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E. Silva1, Matheus P. S. Cruz1, José C. J. Nascimento1, Carine L. Vasconcelos1, Welyson T. S. Ramos2 1Graduando em Ciência e Tecnologia, Instituto de Engenharia, Ciência e Tecnologia, Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, Janaúba, MG, Brasil (rabelo.silva@ufvjm.edu.br) 2Professor do Instituto de Engenharia, Ciência e Tecnologia, Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, Janaúba-MG, Brasil. (welyson.ramos@ufvjm.edu.br) Resumo: Neste trabalho é apresentado uma estratégia de ensino na disciplina de fenômenos eletromagnéticos para engajar a turma, por meio da construção e montagem de uma bobina de Helmholtz, avaliação de uma banca e apresentação em uma feira de ciência. Foi construído um par de bobinas com 80 voltas de fio de cobre esmaltado e utilizada uma fonte de computador de 12 volts para alimentação, gerando 11,5 Gauss de campo magnético. A atividade aumentou o interesse dos alunos na disciplina. Palavras-chave: materiais de baixo custo; campo magnético; ensino-aprendizagem; ensino de física; ciência e tecnologia INTRODUÇÃO Segundo TEIXEIRA (2013), o Brasil apresenta aproveitamentos insatisfatórios no ensino de ciência, sendo considerado um país com baixa “alfabetização” científica. Essa terminologia significa que os alunos brasileiros possuem deficiência na escrita, leitura, compreensão e elaboração de textos científicos, além de dificuldade na análise crítica de resultados. Isso é um problema considerado grave, considerando que a sociedade atual é cada vez mais tecnológica, de modo que essas habilidades e competências são imprescindíveis na formação cidadã dos alunos, tendo impacto direto no desenvolvimento tecnológico da nação. Particularmente, o ensino de física no Brasil, tanto a nível básico quanto superior, é um dos mais problemáticos, quando comparado às outras disciplinas. Isso ocorre por diversos fatores, mas os principais discutidos na literatura são a falta de infraestrutura na escola, incluindo a ausência de equipamentos, livros, e formação adequada dos docentes que lecionam física (CARMO, 2018; WAISELFISZ, 2009); e metodologias de ensino pouco atrativa (MELO et al., 2015), como a resolução de exercícios repetitivos, tanto numéricos quanto conceituais. De fato, como afirma Freire (1974), o ensino deve estar atrelado a um processo significativo, de modo que é necessária a existência de uma relação entre o que é ensinado e uma estrutura cognitiva mínima do indivíduo, associada àquele conhecimento. Assim, o aprendizado ocorre a partir do debate de ideias, sendo que nesse processo tanto alunos quanto professores compartilham seus conhecimentos, e na verdade ambos aprendem. Nessa perspectiva, o ensino de física também pode explorar situações cotidianas ou situações atrativas que estimulem a curiosidade dos alunos. A sociedade atual está repleta de problemas que necessitam de conhecimentos de física para sua resolução, e tecnologias cuja base de concepção e funcionamento são fundamentadas em fenômenos físicos. A física está presente em diferentes contextos, tais como televisão, rádio, celular, computador, máquinas, motores, equipamentos médicos, sistemas biológicos e químicos, entre outros. A utilização de atividades lúdicas e de construção de equipamentos por parte dos alunos, muitas vezes chamadas de metodologia hands on, vem se mostrando na literatura uma metodologia interessante para melhorar a síntese de conteúdos de física, permitindo e estimulando a junção de atividades teóricas e a práticas (SASSERON,2010). Neste trabalho é apresentado uma estratégia de ensino implementada na disciplina de fenômenos eletromagnéticos, na Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM), campus Janaúba, e o trabalho gerado por um grupo dealunos dessa disciplina no projeto e construção de uma bobina de Helmholtz, com materiais de baixo custo, mailto:ana.cabral@ufvjm.edu.br para o ensino de magnetismo. O texto está estruturado para relatar duas etapas do trabalho, a saber: a metodologia utilizada na proposição das atividades para os discentes, enquanto alunos da disciplina de fenômenos eletromagnéticos; e a etapa de desenvolvimento da bobina de Helmholtz pelos discentes. A segunda etapa está descrita nesse trabalho da seguinte maneira: referencial teórico, discutindo os conceitos básicos acerca da bobina de Helmholtz; materiais e métodos utilizados na construção da bobina; resultado e discussão; relato de experiência; e conclusão. MATERIAL E MÉTODOS Este trabalho surgiu a partir da busca por metodologias atrativas para o ensino de eletromagnetismo, na disciplina de fenômenos eletromagnéticos, na Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM), Campus Janaúba, no semestre 2019/2. Foi aplicada uma metodologia popularmente conhecida como hands-on, traduzida para o português como mão na massa, baseada no projeto e fabricação de equipamentos, para a experimentação em física e desenvolvimento de conceitos teóricos associados à disciplina e a temas de pesquisa. Na época do desenvolvimento deste trabalho, a turma foi dividida em equipes, com cerca de 5 alunos. A cada equipe foi sugerido um trabalho final, envolvendo uma temática da disciplina fenômenos eletromagnéticos, no qual os discentes deveriam projetar e construir um equipamento para experimentação em física. Além disso, desenvolver um relatório associado ao experimento, explorando os aspectos teóricos envolvidos na disciplina e apresentando aplicações. O equipamento e material produzido seria ao final doado para o laboratório de física da universidade. No início do semestre foi combinado com os alunos que eles seriam avaliados por uma banca externa, composta por docentes e técnicos da instituição. Os alunos teriam que ao final do semestre organizar na sala de aula um ambiente semelhante a uma feira de ciência, onde haveria apresentação pública dos trabalhos. A avaliação da banca seria nesse ambiente, com o intuito de avaliar desenvoltura, postura, conhecimento técnico teórico e prático, entre outras coisas. Naquela oportunidade, o docente da disciplina foi convidado para participar de uma Feira de Ciência na Escola Joaquim Mauricio de Azevedo, localizada no município de Janaúba - MG. Então, foi sugerido aos alunos, como “premiação”, que os melhores trabalhos e apresentações seriam levados para participar da Feira de Ciência, sendo na verdade uma estratégia motivacional para a realização das atividades. No caso particular deste trabalho, a temática do grupo foi o ensino de magnetismo. O grupo decidiu projetar e construir uma bobina de Helmholtz, como ilustrado na Figura 1. O projeto consiste em um par de bobinas circulares de mesmo raio R e mesmo número de espira, dispostas “frente a frente” e distantes entre si por uma distância equivalente ao raio das bobinas, alimentado por um circuito composto por uma fonte de corrente contínua e um resistor. Figura 1. Ilustração de um aparato experimental da bobina de Helmholtz, consistindo em um par de bobinas e um sistema de alimentação. Os alunos decidiram utilizar esse aparato experimental para calcular a magnitude do campo magnético terrestre, por meio da influência do campo magnético gerado pelo par de bobinas sobre uma bússola posicionada no centro entre as bobinas. REFERENCIAL TEÓRICO A bobina de Helmholtz é um equipamento desenvolvido e idealizado por Hermann Ludwig Ferdinand von Helmholtz (1821–1894), que pode ser utilizada com corrente contínua (CC) ou alternada (AC). Na configuração mostrada na Figura 1, quando a distância de separação entre as bobinas é igual aos raios das bobinas, observa-se na região entre as bobinas um campo magnético uniforme (ROBERT, 2003). Por outro lado, para distâncias diferentes de R entre as bobinas observa-se um campo magnético não uniforme �⃗� , como mostrado na Figura 2. Figura 2. Ilustração de uma garrafa magnética. �⃗� representa a velocidade da partícula, �⃗� o campo magnético e 𝐹 a força magnética. A operação básica desses sistemas, para a geração de campo magnético, e de sua aplicação pode ser analisada classicamente a partir das equações de Maxwell (GRIFFITHS, 2007), ∇ ∙ �⃗� = 𝜌 𝜀0 , (1) ∇ ∙ �⃗� = 0, (2) ∇ × �⃗� = − 𝜕�⃗� 𝜕𝑡 , (3) ∇ × �⃗� = 𝜇0 (𝑖 + 𝜀0 𝜕�⃗� 𝜕𝑡 ), (4) onde 𝛻 representa o operador diferencial, utilizado no cálculo, sendo ∙ o produto escalar, que neste caso é chamado de divergente, e × o produto vetorial, que nessa operação é chamado de rotacional (GRIFFITHS, 2007). Ainda, �⃗� é o vetor campo elérico, �⃗� o vetor indução magnética, 𝜀0 e 𝜇0 são a permissividade elétrica e permeabilidade magnética, respectivamente, 𝜌 a densidade de carga, 𝑖 representa corrente e 𝑡 tempo. Em linhas gerais, as Equações de (1) a (4), mais as relações constitutivas, descrevem matematicamente como fontes (cargas e correntes) geram os campos elétricos e magnéticos (REITZ et al., 1982). Ademais, as equações (3) e (4) descrevem também, respectivamente, como a variação de um campo magnético induz a criação de campo elétrico, e vice- versa. A Equação (4) aponta a corrente como fonte de campo magnético na ausência de campos elétricos variáveis. O operador rotacional demonstra a natureza do campo magnético �⃗� gerado, que gira em torno de uma corrente i. De fato, a produção de campo magnético pela bobina de Helmholtz usa esse princípio. O sistema de alimentação, mostrado na Figura 1, funciona como fonte de corrente para as bobinas. O campo magnético gira em torno das bobinas. As bobinas são ligadas em séries para possuírem a mesma corrente elétrica. Além disso, a mesma quantidade de voltas garante que a intensidade do campo magnético gerada pelas bobinas seja a mesma. Por fim, vale ressaltar que geralmente as bobinas são ligadas de modo que as correntes (I) tenham o mesmo sentido, como mostrado na Figura 2, para que os campos não tenham sentido opostos. Porém em algumas situações práticas as bobinas são ligadas de modo que as correntes estejam opostas. A física básica associada a aplicação desse sistema está relacionada a interação das cargas elétricas em movimento com o campo magnético. Em linhas gerais, considerando cargas pontuais, uma carga elétrica em movimento está sujeita a uma força 𝐹 𝐵 , dada por (JEWETT E SERWAY, 2017) 𝐹 𝐵 = 𝑞�⃗� × �⃗� , (5) quando passa por uma região que possui campo magnético, como mostrado na Figura 2. Na Equação (5), q representa a carga elétrica, �⃗� a velocidade e �⃗� o campo magnético. Devido ao produto vetorial, note que a força magnética é sempre perpendicular à velocidade da partícula e a direção do campo magnético. Uma curiosidade, que surge dessa expressão, é a não realização de trabalho pelo campo magnético, ou seja, a força expressa na Equação (5) é capaz apenas de modificar a direção do vetor velocidade (HALLIDAY et al., 2014). Contudo, efeitos físicos interessantes podem ser observados quando uma carga elétrica adentra uma região com campo magnético. No caso de campos magnéticos uniformes, como é o caso da bobina de Helmholtz, se a velocidade da partícula for perpendicular ao campo, a força magnética produz um movimento circular na trajetória da partícula em um plano perpendicularao campo magnético. Desse fato, deriva-se o conceito de frequência de cíclotron, associado a frequência angular do movimento, que não depende da velocidade da partícula (JEWETT E SERWAY, 2017). A frequência cíclotron é muito importante, utilizada em aceleradores de partículas, habitualmente chamados de aceleradores cíclotron (HALLIDAY et al., 2014). Por outro lado, no caso da velocidade da partícula carregada possuir uma angulação qualquer em relação ao campo magnético, sua trajetória será em forma de hélice. No caso especial, cujo movimento da partícula apresenta componente paralela a um campo magnético uniforme, a partícula apresentará trajetória helicoidal, semelhante à Figura 2, com órbitas circulares em um plano perpendicular ao campo magnético (SEARS et al., 2008). No caso de campos magnéticos não uniformes, como o mostrado na Figura 2, o movimento da partícula é mais complicado de descrever. Porém, também há várias aplicações associadas a essa configuração de campo magnético. Por exemplo, no confinamento de plasma, gás que consiste em íons e elétrons, que no futuro pode ser útil para o controle da fusão nuclear (JEWETT E SERWAY, 2017). Outra aplicação, realizada pela própria natureza, é na formação dos cinturões de radiação Van Allen (SEARS et al., 2008), mostrado na Figura 3. Nesse caso, o campo não uniforme da Terra consegue aprisionar partículas carregadas vindas do cosmos, principalmente do Sol. Em algumas regiões da Terra, mais especificamente nos polos, onde os cinturões estão mais próximos da superfície terrestre, pode ocorrer colisões entre as partículas aprisionadas no campo magnético e átomos da atmosfera terrestre, o que possibilita a emissão de luz visível (HALLIDAY et al., 2014). A luz proveniente dessas emissões dá origem à chamada aurora boreal, no hemisfério norte, e a aurora austral no hemisfério sul. Outro fato interessante é a distorção do campo magnético terrestre por uma quantidade muito grande de partículas carregadas aprisionadas nos cinturões de Van Allen, permitindo que uma aurora possa ser visualizada de outros pontos da superfície terrestre (JEWETT E SERWAY, 2017). Figura 3. Ilustração dos cinturões de Van Allen. Em azul as linhas de campo magnético. As hélices em vermelho representam partículas carregadas presas ao campo magnético da Terra. Na verdade, a interação do campo magnético com partículas carregadas possibilita várias aplicações, como o espectrômetro de massa de Bainbridge, aceleradores de partículas, equipamentos médicos, medidas de susceptibilidade magnética, calibração de equipamentos, estudos de desenvolvimento celular animal, estudos de desenvolvimentos de fungos, estudo de desenvolvimento de bactérias, medidas de magneto resistência, entre outros (SEARS et al., 2008; JEWETT E SERWAY, 2017; HALLIDAY et al., 2014). Especificamente, a bobina de Helmholtz é muito utilizada em atividades de ensino, principalmente em experimentos para determinar o campo magnético terrestre e a carga específica de elétrons. O cálculo do campo magnético B da bobina de Helmholtz: Por simplicidade e critérios de simetria, geralmente, o campo magnético é calculado no centro entre as bobinas. Nesse ponto, não há fontes de correntes, portanto a Equação (4) reduz a ∇ × �⃗� = 0, (6) Nesse caso, o campo magnético pode ser escrito como o gradiente de um potencial escalar V, �⃗� = −∇𝑉. (7) Substituindo a Equação (7) na Equação (2), obtém-se a equação diferencial de Laplace da magnetostática para a bobina de Helmholtz ∇2𝑉 = 0. (8) A solução analítica da Equação (8) é dada por (MACHADO, 2004) 𝑉(𝑟, 𝜃) = ∑ (𝐴𝑛𝑟 𝑛 + 𝐵𝑛 𝑟𝑛+1 )∞𝑛=0 𝑃𝑛(𝑐𝑜𝑠𝜃), (9) onde 𝑃𝑛(𝑐𝑜𝑠𝜃) é o polinômio de Legendre, An e Bn são constantes e (r, 𝜃) correspondem às coordenadas esféricas no ponto de interesse sobre o eixo x da Figura 1. Segundo Robert (2003), após alguns desenvolvimentos matemáticos e considerações físicas, a expressão para a densidade de fluxo magnético, no caso de uma bobina com núcleo de ar é dada por 𝐵 = 8𝜇0𝑁𝐼 5√5𝑅 (10) Onde R é o raio da bobina, N o número de espiras, I a corrente fluindo no sistema. Vale destacar que essa configuração permite gerar apenas um campo magnético uniforme de baixa intensidade na região que separa as bobinas (OLIVEIRA, 2017). O cálculo do campo magnético da Terra usando a bobina de Helmholtz: Uma bússola é um sistema formado basicamente por uma agulha que se comporta como ímã, possuindo um momento de dipolo magnético, e orientando-se pelo magnetismo terrestre (HALLIDAY et al., 2014). Logo, a agulha de uma bússola permite determinar a direção e o sentido do campo magnético da Terra. Usando a bobina de Helmholtz há alguns procedimentos para calcular o valor do campo magnético terrestre local. Isso porque um campo magnético uniforme �⃗� da bobina de Helmholtz exerce um torque 𝜏 sobre um dipolo magnético 𝜇 da agulha (NUSSENZVEIG, 2015) 𝜏 = 𝜇 × �⃗� . (11) Nesse caso, o campo da bobina pode deslocar a agulha da bússola da posição de equilíbrio. A partir desse efeito há pelo menos três possibilidades para se calcular o campo magnético terrestre, a saber (TOGINHO FILHO e LAURETO, 2009): a partir do período de pequenas oscilações angulares da bússola em torno da posição de equilíbrio; a partir do campo vetorial resultante; e a partir do equilíbrio indiferente, fazendo o alinhamento do eixo da bobina de Helmholtz paralelamente ao campo magnético terrestre, mas com campo em sentido oposto. MATERIAL E PROCEDIMENTOS DE CONSTRUÇÃO DA BOBINA DE HELMHOLTZ Para a montagem das bobinas foram utilizados 52 metros de fios de cobre esmaltado de 0.5 mm de diâmetro. Como molde foi usado um tubo de PVC de 100 mm de diâmetro. Cada bobina foi enrolada com 80 voltas. Ambas as bobinas foram enroladas manualmente, no mesmo sentido e ligadas em série. Para estabilizar a geometria circular durante a montagem, foram utilizadas braçadeiras plásticas e uma mistura de supercola com bicarbonato de sódio. Uma placa de madeira de 50 mm x 120 mm foi fixada na base das bobinas para mantê-las posicionadas paralelamente a uma distância de 50 mm. O fio de cobre utilizado nesse projeto foi doado por um empresário da região, sendo os fios reaproveitados de motores. O sistema de alimentação da bobina de Helmholtz foi montado usando uma fonte de computador. Além disso foram utilizados 2 (dois) resistores de 100 Ω, com 5 W de potência, ligados em paralelo. A montagem do sistema foi semelhante à mostrada na Figura 1. Para testes iniciais foi usada uma fonte de tensão variável com saída máxima de 12V em corrente contínua e multímetro do laboratório de física do curso interdisciplinar em ciência e tecnologia da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, UFVJM, campus Janaúba. O multímetro foi utilizado para estabelecer as correntes presentes no sistema. Os alunos tentaram calcular o campo magnético terrestre local usando uma bússola, por meio das práticas descritas por TOGINHO FILHO e LAURETO (2009) e FINAZZO (2010). A intensidade do fluxo magnético gerado pela bobina projetada, no centro entre as bobinas, foi calculado apenas teoricamente usando a expressão da Equação (10). RESULTADOS E DISCUSSÃO Na figura 4 é apresentada a bobina de Helmholtz desenvolvida. Com essa configuração foi possível observar uma corrente máxima de 800 mA. Nessa corrente o valor de campo magnético no centroda bobina foi de aproximadamente 11,5 Gauss. Ainda, foi verificado um alto aquecimento da bobina. Figura 4. Bobina de Helmholtz, desenvolvida por discentes da UFVJM, Campus Janaúba. Com a bússola foi possível verificar um bom funcionamento da bobina de Helmholtz montada. Porém, muitos desafios se sucederam antes da montagem final do equipamento. E a experimentação completa para calcular o campo magnético terrestre não foi possível. Na realidade, o equipamento só entrou em funcionamento correto um dia antes da apresentação para a banca avaliadora. De modo que não houve tempo hábil para os testes sugeridos TOGINHO FILHO e LAURETO (2009) e FINAZZO (2010). Contudo, apesar das dificuldades encontradas para implementar esse aparato experimental, o processo de construção envolvendo a revisão de literatura foi muito enriquecedor e atrativo. Foi possível observar diferentes contextos de aplicação para uma temática e a necessidade de conhecimento de diversas disciplinas básicas e avançadas do curso interdisciplinar em ciência e tecnologia (BC&T). Ficou e evidente para os autores que esse tipo de metodologia proporcionou melhor engajamento da turma e uma aprendizagem significativa, o que aumentou o interesse dos alunos do grupo pela disciplina. Além disso, a necessidade de um relatório final e a possibilidade de apresentação para uma banca avaliadora e em uma feira de ciência surtiu efeitos positivos na disciplina, motivando os alunos a estudarem a parte teórica com mais afinco. Em particular etapa de apresentação foi uma das condicionantes mais motivadoras na metodologia, segundo alguns alunos, pois os discentes gostariam de realizar uma boa apresentação, tanto em termos de explicação quanto de experimentação. RELATO DE EXPERIÊNCIA Nesta seção, nós os autores gostaríamos de relatar, em primeira pessoa do singular, um pouco da nossa experiência na execução das atividades discutidas nesse trabalho, utilizando metodologias ativas de construção de equipamento. Leonardo R. E. Silva: Sou discente na UFVJM, Campus Janaúba, no curso interdisciplinar em Ciência e Tecnologia (BC&T). Iniciei o curso no primeiro semestre do ano de 2018. No meu 4° período de curso, no segundo semestre de 2019, fiz a matrícula para a disciplina de fenômenos eletromagnéticos, popularmente chamada de física III. A disciplina tinha um histórico de reprovação e evasão elevados, isso me deixou muito temeroso em relação ao meu desempenho na matéria, porém, não foi algo que perpetuou, após o professor da disciplina apresentar a metodologia de ensino que ele iria utilizar naquele semestre. Incialmente achei o estudo dos conteúdos ficariam mais interessante com uma elaboração de atividades práticas e realmente incluindo os alunos no desenvolvimento de projetos úteis para o cotidiano e para a aprendizagem. Pessoalmente, após o encerramento da disciplina percebi que os projeto executado agregou bastante para minhas capacidades técnicas como um futuro engenheiro que pretendo ser. Durante a execução desse trabalho foi atribuído ao meu grupo a construção de uma bobina de Helmholtz. A princípio o objetivo inicial era estudar os efeitos de um campo magnético e fazer uma aproximação do campo magnético terrestre através das bobinas. Para viabilizar o projeto foi pensado em construir equipamentos de baixo custo isto acabou criando situações com pontos fracos e fortes. A grande vantagem na minha opinião foi construir o equipamento com materiais simples, com coisas que teoricamente seria fáceis de encontrar. Contudo, conseguir os materiais demandou muito tempo, o que consequentemente trouxe atraso para a montagem e testes do equipamento. O projeto culminou em uma apresentação feita em uma feira de ciências escolar, durante a exibição os próprios alunos puderam manusear a bobina e esclarecer os conceitos do campo magnético para os alunos e visitantes da feira. O encerramento do projeto se deu com a apresentação do relatório final do projeto apresentando uma revisão teórica sobre o funcionamento e aplicações da bobina de Helmholtz. Matheus P. S. Cruz: Sou, discente do curso interdisciplinar em ciência e tecnologia. Eu ingressei na UFVJM no ano de 2018. No semestre 2019/2 eu me matriculei na unidade curricular de fenômenos eletromagnéticos, matéria temida por sua forte relação com o cálculo. No princípio tive receio pelo que era contado pelos veteranos do curso, mas, no decorrer do semestre aquele medo todo foi se perdendo quando o professor foi trabalhando o conteúdo da unidade curricular voltada aos conceitos físicos aplicados, conseguindo, na minha percepção, fazer a turma ficar a tenta aos conceitos de física III no nosso cotidiano e também em outra disciplina do BC&T. Ao desenvolver o projeto e construção de protótipos relacionados aos temas trabalhados em sala de aula, tive uma absorção ainda maior do conteúdo. Isso ocorreu devido ao fato da necessidade de pesquisar em outras fontes além do livro texto, tais como artigos, livros diversos, vídeos e aulas online, para conseguir construir e reproduzir a bobina de Helmholtz. Após meses de pesquisa eu e meu grupo, conseguimos construir, calcular e reproduzir a bobina. Ao final do desenvolvimento desse projeto participamos de uma feira de ciências, onde podemos perceber a facilidade em passar os conceitos físicos para às pessoas, sob uma ótica diferente, aplicada. A experiência com a feira de ciência foi gratificante e satisfatória, pois percebemos que a linguagem utilizada facilitou a assimilação dos conceitos físicos que queríamos apresentar pelo público da feira. Carine L. Vasconcelos: Sou discente da UFVJM, campus Janaúba/ MG. Ingressei na faculdade no ano de 2018 no curso Interdisciplinar Bacharelado Ciência e Tecnologia. Iniciei as matérias de física no segundo semestre com física I e terceiro semestre em física II. No quarto semestre me matriculei em Fenômenos Eletromagnéticos, física III lecionada pelo professor Dr. Welyson Ramos. No início tive muita dificuldade em me adaptar, pois a parte teórica da disciplina envolvia muito cálculo diferencial e integral. No entanto, foram executados métodos explicativos junto a atividades práticas que facilitaram o meu aprendizado. Dentre estas atividades, foi proposto ao meu grupo a construção da bobina de Helmholtz e o desenvolvimento de um processo experimental para medir o campo magnético terrestre local. A ideia inicial era projetar e montar um protótipo com materiais de baixo custo e reutilizáveis. Tivemos muitas dificuldades no trajeto, principalmente para conseguir os equipamentos, e na pesquisa bibliográfica sobre a temática. Persistimos nas pesquisas e a montagem do projeto foi desenvolvido acompanhado de uma longa apresentação do tema. Por fim, o projeto foi apresentado na feira de ciência da cidade, onde discutimos e expomos o nosso conhecimento diante do tema inserido na bobina. Welyson T. S. Ramos: Vou descrever minha experiência sob a ótica de professor da disciplina e orientador das atividades. Primeiro, é preciso mencionar que os alunos não conseguiram concluir toda a atividade, dentro do prazo da disciplina. Esse trabalho visa refletir a realidade da implementação de atividades práticas, quando não há recursos disponíveis, sendo por isso, que não foi apresentado os cálculos do campo magnético terrestre local. Entretanto isso foi feito posteriormente pelos alunos. No meu ponto de vista a ausência de alguns resultados não tiraram o brilho do projeto da equipe. Na verdade, o resultado obtido por eles foi muito além do esperado por mim, pois os alunos não se contentaram em reproduzir artigos e sim, desenvolveram seu próprio protótipo, considerando os recursos materiais que conseguiram. Ao final do semestre, os alunos estavam preocupadosse iriam conseguir apresentar seus trabalhos. Inclusive, a banca não esperava a qualidade técnica dos equipamentos montados e da explicação dada por eles. Como ponto negativo, posso ressaltar a falta de recursos financeiros e materiais para o desenvolvimento desse tipo de projeto. Contar com doações pode efetivamente inviabilizar a realização das atividades. Porém, há muitos pontos positivos que posso destacar que: no desenvolvimento dessa atividade, os alunos me procuraram muito mais no horários de dúvidas, que habitualmente para resolver exercícios; percebi ainda que essa atividade motivou a busca de conhecimentos em várias fontes de conhecimento, e ajudou e melhorar a escrita científica; o projeto estimulou a melhoria na capacidade de comunicação científica e a importância da divulgação cientifica, por meio das apresentações para a banca avaliadora e na feira de ciência; percebi que os alunos no início do semestre tinham muito preconceito acerca da física (em geral, não só fenômenos eletromagnéticos), e ao final da disciplina muitos alunos apresentaram maior interesse em desenvolver atividades na área da física - por exemplo, no caso desse trabalho, dois discentes se interessaram em desenvolver o trabalho de conclusão de curso (TCC) na temática, um voltado para o ensino de física, e outro para a pesquisa da influência de campos magnéticos no desenvolvimento de fungos filamentosos. CONCLUSÃO Neste trabalho foi apresentado um relato de experiência e uma estratégia de ensino utilizada na disciplina de fenômenos magnéticos para engajar a turma. Os alunos foram motivados a projetar e construir uma bobina de Helmholtz e submeter seu trabalho à avaliação de uma banca e apresentar em uma feira de ciência. Foi construído um par de bobinas com 80 voltas de fio de cobre esmaltado e utilizada uma fonte de computador de 12 volts para alimentação, gerando 11,5 Gauss de campo magnético no centro entre as bobinas, calculado teoricamente. A atividade prática aumentou o interesse dos alunos na disciplina e incentivou a melhoria na comunicação e divulgação científica, além de estreitar a relação professor-aluno, aumentando o engajamento na disciplina. AGRADECIMENTOS Este trabalho foi realizado com o apoio de comerciantes da cidade de Janaúba REFERÊNCIAS CARMO A. J. Evasão universitária: repercussões na trajetória e no projeto de vida dos jovens. 2018. FINAZZO, S. 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