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ENSINO DE CIÊNCIAS POR INVESTIGAÇÃO

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ENSINO DE CIÊNCIAS POR INVESTIGAÇÃO
Aluno:
Objetivo:
	Possui como seu objetivo principal desenvolver habilidades através da compreensão dos alunos sobre a ciência e a pesquisa científica, e com isso ao mesmo tempo proporcionar o aprendizado. 
Pontos fundamentais:
	A educação desde meados do século XX sofre por modificações constantes, sendo dois fatores significativos para a transferência de conhecimentos entre gerações. O primeiro deles trata-se do aumento substancial do conhecimento produzido pelas pessoas, com isso não é possível produzir para todos os mesmos tipos de metodologia de aprendizagem, com conteúdos idênticos. 
	Passou-se com isso a privilegiar apenas o conhecimento essencial para o desenvolvimento de atividades necessárias, valorizando a qualidade do conhecimento e não mais a quantidade. O segundo fator a ser considerado foram os trabalhos de epistemologias e psicólogos. 
	São numerosos os fatores e os campos do saber que influenciaram a escola de maneira significativa, sendo Piaget e Vigotsky pensadores relevantes para o assunto e influencias para o ensino. As pesquisas piagetianas ao buscar compreender o conhecimento principalmente o científico construído pela humanidade, experiências que quando ocorridas com indivíduos em idades semelhantes e conteúdos com proximidade significativa trouxeram as práticas de ciências como algo funcional. 
	O mecanismo de construção proposto por Piaget propõe conceitos ideias como equilíbrio, desequilíbrio e ainda reequilibração, segundo esse é importante definir que qualquer novo conhecimento possui sua origem com os anteriores, sendo assim o conceito geral dos conhecimentos construtivistas. 
	Ao estudar a reequilibração, aos longo de novos conhecimentos adquiridos pelos indivíduos, os trabalhos de Piaget apresentaram 2 condições importantes, a passagem da ação manipulativa para a intelectual através da tomada de consciência de suas ações.
	Vigotsky já em sua própria teoria enfatizou a importância social desta construção e a importância de mediação onde a presença de artefatos sociais e culturalmente possuem papel fundamental no desempenho dos alunos. 
	Os pontos significativos para o estudo de ciências juntamente com a derrubada das barreiras nas vidas cotidianas, não constitui um desempenho fácil para a escola. Com isso o desenvolvimento de métodos científicos capazes de educar os alunos de maneira adequada podem ser constantemente requeridos. Os problemas e conhecimentos prévios espontâneos ou já adquiridos devem favorecer aos alunos a construção de hipóteses e com isso pensamento crítico.
Avaliação crítica: 
	A alfabetização cientifica tem sido vista como o objetivo principal do ensino de ciências, é comumente vista como uma forma ampla e funcional capaz de proporcionar entendimento adequado sobre o conteúdo, segundo Sasseron (2015, p. 78):
“[…] ensinar Ciências, sob essa perspectiva, implica dar atenção a seus produtos e a seus processos. Implica oportunizar o contato com um corpo de conhecimentos que integra uma maneira de construir entendimento sobre o mundo, os fenômenos naturais e os impactos destes em nossas vidas. Implica, portanto, não apenas reconhecer os termos e os conceitos canônicos das ciências de modo a poder aplicálos em situações atuais, pois o componente da obsolescência integra a própria Ciência e o modo como dela e de seus conhecimentos nos apropriamos.” (SASSERON, 2015, p. 78)
	Nesse pensamento a alfabetização cientifica é visto como um processo que visa aproximar o aluno do convívio científico, sendo isso ligado de forma direta com o ensino de ciências, sendo que a aprendizagem desse por investigação está associado com as novas demandas da matéria (GATTI, 2016). 
	O ensino de ciências por investigação constitui uma perspectiva do ensino que vem ganhando constantemente mais palco, e com isso reformulando fundamentos didáticos. Segundo Castro (2016, p. 63):
“Diante das assertivas até aqui abordadas, entendemos que o ensino de Ciências por investigação acaba, consequentemente, oportunizando aos alunos aprender Ciências sobre três dimensões articuladas, que são: Aprender Ciências, aprender a fazer Ciências e aprender sobre Ciências. Isso significa que para além de visar o ensino de conceitos científicos como produtos prontos, essa perspectiva de ensino proporciona ao aluno aprender Ciências enquanto cultura para ler, pensar, falar, perceber e sentir o mundo. Para explicar pedagogicamente como essas dimensões são possibilitadas por meio do ensino de Ciências por investigação as conjugaremos em conteúdos concretos de ensino explicitando sob quais bases didáticas os alunos as aprendem.” (CASTRO, 2016, p. 63)
	A tomada de consciência da ação que ocorre sobre o objeto de estudo em atividades investigativas é considerado um processo metacognitivo, uma vez que sendo o aluno capaz de desenvolver habilidades cognitivas acaba por construir sua própria aprendizagem. Segundo Nunes (2013, p. 12):
“Ao trazer para o plano intelectual o seu agir sobre o objeto de estudo relacionando-o a acontecimentos, acaba por construir uma forma de aprendizagem em que suas próprias atuações e interações estão no centro do processo. Isso significa que não aprendemos somente pelo dissertar de conceitos por parte do professor, mas, por protagonismo. Ainda mais, significa que [...] a aprendizagem de procedimentos e atitudes se torna, dentro do processo de aprendizagem, tão importante quanto à aprendizagem de conceitos e/ ou conteúdos.”
	O aprender em ciências quando na perspectiva do ensino por investigação é uma dimensão que possibilita ao aluno desenvolver visões mais adequadas acerca da matéria. Segundo Simsek (2010, p. 5):
“Quando o aluno aprende os conteúdos de Ciências por meio das relações e implicações entre o “aprender Ciências e “aprender a fazer Ciências”, consequentemente, passa a aprender “Sobre Ciências”, uma vez que, nesse contexto, o conhecimento não é transmitido em forma de conceituações em sua versão neutra, acabada e inquestionável, mas, dentro de uma lógica em que a Ciência se constitui como atividade humana construída em uma dinâmica dialógica entre Ciência, Tecnologia e Sociedade.”
	Com esse pensamento concluímos que a aprendizagem do ensino sobre ciências ao desenvolvimento e compreensão dos métodos e natureza existente na matéria, os métodos investigativos possibilitam o desenvolvimento de uma percepção holística do conhecimento científico (BASSOLI, 2014). 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
Bassoli, Fernanda. Atividades práticas e o ensino-aprendizagem de Ciência (s): Mitos, tendências e distorções. Ciênc. Educ. Bauru. v.20. n. 3 p. 579,2014. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/ciedu/v20n3/1516-7313-ciedu-20-03-0579.pdf
Castro, Ruth Schmitz de. Investigando as contribuições da epistemologia e da História da Ciência no ensino de Ciências: de volta ao passado. In: Gatti, Sandra Regina Teodoro; Nardi, Roberto. (org). A História e a Filosofia da Ciência no Ensino de Ciências. 1 ed. São Paulo: Escrituras editora, 2016, p. 29-51.
Gatti, Sandra Regina Teodoro; Nardi, Roberto. A história e a filosofia da Ciência no Ensino de Ciências. A pesquisa e suas contribuições para a prática pedagógica em sala de aula. 1. Ed. Escrituras Editora: São Paulo, 2016.
Nunes, M. B. T., e Julio, J. M. (2013). A produção escrita como estruturadora em aulas investigativas de Ciências no 5º ano do Ensino Fundamental. Atas Encontro Nacional de Pesquisa em Educação em Ciências (IX ENPEC). Águas de Lindóia, São Paulo, Brasil.
Sasseron, L. H. (2015). Alfabetização Científica, ensino por investigação e argumentação: relações entre Ciências da Natureza e Escola. Revista Ensaio, 17(n. especial), 49-67. 
Şimşek, P., e Kabapđnar, F. (2010). The effects of inquiry-based learning on elementary students’ conceptual understanding of matter, scientific process skills and science attitudes. Procedia - Social And Behavioral Sciences, 2(2),1190-1194.

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