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Clínica de Felinos - Vanessa Victória de Lima 2023.2 PARTICULARIDADES GERAIS E TERAPÊUTICAS COMPORTAMENTO ALIMENTAR Caçadores solitários Pequenas presas: 20 a 30 gramas/refeição + Ricas em proteínas + Pobres em Carboidratos. 7 a 20 refeições por dia. Gatos não deveriam engordar, pois, é da sua natureza. Mas, gatos domésticos “caçam apenas o seu pote de ração. Por isso que alguns são obesos. Além da ração ser hipercalórica e não gastar energia para se alimentar. NUTRIÇÃO Carnívoros estritos – sua fonte energética é carne, por só comerem isso. Não desenvolvem hiperamonemia, pelos altos níveis de proteína (principal fonte energética); Gliconeogênese é feita através das proteínas DENTE: 30 dentes NÃO produzem amilase salivar – por serem carnívoros estritos Capacidade estomacal: 45 a 60ml/kg (Cão é 90ml/kg). PROTEÍNAS Possuem 11 AA essenciais. Taurina: mesmo sendo um dos essenciais para vida do gato, ele não a produz, sendo necessário absorver através da alimentação. Gatinhos: 1,5x maior (demanda de AA em relação ao cão) Gatos adultos: 2 a 3x maior. Restrição proteica não diminui enzimas do catabolismo de AA’s do ciclo da ureia: Diferente do cão e do humano, independentemente de estar se alimentando ou não, ele vai produzir e catabolizar algo. Quando não se tem proteínas, eles tiram dos músculos (catabolizando proteínas do próprio corpo). AMINOÁCIDOS ARGININA Extremamente essencial – entra no ciclo da ureia; Deficiência – hiperamonemia: sem arginina o animal não consegue transformar amônia > ureia e não vai conseguir excretar. Desencadeia hiperestesia, hiperatividade, vômito, sialorréia, morte. Hiperestesia – demasiadas sensações neurológicas no corpo. TAURINA Extremamente essencial. Gato não produz, só absorve. AA livre nos tecidos. Maior concentração em: coração, músculos, cérebro e retina. Ajuda na osmorregulação circulatória do gato + modulação dos canais de Ca. Ação antioxidante + conjugação de ácidos biliares. Não sintetizam quantidades suficientes a partir de cisteína. Deficiência: cardiomiopatia dilatada, degeneração de retina, falência reprodutiva. Quando se tem deficiência e “sequestram” proteínas dos músculos – sarcopenia. Nos casos de cardiomiopatia, é possível reverter a doença se fizer reposição de taurina. Beta-carotenos não vai se tornar Vit. A: Ela já vem pré-formada e é absorvida pela alimentação comum, das vísceras dos animais que são alimento. Piridoxina B6: Reações de transaminação e remoção do grupamento amino e 4x mais que o cão para fazer reposição. Sem piridoxina, os gatos podem ter deficiência e gerar questões neurológicas. TIAMINA (B1) Tiamina pirifosfato → ajuda a catabolizar os AA’s Produção de ATP – se não tiver deficiência de tiamina não vai ter ATP suficiente, pois, não terá AA’s para catabolizar. 4x mais que os cães Dietas ricas em tiaminase (peixe cru) → Cloristridium e Bacillus: A tiaminase que degrada e reduz a timina, por isso que se o animal comer muito peixe cru vai ter deficiência da vitamina. Deficiência em tiamina: Anorexia, ventroflexão do pescoço, sinais neurológicos (ataxia, convulsão, midríase) Fator intrínseco para absorção de B12 produzido apenas no pâncreas! Cobalamina não se encontra no complexo B, ela precisa de enzimas do pâncreas para ser absorvida pelo TGI, nos gatos é apenas no pâncreas. Por isso que quando um gato está com pancreatite (possivelmente deficiente de cobalamina), tem que se reposto via injetável (IM), por conta da doença não será absorvido VO. Ou por IV, que pode ser absorvido direto pela corrente sanguínea. LÍNGUA – PAPILAS Papilas Filiformes Desenvolvidas: As papilas filiformes são extremamente queratinizadas e elas são voltadas para dentro da boca. Auxiliam na hora que estão se lambendo, desembaraça os pelos e também tira o pelo morto. Tem ação mecânica (aumenta o risco de C.E. linear e a ingestão de pelos), sentido caudal. Importante: avaliação embaixo da língua, pois, pode ficar um pedaço da linha e a outra parte vai estar no TGI, fazendo pregueamento do intestino. Grande quantidade de pelo no estômago: se torna bola de pelo, alguns podem vomitar e colocar para fora mas se não vomitar vai obstruir o intestino e terá que fazer a retirada cirúrgica pois gera tricobezoar (bola de pelo). TRICOBEZOARES, BOLAS DE PELO. Sinais clínicos: náusea, mal-estar, redução de apetite, gastrite, esofagite, obstrução intestinal. O que pode ajudar a evitar: escovação dos pelos regulares e uso das pastas maltadas que aumentam a quantidade de fibra e tem um teor oleoso que auxiliam nos pelos que foram ingeridos para que não se entrelacem e saia no cocô normalmente sem bola de pelo. Obs: bola de pelo faz sombra acústica no estômago na ultrassonografia. ESÔFAGO Diferente dos cães e dos humanos: 2/3 do esôfago do gato é mm. Lisa e 1/3 é mm. Esquelética. Menor produção de saliva Clínica de Felinos - Vanessa Victória de Lima 2023.2 Maior risco: esofagite e estenose esofágica – por conta da menor produção de saliva alguns alimentos podem passar mais devagar pelo esôfago. Tem mais chances de irritar o esôfago e gerar uma estenose esofágica: doxicilina, clindamicina, AINE’s, ferro, tetraciclinas, propranolol. Em alguns casos, consegue desfazer a estenose com endoscopia, porém, também pode acabar irritando e piorando o quadro levando o paciente à óbito. Recomendações: - 10ml de água após administração desses medicamentos - 20 a 30g de alimento úmido - Formulações em suspensão - Lubrificação dos comprimidos RINS Os rins dos gatos têm um poder de filtrar 4x melhor do que do cão, porém, negativamente tem menos néfrons comparado ao cão/humano. Por isso que fazem deles melhores e super néfrons. Nº de néfrons: 160 a 250 mil néfrons (cães: 400 a 500/ homem: 1 milhão) Super néfrons: alta capacidade de urinar / densidade urinária < 1,040 Alta capacidade reabsorção de bilirrubina: toda bilirrubinúria é confirmação de doença patológica! DUCTO BILIAR E PANCREÁTICO Na questão anatômica do ducto biliar e pancreático, é mais semelhante ao humano do que ao cão. Ducto comum Inflamação: Tríade felina Icterícia no cão: pré-hepática e hepática Icterícia no gato: - Pré-hepática - Hepática - Pós-hepática VOLUME SANGUÍNEO 70ml/kg PV (Cães: 90 ml/kg PV) Importância clínica: Desidratam com mais facilidade (pelo menor volume sanguíneo) Aumento plasmático dos fármacos Dose terapêutica – pode acabar virando dose tóxica Grande risco de: edema pulmonar e efusão na re-hidratação. Por isso que, não se deve usar doses para cão como referência, as concentrações plasmáticas são diferentes e isso pode levar o gato à óbito. HIPOTERMIA E DESIDRATAÇÃO Situação: Um cachorro com um quadro emergencial com hipotermia e hipotensão (volemia baixa e Tº baixa). O organismo desse cachorro pensa que os órgãos principais (coração, pulmão e cérebro, fígado e rins) precisam de sangue. Para ele, precisa estabelecer a volemia para que o corpo continue funcionando, então, o sistema nervoso simpático vai ser ativado gerando a resposta adrenérgica, a adrenalina vai aumentar a frequência cardíaca e os vasos periféricos vão se contrair (vasoconstrição periférica – diminuir o sangue da periferia para encaminhar aos órgãos principais) e a volemia irá melhorar e aquecer o paciente, assim, gerando uma ótima perfusão para o cachorro. No caso dos gatos, a resposta adrenérgica dele não funciona porque os receptores adrenérgicos do gato não funcionam em temperatura baixa e mesmo se tiver produzindo adrenalina (até mesmo injetar adrenalina não irá funcionar). Cérebro, pulmão e coração não estarão com boa perfusão, consequentemente, o gato não vai ter nível de consciência para saber o que está acontecendoao redor dele (por isso que chega desorientado na emergência). Não se deve fazer o mesmo tratamento que faria no cachorro: fluido + aquecer. Mesmo se funcionar, inicialmente a resposta adrenérgica seria complemente diferente e a adrenalina que estava INTEIRA dentro dele vai fazer efeito de uma vez gerando taquicardia e a vasoconstrição. Todo esse excesso vai para o pulmão, pleura e abdômen, gerando edema pulmonar e vai à óbito. Por isso que alguns pacientes apresentam a melhora da morte e depois decai muito rápido. Procedimento correto: aquecer esse animal, para gerar a resposta adrenérgica e depois que a Tº voltar ao normal (37,5 à 39ºC) só faz a fluidoterapia se a volemia não tiver melhorado. A medida que a temperatura corporal aumenta.... S.N. Simpático → Resposta Adrenérgica → Vasoconstrição → Extravasamento de fluido para o interstício Gerando: Edema de extremidades / Ascite / Edema pulmonar agudo / Óbito. HEMOGLOBINA FELINA São formadas por alguns grupos sulfidrilas, quanto mais grupos sulfidrilas é mais fácil a hemoglobina sofrer processos ativos, é mais fácil dela se quebrar. Hemoglobina dos gatos: 8 a 20 grupos sulfidrilas Em comparação ao homem: 2 / cães: 4 Baixa concentração de glutationa eritrocitária em comparação aos cães. Glutationa Eritrocitária: agente antioxidante dentro das hemácias e por ter mais grupos sulfidrilos, tem mais chances de gerar oxidação para ele e o menor agente antioxidante na célula em menor quantidade. Maior risco de oxidação da hemoglobina – exatamente por causa da baixa concentração de glutationa Meteboglobinemia, corpúsculos de Heinz, hemólise. Quando a hemoglobina se oxida, transforma-se em metemoglobina e vai perder a função dela de carrear oxigênio. A metehemoglobina é a primeira fase da hemoglobina em oxidação, mas com terapêutica consegue reverter com agentes antioxidantes para voltar a ser hemoglobina, porém, se não for tratada vai desencadear corpúsculos de Heinz e é improvável que volte a ser hemoglobina então o organismo em reposta vai ver que a hemácia oxidou e vai matá-la, entrando em hemólise. Clínica de Felinos - Vanessa Victória de Lima 2023.2 METABOLISMO A metabolização do gato pode ser por via intramuscular (sanguínea), mas a maioria das vezes é por via hepática. Por uma perspectiva farmacológica: Todo fármaco que é administrado à um paciente, ele tem as vias de metabolização sendo em duas fases: 1ª fase – Ligação com receptores e efeito do medicamento: quando administra um medicamento e ele vai se ligar as albuminas circulantes que irão começar a se ligar dentro das moléculas aos receptores específicos a eles e sofrer a ação medicamentosa. 2ª fase – Separação da molécula para ser excretada depois: o organismo vai separar essa molécula formada, separar o medicamento e colocar ele para ser excretado pelos rins. A segunda fase nos gatos é falha. Porque as enzimas envolvidas no processo têm baixa concentração. ↓ da concentração das enzimas envolvidas na: - Glicuronidação - Sulfatação - Metilação - Acetilação Que são enzimas que fazem a metabolização. Isso significa que os medicamentos passam mais tempo surtindo efeito antes de serem excretados. Por isso que certos medicamentos têm que ser administrados com cautela em gatos. Suas concentrações são baixas, ele não consegue terminar todas as fases da metabolização igual aos outros animais, principalmente a fase de separar o composto que está ativamente funcionando e não fazer com que ele pare de funcionar para começar a ser excretado. ↓ contração glutationa hepática Significa que: além do metabolismo lento, os agentes antioxidantes do fígado são fracos. - Inativação e eliminação dos metabólitos - Fase II do metabolismo hepático - Susceptíveis à hepatotoxicidade e intoxicações TERAPÊUTICA Particularidades felinas que influenciam na terapêutica: MENOR VOLUME SANGUÍNEO 70ml/kg Pelo volume ser menor, faz com que o aumento da concentração plasmática dos fármacos também seja maior. DEFICIÊNCIA NAS VIAS GLICURONIDAÇÃO (+++) Falha na detoxificação Acúmulo de metabólitos tóxicos ↓ CONCENTRAÇÃO DE GLUTATIONA HEPÁTICA E ERITROCITÁRIA Baixa concentração de antioxidantes no fígado. Então, tudo que vier em excesso tem mais chances de oxidar as células e as hemoglobinas. FÁRMACOS PROIBITIVOS PARACETAMOL (ACETOMINOFENO) Vias de metabolização hepática: - Glicuronidação - Sulfatação - Oxidação (N-acetil-p-benzo-quinona imina) As vias de glicuronidação, sulfatação e oxidação do gato são baixas e acaba oxidando as células hepáticas, junta compostos e acaba em necrose hepática. Formação de p-aminofenol: Ele reage com a hemoglobina (por conta dos muitos grupos sulfidrilas) e acaba gerando metahemoglobina, se tornando INCAPAZ de transportar O². Acabam se tornando corpúsculos de Heinz, que para o organismo é maléfico, gerando desnaturação das moléculas de hemoglobinas entrando em hemólise intra e extravascular. SINAIS CLÍNICOS: Inicial: sialorréia, vômito, anorexia e letargia. Mucosas: cianóticas/acastanhadas (por conta da hemólise gera icterícia também) Taquipnéia, dispneia Edema de cabeça e membros em altas doses Acidose metabólica, cianose importante e morte TRATAMENTO: Se for nas primeiras 2 horas após ingestão: indução de êmese (podendo usar morfina), lavagem com carvão ativado (por isso é importante perguntar ao tutor se o medicamento ingerido foi em líquido ou comprimido, pois se for líquido não vale a pena fazer o cavão ativado) Após a formação de metehemoglobina e corpúsculos de Heinz (após as 2 primeiras horas): - N- acetilcisteína: Ele não é antagonista, mas compete pelos mesmos receptores que o paracetamol se liga. Não vai deixar que o acetominofeno se ligue aos receptores. Mesmo que não esteja mais fazendo efeito, ainda fica lá no organismo do animal então vai continuar usando o N- acetilcisteína até controlar os sintomas. - Substrato para ligação de metabólitos, precursos de glutationa - 1ª dose: 140 a 280mg/kg – diluído IV (DOSE DE ATAQUE!) - Depois: 70mg/kg – diluído IV a cada 4-6h por mais 19 aplicações ou até que controle os sinais clínicos (DOSE DE MANUTENÇÃO) Deve-se manter pelo menos o paciente internado por 3 dias tomando a medicação. Ácido ascórbico: Auxilia o fígado burlando os agentes metabólicos que ele precisa para desencadear o metabolismo. S-adenosil-Metionina (SAME): 20mg/kg se houver danos hepáticos. Importante: Mesmo que o paciente esteja bem, vale a pena utilizar o SAM, pois não se sabe o quanto o fígado dele já foi prejudicado. Suporte: fluidoterapia, oxigênio (dependendo da fase de suporte o uso do O² é mais para desencargo de consciência do veterinário do que realmente para o paciente). ÁCIDO ACETIL SALICÍLICO (AAS) Saturação das vias metabólicas: Eliminação ocorre mais ou menos 48 a 72 horas. SINAIS CLÍNICOS: Gastroenterite hemorrágica e hepatopatia aguda (fígado pode parar de funcionar) O paciente vai chegar principalmente vomitando sangue, defecando sangue. Além da oxidação das hemoglobinas que estarão acontecendo nesse processo. Sintomas extras: anorexia, depressão, taquipnéia, discrasias sanguíneas, salivação, vômito, diarreia, hipertermia, acidose, icterícia, anemia, ataxia, convulsão, nistagmo, morte. Clínica de Felinos - Vanessa Victória de Lima 2023.2 Alternativa terapêutica para AAS: Clopidogrel (antitrombótico): tem ação analgésica, mas a sua principal função é evitar trombo. Melhor opção para pacientes com cardiomiopatia hipertrófica, onde muitos médicos ainda utilizam AAS. Esse medicamento deixa o sangue mais fluído e diminui a chance de formação de trombo. AZUL DE METILENO E FENAZOPIRIDINA Antisséptico de vias urinárias Oxidação de Hb, metehemoglobina, corpúsculos de Heinz, anemiahemolítica > gerando hemólise Sintomas extras: dispneia, urina e fezes azuladas/alaranjadas, músculos hipocoradas/ictéricos, morte. Ação semelhante: ingestão de cebola e alho. ENEMAS DE FOSFATO (FLEET ENEMA) Hiperfosfatemia: por aumentar as concentrações de fosfato no reto, o sódio sobe, fazendo com que o intestino puxe líquido do colón para umidificar as fezes gerando uma desidratação severa no paciente. Diminuindo as concentrações de cálcio também. Por conta da quebra das ligações de cálcio: hipocalcemia grave: - Alteração na atividade elétrica cardíaca - Altera contração muscular Hipernatremia: compromete a repolarização de membranas excitáveis (por conta de não conseguir contrair direito). Comprometimento: muscular, nervoso, cardíaco e cerebral. Hipersmolaridade > Coma > Morte. INDIOSSINCRASIAS FELINAS Predisposição particular do organismo que faz com que um indivíduo reaja de uma maneira pessoal à influência do medicamento. Pode culminar a morte do paciente por conta de uma resposta indesejada do organismo. DIAZEPAM Desencadeia necrose hepática aguda fatal (em alguns gatos) Alternativas para não utilizar diazepam: Midazolam, oxazepam. ENROFLOXACINO Degeneração aguda da retina – animal fica cego Alternativas para não usar enrofloxacino: Norflocaxino, marbofloxacino, pradofloxacino, orbifloxacino. ESTREPTOMICINA Nefrotóxico Ototóxico e neurotóxico (pode convulsionar e morrer); Pode causar: Surdez irreversível (head tilt) e bloqueio neuromuscular gerando paralisia dos músculos respiratórios. FÁRMACOS DE CAUTELA DIPIRONA E PROPOFOL Satura glicuronidização e sulfatação – baixa intensidade Retenção de compostos fenólicos se: - Dipirona usada por muito tempo e em menos de 24h (demora esse tempo para ser metabolizada) - Propofol em doses sucessivas, bolus constante. Pode acontecer: Metehemoglobina > Corpúsculos de Heinz > Hemólise EXTREMA CAUTELA! Para cuidar de uma febre tem que se descobrir a causa base do sintoma. Não se fica utilizando dipirona por muito tempo (não passar de 2 a 3 dias). Dose: 10 a 25mg/kg (sendo mais seguro 15mg/kg) MELOXICAM (AINE) Seletividade para inibir COX 2 (na inflamação) Metabolização prolongada e doses extrapoladas: Pode começar a inibir a COX 1 gerando vasoconstrição renal, produção de ácido gástrico (proliferação de ác. Gástrico dando sensação de azia), redução da produção de muco gástrico (gerando gastrite). Então dependendo da dose e do tempo utilizado, ele vai deixar de ser só seletivo em inibir COX 2 e vai inibir COX 1 também. Dose: 0,05 a 0,1mg/kg – SID Acima de 8 anos de idade: 0,01 a 0,025mg/kg a cada 24 ou 48h OUTRAS CAUTELAS TERAPÊUTICAS VEÍCULOS A BASE DE PROPILENOGLICOL Administração IV > choque anafilático (NÃO PODE SER UTILIZADO IV!) Ex: Dexametasona, ceruminolíticos. ÓLEO MINERAL Agente laxativo Enema retal Via oral: falsa-via, gerando: - Pneumonia granulomatosa - Necrose pulmonar - Fibrose pulmonar N-ACETILCISTEÍNA Precursor de glutationa e mucolítico Via oral: pode Via intravenosa: pode (lento e diluído) Inalatória: NÃO. Pois gera broncoconstrição → angústia respiratória → morte. Outra opção de medicamento para evitar este fármaco: bromexina.
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