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Universidade do Estado do Rio de Janeiro Faculdade de Geologia Disciplina: Prospecção Mineral - 2021/2 - PROVA FINAL Prof. Marcelo Salomão Questão 1 - Você, na busca por áreas potenciais (Fase de Exploração Geológica), encontra-se analisando mapas geológicos e topográficos em diversas escalas regionais (de 1:1.000.000 até 1:50.000) procurando determinar sítios que possam representar metalotectos e/ou controles de determinados tipos de mineralizações. Indique todos os metalotectos e/ou controles que você poderia extrair, com facilidade, das cartas analisadas, visando a identificar Auriferous Shear Zones type (3,0 pontos). Questão 2 – Preencha o quadro comparativo abaixo entre os métodos para a prospecção de diamante: Loaming (ou do SW Africano), Russo (Schlichs) e Norte-Americano (1,0 ponto). Método Loaming Schlichs Norte-Americano Tipo de terreno / condições do meio ambiente Malha de coleta Amostra coletada Volume coletado Granulometria do material Granulometria do material analisado Minerais indicadores Questão 3 - A empresa na qual você trabalha procura na região que compreende parte da Bacia dos Parecis, bem na terminação do lineamento 125 AZ, áreas para serem trabalhadas para diamante. A partir dessas informações, elabore as campanhas prospectivas para a seleção de áreas para serem requeridas (Fase de Exploração) e trabalhadas em maior detalhe (Fase Prospecção em Superfície). Justifique cada um dos procedimentos adotados. Relacione 4 (quatro) critérios que você utilizaria para, dentre as anomalias determinadas, priorizar (fase de seleção de áreas) as mais promissoras para o início dos trabalhos de detalhamento (6,0 pontos). *** Questão 1 - Falar, resumidamente, da campanha Geoquímica da Riofinex. Pesquisa realizada na região de Rio Claro- Lídice no estado do Rio de Janeiro com foco para ocorrências de pirita e metais básicos. Envolveu fases de mapeamento geológico (1:50.000), geoquímico, geofísico e sondagens. O levantamento geoquímico regional abrangeu uma área de 3000km² sendo utilizada a amostragem por sedimento de corrente analisando amostrar para Cu, Pb, Zn. Para o levantamento geofísico foram utilizados os métodos de Polarização Induzida, Resistividade, Polarizaçõ Espontânea e Magnetometria. Os trabalhos prospectivos foram divididos em quatro áreas: Paraguay, onde ocorre um horizonte mineralizado constituído por uma matriz de mármore calcítico com pirita em grão grosseiros. – Colengo onde ocorrem inclusões de pirrotita, esfarelita, galena e pirita.- Rio das Canoas, onde ocorrem chapéus de ferro sem relação npitida com as mineralizações de pirita, pirrotita e esfarelita também encontradas. – Passa Dezoito, gossan em sequência de quartzitos calcários com disseminações de pirita. A análise geoquímica determinou valores de background e liminar para os elementos Pb, Cu, e Zn com o objetivo de determinar anomalias. O trabalho concluiu que as mineralizações de sulfeto encontradas obedecem a um controle estratigráfico e ocorrem basicamente em horizontes de mármores quartzíticos e na região em questão não tem teor ou espessura para formar uma jazida econômica. O resultado final bloqueia uma reserva de 9000t por metro vertical de rocha mineralizada com teor aproximado de 2% de Zn e 50ppm Ag. Questão 2 - Como vc faria para determinar o potencial de um flat aluvionar, sem precisar chegar ao flat para tantalita Para a prospecção desses depósitos é necessário, primeiramente, a observação de mapas geológicos para identificar plútons graníticos. Essas mineralizações estão inclusas em corpos pegmatíticos caulinizados de acordo com o Radam Brasil, logo é importante destacar esse tipo de alteração. As amostras geoquímicas ideias são as de concentrado de bateia e solo. Importante observar nas amostras os possíveis minerais guias como zircão hafnífero, rutilo, turmalina e cassiterita. Exemplo: no Amapá são encontradas sequências Vulcano-sedimentares (grupo Vila Nova) que são cortadas por corpos graníticos e pegmatíticos susceptíveis a este tipo de depósito. Questão 3 – 4 itens, dizer os metalotectos e/ou controles e falar os demais controles e outras coisas q vc poderia usar para detectar em campo, sem precisar fazer analise nem nada Resposta iocg, zona de cisalhamento aurífera, depositos de niquel secundários e mvt Metalotectos – controle geológico de mineralizações válidos para toda a crosta. IOCG – controle estrutural, fraturas e zonas de alteração controladas por falhas ou zonas de cisalhamento. Procurar Scheelita na bateia porque é um mineral guia. Procurar blocos de quartzo leitoso? Níquel Laterítico – controle fisiográfico e litológico, os depósitos lateríticos ocorrem sobre rochas ultrabásicas, apresenta um nível chamado de zona da garnierita. O controle fisiográfico nesse caso é paleo climático e topográfico. Exemplo: platôs na Amazônia. Outros minerais: esmectita e goethita. MVT – paleogeográfico e litoestratigráfico. Depósitos de Pb e Zn hospedados em rochas carbonáticas relacionadas a dolomitos. Importante procurar o back reef onde ocorre as mineralizações de Pb e Zn. Zona de cisalhamento aurífera – estrutural. As mineralizações se concentram nas estruturas. A Scheelita é um mineral Guia. Questão 4 - Falar sobre mobilidade de Au e Cu. O Cu é um elemento considerado como móvel (assim como o Zn, Pb), ou seja, é um elemento que se solubiliza com facilidade e é levado em solução nas águas subterrânea, proporcionando o que se chama de dispersão química. Esse tipo de dispersão corresponde a redistribuição dos elementos por agentes físicos, químicos e mecânicos em resposta as mudanças processadas pelo ambiente geoquímico. Pode ser primária, relacionada aos fenômenos de formação da concentração mineral – ou secundária, ligada aos fenômenos de alteração superficial e geomorfológicos. Nesse caso a amostragem mais indicada é por sedimento de corrente. Em contrapartida, o Au é considerado um elemento imóvel, ou seja, dificilmente se solubiliza, logo sua dispersão se dá por maneira mecânica a partir da desagraçaõa e transporte dos minerais portadores do elemento. Nesse caso a amostragem ideal é por concentrado de bateia. Outros elementos imóveis Cr e Ti. Questão 5 dois tipos de deposito filões auríferos e MVT filões hipotermais auríferos, e pedia pathfinder indicadores e principais mineralizações - Pathfinders - elementos rastreadores, ou seja, os mais móveis que compõe uma associação (agrupamento de elementos de mobilidade similar) MVT – Cd Zn-Pb principais mineralizações: galena e esfarelita Filão aurífero epitermal – Te-Bi-Hg/As-Sb-Zn- Se(Hg) Au Formação ferrífera bandada: É uma rocha sedimentar ou metassedimentar com mais que 15% de ferro de origem química, vulconoqquímica ou bioquímica, estratificada, apresentando camadas de ox., carbonato, sulfetos ou silicatos de ferro, alternadas com camadas quartzosas, anfibólicas, etc. As FFB podem ser: óxidos (magnetita e hematita); silicatos (cummingtonita, grunerita, minnesotaita, stilpnomelano, Fe clorita); carbonato (ankerita e siderita); e sulfeto (pirita e pirrotita). A formação ferrífera consiste na alternância de camadas de oxido de ferro e argila, chert ou jaspe. Provavelmente devido ao enriquecimento de oxigênio da atm., no neoarqueano ao paleproterozóico, levou a oxidação de ferro em solução Fe2+ passando pra Fe3+ nos mares daquela época. Os 2 tiposprincipais deste depósitos são: lago superior e algoma: O tipo lago superior é formado em ambientes estáveis de plataforma nas margens de cratoons proterozóicos. As rochas associadas são domitos, arcósios, quartzitos, argilitos carbonosos, conglomerados e uma menor participação de rochas vulcânicas. O tipo algoma é formado em ambientes marinhos tectonicamente instáveis de arco vulcânico do arqueano ao proterozóico. As rochas são turbiditos, grauvacas, argilitos, rochas vulcânicas e rochas sedimentares metalíferas. Os depósitos associados são os de manganês , algumas formações ferríferas podem ocorrer como fácies laterais de depósitos de sulfetos massivos do tipo VMS. Estão também relacionados espacialmente com depósitos de ouro. No Brasil o quadrilátero ferrífero é associados aos depósitos do tipo lago superior e Carajás ao do tipo algoma. Depósitos originados por concentrações residuais: Os principais tipos de depósitos residuais compreendem depósitos formados por processos de lateritização (alumínio (bauxito), manganês e níquel (garnierita)). E depósitos não lateríticos (fosfato (apatita), titânio (Anastásio), vermiculita, nióbio (pirocloro) e terras raras (monazita e florencita)). Depósitos lateríticos – geralmente relacionados a processos intempéricos e desenvolvem-se geralmente em antigas superfícies de aplainamento podem ser: Bauxito – desenvolvem-se em rochas com ausência de quartzo, particularmente sobre nefelina sienitos, basaltos e calcários. A rocha bauxíticas são constituídas geralmente de bohemita e gibbsita, formam-se em climas tropicais onde há rápida lixiviação do Na, K, Ca, Mg, e a separação do Al do Si e Fe. Níquel laterítico – são depósitos de garnierita sobre rochas ultrabásicas e in situ. Os minerais mais comuns são goethita, serpentina, talco e smectita. De 2 tipos: oxidado com o Ni associado a goethita ou silicatado com o Ni associado a serpentina e talco. O perfil é com goethita no topo passando pra uma fase enriquecida em silicatos e depois a rocha inalterada dunítica. Depósitos de manganês – formados sobre rochas carbonatadas maganesíferas (com rodocrosita), sobre xistos manganesíferos (com espessartita e secundariamente com rodonita e piemontita) e sobre tufos e cinzas (metamorfizados ou não), são depósitos com ate 100 Mt. O perfil é: minério pisolítico – plaquetas – nódulos – matacões. Na superfícies podem ser encontrados também goethita, nos níveis inferiores manganesíferos encontram-se o psilomelano, a manganita, a poleanita e a dialogita (carbonato). Depósito não laterítico – são depósitos relacionados a intrusões carbonatíticas, são gerados a partir da lixiviação dos carbonatos deixando a apatita (F), Anastásio (Ti), microlita (Nb) monazita (TR) e vermiculita. As condições necessárias para a formação desses depósitos são: clima tropica com estações chuvosas e secas bem definidas, velocidade de erosão controlada, aspectos estruturais da região e composição favorável da rocha matriz. Para que não haja a completa erosão é necessário a formação de uma depressão onde o minério possa se acumular. N perfil de alteração temos concentração de titânio encimando as de fosfato, depois fosfato com titânio passando para uma zona mineralizada essencialmente com apatita. Depósitos supérgenos: Esses processos são geralmente confundidos com os intempéricos, são extremamente importantes por propiciarem a reconcentração das mineralizações a partir de um mineral primário com teores economicamentes inviáveis. O clima tropical favorece esses processos. Esse processo é compreendido melhor analisando os seus efeitos sobe um depósito sulfetado (Cu, Pb, Zn, Ni e Co).o minério supergênico ocorre em duas regiões: zona oxidada – acima do lençol freático com rápida circulação de água (infiltração da água superficial no solo), essa zona fica aerada com O2 E CO2 com águas muito oxidantes com capacidade de dissolver os elementos químicos dos minerais. Os sulfetos são oxidados gerando esta zona. Acima desta zona tem-se uma zona lixiviada e a cima desta um gossan (chapéu de ferro), na base é limitada pelo nível freático. O Fe dos sulfetos migra por capilaridade gerando o Gossan este PR sua ez funciona como um tampão. zona supergênica ou cementação – abaixo do lençol freático, nessa zona a circulação dos fluidos e dos elementos lixiviados (Cu é um exemplo) da zona oxidada é lenta em direção aos níveis de base do lençol, nessa zona os elementos lixiviados são depositados gerando a calcocita no caso do Cu, abaixo desta zona a água tampona e os minerais primários são encontrados (calcopirita no caso do Cu) esta zona é chamada de hipogênica, onde não há a circulação da água. Depósitos Sedimentares: Os depósitos sedimentares podem ser: Singenéticos – são do tipo senso estrito, onde os depósitos nos quais o minério constituem um dos estratos da coluna sedimentar. Eles podem ser: depositos formados pela deposição química (cobre sedimentar/copperbelt; fosfato marinho; manganês marinho; e evaporitos), depósitos formados pela deposição clastica (aluviões; jazidas litorais; e elúvios e colúvios). Epigenéticos – minerais formados após a deposição dos sedimentos, são fluidos mineralizantes que percolam o sedimento, podem ser: salmouras marinhas, fluidos que percolam falhas proveniente dos aqüíferos ou águas meteóricas, ... . os tipos mais comuns são depósitos estratiformes de cobre sedimentar e os de Pb/Zn. Tipos: Red beds (não marinhos), Sabkha e kupfershiefer (marinho) e Mississipi Valey type (MVT). Depósitos Singenéticos: Depósitos do tipo copperbelt – o exemplo mais típico é o cinturão cuprífero da Zâmbia e do Zaire, o Cu provavelmente deriva da lixiviação do embasamento Arqueano, transportada pelas drenagem para o sítio e deposição. O cobre ocorre como cobre nativo, sulfetos com altos teores (calcocita, covellita, calcopirita, bornita), como óxidos com teores variáveis de Cu (cuprita), como carbonato (malaquita) e silicatos (crisocola). Os óxidos e sulfetos encontram-se em rochas sedimentares que se depositaram em um ambiente costeiro ardo com anidrita e dunas quartzosas e em ambiente do tipo planície de maré litorânea. Os sedimentos mineralizados variam em espessura de poucos metros a dezenas de metros. Eles são encontrados em um curto intervalo sobre o embasamento. O teor do minério é de 3 a 6% podendo atingir valores maiores em casos excepcionais. O cinturão tem uma seqüência terrígena grossa (conglomerados e arcósios) que gradam para argilas arenosas, argilitos com sulfetos (bornita e cacocita), argilitos dolomíticos piritosos ou para dolomitos verdadeiros. Esses deposito são marcados por uma zonalidade química horizontal que começam nos sulfetos de cobre e gradam para os sulfetos de ferro, do litoral para o mar (calcocita, bornita, calcopirita e pirita). Depósitos de fosfato marinho – fosfotiros são sedimentos marinhos primários, podem ser ortoquímicos (não clásticos, formados fisioquimicamentes ou bioquimicamente dentro da área e formação, com pouco ou nenhum transporte ou agregação) quanto aloquímicos (maiores que partículas de argila com o mesmo processo gerador dos ortoquímicos, são discretos corpos agregados que podem apresentar transporte dentro da área de deposição). A lama fosforítica autigêna microcristalina (mcrosforita) que precipita in situ, tanto bioquimicamente quanto fisioquimicamente, são fosforitos ortoquímicos, já quando é modificada agregando-se em discretas particulas clásticas então ela é considerada fosforitos aloquímica. Essa lama pode ser ingerida e excretada por organismos formando os fosforitos peletais. Se há energia suiciente as lamas podem se agregar entorno de grãos gerando os oólitos ou psedo- oólitos. Outro tipo de grãos aloquímico é o material esqueletal fóssil. Os fosforitos primários podem ser modificados gerando os fosforitos litoquimicos (retrabalhados e depositados em unidades maisrecentes) e grãos metaquímicos ( fosforitos trabalhados por processos subaéreos intempéricos que transformam quimicamente e mineralogicamente os fosforitos). O principal componente primário dos fosforitos é a fluorapatita criptogranular, e secundariamene tem-se: microfósseis; dolomitos; areia e argila. Os depósitos são gerados por correntes ascendentes que vindo das porções oceânicas mais profundas, carreiam as águas frias saturadas em CO2 e P2O5 para regiões plataformais mais rasas. A precipitação se dá em matriz carbonatada ou margosa (mais importante), silicatada (clastica ou química), argilosa ou aluminosa e gibsítica ou ferruginosa. São geradas em latitudes entre 10o a 23o(águas quentes), porem depósitos jurássicos se formaram m maiores latitudes (30o – 50o). Seqüência típica de precipitados químicos de águas profundas para rasas: material carbonoso – fosfato – sílica – carbonatos rico em Mg – sulfatos – cloretos. A sucessão de rochas que resulta desta seqüência é: folhelhos pretos – fosforitos inorgânicos/orgânicos – cherts/diatomitos – dolomitos/calcários – evaporitos. O deposito mais representativo encontra-se na Florida. No Brasil ocorrem em Patos de Minas (MG) e Olinda (PE). Depósitos de Manganês Marinho – os depósitos de manganês podem ser do tipo vulcanogênicos (associados com formações ferríferas bandadas de origem exalítia distal submarina)ou não vulcanogênicos (sedimentos continetaisterrigenos em geossinclinais ou latamormas). 3 subtipos de depósitos de manganês marinho serão discutidos: Subtipo Nikopol (URSS) – são depósitos com teores de manganês entre 15-35%. São representantes de 70% das reservas mundiais. São formados em plataformas continentais, estuários e outro ambientes marinhos rasos. As concentrações de manganês ocorrem no meio da zona mineral de oxido de carbono na parte leste do depósito, nesse caso, as camadas são verticalmente heterogêneas. As concentrações ocorrem estritamente na seqüência da camada mineralizada, com espessuras de 7 a 25cm entre a cobertura inferior de carbonatos e a cobertura média de óxidos de carbono. As rochas que contem o manganês consiste de limonita amarelo clara; as rochas com concreções de nontronita consistem de argilas ricas em nontronita ou alguma limonita. A porção contendo poucas concreções de nontronita se estendem por quase todo o depósito contem 19,25% de ferro. O minério consiste de pirolusita oolitica e nodular numa matriz de óxidos d manganês e os sedimentos associados são argilosos, mármores e arenitos. O minério manganesífero apresenta um zoneamento lateral, gradando do litoral para o mar mais profundo de: minério oxidado – minério óxido carbonatado – minério carbonatado. As camadas tem espessura de 2 a 3,5m e se estendem por 150km2, os principais óxidos são: pirolusita e psilomelano (Ox. Mn hidratado). Os carbonatos são: rodocrosita e a manganocalcita. A base da camada tem areias glauconíticas, nódulos e massas terrosas de óxidos e ou carbonatos de Mn em matriz síltica ou argilosa. No topo da camada temo oxido de ferro. Subtipo seqüência carbonatada – formado em geossinclinais, em seqüências dolomito-calcárias ou sobre zonas cratônicas rígidas. Na zona cratônica o minério oxidado é contido em calcários e dolomitos encaixados entre areias (red beds) e carbonatos (dolomitos com fosseis de águas rasas). A mineralogia do depósito inclui pirolusita e coronadita. São depósitos químicos singenéticos por estarem paralelos a linha de praia. Nódulos de Mn pelágicos – são depósitos nas zonas abissais dos oceanos, particularmente no pacifico onde ocorrem nódulos pretos de tamanhos variados e compostos de óxidos de Fe e Mn. São cerca de 50 bilhões de toneladas a mais de 1 trilhão. Onde são mais abundantes chaga a se ter 100 nódulos/m2 geralmente ontem de 20 a 30% de oxido d manganês, com algum ferro, 2 a 3% de Cu, Ni e Co podem estar presentes. Os principais óxidos são: Pirolusita (MnO2) e birnessita ((Na,Ca)Mn7O14.3H2), e são depositados como camadas concêntricas entorno de núcleos de grãos de areia, dentes de tubarão ou qualquer outro tipo de material. A fonte do manganês, provavelmente está relacionada com vulcanismo submarino, mas também ode ser de origem terrígena ou ate mesmo derivada de poeira cósmica. Evaporitos - são depósitos constituídos de minerais precipitados pela evaporação da água em ambientes salinos. Os sais se precipitam em ordem dos menos solúveis para os mais solúveis (gibsita – anidrita – sal-gema)os mais solúveis como a silvanita, carnalita e a polialita associados a halita são importantes fontes de K. Estes são um dos mais clássicos conjuntos de mineralizações singenéticas. Os principais tipos de depósitos ocorrem em climas quentes e áridos e podem ser: Depósitos marginais de sal em depressões – formados em áreas baixas que sazonalmente são inundadas. Gesso e halita são o principais sais. Não formam grandes depositos e são quase descnhecidos no passado geológico. Depósitos cíclicos de sal – formados pela deposição de sal carreado pelo vento que sopram do mar para o continente. Halita é o principal sal. O exemplo principal são os lagos extenso e rasos de Rajputana. Depósitos do tipo salinas – depressões costeiras separadas d mar por sedimentos permeáveis. A água do mar percola a área e vai fazer com que a salmora da depressão fique rica em sais solúveis havendo deficiência em sulfatos. Exemplo é o lago Assal na antiga Somália. Depósitos em lagos de origem marinha – formados após o isolamento de antigas áreas marinhas que assim se transformariam em lagos. Mar vermelho é um exemplo, os principais sais são a gibsita e halita. Depósitos lagunais – baias isoladas de mares e que mantém contato com eles a partir de canais. A baia de Kara Bogaz é um exemplo.os principais sais são gibsit e halita. Os principais minerais das rochas evaporiticas são a halita carnalita, taquidrita e silvinita. Eles podem ser primários (precipitados de uma salmora, se formam na superfície ou no fundo da bacia) ou secundários (precipitados da salmora intergranular ou intra- sedimentar nas margens do mar ou da lagoa). Os evaporitos são gerados a partir de 3 processos químicos: Precipitação – precipitação mineral a partir da evaporação de uma solução aquosa do mais solúvel para o menos solúvel. Precipitação orgânica – carapaça de organismos. Substituição – substituição total ou parcial do calcário a partir da circulação da água do mar, gerando dolomito ou Magnesita. Depósitos Sedimentogênicos Epigenéticos: Depósitos de cobre do tipo rede beds – são contituidos por arenitos, siltitos, argilitos e algumas vezes dolomitos de cor vermelha ou castanho avermelhado, são continentais encaixados em arcósios ou folhelhos formados em climas quentes, geralmente próximos a seqüências evaporíticas. Deposição em ambiente de alta e baixa energia. Tem espessura de milímetros a poucos metros com extensão lateral de alguns quilometro, e ocorrem em forma de lente ou camadas. São depósitos com mineralização sulfetada cuprífera sempre localizadas nas proximidades das rochas oxidadas, estes depósitos tem corta, cinza ou cinza-esverdeado, diferindo dos pacotes sobre- e subjacentes de red beds, essa coloração deve-se a presença de hematita que recobre ou cimenta os grãos. O mecanismo mieralizado corresponde a fluidos oxidados carreando Cu que percolam os sedimentos ate encontrar um ambiente redutos no caso siltitos com pirita, gerando o minério. A solução clorídrica derivada dos evaporitos associados as red beds seriam os responsáveis pela dissolução e transporte do cobre. O principal minério é a calcocita e a pirita, podendo ocorre também calcopirita, covellita, bornita, cobre nativo, digenita, patra nativa e uraninita. O minério é disseminado e a geometria do depósito é variada. A gangua é composta de quartzo, feldspato, illita, gipso, anidirta e dolomita. Nestes depósitosé comum a substituição de madeira fossilizada e outros restos orgânicos por sulfetos de cobre. Um exemplo clássico deste depósito é a jazida de cobre de White Pine em Michigan. Kupfershiefer – este deposito corresponde a ma fina camada de folhelho marinho carbonoso (betuminoso) e carbonato que ocorre sobre uma grande área do norte e centro da Europa, é explorado para prata e outros metais base sobretudo o cobre. Este é um típico exemplo de depósitos strata-bound em folhelhos. Este deposito apresentam concentrações medias de chumbo e zinco (galena e esfalerita) cerca de 10 vezes maior que a de cobre. O cobre ocorre como sulfetos: bornita, calcopirita, covelita e idaíta (ordem decrescente de abundancia). Os metais em ordem de importância: Cu, Pb, Zn, podendo ter também: V, Mo, U, Ag, As, Sb, Bi e Se, Cd, Au, Re e EGP também são relatados. São registradas 4 tipos de mineralizações nestes depósitos: Sinsedimentar com 100ppm de metais base, esta relacionado à estratigrafia dos sedimentos marinhos e as oscilações dos níveis limites óxidos-anoxidos da água. Limites de metais base em torno de 2000ppm, relacionado aos sedimentos subjacentes ao kupferschifer que correspondem à fonte dos metais. Minério com teores de 3%, restrita as magens da bacia, relacionada aos processos diagenéticos tardios. O mais tardio, pós-diagenético, controlado por estruturas e provavelmente de origem hidrotermal. Rentzch e Knitzschke, dividiram as assembléias minerais em 10 tipos mostrando as diferentes condições de oxidação e redução durante a formação do depósitos elas são: 1 (oxidação elevada), 2 e 3 (fraca oxidação), 4 a 6 (fraca redução) e 7 a 10 (redução elevada). Os minerais envolvidos são: Cu (covelita, calcocita, bornita calcopirita e tennantita), Pb (galena), Zn (esfalerita) Fe (hematita, pirita e marcassita). Depósitos o tipo Sabkha – é originada a partir de uma transgressão marinha sobre continente arrasado, proporcionando a deposição de sedimentos ricos em matéria orgânica algal e lama carbonatada sobre sedimentos detríticos continentais. Sabkha são flats de evaporitos parcialmente protegidos da ação do mar. Regressões marinhas geram os evaporitos embutidos em sabkhas em bacias que progradam pelo afinamento da cunha de areia, interligada com sedimentos lagunas ricos em matéria orgânica. A água proveniente do continente percolam as areias e encontram o lençol freático com água do mar causando a desestabilização dos elementos contidos tanto na água do continente (metais lixiviados) quanto dos sais deixados nas areias pela regressão. A solução gerada ascende por processos de evapo-transpiração depositando os a carga catiônica como sulfetos junto a matéria orgânica (tapetes algais com H2S que agem como membranas redutoras), a solução livre dos metais continua a ascensão propiciando a geração de um horizonte de evaporitos sobre os metais, servindo como proteção contra a oxidação destes metais. Esses depósitos apresentam uma zonalidade horizontal do continente para o oceano representada por: Cu + Ag – Pb – Zn – Fe. Os depósitos de Pb-Zn em arenitos e folhelhos e Cu em folhelhos (kupferschiefer) enquadram-se nesse modelo. Depósitos do tipo Mississipi Valley: Depósitos de Chumbo e Zinco – são depósitos hospedados em rochas carbonáticas dolomitizadas, podendo ocorrer em folhelhos, arenito e ou conglomerados basais (sempre associados a carbonatos), são umas das principais fontes (2/3 da produção mundial) desses 2 metais. Esse é o principal modelo de depósitos (Mississipi Valley – MV) associados as rochas carbonáticas. São geralmente associados a barreiras de recifes, caracterizando assim como depósitos de águas rasas e quentes. São compostos principalmente de galena e esfalerita, que preenchem os espaços vazios das rochas carbonáticas. Outros depósitos relacionados ao MV são os de fluorita e barita. São depósitos preferencialmente strata-bound, mas não estratiformes, gerados em plataformas continentais estáveis. Os principais controles da mineralização correspondem aos metalotectos paleogeograficos lito-estratigráficos. As mineralizações são: galena, esfalerita (predomiantes) com pirita e ou marcasita (acompanhantes), barita e fluorita podem estar presentes (algumas vezes em concentrações econômicas), calcopirita, sulfetos de NI e ou Co podem ocorrer, calcita, dolomita, quartzo e minerais de argila estão presentes na ganga. Na maioria das mineralizações o Zn predomina sobre o Pb e o conteúdo de cobre é pequeno. Quimicamente o minério é marcado por: esfalerita com baixo teor em Fe e manganês (<3%), Cd (ate 1%), e quantidades menores de In e Ga; Galena com baixo conteúdo em prata (50 – 100 ppm) quando comparada a depósitos estratiformes. A precipitação dos minerais pode se dividida em 4 estágios: primeiro precipitação da pirita, segundo precipitação da esfalerita, terceira precipitação da galena e por ultimo precipitação da marcassita e calcopirita podendo ocorrer dissolução da galena e esfalerita. Calcita e quartzo podem aparecer em qualquer um dos estágios, mais principalmente no primeiro e no ultimo. A textura do minério pode ser: disseminada, maciça, bandada, brechóide e coloforme. O modelo genético para a mineralização é o epigenético,porem o mecanismo mineralizador ainda é alvo de controvérsias, pois, os mecanismos propostos passam por: fluidos hidrotermais; processos de dolomitização dos calcários, que liberam fluidos que carreiam os metais; e fluidos do tipo solução clorídrica que lixiviariam os metais contidos nas fácies lamíticas (roha fonte). Depósitos de fluorita – depósitos que podem ter grande tonelagem e a sua mineralização se apresentam ao longo de dezenas de quilômetros, exemplo e Marico, no Transvaal, África do Sul com 80 Mt com 15% de CaF2 ao longo de ma faixa de 60km. A fluorita foi concentrada no processo diagenético, num contexto regional as controlados por paleorelevo mas em detalhe está localizado em horizontes vesiculares e paleokarsts desenvolvidos no dolomito quando este estava exposto ao ar. Depósitos Detríticos: São depósitos de placeres, formados pela concentração de minérios valiosos, oriundo da desintegração de rochas e minerais pelo intemperismo e erosão. As condições são: existência de uma fonte regional ou local de mineralizações primárias, concentradas ou disseminadas; e a existência de condições favoráveis para a erosão, transporte, deposição e concentrações do minerais pesados, de modo a não permitir que o mineral econômico fique muito disseminado. A mineralizações primarias estão geralmente relacionadas a filões e veios, minerais disseminados nas rochas, minerais constituintes das rochas e antigos depósitos de placeres. As características dos minerais que geralmente se acumulam para formar esses depósitos são: densos, bom estabilidade química na zona de oxidados e geralmente resistentes a abrasão, eles são:platina,ouro, wolframita, cassiterita, columbita-tantalita, monazita,ilmenita, magnetita, zircão, rutilo,granada, rubi/safira e diamante. São bancos de cascalhos que podem ser homogêneos, ou heterogêneo, podem ainda descobertos (superficiais) e, mais raramente soterrado.podem ser recentes (quaternário) ou fósseis, tem forma de lente em cordões ou lençol, e dimensões muito variadas. As jazidas podem ser: placeres eluciais; coluviais; aluviais, de praia (subdivididos em jazidas litorâneas e submarinas); eólicos e glaciais. Placeres eluviais – pipe Mabuka na Tanzânia é um exemplo, onde a erosão do kimberlito e erosão eólica, onde os diamantes ficaram cumulados na depressão propiciada pelo próprio pipe kimberlítico. Placeres aluviais – corresponde a um tipo de depósito detrítico cujos elementos sofreram transporte fluvial. A deposição do material transportado pela corrente se da pela diminuição da velocidade da água. A concentração das mineralizações e geralmente errática, podendo haver faixas ricas (paystreaks ou run of gold) entre faixas mais pobres. Essas concentrações são irregulares distribuídas tanto lateralmente quanto verticalmente. Placeres de praias - são aquelas formadas tanto a beira do mar quanto a beira de lagos. São fontes importantes de rutilo, ilmenita, zircão e monazita. A principal característica é o conteúdo mineral elevado de 60 a 80% do volume de areia boa estratificação dos depósitos, com boa seleção e grãos arredondados. São depósitos de grandes extensões e espessuras raramente maiores que 1m e as vezes associados a placeres eólicos. Tem forma de uma lente estreita que se fecha tanto para o continente quanto para oceano. São alimentados pelos materiais oriundos das massas aluviais, pelos detritos das costas e pela erosão marinha dos costões. A ondas e as correntes marinhas distribuem e acumulam os minerais pesados ao longo da região litorânea. A concentração mineral depende do regime de ondas, da densidade e tamanho e forma dos grãos. Depósitos Sedimentogênicos Especiais: Celestita, Barita, Magnesita e Fluorita: São depósitos de caráter strata-bound e podem estar relacionados a uma variedade de ambientes tectônicos desenvolvidos ao longo do tempo geológico. Eles são: Depósitos de celestita – esses depósitos podem ocorrer em fissuras de veios de origem hidrotermal, mas comumente ocorrem como veios, nódulos e como níveis em rochas sedimentares (calcarias e anidritas), é encontrada em massas granulares e cristais, com cor azulada, porem podem ocorrer como marrom ou preta. É confundida com a calcita e contem sempre uma pequena porcentagem de CaCO3. A celestita se concentram nas rochas vizinhas através da água meteórica. Contudo os ambientes principais para a formação de celestita e o litoral e intracontinental, diferindo dos depósitos de baita que se concentram em bacias oceânicas profundas. As lagunas costeiras é um ambiente favorável para a formação de camadas extensas de celestita. A água do mar contem 8 g/t de estrôncio desta forma precipita celestita nas grandes plataformas carbonáticas. Para a formação desta é importante que o volume d’água reduza para 1/5 do original. Esses depósitos possuem algum controle tectônico, pois depósitos de celestita em bacias de margem continental ativa, são mais desenvolvidas do que em margens continentais passivas como no mar vermelho onde os depósitos não são economicamente viáveis. Não são conhecidos nenhum depósitos mais velhos que os do Paleozoico, embora admita-se que estes podem ter sido obliterados por processos diagenéticos e metamórficos. Deposito de Barita – esses depósitos podem se formar tanto biogenicamente quanto hidrotermalmente. Esta é formada durante a deposição, mas os depósitos importantes são compostos por massas residuais formadas durante o intemperismo de rochas contendo barita, ou depósitos em veios através da subida da água. Estes não são indicadores do tipo de ambiente geológico. Estão relacionados a uma gama enorme de tipos litológicos hospedeiros, sendo assim indicadores dos diferentes paleoambientes nos quais esses depósitos se formam. São considerados 2 ambientes: dominado pelo ambiente costeiro e pelo ambiente marinho profundo. Nódulos de barita são encontrados (Colombo – Sri Lanka), eles tem formato esférico e chegam a tamanhos de ate 10cm são compostos por 75% de bário e 25% de outros minerais, foraminíferos e radiolários. Esses nódulos são relacionados a dorsais e zonas de falhas que propiciam o escape de fluidos ricos em bário que ao interagirem com sedimentos contendo água rica em sulfato que precipitam esses minerais. Nódulos de barita podem também estar associados a folhelhos pretos nos ambientes tipo margem passiva, depositados nas partes mais distais da plataformas marinhas. O bário também pode esta relacionado a partir da intemperização do feldspato e levadas pelas águas fluviais para o mar. Depósitos de Magnesita – os ambientes de formação são muito diferentes, podendo ser diferenciado em: Magnesita de um ambiente salino; veios de Magnesita em serpentinitos, com opala, Caledônia e quartzo; Magnesita metassomática em rochas calcárias e dolomitos; e a formação de hidromagnesita. 4 depósitos foram descritos por Bain: Magnesita com substituição mineral em rochas carbonáticas; como material de preenchimento em veios; Magnesita sedimentar e um produto de alteração de rochas ultramáficas. A formação da Magnesita ocorre desde o Proterozóico ate o recente. Os depósitos relacionados às seqüências sedimentares podem ser divididos nos tipos: cristalino e sparry; as magnesitas evaporiticas e ou salinas e hipersalinas; e as relacionadas a bacias intramontanas de água doce. Cristalino e sparry – são os mais econômicos. Ela é formada pela evaporação da água dos oceanos ou como a precipitação da Magnesita na interface com as águas superficiais. Ocorrem principalmente em faixas serpentinizadas de rochas ultramáficas. Magnesitas evaporíticas e ou salinas e hipersalinas – evaporítico depósitos recentes são encontrados no golfo Pérsico. Ela esta associada a dolomita, huntita, gipsita, bassanita, celestita e halita em ambientes de supramaré evaporítico. Ambientes hipersalinos com alta razão Mg/Ca na solução constitui principal parâmetro para a formação da Magnesita sedimentar. Magnesita de bacias intramontanas de água doce – são encontradas nas bacias intramontanas da Iugoslávia, Grécia e Turquia, relacionados a sedimentos continentais de água doce. A mineralização corresponde a Magnesita-huntita e hidromagnesita-aragonita. A fonte do magnésio deriva provavelmente de rochas ultramáficas serpentinizadas e greenstones, a partir de sua intemperização, transportada pela rede de drenagem. Podem ser formadas camadas de ate 3m de espessura. Depósitos de Fluorita – ela ocorre em quase todos os depósitos e forma-se em todas as temperaturas, sendo raro ocorrer em grandes quantidades. Ela ocorre em veios mesotermais ou epitermais. É comum ocorrer associada a galena, pirita, esfalerita, quartzo e barita. Alguns depósitos sedimentares de fluorita estão relacionadas à base de series trangressivas, onde a bacia possui uma estreita proximidade com o continente, relacionada também a ambientes lacustrinos. Um exemplo são os campos de Morgan e Vosga da França, onde a fluorita associa-se a horizontes silicaticos, provavelmente desenvolvidos na fase diagenética derivada da lixiviação do feldspato. Assembléia mineral inclui a barita, galena e esfalerita junto a fluorita. Com menores concentrações de pirita e calcopirita.
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