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CURSO ON-LINE - DIREITO TRIBUTÁRIO P/ AFRFB, ATRFB, ICMS/SP E ICMS/RJ PROFESSOR: EDVALDO NILO 1 www.pontodosconcursos.com.br Aula 16 - Sujeição Ativa e Passiva. Solidariedade. Capacidade Tributária. Responsabilidade Tributária. Conceito. Responsabilidade dos Sucessores. Responsabilidade de Terceiros. Responsabilidade por Infrações (aula atualizada até 18/09/2009). 1. Introdução A aula de hoje é sobre temas recorrentes em concursos públicos, sobretudo da Receita Federal do Brasil, por isso a quantidade elevada de exercícios para fixação do assunto. São oitenta e três (83) questões. Aproveito para informar que o edital do concurso deverá sair na próxima semana. Assim, é o momento de intensificar e muito os estudos. Também lembro a todos que na nossa última aula iremos fazer uma “big” revisão sobre todos os temas da parte geral de direito tributário do edital de 2009, ou seja, será praticamente um livro resumido só com o mais puro filé mignon. Não é um milagre para os “desesperados”, pois a prova com certeza também cobra “carne de pescoço”. É sim um “resumão” totalmente sistematizado com o que há de mais atualizado e moderno em relação à legislação, jurisprudência e doutrina. Deverão ser mais ou menos duzentas páginas para tentar ajudar na fixação dos pontos primordiais da matéria. Lembramos igualmente que responderemos todas as perguntas do fórum até o término do nosso curso, que acontecerá uma semana após o envio do “resumão”, que é a última aula. CURSO ON-LINE - DIREITO TRIBUTÁRIO P/ AFRFB, ATRFB, ICMS/SP E ICMS/RJ PROFESSOR: EDVALDO NILO 2 www.pontodosconcursos.com.br É impressionante, mas já conseguimos responder mais de quatrocentas perguntas no fórum e pretendo responder a todas. Então, vamos para o que interessa (aula de hoje). 2. Sujeito ativo O sujeito ativo da relação jurídico-tributário é a pessoa jurídica de direito público, titular da competência para exigir o seu cumprimento (CTN, art. 119). Ou seja, o sujeito ativo não é necessariamente a pessoa jurídica de direito público titular da competência legislativa para instituir o tributo e sim a pessoa competente para cobrar e fiscalizar o respectivo tributo. Nesse rumo, pode ser sujeito ativo o ente federativo competente para instituir tributo, ou outra pessoa jurídica, em razão de delegação da capacidade tributária ativa, de acordo com o art. 7° c/c 119 do CTN. Assim, segundo compreensão doutrinária, existem dois tipos de sujeito ativo, a saber: (i) o sujeito ativo direto (União, Estados, Município e Distrito Federal detentores do poder de instituir tributos); (ii) o sujeito ativo indireto, que são os entes detentores de capacidade tributária ativa (poder de cobrança e de fiscalização). Realçamos que o CTN adotou posicionamento explícito no sentido de que o sujeito ativo é pessoa jurídica de direito público. Portanto, conforme o CTN, as atividades de constituição e cobrança judicial do crédito tributário, bem como de fiscalização tributária, demandam atividades de ente público. Por exemplo, determinada concessionária de telefonia não possui legitimidade para figurar no pólo ativo da relação tributária CURSO ON-LINE - DIREITO TRIBUTÁRIO P/ AFRFB, ATRFB, ICMS/SP E ICMS/RJ PROFESSOR: EDVALDO NILO 3 www.pontodosconcursos.com.br visando à cobrança judicial de ICMS incidente sobre ponto telefônico, pois o sujeito ativo é a Fazenda Pública Estadual. A concessionária de telefonia é simples responsável pelo repasse dos valores arrecadados (STJ, REsp 1036589/MG). Noutro exemplo, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), autarquia federal, é o sujeito ativo da relação tributária no que concerne a taxa de fiscalização do mercado de valores mobiliários. Deste modo, contra a CVM, e não contra a União, devem ser propostas as ações em que se discute a exigibilidade deste importante tributo. Mais um exemplo já cobrado em concurso, a retenção de imposto de renda (IR) na fonte do servidor público municipal não desloca a capacidade tributária ativa para os Municípios, continuando como sujeito ativo a União, sendo que o IR só pode ser cobrado única e exclusivamente por este último ente político. Por outro lado, cumpre lembrar que existe entendimento doutrinário e jurisprudencial forte defendendo a tese de que entes parafiscais possuem legitimidade para figurar como sujeito ativo da relação tributária. Neste sentido, com base nos arts. 149 e 240 da CF/88, as entidades privadas de serviço social e de formação profissional vinculadas ao sistema sindical (SESI, SESC, SENAI, SEBRAE, dente outras) têm capacidade tributária ativa. Deste modo, decidiu recentemente o STJ que o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) possui legitimidade para promover ação visando à cobrança da contribuição mensal para montagem e custeio das escolas de aprendizagem a ser paga pelos estabelecimentos industriais, na forma dos arts. 4º do Decreto-lei 4.048⁄42 e 1º do Decreto-lei 6.246⁄44 (DJ 29/06/2007, REsp 735278/PR). CURSO ON-LINE - DIREITO TRIBUTÁRIO P/ AFRFB, ATRFB, ICMS/SP E ICMS/RJ PROFESSOR: EDVALDO NILO 4 www.pontodosconcursos.com.br Mas fazemos questão de lembrar que os concursos públicos, na grande maioria das vezes, adotam a interpretação literal do art. 119 do CTN. Por fim, ressaltamos que, salvo disposição de lei em contrário, a pessoa jurídica de direito público, que se constituir pelo desmembramento territorial de outra, subroga-se nos direitos desta, cuja legislação tributária aplicará até que entre em vigor a sua própria (CTN, art. 120). Assim, por exemplo, ressalvando dispositivo de lei em contrário, criado o Município de Luis Eduardo Magalhães na Bahia, decorrente de desmembramento territorial de Barreiras, aquele Município se subrogou como sujeito ativo em seu território dos tributos devidos anteriormente ao Município de Barreiras, até a existência da sua própria legislação municipal tributária. Vamos para a resolução da seguinte questão: 1. (CESPE/Procurador Federa/2004) Pessoas jurídicas de direito privado não podem ser sujeitos ativos da obrigação tributária, mas podem ser destinatárias do produto da arrecadação. A banca adotou a literalidade do art. 119 do CTN, afirmando como certo o enunciado. 3. Sujeito passivo. O sujeito passivo é o devedor da relação jurídico-tributária. De início, cabe fazer a distinção entre sujeito passivo da obrigação tributária principal e sujeito passivo da obrigação tributária acessória. O sujeito passivo da obrigação principal é a pessoa obrigada ao pagamento de tributo ou penalidade pecuniária. CURSO ON-LINE - DIREITO TRIBUTÁRIO P/ AFRFB, ATRFB, ICMS/SP E ICMS/RJ PROFESSOR: EDVALDO NILO 5 www.pontodosconcursos.com.br Nesse rumo, segundo o art. 121 CTN, existem dois tipos de sujeitos passivos da obrigação principal. O sujeito passivo direto que é o contribuinte (CTN, art. 121, inc. I), sendo aquele que tem uma relação pessoal e direta com o fato gerador. Por exemplo, o proprietário do bem imóvel, quanto ao IPTU, ou o proprietário de veículo automotor, quanto ao IPVA. O sujeito passivo indireto que é o responsável tributário (CTN, art. 121, inc. II), sendo uma terceira pessoa escolhida por lei para pagar o tributo, sem que tenha realizado o fato gerador. Neste caso, é sempre a lei que deve estabelecer a responsabilidade e não o regulamento ou as normas complementares. Por exemplo, o sócio da empresa que tem comportamento fraudulento, com relação à dívida tributária da sociedade, ou o adquirente de imóvel alienado (vendido) com dívidas de IPTU e sem da prova do seu pagamento. Destacamos que não é responsável tributário o contribuinte de fato, que é aquele a quem é transferido o ônus financeiro do tributo. É o que acontece no IPI e noICMS, eis que acontece a transferência do ônus econômico para o adquirente final do bem (contribuinte de fato), que, em princípio, não é considerado sujeito passivo da relação tributária. Já o sujeito passivo da obrigação acessória é a pessoa obrigada às prestações que constituam o seu objeto. CURSO ON-LINE - DIREITO TRIBUTÁRIO P/ AFRFB, ATRFB, ICMS/SP E ICMS/RJ PROFESSOR: EDVALDO NILO 6 www.pontodosconcursos.com.br Isto é, as obrigações de fazer, não fazer ou tolerar em benefício da fiscalização e arrecadação tributária, independentemente da condição de contribuinte ou responsável tributário. Lembramos que a realização da obrigação tributária acessória é dever até para aquele sujeito passivo que goza de imunidade, isenção ou anistia tributária (CTN, art. 9°, §1° c/c 175, parágrafo único). Por sua vez, salvo dispositivo de lei em contrário, as convenções particulares, relativas à responsabilidade pelo pagamento de tributos, não podem ser opostas à Fazenda Pública, para modificar a definição legal do sujeito passivo das obrigações tributárias correspondentes (CTN, art. 123). Assim sendo, em regra, as convenções particulares não podem ser opostas ao Fisco para modificar o sujeito passivo da relação tributária, eis que tais convenções podem ser realizadas, mas só operam efeitos entres as partes contratantes (efeito inter partes), no âmbito do Direito Privado, e não no âmbito do direito tributário onde se obedece ao princípio da legalidade. Por exemplo, no contrato de locação, a obrigação de pagar o IPTU pode ser atribuída ao locatário. Entretanto, tal convenção é irrelevante para o Fisco, que exigirá o pagamento do imposto do sujeito passivo eleito pela lei, qual seja, o proprietário (o locador). Este, se quiser, pode acionar o locatário, em ação regressiva não tributária, na tentativa de reaver o que antecipou ao Fisco. Noutro exemplo, o acordo entre empregado e empregador para que este não retenha o imposto de renda pessoa física (IRPF) não tem valor legal algum perante o Fisco. CURSO ON-LINE - DIREITO TRIBUTÁRIO P/ AFRFB, ATRFB, ICMS/SP E ICMS/RJ PROFESSOR: EDVALDO NILO 7 www.pontodosconcursos.com.br Trazemos à colação as seguintes decisões bem explicativas do art. 123 do CTN, a saber: “Nem mesmo o contrato de locação, no qual é atribuída ao locatário a responsabilidade pela quitação dos tributos inerentes ao imóvel, tem o condão de alterar o sujeito passivo da obrigação tributária, consoante dispõe o art. 123 do CTN.” (STJ, 757897/RJ.) “Não prospera a alegação segundo a qual haveriam os atuais sócios assumido todas as responsabilidades da empresa, incluindo-se o seu passivo, haja vista que, segundo o art. 123 do CTN, são inoponíveis à Fazenda Pública as convenções particulares, relativas à transmissão da responsabilidade pelo pagamento de tributos, salvo se o contrato firmado tiver arrimo em lei.” (TRF 3ª Região, AC 1999.03.99.065589-6/SP). Vamos para as questões: 2. (AFTN/94/ESAF) As convenções particulares relativas à responsabilidade pelo pagamento de tributos, podem ser opostas à Fazenda Pública, para modificar a definição legal do sujeito passivo das obrigações tributárias correspondentes, a) desde que autorizadas por ato administrativo devidamente fundamentado. b) quando se tratar de taxas ou contribuições, excluindo-se dessa possibilidade os impostos. c) sempre que formalizadas por escrito, na presença de duas testemunhas. d) desde que haja disposição de lei neste sentido. e) quando não se tratar de responsabilidade por infração. A resposta é a letra “d”, de acordo com o art. 123 do CTN. CURSO ON-LINE - DIREITO TRIBUTÁRIO P/ AFRFB, ATRFB, ICMS/SP E ICMS/RJ PROFESSOR: EDVALDO NILO 8 www.pontodosconcursos.com.br 3. (AFRF/2000/ESAF) O Código Tributário Nacional chama de ______(1)_______ quem tenha relação pessoal e direta com a situação que constitua o fato gerador da obrigação tributária principal, e de ______(2)______ quem, sem revestir aquela condição, tenha obrigação decorrente de disposição expressa de lei. Em ambos os casos, recebe o nome de ______(3)______ da obrigação tributária principal. a) (1) obrigado, (2) contribuinte legal e (3) co- obrigado. b) (1) contribuinte, (2) responsável, (3) sujeito passivo. c) (1) sujeito passivo, (2) responsável ex lege, (3) devedor. d) (1) sujeito passivo, (2) devedor solidário, (3) sub- rogado. e) (1) sujeito passivo, (2) responsável, (3) contribuinte. A resposta é a letra “b”, de acordo com o art. 121 do CTN. O CTN chama de contribuinte quem tenha relação pessoal e direta com a situação que constitua o fato gerador da obrigação tributária principal, e de responsável quem, sem revestir aquela condição, tenha obrigação decorrente de disposição expressa de lei. Em ambos os casos, recebe o nome de sujeito passivo da obrigação tributária principal. 4. (ESAF/Agente Tributário Estadual de MS/2001) É sujeito passivo da obrigação tributária acessória: a) pessoa que tenha interesse comum na situação que constitua seu fato gerador. b) pessoa obrigada às prestações que constituam seu objeto. c) pessoa obrigada ao pagamento de penalidade pecuniária. d) pessoa considerada responsável por disposição legal. CURSO ON-LINE - DIREITO TRIBUTÁRIO P/ AFRFB, ATRFB, ICMS/SP E ICMS/RJ PROFESSOR: EDVALDO NILO 9 www.pontodosconcursos.com.br e) pessoa obrigada ao pagamento do montante do tributo devido. A resposta é a letra “b”, segundo o art. 122 do CTN: é sujeito passivo da obrigação tributária acessória pessoa obrigada às prestações que constituam seu objeto. 5. (FCC/Fiscal de Rendas/SP/2009) A respeito da sujeição passiva da obrigação tributária principal, é correto afirmar que o contribuinte (A) tem relação com o fato gerador e o responsável tributário tem a capacidade contributiva indicada pela hipótese de incidência. (B) tem relação pessoal e direta com a situação que constitua o respectivo fato gerador e o responsável tributário se obriga a pagar o tributo em razão de dispositivo expresso de lei. (C) é sujeito passivo indireto e o responsável tributário é sujeito passivo direto. (D) tem o dever de pagar o tributo ou a penalidade pecuniária e o responsável tributário deve cumprir a correspondente obrigação acessória. (E) tem o dever de pagar o tributo ou a penalidade pecuniária e o responsável tributário tem o direito de exigir o adimplemento do tributo ou da penalidade pecuniária. A respeito da sujeição passiva da obrigação tributária principal, é correto afirmar que o contribuinte tem relação pessoal e direta com a situação que constitua o respectivo fato gerador e o responsável tributário se obriga a pagar o tributo em razão de dispositivo expresso de lei (CTN, art. 121). Portanto, a resposta certa é a “b”. 3.1 Solidariedade CURSO ON-LINE - DIREITO TRIBUTÁRIO P/ AFRFB, ATRFB, ICMS/SP E ICMS/RJ PROFESSOR: EDVALDO NILO 10 www.pontodosconcursos.com.br A solidariedade no Direito ocorre quando há mais de um devedor (solidariedade passiva) ou mais de um credor (solidariedade ativa) na mesma relação jurídica. No direito tributário, não existe solidariedade ativa, em razão da rigidez constitucional na distribuição da competência tributária e também da inexistência de dispositivo normativo neste sentido. Nesse rumo, os arts. 124 e 125 do CTN tratam da solidariedade passiva, em que o fisco pode exigir a totalidade do crédito tributário de qualquer dos co-devedores, independente de acordo entre eles para que apenas um responda pelos débitos tributários. Em outras palavras, este caso, denominado pela doutrina também de responsabilidade tributária por solidariedade, ocorre quando um dos devedores solidários pode responder por toda a obrigação tributária. Assim, o Fisco pode cobrar de qualquer um dos devedores solidários toda adívida tributária. Desta forma, apesar da solidariedade decorrer sempre de lei, a doutrina afirma que há dois tipos solidariedade passiva no direito tributário. A solidariedade natural (CTN, art. 124, I), que acontece entre pessoas que tenham interesse comum na situação que constitua o fato gerador da obrigação tributária. Por exemplo, vários irmãos como co-proprietários de um imóvel quanto ao IPTU; ou o pagamento de IPTU pertencente a um casal, em que ambos são proprietários do bem. A solidariedade legal (CTN, art. 124, II), que acontece por expressa disposição legal, estabelecendo as pessoas que deverão responder solidariamente pela obrigação tributária. CURSO ON-LINE - DIREITO TRIBUTÁRIO P/ AFRFB, ATRFB, ICMS/SP E ICMS/RJ PROFESSOR: EDVALDO NILO 11 www.pontodosconcursos.com.br Exemplos: na remessa de mercadoria vinda de outro Estado para venda sem destinatário certo, o transportador é tributariamente solidário com o remetente da mercadoria (ocorrido o fato gerador na saída da mercadoria), de acordo com a Lei de ICMS (Lei Complementar 87/1996); ou os sócios, no caso de encerramento de uma sociedade de pessoas, são solidariamente responsáveis, consoante dispõe o art. 134, VII, do CTN. Com efeito, solidariedade tributária passiva não comporta benefício de ordem, podendo o Fisco escolher que um dos devedores responda pelo cumprimento total da obrigação tributária, não observando qualquer ordem de vocação. Deste modo, não fica o Fisco adstrito a uma ordem de preferência, não podendo os co-obrigados invocar “beneficio de ordem”, a fim de que sejam executados, em primeiro lugar, os bens de um suposto devedor, como acontece em situações reguladas no direito civil. Com efeito, salvo disposição de lei em contrário, os efeitos da solidariedade são os seguintes: (i) o pagamento efetuado por um dos obrigados aproveita aos demais; (ii) a isenção ou remissão de crédito exonera todos os obrigados, salvo se outorgada pessoalmente a um deles, subsistindo, nesse caso, a solidariedade quanto aos demais pelo saldo; (iii) a interrupção da prescrição, em favor ou contra um dos obrigados, favorece ou prejudica aos demais. Preste atenção: o art. 124 do CTN dispõe que são solidariamente obrigadas (i) as pessoas que tenham interesse CURSO ON-LINE - DIREITO TRIBUTÁRIO P/ AFRFB, ATRFB, ICMS/SP E ICMS/RJ PROFESSOR: EDVALDO NILO 12 www.pontodosconcursos.com.br comum na situação que constitua o fato gerador da obrigação principal ou (ii) as pessoas expressamente designadas por lei. Então, vamos agora acertar as próximas questões: 6. (TRF/2003/ESAF/Adaptada) Assinale a opção incorreta. a) Os atos normativos, as decisões dos órgãos de jurisdição administrativa com eficácia normativa, os convênios e os decretos são normas complementares das leis, tratados e convenções internacionais que versem sobre tributos. b) Ressalvadas as exceções constitucionais, os tributos não podem ser cobrados no mesmo exercício financeiro em que foi publicado o ato legal que os criou ou majorou. c) As leis tributárias não podem alterar a definição, o conteúdo e o alcance de conceitos, institutos e formas de direito privado, utilizados para definir ou limitar competências tributárias, expressa ou implicitamente. d) Cada uma das pessoas que tenham interesse comum na situação que constitua o fato gerador da obrigação principal responde por todo o débito tributário, aproveitando aos demais o pagamento que for feito. e) O Código Tributário Nacional diz o que se considera domicílio tributário, podendo a autoridade administrativa recusar o domicílio tributário escolhido pelo contribuinte quando dificulte ou impossibilite a arrecadação ou fiscalização. A letra “a” é incorreta, pois os atos normativos, as decisões dos órgãos de jurisdição administrativa com eficácia normativa, os convênios e as práticas reiteradamente observadas pelas autoridades administrativas são normas complementares das leis, tratados e convenções internacionais e dos decretos (CTN, art. 100, I a IV). CURSO ON-LINE - DIREITO TRIBUTÁRIO P/ AFRFB, ATRFB, ICMS/SP E ICMS/RJ PROFESSOR: EDVALDO NILO 13 www.pontodosconcursos.com.br A letra “b” é correta, pois, ressalvadas as exceções constitucionais (CF, art. 150, §1°), os tributos não podem ser cobrados no mesmo exercício financeiro em que foi publicado o ato legal que os criou ou majorou. A letra “c” é correta, eis que as leis tributárias não podem alterar a definição, o conteúdo e o alcance de conceitos, institutos e formas de direito privado, utilizados para definir ou limitar competências tributárias, expressa ou implicitamente, de acordo com o art. 110 do CTN. A letra “d” é correta, uma vez que cada uma das pessoas que tenham interesse comum na situação que constitua o fato gerador da obrigação principal responde por todo o débito tributário, aproveitando aos demais o pagamento que for feito, de acordo com os arts. 124, I c/c 125, I, do CTN. A letra “e” é correta, eis que o CTN diz o que se considera domicílio tributário, podendo a autoridade administrativa recusar o domicílio tributário escolhido pelo contribuinte quando dificulte ou impossibilite a arrecadação ou fiscalização, de acordo com art. 127, §2°, do CTN. 7. (AFTN/94/ESAF) Duas pessoas têm a compropriedade desigual de um imóvel urbano. Sob o ponto de vista do IPTU, pode-se afirmar que seu pagamento é da responsabilidade a) de ambos, proporcionalmente à participação de cada qual. b) do titular do imóvel, que se tiver inscrito como tal. c) principal do proprietário da quota majoritária e subsidiária do outro. d) de ambos, podendo ser exigida de cada um deles a dívida toda. e) solidária de ambos, cabendo porém para o minoritário o benefício de ordem. CURSO ON-LINE - DIREITO TRIBUTÁRIO P/ AFRFB, ATRFB, ICMS/SP E ICMS/RJ PROFESSOR: EDVALDO NILO 14 www.pontodosconcursos.com.br É o caso de solidariedade passiva denominada de natural, podendo-se afirmar que o pagamento do IPTU é da responsabilidade de ambos, podendo ser exigida de cada um deles a dívida toda, conforme o art. 124 do CTN. 8. (AFRF/2002.2/ESAF) Assinale a opção errada entre as relacionadas abaixo. Salvo disposição de lei em contrário, são os seguintes os efeitos da solidariedade tributária: a) o pagamento efetuado por um dos obrigados aproveita aos demais. b) a isenção ou remissão de crédito exonera todos os obrigados, salvo se outorgada pessoalmente a um deles, subsistindo, nesse caso, a solidariedade quanto aos demais pelo saldo. c) a interrupção da prescrição, em favor de um dos obrigados, favorece aos demais. d) a interrupção da prescrição, contra um dos obrigados, prejudica aos demais. e) ao demandado assiste o direito de apontar o devedor originário para solver o débito e assim exonerar-se. A alternativa errada é a letra “e”, pois não pode o demandado apontar o devedor originário para solver o débito e assim exonerar-se, eis que a solidariedade passiva tributária não comporta benefício de ordem (CTN, art. 124, parágrafo único). 9. (FTE/PA/2002/ESAF) Relativamente aos efeitos da solidariedade tributária passiva, é correto afirmar que a) o pagamento feito por apenas um dos obrigados não aproveita aos demais. b) a isenção objetiva aproveita a todos. c) a remissão concedida pessoalmente a um dos obrigados aproveita aos demais. CURSO ON-LINE - DIREITO TRIBUTÁRIO P/ AFRFB, ATRFB, ICMS/SP E ICMS/RJ PROFESSOR: EDVALDO NILO 15 www.pontodosconcursos.com.br d) a interrupção da prescrição contra um dos coobrigados atinge a todos os demais. e) não se aplicam aos responsáveis tributários. A resposta certa é a “b”, eis que a isenção objetiva aproveita a todos e não a isenção subjetiva, 10. (ATN/Recife/2003/ESAF) Estabelece o Código Tributário Nacional que, salvo disposição de lei em contrário,a solidariedade tributária produz o seguinte efeito, entre outros: a) a interrupção da decadência do direito de a Fazenda Pública constituir o crédito tributário, em favor ou contra um dos obrigados, favorece ou prejudica aos demais. b) a isenção ou anistia de crédito tributário, concedida em caráter geral, exonera todos os obrigados, mas se concedida pessoalmente a um deles, a solidariedade subsiste, quanto aos demais, pelo saldo. c) o pagamento efetuado por um dos obrigados não aproveita aos demais. d) a isenção ou remissão de crédito tributário exonera todos os obrigados, salvo se outorgada pessoalmente a um deles, subsistindo, nesse caso, a solidariedade quanto aos demais pelo saldo. e) não liquidado, no prazo legal, o crédito tributário da Fazenda Pública, o co-devedor que for prejudicado, em virtude da omissão do sujeito passivo principal no cumprimento da obrigação tributária, fará jus ao benefício de ordem. De acordo com o art. 125 do CTN, a resposta é a letra “d”, eis que a isenção ou remissão de crédito tributário exonera todos os obrigados, salvo se outorgada pessoalmente a um deles, subsistindo, nesse caso, a solidariedade quanto aos demais pelo saldo. CURSO ON-LINE - DIREITO TRIBUTÁRIO P/ AFRFB, ATRFB, ICMS/SP E ICMS/RJ PROFESSOR: EDVALDO NILO 16 www.pontodosconcursos.com.br 11. (AFRF/2002.1/ESAF) Avalie a correção das afirmações abaixo. Atribua a letra V para as verdadeiras e F para as falsas. Em seguida, marque a opção que contenha tais letras na seqüência correta. 1. Relativamente ao imposto territorial rural notificado a apenas um dos condôminos, o outro condômino está excluído de qualquer responsabilidade. 2. A solidariedade tributária, segundo os princípios gerais vigentes em nosso direito, não se presume, pois tem de estar prevista em lei. 3. Normalmente, quando há solidariedade tributária e um dos devedores é perdoado por lei, a dívida se reparte pelos demais, que respondem pela totalidade. a) V, V, V. b) V, V, F. c) V, F, F. d) F, F, F. e) F, V, F. O primeiro item é falso, pois o imposto territorial rural (ITR) notificado a apenas um dos condôminos, não exclui o outro condômino de qualquer responsabilidade. No caso, a solidariedade decorre do interesse comum na situação que constitua o fato gerador da obrigação principal. O segundo item é verdadeiro, pois, a solidariedade tributária, segundo os princípios gerais vigentes em nosso direito, não se presume, pois tem de estar prevista em lei. É decorrência lógica do princípio da legalidade. O terceiro item é falso, pois, normalmente, quando há solidariedade tributária e um dos devedores é perdoado por lei, tal anistia tributária exonera todos os demais obrigados (CTN, art. 125, II). Portanto, a resposta é a letra “e”. CURSO ON-LINE - DIREITO TRIBUTÁRIO P/ AFRFB, ATRFB, ICMS/SP E ICMS/RJ PROFESSOR: EDVALDO NILO 17 www.pontodosconcursos.com.br 12. (AFTE/RN/2005/ESAF) Marque a resposta correta, considerando as formulações abaixo. I - As pessoas que tenham interesse comum na situação que constitua o fato gerador da obrigação principal são solidariamente obrigadas. II - A obrigação tributária acessória, pelo simples fato da sua inobservância, converte-se em obrigação principal relativamente à penalidade não pecuniária. III - O Código Tributário Nacional não permite a tributação de rendas provenientes de atividades ilícitas. IV - De acordo com o Código Tributário Nacional, cabe exclusivamente à autoridade judicial competente desconsiderar, em decisão fundamentada, os atos ou negócios jurídicos praticados com a finalidade de dissimular a natureza dos elementos constitutivos da obrigação tributária. a) Somente I é verdadeira. b) Somente I e II são verdadeiras. c) Somente I, II e III são verdadeiras. d) Somente II, III e IV são verdadeiras. e) Somente III e IV são verdadeiras. O item I é verdadeiro, pois as pessoas que tenham interesse comum na situação que constitua o fato gerador da obrigação principal são solidariamente obrigadas, conforme art. 124, I, do CTN. O item II é falso, uma vez que a obrigação tributária acessória, pelo simples fato da sua inobservância, converte-se em obrigação principal relativamente à penalidade pecuniária (CTN, art. 113, §3°). O item III é falso, porque o CTN permite a tributação de rendas provenientes de atividades ilícitas, de acordo com o art. 118, I. CURSO ON-LINE - DIREITO TRIBUTÁRIO P/ AFRFB, ATRFB, ICMS/SP E ICMS/RJ PROFESSOR: EDVALDO NILO 18 www.pontodosconcursos.com.br O item IV é falso, pois, de acordo com o parágrafo único do art. 116 do CTN, cabe à autoridade administrativa competente desconsiderar os atos ou negócios jurídicos praticados com a finalidade de dissimular a natureza dos elementos constitutivos da obrigação tributária, observados os procedimentos a serem estabelecidos em lei ordinária. Em face do exposto, a resposta é a letra “a”, pois somente o item I é verdadeiro. 13. (TRF/2000/ESAF) (i) Quando a lei se refere à obrigação tributária principal, ela quer se referir aos procedimentos exigidos do contribuinte para assegurar a melhor fiscalização do pagamento? (ii) O sujeito ativo da obrigação tributária se define como aquele que atua no cumprimento da obrigação tributária por iniciativa própria, independentemente da ação do fisco? (iii) Nos casos de solidariedade, por interesse comum na situação que constitua fato gerador da obrigação tributária principal, pode o devedor exigir que o credor cobre a dívida primeiro do outro responsável? a) não, não, não. b) sim, sim, sim. c) não, não, sim. d) não, sim, sim. e) sim, não, não. A resposta é não ao primeiro item, porque quando a lei se refere à obrigação tributária acessória, ela quer se referir aos procedimentos exigidos do contribuinte para assegurar a melhor fiscalização do pagamento. CURSO ON-LINE - DIREITO TRIBUTÁRIO P/ AFRFB, ATRFB, ICMS/SP E ICMS/RJ PROFESSOR: EDVALDO NILO 19 www.pontodosconcursos.com.br A resposta é não ao segundo item, porque o sujeito ativo da obrigação tributária é a pessoa jurídica de direito público, que é titular da competência para exigir o seu cumprimento. A resposta é não também ao terceiro item. Nos casos de solidariedade, por interesse comum na situação que constitua fato gerador da obrigação tributária principal, não pode o devedor exigir que o credor faça a cobrança da dívida primeiro do outro responsável. A solidariedade passiva tributária não comporta benefício de ordem. Em face do exposto, a resposta é a letra “a”. 14. (AFPS/2002/ESAF) Relativamente ao tema obrigação tributária, o Código Tributário Nacional estabelece que, salvo disposição de lei em contrário, a solidariedade tributária passiva produz o seguinte efeito, entre outros: a) a suspensão da prescrição, em favor ou contra um dos obrigados, favorece ou prejudica os demais. b) o pagamento efetuado por um dos obrigados não aproveita aos demais. c) a isenção ou anistia do crédito tributário exonera todos os obrigados, salvo se outorgada pessoalmente a um deles, subsistindo, nesse caso, a solidariedade quanto aos demais pelo saldo. d) a isenção ou remissão de crédito exonera todos os obrigados, salvo se outorgada pessoalmente a um deles, subsistindo, nesse caso, a solidariedade quanto aos demais pelo saldo. e) a interrupção da prescrição em favor de um dos obrigados não favorece os demais. A resposta é a letra “d”, de acordo com o art. 125 do CTN. 3.2 Capacidade Tributária Passiva CURSO ON-LINE - DIREITO TRIBUTÁRIO P/ AFRFB, ATRFB, ICMS/SP E ICMS/RJ PROFESSOR: EDVALDO NILO 20 www.pontodosconcursos.com.br A capacidade tributária passiva é a aptidão para ser sujeito passivo da relação tributária. Com efeito, o art. 126 do CTN dispõe que a capacidade tributária passiva independe: (i) da capacidade civil das pessoasnaturais; (ii) de achar-se a pessoa natural sujeita a medidas que importem privação ou limitação do exercício de atividades civis, comerciais ou profissionais, ou da administração direta de seus bens ou negócios; (iii) de estar a pessoa jurídica regularmente constituída, bastando que configure uma unidade econômica ou profissional. Assim, por exemplo, a capacidade tributária passiva independe de a pessoa física ser menor de idade ou de sofrer qualquer tipo de anomalia psíquica (loucos de todo o gênero), bem como da constatação da regularidade da formação de uma empresa. Noutro ponto, entes destituídos de personalidade jurídica como o espólio ou a herança jacente também têm capacidade tributária passiva. Na verdade, a capacidade tributária ativa é a aptidão para ser eleito sujeito passivo tributário, dependendo mesmo da realização do fato gerador e da previsão legal. 15. (AFRF/2002.1/ESAF) (i) As sociedades sem personalidade jurídica, quando demandadas, poderão opor ao fisco a inexistência de sua constituição formal? CURSO ON-LINE - DIREITO TRIBUTÁRIO P/ AFRFB, ATRFB, ICMS/SP E ICMS/RJ PROFESSOR: EDVALDO NILO 21 www.pontodosconcursos.com.br (ii) Segundo decorre do Código Tributário Nacional, silvícola, enquanto durar sua incapacidade civil, é passível de ter capacidade tributária? (iii) Certa pessoa dedicada ao comércio ambulante, sem endereço fixo, somente encontrado junto à sua banca de comércio, poderá ser considerada pela autoridade fiscalizadora como sem domicílio fiscal? a) Não, Sim, Não. b) Sim, Sim, Não. c) Sim, Não, Sim. d) Não, Não, Não. e) Sim, Sim, Sim. A resposta do primeiro item é não. As sociedades sem personalidade jurídica (sociedades irregulares ou sociedades de fato), quando demandadas, não poderão opor ao fisco a inexistência de sua constituição formal, de acordo com inc. III do art. 126 do CTN. A resposta do segundo item é sim, pois, segundo o art. 126, I, do CTN, o silvícola (índio), enquanto durar sua incapacidade civil, é passível de ter capacidade tributária passiva. A resposta do terceiro item é não. Certa pessoa dedicada ao comércio ambulante, sem endereço fixo, somente encontrado junto à sua banca de comércio, não poderá ser considerada pela autoridade fiscalizadora como sem domicílio fiscal. O art. 127, I, do CTN, dispõe que na falta de eleição, pelo contribuinte ou responsável, de domicílio tributário, na forma da legislação aplicável, considera-se como tal quanto às pessoas naturais, a sua residência habitual, ou, sendo esta incerta ou desconhecida, o centro habitual de sua atividade. CURSO ON-LINE - DIREITO TRIBUTÁRIO P/ AFRFB, ATRFB, ICMS/SP E ICMS/RJ PROFESSOR: EDVALDO NILO 22 www.pontodosconcursos.com.br Portanto, a resposta é a letra “a”. 16. (AFTN/94/ESAF) Suponha que você é consultado a respeito de quatro situações fiscais: (1ª) um menor de 12 anos de idade herda um grande patrimônio; (2ª) um pródigo que dissipava todo o seu patrimônio foi interditado judicialmente; (3º) uma sociedade não chegou a ser formalizada por escrito e portanto não tinha seus atos constitutivos arquivados na Junta Comercial; (4º) uma sociedade de profissionais foi dissolvida por decisão judicial, porém continuou suas atividades. Os atos dessas quatro pessoas (naturais e jurídicas) geraram rendimentos tributáveis. Eles têm capacidade de serem sujeitos passivos de obrigações tributárias? a) Apenas os representantes ou assistentes das pessoas naturais incapazes são contribuintes: o pai, o tutor, etc. b) Sim, todas essas quatro pessoas têm capacidade tributária, independentemente de terem ou não capacidade civil. c) Apenas as duas pessoas jurídicas de fato são contribuintes; as pessoas naturais não. d) O menor de idade não pode ser contribuinte. Os demais, sim. e) Nenhuma das quatro pessoas (naturais ou jurídicas) tem aptidão para ser sujeito passivo de obrigação tributária. A resposta é a letra “b”. De acordo com o art. 126, I a III, do CTN, têm capacidade de serem sujeitos passivos de obrigações tributárias: (i) um menor de 12 anos de idade herda um grande patrimônio; CURSO ON-LINE - DIREITO TRIBUTÁRIO P/ AFRFB, ATRFB, ICMS/SP E ICMS/RJ PROFESSOR: EDVALDO NILO 23 www.pontodosconcursos.com.br (ii) um pródigo (famoso gastador incontrolável) que dissipava todo o seu patrimônio foi interditado judicialmente; (iii) uma sociedade que não chegou a ser formalizada por escrito e, portanto, não tinha seus atos constitutivos arquivados na Junta Comercial (sociedade de fato); (iv) uma sociedade de profissionais dissolvida por decisão judicial, porém continuou suas atividades (sociedade irregular). Veja que o enunciado da questão salienta que os atos dessas quatro pessoas (naturais e jurídicas) geraram rendimentos tributáveis. 17. (ATN Fortaleza/2003/ESAF) Marque a resposta correta, em consonância com as disposições pertinentes do Código Tributário Nacional. a) É denominado responsável o sujeito passivo da obrigação tributária principal que tem relação pessoal e direta com a situação que constitua o respectivo fato gerador. b) É vedado às leis tributárias atribuir capacidade tributária passiva à pessoa natural que o Código Civil considere absolutamente incapaz. c) As pessoas que tenham interesse comum na situação que constitua o fato gerador da obrigação principal são solidariamente responsáveis. d) É vedado à autoridade administrativa recusar o domicílio eleito pelo sujeito passivo, no caso de tal eleição dificultar a arrecadação ou a fiscalização do tributo. e) Salvo disposição legal em contrário, acordo particular, por constituir lei entre as partes, pode ser oposto à Fazenda Pública, para modificar a definição legal do sujeito passivo das obrigações tributárias correspondentes, hipótese em que fica afastada a responsabilidade do contribuinte pelo pagamento dos CURSO ON-LINE - DIREITO TRIBUTÁRIO P/ AFRFB, ATRFB, ICMS/SP E ICMS/RJ PROFESSOR: EDVALDO NILO 24 www.pontodosconcursos.com.br tributos, dando lugar à responsabilidade tributária integral do terceiro que tem relação direta e pessoal com a situação constitutiva do gerador. A letra “a” é incorreta, eis que é denominado contribuinte e não responsável o sujeito passivo da obrigação tributária principal que tem relação pessoal e direta com a situação que constitua o respectivo fato gerador. A letra “b” é incorreta, pois não é proibido (vedado) às leis tributárias atribuir capacidade tributária passiva à pessoa natural que o Código Civil considere absolutamente incapaz, conforme art. 126, I, do CTN. A letra “c” é correta, uma vez que as pessoas que tenham interesse comum na situação que constitua o fato gerador da obrigação principal são solidariamente responsáveis (CTN, art. 124, I). A letra “d” é incorreta, pois não é vedado à autoridade administrativa recusar o domicílio eleito pelo sujeito passivo, no caso de tal eleição dificultar a arrecadação ou a fiscalização do tributo, conforme §2°, do art. 127 do CTN. A letra “e” é incorreta, pois, salvo disposição legal em contrário, acordo particular, por constituir lei entre as partes, não pode ser oposto à Fazenda Pública, para modificar a definição legal do sujeito passivo das obrigações tributárias correspondentes, conforme o art. 123 do CTN. 18. (AFRE/MG/2005/ESAF) Considerando o tema “obrigação tributária”, marque com (V) a assertiva verdadeira e com (F) a falsa, assinalando ao final a opção correspondente. ( ) A obrigação acessória nasce em razão da ocorrência de um fato gerador, contudo depende CURSO ON-LINE - DIREITO TRIBUTÁRIO P/ AFRFB, ATRFB, ICMS/SP E ICMS/RJ PROFESSOR: EDVALDO NILO 25 www.pontodosconcursos.com.br sempre de uma providência a ser tomada pela autoridade fiscal. ( ) A definição legal do fato gerador deve ser verificada independentementeda validade jurídica dos atos praticados. ( )A pessoa interditada judicialmente pode ser considerada sujeito passivo da obrigação tributária. ( )Quando o fato gerador da obrigação tributária é um negócio jurídico sob condição suspensiva, considera- se nascida a obrigação desde o momento em que se verificar a condição. a) F, V, F, F. b) F, V, F, V. c) F, V, V, V. d) V, F, V, F. e) V, V, V, V. O primeiro item é falso, pois a obrigação acessória nasce em razão da ocorrência de um fato gerador e não depende para ocorrer de uma providência a ser tomada pela autoridade fiscal. Lembramos que a obrigação acessória, pelo simples fato da sua inobservância, converte-se em obrigação principal relativamente à penalidade pecuniária. . O segundo item é verdadeiro, pois a definição legal do fato gerador deve ser verificada independentemente da validade jurídica dos atos praticados (CTN, art. 118, I). O terceiro item é verdadeiro, eis que a pessoa interditada judicialmente pode ser considerada sujeito passivo da obrigação tributária (CTN, art. 126, II). O quarto item é verdadeiro, pois quando o fato gerador da obrigação tributária é um negócio jurídico sob condição suspensiva, considera-se nascida a obrigação desde o momento em que se verificar a condição (CTN, art. 117, I). CURSO ON-LINE - DIREITO TRIBUTÁRIO P/ AFRFB, ATRFB, ICMS/SP E ICMS/RJ PROFESSOR: EDVALDO NILO 26 www.pontodosconcursos.com.br Portanto, a resposta é a letra “c”. 19. (ESAF/Auditor Fiscal/Natal/2008) Sobre os sujeitos da obrigação tributária, assinale a única opção correta. a) O sujeito ativo da obrigação tributária é, necessariamente, a pessoa jurídica de direito público titular da competência para instituir o tributo. b) Pessoa jurídica de direito privado pode figurar como sujeito ativo da obrigação tributária, haja vista o CTN prever, expressamente, a possibilidade de delegação das funções de arrecadar ou fiscalizar tributos. c) O contribuinte de fato ou de direito é considerado sujeito passivo da obrigação tributária, independentemente de possuir relação pessoal e direta com o fato gerador. d) As convenções particulares, relativas à responsabilidade pelo pagamento de tributos, não podem ser opostas à Fazenda Pública, mesmo que haja lei em sentido contrário. e) A sociedade comercial informalmente constituída pode figurar como sujeito passivo de uma obrigação tributária. A letra “a” está incorreta, conforme art. 119 do CTN. A alternativa “b” está incorreta, conforme a interpretação dos arts. 3°, 7° e 119 do CTN. Porém, não se esqueça da jurisprudência citada em “sala” de aula em relação às entidades parafiscais. A alternativa “c” está incorreta, eis que o contribuinte de fato não é considerado sujeito passivo da relação tributária. CURSO ON-LINE - DIREITO TRIBUTÁRIO P/ AFRFB, ATRFB, ICMS/SP E ICMS/RJ PROFESSOR: EDVALDO NILO 27 www.pontodosconcursos.com.br E o contribuinte de direito deve ter relação pessoal e direta com a situação que constitua o respectivo fato gerador (CTN, art. 121, I). A alternativa “d” está incorreta, uma vez que existindo dispositivo de lei em contrário, as convenções particulares, relativas à responsabilidade pelo pagamento de tributo, podem ser opostas à Fazenda Pública, para modificar a definição legal do sujeito passivo das obrigações tributárias correspondentes, de acordo com o art. 123 do CTN. A alternativa “e” está correta, pois, de acordo com o art. 126, III do CTN, a capacidade tributária passiva independe de estar a pessoa jurídica regularmente constituída, bastando que configure uma unidade econômica ou profissional. 20. (ESAF/Auditor Fiscal/Natal/2008) Sobre a solidariedade e capacidade tributária, assinale a única opção correta. a) Em virtude da rigidez constitucional, que promoveu a distribuição de competências tributárias entre os entes políticos, não encontra respaldo, no ordenamento jurídico nacional, a solidariedade ativa em matéria tributária. b) Pode o poder público exigir o pagamento do IPTU tanto do proprietário como do locatário do imóvel, tendo em vista se tratar de obrigação de direito real. c) Considerando que duas pessoas detenham a propriedade de um veículo, o fisco não pode exigir apenas de um dos contribuintes o pagamento integral da exação. d) Como efeito da solidariedade, tem-se que a isenção ou remissão de crédito tributário exonera todos os obrigados, mesmo se outorgada pessoalmente a um deles. e) Na situação em que um pai detenha 60% de um imóvel e o filho, absolutamente incapaz, possua CURSO ON-LINE - DIREITO TRIBUTÁRIO P/ AFRFB, ATRFB, ICMS/SP E ICMS/RJ PROFESSOR: EDVALDO NILO 28 www.pontodosconcursos.com.br outros 40% do bem, optando o fisco em cobrar de apenas um, deve preferir o pai ao filho, em atenção ao benefício de ordem previsto no CTN. A resposta correta é a letra “a”, eis que não há solidariedade ativa em matéria tributária de acordo com ordenamento jurídico nacional. A alternativa “b” está incorreta, pois, no caso, deve o Fisco cobrar o IPTU do contribuinte (proprietário do imóvel), em razão do princípio da legalidade tributária. A alternativa “c” está incorreta, pois, considerando que duas pessoas detenham a propriedade de um veículo, o fisco pode exigir apenas de um dos contribuintes o pagamento integral da exação, de acordo com o art. 124, I, do CTN. A alternativa “d” está incorreta, pois, na solidariedade passiva tributária, a isenção ou remissão de crédito exonera todos os obrigados, salvo se outorgada pessoalmente a um deles, subsistindo, nesse caso, a solidariedade quanto aos demais pelo saldo (CTN, art. 125, inciso II). A alternativa “e” está incorreta, porque a solidariedade passiva tributária não comporta benefício de ordem, de acordo com o parágrafo único do art. 124 do CTN. 21. (ESAF/Advogado/IRB/2006) Em relação aos sujeitos ativo e passivo da obrigação tributária avalie o acerto das afirmações abaixo. Em seguida, marque a opção correta. I. o sujeito passivo da obrigação tributária principal, em regra, é aquela pessoa que realiza o seu fato gerador. II. a capacidade tributária passiva independe da capacidade civil das pessoas naturais; porém, assim como esta, aquela também pode sujeitar-se a CURSO ON-LINE - DIREITO TRIBUTÁRIO P/ AFRFB, ATRFB, ICMS/SP E ICMS/RJ PROFESSOR: EDVALDO NILO 29 www.pontodosconcursos.com.br medidas que importem privação ou limitação do exercício de atividades civis, comerciais ou profissionais. III. sendo o sujeito passivo pessoa jurídica, sua capacidade tributária independe de estar ela regularmente constituída, nos termos do direito civil, bastando que configure uma unidade econômica ou profissional. IV. chama-se sujeito ativo da obrigação tributária a pessoa jurídica de direito público dotada da competência para exigir seu cumprimento. a) Todos os itens estão corretos. b) Há apenas três itens corretos. c) Há apenas dois itens corretos. d) Há apenas um item correto. e) Todos os itens estão errados. O item I é verdadeiro, pois o sujeito passivo da obrigação tributária principal, em regra, é aquela pessoa que realiza o seu fato gerador (contribuinte), de acordo com o art. 121, I, do CTN. O item II é falso, pois a capacidade tributária passiva independe da capacidade civil das pessoas naturais e também das medidas que importem privação ou limitação do exercício de atividades civis, comerciais ou profissionais (CTN, art. 126, I e II). O item III é verdadeiro, pois sendo o sujeito passivo pessoa jurídica, sua capacidade tributária independe de estar ela regularmente constituída, nos termos do direito civil, bastando que configure uma unidade econômica ou profissional (CTN, art. 126, III). . O item IV é verdadeiro, porque se chama sujeito ativo da obrigação tributária a pessoa jurídica de direito público dotada dacompetência para exigir seu cumprimento (CTN, art. 119). Em face do exposto, a resposta certa é a letra “b”. CURSO ON-LINE - DIREITO TRIBUTÁRIO P/ AFRFB, ATRFB, ICMS/SP E ICMS/RJ PROFESSOR: EDVALDO NILO 30 www.pontodosconcursos.com.br 22. (ESAF/Procurador da Fazenda Nacional/2006/adaptada) Considerando o tema “obrigação tributária” e as disposições do CTN, marque com (V) a assertiva verdadeira e com (F) a falsa, assinalando ao final a opção correspondente. ( ) O interditado pode ser sujeito passivo da obrigação tributária. ( ) A definição legal do fato gerador não pode ser verificada se for abstraída a validade jurídica dos atos praticados. ( ) A utilização de pauta fiscal pela administração tributária é uma forma de arbitramento da base de cálculo. ( ) A obrigação principal nasce em razão da ocorrência de um fato gerador e independe de providência da autoridade fiscal para ser exigida. a) V, V, V, V. b) F, V, F, F. c) F, V, F, V. d) V, F, V, V. e) V, F, V, F. O item I é verdadeiro, porque o interditado pode ser sujeito passivo da obrigação tributária, de acordo com o art. 126, II, do CTN. O item II é falso, porque a definição legal do fato gerador pode ser verificada se for abstraída a validade jurídica dos atos praticados (CTN, art. 118, I). O item III é verdadeiro, pois a utilização de pauta fiscal pela administração tributária é uma forma de arbitramento da base de cálculo e não uma nova espécie de lançamento tributário. O item IV é falso, pois a obrigação tributária principal nasce em razão da ocorrência de um fato gerador e, segundo o art. 142 do CURSO ON-LINE - DIREITO TRIBUTÁRIO P/ AFRFB, ATRFB, ICMS/SP E ICMS/RJ PROFESSOR: EDVALDO NILO 31 www.pontodosconcursos.com.br CTN, depende de providência da autoridade fiscal para ser exigida (lançamento tributário). Em face do exposto, a resposta certa é a letra “e”. 23. (ESAF/AFTN/1996) Assinale a opção correta: a) A capacidade ativa equivale ao conceito de competência tributária. b) Os menores de dezesseis anos, os loucos de todo o gênero e os surdos-mudos que não puderem exprimir a sua vontade são considerados juridicamente aptos à realização do fato gerador. c) A capacidade passiva tributária configura a capacidade econômica do contribuinte em sujeitar-se à imposição tributária. d) Os silvícolas não são juridicamente aptos à realização do fato jurídico tributário. e) A capacidade tributária para realizar o fato jurídico tributário depende da capacidade civil do sujeito passivo. De acordo com o art. 126, I, a resposta é a letra “b”. (CESPE/Juiz de Direito/SE/2004) Uma empresa farmacêutica, irregularmente constituída e sem obter autorização do Ministério da Saúde, vendeu ilicitamente produto para emagrecimento durante período de aproximadamente um ano. Também não procedeu a empresa ao recolhimento do imposto de renda sobre os rendimentos auferidos com a venda ilícita. Em face dessa situação hipotética, julgue os itens subseqüentes. 24. Não há que se reprovar a empresa pelo não- recolhimento do imposto de renda, uma vez que, sendo a venda ilícita, não ocorre o fato gerador e, por conseguinte, a obrigação tributária. CURSO ON-LINE - DIREITO TRIBUTÁRIO P/ AFRFB, ATRFB, ICMS/SP E ICMS/RJ PROFESSOR: EDVALDO NILO 32 www.pontodosconcursos.com.br É falsa, de acordo com o art. 118 do CTN. 25. O recolhimento do imposto não é devido em virtude de a empresa farmacêutica não ter sido regularmente constituída, uma vez que a inexistência de personalidade jurídica impede a ocorrência do fato gerador e o nascimento da obrigação tributária. É falsa, de acordo com o art. 126, inc. III, do CTN. QUESTÕES TRATADAS EM AULA 1. (CESPE/Procurador Federa/2004) Pessoas jurídicas de direito privado não podem ser sujeitos ativos da obrigação tributária, mas podem ser destinatárias do produto da arrecadação. 2. (AFTN/94/ESAF) As convenções particulares relativas à responsabilidade pelo pagamento de tributos, podem ser opostas à Fazenda Pública, para modificar a definição legal do sujeito passivo das obrigações tributárias correspondentes, a) desde que autorizadas por ato administrativo devidamente fundamentado. b) quando se tratar de taxas ou contribuições, excluindo-se dessa possibilidade os impostos. c) sempre que formalizadas por escrito, na presença de duas testemunhas. d) desde que haja disposição de lei neste sentido. e) quando não se tratar de responsabilidade por infração. 3. (AFRF/2000/ESAF) O Código Tributário Nacional chama de ______(1)_______ quem tenha relação pessoal e direta com a situação que constitua o fato gerador da obrigação tributária principal, e de ______(2)______ quem, sem revestir aquela condição, tenha obrigação decorrente de disposição expressa de lei. Em ambos os casos, recebe o nome de ______(3)______ da obrigação tributária principal. a) (1) obrigado, (2) contribuinte legal e (3) co-obrigado. b) (1) contribuinte, (2) responsável, (3) sujeito passivo. c) (1) sujeito passivo, (2) responsável ex lege, (3) devedor. d) (1) sujeito passivo, (2) devedor solidário, (3) sub-rogado. e) (1) sujeito passivo, (2) responsável, (3) contribuinte. CURSO ON-LINE - DIREITO TRIBUTÁRIO P/ AFRFB, ATRFB, ICMS/SP E ICMS/RJ PROFESSOR: EDVALDO NILO 33 www.pontodosconcursos.com.br 4. (ESAF/Agente Tributário Estadual de MS/2001) É sujeito passivo da obrigação tributária acessória: a) pessoa que tenha interesse comum na situação que constitua seu fato gerador. b) pessoa obrigada às prestações que constituam seu objeto. c) pessoa obrigada ao pagamento de penalidade pecuniária. d) pessoa considerada responsável por disposição legal. e) pessoa obrigada ao pagamento do montante do tributo devido. 5. (FCC/Fiscal de Rendas/SP/2009) 13. A respeito da sujeição passiva da obrigação tributária principal, é correto afirmar que o contribuinte (A) tem relação com o fato gerador e o responsável tributário tem a capacidade contributiva indicada pela hipótese de incidência. (B) tem relação pessoal e direta com a situação que constitua o respectivo fato gerador e o responsável tributário se obriga a pagar o tributo em razão de dispositivo expresso de lei. (C) é sujeito passivo indireto e o responsável tributário é sujeito passivo direto. (D) tem o dever de pagar o tributo ou a penalidade pecuniária e o responsável tributário deve cumprir a correspondente obrigação acessória. (E) tem o dever de pagar o tributo ou a penalidade pecuniária e o responsável tributário tem o direito de exigir o adimplemento do tributo ou da penalidade pecuniária. 6. (TRF/2003/ESAF/Adaptada) Assinale a opção incorreta. a) Os atos normativos, as decisões dos órgãos de jurisdição administrativa com eficácia normativa, os convênios e os decretos são normas complementares das leis, tratados e convenções internacionais que versem sobre tributos. b) Ressalvadas as exceções constitucionais, os tributos não podem ser cobrados no mesmo exercício financeiro em que foi publicado o ato legal que os criou ou majorou. c) As leis tributárias não podem alterar a definição, o conteúdo e o alcance de conceitos, institutos e formas de direito privado, utilizados para definir ou limitar competências tributárias, expressa ou implicitamente. d) Cada uma das pessoas que tenham interesse comum na situação que constitua o fato gerador da obrigação principal responde por todo o débito tributário, aproveitando aos demais o pagamento que for feito. e) O Código Tributário Nacional diz o que se considera domicílio tributário, podendo a autoridade administrativa recusar o domicílio tributário escolhido pelo contribuinte quando dificulte ou impossibilite a arrecadação ou fiscalização. CURSO ON-LINE - DIREITO TRIBUTÁRIO P/ AFRFB, ATRFB, ICMS/SP E ICMS/RJ PROFESSOR: EDVALDO NILO 34 www.pontodosconcursos.com.br 7. (AFTN/94/ESAF) Duas pessoas têm a compropriedadedesigual de um imóvel urbano. Sob o ponto de vista do IPTU, pode-se afirmar que seu pagamento é da responsabilidade a) de ambos, proporcionalmente à participação de cada qual. b) do titular do imóvel, que se tiver inscrito como tal. c) principal do proprietário da quota majoritária e subsidiária do outro. d) de ambos, podendo ser exigida de cada um deles a dívida toda. e) solidária de ambos, cabendo porém para o minoritário o benefício de ordem. 8. (AFRF/2002.2/ESAF) Assinale a opção errada entre as relacionadas abaixo. Salvo disposição de lei em contrário, são os seguintes os efeitos da solidariedade tributária: a) o pagamento efetuado por um dos obrigados aproveita aos demais. b) a isenção ou remissão de crédito exonera todos os obrigados, salvo se outorgada pessoalmente a um deles, subsistindo, nesse caso, a solidariedade quanto aos demais pelo saldo. c) a interrupção da prescrição, em favor de um dos obrigados, favorece aos demais. d) a interrupção da prescrição, contra um dos obrigados, prejudica aos demais. e) ao demandado assiste o direito de apontar o devedor originário para solver o débito e assim exonerar-se. 9. (FTE/PA/2002/ESAF) Relativamente aos efeitos da solidariedade tributária passiva, é correto afirmar que a) o pagamento feito por apenas um dos obrigados não aproveita aos demais. b) a isenção objetiva aproveita a todos. c) a remissão concedida pessoalmente a um dos obrigados aproveita aos demais. d) a interrupção da prescrição contra um dos coobrigados atinge a todos os demais. e) não se aplicam aos responsáveis tributários. 10. (ATN/Recife/2003/ESAF) Estabelece o Código Tributário Nacional que, salvo disposição de lei em contrário, a solidariedade tributária produz o seguinte efeito, entre outros: a) a interrupção da decadência do direito de a Fazenda Pública constituir o crédito tributário, em favor ou contra um dos obrigados, favorece ou prejudica aos demais. b) a isenção ou anistia de crédito tributário, concedida em caráter geral, exonera todos os obrigados, mas se concedida pessoalmente a um deles, a solidariedade subsiste, quanto aos demais, pelo saldo. c) o pagamento efetuado por um dos obrigados não aproveita aos demais. CURSO ON-LINE - DIREITO TRIBUTÁRIO P/ AFRFB, ATRFB, ICMS/SP E ICMS/RJ PROFESSOR: EDVALDO NILO 35 www.pontodosconcursos.com.br d) a isenção ou remissão de crédito tributário exonera todos os obrigados, salvo se outorgada pessoalmente a um deles, subsistindo, nesse caso, a solidariedade quanto aos demais pelo saldo. e) não liquidado, no prazo legal, o crédito tributário da Fazenda Pública, o co- devedor que for prejudicado, em virtude da omissão do sujeito passivo principal no cumprimento da obrigação tributária, fará jus ao benefício de ordem. 11. (AFRF/2002.1/ESAF) Avalie a correção das afirmações abaixo. Atribua a letra V para as verdadeiras e F para as falsas. Em seguida, marque a opção que contenha tais letras na seqüência correta. 1. Relativamente ao imposto territorial rural notificado a apenas um dos condôminos, o outro condômino está excluído de qualquer responsabilidade. 2. A solidariedade tributária, segundo os princípios gerais vigentes em nosso direito, não se presume, pois tem de estar prevista em lei. 3. Normalmente, quando há solidariedade tributária e um dos devedores é perdoado por lei, a dívida se reparte pelos demais, que respondem pela totalidade. a) V, V, V. b) V, V, F. c) V, F, F. d) F, F, F. e) F, V, F. 12. (AFTE/RN/2004/ESAF) Marque a resposta correta, considerando as formulações abaixo. I - As pessoas que tenham interesse comum na situação que constitua o fato gerador da obrigação principal são solidariamente obrigadas. II - A obrigação tributária acessória, pelo simples fato da sua inobservância, converte-se em obrigação principal relativamente à penalidade não pecuniária. III - O Código Tributário Nacional não permite a tributação de rendas provenientes de atividades ilícitas. IV - De acordo com o Código Tributário Nacional, cabe exclusivamente à autoridade judicial competente desconsiderar, em decisão fundamentada, os atos ou negócios jurídicos praticados com a finalidade de dissimular a natureza dos elementos constitutivos da obrigação tributária. a) Somente I é verdadeira. b) Somente I e II são verdadeiras. c) Somente I, II e III são verdadeiras. d) Somente II, III e IV são verdadeiras. e) Somente III e IV são verdadeiras. 13. (TRF/2000/ESAF) CURSO ON-LINE - DIREITO TRIBUTÁRIO P/ AFRFB, ATRFB, ICMS/SP E ICMS/RJ PROFESSOR: EDVALDO NILO 36 www.pontodosconcursos.com.br (i) Quando a lei se refere à obrigação tributária principal, ela quer se referir aos procedimentos exigidos do contribuinte para assegurar a melhor fiscalização do pagamento? (ii) O sujeito ativo da obrigação tributária se define como aquele que atua no cumprimento da obrigação tributária por iniciativa própria, independentemente da ação do fisco? (iii) Nos casos de solidariedade, por interesse comum na situação que constitua fato gerador da obrigação tributária principal, pode o devedor exigir que o credor cobre a dívida primeiro do outro responsável? a) não, não, não. b) sim, sim, sim. c) não, não, sim. d) não, sim, sim. e) sim, não, não. 14. (AFPS/2002/ESAF) Relativamente ao tema obrigação tributária, o Código Tributário Nacional estabelece que, salvo disposição de lei em contrário, a solidariedade tributária passiva produz o seguinte efeito, entre outros: a) a suspensão da prescrição, em favor ou contra um dos obrigados, favorece ou prejudica os demais. b) o pagamento efetuado por um dos obrigados não aproveita aos demais. c) a isenção ou anistia do crédito tributário exonera todos os obrigados, salvo se outorgada pessoalmente a um deles, subsistindo, nesse caso, a solidariedade quanto aos demais pelo saldo. d) a isenção ou remissão de crédito exonera todos os obrigados, salvo se outorgada pessoalmente a um deles, subsistindo, nesse caso, a solidariedade quanto aos demais pelo saldo. e) a interrupção da prescrição em favor de um dos obrigados não favorece os demais. 15. (AFRF/2002.1/ESAF) (i) As sociedades sem personalidade jurídica, quando demandadas, poderão opor ao fisco a inexistência de sua constituição formal? (ii) Segundo decorre do Código Tributário Nacional, silvícola, enquanto durar sua incapacidade civil, é passível de ter capacidade tributária? (iii) Certa pessoa dedicada ao comércio ambulante, sem endereço fixo, somente encontrado junto à sua banca de comércio, poderá ser considerada pela autoridade fiscalizadora como sem domicílio fiscal? a) Não, Sim, Não. b) Sim, Sim, Não. c) Sim, Não, Sim. d) Não, Não, Não. CURSO ON-LINE - DIREITO TRIBUTÁRIO P/ AFRFB, ATRFB, ICMS/SP E ICMS/RJ PROFESSOR: EDVALDO NILO 37 www.pontodosconcursos.com.br e) Sim, Sim, Sim. 16. (AFTN/94/ESAF) Suponha que você é consultado a respeito de quatro situações fiscais: (1ª) um menor de 12 anos de idade herda um grande patrimônio; (2ª) um pródigo [que dissipava todo o seu patrimônio foi interditado judicialmente; (3º) uma sociedade não chegou a ser formalizada por escrito e portanto não tinha seus atos constitutivos arquivados na Junta Comercial; (4º) uma sociedade de profissionais foi dissolvida por decisão judicial, porém continuou suas atividades. Os atos dessas quatro pessoas (naturais e jurídicas) geraram rendimentos tributáveis. Eles têm capacidade de serem sujeitos passivos de obrigações tributárias? a) Apenas os representantes ou assistentes das pessoas naturais incapazes são contribuintes: o pai, o tutor, etc. b) Sim, todas essas quatro pessoas têm capacidade tributária, independentemente de terem ou não capacidade civil. c) Apenas as duas pessoas jurídicas de fato são contribuintes; as pessoas naturais não. d) O menor de idade não pode ser contribuinte. Os demais, sim. e) Nenhuma das quatro pessoas (naturais ou jurídicas) tem aptidão para ser sujeitopassivo de obrigação tributária. 17. (ATN/Fortaleza/2003/ESAF) Marque a resposta correta, em consonância com as disposições pertinentes do Código Tributário Nacional. a) É denominado responsável o sujeito passivo da obrigação tributária principal que tem relação pessoal e direta com a situação que constitua o respectivo fato gerador. b) É vedado às leis tributárias atribuir capacidade tributária passiva à pessoa natural que o Código Civil considere absolutamente incapaz. c) As pessoas que tenham interesse comum na situação que constitua o fato gerador da obrigação principal são solidariamente responsáveis. d) É vedado à autoridade administrativa recusar o domicílio eleito pelo sujeito passivo, no caso de tal eleição dificultar a arrecadação ou a fiscalização do tributo. e) Salvo disposição legal em contrário, acordo particular, por constituir lei entre as partes, pode ser oposto à Fazenda Pública, para modificar a definição legal do sujeito passivo das obrigações tributárias correspondentes, hipótese em que fica afastada a responsabilidade do contribuinte pelo pagamento dos tributos, dando lugar à responsabilidade tributária integral do terceiro que tem relação direta e pessoal com a situação constitutiva do gerador. CURSO ON-LINE - DIREITO TRIBUTÁRIO P/ AFRFB, ATRFB, ICMS/SP E ICMS/RJ PROFESSOR: EDVALDO NILO 38 www.pontodosconcursos.com.br 18. (AFRE/MG/2005/ESAF) Considerando o tema “obrigação tributária”, marque com (V) a assertiva verdadeira e com (F) a falsa, assinalando ao final a opção correspondente. ( ) A obrigação acessória nasce em razão da ocorrência de um fato gerador, contudo depende sempre de uma providência a ser tomada pela autoridade fiscal. ( ) A definição legal do fato gerador deve ser verificada independentemente da validade jurídica dos atos praticados. ( )A pessoa interditada judicialmente pode ser considerada sujeito passivo da obrigação tributária. ( )Quando o fato gerador da obrigação tributária é um negócio jurídico sob condição suspensiva, considera-se nascida a obrigação desde o momento em que se verificar a condição. a) F, V, F, F. b) F, V, F, V. c) F, V, V, V. d) V, F, V, F. e) V, V, V, V. 19. (ESAF/Auditor Fiscal/Natal/2008) Sobre os sujeitos da obrigação tributária, assinale a única opção correta. a) O sujeito ativo da obrigação tributária é, necessariamente, a pessoa jurídica de direito público titular da competência para instituir o tributo. b) Pessoa jurídica de direito privado pode figurar como sujeito ativo da obrigação tributária, haja vista o CTN prever, expressamente, a possibilidade de delegação das funções de arrecadar ou fiscalizar tributos. c) O contribuinte de fato ou de direito é considerado sujeito passivo da obrigação tributária, independentemente de possuir relação pessoal e direta com o fato gerador. d) As convenções particulares, relativas à responsabilidade pelo pagamento de tributos, não podem ser opostas à Fazenda Pública, mesmo que haja lei em sentido contrário. e) A sociedade comercial informalmente constituída pode figurar como sujeito passivo de uma obrigação tributária. 20. (ESAF/Auditor Fiscal/Natal/2008) Sobre a solidariedade e capacidade tributária, assinale a única opção correta. a) Em virtude da rigidez constitucional, que promoveu a distribuição de competências tributárias entre os entes políticos, não encontra respaldo, no ordenamento jurídico nacional, a solidariedade ativa em matéria tributária. b) Pode o poder público exigir o pagamento do IPTU tanto do proprietário como do locatário do imóvel, tendo em vista se tratar de obrigação de direito real. CURSO ON-LINE - DIREITO TRIBUTÁRIO P/ AFRFB, ATRFB, ICMS/SP E ICMS/RJ PROFESSOR: EDVALDO NILO 39 www.pontodosconcursos.com.br c) Considerando que duas pessoas detenham a propriedade de um veículo, o fisco não pode exigir apenas de um dos contribuintes o pagamento integral da exação. d) Como efeito da solidariedade, tem-se que a isenção ou remissão de crédito tributário exonera todos os obrigados, mesmo se outorgada pessoalmente a um deles. e) Na situação em que um pai detenha 60% de um imóvel e o filho, absolutamente incapaz, possua outros 40% do bem, optando o fisco em cobrar de apenas um, deve preferir o pai ao filho, em atenção ao benefício de ordem previsto no CTN. 21. (ESAF/Advogado/IRB/2006) Em relação aos sujeitos ativo e passivo da obrigação tributária avalie o acerto das afirmações abaixo. Em seguida, marque a opção correta. I. o sujeito passivo da obrigação tributária principal, em regra, é aquela pessoa que realiza o seu fato gerador. II. a capacidade tributária passiva independe da capacidade civil das pessoas naturais; porém, assim como esta, aquela também pode sujeitar-se a medidas que importem privação ou limitação do exercício de atividades civis, comerciais ou profissionais. III. sendo o sujeito passivo pessoa jurídica, sua capacidade tributária independe de estar ela regularmente constituída, nos termos do direito civil, bastando que configure uma unidade econômica ou profissional. IV. chama-se sujeito ativo da obrigação tributária a pessoa jurídica de direito público dotada da competência para exigir seu cumprimento. a) Todos os itens estão corretos. b) Há apenas três itens corretos. c) Há apenas dois itens corretos. d) Há apenas um item correto. e) Todos os itens estão errados. 22. (ESAF/Procurador da Fazenda Nacional/2006) Considerando o tema “obrigação tributária” e as disposições do CTN, marque com (V) a assertiva verdadeira e com (F) a falsa, assinalando ao final a opção correspondente. ( ) O interditado pode ser sujeito passivo da obrigação tributária. ( ) A definição legal do fato gerador não pode ser verificada se for abstraída a validade jurídica dos atos praticados. ( ) A utilização de pauta fiscal pela administração tributária é uma forma de arbitramento da base de cálculo. ( ) A obrigação acessória nasce em razão da ocorrência de um fato gerador e independe de providência da autoridade fiscal para ser exigida. a) V, V, V, V. b) F, V, F, F. CURSO ON-LINE - DIREITO TRIBUTÁRIO P/ AFRFB, ATRFB, ICMS/SP E ICMS/RJ PROFESSOR: EDVALDO NILO 40 www.pontodosconcursos.com.br c) F, V, F, V. d) V, F, V, V. e) V, F, V, F. 23. (ESAF/AFTN/1996) Assinale a opção correta: a) A capacidade ativa equivale ao conceito de competência tributária. b) Os menores de dezesseis anos, os loucos de todo o gênero e os surdos- mudos que não puderem exprimir a sua vontade são considerados juridicamente aptos à realização do fato gerador. c) A capacidade passiva tributária configura a capacidade econômica do contribuinte em sujeitar-se à imposição tributária. d) Os silvícolas não são juridicamente aptos à realização do fato jurídico tributário. e) A capacidade tributária para realizar o fato jurídico tributário depende da capacidade civil do sujeito passivo. (CESPE/Juiz de Direito/SE/2004) Uma empresa farmacêutica, irregularmente constituída e sem obter autorização do Ministério da Saúde, vendeu ilicitamente produto para emagrecimento durante período de aproximadamente um ano. Também não procedeu a empresa ao recolhimento do imposto de renda sobre os rendimentos auferidos com a venda ilícita. Em face dessa situação hipotética, julgue os itens subseqüentes. 24. Não há que se reprovar a empresa pelo não-recolhimento do imposto de renda, uma vez que, sendo a venda ilícita, não ocorre o fato gerador e, por conseguinte, a obrigação tributária. 25. O recolhimento do imposto não é devido em virtude de a empresa farmacêutica não ter sido regularmente constituída, uma vez que a inexistência de personalidade jurídica impede a ocorrência do fato gerador e o nascimento da obrigação tributária. GABARITO 1. Certa 2. D 3. B 4. B 5. B 6. A 7. D 8. E 9. B 10. D 11. E 12. A 13. A 14. D 15. A 16. B 17. C 18. C 19. E 20. A 21. B22. E 23. B 24. Errada 25. Errada
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