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Provas e Exercícios - Prospecção Mineral-1-34

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Universidade do Estado do Rio de Janeiro 
Faculdade de Geologia 
Disciplina: Prospecção Mineral - 2021/2 - PROVA FINAL 
Prof. Marcelo Salomão 
 
 
 
Questão 1 - Você, na busca por áreas potenciais (Fase de Exploração Geológica), encontra-se analisando 
mapas geológicos e topográficos em diversas escalas regionais (de 1:1.000.000 até 1:50.000) procurando 
determinar sítios que possam representar metalotectos e/ou controles de determinados tipos de 
mineralizações. Indique todos os metalotectos e/ou controles que você poderia extrair, com facilidade, das 
cartas analisadas, visando a identificar Auriferous Shear Zones type (3,0 pontos). 
 
 
 
Questão 2 – Preencha o quadro comparativo abaixo entre os métodos para a prospecção de diamante: 
Loaming (ou do SW Africano), Russo (Schlichs) e Norte-Americano (1,0 ponto). 
 
 
Método Loaming Schlichs Norte-Americano 
Tipo de terreno / condições do meio 
ambiente 
 
Malha de coleta 
 
 
Amostra coletada 
 
 
Volume coletado 
 
 
Granulometria do material 
 
 
Granulometria do material analisado 
 
 
Minerais indicadores 
 
 
 
 
 
Questão 3 - A empresa na qual você trabalha procura na região que compreende parte da Bacia dos Parecis, 
bem na terminação do lineamento 125 AZ, áreas para serem trabalhadas para diamante. A partir dessas 
informações, elabore as campanhas prospectivas para a seleção de áreas para serem requeridas (Fase 
de Exploração) e trabalhadas em maior detalhe (Fase Prospecção em Superfície). Justifique cada um 
dos procedimentos adotados. Relacione 4 (quatro) critérios que você utilizaria para, dentre as anomalias 
determinadas, priorizar (fase de seleção de áreas) as mais promissoras para o início dos trabalhos de 
detalhamento (6,0 pontos). 
 
*** 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Questão 1 - Falar, resumidamente, da campanha 
Geoquímica da Riofinex. 
Pesquisa realizada na região de Rio Claro-
Lídice no estado do Rio de Janeiro com foco para 
ocorrências de pirita e metais básicos. Envolveu fases 
de mapeamento geológico (1:50.000), geoquímico, 
geofísico e sondagens. 
O levantamento geoquímico regional 
abrangeu uma área de 3000km² sendo utilizada a 
amostragem por sedimento de corrente analisando 
amostrar para Cu, Pb, Zn. Para o levantamento 
geofísico foram utilizados os métodos de Polarização 
Induzida, Resistividade, Polarizaçõ Espontânea e 
Magnetometria. 
Os trabalhos prospectivos foram divididos 
em quatro áreas: Paraguay, onde ocorre um horizonte 
mineralizado constituído por uma matriz de mármore 
calcítico com pirita em grão grosseiros. – Colengo 
onde ocorrem inclusões de pirrotita, esfarelita, galena 
e pirita.- Rio das Canoas, onde ocorrem chapéus de 
ferro sem relação npitida com as mineralizações de 
pirita, pirrotita e esfarelita também encontradas. – 
Passa Dezoito, gossan em sequência de quartzitos 
calcários com disseminações de pirita. 
A análise geoquímica determinou valores 
de background e liminar para os elementos Pb, Cu, e 
Zn com o objetivo de determinar anomalias. 
O trabalho concluiu que as mineralizações 
de sulfeto encontradas obedecem a um controle 
estratigráfico e ocorrem basicamente em horizontes 
de mármores quartzíticos e na região em questão não 
tem teor ou espessura para formar uma jazida 
econômica. 
O resultado final bloqueia uma reserva de 
9000t por metro vertical de rocha mineralizada com 
teor aproximado de 2% de Zn e 50ppm Ag. 
 
Questão 2 - Como vc faria para determinar o 
potencial de um flat aluvionar, sem precisar 
chegar ao flat para tantalita 
 Para a prospecção desses depósitos é 
necessário, primeiramente, a observação de mapas 
geológicos para identificar plútons graníticos. Essas 
mineralizações estão inclusas em corpos pegmatíticos 
caulinizados de acordo com o Radam Brasil, logo é 
importante destacar esse tipo de alteração. As 
amostras geoquímicas ideias são as de concentrado de 
bateia e solo. Importante observar nas amostras os 
possíveis minerais guias como zircão hafnífero, 
rutilo, turmalina e cassiterita. 
Exemplo: no Amapá são encontradas sequências 
Vulcano-sedimentares (grupo Vila Nova) que são 
cortadas por corpos graníticos e pegmatíticos 
susceptíveis a este tipo de depósito. 
 
Questão 3 – 4 itens, dizer os metalotectos e/ou 
controles e falar os demais controles e outras 
coisas q vc poderia usar para detectar em campo, 
sem precisar fazer analise nem nada 
Resposta iocg, zona de cisalhamento aurífera, 
depositos de niquel secundários e mvt 
 
Metalotectos – controle geológico de mineralizações 
válidos para toda a crosta. 
IOCG – controle estrutural, fraturas e zonas de 
alteração controladas por falhas ou zonas de 
cisalhamento. Procurar Scheelita na bateia porque é 
um mineral guia. Procurar blocos de quartzo leitoso? 
Níquel Laterítico – controle fisiográfico e litológico, 
os depósitos lateríticos ocorrem sobre rochas 
ultrabásicas, apresenta um nível chamado de zona da 
garnierita. O controle fisiográfico nesse caso é paleo 
climático e topográfico. Exemplo: platôs na 
Amazônia. Outros minerais: esmectita e goethita. 
MVT – paleogeográfico e litoestratigráfico. 
Depósitos de Pb e Zn hospedados em rochas 
carbonáticas relacionadas a dolomitos. Importante 
procurar o back reef onde ocorre as mineralizações de 
Pb e Zn. 
Zona de cisalhamento aurífera – estrutural. As 
mineralizações se concentram nas estruturas. A 
Scheelita é um mineral Guia. 
 
Questão 4 - Falar sobre mobilidade de Au e Cu. 
O Cu é um elemento considerado como móvel (assim 
como o Zn, Pb), ou seja, é um elemento que se 
solubiliza com facilidade e é levado em solução nas 
águas subterrânea, proporcionando o que se chama de 
dispersão química. Esse tipo de dispersão 
corresponde a redistribuição dos elementos por 
agentes físicos, químicos e mecânicos em resposta as 
mudanças processadas pelo ambiente geoquímico. 
Pode ser primária, relacionada aos fenômenos de 
formação da concentração mineral – ou secundária, 
ligada aos fenômenos de alteração superficial e 
geomorfológicos. Nesse caso a amostragem mais 
indicada é por sedimento de corrente. 
Em contrapartida, o Au é considerado um elemento 
imóvel, ou seja, dificilmente se solubiliza, logo sua 
dispersão se dá por maneira mecânica a partir da 
desagraçaõa e transporte dos minerais portadores do 
elemento. Nesse caso a amostragem ideal é por 
concentrado de bateia. Outros elementos imóveis Cr e 
Ti. 
 
Questão 5 dois tipos de deposito filões auríferos e 
MVT filões hipotermais auríferos, e pedia 
pathfinder indicadores e principais mineralizações 
- Pathfinders - elementos rastreadores, ou seja, os 
mais móveis que compõe uma associação 
(agrupamento de elementos de mobilidade similar) 
MVT – Cd Zn-Pb principais mineralizações: galena e 
esfarelita 
Filão aurífero epitermal – Te-Bi-Hg/As-Sb-Zn-
Se(Hg) Au 
 
 
 
 
 
Formação ferrífera bandada: 
É uma rocha sedimentar ou metassedimentar com mais que 15% de 
ferro de origem química, vulconoqquímica ou bioquímica, 
estratificada, apresentando camadas de ox., carbonato, sulfetos ou 
silicatos de ferro, alternadas com camadas quartzosas, anfibólicas, etc. 
As FFB podem ser: óxidos (magnetita e hematita); silicatos 
(cummingtonita, grunerita, minnesotaita, stilpnomelano, Fe clorita); 
carbonato (ankerita e siderita); e sulfeto (pirita e pirrotita). 
A formação ferrífera consiste na alternância de camadas de oxido de 
ferro e argila, chert ou jaspe. Provavelmente devido ao 
enriquecimento de oxigênio da atm., no neoarqueano ao 
paleproterozóico, levou a oxidação de ferro em solução Fe2+ passando 
pra Fe3+ nos mares daquela época. 
Os 2 tiposprincipais deste depósitos são: lago superior e algoma: 
 O tipo lago superior é formado em ambientes estáveis de 
plataforma nas margens de cratoons proterozóicos. As rochas 
associadas são domitos, arcósios, quartzitos, argilitos carbonosos, 
conglomerados e uma menor participação de rochas vulcânicas. 
 O tipo algoma é formado em ambientes marinhos tectonicamente 
instáveis de arco vulcânico do arqueano ao proterozóico. As rochas são 
turbiditos, grauvacas, argilitos, rochas vulcânicas e rochas 
sedimentares metalíferas. 
Os depósitos associados são os de manganês , algumas formações 
ferríferas podem ocorrer como fácies laterais de depósitos de sulfetos 
massivos do tipo VMS. Estão também relacionados espacialmente com 
depósitos de ouro. No Brasil o quadrilátero ferrífero é associados aos 
depósitos do tipo lago superior e Carajás ao do tipo algoma. 
 
Depósitos originados por concentrações residuais: 
Os principais tipos de depósitos residuais compreendem depósitos 
formados por processos de lateritização (alumínio (bauxito), 
manganês e níquel (garnierita)). E depósitos não lateríticos (fosfato 
(apatita), titânio (Anastásio), vermiculita, nióbio (pirocloro) e terras 
raras (monazita e florencita)). 
Depósitos lateríticos – geralmente relacionados a processos 
intempéricos e desenvolvem-se geralmente em antigas superfícies de 
aplainamento podem ser: 
 Bauxito – desenvolvem-se em rochas com ausência de quartzo, 
particularmente sobre nefelina sienitos, basaltos e calcários. A rocha 
bauxíticas são constituídas geralmente de bohemita e gibbsita, 
formam-se em climas tropicais onde há rápida lixiviação do Na, K, Ca, 
Mg, e a separação do Al do Si e Fe. 
 Níquel laterítico – são depósitos de garnierita sobre rochas 
ultrabásicas e in situ. Os minerais mais comuns são goethita, 
serpentina, talco e smectita. De 2 tipos: oxidado com o Ni associado a 
goethita ou silicatado com o Ni associado a serpentina e talco. O perfil 
é com goethita no topo passando pra uma fase enriquecida em 
silicatos e depois a rocha inalterada dunítica. 
 Depósitos de manganês – formados sobre rochas carbonatadas 
maganesíferas (com rodocrosita), sobre xistos manganesíferos (com 
espessartita e secundariamente com rodonita e piemontita) e sobre 
tufos e cinzas (metamorfizados ou não), são depósitos com ate 100 
Mt. O perfil é: minério pisolítico – plaquetas – nódulos – matacões. Na 
superfícies podem ser encontrados também goethita, nos níveis 
inferiores manganesíferos encontram-se o psilomelano, a manganita, a 
poleanita e a dialogita (carbonato). 
Depósito não laterítico – são depósitos relacionados a intrusões 
carbonatíticas, são gerados a partir da lixiviação dos carbonatos 
deixando a apatita (F), Anastásio (Ti), microlita (Nb) monazita (TR) e 
vermiculita. As condições necessárias para a formação desses 
depósitos são: clima tropica com estações chuvosas e secas bem 
definidas, velocidade de erosão controlada, aspectos estruturais da 
região e composição favorável da rocha matriz. Para que não haja a 
completa erosão é necessário a formação de uma depressão onde o 
minério possa se acumular. N perfil de alteração temos concentração 
de titânio encimando as de fosfato, depois fosfato com titânio 
passando para uma zona mineralizada essencialmente com apatita. 
Depósitos supérgenos: 
Esses processos são geralmente confundidos com os intempéricos, são 
extremamente importantes por propiciarem a reconcentração das 
mineralizações a partir de um mineral primário com teores 
economicamentes inviáveis. O clima tropical favorece esses processos. 
Esse processo é compreendido melhor analisando os seus efeitos sobe 
um depósito sulfetado (Cu, Pb, Zn, Ni e Co).o minério supergênico 
ocorre em duas regiões: 
 zona oxidada – acima do lençol freático com rápida circulação de 
água (infiltração da água superficial no solo), essa zona fica aerada 
com O2 E CO2 com águas muito oxidantes com capacidade de dissolver 
os elementos químicos dos minerais. Os sulfetos são oxidados gerando 
esta zona. Acima desta zona tem-se uma zona lixiviada e a cima desta 
um gossan (chapéu de ferro), na base é limitada pelo nível freático. O 
Fe dos sulfetos migra por capilaridade gerando o Gossan este PR sua ez 
funciona como um tampão. 
 zona supergênica ou cementação – abaixo do lençol freático, 
nessa zona a circulação dos fluidos e dos elementos lixiviados (Cu é um 
exemplo) da zona oxidada é lenta em direção aos níveis de base do 
lençol, nessa zona os elementos lixiviados são depositados gerando a 
calcocita no caso do Cu, abaixo desta zona a água tampona e os 
minerais primários são encontrados (calcopirita no caso do Cu) esta 
zona é chamada de hipogênica, onde não há a circulação da água. 
Depósitos Sedimentares: 
Os depósitos sedimentares podem ser: 
 Singenéticos – são do tipo senso estrito, onde os depósitos nos 
quais o minério constituem um dos estratos da coluna sedimentar. Eles 
podem ser: depositos formados pela deposição química (cobre 
sedimentar/copperbelt; fosfato marinho; manganês marinho; e 
evaporitos), depósitos formados pela deposição clastica (aluviões; 
jazidas litorais; e elúvios e colúvios). 
 Epigenéticos – minerais formados após a deposição dos 
sedimentos, são fluidos mineralizantes que percolam o sedimento, 
podem ser: salmouras marinhas, fluidos que percolam falhas 
proveniente dos aqüíferos ou águas meteóricas, ... . os tipos mais 
comuns são depósitos estratiformes de cobre sedimentar e os de 
Pb/Zn. Tipos: Red beds (não marinhos), Sabkha e kupfershiefer 
(marinho) e Mississipi Valey type (MVT). 
Depósitos Singenéticos: 
 Depósitos do tipo copperbelt – o exemplo mais típico é o cinturão 
cuprífero da Zâmbia e do Zaire, o Cu provavelmente deriva da 
lixiviação do embasamento Arqueano, transportada pelas drenagem 
para o sítio e deposição. O cobre ocorre como cobre nativo, sulfetos 
com altos teores (calcocita, covellita, calcopirita, bornita), como óxidos 
com teores variáveis de Cu (cuprita), como carbonato (malaquita) e 
silicatos (crisocola). Os óxidos e sulfetos encontram-se em rochas 
sedimentares que se depositaram em um ambiente costeiro ardo com 
anidrita e dunas quartzosas e em ambiente do tipo planície de maré 
litorânea. 
Os sedimentos mineralizados variam em espessura de poucos metros a 
dezenas de metros. Eles são encontrados em um curto intervalo sobre 
o embasamento. O teor do minério é de 3 a 6% podendo atingir 
valores maiores em casos excepcionais. O cinturão tem uma seqüência 
terrígena grossa (conglomerados e arcósios) que gradam para argilas 
arenosas, argilitos com sulfetos (bornita e cacocita), argilitos 
dolomíticos piritosos ou para dolomitos verdadeiros. Esses deposito 
são marcados por uma zonalidade química horizontal que começam 
nos sulfetos de cobre e gradam para os sulfetos de ferro, do litoral para 
o mar (calcocita, bornita, calcopirita e pirita). 
 
 Depósitos de fosfato marinho – fosfotiros são sedimentos 
marinhos primários, podem ser ortoquímicos (não clásticos, formados 
fisioquimicamentes ou bioquimicamente dentro da área e formação, 
com pouco ou nenhum transporte ou agregação) quanto aloquímicos 
(maiores que partículas de argila com o mesmo processo gerador dos 
ortoquímicos, são discretos corpos agregados que podem apresentar 
transporte dentro da área de deposição). 
A lama fosforítica autigêna microcristalina (mcrosforita) que precipita 
in situ, tanto bioquimicamente quanto fisioquimicamente, são 
fosforitos ortoquímicos, já quando é modificada agregando-se em 
discretas particulas clásticas então ela é considerada fosforitos 
aloquímica. Essa lama pode ser ingerida e excretada por organismos 
formando os fosforitos peletais. Se há energia suiciente as lamas 
podem se agregar entorno de grãos gerando os oólitos ou psedo-
oólitos. Outro tipo de grãos aloquímico é o material esqueletal fóssil. 
Os fosforitos primários podem ser modificados gerando os fosforitos 
litoquimicos (retrabalhados e depositados em unidades maisrecentes) 
e grãos metaquímicos ( fosforitos trabalhados por processos subaéreos 
intempéricos que transformam quimicamente e mineralogicamente os 
fosforitos). 
O principal componente primário dos fosforitos é a fluorapatita 
criptogranular, e secundariamene tem-se: microfósseis; dolomitos; 
areia e argila. 
Os depósitos são gerados por correntes ascendentes que vindo das 
porções oceânicas mais profundas, carreiam as águas frias saturadas 
em CO2 e P2O5 para regiões plataformais mais rasas. A precipitação se 
dá em matriz carbonatada ou margosa (mais importante), silicatada 
(clastica ou química), argilosa ou aluminosa e gibsítica ou ferruginosa. 
São geradas em latitudes entre 10o a 23o(águas quentes), porem 
depósitos jurássicos se formaram m maiores latitudes (30o – 50o). 
Seqüência típica de precipitados químicos de águas profundas para 
rasas: material carbonoso – fosfato – sílica – carbonatos rico em Mg – 
sulfatos – cloretos. 
A sucessão de rochas que resulta desta seqüência é: folhelhos pretos – 
fosforitos inorgânicos/orgânicos – cherts/diatomitos – 
dolomitos/calcários – evaporitos. 
O deposito mais representativo encontra-se na Florida. No Brasil 
ocorrem em Patos de Minas (MG) e Olinda (PE). 
 
 Depósitos de Manganês Marinho – os depósitos de manganês 
podem ser do tipo vulcanogênicos (associados com formações 
ferríferas bandadas de origem exalítia distal submarina)ou não 
vulcanogênicos (sedimentos continetaisterrigenos em geossinclinais 
ou latamormas). 3 subtipos de depósitos de manganês marinho serão 
discutidos: 
 Subtipo Nikopol (URSS) – são depósitos com teores de manganês 
entre 15-35%. São representantes de 70% das reservas mundiais. São 
formados em plataformas continentais, estuários e outro ambientes 
marinhos rasos. As concentrações de manganês ocorrem no meio da 
zona mineral de oxido de carbono na parte leste do depósito, nesse 
caso, as camadas são verticalmente heterogêneas. As concentrações 
ocorrem estritamente na seqüência da camada mineralizada, com 
espessuras de 7 a 25cm entre a cobertura inferior de carbonatos e a 
cobertura média de óxidos de carbono. As rochas que contem o 
manganês consiste de limonita amarelo clara; as rochas com 
concreções de nontronita consistem de argilas ricas em nontronita ou 
alguma limonita. A porção contendo poucas concreções de nontronita 
se estendem por quase todo o depósito contem 19,25% de ferro. 
O minério consiste de pirolusita oolitica e nodular numa matriz de 
óxidos d manganês e os sedimentos associados são argilosos, 
mármores e arenitos. O minério manganesífero apresenta um 
zoneamento lateral, gradando do litoral para o mar mais profundo de: 
minério oxidado – minério óxido carbonatado – minério carbonatado. 
As camadas tem espessura de 2 a 3,5m e se estendem por 150km2, os 
principais óxidos são: pirolusita e psilomelano (Ox. Mn hidratado). Os 
carbonatos são: rodocrosita e a manganocalcita. A base da camada 
tem areias glauconíticas, nódulos e massas terrosas de óxidos e ou 
carbonatos de Mn em matriz síltica ou argilosa. No topo da camada 
temo oxido de ferro. 
 Subtipo seqüência carbonatada – formado em geossinclinais, em 
seqüências dolomito-calcárias ou sobre zonas cratônicas rígidas. Na 
zona cratônica o minério oxidado é contido em calcários e dolomitos 
encaixados entre areias (red beds) e carbonatos (dolomitos com 
fosseis de águas rasas). A mineralogia do depósito inclui pirolusita e 
coronadita. São depósitos químicos singenéticos por estarem paralelos 
a linha de praia. 
 Nódulos de Mn pelágicos – são depósitos nas zonas abissais dos 
oceanos, particularmente no pacifico onde ocorrem nódulos pretos de 
tamanhos variados e compostos de óxidos de Fe e Mn. São cerca de 50 
bilhões de toneladas a mais de 1 trilhão. Onde são mais abundantes 
chaga a se ter 100 nódulos/m2 geralmente ontem de 20 a 30% de 
oxido d manganês, com algum ferro, 2 a 3% de Cu, Ni e Co podem 
estar presentes. 
Os principais óxidos são: Pirolusita (MnO2) e birnessita 
((Na,Ca)Mn7O14.3H2), e são depositados como camadas concêntricas 
entorno de núcleos de grãos de areia, dentes de tubarão ou qualquer 
outro tipo de material. A fonte do manganês, provavelmente está 
relacionada com vulcanismo submarino, mas também ode ser de 
origem terrígena ou ate mesmo derivada de poeira cósmica. 
 
 Evaporitos - são depósitos constituídos de minerais precipitados 
pela evaporação da água em ambientes salinos. Os sais se precipitam 
em ordem dos menos solúveis para os mais solúveis (gibsita – anidrita 
– sal-gema)os mais solúveis como a silvanita, carnalita e a polialita 
associados a halita são importantes fontes de K. 
Estes são um dos mais clássicos conjuntos de mineralizações 
singenéticas. Os principais tipos de depósitos ocorrem em climas 
quentes e áridos e podem ser: 
 Depósitos marginais de sal em depressões – formados em áreas baixas 
que sazonalmente são inundadas. Gesso e halita são o principais sais. 
Não formam grandes depositos e são quase descnhecidos no passado 
geológico. 
 Depósitos cíclicos de sal – formados pela deposição de sal carreado 
pelo vento que sopram do mar para o continente. Halita é o principal 
sal. O exemplo principal são os lagos extenso e rasos de Rajputana. 
 Depósitos do tipo salinas – depressões costeiras separadas d mar por 
sedimentos permeáveis. A água do mar percola a área e vai fazer com 
que a salmora da depressão fique rica em sais solúveis havendo 
deficiência em sulfatos. Exemplo é o lago Assal na antiga Somália. 
 Depósitos em lagos de origem marinha – formados após o isolamento 
de antigas áreas marinhas que assim se transformariam em lagos. Mar 
vermelho é um exemplo, os principais sais são a gibsita e halita. 
 Depósitos lagunais – baias isoladas de mares e que mantém contato 
com eles a partir de canais. A baia de Kara Bogaz é um exemplo.os 
principais sais são gibsit e halita. 
Os principais minerais das rochas evaporiticas são a halita carnalita, 
taquidrita e silvinita. Eles podem ser primários (precipitados de uma 
salmora, se formam na superfície ou no fundo da bacia) ou 
secundários (precipitados da salmora intergranular ou intra-
sedimentar nas margens do mar ou da lagoa). Os evaporitos são 
gerados a partir de 3 processos químicos: 
 Precipitação – precipitação mineral a partir da evaporação de uma 
solução aquosa do mais solúvel para o menos solúvel. 
 Precipitação orgânica – carapaça de organismos. 
 Substituição – substituição total ou parcial do calcário a partir da 
circulação da água do mar, gerando dolomito ou Magnesita. 
Depósitos Sedimentogênicos Epigenéticos: 
 Depósitos de cobre do tipo rede beds – são contituidos por 
arenitos, siltitos, argilitos e algumas vezes dolomitos de cor vermelha 
ou castanho avermelhado, são continentais encaixados em arcósios ou 
folhelhos formados em climas quentes, geralmente próximos a 
seqüências evaporíticas. Deposição em ambiente de alta e baixa 
energia. Tem espessura de milímetros a poucos metros com extensão 
lateral de alguns quilometro, e ocorrem em forma de lente ou 
camadas. 
São depósitos com mineralização sulfetada cuprífera sempre 
localizadas nas proximidades das rochas oxidadas, estes depósitos tem 
corta, cinza ou cinza-esverdeado, diferindo dos pacotes sobre- e 
subjacentes de red beds, essa coloração deve-se a presença de 
hematita que recobre ou cimenta os grãos. 
O mecanismo mieralizado corresponde a fluidos oxidados carreando 
Cu que percolam os sedimentos ate encontrar um ambiente redutos 
no caso siltitos com pirita, gerando o minério. A solução clorídrica 
derivada dos evaporitos associados as red beds seriam os responsáveis 
pela dissolução e transporte do cobre. O principal minério é a calcocita 
e a pirita, podendo ocorre também calcopirita, covellita, bornita, cobre 
nativo, digenita, patra nativa e uraninita. O minério é disseminado e a 
geometria do depósito é variada. A gangua é composta de quartzo, 
feldspato, illita, gipso, anidirta e dolomita. 
Nestes depósitosé comum a substituição de madeira fossilizada e 
outros restos orgânicos por sulfetos de cobre. Um exemplo clássico 
deste depósito é a jazida de cobre de White Pine em Michigan. 
 
 Kupfershiefer – este deposito corresponde a ma fina camada de 
folhelho marinho carbonoso (betuminoso) e carbonato que ocorre 
sobre uma grande área do norte e centro da Europa, é explorado para 
prata e outros metais base sobretudo o cobre. Este é um típico 
exemplo de depósitos strata-bound em folhelhos. 
Este deposito apresentam concentrações medias de chumbo e zinco 
(galena e esfalerita) cerca de 10 vezes maior que a de cobre. O cobre 
ocorre como sulfetos: bornita, calcopirita, covelita e idaíta (ordem 
decrescente de abundancia). Os metais em ordem de importância: Cu, 
Pb, Zn, podendo ter também: V, Mo, U, Ag, As, Sb, Bi e Se, Cd, Au, Re e 
EGP também são relatados. 
São registradas 4 tipos de mineralizações nestes depósitos: 
 Sinsedimentar com 100ppm de metais base, esta relacionado à 
estratigrafia dos sedimentos marinhos e as oscilações dos níveis 
limites óxidos-anoxidos da água. 
 Limites de metais base em torno de 2000ppm, relacionado aos 
sedimentos subjacentes ao kupferschifer que correspondem à fonte 
dos metais. 
 Minério com teores de 3%, restrita as magens da bacia, 
relacionada aos processos diagenéticos tardios. 
 O mais tardio, pós-diagenético, controlado por estruturas e 
provavelmente de origem hidrotermal. 
Rentzch e Knitzschke, dividiram as assembléias minerais em 10 tipos 
mostrando as diferentes condições de oxidação e redução durante a 
formação do depósitos elas são: 1 (oxidação elevada), 2 e 3 (fraca 
oxidação), 4 a 6 (fraca redução) e 7 a 10 (redução elevada). Os 
minerais envolvidos são: Cu (covelita, calcocita, bornita calcopirita e 
tennantita), Pb (galena), Zn (esfalerita) Fe (hematita, pirita e 
marcassita). 
 Depósitos o tipo Sabkha – é originada a partir de uma 
transgressão marinha sobre continente arrasado, proporcionando a 
deposição de sedimentos ricos em matéria orgânica algal e lama 
carbonatada sobre sedimentos detríticos continentais. 
Sabkha são flats de evaporitos parcialmente protegidos da ação do 
mar. 
Regressões marinhas geram os evaporitos embutidos em sabkhas em 
bacias que progradam pelo afinamento da cunha de areia, interligada 
com sedimentos lagunas ricos em matéria orgânica. A água 
proveniente do continente percolam as areias e encontram o lençol 
freático com água do mar causando a desestabilização dos elementos 
contidos tanto na água do continente (metais lixiviados) quanto dos 
sais deixados nas areias pela regressão. A solução gerada ascende por 
processos de evapo-transpiração depositando os a carga catiônica 
como sulfetos junto a matéria orgânica (tapetes algais com H2S que 
agem como membranas redutoras), a solução livre dos metais 
continua a ascensão propiciando a geração de um horizonte de 
evaporitos sobre os metais, servindo como proteção contra a oxidação 
destes metais. Esses depósitos apresentam uma zonalidade horizontal 
do continente para o oceano representada por: Cu + Ag – Pb – Zn – Fe. 
Os depósitos de Pb-Zn em arenitos e folhelhos e Cu em folhelhos 
(kupferschiefer) enquadram-se nesse modelo. 
 
 Depósitos do tipo Mississipi Valley: 
 Depósitos de Chumbo e Zinco – são depósitos hospedados em 
rochas carbonáticas dolomitizadas, podendo ocorrer em folhelhos, 
arenito e ou conglomerados basais (sempre associados a carbonatos), 
são umas das principais fontes (2/3 da produção mundial) desses 2 
metais. Esse é o principal modelo de depósitos (Mississipi Valley – MV) 
associados as rochas carbonáticas. São geralmente associados a 
barreiras de recifes, caracterizando assim como depósitos de águas 
rasas e quentes. São compostos principalmente de galena e esfalerita, 
que preenchem os espaços vazios das rochas carbonáticas. Outros 
depósitos relacionados ao MV são os de fluorita e barita. 
São depósitos preferencialmente strata-bound, mas não estratiformes, 
gerados em plataformas continentais estáveis. Os principais controles 
da mineralização correspondem aos metalotectos paleogeograficos 
lito-estratigráficos. 
As mineralizações são: galena, esfalerita (predomiantes) com pirita e 
ou marcasita (acompanhantes), barita e fluorita podem estar 
presentes (algumas vezes em concentrações econômicas), calcopirita, 
sulfetos de NI e ou Co podem ocorrer, calcita, dolomita, quartzo e 
minerais de argila estão presentes na ganga. Na maioria das 
mineralizações o Zn predomina sobre o Pb e o conteúdo de cobre é 
pequeno. Quimicamente o minério é marcado por: esfalerita com 
baixo teor em Fe e manganês (<3%), Cd (ate 1%), e quantidades 
menores de In e Ga; Galena com baixo conteúdo em prata (50 – 100 
ppm) quando comparada a depósitos estratiformes. 
A precipitação dos minerais pode se dividida em 4 estágios: primeiro 
precipitação da pirita, segundo precipitação da esfalerita, terceira 
precipitação da galena e por ultimo precipitação da marcassita e 
calcopirita podendo ocorrer dissolução da galena e esfalerita. Calcita e 
quartzo podem aparecer em qualquer um dos estágios, mais 
principalmente no primeiro e no ultimo. A textura do minério pode 
ser: disseminada, maciça, bandada, brechóide e coloforme. 
O modelo genético para a mineralização é o epigenético,porem o 
mecanismo mineralizador ainda é alvo de controvérsias, pois, os 
mecanismos propostos passam por: fluidos hidrotermais; processos de 
dolomitização dos calcários, que liberam fluidos que carreiam os 
metais; e fluidos do tipo solução clorídrica que lixiviariam os metais 
contidos nas fácies lamíticas (roha fonte). 
 Depósitos de fluorita – depósitos que podem ter grande 
tonelagem e a sua mineralização se apresentam ao longo de dezenas 
de quilômetros, exemplo e Marico, no Transvaal, África do Sul com 80 
Mt com 15% de CaF2 ao longo de ma faixa de 60km. A fluorita foi 
concentrada no processo diagenético, num contexto regional as 
controlados por paleorelevo mas em detalhe está localizado em 
horizontes vesiculares e paleokarsts desenvolvidos no dolomito 
quando este estava exposto ao ar. 
Depósitos Detríticos: 
São depósitos de placeres, formados pela concentração de minérios 
valiosos, oriundo da desintegração de rochas e minerais pelo 
intemperismo e erosão. As condições são: existência de uma fonte 
regional ou local de mineralizações primárias, concentradas ou 
disseminadas; e a existência de condições favoráveis para a erosão, 
transporte, deposição e concentrações do minerais pesados, de modo 
a não permitir que o mineral econômico fique muito disseminado. A 
mineralizações primarias estão geralmente relacionadas a filões e 
veios, minerais disseminados nas rochas, minerais constituintes das 
rochas e antigos depósitos de placeres. As características dos minerais 
que geralmente se acumulam para formar esses depósitos são: 
densos, bom estabilidade química na zona de oxidados e geralmente 
resistentes a abrasão, eles são:platina,ouro, wolframita, cassiterita, 
columbita-tantalita, monazita,ilmenita, magnetita, zircão, 
rutilo,granada, rubi/safira e diamante. 
São bancos de cascalhos que podem ser homogêneos, ou 
heterogêneo, podem ainda descobertos (superficiais) e, mais 
raramente soterrado.podem ser recentes (quaternário) ou fósseis, tem 
forma de lente em cordões ou lençol, e dimensões muito variadas. 
As jazidas podem ser: placeres eluciais; coluviais; aluviais, de praia 
(subdivididos em jazidas litorâneas e submarinas); eólicos e glaciais. 
 Placeres eluviais – pipe Mabuka na Tanzânia é um exemplo, onde 
a erosão do kimberlito e erosão eólica, onde os diamantes ficaram 
cumulados na depressão propiciada pelo próprio pipe kimberlítico. 
 Placeres aluviais – corresponde a um tipo de depósito detrítico 
cujos elementos sofreram transporte fluvial. A deposição do material 
transportado pela corrente se da pela diminuição da velocidade da 
água. A concentração das mineralizações e geralmente errática, 
podendo haver faixas ricas (paystreaks ou run of gold) entre faixas 
mais pobres. Essas concentrações são irregulares distribuídas tanto 
lateralmente quanto verticalmente. 
 Placeres de praias - são aquelas formadas tanto a beira do mar 
quanto a beira de lagos. São fontes importantes de rutilo, ilmenita, 
zircão e monazita. A principal característica é o conteúdo mineral 
elevado de 60 a 80% do volume de areia boa estratificação dos 
depósitos, com boa seleção e grãos arredondados. 
São depósitos de grandes extensões e espessuras raramente maiores 
que 1m e as vezes associados a placeres eólicos. Tem forma de uma 
lente estreita que se fecha tanto para o continente quanto para 
oceano. 
São alimentados pelos materiais oriundos das massas aluviais, pelos 
detritos das costas e pela erosão marinha dos costões. A ondas e as 
correntes marinhas distribuem e acumulam os minerais pesados ao 
longo da região litorânea. A concentração mineral depende do regime 
de ondas, da densidade e tamanho e forma dos grãos. 
 
Depósitos Sedimentogênicos Especiais: Celestita, Barita, Magnesita e 
Fluorita: 
São depósitos de caráter strata-bound e podem estar relacionados a 
uma variedade de ambientes tectônicos desenvolvidos ao longo do 
tempo geológico. Eles são: 
 Depósitos de celestita – esses depósitos podem ocorrer em 
fissuras de veios de origem hidrotermal, mas comumente ocorrem 
como veios, nódulos e como níveis em rochas sedimentares (calcarias 
e anidritas), é encontrada em massas granulares e cristais, com cor 
azulada, porem podem ocorrer como marrom ou preta. É confundida 
com a calcita e contem sempre uma pequena porcentagem de CaCO3. 
A celestita se concentram nas rochas vizinhas através da água 
meteórica. Contudo os ambientes principais para a formação de 
celestita e o litoral e intracontinental, diferindo dos depósitos de baita 
que se concentram em bacias oceânicas profundas. As lagunas 
costeiras é um ambiente favorável para a formação de camadas 
extensas de celestita. A água do mar contem 8 g/t de estrôncio desta 
forma precipita celestita nas grandes plataformas carbonáticas. Para a 
formação desta é importante que o volume d’água reduza para 1/5 do 
original. 
Esses depósitos possuem algum controle tectônico, pois depósitos de 
celestita em bacias de margem continental ativa, são mais 
desenvolvidas do que em margens continentais passivas como no mar 
vermelho onde os depósitos não são economicamente viáveis. Não 
são conhecidos nenhum depósitos mais velhos que os do Paleozoico, 
embora admita-se que estes podem ter sido obliterados por processos 
diagenéticos e metamórficos. 
 Deposito de Barita – esses depósitos podem se formar tanto 
biogenicamente quanto hidrotermalmente. Esta é formada durante a 
deposição, mas os depósitos importantes são compostos por massas 
residuais formadas durante o intemperismo de rochas contendo 
barita, ou depósitos em veios através da subida da água. Estes não são 
indicadores do tipo de ambiente geológico. Estão relacionados a uma 
gama enorme de tipos litológicos hospedeiros, sendo assim 
indicadores dos diferentes paleoambientes nos quais esses depósitos 
se formam. São considerados 2 ambientes: dominado pelo ambiente 
costeiro e pelo ambiente marinho profundo. 
Nódulos de barita são encontrados (Colombo – Sri Lanka), eles tem 
formato esférico e chegam a tamanhos de ate 10cm são compostos 
por 75% de bário e 25% de outros minerais, foraminíferos e 
radiolários. Esses nódulos são relacionados a dorsais e zonas de falhas 
que propiciam o escape de fluidos ricos em bário que ao interagirem 
com sedimentos contendo água rica em sulfato que precipitam esses 
minerais. Nódulos de barita podem também estar associados a 
folhelhos pretos nos ambientes tipo margem passiva, depositados nas 
partes mais distais da plataformas marinhas. O bário também pode 
esta relacionado a partir da intemperização do feldspato e levadas 
pelas águas fluviais para o mar. 
 Depósitos de Magnesita – os ambientes de formação são muito 
diferentes, podendo ser diferenciado em: Magnesita de um ambiente 
salino; veios de Magnesita em serpentinitos, com opala, Caledônia e 
quartzo; Magnesita metassomática em rochas calcárias e dolomitos; e 
a formação de hidromagnesita. 4 depósitos foram descritos por Bain: 
Magnesita com substituição mineral em rochas carbonáticas; como 
material de preenchimento em veios; Magnesita sedimentar e um 
produto de alteração de rochas ultramáficas. A formação da Magnesita 
ocorre desde o Proterozóico ate o recente. 
Os depósitos relacionados às seqüências sedimentares podem ser 
divididos nos tipos: cristalino e sparry; as magnesitas evaporiticas e ou 
salinas e hipersalinas; e as relacionadas a bacias intramontanas de 
água doce. 
 Cristalino e sparry – são os mais econômicos. Ela é formada pela 
evaporação da água dos oceanos ou como a precipitação da Magnesita 
na interface com as águas superficiais. Ocorrem principalmente em 
faixas serpentinizadas de rochas ultramáficas. 
 Magnesitas evaporíticas e ou salinas e hipersalinas – evaporítico 
depósitos recentes são encontrados no golfo Pérsico. Ela esta 
associada a dolomita, huntita, gipsita, bassanita, celestita e halita em 
ambientes de supramaré evaporítico. Ambientes hipersalinos com alta 
razão Mg/Ca na solução constitui principal parâmetro para a formação 
da Magnesita sedimentar. 
 Magnesita de bacias intramontanas de água doce – são 
encontradas nas bacias intramontanas da Iugoslávia, Grécia e Turquia, 
relacionados a sedimentos continentais de água doce. A mineralização 
corresponde a Magnesita-huntita e hidromagnesita-aragonita. A fonte 
do magnésio deriva provavelmente de rochas ultramáficas 
serpentinizadas e greenstones, a partir de sua intemperização, 
transportada pela rede de drenagem. Podem ser formadas camadas de 
ate 3m de espessura. 
 Depósitos de Fluorita – ela ocorre em quase todos os depósitos e 
forma-se em todas as temperaturas, sendo raro ocorrer em grandes 
quantidades. Ela ocorre em veios mesotermais ou epitermais. É 
comum ocorrer associada a galena, pirita, esfalerita, quartzo e barita. 
Alguns depósitos sedimentares de fluorita estão relacionadas à base 
de series trangressivas, onde a bacia possui uma estreita proximidade 
com o continente, relacionada também a ambientes lacustrinos. 
Um exemplo são os campos de Morgan e Vosga da França, onde a 
fluorita associa-se a horizontes silicaticos, provavelmente 
desenvolvidos na fase diagenética derivada da lixiviação do feldspato. 
Assembléia mineral inclui a barita, galena e esfalerita junto a fluorita. 
Com menores concentrações de pirita e calcopirita.

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