME (NBC TG 1000 (R1)) ou Todos os CPCs 1. Lei n. 11.638, de 28 de dezembro de 2007, art. 3º, parágrafo único Fonte: Lolatto, 2023. O Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) é responsável pela tradução das Normas Internacionais de Contabilidade, as IFRS (International Financial Reporting Standards). Os pronunciamentos emitidos são aplicados, na maioria das vezes, pelas empresas de grande porte, e quando as NBCs não abordarem determinado assunto. As normas são hierarquizadas de acordo com o conteúdo apresentado no Quadro 3, quarta coluna. 22 O profissional da contabilidade deve estar atento a todas as normas e as mudanças que ocorrem constantemente a fim de que as informações representam a real situação econômico-financeira da empresa. TROCANDO IDEIAS Vamos supor que você tenha uma indústria que produza produtos de higiene. A empresa está enquadrada como EPP pela LC 123/2006. Então, ao realizar um estudo sobre o regime tributário mais vantajoso, você identifica que o Simples Nacional gerará um ônus tributário menor. A indústria apresenta um faturamento bruto mensal de R$ 100.000,00 e deve aplicar o Anexo II da referida Lei. Sendo assim, apure o valor do DAS mensal a recolher com base nos dados apresentados a seguir: Quadro 4 – Alíquotas Receita Bruta em 12 Meses (em R$) Alíquota Valor a Deduzir (em R$) 1a Faixa Até 180.000,00 4,50% - 2a Faixa De 180.000,01 a 360.000,00 7,80% 5.940,00 3a Faixa De 360.000,01 a 720.000,00 10,00% 13.860,00 4a Faixa De 720.000,01 a 1.800.000,00 11,20% 22.500,00 5a Faixa De 1.800.000,01 a 3.600.000,00 14,70% 85.500,00 6a Faixa De 3.600.000,01 a 4.800.000,00 30,00% 720.000,00 Fonte: Brasil, 2006, Anexo II. Quadro 5 – Partilha do Simples Nacional Faixas Percentual de Repartição dos Tributos IRPJ CSLL Cofins PIS/Pasep CPP IPI ICMS 1a Faixa 5,50% 3,50% 11,51% 2,49% 37,50% 7,50% 32,00% 2a Faixa 5,50% 3,50% 11,51% 2,49% 37,50% 7,50% 32,00% 3a Faixa 5,50% 3,50% 11,51% 2,49% 37,50% 7,50% 32,00% 4a Faixa 5,50% 3,50% 11,51% 2,49% 37,50% 7,50% 32,00% 5a Faixa 5,50% 3,50% 11,51% 2,49% 37,50% 7,50% 32,00% 6a Faixa 8,50% 7,50% 20,96% 4,54% 23,50% 35,00% - Fonte: Brasil, 2006, Anexo II. NA PRÁTICA Agora queconhecemos um pouco sobre as regras tributárias, societárias e contábeis das micro e pequenas empresas, que tal exercitarmos os conhecimentos adquiridos? 23 Questão 1 – Sobre o MEI A Lei Complementar n. 123, de 14 de dezembro de 2006, é a principal lei das micro e pequenas empresas. A instituição dessa lei favoreceu as empresas que se encontram em situação de irregularidade, pois tornou o processo de abertura e tributação mais simples. O Microempresário Individual (MEI) é uma das figuras mais beneficiadas com a lei. Nesse sentido, analise as assertivas a seguir sobre os benefícios de ser MEI e assinale a alternativa correta. I. O tributo mensal a pagar é fixo e está associado a atividade desenvolvida. II. A contabilidade e a emissão de nota fiscal não são obrigatórias. III. Há a possibilidade de contratar no máximo dois empregados. IV. Há cobertura previdenciária do INSS. Assinale a alternativa correta: a. Apenas as afirmativas I e II estão corretas. b. Apenas as afirmativas II e III estão corretas. c. Apenas as afirmativas II e IV estão corretas. d. Apenas as afirmativas I, II e IV estão corretas. e. Apenas as afirmativas I, III e IV estão corretas. Questão 2 Considere que uma empresa comercial aufere receita bruta mensal igual a R$ 110.000,00. Assinale a alternativa que corresponde ao valor do DAS a recolher. a. R$ 8.455,00. b. R$ 9.295,00. c. R$ 9.889,00. d. R$ 11.770,00. e. R$ 18.740,00. Questão 3 – Regras societárias para ME A Lei Complementar n. 123, de 14 de dezembro de 2006, art. 3º, parágrafo 4º, estabelece algumas regras e limites no âmbito societário para as microempresas e empresas de pequeno porte do Simples Nacional. Quando 24 essas regras não são cumpridas, a empresa é desenquadrada do Simples Nacional. Assim, analise as assertivas a seguir sobre os requisitos societários para a empresa ser enquadrada no Simples Nacional e assinale a alternativa correta. I. A empresa não pode ter em seu capital participação de outras empresas. II. A empresa não pode ter sede no exterior e filial no País. III. A empresa não pode ser sócia do capital de outra pessoa jurídica. IV. A empresa não pode constituída sob a forma de cooperativas de consumo. Assinale a alternativa correta: a. Apenas as afirmativas I e II estão corretas. b. Apenas as afirmativas II e III estão corretas. c. Apenas as afirmativas II e IV estão corretas. d. Apenas as afirmativas I, II e III estão corretas. e. Apenas as afirmativas I, III e IV estão corretas. Questão 4 – Regras contábeis para ME De acordo com a NBC TG 1002, o objetivo das demonstrações contábeis consiste em apresentar informações sobre a posição financeira (balanço patrimonial) e o desempenho (resultado) da empresa. Dessa forma, as informações devem atender às características qualitativas (princípio gerais) da compreensibilidade, relevância (materialidade), confiabilidade, prudência e comparabilidade. Sendo assim, analise as assertivas a seguir sobre os princípios gerais e assinale a alternativa correta. I. O princípio da relevância prevê que as informações contábeis devem ser capazes de fazer a diferença na tomada de decisões. II. O princípio da confiabilidade determina que a informação contábil não deve ser tendenciosa. III. O princípio da comparabilidade estabelece que os ativos e receitas devem ser mensuradas pelo menor valor e os passivos e despesas pelo maior valor. IV. O princípio da prudência determina que as informações podem ser comparadas ao longo do tempo ou com outras entidades do mesmo setor. 25 Assinale a alternativa correta: a. Apenas as afirmativas I e II estão corretas. b. Apenas as afirmativas II e III estão corretas. c. Apenas as afirmativas II e IV estão corretas. d. Apenas as afirmativas I, II e III estão corretas. e. Apenas as afirmativas I, III e IV estão corretas. FINALIZANDO Nesta etapa, estudamos sobre obrigatoriedades contábeis e tributárias para Microempresário Individual (MEI), Microempresa (ME) e Pequenas e Médias Empresas (PMEs). Conhecemos as normas aplicáveis e modelos e planos de contas e de demonstrações contábeis. Os temas tratados nesta etapa foram os seguintes: • Obrigatoriedades contábeis e tributárias (obrigações acessórias) para MEI, ME e PMEs; • LC 123 - Regras societárias para ME; • LC 123 - Regras tributárias para EPP; • NBC TG 1002 – Regras contábeis para ME; • NBC TG 1001 – Regras contábeis para EPP. Posteriormente, estudaremos sobre as regras de elaboração e apresentação das demonstrações contábeis das médias empresas. 26 REFERÊNCIAS BRASIL. Lei Complementar n. 123, de 14 de dezembro de 2006. Diário Oficial da União, Poder Legislativo, Brasília, DF, 15 dez. 2006. BRASIL. Lei Complementar n. 128, de 19 de dezembro de 2008. Diário Oficial da União, Poder Legislativo, Brasília, DF, 22 dez. 2008. BRASIL. Lei n. 6.404, de 15 de dezembro de 1976. Diário Oficial da União, Poder Legislativo, Brasília, DF, 17 dez. 1976. BRASIL. Comitê Gestor do Simples Nacional. Resolução CGSN n. 140, de 22 de maior de 2018. Diário Oficial da União, Poder Legislativo, Brasília, DF, 24 maio 2018. BRASIL. Lei n. 12.814, de 16 de maio de 2013. Diário Oficial da União, Poder Legislativo, Brasília, DF, 17 maio 2013. CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE. NBC TG 1000 (R1). Diário Oficial da União, Poder Legislativo, Brasília, DF, 1 nov. 2016. _____. NBC TG 1001. Diário Oficial da União, Poder Legislativo, Brasília, DF, 9 dez. 2021. _____. NBC TG 1002. Diário Oficial da União, Poder Legislativo, Brasília, DF, 9 dez. 2021. LEMES JR, A. B.; PISA, B. J. Administrando Micro e Pequenas Empresas – Empreendedorismo e gestão. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2019. MARION, J. C. Contabilidade básica. 13. ed. São Paulo: Atlas, 2022. SANTOS, A. dos et al. Manual de contabilidade societária: aplicável a todas as sociedades: de acordo com as normas internacionais e do CPC. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2022. VIDO, E. Curso de direito empresarial. São Paulo: SaraivaJur, 2022. 27 GABARITO Resposta do exercício da seção Trocando Ideias Quadro 6 – Apuração do Simples Nacional – Indústria Faturamento mensal R$ 100.000,00 Receita bruta acumulada 12 meses R$ 1.200.000,00 Anexo I – alíquota nominal 11,20% Valor a deduzir R$ 22.500,00 Alíquota efetiva (1.200.000,00 𝑥 11,20%) − 22.500,00 1.200.000,00 = 111.900 1.200.000.00 = 0,09325 𝑥 100 = 9,33% Valor a pagar no DAS (R$ 100.000,00 x 9,33%) R$ 9.325,00 Fonte: Lolatto, 2023. Gabarito dos exercícios da seção Na prática Questão 1 Correta: d. Apenas as afirmativas I, II e IV estão corretas. Dentre as vantagens do MEI, temos: • Facilidade no processo de abertura da empresa; • Custo mensal reduzido a valores fixos (tributação); • Declaração anual simplificada; • Cobertura previdenciária do INSS, como aposentadoria, auxílio doença, auxilio maternidade, auxilio reclusão e pensão por morte para a família; • Possibilidade de contratar um empregado; • Crédito facilitado; • Contabilidade e emissão de nota fiscal não são obrigatórias. Questão 2 Correta: c. R$ 9.889,00. Quadro 7 – Apuração do Simples Nacional – Comércio Faturamento mensal R$ 110.000,00 Receita bruta acumulada 12 meses R$ 1.320.000,00 Anexo I – alíquota nominal 10,70% Valor a deduzir R$ 22.500,00 R$ 1.320.000,00 (x) 10,70% (=) R$ 141.240,00 28 R$ 141.240,00 (-) R$ 22.500,00 (=) R$ 118.740,00 (=) R$ 118.740,00 (/) R$ 1.320.000,00 Alíquota efetiva (=) 8,99% Valor a pagar no DAS (R$ 110.000,00 x 8,99%) R$ 9.889,00 Questão 3 Correta: d. Apenas as afirmativas I, II e III estão corretas. A empresa, para aderir ao Simples Nacional, não pode ter em seu capital participação de outras empresas; não pode ter sede no exterior e filialno país; não pode ser sócia do capital de outra pessoa jurídica; e não pode ser constituída sob a forma de cooperativas, com exceção as de consumo. Questão 4 Correta: a. Apenas as afirmativas I e II estão corretas. O princípio da relevância prevê que as informações contábeis devem ser capazes de fazer a diferença na tomada de decisões. O princípio da confiabilidade determina que a informação contábil não deve ser tendenciosa. O princípio da prudência estabelece que os ativos e receitas devem ser mensuradas pelo menor valor e os passivos e despesas pelo maior valor. O princípio da comparabilidade determina que as informações podem ser comparadas ao longo do tempo ou com outras entidades do mesmo setor.
Compartilhar