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PADRÕES DE CONFRONTO Padrão e Motivo: Padrões são os escritos originados do punho da pessoa que deveria produzi-lo. Motivo (ou questionado) é o escrito que contestado. O supostamente falso. Para a Grafoscopia, essa é a parte mais importante. Basicamente o Perito confronta as peças através da observação. Então, sendo assim, ele deverá ter em mãos espécies que respondem a requisitos importantes para que sua conclusão seja baseada em elementos sólidos e defendidos pela doutrina dessa nossa ciência. Requisitos AUTENTICIDADE: Antes de mais nada, a peça padrão a ser utilizada em um confronto deve ser autentica, ou seja, proveio do punho de quem deveria produzir. Existem documentos que possuem presunção legal. São os documentos cartorários como as Fichas de Assinaturas, os documentos elaborados pelos órgãos oficiais, etc. ADEQUABILIDADE: Em regra as peças utilizadas no cotejo gráfico deverão apresentar o máximo de similitudes ao documento questionado, seja na qualidade e no tipo do suporte, uso do mesmo instrumento escrevente, presença ou não de pauta, espaço disponível para a assinatura, por exemplo o tamanho do campo gráfico para uma assinatura, posição do escritor (sentado ou em pé). CONTEMPORANEIDADE: Esse é um requisito que precisa ser levado em conta e verificado no caso concreto pois depende da característica do escritor e de sua habilidade num determinado período de tempo levando em conta a evolução ou involução de seu grafismo. Considera-se o período de 2 a 4 anos na avaliação entre as duas peças – padrão e questionada – o que permitiria ao Perito uma interpretação segura de suas convergências ou divergências. QUANTIDADE: Por fim, a quantidade de peças colhidas deve ser alta. Quanto maior, mais o avaliador poderá perceber características e hábitos gráficos relevantes, dando ao escritor a possibilidade de apresentar a sua naturalidade e espontaneidade. Quando analisamos um escrito através das técnicas aprendidas aqui, poderemos identificar situações constantes e variáveis . Levaremos em conta as constantes e descartaremos as variáveis. O que isso quer dizer? Lembra dos requisitos? Para uma boa análise é necessário ter em mãos padrões e paradigmas colhidos em quantidade, com circunstancias adequadas, contemporâneos ao motivo e sendo autênticos? Em posse desses paradigmas, o Perito irá separar todas as constantes que surgirem e elas deverão se repetir nas peças questionadas. Se isso não acontecer, ele estará diante de uma falsidade. Repare que a escritora aqui apresenta um escrito alinhado a pauta, uma espontaneidade compatível com idade gráfica escolar, escrito curvilíneo com pequeno espaçamento intregramatical e o formato da letra “e” com um grama semicircular. Esse grama semicircular estava presente na totalidade das peças colhidas de punho dela no nome “Aline” e deveria se repetir no motivo. Mas isso não ocorreu. Padrão Questionada TIPOS DE FALSIFICAÇÕES As formas variadas de falsificações são as seguintes: a) Falsificação sem imitação ou não-exercitada – O falsário não tem em seu poder o modelo original e não se preocupa ou não tem tempo para imitar a assinatura original. Não possuindo o padrão, ele deixa seu próprio gesto gráfico. FONTE DA IMAGEM D'ALMEIDA 2015 b) A falsificação de memória – Acontece quando o falsário conhece por lembrança a forma de assinar de sua vítima. Pode ser que ele não tenha em seu poder o original, mas tem a lembrança ou já viu a vítima assinar algumas vezes. fonte da imagem Gomide 2000 c) A falsificação por cópia ou imitação servil – É o tipo de falsificação em que o falsário tem o modelo original em seu poder e procura copiá-lo detalhadamente, imitando-o. despende maior atenção na falsificação, podendo ser lento, com tremores, paradas e fonte da imagem Gomide 2000 d) As falsificações por decalque. O falsário, de posse de um modelo de assinatura, utiliza-o como se fosse uma matriz. Pode se apresentar de duas maneiras, a direta e a indireta. “No decalque direto, a fraude é realizada por transparência diretamente no papel, sem qualquer esboço prévio. No decalque indireto, a fraude é realizada indiretamente, através de debuxo feito à ponta seca por carbono (ex.: papel-carbono), transferindo o traçado da assinatura ao documento para depois recobrir o debuxo com o instrumento escrevente” (D´Almeida & Koga, 2015) Pode também utilizar luz emergente pressionando um instrumento qualquer sobre um papel comum, colocado em cima da assinatura padrão. Dessa forma, ele imprime no suporte (papel) um esboço, o qual é cópia fiel da assinatura padrão e, depois, recobre-o com caneta. É o que a Grafoscopia denomina de decalque direto ou por transparência. FONTE DA IMAGEM GOMIDE 2000 e) Falsificação livre, exercitada ou por imitação – É a forma de falsificação, a qual demonstra que, durante certo tempo, o fraudador exercitou ou treinou a assinatura padrão, repetindo-a inúmeras vezes até que se sentiu seguro na sua imitação. FONTE DA IMAGEM SILVA 2006 f) Simulação de falso gráfico – Aqui a pessoa altera sua própria letra ou assinatura dando retoques, somando outras características para dar a impressão de que alguém tentou copiar ou fraudar seu escrito como, por exemplo, a pessoa que deseja – por motivos escusos – sustar um cheque após sua emissão. Ou pode ser que a pessoa simplesmente queira modificar uma assinatura que já está lançada introduzindo traços, recoberturas ou emendas também na intenção de alegar ser essa (que era verdadeira) falsa. FONTE DEL PICCHIA FONTE DEL PICCHIA g) A auto falsificação – Como o próprio termo já diz, é a fraude gráfica cometida pelo proprietário do escrito padrão. Ele procura elaborar uma assinatura com defeitos e diferenças, tentando mostrar a uma pessoa inexperiente que sua assinatura foi falsificada. Assemelha-se ao tipo acima. Fonte da Imagem Samuel Feuerharmel h) Falsificação por transferência de assinatura - Consideramos essa uma falsificação de difícil identificação por ser quase perfeita. Essa consideração se dá em virtude de que tal falsificação ocorre pela montagem de um documento, seguido do escaneamento de uma assinatura. Pode haver, após a montagem, a impressão do documento para dar ideia de autentico. Cabe ao perito verificar se há em documentos padrões uma perfeição gráfica entre essas comparações pois sabemos que uma assinatura não pode ser exatamente igual a outra. FONTE DA IMAGEM SILVA 2006 Slide 2 Slide 3 Slide 4 Slide 5 Slide 6 Slide 7 Slide 8 Slide 9 Slide 10 Slide 11 Slide 12 Slide 13 Slide 14 Slide 15 Slide 16 Slide 17 Slide 18
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