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CRASE LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSORA PÂMELA DAMASCENO Acento Sinal •Tônico • nasalização ~ •Circunflexo •Grave (`) CRASE Sílaba forte Sílaba anasalada CRASE Crase é a fusão de duas vogais da mesma natureza. No português atual, assinalamos com um acento grave (`) a crase do “a”: duas vogais - fusão de uma preposição “a” com um artigo definido feminino “a”. > A crase não é um fenômeno fonético necessariamente marcado pelo acento grave (`) – aguardente (água + ardente). > O acento grave pode ser empregado mesmo não havendo situações para a ocorrência do fenômeno crase – contexto em que será aplicado como diferencial semântico. CRASE A (preposição) + A, AS (artigo definido) = acento grave (`) A (preposição) + A QUAL, AS QUAIS (pron. relativos femininos) = (`) A (preposição) + AQUELE(S), AQUELA(S), AQUILO = acento grave (`) A (preposição) + A (pronome demonstrativo) = acento grave (`) REGRA GERAL: Haverá crase sempre que (cumulativamente): • o termo regente exigir a preposição “a”; • o termo regido for compatível com o artigo “a”. Exemplo: Fui a a cidade. (preposição + artigo feminino) Fui à cidade. OBSERVAÇÃO > Para saber se o termo regente exige ou não a preposição, pode- se fazer uso do seguinte artifício: permuta-se o termo regido por um substantivo masculino à frente do qual só pode ocorrer o artigo “o”, que contrasta com a preposição “a”, deixando evidente (“ao”) se ela ocorre ou não. > Para testar se o termo regido é compatível com o artigo, basta colocá-lo no início da frase, como sujeito de um predicado formado pelo verbo “ser” + um adjetivo. CASOS EM QUE NUNCA OCORRE CRASE: >Antes de masculino: Ex:“Caminhava a passo lento.” > Antes de verbo: Ex:“Estou disposto a falar.” > Antes de pronomes em geral: Ex:“Eu me referi a esta menina”. a ela. > Antes de pronomes de tratamento: Ex:“Dirijo-me a Vossa Senhoria”. Há três pronomes de tratamento que aceitam o artigo e, consequentemente, a crase: senhora, senhorita e dona. EXCEÇÃO > Há três pronomes de tratamento que aceitam o artigo e, consequentemente, a crase: senhora, senhorita e dona. > Obviamente, haverá crase antes dos pronomes que aceitam o artigo, tais como: mesma e própria. >Em expressões formadas de palavras repetidas: Ex:“Venceu de ponta a ponta”. > Antes de nomes de cidades (‘locativos’): Ex:“Cheguei a Curitiba”. Se o nome da cidade vier determinado por algum adjunto adnominal, ocorrerá a crase. “A” (sem “s” de plural) antes de nome plural: Ex:“Falei a crianças”. Se ocorresse artigo nesse caso, deveria aparecer no plural (as) por imposição da concordância. A fusão de a + as apenas poderia resultar em “às”. Antes de artigos indefinidos “um” e “uma”: Ex: “Assisti a uma boa partida”. CASOS EM QUE SEMPRE OCORRE CRASE: Na indicação pontual do número de horas: Ex:“Às duas horas chegamos”. Com expressão “à moda de” - expressa ou inferida Ex:“Escrevia à (moda de) Alencar”. (subentender, antes de substantivos femininos ou masculinos, a ideia “a moda de”/ “a maneira de”) Nas expressões adverbiais femininas (locuções fem.): Ex: à noite; às vezes; à espera; às avessas; às pressas; à procura; à vista; às moscas; à força; à fantasia, à medida que; à proporção que; à sombra, à direita; à esquerda, à frente, à máquina; à mão, etc Nesses casos, em que há expressões adverbiais femininas, o acento grave é usado como um diferencial semântico. Graças a essa propriedade de distinguir o adjunto adverbial de outras funções (suj ou objeto), marca-se com acento grave o “a” que precede expressões adv. fem., mesmo que, em algumas delas, não se dê a fusão do “a” (preposição) com o “a” (artigo). O uso do acento grave em locuções adverbiais femininas que se referem a verbos - exprimindo circunstâncias - é sempre correto, exceto quando tais expressões se iniciem por pronomes indefinidos, ou pelos demonstrativos “esta” e “essa”’. Ex: “A essa época, o Brasil era colônia.” Antes de substantivo feminino quando o verbo ou o nome admitem preposição “a” : Ex:“Chegou à praia”. “Amor à vida.” USO FACULTATIVO DA CRASE: Antes de nomes de pessoa femininos (subst. próprios femininos) : Ex:“Falei à, a Maria”. Antes de pronomes possessivos femininos: Ex:“Falei à sua classe”. Antes de nomes de pessoas fem. ou pronomes possessivos fem. pode ou não ocorrer o artigo, justamente por essa razão, nesses casos, o acento grave é opcional. Depois da preposição “até”: Se a preposição “até” vier seguida de um nome feminino, poderá ou não ocorrer a crase. Tal ocorrência se dá porque essa preposição pode ser empregada sozinha – logo, não ocorrendo crase – ou em locuções com a preposição “a” – ocorrendo, nesse contexto, crase. Ex:“Chegou até à / a praia”. CASOS ESPECIAIS: Antes de CASA: Ex:“Voltei a casa cedo”. “Voltei à casa dos seus pais”. A palavra “casa”, no sentido de “lar”, de “residência própria de alguém”, se não vier determinada por um adjunto adnominal, não aceita o artigo, portanto não ocorre a crase. Por outro lado, se vier determinada (especificada) por um adjunto adnominal, aceita o artigo e ocorre a crase. Antes de TERRA: Ex:“Os marinheiros chegaram a terra”. “Eles chegaram à terra dos antepassados”. A palavra “terra”, no sentido de “chão firme” (solo), tomada em oposição a mar ou ar, não aceita o artigo se não vier determinada, e não ocorre a crase. Por outro lado, se vier determinada - referindo-se à origem, a local de nascimento -, a palavra terra aceita o artigo, e ocorre a crase. Com a palavra DISTÂNCIA: Ex:“Gostava de fotografia a distância”. “Sua casa fica à distância de dois metros.”. Não ocorre crase com a palavra “distância” quando não houver especificação. Entretanto, se a palavra “distância” estiver especificada, determinada, a crase deve ocorrer. Antes de pronome relativo (quem; cujo; a qual; as quais): Ex:“Compreendo a situação a cuja gravidade você se referiu”. “Essa é a festa à qual me referi”. (evento ao qual me referi). Antes dos pronomes relativos quem e cujo não ocorre crase em hipótese alguma: tais pronomes são incompatíveis com o artigo “a”. Antes dos relativos a qual ou as quais ocorrerá crase se o masculino correspondente for ao qual, aos quais. Com os pronomes demonstrativos aquele(s), aquela(s), aquilo: Ex:“Falei àquele amigo”. “Fez referência àquelas situações”. “Aspiro a isto e àquilo”. Sempre que o termo regente exigir a preposição a e vier seguido dos pronomes demonstrativos aquele, aqueles, aquela, aquelas, aquilo, haverá crase. Sugestão: substituir por “este”, “esta”, “isto”. • Com os pronomes demonstrativos aquele(s), aquela(s), aquilo: Antes de que: Antes de que, nunca ocorre crase da preposição a com o artigo a. Ex: “Esta é a cena a que me referi.” Antes de que: Pode, entretanto, ocorrer antes do que uma crase da preposição a com o pronome demonstrativo a (equivalente a aquela). Se, com antecedente masculino equivalente, ocorrer ao que/ aos que, há crase com o feminino. Ex: “Houve um palpite anterior ao que você deu.” “Houve uma sugestão anterior à que você deu.” USO DO HÁ E DO A: Nas expressões indicativas de tempo, é preciso não confundir a grafia do “a” preposição com a do “há” verbo: Ex:“Daqui a 35 minutos termina a partida”. “Há (faz) pouco recebi o seu email”. • “a” preposição indica tempo futuro (a transcorrer); • “há” verbo - verbo haver - indica tempo passado (já transcorrido), e equivale a faz. QUESTÕES (CESGRANRIO) O sinal indicativo da crase deve ser aplicado em qual das sentenças abaixo? (A) Ele é um cavalheiro a moda antiga. (B) Estarei na ilha a partir de amanhã. (C) O sabiá é admirado devido a seu belo canto. (D) Daqui a uma hora se iniciará o recital. (E) O pomar fica próximo a uma horta. (CESGRANRIO/2010) O sinal indicativo da crase deve ser aplicado em qual das sentenças abaixo? (A) Ele é um cavalheiro a moda antiga. (B) Estarei na ilha a partir de amanhã. (C) O sabiá é admirado devido a seu belo canto. (D) Daqui a uma hora se iniciará o recital. (E) O pomar fica próximo a umahorta. (CESGRANRIO/2014) Os trechos à esquerda foram retirados do Texto I, e as expressões em destaque foram substituídas por outras no feminino. O trecho em cuja reescritura o sinal indicativo de crase está usado de acordo com a norma-padrão é: (A) “dei com o bichinho ali mesmo” (l.28-29) – dei com à boneca ali mesmo (B) “confidenciei a um amigo” (l. 39) – confidenciei à amiga (C) “põem o guarda-chuva na cama” (l. 44-45) – põem à colcha na cama (D) “Contou-me ainda o sobrinho do monstro” (l. 54) – Contou-me ainda à sobrinha do monstro (E) “(...) se achar o cigarro” (l. 69) – se achar à cigarrilha (CESGRANRIO/2014) Os trechos à esquerda foram retirados do Texto I, e as expressões em destaque foram substituídas por outras no feminino. O trecho em cuja reescritura o sinal indicativo de crase está usado de acordo com a norma-padrão é: (A) “dei com o bichinho ali mesmo” (l. 28-29) – dei com à boneca ali mesmo (B) “confidenciei a um amigo” (l. 39) – confidenciei à amiga (C) “põem o guarda-chuva na cama” (l. 44-45) – põem à colcha na cama (D) “Contou-me ainda o sobrinho do monstro” (l. 54) – Contou-me ainda à sobrinha do monstro. (E) “(...) se achar o cigarro.” (l. 69) – se achar à cigarrilha (CESGRANRIO/2015) O sinal indicativo da crase é obrigatório, de acordo com a norma-padrão da Língua Portuguesa, na palavra destacada em: (A) O atendimento a necessidades de imediatismo da so-ciedade justifica o crescimento das formas de paga-mentos digitais. (B) Os sistemas baseados em pagamentos móveis têm chamado a atenção pela sua propagação em todo o mundo. (C) A opção pelas moedas digitais está vinculada a possibilidade de diminuir as operações financeiras com a utilização do papel-moeda. (D) Algumas tendências observadas no comportamento do consumidor e nas tecnologias devem influenciar a infraestrutura dos bancos. (E) Os clientes tradicionais dos bancos já se acostumaram a utilizar suas agências para efetuar suas ativida-des de negócio. (CESGRANRIO/2015) O sinal indicativo da crase é obrigatório, de acordo com a norma-padrão da Língua Portuguesa, na palavra destacada em: (A) O atendimento a necessidades de imediatismo da so-ciedade justifica o crescimento das formas de paga-mentos digitais. (B) Os sistemas baseados em pagamentos móveis têm chamado a atenção pela sua propagação em todo o mundo. (C) A opção pelas moedas digitais está vinculada a possibilidade de diminuir as operações financeiras com a utilização do papel-moeda. (D) Algumas tendências observadas no comportamento do consumidor e nas tecnologias devem influenciar a infraestrutura dos bancos. (E) Os clientes tradicionais dos bancos já se acostumaram a utilizar suas agências para efetuar suas ativida-des de negócio. (CESGRANRIO/2015) O sinal indicativo da crase é obrigatório, de acordo com a norma-padrão da Língua Portuguesa, na palavra destacada em: (A) O atendimento a necessidades de imediatismo da so-ciedade justifica o crescimento das formas de paga-mentos digitais. (B) Os sistemas baseados em pagamentos móveis têm chamado a atenção pela sua propagação em todo o mundo. (C) A opção pelas moedas digitais está vinculada a possibilidade de diminuir as operações financeiras com a utilização do papel-moeda. (D) Algumas tendências observadas no comportamento do consumidor e nas tecnologias devem influenciar a infraestrutura dos bancos. (E) Os clientes tradicionais dos bancos já se acostumaram a utilizar suas agências para efetuar suas ativida-des de negócio. (CESGRANRIO/2015) De acordo com a norma-padrão, se fosse acrescentado ao trecho “disse o empresário” (l. 29) um complemento informando a quem ele deu a declaração, seria empregado o acento indicativo de crase no seguinte caso: (A) a imprensa especializada (B) a todos os presentes (C) a apenas uma parte dos convidados (D) a suas duas assessoras de imprensa (E) a duas de suas secretárias (CESGRANRIO/2015) De acordo com a norma-padrão, se fosse acrescentado ao trecho “disse o empresário” (l. 29) um complemento informando a quem ele deu a declaração, seria empregado o acento indicativo de crase no seguinte caso: (A) a imprensa especializada (B) a todos os presentes (C) a apenas uma parte dos convidados (D) a suas duas assessoras de imprensa (E) a duas de suas secretárias
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