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Das penas privativas de liberdade

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FACULDADE UNIÃO DE CAMPO MOURÃO – UNICAMPO
Bacharel em Direito
Aluno: Douglas Fernando Blanco
Disciplina: Direito Penal II
Das penas privativas de direito
Também conhecida como penas alternativas, as mesmas são fixadas no Código penal Brasileiro do artigo 43 ao 48, o mesmo artigo 43º descreve as possibilidades de penas restritivas como: prestação pecuniária, perda de bens e valores, limitação de fim de semana, prestação de serviços à comunidade, e interdição de direito. Trata-se de pena alternativa ja que a mesma substitui a prisão, oportunizando ao individuo que reflita sobre as suas ações pagando uma pena que contribua de alguma forma para a sociedade e caso de prestação de serviços a comunidade e ao mesmo tempo reflita sobre suas ações, desta forma aumentando a percepção e a idéia de uma acepção da ressocialização do apenado.
O autor do artigo intitulado A reintegração social do apenado através das penas alternativas no sistema penal brasileiro Lustosa Angelim diz no inicio de sua dissertação que: “As penas alternativas não é uma preocupação pontual brasileira, ao revés, é um fenômeno mundial, já que a pena privativa de liberdade não tem cumprido as principais finalidades: conter a criminalidade e recuperar o indivíduo infrator, o que justifica esta pesquisa, ou seja, alternativas devem ser tentadas.” Isso significa que as penas alternativas nasce exatamento do fracasso iminente brasileiro e mundial das penas privativas de liberdade, as mesmas não deram conta de conter o aumento da crimanilidade, muito pelo contrario, elas aumentam paulatinamente, claro e óbvio, que o motivo não é apenas as penas restritivas de liberdade, mas o aumento gradual populacional, e também o aumento das desigualdades sociais, onde boa parte das facções criminosas acamabam tomando os mais afetados como um padre evangeliza os seu rebanho. 
Para isso é necessário tomar decisões que sejam alternativas e que acabem dimuindo essa sana de aumento da criminalidade, o apenado que paga 1 (uma) hora diária de trabalhos comunitários ainda consegue trabalhar, possibilitando que o mesmo não volte as famigeradas noções do próprio crime. 
O artigo 48º do código penal afirma que as penas privativas de direito tem autinomia, e elas de fatos substituem as penas privativas de liberdade em certas exigencias, ou seja, para que elas ocorram há de se ter o limite e eles são: para que ela ocorra o acusado não pode ter pena privativa superior a 4 anos de prisão e que não seja cometido como meio e forma de violência grave ou ameaça, o réu não pode ser reincidente em crime doloso, a culpabilidade e os antecedentes do mesmo.
Explicaremos agora do que se trata cada uma das penas privativas de direito, a priemeira delas é a perda de bens e valores, prevista no paragrafo §2 do artigo 45º do código penal, a perda dos valores e bens “dar-se-a, ressalvadas a legislaão especial, em favor do Fundo Penintenciário Nacional, e seu valor tera como teto – o que for maior – o montante do prejuízo que for causado ou do provento obtido pelo agente ou por terceiro, em consequencia da pratica de crime”[footnoteRef:1], garantindo que o apenado pague como seus bens e valores os danos causado pelo mesmo. [1: BRASIL. Código Penal. Artigo 45º §3. In Vade Mecum. São Paulo, JusPodivm, 2021. Pagina 491 
] 
O artigo 46º do referido código penal trata da prestação de serviço a comunidade e diz que a mesma se aplica as condenações superiores a 6 meses de penas restritivas de liberdade, em seus paragrafos seguintes exemplificam o mesmo, o propio paragrafo §1 diz que a mesma tem como finalidade de tarefas que são cumpridas e que tenha custo gratuito pelo apenado, o mesmo não deve receber por isso, a não ser a paga do crime que cometeu. O paragrafo §2 determina quais são os lugares onde o apenado deve prestar o serviço, que são: entidades assistencias, hospitais, escolas, orfanatos e outros estabelecimento congêneres. O paragrafo §3 trata-se das tarefas ao qual ele deve cumprir, podendo ser aquelas ao qual ele tem aptidão a fazer, se for um marceneiro de profissão, deverá o mesmo realizar atividades ligadas a função do mesmo, e finaliza dizendo aquilo que iniciamos dizendo neste trabalho, que esse trabalho não pode ser superior a 1(uma) hora diária, para que este apenado siga como suas atividades laborais normal em seu di-a-dia.
O artigo 47º do código penal brasileiro trata da interdição de direito, e elas existem também de forma temporária e não definitivas, o proprio artigo defini quais sejam elas: proibição do exercicio de cargo público, bem como de mandato eletivo, proibição de exercicio de profissão, atividade ou ofício que dependam de habilitação especial, de licença ou autorização do por público, suspenção da autorização ou de habilitação para dirigir veículo, proibição de frequentar determinados lugares, proibição de inscrever-se em concursos e avaliações publicos.
O artigo 48º do código penal brasileiro trata da limitação de final de semana, o mesmo determina que o apenado deve cumprir 5 horas diárias aos sabados e domingos em casa de albergado, ou outro estabelecimento adequado ao mesmo serviço. O paragrafo unico do mesmo código determina que durante a estadia do apenado nesses estabelicimento devem ser ministrados cursos e paletras educativas ao mesmo, essa finalidade educativa é uma clara função de ressocializar o apenado para que quando volte a sociedade de forma definitiva não volte a cometer os delitos que outrora cometia.
Nesse sentido o mesmo Lustosa Angelim volta a dizer: “A aplicação desses mecanismos facilita a Ressocialização do condenado que, por delito menor, acaba preso em cela comum com infratores de todo tipo. Além disso, ajuda a diminuir a superlotação carcerária, em compasso com o caráter ressocializador da pena alternativa”. Diante disto conseguimos chegar a conclusão que a pena restitiva de direito é uma alternativa bem atraente para a pena restritiva de liberdade, mantendo o individuo livre temos a possibilidade de garantir que este individuo, não esteja junto com individuos de facções criminosas ou que tenha cometido delitos mais gravosos, e que por isso poderia comprometer a ressocialização do mesmo.
REFERÊNCIAS
ANGELIM. A. C. C. L. Penas alternativas como instrumento de reintegração social do apenado no sistema penal brasileiro. Disponível em: <https://ambitojuridico.com.br/cadernos/direito-penal/penas-alternativas-como-instrumento-de-reintegracao-social-do-apenado-no-sistema-penal-brasileiro/>. Acesso em: Novembro. 2021.
 BRASIL. Código Penal. In Vade Mecum. São Paulo, JusPodivm, 2021.
CAPEZ, Fernando. Curso de Direito Penal: parte geral (arts. 1º ao 120). Vol. 1. 24. ed. São Paulo: Saraiva, 2021. 
ESTEFAM, André. Direito Penal: Parte geral. Vol. 1. 9. ed. São Paulo: Saraiva, 2020.

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