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Formação e dispersão atmosférica dos poluentes na atmosfera

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Meio Ambiente
Formação e dispersão atmosférica dos poluentes
na atmosfera
A formação e a dispersão de poluentes na atmosfera são assuntos
interessantes e importantes de serem estudados.
A dispersão atmosférica nada mais é do que o espelhamento de poluentes
gasosos, devido aos efeitos convectivos e turbulentos do escoamento atmosférico
que, por sua vez, resulta de mecanismos de transportes rápidos e irregulares,
misturando-se assim ao ar que nos envolve e que respiramos.
Existem vários fatores que fazem com que os poluentes se formem e se
dispersem na atmosfera. Todos nós sabemos que o crescimento das áreas urbanas
e industriais contribuíram muito para a formação, concentração e transporte dessas
substâncias. Em geral, estes centros estão localizados em regiões bastante
heterogêneas, ou seja, em locais com diferentes tipos de relevos, de solos e de
formas de ocupação. Em decorrências dessas peculiaridades, a caracterização da
dispersão de contaminantes torna-se mais difícil.
A formação de contaminantes se dá através dos mais variados lugares e das
mais diversas formas. Como já vimos, são encontrados em diferentes concentrações
e principalmente em ambientes industriais e comerciais, porém também os
encontramos no ar, sendo produzidos em ambientes domésticos, escolares, vias
públicas etc. Não só nos processos de comercialização e fabricação são formados
os poluentes, nas atividades simples do cotidiano das pessoas e dos animais
também a propagação e a liberação desses agentes são observadas.
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A variedade de contaminantes que resultam das atividades humanas são muito
grandes. Podemos considerar o péssimo hábito de fumar cigarro como uma das
formas de formação de poluentes, por exemplo. Essa ação lança fumaça e
partículas inaláveis tais como: monóxido de carbono, compostos orgânicos voláteis,
óxidos de nitrogénio e de diversos outros poluentes para ambientes internos e
também externos.
É bom relembrarmos que o cigarro traz malefícios à saúde dos seres humanos,
assunto já estudado nessa unidade curricular, podendo causar prejuízos aos que
fumam diretamente e aqueles que estão próximos do fumante, sendo considerados
fumantes passivos.
As atividades metabólicas humanas por si só alteram também a qualidade do
ar e são fontes formadoras de alterações atmosféricas, porque diminuem a
concentração de oxigênio e aumentam a de dióxido de carbono. A respiração,
transpiração ou a preparação de alimentos, adicionam vapor de água, bem como
outras substâncias, que geram odores nos ambientes.
A dispersão atmosférica de poluentes nada mais é que o deslocamento de um
lugar para outro dos contaminantes atmosféricos, através de agentes meteorológicos
e topográficos, tais como temperatura, ventos e chuvas. Ou seja, as partículas
aeróbicas poluentes percorrem várias distâncias e, posteriormente, são acomodadas
em diversos terrenos, como solo, água, vegetação etc.
Outra questão, que influencia diretamente na dispersão e nos tipos de
poluentes que sobem para o ar, está relacionada com as variadas configurações de
terrenos nos quais surgem circulações locais que colaboram para a dispersão de
contaminantes. Os canteiros de obras exemplificam essa situação.
Em tempos passados a instalação de uma indústria, por exemplo, não levava
em consideração as características meteorológicas e tão pouco as topográficas. No
entanto, sabe-se que certos locais podem ser totalmente inadequados para a
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implantação de uma fonte poluidora. A instalação de uma nova usina termoelétrica
ou de uma indústria de materiais cerâmicos, por exemplo, deve passar por um
estudo detalhado do seu possível impacto sobre o ecossistema local, conforme já
estudamos.
Dispersão Atmosférica
A formação dos poluentes e a dispersão atmosférica na troposfera são
processos extremamente simples, porém, nas outras camadas, se tornam
complexos, devido às ações de escoamentos que ocorrem na chamada (CLT),
Camada Limite Planetária. A CLT governa as turbulências, movimentações de ar,
cuja a física ainda não compreendeu de forma completa.
Existem cálculos específicos para se saber se houve dispersão atmosférica.
Esses cálculos levam em consideração diversos fatores, entre os mais importantes
estão: velocidade média do vento (incluindo suas flutuações), direção do vento,
insolação, grau de estabilidade da atmosfera, temperatura da atmosfera, humidade,
radiação solar, relevo, características das fontes poluidoras e dos gases sendo
emitidos.
Não precisamos conhecer matematicamente quais são os cálculos para os
eventos de dispersão atmosférica, todavia é fundamental o conhecimento da
capacidade que a atmosfera tem de dispersar e transportar os poluentes.
Os episódios de poluição atmosférica em ambientes urbanos não têm apenas
como causa o aumento da concentração de poluentes, são também agravados por
condições atmosféricas adversas. Este parâmetro é imprescindível na modelação da
dispersão de poluentes atmosféricos, uma vez que é na atmosfera que se dão as
reações químicas, o transporte e a dispersão de poluentes.
As variáveis meteorológicas juntamente com as estações do ano,
principalmente no verão e no inverno, são os elementos que definem o transporte e
a potencialização dos agravantes à saúde dos seres vivos e da natureza. Isso
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porque a estabilidade atmosférica é determinada pela contribuição do efeito
mecânico da turbulência dos ventos, e por aquele causado pela variação da
temperatura superficial com as diferenças em relação ao ambiente exterior.
A dispersão de poluentes torna-se mais desfavorável em uma atmosfera
estável, uma vez que esta ocorre quando a temperatura do ar ascendente é inferior
ao ar circundante, criando uma inversão térmica e inibindo ou amortecendo os
movimentos atmosféricos ascendentes.
Ou seja, a turbulência é suprimida, o que não permite a dispersão e os
poluentes ficam confinados ao espaço entre a superfície e a inversão térmica.
Na figura 1, podemos identificar como ocorre a formação, a dispersão e
também a imissão de poluentes na atmosfera. Observe:
Figura 1 - Formação, dispersão e imissão de poluentes na atmosfera
Para ilustrar a formação, dispersão e o transporte de substância ao ar, a figura
apresentada contém uma paisagem contendo uma fábrica, no canto esquerdo, e
uma variedade de árvores e vegetação ao seu redor. A fábrica está emitindo, por
uma de suas chaminés, poluentes e fumaças para a atmosfera. Ao lado da fábrica
percebemos que ocorre emissão, este é o aspecto ambiental, que significa, nesse
exemplo, a fonte emissora dos gases e partículas. No céu da figura está
representado o transporte de materiais que saem da chaminé, os materiais sofrem a
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ação do vento, da velocidade e da temperatura das massas de ar. Do outro lado da
figura, acima das árvores mais densas e maiores, observa-se o impacto ambiental,
que é a emissão, ou seja, as partículas mais densas descem para o solo e para a
vegetação, colaborando assim para a degradação ambiental, de forma ampla, para
as mais diferentes espécies animais, vegetais e até mesmo corpos hídricos.

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