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Cicatrização: 
Princípios e Implicações
Profº Dr. Iuri Fioratti
“Restauração da integridade a tecido traumatizado.”
DeCS, 2023
“Cicatrização é o processo fisiológico de reparação de tecidos danificados ou lesionados, que envolve uma série de eventos biológicos que levam à formação de uma cicatriz.”
Gurtner et. al., 2008
Cicatrização
A cicatrização no pós-operatório de cirurgias ortopédicas é um processo complexo e dinâmico que envolve a reparação dos tecidos moles e a formação de um tecido de cicatrização funcional.
Deve considerar as fases de cicatrização dos tecidos envolvidos e a funcionalidade do indivíduo abordado pelo processo cirúrgico.
Cicatrização
Deve considerar as fases de cicatrização dos tecidos envolvidos e a funcionalidade do indivíduo abordado pelo processo cirúrgico.
Fases da Cicatrização
Fases da Cicatrização
Fases da Cicatrização
Fase inflamatória
Fase proliferativa
Fase de remodelação
Fase Inflamatória
Imediatamente após a lesão – 72 horas aproximadamente
Apresentada como uma lesão e abertura do tecido
A ferida é caracterizada por um ambiente hipóxico (isquêmico) no qual se formou um coágulo de fibrina. 
Bactérias, neutrófilos e plaquetas são abundantes na ferida.
Fase Inflamatória
A ferida é caracterizada por um ambiente hipóxico (isquêmico) no qual se formou um coágulo de fibrina. 
Bactérias, neutrófilos e plaquetas são abundantes na ferida.
Fase Inflamatória
Fases da Cicatrização
Fase inflamatória
Fase proliferativa
Fase de remodelação
Fase Proliferativa
De 2 a 10 dias após a ocorrência da lesão tecidual
Início da formação de novos tecidos
Formação de uma escara
Migração de células de reparo, anteriormente observadas, para a área da lesão, juntamente com angiogênese.
Migração de células epiteliais
Fase Proliferativa
Durante essa fase, os fibroblastos começam a produzir colágeno e outros componentes da matriz extracelular, que formarão o tecido de granulação.
O tecido de granulação é uma mistura de células, vasos sanguíneos e matriz extracelular que preenche o espaço deixado pela lesão. 
Fase Proliferativa
Migração de células de reparo, anteriormente observadas, para a área da lesão, juntamente com angiogênese.
Migração de células epiteliais
Fase Proliferativa
Fase Proliferativa
Nesta fase, é importante que o tecido a ser reparado seja substituído por um tecido funcionalmente aceito pelo corpo.
Nesta fase ocorre parte das complicações de cicatrização.
Fases da Cicatrização
Fase inflamatória
Fase proliferativa
Fase de remodelação
Fase Remodelação
Mais de 10 dias até meses de remodelação.
Depósito de colágeno gerado por fibroblastos de maneira desorganizada.
Existe uma fase de contração da ferida para fechamento e remodelação.
A área remodelada permanece ligeiramente aumentada.
Fase Remodelação
Depósito de colágeno gerado por fibroblastos de maneira desorganizada.
Existe uma fase de contração da ferida para fechamento e remodelação.
Cicatrização
Cicatrização
Cicatrização Muscular
Processo complexo que envolve a reconstituição de tecidos musculares danificados. 
O músculo esquelético é composto por células chamadas de miócitos, que são capazes de se regenerar em resposta a danos.
Cicatrização Muscular
Durante a fase inflamatória da cicatrização muscular, células inflamatórias, como neutrófilos e macrófagos, são recrutadas para a lesão muscular. 
Os macrófagos são responsáveis por remover os tecidos danificados e iniciar o processo de regeneração, liberando fatores de crescimento e citocinas pró-inflamatórias que ativam as células satélites, que são células-tronco localizadas no músculo.
Cicatrização Muscular
Na fase de proliferação, as células satélites começam a proliferar e diferenciar-se em miócitos imaturos, que se fundem para formar novas fibras musculares. 
Esses miócitos imaturos também são responsáveis por produzir colágeno e outras proteínas da matriz extracelular que auxiliam na reparação do tecido muscular.
Cicatrização Muscular
Na fase de remodelamento, as novas fibras musculares começam a se organizar em padrões paralelos e paralelos ao eixo longitudinal do músculo. 
Esse processo pode levar semanas a meses, e é importante que o músculo seja submetido a atividades progressivas para garantir a sua recuperação completa.
Cicatrização Óssea
A cicatrização óssea é um processo complexo que ocorre após uma fratura ou cirurgia ortopédica que envolve o osso. 
Existem dois tipos principais de cicatrização óssea: a cicatrização primária e a cicatrização secundária.
Cicatrização Óssea
A cicatrização primária ocorre quando as extremidades ósseas da fratura são mantidas próximas uma da outra, permitindo que a cura ocorra sem a formação de calo ósseo, sem a formação de tecido cicatricial. 
Isso geralmente ocorre em fraturas que são fixadas cirurgicamente com placas ou parafusos.
Cicatrização Óssea
A cicatrização secundária ocorre em fraturas que não são fixadas cirurgicamente, o que pode levar a uma lacuna entre as extremidades ósseas. 
Nesse caso, a cura ocorre por meio de formação de tecido de cicatrização, que posteriormente é substituído por osso novo (calo ósseo)
Cicatrização Óssea
Fase inflamatória: Essa fase inicia-se logo após a fratura e dura cerca de uma semana. Nessa fase, ocorre a formação do hematoma, que é a acumulação de sangue na região da fratura.
Fase reparativa: Essa fase dura aproximadamente 4 a 6 semanas. Nessa fase, ocorre a formação do calo ósseo, que é um tecido de granulação que liga as extremidades do osso fraturado. Esse tecido é formado por células ósseas, cartilaginosas e fibroblastos que produzem colágeno e proteoglicanos para formação da matriz extracelular.
Fase de remodelação: Essa fase inicia-se aproximadamente na 6ª semana após a fratura e pode durar vários meses ou anos. Nessa fase, ocorre a remodelação do tecido ósseo formado na fase anterior, com a substituição do tecido de granulação por osso lamelar maduro e a restauração da anatomia e da função do osso fraturado.
Fase inflamatória: Essa fase inicia-se logo após a fratura e dura cerca de uma semana. Nessa fase, ocorre a formação do hematoma, que é a acumulação de sangue na região da fratura.
Fase reparativa: Essa fase dura aproximadamente 4 a 6 semanas. Nessa fase, ocorre a formação do calo ósseo, que é um tecido de granulação que liga as extremidades do osso fraturado. Esse tecido é formado por células ósseas, cartilaginosas e fibroblastos que produzem colágeno e proteoglicanos para formação da matriz extracelular.
Fase de remodelação: Essa fase inicia-se aproximadamente na 6ª semana após a fratura e pode durar vários meses ou anos. Nessa fase, ocorre a remodelação do tecido ósseo formado na fase anterior, com a substituição do tecido de granulação por osso lamelar maduro e a restauração da anatomia e da função do osso fraturado.
Cicatrização Óssea
Fase inflamatória: Essa fase inicia-se logo após a fratura e dura cerca de uma semana. Nessa fase, ocorre a formação do hematoma, que é a acumulação de sangue na região da fratura.
Fase reparativa: Essa fase dura aproximadamente 4 a 6 semanas. Nessa fase, ocorre a formação do calo ósseo, que é um tecido de granulação que liga as extremidades do osso fraturado. Esse tecido é formado por células ósseas, cartilaginosas e fibroblastos que produzem colágeno e proteoglicanos para formação da matriz extracelular.
Fase de remodelação: Essa fase inicia-se aproximadamente na 6ª semana após a fratura e pode durar vários meses ou anos. Nessa fase, ocorre a remodelação do tecido ósseo formado na fase anterior, com a substituição do tecido de granulação por osso lamelar maduro e a restauração da anatomia e da função do osso fraturado.
Cicatrização Óssea
Na consolidação primária, que ocorre quando a fratura é tratada por redução anatômica e estabilização rígida, as fases da consolidação óssea são semelhantes àquelas da consolidação secundária, mas com algumas diferenças.
A fase inflamatória e a fasereparatória são as mesmas nas duas formas de consolidação.
A fase de remodelação é menos evidente na consolidação primária, já que ocorre um maior controle da formação óssea durante o processo de consolidação. 
Na consolidação primária, não há formação de calo ósseo, o que é uma característica da consolidação secundária.
Cicatrização Óssea
Cicatrização Cartilaginosa
A cicatrização da cartilagem é geralmente mais lenta e menos eficiente em comparação com outros tecidos, devido à sua falta de suprimento sanguíneo e à sua natureza avascular. 
A cicatrização da cartilagem envolve a formação de um tecido fibrocartilaginoso que não possui as mesmas propriedades biomecânicas e estruturais que a cartilagem articular normal.
Cicatrização Cartilaginosa
Fase Inflamatória começa imediatamente após a lesão. 
Nessa fase, há liberação de citocinas e quimiocinas que atraem células inflamatórias para a região lesionada, como macrófagos, neutrófilos e linfócitos. 
A inflamação é necessária para limpar o local da lesão de detritos celulares e iniciar o processo de reparo.
Cicatrização Cartilaginosa
Fase proliferativa é caracterizada pela formação de novo tecido. 
Em ligamentos e cartilagens, a formação de novo tecido é mais lenta em comparação com outras estruturas, como músculos e ossos. 
Durante essa fase, ocorre a proliferação de fibroblastos e condrócitos, células que são responsáveis pela produção de colágeno e matriz extracelular.
CONDROGÊNESE
Cicatrização Cartilaginosa
Fase de remodelação é a fase final da cicatrização e envolve a reorganização e a maturação do tecido. 
Durante essa fase, o colágeno produzido na fase proliferativa é organizado em fibras mais maduras e resistentes, e as células inflamatórias são gradualmente removidas da região lesionada. 
Em ligamentos e cartilagens, a remodelação pode levar meses ou até anos para ser concluída.
RESUMINDO
Músculos – 4 a 6 semanas
Ossos – 4 a 6 semanas
Cartilagem/ Ligamento – 6 a 12 semanas
Principais Complicações
Complicações
Infecção 
Deiscência da ferida
Formação de cicatrizes anormais
Hematoma ou seroma
Necrose tecidual
Aderências
Infecções
As infecções são uma das principais complicações que podem ocorrer durante o processo de cicatrização, especialmente em cirurgias ortopédicas ou traumátológicas que envolvem a abertura dos tecidos moles. 
As bactérias podem entrar no local da cirurgia por meio de instrumentos cirúrgicos, luvas ou pela pele do paciente.
Infecções
Os sintomas de uma infecção podem incluir vermelhidão, inchaço, dor, calor, drenagem de líquido e febre. 
A presença de pus é um sinal claro de infecção. Se não tratada adequadamente, uma infecção pode levar a outras complicações, como a formação de abscessos, osteomielite (infecção no osso) e atraso na cicatrização.
Deiscência
A deiscência da ferida é a abertura da sutura cirúrgica antes da cicatrização completa.
Isso pode ocorrer devido à tensão excessiva na sutura ou fraca cicatrização dos tecidos.
Formação de Cicatrizes Anormais
A formação de cicatrizes anormais, como queloides e cicatrizes hipertróficas, pode ocorrer devido a uma resposta inflamatória excessiva durante a cicatrização.
Hematoma ou Seroma
Hematomas ou seromas podem ocorrer quando há acúmulo de sangue ou fluido embaixo da pele, respectivamente. Isso pode causar inchaço, dor e atrasar a cicatrização.
Necrose Tecidual
Morte do tecido e pode ocorrer devido a falta de suprimento sanguíneo adequado para a área lesionada.
Aderências
São bandas de tecido cicatricial que se formam entre os tecidos, limitando a amplitude de movimento e a funcionalidade da área afetada.
FIBROSES
Fibroses
A fibrose é uma complicação frequente em cicatrizações de tecidos moles, como pele, músculos e tendões. 
Ela é caracterizada pela formação excessiva de tecido fibroso, que pode ocorrer devido a um processo inflamatório prolongado ou uma lesão repetitiva.
Fibroses
Fibroses
Na cicatrização, a fibrose pode resultar em tecido cicatricial rígido e pouco elástico, que pode prejudicar a mobilidade da área afetada. Isso pode ser especialmente problemático em áreas como as mãos e os pés, onde a mobilidade é essencial para atividades diárias.

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