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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS FACULDADE DE ENGENHARIA CIVIL, ARQUITETURA E URBANISMO Departamento de Estruturas EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ESTRUTURAS DE MADEIRA Eng. M.Sc. Ramon Vilela Eng. M.Sc. Bruno F. Donadon Eng. Rafael S. Pontes Prof. Dr. Nilson T. Mascia Campinas, agosto de 2020 SUMÁRIO 1 COMPRESSÃO ....................................................................................................... 3 2 INSTABILIDADE ................................................................................................. 14 3 TRAÇÃO................................................................................................................ 19 4 CISALHAMENTO ............................................................................................... 21 5 LIGAÇÕES PREGADAS E PARAFUSADAS .................................................. 26 6 FLEXÃO SIMPLES .............................................................................................. 31 7 FLEXÃO OBLÍQUA ............................................................................................ 34 8 FLEXO-COMPRESSÃO ..................................................................................... 40 9 PEÇAS COMPOSTAS ......................................................................................... 46 10 ESTABILIDADE LATERAL EM VIGAS ......................................................... 51 Apostila de Exercícios de Estruturas de Madeira 2 Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo Universidade Estadual de Campinas Eng. Esp. Ramon Vilela Prof. Dr. Nilson Tadeu Mascia INTRODUÇÃO Esta apostila com primeira edição em 2014 e revisada em 2020 contém exercícios resolvidos com base na NBR 7190 - Norma Brasileira sobre Projetos em Estruturas de Madeira, sob a ótica da versão de 1997, e estes exercícios são de discussão no curso de CV 613 - Estruturas de Madeira do curso de Engenharia Civil da Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo (FEC) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). A confecção deste material tem por objetivo apresentar problemas comumente encontrados de dimensionamento e análise estrutural de elementos reticulados de madeira estruturalmente utilizados. De forma didática, o conteúdo propõe exercícios que são solucionados conforme propõe a norma em questão. Apostila de Exercícios de Estruturas de Madeira 3 Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo Universidade Estadual de Campinas Eng. Esp. Ramon Vilela Prof. Dr. Nilson Tadeu Mascia 1 COMPRESSÃO Exercício 1 Uma caixa d’água pesando constantemente Fg,k = 40 kN (considerar como carga permanente) será suportada por 4 apoios feitos de peças de madeira com as fibras no sentido vertical. Dimensione os apoios. Dados Madeira de Folhosa C40; Umidade classe (2). Solução Etapa 1: Cálculo da tensão resistente A resistência característica de uma Folhosa classe C40 é dada por: (1) Para compressão, o fator de segurança da madeira é: (2) O coeficiente Kmod pode ser definido a partir das seguintes informações: Carregamento permanente em peças serradas: Kmod,1 = 0,60; MPaf kc 40,0 40,1w Apostila de Exercícios de Estruturas de Madeira 4 Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo Universidade Estadual de Campinas Eng. Esp. Ramon Vilela Prof. Dr. Nilson Tadeu Mascia Classe de umidade 2: Kmod,2 = 1,00; Madeira de 2ª categoria: Kmod,3 = 0,80; Assim, é possível definir o valor do coeficiente Kmod: (3) A resistência de cálculo é estimada como: (4) Etapa 2: Cálculo da Tensão Atuante Dividindo o carregamento total pela quantidade de suportes, tem-se: (5) Considerando um coeficiente de majoração γf = 1,40, a força de cálculo atuante em cada um dos pés é definida por: (6) A tensão atuante de cálculo pode ser escrita em função de uma seção transversal quadrada que será dimensionada: (7) 48,0 80,000,160,0 321 mod mod modmodmodmod K K KKKK MPaf MPa f f Kf ,dc ,dc w ,kc mod,dc 71,13 40,1 40 48,0 0 0 0 0 kNP kN P k k 10 4 40 kNP kNP PP d d dfd 14 1040,1 2 14 a kN A P d d d Apostila de Exercícios de Estruturas de Madeira 5 Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo Universidade Estadual de Campinas Eng. Esp. Ramon Vilela Prof. Dr. Nilson Tadeu Mascia Onde, a é a dimensão da largura e altura da seção transversal do suporte. Dimensões da seção transversal: (8) Adotou-se a = 40 mm. Etapa 3: Verificação - Dimensionando para peça curta Para dimensionar a altura da peça de modo que seja considerada curta, deve-se impor o seguinte índice de esbeltez λ ≤ 40. O índice de esbeltez é definido por: (9) Onde, lef é o comprimento efetivo do pilar, I é o momento de inércia, e A é a área da seção transversal. Par seção quadrada, pode-se simplificar o índice de esbeltez como sendo: (10) Para peças curtas: (11) O comprimento adotado foi ladot = 250 mm. mma mma MPa N a MPa a N f dcd 31,32 1044 41,3 1014 41,13 1014 2 3 2 3 ,0 A I l i l efef a lef 12 mml mm l a l a l ef ef ef ef 462 12 4040 12 40 40 12 Apostila de Exercícios de Estruturas de Madeira 6 Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo Universidade Estadual de Campinas Eng. Esp. Ramon Vilela Prof. Dr. Nilson Tadeu Mascia Exercício 2 Verificar qual o máximo esforço P que se pode aplicar na barra da figura, considerando-se que é uma carga de longa duração. Medidas em centímetros. Dados: Madeira: Conífera C30; Umidade classe (3). Solução: Etapa 1: Cálculo da Tensão Resistente Carregamento de longa duração em peça serrada: Kmod,1 = 0,70; Classe de umidade 3: Kmod,2 = 0,80; Madeira de 2ª categoria: Kmod,3 = 0,80. Assim, o Kmod é definido como: (12) Considerando um fator de segurança de γw = 1,40 e uma resistência característica de fc0,k = 30 MPa para uma conífera C30, a resistência à compressão paralela às fibras de cálculo é dada por: 448,0 80,080,070,0 321 mod mod modmodmodmod K K KKKK Apostila de Exercícios de Estruturas de Madeira 7 Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo Universidade Estadual de Campinas Eng. Esp. Ramon Vilela Prof. Dr. Nilson Tadeu Mascia (13) Como os esforços são perpendiculares as fibras, deve ser calculado fc90,d. (14) Onde αn = 1,10 considerando a dimensão a’ = 10cm. Etapa 2: Cálculo da carga P característica Define-se o máximo carregamento admissível considerando que a tensão de cálculo deve ser igual ou menor que a resistência de cálculo. (15) Portanto, o máximo carregamento permitido deve ser igual ou menor que 18,86kN. Exercício 3 Verificar se a peça-base suporta o carregamento com o esquema mostrado na figura abaixo. Dados: Madeira: Dicotiledônea C20; Umidade classe (4). Pk = 20 kN. MPaf MPa f f Kf ,dc ,dc w ,kc mod,dc 60,9 40,1 30 448,0 0 0 0 0 MPaf MPaf ff dc dc ndcdc 64,2 10,16,925,0 25,0 ,90 ,90 ,0,90 kNP mmMPa P Af P f A P f A P f k k f dc k dc kf dc d dcd 86,18 40,1 10064,2 2 ,90 ,90 ,90 ,90 Apostila de Exercícios de Estruturas de Madeira 8 Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo Universidade Estadual de Campinas Eng. Esp. Ramon Vilela Prof. Dr. Nilson Tadeu Mascia Medidas em centímetros. SoluçãoEtapa 1: Cálculo da Tensão Resistente Carregamento de longa duração em peça serrada: Kmod 1 = 0,70; Classe de umidade 4: Kmod 2 = 0,80; Madeira de 2ª categoria: Kmod 3 = 0,80. Desta maneira, determina-se o Kmod como sendo: (16) Considerando o fator γw = 1,40 e a resistência característica de fc0,k = 20 MPa para uma dicotiledônea C20, a resistência à compressão paralela às fibras é: (17) Como os esforços estão aplicados em uma direção inclinada e relação às fibras e que esta inclinação é maior que 6° (arctgθ = 0,10), então, a tensão resistente fcθ,d deve ser calculada com a fórmula de Hankinson (item 7.2.9 da NBR 7190:1997): (18) 448,0 80,080,070,0 321 mod mod modmodmodmod K K KKKK MPaf MPa f f Kf ,dc ,dc w ,kc mod,dc 40,6 40,1 20 448,0 0 0 0 0 2 ,90 2 ,0 ,90,0 , cossen dcdc dcdc dc ff ff f Apostila de Exercícios de Estruturas de Madeira 9 Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo Universidade Estadual de Campinas Eng. Esp. Ramon Vilela Prof. Dr. Nilson Tadeu Mascia O valor de αn necessário para a componente de resistência a compressão normal às fibras fc90,d pode ser obtido interpolando a Tabela 13 da NBR 7190:1997 para um comprimento normal às fibras igual a 12∙sen(38°) = 7,39 cm. Portanto, αn = 1.1566. (19) Etapa 2: Cálculo da Tensão Atuante Estabelecendo que a tensão atuante de cálculo seja menor ou igual a resistência da madeira na mesma direção, tem-se: (20) Como σd > fcθ,d, portanto, conclui-se que a peça-base não suporta o carregamento aplicado. Exercício 4 Para o nó de apoio de uma treliça, conforme figura, verificar todas as situações críticas de compressão, segundo a NBR 7190:1997. Dados: Madeira: Dicotiledônea C30; Umidade classe (1); Carregamento de longa duração. Pd = 39,5 kN; MPaf MPaf ff f f f ff ff f dc dc dc n n dc ndc ndc dc ndcdc ndcdc dc 31,3 40,6 38cos1566,125,038sen 1566,125,0 cos25,0sen 25,0 cos25,0sen 25,0 cos25,0sen 25,0 , 22, ,022, 22 ,0 2 ,0 , 2 ,0 2 ,0 ,0,0 , MPaMPa MPa mmmm N f A P f A P f dc kf dc d dcd 31,389,3 31,3 60120 102040,1 3 , , , Apostila de Exercícios de Estruturas de Madeira 10 Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo Universidade Estadual de Campinas Eng. Esp. Ramon Vilela Prof. Dr. Nilson Tadeu Mascia 𝛼 = 25°. Medidas em centímetros. Solução Etapa 1: Determinação dos esforços Por equilíbrio de um corpo livre, determina-se as componentes de força horizontal e vertical: Condição de equilíbrio dos esforços horizontais: (21) Condição de equilíbrio dos esforços verticais: kNH kNH PH HP F d d dd dd x 80,35 25cos50,39 cos 0cos 0 Apostila de Exercícios de Estruturas de Madeira 11 Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo Universidade Estadual de Campinas Eng. Esp. Ramon Vilela Prof. Dr. Nilson Tadeu Mascia (22) Etapa 2: Compressão paralela às fibras na peça de apoio Carregamento de longa duração em peça serrada: Kmod,1 = 0,70; Classe de umidade 1: Kmod,2 = 1,00; Madeira de 2ª categoria: Kmod,3 = 0,80. Desta maneira, determina-se o Kmod como sendo: (23) A resistência à compressão paralela às fibras de cálculo, considerando γw = 1,40 e a resistência característica de fc0,k = 30 MPa para dicotiledônea C30, é de: (24) A tensão atuante sobre o elemento calculada como sendo: (25) Como: (26) 56,0 80,000,170,0 321 mod mod modmodmodmod K K KKKK MPaf MPa f f Kf ,dc ,dc w ,kc mod,dc 12 40,1 30 56,0 0 0 0 0 MPa mmmm N mmmm N A V d d d d d 78,2 60100 1069,16 610 1086,6 3 3 MPaMPa f dcd 1278,2 ,0 kNV kNV PV VP F d d dd dd y 69,16 sen2550,39 sen 0sen 0 Apostila de Exercícios de Estruturas de Madeira 12 Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo Universidade Estadual de Campinas Eng. Esp. Ramon Vilela Prof. Dr. Nilson Tadeu Mascia É verificada a condição de segurança quanto à compressão paralela às fibras do pilar. Etapa 3: Compressão normal às fibras no tirante (banzo inferior) O cálculo da resistência perpendicular às fibras, considerando o fator αn = 1,10 devido ao comprimento a’ = 10 cm, fica definido como: (27) A tensão atuante é definida por: (28) Como: (29) Verifica-se que a condição de segurança para a compressão normal às fibras no banzo inferior foi atendida. Etapa 4: Compressão paralela às fibras na empena (banzo superior) A verificação da compressão é dada quando a tensão atuante σd é menor ou igual a resistência fc0,d: (30) MPaf MPaf ff dc dc ndcdc 30,3 10,11225,0 25,0 ,90 ,90 ,0,90 MPa mmmm N A V d d d d 78,2 60100 1069,16 3 MPaMPa f dcd 30,378,2 ,90 MPaMPa f mm mm N f A P f dc dc d dcd 1206,9 60 25cos 3530 105,39 ,0 3 ,0 ,0 Apostila de Exercícios de Estruturas de Madeira 13 Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo Universidade Estadual de Campinas Eng. Esp. Ramon Vilela Prof. Dr. Nilson Tadeu Mascia Desta maneira, é verificada a segurança quanto a compressão paralela às fibras no banzo superior. Etapa 5: Compressão inclinada em relação às fibras no tirante A tensão resistente é dada por: (31) A tensão atuante é definida por: (32) Como: (33) Conclui-se que a peça está segura quanto a compressão inclinada. MPaf MPaMPa MPa f MPaMPa MPaMPa f ff ff f dc dc dc dcdc dcdc dc 12,11 20,3362,0 6,39 10cos3,310sen12 3,312 cossen , 2 , 22, 2 ,90 2 ,0 ,90,0 , MPa mm mm N A P d d d d 97,9 60 10cos 3530 105,39 3 MPaMPa f dcd 12,1197,9 , Apostila de Exercícios de Estruturas de Madeira 14 Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo Universidade Estadual de Campinas Eng. Esp. Ramon Vilela Prof. Dr. Nilson Tadeu Mascia 2 INSTABILIDADE Exercício 5 Uma barra vertical quadrada (10×10) cm2 serve de apoio em um sistema de sustentação da carga vertical de uma parede. Verifique se suportará o carregamento. Dados A força P é composta por: o Carga permanente: Pg,k = 12 kN; o Carga acidental principal de longa duração: Pq,k = 5,6 kN; e o Ação do vento: Pv,k = 4,4 kN. Umidade classe (1); Madeira Conífera C30. Solução Etapa 1: Cálculo do índice de esbeltez (λ) O índice de esbeltez é definido pela razão entre o comprimento efetivo (ef) e o raio de giração (i), que para uma seção quadrada tem a seguinte expressão: (34) a l a a l A I l i l 12 12 ef 2 4 efefef Apostila de Exercícios de Estruturas de Madeira 15 Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo Universidade Estadual de Campinas Eng. Esp. Ramon Vilela Prof. Dr. Nilson Tadeu Mascia Como o esquema estático adotado foi de uma barra com apoio fixo e móvel, temos que o comprimento efetivo ef = , com isto, o índice de esbeltez é igual a: (35) Como 80 < λ < 140, a peça é classificada como esbelta, sendo o dimensionamento orientado pelo item 7.5.5 da NBR 7190:1997. Etapa 2: Cálculo da tensão resistente de projeto(fc0,d) Carregamento de longa duração em peça serrada: Kmod,1 = 0,70; Classe de umidade 1: Kmod,2 = 1,00; Madeira de 2ª categoria: Kmod,3 = 0,80. Desta maneira, determina-se o Kmod como sendo: (36) Considerando o fator γw = 1,40 e a resistência característica de fc0,k = 20 MPa para uma conífera C20, a resistência à compressão paralela às fibras é de: (37) Etapa 3: Cálculo das tensões atuantes de projeto (σd) O carregamento de projeto é definido pela combinação de ações últimas normais, tendo ψ0 = 0,50 para a pressão dinâmica do vento: 46,100 100 122900 mm mm 56,0 80,000,170,0 321 mod mod modmodmodmod K K KKKK MPaf MPa f f Kf ,dc ,dc w ,kc mod,dc 00,8 40,1 20 56,0 0 0 0 0 Apostila de Exercícios de Estruturas de Madeira 16 Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo Universidade Estadual de Campinas Eng. Esp. Ramon Vilela Prof. Dr. Nilson Tadeu Mascia (38) Chegamos à tensão atuante devido ao carregamento axial com a seguinte equação: (39) Para calcular a tensão atuante devido à flexão, existem os seguintes cálculos: Força crítica (flambagem) (40) Onde Ec0,ef = Kmod∙Ec0,m = 0,56∙14500 MPa = 8120 MPa, assim: (41) Excentricidade de primeira ordem decorrente de situação de projeto (ei): Esta excentricidade á aplicada em peças esbeltas que tenham momento fletor atuante devido carregamentos de projeto, como em nosso caso os apoios são rotulados (móvel e fixo) não aparecerão momentos fletores decorrentes de tais carregamentos. Portanto: (42) Excentricidade acidental mínima (ea): Este valor é obtido pelo item 7.5.2, não podendo ser inferior a h/30. Assim sendo, temos: (43) kNN kNkNkNN PPPN PPPN d d kQkQQkGGd n j kQjjkQjQ m i kGiGid 72,27 4,450,06,540,11240,1 ,22,0,1, 2 ,0, 1 , MPa mm N A Nd dN 77,2 100 1072,27 2 3 , 2 ,0 2 ef efc e l IE F kNF N mm mmMPa F e e 41,79 79411 290012 1008120 2 42 mme mmL mmh e a ef a 67,9 67,9300 33,330 0 0111 dd qdgd d d i PP MM P M e Apostila de Exercícios de Estruturas de Madeira 17 Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo Universidade Estadual de Campinas Eng. Esp. Ramon Vilela Prof. Dr. Nilson Tadeu Mascia Excentricidade suplementar de primeira ordem: Este valor leva em consideração o efeito de fluência da madeira, sendo expresso pela seguinte equação: (44) Sendo, eiG = Mig,d/Pgd = 0, pois não há momento fletor devido a carregamentos permanentes; φ = 0,80 pela classe de umidade 1 e carregamento permanente de longa duração (Tabela 15 da NBR 7190:1997); Ψ1 = 0,6 e Ψ2 = 0,4. (45) Excentricidade efetiva de primeira ordem: (46) Excentricidade de cálculo: (47) Tensão Atuante: (48) (49) Etapa 4: Verificação do Estado Limite Último 1exp 21 21 QkGkcr QkGk aiGc PPP PP eee mme kNkNkN kNkN mme c c 098,0 1 6,54,06,01241,79 6,54,06,0128,0 exp67,90 mme eeee ef caief 77,9 098,067,90 ,1 ,1 mme kNkN kN mm NF F ee ef de e efd 01,15 72,2741,79 41,79 77,9 ,1 ,1 kNcmM mmkNeNM d ddd 60,41 01,1572,27 MPa cmkN cm cm kNcm y I M Md Md d Md 50,2 2496,0 512 10 60,41 2 4 Apostila de Exercícios de Estruturas de Madeira 18 Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo Universidade Estadual de Campinas Eng. Esp. Ramon Vilela Prof. Dr. Nilson Tadeu Mascia (50) Portanto, o pilar suportará o carregamento solicitado. 1659,0 00,8 50,2 00,8 77,2 1 ,0,0 MPa MPa MPa MPa ff dc Md dc Nd Apostila de Exercícios de Estruturas de Madeira 19 Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo Universidade Estadual de Campinas Eng. Esp. Ramon Vilela Prof. Dr. Nilson Tadeu Mascia 3 TRAÇÃO Exercício 6 Qual a máxima carga F que o tirante, de área (16×8) cm2, suporta? Dados Umidade classe (1); Carregamento de longa duração; Madeira de 2ª categoria; Madeira Dicotiledônea C30. Solução Etapa 1: Cálculo da tensão resistente de projeto (ft0,d): Carregamento de longa duração em peça serrada: Kmod,1 = 0,70; Classe de umidade 1: Kmod,2 = 1,00; Madeira de 2ª categoria: Kmod,3 = 0,80. Desta maneira, determina-se o Kmod como sendo: (51) Considerando o fator γw = 1,40 e a resistência característica de fc0,k = 30 MPa para uma conífera C30, a resistência à tração paralela às fibras é dada por: 56,0 80,000,170,0 321 mod mod modmodmodmod K K KKKK Apostila de Exercícios de Estruturas de Madeira 20 Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo Universidade Estadual de Campinas Eng. Esp. Ramon Vilela Prof. Dr. Nilson Tadeu Mascia (52) Etapa 2: Cálculo da tensão atuante de projeto (σd): (53) MPaf MPa f f Kf ,dt ,dt w ,kc mod,dt 12,12 80,177,0 30 56,0 77,0 0 0 0 0 kNF cmkN cmcmcm F f A F d ,dt d d 11,83 212,1 4168 40,1 2 0 Apostila de Exercícios de Estruturas de Madeira 21 Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo Universidade Estadual de Campinas Eng. Esp. Ramon Vilela Prof. Dr. Nilson Tadeu Mascia 4 CISALHAMENTO Exercício 7 Para o nó de apoio de uma treliça, determinar o valor de f necessário para suportar a força de 28,2 kN, de longa duração, que está atuando na empena. Dados Umidade classe (1); Carregamento de longa duração; Madeira de 2ª categoria; Madeira Dicotiledônea C30. Solução Etapa 1: Cálculo da tensão resistente de projeto (fv,d): Carregamento de longa duração em peça serrada: Kmod,1 = 0,70; Classe de umidade 1: Kmod,2 = 1,00; Madeira de 2ª categoria: Kmod,3 = 0,80. Desta maneira, determina-se o Kmod como sendo: (54) Considerando o fator γw = 1,80 e a resistência característica de fv,k = 5 MPa para uma dicotiledônea C30, a resistência ao cisalhamento é de: 56,0 80,000,170,0 321 mod mod modmodmodmod K K KKKK Apostila de Exercícios de Estruturas de Madeira 22 Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo Universidade Estadual de Campinas Eng. Esp. Ramon Vilela Prof. Dr. Nilson Tadeu Mascia (55) Etapa 2: Cálculo da força atuante de projeto (Pd): (56) Etapa 3: Dimensionamento do comprimento (f): (57) Assim sendo, o comprimento adotado foi de fd = 42 cm. Exercício 8 Determinar o máximo valor da carga permanente P, para as seguintes posições “c” da carga: a) c = /2; b) c = 20 cm Dados Umidade classe (1); Madeira de 2ª categoria; Madeira Dicotiledônea C40; Comprimento da viga: = 3,20 m. 2156,0 56,1 80,1 5 56,0 cmkNf MPaf MPa f f Kf v,d v,d v,d w v,k modv,d kNP kNPP d fd 48,39 2,2840,1 cmf cmkNcm kN f cmkN fcm kN f A P d dv d d 54,41 56,156 10cos48,39 615,0 6 10cos48,39 10cos 2 2 , Apostila de Exercícios de Estruturas de Madeira 23 Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo Universidade Estadual de Campinas Eng. Esp. Ramon Vilela Prof. Dr. Nilson Tadeu Mascia Solução Etapa 1: Cálculo da tensão resistente de projeto (fv,d) Carregamento permanente em peça serrada: Kmod,1 = 0,60; Classede umidade 1: Kmod,2 = 1,00; Madeira de 2ª categoria: Kmod,3 = 0,80. (58) Considerando o fator γw = 1,80 e a resistência característica de fv,k = 6 MPa para uma dicotiledônea C40, a resistência ao cisalhamento pode ser expressa da seguinte maneira: (59) Etapa 2: Verificação para carga posicionada no meio do vão Diagrama de Esforço Cortante (DEC): 48,0 80,000,160,0 321 mod mod modmodmodmod K K KKKK 216,0 60,1 80,1 6 48,0 cmkNf MPaf MPa f f Kf v,d v,d v,d w v,k modv,d Apostila de Exercícios de Estruturas de Madeira 24 Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo Universidade Estadual de Campinas Eng. Esp. Ramon Vilela Prof. Dr. Nilson Tadeu Mascia (60) Como a distância c é maior que o dobro da altura da viga, o esforço cortante reduzido é expresso por: (61) Etapa 3: Cálculo da Tensão Atuante Cálculo da tensão de cisalhamento no centro de gravidade da seção transversal: (62) Para seção retangular, a tensão de cisalhamento no centro de gravidade é denotada por: (63) Etapa 4: Dimensionamento do máximo carregamento admissível característico (Pk) A inequação a seguir permite isolarmos a variável desejada. (64) Etapa 5: Verificando para carga posicionada a 20 cm do apoio Diagrama de Esforço Cortante: cmcm cmcm ch 16032 160162 2 PV kred 5,0, Ib MV sd d A Vd d 2 3 kNP cmcmcmkN P cmkN cmcm P f k k k dvd 63,14 5,15,04,1 16616,0 16,0 166 5,04,1 2 3 2 2 , Apostila de Exercícios de Estruturas de Madeira 25 Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo Universidade Estadual de Campinas Eng. Esp. Ramon Vilela Prof. Dr. Nilson Tadeu Mascia (65) Portanto, a cortante reduzida característica será: Vred,k= ( c 2h )Vmax=0,5859 P (66) Etapa 6: Dimensionamento do máximo carregamento admissível característico (Pk): (67) cmcm cmcm ch 2032 20162 2 PV P cm cm V V h c V kred kred máxkred 5859,0 9375,0 32 20 2 , , , kNP cmcmcmkN P cmkN cmcm P f k k k dvd 48,12 5,15859,04,1 16616,0 16,0 166 5859,04,1 2 3 2 2 , Apostila de Exercícios de Estruturas de Madeira 26 Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo Universidade Estadual de Campinas Eng. Esp. Ramon Vilela Prof. Dr. Nilson Tadeu Mascia 5 LIGAÇÕES PREGADAS E PARAFUSADAS Exercício 9 Determinar a quantidade de parafusos para a ligação perpendicular abaixo. Dados Umidade classe (1); Carregamento de longa duração; Madeira Conífera C30; Parafusos: fy,k = 600 MPa. Solução Etapa 1: Diâmetro do Pino Espessura convencional da madeira (t): (68) Diâmetro máximo do parafuso (d): (69) Etapa 2: Cálculo da tensão resistente de projeto (fc90,d) cmt cmcm cm t 3 428 3 cmd cm t d 27,1 5,1 2 Apostila de Exercícios de Estruturas de Madeira 27 Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo Universidade Estadual de Campinas Eng. Esp. Ramon Vilela Prof. Dr. Nilson Tadeu Mascia (70) Considerando o fator γw = 1,40, a resistência característica de fc0,k = 30 MPa para uma conífera C30, e um pino com diâmetro de 1,27 cm (αe = 1,68) a resistência ao embutimento da madeira (fe,d) é de: (71) Etapa 3: Tensão de resistência do parafuso (fy,d) (72) Etapa 4: Força resistente em cada face de corte (Rvd,1) (73) Como β < βlim, trata-se do caso de embutimento na madeira. Portanto, a força resistente em cada face de corte denota-se por: (74) 56,0 80,000,170,0 321 mod mod modmodmodmod K K KKKK 2 0 504,0 04,5 68,1 40,1 30 56,025,0 25,0 cmkNf MPaf MPa f f Kf e,d e,d e,d e w ,kc mode,d 255,54 45,545 10,1 600 cmkNf MPaf MPaf f y,d y,d s y,k y,d 004,13 504,0 55,54 25,125,1 40,2 25,1 3 lim 2 2 , , lim cmkN cmkN f f cm cm d t de dy kNR cmkN cm f t R vd devd 756,0 504,0 40,2 3 40,040,0 1, 2 2 , 2 1, Apostila de Exercícios de Estruturas de Madeira 28 Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo Universidade Estadual de Campinas Eng. Esp. Ramon Vilela Prof. Dr. Nilson Tadeu Mascia Etapa 5: Número de parafusos necessários (75) Para este problema, pode-se estabelecer uma quantidade segura de 10 parafusos de ½”. Exercício 10 Calcular a quantidade de pregos para efetuar a ligação entre as peças com seções, respectivas, de (6×12) cm2 e (4×12) cm2, conforme a figura. Dados Kmod = 0,56; Madeira Conífera C40; Parafusos: fy,k = 600 MPa. Solução Etapa 1: Diâmetro dos pregos Determina-se o valor da espessura convencional da madeira (t) conforme abaixo: (76) Calcula-se o diâmetro máximo dos pregos, aplicando-se t na seguinte expressão: 29,9 756,0 1 2 04,141 2 1, n kN kN R P n vd d cmt cm cm t 4 4 6 Apostila de Exercícios de Estruturas de Madeira 29 Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo Universidade Estadual de Campinas Eng. Esp. Ramon Vilela Prof. Dr. Nilson Tadeu Mascia (77) Etapa 2: Comprimento dos pregos O comprimento mínimo dos pregos é determinado em função do diâmetro do prego adotado inicialmente. Serão verificados os pregos: (44×100), (44×94) e (44×84), sendo sua nomenclatura descrita por d [mm] × l [mm]. Assim, o comprimento mínimo é dado por: (78) Com isto, os pregos que podem ser utilizados são: (44×100) e (44×94), por terem comprimentos maiores que o comprimento limite. Para este problema, adotou-se o parafuso (44×94). Etapa 3: Tensão resistente da madeira (fc0,d) (79) Etapa 4: Tensão de resistência do prego (fy,d) (80) Etapa 5: Força resistente em cada face de corte (Rvd,1) (81) cmd cmt d 8,0 5 4 5 mml mmmmdtl 8,92 4,4124012 min 1min 2 ,0 ,0 ,0 mod,0 /6,1 16 40,1 40 56,0 cmkNf MPaf MPaf Kf dc dc w kc dc 255,54 45,545 10,1 600 cmkNf MPaf MPaf f y,d y,d s y,k y,d 30,7 60,1 55,54 25,125,1 09,9 44,0 4 lim 2 2 ,0 , lim cmkN cmkN f f cm cm d t dc dy Apostila de Exercícios de Estruturas de Madeira 30 Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo Universidade Estadual de Campinas Eng. Esp. Ramon Vilela Prof. Dr. Nilson Tadeu Mascia Como β > βlim, trata-se do caso de flexão no pino, estimando-se, portanto, a resistência da ligação de cada um dos pregos como: (82) Etapa 6: Número de pregos necessários (83) Desta forma, determina-se uma quantidade mínima de 20 pregos de (44×94). Serão distribuídos em 2 filas de 10 pregos. Como o número de pregos em linha excede a 8 é necessário considerar um valor de resistência reduzido por pino suplementar. Assumindo n0 como o número inicial de pregos em uma fila, o número efetivo de pregos em uma fila (nef) pode ser calculado pela seguinte inequação: (84) Com isto, estima-se o uso de 22 pregos de (44 × 94) para a solução deste problema. kNR cmkN cm R f d R vd vd dyvd 904,0 55,54 30,7 44,0 625,0 625,0 1, 2 2 1, , lim 2 1, 91,19 904,0 18 1, n kN kN R P n vd d 11 810 2 3 8 8 2 3 8 8 3 2 8 0 0 ef ef ef ef n n nn nn Apostila de Exercícios de Estruturas de Madeira 31 Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e UrbanismoUniversidade Estadual de Campinas Eng. Esp. Ramon Vilela Prof. Dr. Nilson Tadeu Mascia 6 FLEXÃO SIMPLES Exercício 11 Calcular a altura necessária para uma viga, cuja largura é de 6 cm, e está submetida a um carregamento permanente, uniformemente distribuída, de qg,k = 0,82 kN/m, e a uma carga concentrada permanente de Fg,k = 1,6 kN, no ponto médio do vão de = 5,80 m, conforme a figura. Dados Madeira: Folhosa C40; Umidade classe (3). Solução Etapa 1: Cálculo das Tensões Resistentes (fc0,d e ft0,d) Carregamento permanente em peça serrada: Kmod,1 = 0,60; Classe de umidade 3: Kmod,2 = 0,80; Madeira de 2ª categoria: Kmod,3 = 0,80. Desta maneira, determina-se o Kmod como sendo: (85) Aplicando-se o Kmod na equação a seguir, tem-se: 384,0 80,080,060,0 321 mod mod modmodmodmod K K KKKK Apostila de Exercícios de Estruturas de Madeira 32 Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo Universidade Estadual de Campinas Eng. Esp. Ramon Vilela Prof. Dr. Nilson Tadeu Mascia (86) (87) Etapa 2: Esforços Solicitantes Considerando um regime elástico-linear das propriedades mecânicas da madeira, a sobreposição dos momentos fletores devido à carga concentrada e ao carregamento uniformemente distribuído fica conforme as seguintes equações. Momento máximo devido à carga concentrada: (88) Momento máximo devido à carga uniformemente distribuída: (89) Momento máximo de projeto: (90) 2 ,0 ,0 ,0 ,0 10,1 97,10 40,1 40 384,0 cmkNf MPaf MPaf Kf dc dc w kc moddc kNmM mkNlP M Pdmáx kf Pdmáx 48,32 4 80,560,140,1 4 , , kNmM mmkNlq M qdmáx kf qdmáx 827,4 8 80,582,040,1 8 , 22 , kNcmM kNmM kNmkNmMMM d d qdmáxPdmáxd 7,3730 307,37 827,4480,32,, 2 ,0 ,0 ,0 ,0,0 ,0 11,1 08,11 80,177,0 40 384,0 77,0 cmkNf MPaf MPa f f K f Kf dt dt dt w kc mod w kt moddt Apostila de Exercícios de Estruturas de Madeira 33 Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo Universidade Estadual de Campinas Eng. Esp. Ramon Vilela Prof. Dr. Nilson Tadeu Mascia Etapa 3: Tensões Atuantes (91) Etapa 4: Altura em função das condições de segurança Estabelece-se as alturas em função das resistências de tração e compressão de projeto. Altura em função da compressão: (92) Altura em função da tração: (93) Altura adotada: (94) Adotando-se, portanto, a altura de 39 cm para a viga em questão. 2 2 23 89,1598 14 7,37306 6 2 12 h kN hcm kNcm hb Mh hb M I yM Md Md dd Md d Mdtdcd cmfh cmkN kN fh cmkN fh kN f cddc cddc cddc dccd 18,38, 10,1 89,1598 , 10,1 , 89,1598 ,0 2,0 2 2 ,0 ,0 cmfh cmkN kN fh cmkN fh kN f tddt tddt tddt dttd 983,37, 11,1 89,1598 , 11,1 , 89,1598 ,0 2,0 2 2 ,0 ,0 cmh cmfh cmfh h tddt cddc 18,38 98,37, 18,38, ,0 ,0 Apostila de Exercícios de Estruturas de Madeira 34 Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo Universidade Estadual de Campinas Eng. Esp. Ramon Vilela Prof. Dr. Nilson Tadeu Mascia 7 FLEXÃO OBLÍQUA Exercício 12 Quanto ao Estado Limite Último, dimensione uma terça que está submetida a um carregamento permanente, uniformemente distribuído, de qg,k = 0,75 kN/m, e a uma carga concentrada acidental de Fg,k = 0,90 kN, no ponto médio do vão de = 4 m, conforme figura. Considerar uma inclinação do telhado correspondente a 25°. Dados Madeira: Folhosa C60; Kmod = 0,56. Obs.: A flecha de ponta dupla representa momento. Solução Etapa 1: Cálculo da Tensão Resistente (95) (96) 2 ,0 ,0 ,0 ,0 4,2 24 40,1 60 56,0 cmkNf MPaf MPaf Kf dc dc w kc moddc 2 ,0 ,0 ,0 ,0,0 ,0 42,2 24,24 80,177,0 60 56,0 77,0 cmkNf MPaf MPa f f K f Kf dt dt dt w kc mod w kt moddt Apostila de Exercícios de Estruturas de Madeira 35 Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo Universidade Estadual de Campinas Eng. Esp. Ramon Vilela Prof. Dr. Nilson Tadeu Mascia Etapa 2: Esforços Atuantes Momento fletor devido à carga concentrada acidental (q): (97) Momento fletor devido ao carregamento distribuído permanente (g): (98) Decomposição dos momentos nas direções x e y, considerando q como os carregamentos acidentais e g como carregamentos permanentes: (99) Combinação na direção x: (100) Combinação na direção y: (101) Etapa 3: Tensões Atuantes Para uma seção transversal adotada de (8 × 12) cm², têm-se as seguintes propriedades geométricas: kNcmM kNmM mkNlP M qmáx qmáx k qmáx 90 90,0 4 0,490,0 4 , , , kNcmM kNmM mmkNlq M gmáx gmáx k gmáx 150 50,1 8 0,475,0 8 , , 22 , kNcmkNcmMM kNcmkNcmMM kNcmkNcmMM kNcmkNcmMM gmáxyg gmáxxg qmáxyq qmáxxq 39,6325sen150sen 95,13525cos150cos 04,3825sen90sen 57,8125cos90cos ,, ,, ,, ,, kNcmM kNcmkNcmM MMM dx dx xgxqdx 53,304 95,13540,157,8140,1 40,140,1 , , ,,, kNcmM kNcmkNcmM MMM dy dy ygyqdy 00,142 39,6340,104,3840,1 40,140,1 , , ,,, Apostila de Exercícios de Estruturas de Madeira 36 Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo Universidade Estadual de Campinas Eng. Esp. Ramon Vilela Prof. Dr. Nilson Tadeu Mascia (102) Tensão atuante em x: (103) Tensão atuante em y: (104) Etapa 4: Verificação no Estado limite último Verifica-se as condições de segurança para o Estado Limite Último pelas seguintes inequações: (105) Sendo o coeficiente Km = 0,50 para seções retangulares, tem-se: (106) Como ambas as inequações foram atendidas, conclui-se que uma seção retangular de (8 × 12) cm² satisfaz as condições de segurança estrutural para o problema proposto. 4 33 4 33 512 12 812 12 1152 12 128 12 cm cmcmbh I cm cmcmhb I y x 2 , 4 , , 586,1 1152 653,304 cmkN cm cmkNcm I yM dMx x dx dMx 2 , 4 , , 109,1 512 4142 cmkN cm cmkNcm I xM dMy y dy dMy 1 1 ,0 , ,0 , ,0 , ,0 , dc dMy dc dMx m dc dMy m dc dMx ff K f K f 179,0 4,2 109,1 4,2 586,1 50,0 189,0 4,2 109,1 50,0 4,2 586,1 2 2 2 2 2 2 2 2 cmkN cmkN cmkN cmkN cmkN cmkN cmkN cmkN Apostila de Exercícios de Estruturas de Madeira 37 Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo Universidade Estadual de Campinas Eng. Esp. Ramon Vilela Prof. Dr. Nilson Tadeu Mascia Exercício 13 Verifique quanto ao Estado Limite de Serviço a terça que está submetida a um carregamento permanente, uniformemente distribuído, de qg,k = 0,75 kN/m, e a uma carga concentrada acidental de Pq,k = 0,90 kN, no ponto médio do vão de = 4 m, em local em que não há predominância de pesos de equipamentos fixos, conforme figura. Considerar uma inclinação do telhado correspondente a 25°. Dados: Madeira: Folhosa C60; Umidade classe (1); Solução Etapa 1: Esforços nas direções x e y (107) Etapa 2: Cálculo do módulo de elasticidade efetivo (Ec0,ef) Conforme a classe C60 para folhosas ou dicotiledônea,tem-se Ec0,m = 24.500 MPa. (108) mkNmkNqq mkNmkNqq kNkNPP kNkNPP gxg gyg qkxqk qkyqk 317,025sen75,0sen 680,025cos75,0cos 380,025sen90,0sen 816,025cos90,0cos , , , , 2 ,0 ,0 ,0 ,0mod,0 1372 13720 500.2456,0 cmkNE MPaE MPaE EKE efc efc efc mcefc Apostila de Exercícios de Estruturas de Madeira 38 Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo Universidade Estadual de Campinas Eng. Esp. Ramon Vilela Prof. Dr. Nilson Tadeu Mascia Etapa 3: Verificação da flecha na direção x O momento de inércia ao redor da direção definida por y é dado por: (109) Considerando ψ2 = 0,2 (locais em que não há predominância de pesos de equipamentos fixos, nem de elevadas concentrações de pessoas), o deslocamento na direção x é calculado como sendo: (110) O deslocamento limite ambas as direções (x e y) é calculado com a seguinte equação: (111) Quanto ao deslocamento máximo na direção x, verifica-se com a seguinte inequação: (112) A inequação foi atendida na direção x, portanto, o Estado Limite de Serviço quanto ao deslocamento excessivo está assegurado nesta direção. Etapa 4: Verificação da flecha na direção y O momento de inércia ao redor da direção definida por x é dado por: (113) O deslocamento no meio do vão na direção y é calculado como sendo: 4 33 512 12 812 12 cm cmcmbh I y cmw cmcmkN cmkN cmcmkN cmcmkN w IE lP IE lq w x x ymc xq ymc xg x 648,1 512137248 40038,0 5121372384 400003,05 48384 5 42 3 2 42 4 ,0 3 ,2 ,0 4 , 4 33 1152 12 128 12 cm cmcmhb I x cmw cml w 2 200 400 200 lim lim cmcm wwx 2648,1 lim Apostila de Exercícios de Estruturas de Madeira 39 Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo Universidade Estadual de Campinas Eng. Esp. Ramon Vilela Prof. Dr. Nilson Tadeu Mascia (114) Quanto ao deslocamento máximo na direção y, verifica-se com a seguinte inequação: (115) A inequação foi atendida também na direção y, portanto, o Estado Limite de Serviço quanto ao deslocamento excessivo está assegurado em ambas as direções. cmw cmcmkN cmkN cmcmkN cmcmkN w IE lP IE lq w y y xmc yq xmc yg y 571,1 1152137248 400816,0 11521372384 400007,05 48384 5 42 3 2 42 4 ,0 3 ,2 ,0 4 , cmcm wwy 2571,1 lim Apostila de Exercícios de Estruturas de Madeira 40 Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo Universidade Estadual de Campinas Eng. Esp. Ramon Vilela Prof. Dr. Nilson Tadeu Mascia 8 FLEXO-COMPRESSÃO Exercício 14 Um pilar de madeira, com seção quadrada de lado 12 cm, conforme figura, está submetido a uma força concentrada axial composta de uma parcela permanente e outra devida ao vento, apresentando excentricidade de 3 cm na direção y. Sobre o pilar também está atuando uma carga distribuída acidental devida ao vento, horizontal, de 0,35 kN/m. Verificar se a seção é suficiente. Dados Carga vertical permanente: Ng,k = 9,0 kN; Carga vertical proveniente do vento: Nq,k = 5,14 kN; Comprimento do pilar = 3,6 m; Madeira: Folhosa C60; Kmod = 0,56. Solução Etapa 1: Cálculo da tensão resistente Apostila de Exercícios de Estruturas de Madeira 41 Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo Universidade Estadual de Campinas Eng. Esp. Ramon Vilela Prof. Dr. Nilson Tadeu Mascia (116) Etapa 2: Combinação normais de esforços solicitantes no Estado Limite Último (117) Etapa 3: Verificação da Flexão Composta Tensão Normal: (118) Momento fletor devido à ação vertical aplicada axialmente: (119) Carregamento uniformemente distribuído de projeto: (120) Momento fletor devido à ação horizontal uniformemente distribuída: (121) Momento fletor de cálculo: kNN kNkNN NNN dc dc kqqkggdc 18 14,540,175,00,940,1 75,0 , , ,,, 2 ,0 ,0 ,0 ,0 4,2 24 40,1 60 56,0 cmkNf MPaf MPaf Kf dc dc w kc moddc 2 , , , 125,0 1212 18 cmkN cmcm kN A N dN d dN kNcmM cmkNeNM dN iddN 54 318 , , mkNq mkNq qq d d kqqd 3675,0 35,040,175,0 75,0 , kNcmM kNmM mmkNlq M dq dq d dq 54,59 954,5 8 60,33675,0 8 , , 22 , Apostila de Exercícios de Estruturas de Madeira 42 Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo Universidade Estadual de Campinas Eng. Esp. Ramon Vilela Prof. Dr. Nilson Tadeu Mascia (122) Tensão de flexão: (123) Verificações da combinação de tensões na flexo-compressão: (124) Desta forma, a verificação quanto a tensões de flexo-compressão combinadas demonstrou que esta seção pode ser utilizada quanto a estes esforços. Etapa 4: Verificação da Instabilidade Cálculo do índice de esbeltez (λ): kNcmM kNcmkNcmM MMM dx dx dqdNdx 54,113 54,5954 , , ,,, 2 , 3, 3 , 4 ,, , 39,0 12 54,1136 6 2 12 cmkN cm kNcm a Ma a M y I M dMx dMx dxdx y dx dMx !117,0 4,2 0 5,0 4,2 39,0 4,2 125,0 !108,0 4,2 0 4,2 39,0 5,0 4,2 125,0 1 1 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 ,0 , ,0 , 2 ,0 , ,0 , ,0 , 2 ,0 , Ok cmkN cmkN cmkN cmkN cmkN cmkN Ok cmkN cmkN cmkN cmkN cmkN cmkN f K ff ff K f dc dMy m dc dMx dc dN dc dMy dc dMx m dc dN Apostila de Exercícios de Estruturas de Madeira 43 Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo Universidade Estadual de Campinas Eng. Esp. Ramon Vilela Prof. Dr. Nilson Tadeu Mascia (125) Como 80 < λ < 140, se trata de uma peça esbelta. Assim sendo, o cálculo das tensões atuantes é realizado da seguinte forma. Tensão atuante proveniente da carga distribuída: (126) Para o cálculo da tensão atuante devido ao carregamento axial será necessário o módulo de elasticidade efetivo, calculado como: (127) Momento de inércia: (128) Carga crítica de flambagem: (129) Excentricidade de primeira ordem decorrente da situação de projeto: 92,103 12 12360 12 12 0 2 4 000 cm cm a l a a l A I l i l 2 ,1 3,1 3 , 4 ,, ,1 207,0 12 54,596 6 2 12 cmkN cm kNcm a Ma a M y I M dM dM dxdqdq dM kNF cm cmcmkN l IE F e efc e 55,180 360 17281372 2 422 2 0 ,0 2 2 ,0 2 ,0mod,0 1372 245056,0 cmkNE cmkNEKE efc mcefc 4 44 1728 12 12 12 cmI cma I Apostila de Exercícios de Estruturas de Madeira 44 Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo Universidade Estadual de Campinas Eng. Esp. Ramon Vilela Prof. Dr. Nilson Tadeu Mascia (130) Excentricidade acidental mínima: (131) Excentricidade de primeira ordem devido aos carregamentos permanentes: (132) Considerando ϕ = 0,8 (carga permanente ou de longa duração e classe 1), e os fatores devido à pressão dinâmica de vento: ψ1 = 0,2 e ψ2 = 0, calcula-se a excentricidade suplementar de primeira ordem que representa a fluência: (133) Com isto, calcula-se, então, a excentricidade efetiva de primeiraordem. (134) Momento de primeira ordem de projeto: cme kN kNcmkNcm N MM N M e i d qdgd d d i 31,6 18 54,5954111 cme cm cmh cm cml e a a 2,1 4,0 30 12 30 2,1 300 360 300 0 cme kN cmkN N eN N M e ig gkg gkg gd gd ig 3 94,1 394,11 cme kNkNkN kNkN cmcme NNF NN eee c c gkgke qkgk aigc 29,7 1 14,52,009181 14,52,0098,0 exp2,13 1exp 21 21 cme cmcmcme eeeeee ef ef caicef 8,14 29,72,131,6 ,1 ,1 1,1 Apostila de Exercícios de Estruturas de Madeira 45 Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo Universidade Estadual de Campinas Eng. Esp. Ramon Vilela Prof. Dr. Nilson Tadeu Mascia (135) Tensão atuante devido ao carregamento axial: (136) Verificação para o Estado Limite Último para a flexo-compressão: (137) Como as verificações devido à flexão composta e instabilidade devido à flexo- compressão foram atendidas, considera-se que o pilar suportará os esforços atuantes. kNcmM kNkN kN cmkNM NF F eNM d d de e efdd 9,295 1855,180 55,180 8,1418 ,1 ,1 ,1,1 2 ,1 3,1 3 ,1 4 ,1,1 ,1 03,1 12 9,2956 6 2 12 cmkN cm kNcm a Ma a M y I M dN dN ddd dN !152,0 1 4,2 21,0 4,2 03,1 1 2 2 2 2 0 ,1 0 ,1 Ok cmkN cmkN cmkN cmkN ff ,dc dM ,dc dN Apostila de Exercícios de Estruturas de Madeira 46 Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo Universidade Estadual de Campinas Eng. Esp. Ramon Vilela Prof. Dr. Nilson Tadeu Mascia 9 PEÇAS COMPOSTAS Exercício 15 Uma barra de treliça, de seção transversal integrada por duas peças de (5 × 15) cm², separados por espaçadores interpostos com 5 cm de largura, está submetida a uma força de compressão paralela as fibras Nd = 35 kN. A barra é biarticulada e a madeira utilizada é das coníferas, classe C25, de 2ª categoria e classe de umidade 1. Especificar qual distância entre espaçadores para que sejam atendidos os critérios da NBR 7190 para a um comprimento de 200 cm. As ações da estrutura são decorrentes de local com predominância de peso de equipamentos fixos. Solução Etapa 1: Resistência de Cálculo e Elasticidade efetiva Carregamento de longa duração em peça serrada: Kmod,1 = 0,70; Classe de umidade 1: Kmod,2 = 1,00; Madeira de 2ª categoria: Kmod,3 = 0,80. (138) Considerando o fator γw = 1,40 e a resistência característica de fc0,k = 25 MPa para uma conífera C25, a resistência à compressão paralela às fibras é de: (139) O módulo de elasticidade à compressão de projeto: (140) 56,0 80,000,170,0 321 mod mod modmodmodmod K K KKKK 2 0 0 0 0 1 10 40,1 25 56,0 cmkNf MPaf MPaf Kf ,dc ,dc w ,kc mod,dc 2 0 0 00 476 4760 850056,0 cmkNE MPaE MPaEKE ,efc ,efc ,mcmod,efc Apostila de Exercícios de Estruturas de Madeira 47 Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo Universidade Estadual de Campinas Eng. Esp. Ramon Vilela Prof. Dr. Nilson Tadeu Mascia Etapa 2: Verificação da Estabilidade local Sendo b a largura das peças com compõe a barra, e a1 a largura do espaçador, substituindo valores é verificar se tais geometrias atendem os critérios normativos: (141) A distância entre espaçadores interpostos (L1) deve ser estabelecida atentando-se aos seguintes requisitos: 9b ≤ 1≤ 18b 9∙5 cm ≤ 1 ≤ 18∙5 cm 45 cm ≤ 1 ≤ 90 cm (142) Assim sendo, adotou-se 1 = 90 cm. Etapa 3: Propriedades geométricas da seção composta Área: (143) (144) Momento de Inércia: (145) (146) (147) (148) !155 535 31 Okcmcm cmcm ba 2 111 75155 cmcmcmhbA 4 1 33 11 1 25,1406 12 155 12 cmI cmcmhb I 4 2 33 11 2 25,156 12 515 12 cmI cmcmbh I 2 1 150752 cmcmAnA 4 4 1 5,2812 25,14062 cmI cmInI x x 4 224 1 2 2 5,4062 575225,1562 cmI cmcmcmaAInI y n i iiy Apostila de Exercícios de Estruturas de Madeira 48 Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo Universidade Estadual de Campinas Eng. Esp. Ramon Vilela Prof. Dr. Nilson Tadeu Mascia Quantidade de espaçadores na barra: m = 1 = 200 cm 90 cm m = 2,22 (149) Coeficiente αy = 1,25 para espaçadores interpostos, conforme a norma. Fator de redução de inercia (βI): (150) Momento de Inércia efetivo em y (Iy,ef): (151) Etapa 4: Verificação do Estado Limite Último de instabilidade global Índice de esbeltez: (152) Como 80 < λ < 140, a barra é classificada como esbelta. Carga crítica de flambagem: (153) Excentricidade de primeira ordem decorrente da situação de projeto: 132,0 5,406225,122,225,156 22,225,156 424 24 2 2 2 2 I yy I cmcm cm ImI mI 4 , 4 , 25,536 5,4062132,0 cmI cmII efy yIefy 78,105 150 25,536 200 2 4 , 0 cm cm cm A I l efy kNF cm cmcmkN l IE F e efyefc e 98,62 200 25,536476 2 422 2 0 ,,0 2 Apostila de Exercícios de Estruturas de Madeira 49 Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo Universidade Estadual de Campinas Eng. Esp. Ramon Vilela Prof. Dr. Nilson Tadeu Mascia (154) Excentricidade acidental mínima: (155) Excentricidade de primeira ordem devido aos carregamentos permanentes: (156) Para o cálculo da excentricidade suplementar, consideram-se os fatores devido ao peso de equipamentos fixos ψ1 = 0,6 e ψ2 = 0,4. Com isto, é possível estabelecer a seguinte igualdade: (157) Considerando ϕ = 0,8 (carga permanente ou de longa duração e classe 1), calcula-se a excentricidade suplementar de primeira ordem que representa a fluência: (158) Com isto, calcula-se, então, a excentricidade efetiva de primeira ordem: cme kN kNcm N M e i d d i 0 35 01 cme cm cmh cm cml e a a 67,0 5,0 30 15 30 67,0 300 200 300 0 cme kN cmkN N eN N M e ig gkg gkg gd gd ig 0 94,1 094,11 cme kNkN kN cmcme NF N eee NNF NN eee c c de d aigc gkgke qkgk aigc 464,0 1 2598,62 258,0 exp67,00 1 40,1 40,1 exp 1exp 21 21 kNNN kNN NN qkgk d qkgk 25 40,1 35 40,1 21 21 Apostila de Exercícios de Estruturas de Madeira 50 Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo Universidade Estadual de Campinas Eng. Esp. Ramon Vilela Prof. Dr. Nilson Tadeu Mascia (159) Excentricidade de projeto: (160) Momento de primeira ordem de projeto: (161) Verificação da condição de segurança: Considerando W2 = I2/(b1/2) = 62,5cm 3. (162) Portanto, a condição de segurança está verificada para esta barra da estrutura. cme cmcmcme eeeeee ef ef caicef 14,1 464,067,00 ,1 ,1 1,1 cme kNkN kN cm NF F ee d de e efd 25,2 3598,62 98,62 14,1,1 kNcmM cmkNeNM d ddd 78,78 25,235 !161,0 1 25,536 25,156 21 7552 78,78 5,6225,53625,15678,78 150 35 1 22 2 4 4 234 4 2 ,0 , 2 112, 2 OkcmkNcmkN cmkN cm cm cmcm kNcm cmcm cmkNcm cm kN f I I n Aan M WI IM A N dc efy d efy dd Apostila de Exercícios de Estruturas de Madeira 51 Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo Universidade Estadual de Campinas Eng. Esp. Ramon Vilela Prof. Dr. Nilson Tadeu Mascia 10 ESTABILIDADE LATERAL EM VIGAS Exercício 16 Dada uma viga biarticulada de madeira, de seção (5 × 20) cm², submetida a uma ação permanente distribuída de qg,k = 0,60 kN/m (totalidade das ações permanentes) e a uma carga acidental distribuída (qq,k). Determinar o máximo valor de qq,k, considerando: Dados Madeira classe C40; Umidade da madeira = 15%; 2ª categoria; Local com predominância de pessoas; Materiais frágeis ligados à estrutura. Solução Etapa 1: Cálculo das propriedades mecânicas e geométrica Carregamento de longa duração em peça serrada: Kmod,1 = 0,70; Classe de umidade 1: Kmod,2 = 1,00; Madeira de 2ª categoria: Kmod,3 = 0,80. (163) Resistência à compressão paralela às fibras: Considera-se γwc = 1,40, e fc0,k = 40 MPa para uma conífera C40. 56,0 80,000,170,0 321 mod mod modmodmodmod K K KKKK Apostila de Exercícios de Estruturas de Madeira 52 Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo Universidade Estadual de Campinas Eng. Esp. Ramon Vilela Prof. Dr. Nilson Tadeu Mascia (164) Resistência à tração paralela às fibras: Considera-se γwt = 1,80, e fc0,k = 40 MPa para uma conífera C40. (165) Resistência ao cisalhamento: Considera-se γwv = 1,80, e fv,k = 6 MPa para uma conífera C40. (166) O módulo de elasticidade à flexão: Considera-se Ec0,m = 19500 MPa para uma conífera C40. (167) Momento de Inércia: (168) Etapa 2: Verificação do Estado Limite Último – Cortante Esforço cortante: 2 0 0 0 0 62,1 16,16 80,177,0 40 56,0 77,0 cmkNf MPaf MPaf Kf ,dt ,dt wt ,kc mod,dt 2 0 0 0 0 6,1 16 40,1 40 56,0 cmkNf MPaf MPaf Kf ,dc ,dc wc ,kc mod,dc 2187,0 87,1 80,1 6 56,0 cmkNf MPaf MPaf Kf v,d v,d wv v,k modv,d 2 0 1755 17550 1950090,090,0 cmkNE MPaE MPaEE M M ,mcM 4 33 33,3333 12 205 12 cmI cmcmhb I Apostila de Exercícios de Estruturas de Madeira 53 Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo Universidade Estadual de Campinas Eng. Esp. Ramon Vilela Prof. Dr. Nilson Tadeu Mascia Condição de segurança. (169) Estima-se o esforço cortante pela inequação anterior. (170) Carregamento acidental (171) Etapa 3: Verificação do Estado Limite Último – Flexão Tensão de flexão região mais comprimida: Condição de segurança. (172) Momento fletor estimado pela inequação anterior. (173) Carregamento acidental: (174) Tensão de flexão na região mais tracionada: Condição de segurança. (175) Momento fletor estimado pela inequação anterior. dvd f , hbfV dvd , 3 2 mkNq cmkN cm cmcmcmkNq q l hbfq kq kq kg f dvkq 96,2 60,0 50040,1 2 20519,0 3 2 2 3 2 , 2 , ,,, dcd f ,0 h If M dc d ,0 2 mkNq cmkN cmcm cmcmkN q q lh If q kq kq kg f dc kq 62,0 60,0 5004,1 8 15 33,333360,1 2 8 2 , 2 42 , ,2 ,0 , dtd f ,0 Apostila de Exercícios de Estruturas de Madeira 54 Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo Universidade Estadual de Campinas Eng. Esp. Ramon Vilela Prof. Dr. Nilson Tadeu Mascia (176) Carregamento acidental: (177) Etapa 4: Verificação do Estado Limite de Serviço – Deformação excessiva Condição de segurança. (178) Carregamento acidental (179) Etapa 5: Verificação da Estabilidade Lateral Coeficiente de correção βM: Considerando βE = 4 e γf = 1,40. (180) Verifica-se a seguinte inequação. h If M dt d ,0 2 mkNq cmkN cmcm cmcmkN q q lh If q kq kq kg f dt kq 63,0 60,0 5004,1 8 15 33,333362,1 2 8 2 , 2 42 , ,2 ,0 , 350 lim l w ww mkNq cmkN cm cmcmkN q q l IE q kq kq kg M kq 712,0 6,060,0 5005350 33,33331755384 5350 384 , 1 3 42 , 1 1,3, 243,15 63,0 5 20 5 20 4,1 4 26,0 1 63,0 26,0 1 2 1 2 3 2 1 2 3 M f E M cm cm cm cm b h b h Apostila de Exercícios de Estruturas de Madeira 55 Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo Universidade Estadual de Campinas Eng. Esp. Ramon Vilela Prof. Dr. Nilson Tadeu Mascia (181) Como o primeiro termo foi maior que o segundo, a seguinte condição deve ser satisfeita. (182) (183) Carregamento acidental: Aplicando-se a Eq. (183) na Eq. (182) e isolando-se qq,k, tem-se: (184) Comparando as verificações exigidas pela norma, verificou-se que o limitante do problema foi a estabilidade lateral da viga e como o resultado da carga acidental obtido foi negativa deve ser aplicado a viga um novo dimensionamento diminuindo o vão entre travamentos ou aumentando a largura da viga. 77,44100 6,1243,15 1092 5 500 2 2 ,0 ,01 cmkN cmkN cm cm f E b L dcM efc b L E M efc dc 1 ,0 ,1 28 2 ,,, ,1 h I lqq y I M kqkgfds dc cmkNq cmkN cmcm cm cm cm cmkN q q hl I b L E q kq f kq kg f M efc kq 054,0 60,0 5500 33,333316 5 500 243,15 1092 16 , 2 42 , ,2 1 ,0 ,
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