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Iluminando o seu caminho - Heitor Miyazaki

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Iluminando
o seu caminho
Heitor Miyazaki
Iluminando
o seu caminho
 
 
1a edição
 
 
2016
SEICHO-NO-IE DO BRASIL
Iluminando o Seu Caminho
 
Autor:
Heitor Miyazaki
 
Direito de publicação cedido pelo autor à SEICHO-NO-IE DO BRASIL.
Todos os direitos reservados. Proibida a reprodução total ou parcial, sob
qualquer forma, sem a autorização prévia do autor e do editor.
 
© SEICHO-NO-IE DO BRASIL, 2016
 
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)
Miyazaki, Heitor
Iluminando o seu caminho [livro eletrônico] / Heitor Miyazaki. --
1. ed. -- São Paulo : SEICHO-NO-IE DO BRASIL, 2016.
 
437 Kb; ePUB
ISBN 978-85-7156-615-6
 
1. Conduta de vida 2. Filosofia de vida
3. Seicho-No-Ie 4. Vida religiosa I. Título.
 
16-09078 --- CDD-181.0956
Índices para catálogo sistemático:
1. Seicho-No-Ie : Filosofia de vida 181.0956
 
Capa: Sheila Miyazaki de Lima
Revisão: Elizabeth Tasiro 
 
Produzido no Brasil
Editado pela
SEICHO-NO-IE DO BRASIL
Av. Engo Armando de Arruda Pereira, 1.266
CEP 04308-900 - São Paulo, SP - Fone: (11) 5014-2222
Website: http://www.sni.org.br - E-mail: sni@sni.org.br
http://www.sni.org.br/
Prefácio
Hoje, nós temos a grande honra e felicidade de escrever em conjunto este
prefácio do segundo livro de um grande líder da Seicho-No-Ie. Ele
representa a terceira geração de líderes na família, que se iniciou com o seu
avô materno, preletor Shunki Yamada, e continuou pela segunda geração,
sendo representada por sua mãe, a divulgadora Tereza Yamada.
Antes de falar deste livro fantástico, que está agora em suas mãos,
sentimo-nos no dever de escrever um pouco sobre seu autor, o preletor
Heitor Miyazaki, ou melhor, sentimos que precisamos escrever um pouco
sobre o “Heitor-pai”. Apesar de ele ser um grande orador que consegue
explicar de forma simples e convincente a Verdade mais profunda sobre este
ensinamento, é pelas suas atitudes diárias como ser humano que fica
evidenciada a Verdade e pelas quais fica mais fácil ainda compreender como
praticar este ensinamento. No convívio diário com seus familiares e amigos,
ele nem precisa falar, só pelas suas atitudes amorosas e sábias é expressa
claramente a Verdade.
Com certeza se trata de uma pessoa que conheceu o ensinamento e aliou o
estudo à prática diária. Esta prática diária e constante é que faz com que as
suas palavras, quando proferidas em palestras, auxiliem tantas e tantas
pessoas por este mundo. O preletor da Sede Internacional Heitor Miyazaki,
em nossa visão, é o resultado de um jovem buscador da Verdade, que tem o
disciplinamento necessário para que, mesmo após muitos anos de estudo
neste ensinamento, não se acomode. Ele, mesmo entrando no grupo dos
septuagenários, parece um menino que descobriu este ensinamento hoje, pois
vive com uma disposição contagiante a todos nós, familiares. Parabéns, pai
Heitor, por ser este exemplo para nós, seus familiares.
Neste livro, você encontrará as palavras da Verdade expressas de forma
muito sábia. Ao lê-lo, somos envolvidos pelo amor e sabedoria, em que fica
evidente a inspiração divina durante toda a leitura. Por meio de relatos de
adeptos da Seicho-No-Ie, citações do mestre Masaharu Taniguchi, citações
bíblicas e de grandes filósofos e personalidades, este livro nos leva a
repensar o direcionamento de nossa vida e a descobrir, de forma simples e
profunda, as ferramentas corretas (Leis) que devemos utilizar para
transformar a nossa vida e, consequentemente, obter um futuro sem
“amarras”. Um futuro no qual vamos poder manifestar em toda a plenitude a
nossa vida recebida de Deus (Vida de filho de Deus), livre de sofrimentos,
doenças, apegos, carências e ilusões.
Temos certeza de que, por meio do estudo constante deste livro, o poder
da palavra sabiamente expresso nele levará o leitor a sintonizar sua mente
com a mente de Deus, absoluto. Uma vez sintonizado com a Grande Vida, o
leitor fará com que este ensinamento passe a ser prática constante em sua
vida. Com certeza, aqueles que se dedicarem a praticar os ensinamentos
contidos neste livro atingirão outro nível de religiosidade, um nível sagrado
onde já não existe a Verdade separada do praticante da Verdade, ambos se
fundem em um só e haverá apenas a Verdade prática, ou seja, a própria
manifestação de Deus em suas vidas.
 
São Paulo, 12 de outubro de 2015.
Anibal Ferreira de Lima Neto (genro)
Sheila Miyazaki de Lima (filha)
ÍNDICE
Prefácio
ÍNDICE
UM DIA ENTENDI
A 4a Norma Fundamental dos Praticantes da Seicho-No-Ie: “Ser atencioso
para com todas as pessoas, coisas e fatos”. Estudemos sete pontos dessa
norma:
1 – Código de Ética dos Indígenas Norte-Americanos
2 – “Bem-aventurados os pobres de espírito (humildes), porque deles é
o Reino dos Céus” (Mateus 5. 3).
3 – “Você tem uma boca e dois ouvidos, use-os nessa proporção”
(provérbio chinês)
4 – Espere sua vez
5 – Silêncio
6 – Impulsividade
7 – Sempre aprendemos algo – “Quem tem ouvidos para ouvir ouça”
(Mateus 11. 5)
Capítulo 1 – O QUE REGE O NOSSO DESTINO
O que rege o nosso destino depende de três fatores: Influência dos
carmas de vidas passadas – Livre-arbítrio – Ajuda de espíritos
elevados
O que é carma?
Carmas de vidas passadas
Carma pode ser criado por três diferentes formas: Pelo pensamento –
Pela fala – Pela ação
1 – Carma criado pelo pensamento Ter intenção de praticar alguma
ação é carma do pensamento
Por que o pensamento é um dos agentes criadores do carma?
2 – Carma criado pela fala
3 – Carma pela ação
Carmas gerados por egoísmo
Os carmas equivalem ao exercício fiscal de uma empresa
Quem não acredita em reencarnações não entende o porquê de muitos
fatos
Capítulo 2 – MODO DE VIVER
Gratidão aos pais – Relato do preletor Antonio Carlos Barbosa
O livre-arbítrio
Sabedoria de Agasha
“Eu tenho de pagar o carma? Não tem saída?”
O objetivo do carma não é punir
A Verdade liberta – Relatos da preletora Michelle Teperino, do sr.
Érlon Cardoso e do preletor Claudeir Lima da Costa Filho
Fazer por obrigação ou fazer da melhor maneira possível?
Alguns fatores que o impedem de sorrir com naturalidade: Falta de
treino – Fatos tristes do passado – Tristeza de algum antepassado
Opção de cada um: perdoar ou reter o ódio e adoecer?
Conversar mentalmente pode ser mais eficaz
As leis
Agasha
Agradecimento e a cura – Relato da preletora Mabel Melo
Oração do Perdão é para purificar
Capítulo 3 – AJUDA DOS ESPÍRITOS ELEVADOS
O mundo espiritual e as diferentes facetas
As aulas no mundo espiritual
O que você faria?
Salvar os antepassados
“Pequeno veículo” (Hinayana) e “grande veículo” (Mahayana)
Os antepassados em ilusão necessitam da nossa ajuda – Relato do
dirigente Rogério Antunes
Relato do sr. Felismino Mota
Problemas na cabeça – Relato do preletor Edson de Lima Pardim –
Relato do preletor Lorenzo Mir
Feto sem cérebro – Relato da sra. Fátima Araújo
Ensinai a eles a Verdade da Vida, a Imagem Verdadeira – Relato da
preletora Rosinete Saturno
Oratório
Oratório no Ocidente é mais antigo do que muitos imaginam
Alguns casos sobre oratório
Fato ocorrido no Japão
Relato do preletor Antonio José Barbosa – Relato da preletora Sônia
Maria Vargas de Carvalho
Diferença de comportamento entre espírito novato e espírito elevado
Casos de cura de doenças ao visitar túmulos dos antepassados: Relato
da sra. P.G.V. – Relato do preletor Luis Antonio Gomes – Relato da sra.
Maria Trinidad Diaz Diaz
Comportamento dos espíritos
Espíritos elevados não se importam que seus túmulos sejam ou não
visitados
Como se inicia a nova jornada
Os espíritos dos natimortos
UM DIA ENTENDI....
Não viemos à Terra para fazer turismo. Embora a missão de cada um
varie, o objetivo de todos é o mesmo: evoluir espiritualmente. A única
diferença entre o diamante bruto encontrado no solo e o diamante que está
num anel são a lapidação e o polimento.
A diferença é que as pessoas iluminadas manifestam plenamente a sua
natureza divina, enquanto as que ainda não atingiram esse estágio vivem em
ilusões, apegadas às coisas materiais,e o seu ego é acentuado; e, por se
encontrarem no estágio de lapidar o ego, diz-se “polir a alma”.
O ponto de partida para manifestarmos a nossa natureza divina é volver a
nossa mente não para o exterior, mas para o nosso interior, fazendo sempre
autorreflexão, ou seja, autoanálise dos nossos pensamentos, sentimentos,
hábitos, comportamentos, valores, conceitos etc. A isso denominamos
introspecção.
Este mundo que enxergamos com os olhos carnais é o mundo da projeção
da nossa mente, por esse motivo é chamado de “mundo fenomênico”. E
assim ensina a Sutra Sagrada Chuva de Néctar da Verdade: “Eu vi que o
mundo da matéria é realmente efêmero; vi que o mundo da matéria nada mais
é que sombra”.
É muito fácil ver defeitos nos outros, no entanto, antes de procurar os
defeitos alheios, devemos corrigir os nossos. Diante de uma situação
inusitada, antes de culparmos o outro, é bom que façamos uma introspecção
para averiguar o que precisamos corrigir em nós próprios, para que o
cenário desagradável se torne belo e harmonioso.
Se formos tratados com frieza, é devido à frieza com que tratamos alguém,
ou devido à nossa mente, que deve estar fria e sombria:
 
Se você se sente triste porque as pessoas o tratam com frieza, é
preciso examinar a si mesmo e descobrir a causa. Com certeza,
descobrirá que você mesmo tem, dentro de si, algo frio e sombrio
que impede os outros de se aproximarem de você.
(A Verdade da Vida, v. 7, 13. ed., p. 40)
 
A 4a Norma Fundamental dos Praticantes da Seicho-No-Ie
“Ser atencioso para com todas as pessoas, coisas e fatos”. Estudemos
sete pontos dessa norma:
1 – “Respeite os pensamentos, desejos e palavras das pessoas. Nunca
interrompa os outros nem os ridicularize, nem rudemente os imite. Permita a
cada pessoa o direito de expressão pessoal”, uma das inúmeras mensagens
do Código de Ética dos Indígenas Norte-Ame ricanos do The Four Worlds
Development Project (Universidade de Lethbridge, Alberta), fundado por
Phil Lane Jr., membro das nações Yankton Dakota e Chickasaw, foi
publicado em 1982. E há outra publicação atribuída a “Inter-Tribal Times”,
de outubro de 1994. O código não foi escrito e publicado pelos autores, e
sim expresso oralmente, por esse motivo há variações nos textos, mas o
importante é aprendermos com as mensagens.
2 – “Bem-aventurados os pobres (humildes) de espírito porque deles é o
Reino dos Céus” (Mateus 5. 3).
Jesus Cristo iniciou o famoso Sermão da Montanha com essa frase. A
interpretação correta da expressão “pobre de espírito” é humilde. Em
espanhol, essa expressão foi traduzida como “bienaventurados los pobres
en espíritu, porque de ellos es el reino de los cielos”, ou seja, pobres em
es pí rito orgulhoso, pobres em espírito arrogante, que têm humildade.
Qual foi o motivo que levou Cristo a iniciar o Sermão da Montanha dessa
forma? Concluí que foi por sabedoria, pois, quando se ouve o outro com
arrogância, com pensamento “eu sei, eu sei”, não se apreende a mensagem.
Aqueles que O ouviram com o coração puro, dócil, absorveram as palavras
da Verdade, ricas em sabedoria, ditas por Cristo. Da mesma forma que a
mesma comida tem sabor melhor quando se come com fome.
3 – Há um provérbio chinês que diz o seguinte: “Você tem uma boca e dois
ouvidos, use-os nessa proporção”.
4 – Espere sua vez
Sempre que vou ao exterior, procuro analisar o comportamento das
pessoas e, quando estive pela primeira vez no Japão, o silêncio no metrô
lotado, nas ruas e no restaurante me ensinou algo muito interessante. Por ex.:
próximo do local onde meu colega e eu estávamos, oito homens ocuparam
uma mesa maior e passaram a conversar discretamente. Quando um deles
falava, os outros o ouviam; somente quando terminava de falar, outro
começava. Além disso, sempre um ou outro movimentava com a cabeça,
demonstrando atenção, e em nenhum momento alguém interrompeu quem
falava, sempre esperava o colega terminar para fazer uso da palavra. Notei
que ninguém falou no mesmo instante ou elevou a voz para prevalecer a sua.
Isso me fez lembrar um dos cursos que fiz pela empresa, onde era
debatido um tema, e nessa mesa-redonda havia uma regra. O coordenador do
grupo antes de iniciar, explicava:
– Quando alguém estiver com o uso palavra, ninguém poderá interrompê-
lo.
– Ao terminar de falar, terá de dizer “passo a palavra para o meu colega
do lado”.
– E só poderá voltar a falar quando chegar a sua vez. A ordem
transcorrerá no sentido horário.
O interessante é que, na terceira rodada, quase ninguém desejava falar. E,
enquanto havia alguém para falar, o coordenador não fazia a conclusão.
Chegando a vez do coordenador, o grupo o ouvia atentamente! Isso
ocorria porque todos tiveram a oportunidade de falar e, dessa forma, o ego
deles estava bem calmo e ninguém reprimiu o desejo de falar.
Aprendi que quando alguém movimentava a cabeça em sentido afirmativo
não estava dizendo “você está com a razão”, mas sim “eu estou entendendo”.
Aprendi que num grupo, se todos desejarem falar junto, não haverá diálogo,
porque a maioria sabe falar, mas não sabe ouvir.
5 – Silêncio
Kent Nerburn é escritor, escultor e educador, e é muito envolvido nas
questões dos nativos norte-americanos. Sua convivência com eles inspirou-o
a escrever vários livros sobre a cultura indígena. Em seu livro Neither Wolf
Nor Dog (Nem Lobo Nem Cão), cita o pronunciamento de um indígena
ancião de nome Dan:
 
Nós, os índios, conhecemos o silêncio. Não temos medo dele.
Na verdade, para nós, ele é mais poderoso do que as palavras.
Nossos ancestrais foram educados nas maneiras do silêncio e eles
nos transmitiram esse conhecimento.
“Observa, escuta, e logo atua”, nos diziam.
Essa é a maneira correta de viver.
Observa os animais para ver como cuidam de seus filhotes.
Observa os anciões para ver como se comportam.
Observa o homem branco para ver o que quer.
Sempre observa primeiro, com o coração e a mente quietos, e então
aprenderás.
Quando tiveres observado o suficiente, então poderás atuar.
Com vocês, brancos, é o contrário. Vocês aprendem falando.
Dão prêmios às crianças que falam mais na escola.
Em suas festas, todos tratam de falar.
No trabalho, estão sempre tendo reuniões nas quais todos
interrompem a todos,
E todos falam cinco, dez, cem vezes.
E chamam isso de “resolver um problema”.
Quando estão numa habitação e há silêncio, ficam nervosos.
Precisam preencher o espaço com sons.
Então, falam compulsivamente, mesmo antes de saber o que vão
dizer.
Vocês gostam de discutir.
Nem sequer permitem que o outro termine uma frase.
Sempre interrompem.
Para nós, isso é muito desrespeitoso e muito estúpido, inclusive.
Se começas a falar, eu não vou te interromper. Te escutarei.
Talvez deixe de escutá-lo se não gostar do que estás dizendo.
Mas não vou interromper-te.
Quando terminares, tomarei minha decisão sobre o que disseste,
mas não te direi se não estou de acordo, a menos que seja importante.
Do contrário, simplesmente ficarei calado e me afastarei.
Terás dito o que preciso saber.
Não há mais nada a dizer.
Mas isso não é suficiente para a maioria de vocês.
Deveríamos pensar nas suas palavras como se fossem sementes.
Deveriam plantá-las, e permiti-las crescer em si lêncio.
Nossos ancestrais nos ensinaram que a terra está sempre nos falando,
e que devemos ficar em silêncio para escutá-la.
Existem muitas vozes além das nossas.
Muitas vozes.
Só vamos escutá-las em silêncio.
6 – Impulsividade
Sobre isso, assim descreveu o mestre Masaharu Taniguchi:
 
(...) se você deseja progredir infinitamente, não se deixe dominar por
suas emoções e paixões. Todos aqueles que se deixam dominar são
escravos. Jamais se torne escravo. Saiba controlar suas emoções e
paixões, e faça de si próprio o senhor absoluto da sua mente.
(A Verdade da Vida, v. 7, 1.ed., p. 110)
 
Essa falta de controle é chamada de impulsividade. Impulsividade
significa dificuldade com autocontrole. A consequência da impulsividade
pode nos levar ao remorso por falar algo indevidamente, tomar péssimas
decisões na negociação, interromper a fala do colega, comer em excesso ou
algonão benéfico para nossa saúde; tudo isso devido à atitude de agir
impensadamente sem as devidas análises e ponderações. Em psicologia
utiliza-se o termo TDAH – Transtorno de Déficit de Atenção ou
Hiperatividade, que é também denominado TDAHI, pela referência à
impulsividade.
E qual é o caminho para dominar a impulsividade? O caminho é praticar a
Meditação Shinsokan.
7 – Sempre aprendemos algo – “Quem tem ouvidos para ouvir ouça”
(Mateus 11. 5)
Quando ouvimos os relatos de experiências, sempre aprendemos algo.
Capítulo 1
O QUE REGE O NOSSO DESTINO
O destino não é algo totalmente definido. Sobre a ligação carma-destino,
o mestre Masaharu Taniguchi cita:
Os carmas são uma espécie de vibrações que vão se materializando
automaticamente ao longo de toda a nossa existência. Portanto, pode-
se dizer que o nosso destino nesta vida já está determinado, em
grande parte, desde o momento de nosso nascimento, e não mudará
enquanto não transcendermos os carmas através da conscientização
da Verdade e da apreensão da Imagem Verdadeira de nossa Vida. Eis
por que algumas pessoas conseguem adivinhar nosso destino
analisando nossa fisionomia ou nosso nome.
(A Verdade da Vida, v. 15, 3. ed., p. 143)
 
Não está citado que é integralmente definido, mas grande parte. Por que
“grande parte”? Porque, antes de nascer novamente aqui na Terra, viemos
com uma missão a cumprir; essa missão pode estar diretamente ligada ao
desenvolvimento espiritual daquele espírito. Pode ser também de espírito
muito elevado, que não necessita mais se reencarnar, mas o faz para cumprir
a sublime missão de ajudar outras pessoas a evoluírem; dentre eles podemos
citar Sakyamuni, Jesus Cristo, mestre Masaharu Taniguchi e inúmeros outros
iluminados.
O que rege nosso destino depende de três fatores:
A – Influência dos carmas de vidas passadas (cerca de 50%).
B – Livre-arbítrio (cerca de 25%) – modus vivendi mental de cada um.
C – Ajuda de espíritos elevados (cerca de 25%).
O que é carma?
Carma vem do sânscrito, uma antiga linguagem clássica da Índia, e
significa “ação”; portanto, carma simboliza a ação que cometemos pelo
falar, pensar e agir (fisica mente).
Carmas de vidas passadas
A causa de uma doença, quando pesquisada cronologicamente na
vertical, pode ter sido criada pelo indivíduo nesta geração, ou ter
sido criada há muitas gerações e estar sendo transmitida de pais
para filhos. O cristianismo denomina tal causa de “pecado original”,
referindo-se ao pecado cometido por Adão e Eva. O budismo chama
essa causa de “cármica” e prega que, uma vez formado o carma, este
obedece à lei da causalidade e transmigra eternamente, circulando
como uma roda de carro.
(A Verdade da Vida, 15. ed., v. 1, pp. 55-56)
 
Há várias formas para se expressar a lei do carma: “Quem semeia vento
colhe tempestade”, “Quem com o ferro fere com o ferro será ferido”, “lei da
causa e efeito”, “lei do castigo” e “lei da ação e reação”. Esta última explica
que toda ação gera uma reação; a ação de lançar uma bola de borracha
contra a parede em um ângulo de 90° gerará a reação de ela voltar na mesma
direção de quem a lançou.
Resumindo a explicação que é citada no livro Descoberta e
Conscientização da Verdadeira Natureza Humana, 1. ed., p. 169:
 
O destino é uma sucessão de acontecimentos que ocorrem segundo a
lei da causalidade... Praticando o bem, com certeza acontecerão
coisas boas. Praticando o mal, acontecerão coisas ruins... Desse
modo, a humanidade é regida fundamentalmente pela lei da
causalidade. Essa lei é chamada também de lei do carma ou lei da
mente. Cada um de nós também cria o seu próprio destino e colhe
seus efeitos.
(...) Nascemos trazendo em nossa bagagem o “balanço” dos carmas
mentais, verbais e físicos que nós mesmos criamos no passado.
(...) Há quem reclame dizendo que Deus é muito injusto, mas isso não
é verdade... Quem multiplicou 2 por 2 obte ve 4; quem multiplicou 2
por 3 obteve 6; quem multiplicou 4 por 4 obteve 16. Comparando os
resultados 4, 6, 16, parece haver injustiça, mas, considerando que
são resultados do balanço dos carmas de cada pessoa, não há
injustiça alguma. 
 
Deus não vigia, não julga, não condena e nem castiga ninguém. Quando
alguém teme a Deus, é porque tem um conceito totalmente equivocado e
consequentemente se sente distante do Criador. Quem tem medo de rato
consegue amá-lo? Quem tem medo de cobra consegue amá-la? Obviamente
que não. Quando se teme algo ou alguém, é natural que se distancie dele.
No livro Viver Junto com Deus, 1. ed., p. 263, o Mestre menciona:
Para acabar com o temor, é fundamental saber que o homem é filho
de Deus, e que Deus, sendo nosso Pai, jamais nos causa infortúnios.
Há pessoas que vivem com medo da punição divina.
 
Antigamente era comum ouvir a expressão “é castigo de Deus” quando
ocorria algo desagradável a alguém. No entanto, o que ocorria era, na
verdade, reação de uma ação cometida pela própria pessoa, ou seja, uma
consequência de uma causa, que é atuação da lei do carma.
Normalmente, comenta-se o carma como sendo algo ruim, mas a colheita
pode ser boa também, desde que se plante o bem. E aquele que consciente ou
inconscientemente causou aborrecimentos ou prejuízos a alguém, ou a uma
comunidade, um dia terá de colher, de acordo com essa lei, aborrecimentos
nesta encarnação ou em encarnações futuras.
Carma pode ser criado por três diferentes formas
1 – Carma criado pelo pensamento
Pensar constantemente em algo, seja bom ou não; esse pensamento fica
registrado em nosso subconsciente e futuramente se projetará no mundo
fenomênico. A respeito disso, ensinou Jesus Cristo: “Eu, porém, vos digo:
todo aquele que lançar um olhar de cobiça para uma mulher já adulterou com
ela em seu coração” (Mateus 5. 28).
O que Cristo deixou claro é o carma do pensar: lançar olhar de cobiça é
registrar no subconsciente esse carma. Ele não disse que ficou registrado no
caderno de Deus, mas “no coração”, isto é, na mente da própria pessoa.
Quem diz que Deus fica nos vigiando e anotando os nossos pecados não
conhece Deus de verdade. Deus é amor e não Se prende em vigiar para
castigar posteriormente. Cada um deve ter responsabilidade pelas suas ações
e não atribuir a Deus os fatores desagradáveis resultantes de ações
anteriormente praticadas.
Como a nossa mente tem força criadora, se mantivermos determinado
pensamento, este tende a materializar-se, ou desejarmos algo a outra pessoa,
cria-se uma ação cármica. O jornal O Estado de S. Paulo publicou, no dia
26 de setembro de 1981, o seguinte artigo:
 
Caçador caçado – Aconteceu na Dinamarca: um caçador foi atingido
pelo tiro dado pelo seu cão. Niels Andersen saiu a caçar perdizes
num bosque de Horsholm, perto de Copenhague com o seu fiel
“Bernie”. Em certo momento, deixou o fuzil no chão e se afastou
alguns metros. “Bernie” saiu correndo atrás do seu amo e pisou no
gatilho da arma. O tiro pegou Niels em cheio, nas costas. O caçador
foi socorrido e hospitalizado.
 
Quem constantemente pensa em roubar está plantando em sua mente esse
carma. Um artigo do jornal O Estado de S. Paulo do dia 12 de março de
1991 retrata essa explicação:
 
Ladrão assalta banco, mas é roubado na saída. Vigia planejou o
assalto durante meses, mas ficou sem dinheiro até para o ônibus e
acabou preso. NSA (iniciais do nome), de 22 anos, planejou durante
vários meses um roubo à agência da Caixa Econômica Federal da
Avenida Santa Marina, 2719, na Freguesia do Ó, Zona Norte da
capital. Teria a ajuda do seu irmão N, de 23 anos, vigilante do banco.
Com o dinheiro compraria cabeças de gado para seu pai, boiadeiro
na cidade I (nordeste do Brasil). Almeida realizou o assalto no dia 4.
Porém, quando fugia, foi também assaltado. A polícia o prendeu
ontem. O assaltante que o atacou continua solto.
 
Como se cria o carma também pelo pensamento, a lei do carma, ou da
causa e efeito, é considerada lei da mente, e, pela lei da mente, se de um
lado quem tem em mente roubar é roubado, por outro lado as pessoas que
não têm esse tipo de pensamento não se sintonizam com as pessoas
desonestas.Um fato ocorrido na França comprova isso. Foi publicado no
jornal O Estado de S. Paulo, em agosto de 1986, com o título “Roubaram
demais”:
Sorte é sorte. JMLG, francês de Angers, teve sua casa assaltada: dois
ladrões arrombaram a porta na sua ausência e carregaram tudo que era de
valor, das joias da família a eletrodomésticos, não perdoando nem as
panelas da cozinha. Mas era difícil ir muito longe com tamanha carga – então
escolheram pelo caminho uma granja que parecia abandonada e guardaram
todo o produto do saque lá, para voltarem em outra ocasião. A granja não
era abandonada: pertencia a JMLG.
Ter intenção de praticar alguma ação é carma do
pensamento
Jesus Cristo conhecia profundamente as leis da mente, tanto que no
famoso Sermão da Montanha disse: “Eu, porém, vos digo: todo aquele que
lançar um olhar de cobiça para uma mulher já adulterou com ela em seu
coração” (Mateus 5. 28).
No programa de rádio da Seicho-No-Ie, uma senhora me perguntou:
“Sinto fortes dores na ponta do pé direito e tenho consultado vários médicos,
mas o problema continua”.
A resposta que lhe dei foi: “A senhora deve ter sentido muita raiva de
determinada pessoa e teve desejo de agredi-la com um chute. E essa intenção
de chutar ainda está registrada no seu inconsciente e não foi apagada; perdoe
essa pessoa, que apagará”.
Dez dias depois essa senhora deixou gravado um agradecimento pelo
desaparecimento da dor que a atormentava havia mais de dez anos.
Por que o pensamento é um dos agentes criadores do
carma?
Um simples pensamento superficial não tem força, mas, quando pensamos
constantemente em determinado fato, esse pensamento adquire força, porque
passamos a sentir também.
Imaginemos uma pessoa que abriu um comércio no ramo de doces e, após
três anos, do lado de sua loja, alguém abre outra loja vendendo os mesmos
produtos. Ele comenta com a esposa: “Temos agora um concorrente”. Porém
há outro fato que fere o seu ego: o concorrente vizinho não o cumprimenta. O
fato de o vizinho não o cumprimentar e colocar cartazes de promoções o
deixa aborrecido, então mentalmente ele passa a entrar em conflito com o
vizinho. O local é muito movimentado e há “espaço para os dois
comerciantes”, mas o ódio pelo concorrente aumenta e a todo instante ele
pensa em estratégias para levá-lo à falência.
A esta altura já não pensa “é um concorrente”, mas passa a sentir forte
desejo de conduzir o outro à falência: “Preciso derrubá-lo”. Enquanto for
simples pensamento superficial, não tem força, mas, quando chega ao
emocional, transforma-se num forte carma, e, de acordo com a lei do carma
ou lei da causa e efeito “colhe-se o que plantou”, a tendência desse
comerciante é colher o fracasso.
Uma explicação clara e sábia do texto grifado “enquanto for simples
pensamento superficial, não tem força” consta no livro A Verdade, v. 2, 1.
ed., p. 164, no item “Relação entre o consciente e o subconsciente”: “Da
mesma forma que as gotas das chuvas se transformam em rios, que por sua
vez formam um lago, as gotas da ‘mente consciente’, isto é, cada pensamento
e cada sentimento, são acumuladas para constituir o lago do subconsciente”.
Esse comerciante pode pensar: “Eu estava tranquilo e esse idiota veio
para prejudicar o meu comércio e me destruir”; no entanto, o que o destruiu
foi ele próprio.
Recordemos o significado da palavra “oração”. O Mestre nos ensinou que
oração em japonês se diz “inori”, em que o ideograma “I” significa “vida” e
“noru”, “decla ração”; “portanto, orar (inoru) é aquilo que você está sempre
declarando no recôndito da sua vida” (A Verdade, v. 3, 1. ed., p. 305).
2 – Carma criado pela fala
Aqueles que xingam, ofendem, falam mal das vidas alheias estão criando
carmas negativos e, como o som sai pela boca, eles podem adquirir doenças
na boca ou próximas à região. Para se purificar dos carmas negativos, devem
ler palavras da Verdade como sutras sagradas, livros que contêm a Verdade,
pronunciar palavras da Verdade e realizar práticas recitativas etc.
Quando se magoa uma pessoa querida, fica retido no inconsciente o
sentimento de culpa, posteriormente, geralmente quando não se lembra do
fato, o carma se desintegra. Para exemplificar, vou citar um fato ocorrido
aproximadamente entre 1977 a 1979. Após a aula, uma senhora comentou:
– Amanhã terei de fazer uma cirurgia em um dente. O cirurgião-dentista
terá de abrir a gengiva e fazer a raspagem. O que pode ser isso?
– Qual é o dente? – perguntei-lhe e ela mostrou-me o dente da frente,
chamado incisivo central esquerdo.
Como num dos livros o prof. Masaharu Taniguchi cita que problemas na
arcada superior são ressentimentos com algum superior, afirmei:
– É autopunição ou mágoa do seu pai.
– Meu pai? Se o senhor dissesse que é em relação à minha mãe, eu
concordaria.
– Qual é o dente mesmo? – Novamente ela apontou o dente do lado
esquerdo, incisivo superior.
– Não resta dúvida. Vai lembrar, e pratique Oração do Perdão para ele.
Eram 19h25. Chegando à sua casa, às 23 horas, lembrou-se da única
discussão que teve com seu pai. Emocionada, pôs-se a chorar ao lembrar-se
da cena, e pediu perdão mentalmente por duas horas.
No dia seguinte, ao se levantar para ir ao dentista, colocou a mão sobre a
boca e não sentia mais dores, mas mesmo assim foi, conforme havia
marcado. Ao chegar, o dentista a examinou e tirou radiografia do dente,
depois olhou contra a luz e falou:
– Estranho, não há mais infecção. Não será preciso fazer a cirurgia. O que
aconteceu?
Ela explicou tudo o que ocorreu e ele comentou:
– Se todos fizerem o mesmo, eu passarei fome...
As palavras de Cristo exprimem isto: “O que contamina o homem não é o
que entra pela boca, mas o que sai da boca, isso é o que contamina o
homem” (Mateus 15. 11).
No capítulo 2 do livro A Humanidade é Isenta de Pecado, 13. ed., p. 71,
o prof. Masaharu Taniguchi explica resumidamente a definição do carma:
 
Podemos comparar o carma a uma gravação. Se gravarmos nossa voz
numa fita ao entoarmos uma canção ou pronunciarmos um discurso,
posteriormente poderemos ouvir essa mesma voz toda vez que
tocarmos a fita no gravador. Do mesmo modo, as vibrações mentais
que ocorrem no momento em que um pensamento passa pela nossa
cabeça ficam gravadas como uma “causa” em nosso “disco mental”.
Sempre que surgir uma oportunidade, o “disco mental” emitirá as
vibrações mentais registradas; e, então, aquele pensamento que
tivemos no passado manifestar-se-á concretamente, sob a forma de
algo palpável, de alguma doença, de alguma situação etc. Assim é a
ação do carma, que é uma força latente. O carma é, por assim dizer,
uma “gravação” das vibrações mentais.
 
É uma espécie de gravação que fica no nosso inconsciente, e não no
“caderno de Deus” como dizem algumas pessoas.
Nem por brincadeira devemos falar palavras negativas, pois ficam
registradas no inconsciente. Por exemplo, frases ditas com emoção durante a
infância como: “Eu não quero me casar”. Muitas pessoas disseram essa frase
ao ver os pais brigando. A palavra é registrada no subconsciente e, com o
passar do tempo, pode ser esquecida, mas no subconsciente continuará
gravada, exercendo forte influência. Por esse motivo, quando se atinge a fase
adulta, muitos namoros são problemáticos porque aflora aquele sentimento
registrado, e uma frase que magoa, dita impensadamente, pode gerar
rompimento do namoro, impedindo assim a concretização do casamento. Eis
o motivo de na Sutra Sagrada Palavras do Anjo citar:
 
“Portanto, mantende pensamentos sempre elevados
e jamais penseis no mal,
jamais penseis na impureza,
jamais penseis no sofrimento,
jamais penseis na doença”.
 
Outro fato que gera infelicidade são as fofocas. As pessoas que gostam de
fazer fofocas de vidas alheias sempre são vítimas de alguma infelicidade,
porque uma inverdade pode destruir a vida profissional ou familiar de
colega ou amigo.
Em uma ocasião durante um seminário, uma senhora entregou-me um
bilhete com seguinte teor: “O senhor disse numa palestra na cidade de
Presidente Prudente que há pessoas que não conseguem emprego por não
perdoarum ex-chefe ou ex-colega de trabalho. Era o caso da minha irmã que
mora nessa cidade. Ela foi demitida por causa de uma mentira dita por uma
colega. Chegando a sua casa, ela começou a praticar Oração do Perdão para
essa ex-colega e para o ex-patrão. Dois dias depois, o ex-patrão foi à casa
dela e disse: ‘Eu cometi um erro e agora quero corrigir esse erro. Você foi
demitida injustamente, pois foi por causa da Fulana que eu a demiti. Peço-
lhe perdão pelo erro, e a estou convidando a voltar a trabalhar comigo’”.
O mestre Masaharu Taniguchi alerta sobre a fofoca no livro A Verdade, v.
9, 1. ed., p. 91:
 
Não comente levianamente sobre assuntos fúteis. É no silêncio que
cultivamos forças de natureza espiritual. Os mexericos tratam
normalmente dos aspectos negativos. Por meio dessas palavras, a
pessoa grava coisas negativas, intensifica a impressão negativa e
acaba ferindo a si própria.
 
E no livro A Verdade da Vida, v. 38, ensina:
 
Não devemos falar mal dos outros, nem na sua ausência. Se falarmos
mal, surgirão males ao nosso redor, pois a palavra é semente. Se
falarmos mal dos outros, a infelicidade deles reaparecerá
infalivelmente como infelicidade nossa, pois todas as pessoas estão
ligadas entre si e constituem um só corpo perante Deus. Qualquer que
seja a imagem de uma pessoa, devemos orar, com amor e respeito,
pela sua felicidade e prosperidade. Nós, que temos recebido o
infinito amor de Deus, devemos retribuí-lo a Ele (Deus), enviando
pensamentos de amor ao próximo. Quando retribuímos o amor de
Deus, enviando-o àquela pessoa, ela também retribuirá o amor de
Deus, enviando-o a nós.
3 – Carma pela ação
Muitas pessoas agem pensando somente em si próprias e, além de não se
preocuparem com o próximo, não fazem nenhuma gentileza.
No livro A Verdade da Vida, v. 34, 1. ed., pp. 76-80, o prof. Masaharu
Taniguchi cita o caso do velho esgrimista que sofria de semiparalisia no
braço e tinha dificuldade para andar. No mesmo instante o Mestre identificou
que se tratava de carmas negativos praticados por essa pessoa, por isso lhe
disse abruptamente:
– O senhor maltratou muita gente, não foi?
Ele havia matado 24 pessoas e 85 bois; até pessoa inocente foi morta,
somente para mostrar a um amigo que era hábil no manejo da espada.
Posteriormente a pessoa que levou o esgrimista perguntou ao Mestre se
poderia curá-lo, e a resposta, com tristeza no rosto, foi “não sei... Curar-se,
ou não, depende da mente dele”.
O motivo dessa resposta foi decorrente do fato de o esgrimista não ter-se
conscientizado dos erros: “Ele precisa reconhecer que pecou, e arrepender-
se de verdade” foi a resposta do Mestre (p. 88).
Em um dos livros escritos pelo mestre Masaharu Taniguchi, ele cita o
caso de uma mulher que tinha mãos tão belas que se destacavam pela
formosura. Essa senhora numa vida anterior fora freira, e, no convento, as
freiras veteranas lhe davam ordens para lavar os sanitários, por ser a mais
nova. Aquele ato nobre feito com amor foi a causa de ela ter belas mãos na
atual encarnação.
O jornal O Estado de S. Paulo publicou, no dia 20 de novembro de 2012,
um artigo com o título “Ladrão devolve carteira após reconhecer vítima”.
 
Um ladrão que roubou a carteira e o telefone celular de um homem
em Wichita, no Kansas, devolveu parte dos objetos depois de
reconhecê-lo. A carteira foi devolvida depois que o criminoso viu
que já havia cumprido pena de prisão ao lado da vítima.
 
Analisando esse fato: por que os dois se reencontraram? A resposta é:
pela semelhança de carmas. E merece outra pergunta: por que o outro foi
roubado? E a resposta é: pelo carma de ser desonesto também.
Outro fato pitoresco foi publicado pelo mesmo jornal, em 22 de janeiro
de 1985, com o título “Ladrão rouba ladrão”.
 
Pequim – Um cego que pedia esmolas ontem numa rua de Cantão, no
sul da China, teve de sair correndo do povo. É que, em troca dos
iuanes que os transeuntes lhe davam, ele tocava uma musiquinha
numa gaita, enquanto sua mulher passava o pires. Ontem, uma outra
mulher começou a passar o chapéu e a recolher as esmolas. O cego
percebeu pela voz (quando ela dizia “obrigado”) que a mulher não
era a dele – e abriu os olhos para se certificar. O povo percebeu a
fraude e saiu correndo atrás dos dois espertalhões.
Porto Alegre – O estudante de publicidade Rafael (o sobrenome foi
mantido em sigilo) e sua namorada saíram na noite do último
domingo (17/4/2011), em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, para
buscar o irmão dele, e foram abordados por um ladrão. Nisso, outros
três saíram de um veículo Prisma preto e anunciaram um novo
assalto. O bandido que os assaltava, revoltado com a “falta de
respeito” e “ética” dos colegas de profissão, ainda chegou a
reclamar dizendo a eles: “Mas sou eu que estou assaltando!”.
 
O jornal O Dia de 23 de outubro de 2006 publicou o seguinte noticiário:
 
O engenheiro A, 35 anos, e sua irmã, a publicitária P, 31, foram
assaltados duas vezes num período de três minutos no sábado à noite,
na Tijuca, Zona Sul da capital fluminense. Nas duas situações, os
bandidos estavam armados. Junto com os dois adultos estavam um
menino de 5 anos de idade e uma garota de 14 – respectivamente
filho e sobrinha de A.
O primeiro assalto foi às 21h40, na rua Alfredo Pinto, quando uma
dupla armada com revólveres rendeu a família, que estava em um
carro Astra preto. Um dos bandidos assumiu a direção e seguiu.
O segundo assalto, que incluiu entre as “vítimas” a própria dupla do
primeiro, deu-se às 21h43, quando o Astra entrou na rua Melo Matos.
Naquele momento, a família ainda era roubada dentro carro. Os dois
ladrões tinham acabado de recolher joias, celulares, dinheiro e
cartões das vítimas, quando o Astra foi cercado pelos três outros
bandidos. O trio, com pistolas, chegou em um Peugeot branco e
obrigou os dois criminosos a passar tudo para eles. Além dos
pertences da família, até um boné que um dos bandidos usava foi
levado pelo trio.
Ao serem parados, um ladrão que já estava no Astra disse: “Mas nós
já estamos roubando aqui!”. Um bandido do Peugeot retrucou: “Não
interessa. É nossa área. Sai todo mundo do carro”.
 
O jornal O Diário de Maringá, de Paraná, publicou “Ladrão pede mais
policiamento”.
A reportagem é do dia 3 de agosto de 2007 e mencionou a reclamação
feita por um ladrão, de que após assaltar uma pessoa ele foi assaltado. Após
ter sido preso, ele reclamou dizendo que há falta de policiais nas ruas de
Maringá.
Folha de S. Paulo, do dia 27 de janeiro de 2011:
 
Um pedreiro foi preso depois de ter sido vítima de um assalto na
noite de quarta-feira (27) na região central de Ribeirão Preto (313
km de São Paulo).
A.P.C. teve R$ 10,00 roubados no cruzamento das ruas José
Bonifácio e General Osório, que fica na região da Baixada, às
19h30. Ele, segundo a polícia, reagiu ao assalto e começou a brigar
com o ladrão, o funileiro J.C.V., no meio da rua.
Com a aproximação de um carro da Polícia Militar, que fazia
patrulhamento de rotina pela região, o assaltante tentou fugir, mas foi
perseguido e confessou o roubo – informou a polícia.
Ao analisar o histórico dos envolvidos, os policiais constataram que
a ficha da vítima era maior que a do assaltante. Ele já fora detido dez
vezes sob suspeita de furtos, três vezes por tráficos de drogas, uma
vez por roubo e outra por lesão corporal. E, como era considerado
um foragido, foi detido com o assaltante.
 
A escritora médium Cleonice Orlandi de Lima escreveu em seu livro(1)
sobre o ocorrido com Camilo Castelo Branco, um grande escritor português
(1825-1890). Ela relatou que Camilo, ao ouvir o diagnóstico do médico que
ficaria cego para sempre, se suicidou. Num passado longínquo (século XVII)
ele se apaixonara por uma prima muito bonita a quem pediu em casamento.
Embora ela tenha aceitado, mudou de ideia ao conhecer Jacinto, um jovem
militar de Madri que era seu primo também e era um nobre conde, possuidor
de muitas terras e boa fortuna. A sua musa acabou casando com Jacinto, que
voltou a Madri. Sentindo-se humilhado, desejou desgraça ao casal. Passado
algum tempo,sua prima retornou à cidade natal com o marido e filho, mas
seu ódio pelos dois não havia se apagado. E, para vingar-se, entrou na
Companhia de Jesus, não por vocação religiosa, mas por ser, na época, uma
entidade com muito poder (período da Inquisição). Com muita maldade
passou a perseguir o primo Jacinto. Fez uma série de acusações contra ele,
que acabou sendo preso. Mandou queimar a sola dos pés dele até que
formassem enormes feridas. Ordenou também arrancarem-lhe as unhas e os
dentes e até a furarem seus olhos! Cego, Jacinto suicidou-se.
O carma que carregava por ter levado o primo ao suicídio, embora
tivesse ocorrido 200 anos antes, o fez praticar o mesmo ato contra si
próprio. Quando o médico que examinou seus olhos lhe disse que a cegueira
era incurável, Camilo foi até outro aposento e se matou. A causa foi ter
cegado o primo, levando-o a se matar, e ocorreu como efeito à forma
semelhante com Camilo: que ficou cego e se matou.
O castigo não veio de Deus, mas dele próprio. Em Romanos 6. 23, cita:
“Porque o salário do pecado é a morte”, isso significa que o sentimento de
culpa muito forte conduz as pessoas à autopunição extrema que é o suicídio.
Carmas gerados por egoísmo
Yogananda, um iogue iluminado indiano, menciona: “Todos os dias, faça
alguma coisa em benefício dos outros, mesmo que seja algo insignificante.
Se você quer amar a Deus, é preciso amar as pessoas. Elas são filhas dEle.
Você pode ser prestativo no plano material – dando aos que precisam – e no
plano mental – dando conforto aos sofredores, coragem aos temerosos,
amizade divina e apoio moral aos fracos. Você também semeia bondade
quando desperta nos outros o interesse por Deus e quando cultiva neles um
maior amor a Deus, uma fé mais profunda nEle. Quando deixar este mundo,
as riquezas materiais ficarão para trás, mas todas as boas ações o
acompanharão. Pessoas ricas que vivem na avareza e pessoas egoístas que
nunca ajudam os outros não atraem riqueza na sua próxima vida. No entanto,
os que distribuem e compar tilham, quer tenham muito ou pouco, atrairão a
prosperidade”.
Como exemplo disso, há os casos de jovens que ocupam lugares
reservados nos ônibus e metrôs. Esta ação de “roubar” o lugar dos outros
fica registrada no inconsciente daqueles que praticam essa ação.
Embora eles possam pensar que levaram vantagem, no inconsciente fica
registrada a voz da consciência: “Não é justo, tomei um lugar que não é meu;
se fosse banco comum, estaria dentro do meu direito, mas...”. Esse
sentimento de culpa, por ter tirado a oportunidade de um idoso se sentar num
lugar de direito, pode conduzir esses jovens a perderem boas oportunidades
na vida.
Os carmas equivalem ao exercício fiscal de uma empresa
O mestre Masaharu Taniguchi exemplifica que o carma equivale ao
exercício fiscal de uma empresa, que pode encerrá-lo com o resultado final
positivo ou negativo. Se encerrar com resultado positivo, iniciará o próximo
exercício com dinheiro em caixa e não terá tantos apuros como aquela
empresa que encerrou o ano com prejuízo.
Da mesma forma, o espírito que inicia uma nova encarnação nascendo em
lar harmonioso, sem passar fome, é por crédito de ter realizado carmas bons
na vida anterior.
Ao nascer, a influência dos carmas não se restringe apenas aos das
encarnações passadas. Se a balança do carma pende para o lado negativo, é
preciso fazê-lo pender para o lado desejado praticando boas ações.
O carma, por se tratar de lei da causa e efeito, não há razão de temê-lo.
No livro A Verdade, v. Suplementar, 1. ed., p. 73, o prof. Masaharu
Taniguchi define:
 
O fato de poder confiar na lei significa garantia de justiça e ordem.
Se aprendermos a respeitar a lei, conquistaremos a liberdade.
Quando ignoramos a lei, ela não nos amarra, mas nos ferimos indo
contra a lei, devido à nossa própria ignorância em desconhecer a
natureza e o poder da lei.
Quem não acredita em reencarnações não entende o porquê
de muitos fatos
Se o indivíduo diz “eu não acredito em reencarnações”, é porque
aprendeu desde a sua infância que “ao morrer, será levado ao juízo final, e
Deus permitirá entrar no Céu se a pessoa foi boazinha e, se foi ruim, a
mandará para o inferno, onde arderá eternamente no fogo”.
Esse tipo de afirmação é de quem não conhece as leis espirituais e ainda
acredita que Deus faz julgamento e seja vingativo. Se Deus agisse dessa
forma, seria vingativo, e o amor dEle seria relativo e não amor absoluto.
A afirmação “não acredito em reencarnação porque não consta na Bíblia”
também não é correta. Há alguns trechos que mencionam a respeito.
Elias foi um profeta hebreu que viveu no século IX a.C., e no Velho
Testamento é mencionado que Deus enviaria à Terra Elias novamente: “Eis
que eu vos envio o profeta Elias, antes que venha o dia grande e terrível do
Senhor” (Malaquias 4. 5).
Jesus foi a um monte e levou consigo Pedro, Tiago e João. Nesse
momento apareceram Moisés e Elias, e o rosto de Jesus ficou totalmente
alterado e ele falou com ambos. Assim consta na Bíblia:
 
Seis dias depois, tomou Jesus consigo a Pedro, e a Tiago, e a João,
irmão deste, e os conduziu à parte a um alto monte; e foi
transfigurado diante deles; o seu rosto resplandeceu como o sol, e as
suas vestes tornaram-se brancas como a luz. E eis que lhes
apareceram Moisés e Elias, falando com ele. Pedro, tomando a
palavra, disse a Jesus: Senhor, bom é estarmos aqui; se queres, farei
aqui três cabanas, uma para ti, outra para Moisés, e outra para Elias.
Estando ele ainda a falar, eis que uma nuvem luminosa os cobriu; e
dela saiu uma voz que dizia: Este é o meu Filho amado, em quem me
comprazo; a ele ouvi. Os discípulos, ouvindo isso, caíram com o
rosto em terra, e ficaram grandemente atemorizados. Chegou-se, pois,
Jesus e, tocando-os, disse: Levantai-vos e não temais. E, erguendo
eles os olhos, não viram a ninguém senão a Jesus somente. Enquanto
desciam do monte, Jesus lhes ordenou: A ninguém conteis a visão,
até que o Filho do homem seja levantado dentre os mortos.
Perguntaram-lhe os discípulos: Por que dizem então os escribas que
é necessário que Elias venha primeiro? Respondeu ele: Na verdade
Elias havia de vir e restaurar todas as coisas; digo-vos, porém, que
Elias já veio, e não o reconheceram; mas fizeram-lhe tudo o que
quiseram. Assim também o Filho do homem há de padecer às mãos
deles.
(Mateus 17. 1-12)
 
E no versículo seguinte consta “Então, entenderam os discípulos que lhes
falava a respeito de João Batista” (Mateus 17. 13). Está muito claro que
João Batista é a reencarnação do profeta Elias.
E, no Evangelho de S. João, 9. 1, cita: “E, passando Jesus, viu um homem
cego de nascença”, e no versículo seguinte: “E os seus discípulos lhe
perguntaram, dizendo: Rabi, quem pecou, este ou seus pais, para que
nascesse cego?”.
Analisando a pergunta que os discípulos fizeram a Jesus sobre carma, o
mestre Masaharu Taniguchi escreveu no livro Evangelho Segundo João, 1.
ed., 22ª Preleção, 5. ed., pp. 139-140:
 
Nota-se, pelas palavras dos discípulos, que os judeus da época
tinham por senso comum a ideia de que um defeito físico de nascença
era manifestação do pecado dos pais, dos ancestrais ou da própria
pessoa. Caso contrário, não fariam tal pergunta. Perguntaram se era
pecado do próprio cego, mas, se ele já nascera assim, como poderia
ter pecado? Isso mostra que os discípulos possuíam a noção de que o
homem teve uma vida passada e que os carmas de tal vida podem se
manifestar na presente encarnação.
 
No livro Você Pode Curar a Si Mesmo, 1. ed., p. 34, há uma explicação
clara sobre a personalidade das pessoas:
 
Entretanto, problemas com ambiente, bem como o ódio, a ira, o medo
etc. decorrentes de relações pessoais, não são ocorrências restritas a
esta vida. As pessoas passaram por isso várias vezes em suas vidas
anteriores, e esses sentimentos estão armazenados no inconsciente
delas, influindo na sua vida atual, seja no tocante ao estado
psicológico, seja no tocante à condição física. As lembranças da
vida que elas levaram no mundo espiritual, onde permaneceram no
tempointermediário entre a preexistência e a vida atual, também
devem influir nas suas condições psicológicas e físicas.
 
Na mesma página, o mestre Masaharu Taniguchi cita o caso da menina que
sofria de claustrofobia identificada por Edgar Cayce:
 
Nesta vida, ela nunca havia passado por uma experiência
aterrorizante de ficar presa num cubículo escuro, numa caverna ou
qualquer ambiente fechado. No entanto ela tinha medo de permanecer
em lugar fechado e, mesmo quando ia ao teatro, precisava sentar-se
num assento próximo à porta de saída. Também no ônibus ela tinha
de permanecer perto da porta e, quando começavam a entrar muitos
passageiros, apressava-se em sair antes que fosse impedida de ficar
junto à porta. Quando participava de uma excursão à zona rural, se
existisse no local uma caverna, uma gruta ou uma cabana sem janelas
e com a porta fechada, a menina começava a tremer de medo e não
conseguia se aproximar. Com seu poder espiritual, Cayce descobriu
que, na existência anterior, essa menina morreu asfixiada quando o
teto da caverna em que entrara cedeu de repente e a soterrou. O
pavor que ela sentiu nos momentos derradeiros permaneceu em seu
inconsciente, e era por isso que tinha um medo anormal de ambientes
estreitos e fechados.
Capítulo 2
MODO DE VIVER
O mestre Masaharu Taniguchi cita Karl Augustus Menninger em diversos
livros, e cita principalmente o livro escrito por este O Homem Contra Si
Próprio. E qual o motivo dessas citações? Algumas pessoas podem pensar
que o prof. Masaharu Taniguchi tenha se inspirado no citado livro para
descrever sobre pecado, autopunição, autodestruição etc., mas isso não
ocorreu, pois a Sutra Sagrada Chuva de Néctar da Verdade foi publicada
oito anos antes do livro de Menninger. O motivo das citações é por
Menninger descrever, como psiquiatra e psicanalista, a respeito da
consciência de culpa da mesma forma que constam nos livros e sutras da
Seicho-No-Ie.
Ao longo de várias encarnações, vivemos diversas épocas, e os fatos
estão registrados no nosso inconsciente.
No livro Lições para o Cotidiano, cap. 29, consta:
 
Citei na revista Josei no Risō (Ideal da Mulher) o caso de um
menino que urinava na cama todas as noites. Como nenhum
tratamento surtia efeito, seus pais procuraram o vidente Edgar Cayce.
Este, com seu poder de clarividência, descobriu que, na encarnação
anterior, esse menino fora pastor e perseguira cruelmente os médiuns
e sacerdotisas. Ele os prendia a grilhões e lançava-os na água. O
carma resultante desse ato cruel manifestava-se na encarnação atual
sob a enurese noturna, fazendo com que ele molhasse todas as noites
o seu corpo, apesar de ser crescido. Onde estariam ocultos os carmas
acumulados na vida anterior a esta? Eles estão na mente...
 
Quem carrega dentro de si sentimento de culpa por ter prosperado
prejudicando alguém, seja nesta encarnação ou em algumas anteriores,
mesmo que conscientemente não tenha a informação do que aconteceu, pela
força cármica é arrastado para o caminho das dificuldades financeiras.
Quem carrega sentimento de culpa por prejudicar a saúde de alguém passa a
ter problemas de saúde ou reencarna em um novo corpo que sofre com
doenças. Quem carrega sentimento de culpa por ter causado sofrimento a ex-
noivo(a) geralmente é infeliz nos namoros ou casamento.
Em A Humanidade é Isenta de Pecado, 11. ed., p. 21, o Mestre registra:
 
Recentemente li a tradução do livro O Homem Contra Si Mesmo, de
autoria do dr. Karl Menninger, um expoente da medicina
psicossomática dos Estados Unidos. É um interessante livro de
psicanálise que qualifica o contraditório desejo de autodestruição
como “instinto de suicídio”, e as doenças crônicas como “suicídios
lentos”. E explica, citando exemplos reais, que as doenças são
curadas quando se corrige esse instinto de autodestruição.
 
Na Sutra Sagrada Chuva de Néctar da Verdade, Capítulo “Sabedoria”,
consta: “Todas as desarmonias e imperfeições nada mais são que
pesadelos”.
Por que desarmonias são pesadelos? Porque não está se manifestando a
lei de Deus na nossa vida, isto é, não estamos vivendo o amor, e sim o
oposto, que é o ódio. E por que imperfeição é pesadelo? Da mesma forma, a
resposta é que não estamos vivendo como filhos de Deus.
 
Sendo o pesadelo aquilo
que dá força ativa à infelicidade,
à doença,
à desarmonia,
à imperfeição,
estas se assemelham às diabólicas
opressões que, em sonho,
podem nos fazer sofrer;
mas, ao despertarmos, 
percebemos que
não existe força alguma para nos oprimir.
 
E vem a pergunta: “De onde vem essa força que nos causa sofrimento
como doença, dificuldades financeiras, desarmonias etc.?”. Respostas:
 
1 – Há quem diga ser de satanás. Mas Deus é criador onipotente. Sendo
Deus o único criador e amor absoluto, por que iria criar um ente para causar
sofrimentos? No Gênesis consta que tudo que Deus criou Ele achou bom, e
em nenhum momento cita que Deus tenha criado satanás.
2 – A força que nos oprime não foi criada por Deus. Portanto, não tem
existência real, então podemos dizer que não é oficial, não é verdadeira.
Deus é Verdade e tudo que Ele criou é verdadeiro e existente.
E surge outra pergunta: “Então quem é o autor dessa força que nos
oprime?”.
A resposta é: a mente do homem. “Nada mais são que dores criadas em
nossa própria mente e sofridas pela nossa própria mente”, assim explica a
Sutra Sagrada Chuva de Néctar da Verdade.
E vem outro questionamento: por que o homem criaria algo para fazê-lo
sofrer?
A resposta é: “por não revelar a perfeita e harmoniosa Imagem
Verdadeira da Vida” que é a de filho de Deus, e se crê na imagem falsa “sou
pecador”.
A verdadeira imagem é a descrita no Gênesis 1, 27: “E criou Deus o
homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou”.
O que é fortemente registrado no subconsciente da pessoa a conduz
conforme o pensamento registrado.
Já tive a oportunidade de assistir a alguns casos de hipnose. Em um deles
o hipnotizador disse ao hipnoti zado:
– Para você, não existe o número 7. Agora, conte até 10.
Ele contou:
– 1, 2, 3, 4, 5, 6, 8, 9, 10. – E não mencionou número 7.
– Você se esqueceu de um número – disse o hipnotizador, e com muita
firmeza ele retrucou:
– Não, senhor.
– Então, conte outra vez.
Contou, mas novamente não disse o número 7, isso porque o
subconsciente não raciocina como a mente consciente. E por fim o
hipnotizador disse:
– Agora, existe para você o número 7. – E pediu para contar novamente.
Ele contou e, desta vez, disse o 7.
No livro A Humanidade é Isenta de Pecado, 11. ed., p. 65, cita:
 
A ideia da existência do castigo de Deus e a ideia de que o ser
humano é feito de matéria estão arraigadas no subconsciente da
humanidade, sendo consequências disso todas as infelicidades deste
mundo. Quando essas ideias errôneas são eliminadas, praticamente
todas as doenças e infortúnios se extinguem. Eis por que um
paralítico levantou-se e andou quando Jesus lhe disse: “Estão
perdoados os teus pecados. (...) Levanta-te, toma o teu leito e vai
para tua casa”. Muitas pessoas se curam quando simplesmente lhes
afirmo: “Você não tem pecado algum!”.
 
Qual seria o motivo de o mestre Masaharu Taniguchi afirmar que: a ideia
da existência do castigo de Deus e a ideia de que o ser humano é feito de
matéria estão arraigadas no subconsciente da humanidade? Pelo fato de as
pessoas trazerem no seu inconsciente muitos conceitos aprendidos nas vidas
anteriores. Como prova disso, há o exemplo citado anteriormente de pessoas
que foram soterradas ou enterradas vivas e que nas encarnações seguintes
sofreram de claustrofobia, mas ao tomarem conhecimento desse fato se
curaram.
Os povos antigos faziam sacrifícios de animais e até de seres humanos
com o intuito de apaziguar deus, pois acreditavam que esse deus castigava
por causa dos pecados cometidos. Quando se diz os povos antigos, é comum
as pessoas pensarem neles como se fossem grupos de pessoas diferentes
delas, mas nós fizemos parte dos povos antigos.
Nem tudo o que trazemos no nosso inconsciente se purifica em uma única
encarnação, é poresse fato que os espíritos elevados são aqueles que se
reencarnaram dezenas e dezenas de vezes e ao longo desse período se
purificaram. São os chamados “espíritos veteranos”.
Gratidão aos pais
“Eu estou com Deus, portanto estou com tudo” – há pessoas que pensam
que basta orar para Deus que já é suficiente. Para alcançarmos a verdadeira
felicidade, é fundamental que estejamos harmonizados com tudo e com
todos, mas a prioridade maior é harmonizar-se com os pais, por isso há na
Revelação Divina da Grande Harmonia a seguinte citação: “Dentre os teus
irmãos, os mais importantes são teus pais”.
A definição do lugar e em qual família o espírito vai se reencarnar não é
por acaso nem por sorteio, mas por ligação cármica e de acordo com a
missão que ele tem a cumprir.
Ramatis é um espírito muito elevado e sua última encarnação teria sido na
Indochina no século IX ou X d.C. Entre seus ensinamentos, há um que diz:
“Quantas vezes os pais de hoje são os próprios responsáveis por crimes
cometidos no passado àqueles que depois reencarnam como seus filhos!
Então cumpre-lhes a severa obrigação de reerguê-los moral e
espiritualmente, amparando-os para alcançarem condições superiores. Da
mesma forma, inúmeros filhos que participam das provas dolorosas dos seus
pais também estão vinculados a eles por débitos semelhantes. Nos lares
terrenos é muito comum que os algozes e as vítimas se ajustem
espiritualmente, presos aos mesmos interesses e necessidades”.
Quando se diz que a ligação pais-filhos é cármica, não significa que seja
sempre carma negativo, mas também é carma positivo. A frase do mestre
Masaharu Taniguchi exprime bem esse fato: “Para se chegar a Deus, há uma
porta antes pela qual devemos passar: são os pais”.
Eis o relato do preletor Antonio Carlos Barbosa:
 
Meu nome é Antonio Carlos Barbosa, sou casado com Deise e tenho
três filhos: Helena Mercedes, Pedro Ivo e Giovanni Ângelo. Moro
em Brasília, Distrito Federal, e sou adepto da Seicho-No-Ie há 26
anos e preletor há oito anos.
Sou do interior de São Paulo e minha esposa é de Recife,
Pernambuco. Conhecemo-nos em Brasília, no ano de 1986, pois,
após me formar em Direito, fui para Brasília fazer um curso de pós-
graduação. Conheci Deise, que também fazia o mesmo curso, e em
pouco tempo nos casamos. Inclusive a festa de conclusão do curso de
pós-graduação foi no nosso casamento.
Casamos em 25 de julho de 1987 e não tínhamos onde morar. Minha
cunhada conseguiu para nós um apartamento alugado no Núcleo
Bandeirante, no Distrito Federal, e uma amiga dela para ser a fiadora
do contrato.
O aluguel era de aproximadamente um salário mínimo e meio e
achávamos que não teríamos problema de honrar o compromisso,
afinal de contas éramos dois advogados com pós-graduação, que na
época era muito difícil encontrar.
Mas não foi bem assim; logo no primeiro mês a dificuldade se
manifestou. Deise ficou grávida da nossa filha Helena, as despesas
aumentaram cada vez mais e, para completar, Deise perdeu o
emprego. Tínhamos poucos clientes, mal dava para custear as
despesas de alimentação; vivíamos de ajuda da minha cunhada, dos
meus pais, dos meus sogros, mas mesmo assim não era suficiente
para nos manter em Brasília com o custo de vida muito alto.
Certo dia, nossa fiadora, que passou a ser nossa amiga, apareceu em
casa e, percebendo a dificuldade financeira, questionou: “Como dois
advogados pós-graduados jovens e dinâmicos não conseguem se
manter financeiramente?”. Nós dávamos desculpas sobre os
problemas econômicos, dizíamos que não conseguíamos emprego
público porque não tínhamos padrinhos que eram chamados de
pistolão etc.
Na época, eu estudava muito para concursos públicos, mas sem
nenhum sucesso, e quando passava não era chamado; uma vez porque
a classificação não era boa e, quando era boa, o concurso era
cancelado. Até emprego nos classificados eu procurava sem sucesso.
Vendo a nossa dificuldade, ela nos convidou para uma reunião no
templo da Seicho-No-Ie, na 403/404 Sul, em um domingo. De início
não vi muita utilidade em participar de uma reunião filosófica,
enquanto eu precisava de dinheiro para pagar as contas. Mas por
curiosidade aceitei o convite, na esperança de ouvir alguma coisa
que me desse segurança para tomar a decisão de desistir de Brasília
e voltar para São Paulo, para a casa dos meus pais. Então fomos à
reunião.
Quando chegamos lá, fomos recebidos por várias pessoas na porta
nos reverenciando e dizendo “bom dia, muito obrigado!”. Para mim
foi uma surpresa; até olhei para trás para saber se estavam falando
comigo mesmo. E de início percebi o grande amor daquelas pessoas
que nem me conheciam.
Sentamos e aguardamos a reunião começar. Então anunciaram o
palestrante: “Preletor Heitor Miyazaki”. O preletor discorreu sobre
prosperidade, falando sobre a necessidade de se esforçar em atingir
o objetivo. Eu retruquei: “Mas isso não é novidade nenhuma”.
Naquela época eu vinha estudando muito, o dia todo, para conseguir
passar num concurso, mas sem sucesso.
Lembro-me, como se fosse hoje, de que me questionei mentalmente:
“Eu quero saber o que vim fazer aqui, deveria estar estudando, pois
daqui a 30 dias haverá o melhor concurso de todos, de procurador, e
eu estou aqui perdendo meu tempo”.
Mal acabei de concluir o pensamento e o preletor Heitor Miyazaki
disse: “Se você acha que está aqui perdendo seu tempo, é porque lhe
falta gratidão”. Novamente me questionei: “Que nada, quanto a
respeitar os outros, tive boa educação, e sou diligente, esforçado,
respeito todo mundo; acho que essa palestra não tem nada a ver
comigo”. Mal terminei esse novo pensamento, o preletor asseverou,
com voz firme: “Se você hoje é uma pessoa que não negligencia suas
obrigações, é uma pessoa esforçada e cumpre todas as regras para
obter sucesso das que falei aqui e, mesmo assim, não consegue um
emprego, não consegue pagar suas contas, é porque você não tem
gratidão a SEU PAI E SUA MÃE. Quantas vezes você agradeceu ao
seu pai e à sua mãe?”.
E ele continuou: “Se você não agradece a seu pai, comece hoje
mesmo agradecendo ao papai, à mamãe e àquele com quem é casado
e também ao sogro e à sogra. Agradeça 10 mil vezes por dia”.
Aqueles cinco minutos de palestra me atingiram como uma flecha
certeira. Nunca tinha ouvido aquilo de ninguém: “Agradecer a papai
e mamãe pela sua vida”. Já tinha ouvido sobre respeitar, honrar, mas
nem sabia o que isso significava.
Logo que cheguei em casa, peguei um caderno quadriculado (aqueles
de aritmética) e, em cada quadrinho, eu fazia dois riscos, cada risco
um “obrigado, papai”, formando um X em cada quadradinho.
Naquela noite fiz uma folha para “obrigado, papai”, uma folha para
“obrigado, mamãe”, uma para minha sogra e outra para meu sogro.
No dia seguinte, eu me senti bem disposto, mas achei que aquela
prática não tinha sentido, então me lembrei do que a Deise dissera:
“Carlos, vai logo, você vai perder o ônibus de novo”. Naquela época
os ônibus eram muito escassos e passavam apenas três ou quatro
vezes por dia do Bandeirante para o Plano Piloto, em Brasília. Eu
respondi: “Não vou nem esquentar, pois na semana passada perdi o
ônibus todos os dias, inclusive nos dias em que cheguei adiantado o
ônibus tinha quebrado”.
Naquela manhã saí de casa tranquilo, já esperando perder o ônibus.
Cheguei à parada uns 20 minutos atrasado e, quando cheguei, qual foi
a minha surpresa: o ônibus chegou junto comigo, também se atrasou
uns 20 minutos. Achei uma coincidência incrível. Enquanto as
pessoas reclamavam do ônibus atrasado, eu peguei o caderno e voltei
a fazer agradecimento. Aquele dia deu tudo certo para mim, depois
daquele dia nunca mais perdi um ônibus.
Mas o problema financeiro ainda era muito grande, e eu tinha apenas
mais uma chance em Brasília. Em 30 dias haveria um concurso
público para procurador federal. Foram abertas apenas quatro vagas
para mais de 5 mil candidatos. Um dos concursos mais concorridos
da época, porque, além de ser um cargo de poucas vagas, o salário
era alto e o aprovado poderia continuar advogando, prerrogativa que
não era deferida aos demaiscargos da carreira jurídica. Seria o
último concurso com essas vantagens. Era tudo que o profissional do
Direito queria.
Além de estudar, eu praticava diariamente o agradecimento a papai e
mamãe, sogro e sogra, num total de duas horas, além de ler a sutra
sagrada duas vezes por dia em gratidão aos antepassados, pelo
menos, e participar das reuniões semanais da Associação Local.
Passamos a fazer parte da Missão Sagrada e ser cotistas de revistas.
Durante aqueles 30 dias de prática, eu acordava subitamente às 4
horas da manhã, para estudar antes de ir para o trabalho, e não sentia
nenhum cansaço. E tudo dava certo, até um cliente apareceu e me
pagou um valor que deu para eu pagar todos os débitos e ainda as
contas do mês.
Chegou o dia do concurso, foram várias provas. Recordo-me da
última prova, sendo objetiva com dez questões pela manhã e prova
prática à tarde; eu estava tão seguro que nem rascunho fiz. Quando
terminei, os comentários eram sobre as dificuldades da prova, todos
reclamaram da complexidade das questões. Aí bateu um medo
misturado com dúvida: “Será que eu fui tão mal a ponto de não
perceber essas dificuldades que todos estão falando?”. Saí da prova,
peguei o meu caderno e voltei a fazer a prática de agradecimento. Fui
para casa, onde minha esposa me esperava, também lendo a sutra
sagrada, com minha querida e amada filha recém-nascida.
Na segunda-feira foi anunciado que o resultado sairia em 30 dias.
Nesses 30 dias seguintes, pratiquei intensamente a gratidão aos pais.
E senti quanto os pais amam os filhos. Naqueles dias, senti uma
segurança tão grande que, passando ou não no concurso, eu tinha a
certeza de que eu era um homem de sucesso e que tudo que eu fizesse
daria certo. O escritório que eu tinha com minha esposa rapidamente
começou a ter clientes, motivando o nosso trabalho.
Certa manhã, ao sair do ônibus, um colega me informou que todos
estavam indo para a procuradoria, pois o resultado havia sido
divulgado e a lista dos aprovados estava afixada no mural. Como
todos estavam indo para lá, eu também fui, mas a passos curtos, pois
todos correram na minha frente. Recordo-me de que a maioria dos
candidatos já eram profissionais consagrados, tanto como
advogados, delegados e alguns como juízes estaduais, todos com
experiência profissional e na faixa dos 35 anos de idade; e eu ainda
com 24 anos de idade, andando de ônibus com os livros debaixo dos
braços. Acabei ficando por último para visualizar o resultado e,
pacientemente (morrendo de medo), esperei a minha vez para ver a
relação de aprovados para aquelas quatro vagas.
Percebi que todos voltavam com a expressão de decepção. Durante
aqueles minutos até chegar ao mural, eu só agradecia a papai,
mamãe, sogro e sogra; fui me aproximando, e as pessoas que estavam
mais próximas do mural, algumas conhecidas, me deram passagem
como se eu fosse um protagonista de uma peça teatral, então fui me
aproximando e percebi que a lista de aprovados era pequena, me
aproximei mais, e mais, até chegar bem perto, para ler que, das
quatro vagas, somente uma havia sido preenchida, e lá estava o nome
do único aprovado: ANTONIO CARLOS BARBOSA, o meu nome!
E sobraram três vagas para o próximo concurso.
Depois daquele dia, intensifiquei ainda mais as práticas da Seicho-
No-Ie, participando ativamente das atividades. Tornei-me diretor da
Associação Local da Fraternidade e minha esposa da Associação
Pomba Branca do Núcleo Bandeirante, posteriormente tornamo-nos
divulgadores e, hoje, somos preletores.
Profissionalmente, aos 25 anos assumi a procuradoria, aos 29 fui
nomeado corregedor-geral do INSS, assumi a cadeira de professor
de Direito Previdenciário e Tributário de uma Universidade de
Brasília-DF; fui assessor da Presidência da República no Palácio do
Planalto com o Presidente Fernando Henrique, depois com o
Presidente Lula; fui um dos criadores da Corregedoria-Geral da
Advocacia-Geral da União e da Controladoria-Geral da União, onde
exerci também o cargo de assessor, e este ano fui condecorado com o
título Embaixador da Paz pelo Congresso Nacional. O escritório de
advocacia da minha esposa cresceu muito e hoje conta com mais de 5
mil clientes em todo o país e no exterior. E, para completar minha
alegria de ser Seicho-No-Ie, eu e minha maravilhosa esposa tivemos
o prazer de recepcionar em Brasília, para o Seminário da Luz, a
pessoa responsável pelo nosso despertar nessa filosofia
maravilhosa: o preletor Heitor Miyazaki. MUITO OBRIGADO.
 
Na verdade a honra foi minha em ser recepcionado por um casal tão
ilustre!
O livre-arbítrio
Cada um tem o seu modo de viver, e isso é livre-arbítrio. Pode-se
escolher viver carrancudo ou sorridente, de forma pessimista ou otimista,
com sentimento de gratidão ou ingratidão, retraído e sempre com medo ou de
forma corajosa, benquisto por todos ou antipático, prestativo em ajudar ou
ser egoísta.
Desconheço o autor da história a seguir. Por retratar sobre o livre-arbítrio
e a escolha da decisão que podemos ter diante de cada situação, gostaria de
compartilhar com todos:
 
A história de Jerry
 
Jerry era um tipo de pessoa adorável. Ele sempre estava de alto-
astral e sempre tinha algo positivo para dizer. Quando alguém lhe
perguntava: “Como vai você?”, ele respondia: “Melhor que isso, só
dois disso!”. Ele era o único gerente de uma cadeia de restaurantes,
porque todos os garçons seguiam seu exemplo. A razão dos garçons
seguirem Jerry era por causa de suas atitudes. Ele era naturalmente
motivador. Se algum empregado estivesse tendo um mau dia, Jerry
prontamente estava lá, contando ao empregado como olhar pelo lado
positivo da situação.
Observando seu estilo, realmente fiquei curioso, então um dia eu
perguntei a Jerry:
– Eu não acredito! Você não pode ser uma pessoa positiva o tempo
todo... Como você consegue?
E ele respondeu:
– Toda manhã eu acordo e digo a mim mesmo: “Jerry, você tem duas
escolhas hoje: escolher estar de alto-astral ou escolher estar de
baixo-astral”. Então eu escolho estar de alto-astral. No momento em
que acontece alguma coisa desagradável, eu posso escolher: ser
vítima da situação ou aprender algo com isso; eu escolho aprender
com isso! Todo momento alguém vem reclamar da vida comigo, eu
posso escolher aceitar a reclamação, ou posso apontar o lado
positivo da vida para a pessoa. Eu escolho apontar o lado positivo
da vida.
Então, eu argumentei:
– Tá certo! Mas não é tão fácil assim!
– É fácil sim – Jerry disse. – A vida consiste de escolhas. Quando
você tira todos os detalhes e enxerga a situação, o que sobra são
escolhas, ou seja, as decisões a serem tomadas. Você escolhe como
reagir às situações. Você escolhe como as pessoas vão afetar no seu
astral. Você escolhe estar feliz ou triste, calmo ou nervoso... Em
suma, é escolha sua como você vive sua vida!
 
É uma história que aprecio muito. Não sei se é verídica ou não, mas isso
pouco importa, o que importa são as lições de vida que podemos obter. As
boas fábulas são histórias criadas que deixam no subconsciente das crianças
boas sementes. Levam-nos à autorreflexão e também a pensar melhor antes
de qualquer decisão. Mostra como o ego pode conduzir a vida a momentos
tristes e como pode torná-la simples.
Em outras palavras, quem cria situações embaraçosas somos nós
próprios. Viver de modo simples, com sabe doria, é o melhor caminho, pois é
o caminho para a felicidade.
O famoso filósofo chinês Confúcio (551 a.C.-479 a.C.) disse: “Não
vingues, da vingança vem o arrependimento”.
Sabedoria de Agasha
No livro A Verdade, v. 8, 11. ed., pp. 153-166, constam mensagens de
sabedoria de um iluminado chamado Agasha, que foi um líder religioso no
Egito há 7 mil anos. Entre 70 textos inseridos no livro, há o seguinte: “Não
se envolva com o mal e com lutas. Procure meditar sobre a lei da causa e
efeito, que age em seu íntimo e ao seu redor. Afaste o mal com a harmonia de
sua mente”.
Quando se compreende a lei da causa e efeito, aquele que pensou ser
vítima de uma situação chegará à conclusão de que se tratou da colheita
(carma plantado por ele) e que ninguémé vítima por acaso, que a ação
criada por ele é que gerou uma reação; e esta ação (carma) pode ter sido
criada na última encarnação, penúltima, duas, três, sete anteriores, ou seja, o
efeito do carma nem sempre ocorre na encarnação seguinte.
Lei da causa e efeito ou lei do carma referem-se à mesma lei. É a lei da
compensação, é lei que mostra as nossas ações. A palavra “karma ou
carma” vem do sânscrito e significa “ação”. Há pessoas que utilizam a
palavra “destino” referindo-se ao carma, mas na realidade o carma não
influi integralmente, conforme vimos no início do livro.
“Eu tenho de pagar o carma? Não tem saída?”
A lei da causa e efeito não foi criada por Deus para nos castigar. Como
filhos de Deus, também temos o poder da criação e, junto com o livre-
arbítrio, podemos criar (colher) fatos bons ou não, ou seja, devemos
compreender que o poder da criação dado ao homem pode refletir em sua
vida como um espelho. Por isso o budismo diz que tudo é projeção da mente.
No livro A Humanidade é Isenta de Pecado, 11. ed., p. 21, consta:
 
Por que a humanidade faz guerras apesar de buscar a paz? Poucos
são os que conhecem a sua verdadeira causa. A humanidade, apesar
de buscar o caminho para a Vida, parece seguir o caminho da morte.
Isso se deve ao fato de o homem não saber que ele é, na sua essência,
um ser espiritual puro e imaculado, e de estar praticando autopunição
e autodestruição, levado pela ideia cristã de pecado original ou pela
ideia budista sobre a inexorabilidade do carma.
 
A autopunição está na crença inconsciente de que o carma não muda é
inexorável, severo, inflexível, que não tem perdão. O próprio título do livro
O Homem Contra Si Próprio, de Menninger, retrata isso.
Na Sutra Sagrada Chuva de Néctar da Verdade consta: “Aquele que
conhece a Imagem Verdadeira da Vida transcende a causalidade e alcança a
liberdade harmoniosa da Vida, que é originariamente sem distorções”. E no
Capítulo “Sabedoria”, a sutra diz: “(...) nós é que nos oprimimos com a
nossa própria mente” e que a força que nos oprime, nas doutrinas que
admitem Buda, chama-se ilusão e, nas doutrinas que admitem Deus, chamam-
na de pecado.
É a palavra pecado que, no nosso inconsciente, vibra como punição,
castigo, apesar de sabermos conscientemente que Deus não castiga, porque é
amor absoluto.
No livro A Humanidade é Isenta de Pecado, 11. ed., p. 178, o Mestre diz:
 
Também nos tempos bíblicos, houve pessoas que perguntaram a Jesus
acerca da relação entre o pecado e a ocorrência de infelicidades,
doenças etc. A resposta de Jesus Cristo foi a seguinte: “Pensais que
esses foram mais pecadores do que todos os galileus, por terem
padecido tais coisas? Não, eu vos digo; antes, se não vos
arrependerdes, todos de igual modo perecereis. Ou pensais que
aqueles dezoito sobre os quais caiu a torre de Siloé e os matou foram
mais culpados do que todos os outros habitantes de Jerusalém? Não,
eu vos digo; antes, se não vos arrependerdes, todos de igual modo
perecereis” (Lucas 13. 2-5). O pecado acaba sempre se manifestando
concretamente. Mesmo que as consequências do pecado não estejam
manifestadas em vocês agora, devem arrepender-se, pois, caso
contrário, o pecado – “o aspecto em que a Imagem Verdadeira
perfeita está encoberta”, ou o “aspecto imperfeito” – fatalmente
acabará por se manifestar concretamente e chegará a hora de vocês
sofrerem as consequências infelizes. Este foi o ensinamento de Jesus
Cristo.
 
A explicação de Jesus Cristo está clara, mas nem todos entendem na
época atual. Resumindo de forma simples o texto que Cristo disse: o fato de
18 pessoas falecerem com a queda da torre de Siloé não significa que elas
eram mais pecadoras do que as demais. Há pessoas que passam a ter
sentimento de culpa enorme por cometer um pequeno deslize e outras que,
com muito mais deslizes, não sentem peso na consciência.
Observe que o foco da explicação é a palavra “arrepender-se”, por esse
motivo o mestre Masaharu Taniguchi escreveu em negrito. Por exemplo:
suponha que uma senhora entra no metrô de São Paulo e vê o assento normal
e preferencial reservado para idosos e deficientes, mas ocupa o assento
normal. O trem vai ficando cheio a cada estação, não restando nenhum
assento vazio, e, quando entra uma idosa e fica de pé, aquela senhora, vendo
a idosa de pé, pensa em ceder seu lugar a ela, mas reflete: “Quem deve
ceder é aquela jovem que está ocupando assento preferencial”, então
permanece sentada. De repente o trem freia bruscamente, e a senhora idosa
cai e quebra um braço. Ven do-a sofrer, pensa: “Se ela estivesse sentada, não
iria acontecer isso, mas quem deveria ceder o assento era aquela jovem que
não devia se sentar no assento preferencial”, assim se justificava, mas vem
também outro pensamento: “Mas custava dar o meu assento? Não importa se
há pessoas egoístas e insensíveis. eu deveria fazer minha parte”. E o
sentimento de culpa a deixa triste o resto do dia.
Passado alguns meses, quando já havia se esquecido do fato, andando
perto de uma feira, ela escorrega na casca de banana e cai. Quebra o braço.
Por que isso aconteceu? Foi castigo de Deus pelo fato de não ter cedido o
lugar para a idosa?
A resposta é não. O carma não significa pagamento obrigatório. Charles
Breaux diz: “A dinâmica do carma não pretende nos punir. Do ponto de vista
cármico, a punição é sempre autoinfligida”. O sentimento de culpa que leva
a pessoa pensar “eu sou uma pessoa má, por isso mereço ser castigada” é
que a arrasta para o sofrimento, como consta na Sutra Sagrada Chuva de
Néctar da Verdade “dores criadas pela nossa própria mente e sofridas pela
nossa própria mente”.
Eu estava com cerca de 16 anos quando a minha avó me contou um fato
ocorrido no mês anterior. O meu avô fez uma palestra no bairro chamado
Vila Nivi (Zona Norte do município de São Paulo), quando uma menina de 5
anos segurava o seu paletó. Nesse instante, ele passou a mão sobre a cabeça
da menina e disse: “Você é filha de Deus, amável e maravilhosa, não é?”.
No dia seguinte, os pais foram até a Sede Central da Seicho-No-Ie
procurando pelo meu avô:
– Por favor, gostaríamos de falar com o preletor Shunki Yamada.
A pessoa que os atendeu disse-lhes:
– Ele não está, é só com ele? Posso ajudá-los?
E o marido disse:
– Nós viemos aqui para agradecer ao prof. Yamada. Ontem ele fez uma
palestra na associação que frequentamos e, após o término da palestra, a
nossa filha ficou ao lado dele. E, quando ele pôs a mão sobre a cabeça dela
dizendo “você é filha de Deus, maravilhosa”, aconteceu um milagre: essa
nossa filha era cega de nascença e naquele instante passou a ver!
A menina carregava no inconsciente o sentimento de culpa por ter causado
algum mal nos olhos de alguém, e em seu subconsciente estava registrado:
“Sou pessoa má, pecadora, por isso tenho de pagar por esse pecado”. Como
consequência disso, havia o desejo inconsciente de pagar o pecado;
nascendo cega. No entanto, ao ouvir a frase totalmente oposta, “você é
FILHA DE DEUS, é amável e harmoniosa”, despertou para a Verdade:
“SOU FILHA DE DEUS!”.
A palavra arrependimento pode ser interpretada de modo equivocado,
como autocondenação. No dicionário Aulete, consta: 1) mudar de ideia, 2)
remorso, 3) lamentar o mal praticado. Nas citações bíblicas, menciona-se o
arrependimento não para que se fique com remorso e lamentações, mas para
que se “mude de ideia”, mude-se o modo de pensar de “você é pecador, é
filho do pecado” para o modo “você é filho de Deus”.
O objetivo do carma não é punir
Paramahansa Yogananda nasceu no dia 5 de janeiro de 1893 (mesmo ano
em que nasceu o mestre Masaharu Taniguchi e também Karl Menninger). Ele
foi um iogue iluminado que nasceu na Índia e que se mudou para os Estados
Unidos, para realizar o seu trabalho de iluminação, onde fundou a Self-
Realization Fellowship.
Em uma de suas aulas, Yogananda falou para um dos seus alunos: “Você
está confundindo carma com sentença. Muitos cometem esse erro, mas
carma significa apenas ação”.(2)
Outro aluno fez-lhe a seguinte pergunta:
– Mestre, o carma é apenas individualou ele afeta também grupos de
pessoas?
Yogananda respondeu:
– O carma é ação, simplesmente física ou mental, individual ou realizada
por um grupo, uma nação ou um grupo de nações. – E surgiu outra pergunta:
– Em que medida uma pessoa é influenciada pelo carma coletivo?
– Tudo depende da força do seu carma individual. Num desastre de avião,
por exemplo, não é necessário que todos que nele morreram tivessem um
carma que determinasse isso. O carma da maioria nesse desastre
simplesmente pode ter sido mais forte do que o da minoria em termos de
sobrevivência. Entretanto, as pessoas com um carma forte o bastante para
deixá-las vivas seriam salvas, ou durante o desastre ou não tomariam aquele
avião – explicou Yogananda.
A Verdade liberta
Para descrever melhor sobre a Verdade libertadora, transcrevo abaixo o
relato da preletora Michelle Teperino:
 
Professor, bom dia. Muito obrigada!
Desculpe estar talvez importunando, mas não me contive em relatar o
que aconteceu comigo depois da sua vinda aqui, no Rio de Janeiro,
no seminário da Missão Sagrada, duas semanas atrás.
Estava muito deprimida, sem achar razão de viver, até mesmo por
causa da morte da minha mãe. Não estava conseguindo me reerguer,
estava sem emprego e sem ter onde procurar, sem dinheiro, enfim...
Em uma conversa com a minha madrinha, que é preletora, ela me
indicou a leitura do livro A Humanidade é Isenta de Pecado.
Comecei a ler em uma sexta-feira e, no dia seguinte, o senhor falou
com tanta ênfase do livro e das pessoas que mudaram a vida ao lê-lo,
que pensei: “Se elas são filhas do mesmo Pai que eu, também tenho
direito a tudo isso, só depende de mim”. E saí dali com a meta de ler
dez vezes o livro em cinco meses.
Professor, incrível! Comecei a me sentir bem com a leitura, mas tão
bem... que não parei mais... e, dois dias depois, surgiram quatro
entrevistas de ótimos empregos para eu fazer (Embratel, Anvisa,
Bayer e em uma empresa de tecnologia)! Nossa! Não acreditei... E
estão todos me requisitando para agora, um cobrindo a oferta do
outro, e eu estou tendo de fazer a Meditação Shinsokan para saber
para onde vou!
Entre outras coisas, minha irmã está fazendo Oração do Perdão para
o meu pai (pois era uma desarmonia só); meu irmão, que vivia se
aborrecendo por causa de dinheiro, recebeu aumento de salário; eu
consegui vender o apartamento que tinha anunciado; minha filha que
estava rebelde está bem mais calma; recebi a proposta para ser vice-
presidente da minha associação e acho que é só o começo, pois estou
acabando a primeira leitura agora e já partindo para a segunda!
Tudo isso é ótimo, mas nada se compara à felicidade de saber que
tenho dentro de mim a Vida de Deus, que eu não sou uma pecadora
infeliz e que meu Pai verdadeiro nunca vai me deixar, pois sou sua
própria extensão!
Que felicidade! E, por isso, já convenci cinco amigos a ler o livro
também, e eles já começaram a ler, cheios de esperança... Vou levá-
los para ouvir sua palestra em Copacabana no dia 11 de abril. Com
certeza!
Muito obrigada, por sua preciosa atenção e por permitir que leve ao
seu conhecimento todas essas conquistas.
Um abraço.
Michelle Teperino, Rio de Janeiro
 
Érlon Cardoso trazia em seu inconsciente que não era merecedor da
felicidade, mas lendo livros da Verdade despertou e se libertou desse
pensamento. Eis o seu relato:
 
Olá, preletor Heitor,
Vim agradecer ao senhor pela orientação dada abaixo, dois anos
atrás.
Em síntese, meu grande problema era a falta de colocação
profissional! Entre todas as práticas que o senhor me recomendou
fazer, a que mais senti os efeitos positivos foi a transcrição do livro
A Humanidade é Isenta de Pecado. Eu sempre quis ser servidor
público federal, mas não conseguia passar nos exames, e, quando
passava, não era chamado, justamente por intimamente não me achar,
do fundo da minha alma, merecedor do sucesso! Mas, com a
transcrição do livro, o sentimento de culpa foi se amainando cada
vez mais! Hoje, dia 1º de outubro de 2013, é sem dúvida um dos dias
mais importantes da minha vida, pois enfim me tornei servidor
público federal, acabo de voltar de meu futuro local de trabalho:
Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, onde assinei meu
termo de posse e começarei a trabalhar na terça-feira, dia 8 de
outubro! Graças à orientação dada pelo senhor, consegui transcender
o carma da indefinição profissional. Logo após minha posse, nesta
manhã, fui à regional, para aumentar a minha Missão Sagrada! Com
profundo sentimento de gratidão, realizo doação de 10% da minha
renda para a Seicho-No-Ie desde quando eu ganhava pouco mais de
um salário mínimo, em 2010. Sempre tive uma imensa vontade de
fazer cada vez mais, de doar cada vez mais para a Seicho-No-Ie.
Com o tempo, fui aumentando, todos os anos, a minha Missão
Sagrada, sempre com gratidão e amor. Hoje, minha remuneração
inicial no serviço público será o dobro da renda que eu tinha na
iniciativa privada. Em dezembro ainda deste ano, minha remuneração
aumentará ainda mais e, no ano que vem, em outubro de 2014,
quando eu completar um ano no ministério, meu salário será pelo
menos três vezes maior do que minha melhor renda na iniciativa
privada! Só tenho a agradecer a Deus e à Seicho-No-Ie, por isso,
defendo tanto o dízimo e continuarei contribuindo com 10% de minha
renda sempre! Quem doa com amor, sem esperar nada em troca,
sempre acaba recebendo de Deus infinitas dádivas! Aliado ao
dízimo, sempre me dediquei com afinco às atividades como preletor
da Seicho-No-Ie e coordenador de caravanas dos jovens de Brasília!
Certa vez, durante um curso para coordenadores de caravanas, o
senhor disse uma frase que jamais esquecerei: “Quem trabalha com
caravanas acumula carma positivo de caminhão”, ou seja, aos
montes! Tenho me sentido exatamente assim por esses dias,
recebendo tudo aquilo que plantei, com amor, sem visar
recompensas. Em cinco anos, atuando como diretor de caravanas,
tive a oportunidade de levar centenas de jovens de Brasília para
inúmeros eventos da Seicho-No-Ie em Ibiúna e em São Paulo-
Capital. Acredito que todo esse trabalho de incansável amor, sem
nunca ter esperado nada em troca, acabou retornando sob a forma de
bênção com a aprovação, nomeação e posse no serviço público
brasileiro. Todas as vezes em que eu ganhava um cargo dentro da
Seicho-No-Ie, fosse como presidente de Associação Local,
coordenador de caravanas ou como preletor, nunca enxerguei tais
cargos como peso, mas sim como presentes de Deus, vindos
diretamente do mundo da Imagem Verdadeira, para ajudar as pessoas
a serem mais felizes, grandiosas oportunidades para a manifestação
do reino de Deus na face da Terra! E um dos fatos mais interessantes
é que esse concurso no qual fui aprovado, nomeado e empossado
aconteceu cerca de um mês após nós termos levado mais de 300
jovens de Brasília para o Seminário do Despertar da Natureza
Divina, ocorrido em Ibiúna, São Paulo, em julho de 2012, ou seja,
sempre enxerguei essa aprovação como um grandioso presente dos
céus, para que nós possamos continuar o trabalho de iluminação da
humanidade! Muito obrigado, preletor Heitor, continuarei estudando
cada vez mais com afinco a obra A Humanidade é Isenta de Pecado
e divulgando-a para grande número de pessoas, a fim de
concretizarmos o paraíso terrestre, conforme a vontade do Altíssimo!
Muito obrigado!
Érlon Cardoso – Regional DF-Brasília
 
O livro Lições para o Cotidiano, 11. ed., p. 226, explica, de forma clara,
simples e ao mesmo tempo profunda, a Verdade da Vida, e não uma verdade
comum:
 
Ainda que você tivesse até este momento cometido mil pecados, a
verdade é que todos esses pecados “não têm existência real”, pois
Deus não criou pecados nem pecadores. Isso não passa de “sombras”
projetadas pela mente humana, comparáveis às imagens projetadas
numa tela cinematográfica. E por que se projetam essas “sombras” na
tela da vida? Porque o homem – desconhecendo a sua própria
perfeição original – mantém em sua mente a ideia de que “o pecado
existe, e todos os homens são pecadores”, e essa ideia é projetada no
mundodas formas, pois este mundo é uma espécie de tela de três
dimensões. E o homem, vendo essas “sombras” projetadas, torna a
fixar em sua mente a ideia do pecado e do pecador, formando dessa
forma o círculo vicioso de projeções dos carmas negativos. Porém, a
partir do momento em que compreendermos que “na verdade não
existem nem pecados nem pecadores, existem unicamente Deus e
filhos de Deus”, conseguiremos alcançar um mundo de total
liberdade, transcendendo as imperfeições manifestadas no plano
fenomênico.
 
Essa compreensão mudou para melhor a vida do preletor Claudeir Lima
da Costa Filho. Segue seu relato:
 
Por volta de 1996, mencionei ao prof. Heitor Miyazaki sobre minha
vida profissional e financeira, pois não entrava em minha cabeça que
um preletor tão atuante e dedicado não tivesse dinheiro para pagar a
passagem de ônibus e vivesse numa dificuldade financeira enorme.
Ele me disse para ler um determinado livro.
No ano seguinte ele veio à cidade onde eu morava e falei-lhe que as
dificuldades continuavam e, mais, que parte da minha casa havia
sofrido incêndio. Olhando para mim, disse-me:
– Você tem uma expressão de quem carrega muito sentimento de
culpa. Numa encarnação anterior, você deve ter cometido algum ato
que prejudicou alguém.
No mesmo instante respondi:
– É verdade. Realmente eu lesionei.
– Como você sabe?
– Eu fiz regressão – respondi.
– Você pode devolver o dinheiro para essas pessoas? Claro que não,
pois você nem sabe onde elas estão agora e nem sabe quem elas são
hoje. Outra pergunta: Deus está te castigando por isso? Claro que
não, porque Deus não castiga ninguém. Então, quem está te
castigando? A resposta é: você mesmo!
Ele me recomendou ler no mínimo dez vezes o livro A Humanidade é
Isenta do Pecado e não deixar de ler a sutra para os antepassados,
diariamente, e ainda que eu mentalizasse 1.000 vezes ao dia: “Sou
filho de Deus, sou amável, sou bondoso, sou forte, sou harmonioso,
sou saudável, sou alegre, sou feliz, sou vida perfeita de Deus, sou
Vida eterna de Deus. Minha vida é Vida de Deus, e eu não sou
pecador, sou filho de Deus; eu não sou filho do pecado, sou filho de
Deus”.
Fiquei tão emocionado que chorei, pois dentro de mim algo dizia que
seria a minha grande virada. Comprei o livro e em menos de um mês
havia lido dez vezes. Tudo começou a mudar e, então, iniciou-se a
grande virada de minha vida, num segmento em que achava que era o
melhor e que não tinha outro igual, liderava várias pessoas e, naquela
noite, me lembro como se fosse agora: senti uma emoção
inexplicável, como se o sentimento de pecador, de que tem de sofrer,
houvesse desaparecido. Na hora de dormir, falei para a minha esposa
“acho que serei promovido nessa empresa”, pois estava
extremamente feliz e com uma sensação maravilhosa, de liberdade,
mas, até então, ainda era o meu ego achando que naquele trabalho
que exercia havia mais de sete anos eu era um grande líder no Brasil.
Dormi e, quando acordei, não tinha mais vontade nenhuma de
trabalhar naquele segmento, fui levado para um novo segmento, que
não esperava nem passava por minha cabeça: fui convidado a
trabalhar com palestras motivacionais, atendimento ao cliente,
vendas, e três meses depois montei minha empresa Sólon
Treinamento e Consultoria Empresarial. E arrebentei. Em um ano já
era o melhor palestrante do estado e estava entre os melhores do
Brasil. Fui orientar o Ciclo em Vitória, no Espírito Santo, fiz meu
projeto prosperidade e, em sete meses, já havia comprado dois
carros, um era uma Blazer linda e maravilhosa. Em nossa família
poucos haviam feito uma universidade federal, e hoje minha filha é
formada em Direito pela Universidade Federal de Ouro Preto
(UFOP). Já passou no exame da Ordem e pós-graduou-se em Direito
Trabalhista. Com certeza ela terá um futuro brilhante. E meu filho
formou-se pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Em
Direção Teatral. Como um dos diretores mais novos do Brasil, ele é
ator profissional. Com certeza, com uma carreira brilhante. Hoje,
estou morando em Manaus. Após vir orientar o Ciclo da
Prosperidade, recebi convite para treinar algumas empresas pelo
saudoso preletor Daniel Lindoso, a quem tenho eterna gratidão.
Resolvi ficar por Manaus e, hoje, estou atuando com palestras e sou
empresário no ramo de educação, com uma escola de cursos
profissionalizantes, curso de informática, rotinas administrativas,
inglês, espanhol etc. Completei a leitura de 120 vezes do livro A
Humanidade é Isenta de Pecado. Sendo dez vezes em Oração de
Gratidão aos meus antepassados, no meu oratório. Um livro, aquele
livro, quando vejo o prof. Heitor, sinto uma gratidão imensa, e,
quando ouço falar no prof. Kamino Kusumoto, me emociono e tenho
eterna gratidão por eles.
E o melhor de tudo é que é eterna a consciência de ser filho de Deus,
isento de pecado, seja aqui ou no mundo espiritual, ou na próxima
encarnação. Já estou pronto, sem pecado, sem autopunição, sem ter
de pagar, sem ter de sofrer. E só alegria, gratidão e amor.
 
Sobre a regressão citada aqui, nem sempre é benéfica.
Um senhor fez regressão e, em hipnose, foi conduzido para uma
encarnação que teve no século XVII. Sua esposa havia falecido, e ficaram
somente ele e uma empregada. Um dia, ele tentou seduzi-la a força e a
acabou matando-a. Enterrou o corpo no quintal de sua casa.
Ao sair da hipnose, tomou conhecimento do que dissera em estado de
transe e ficou muito chocado, e esse sentimento de culpa o fez entrar numa
forte depressão.
Fazer por obrigação ou fazer da melhor maneira possível?
Lembro-me de quando tinha 8 anos de idade e o meu pai sentou-se ao meu
lado para orientar-me na lição de casa. Era a primeira vez que isso ocorria.
Escrevi a primeira frase e continuei; porém, a partir da segunda frase as
exigências do meu pai começaram. Na época, eu interpretava como maçante
estudar, mas depois percebi que por atrás dessa severidade havia um grande
amor do meu pai quando dizia “apague, não está bom”. Eu apagava e voltava
a escrever, e ouvia outra vez “apague, não está bom”. Em média escrevia a
mesma frase quatro a cinco vezes e sempre ouvindo “apague, não está bom”.
Para o meu alívio, ele aceitou a última frase depois de uma hora escrevendo
e, levantando o caderno, disse: “Olhe a primeira frase e veja a diferença
com esta. Veja que você tem capacidade para fazer sempre melhor”. Com
gratidão e saudade, lembro-me do meu querido pai. E posteriormente entendi
que o amor elevado é também severo.
No momento em que era repreendido, eu pensava: “Mas já está bom, por
que fazer outra vez?” – esse pensamento era de pura preguiça e por não
compreender que tinha capacidade para fazer melhor e não ser displicente.
Entendi que, se for para estudar, deve-se estudar com afinco.
Quando me perguntam: “O que devo fazer para passar no exame, pois já
tentei várias vezes e não passei”, antes de responder, pergunto: “Você está
estudando para passar?”. A resposta que sempre ouço é um “sim”, e então
finalizo a resposta: “É por isso que não passa, pois todos estão fazendo a
mesma coisa. Para conseguir passar, é preciso estudar como se estivesse
compromissado a lecionar, ou seja, estudar de tal forma que esteja
preparado para substituir o professor da matéria”.
Fiz diversos cursos pela empresa e, num deles, foi distribuído a todos os
participantes uma folha que continha uma história, cujo autor constava como
desconhecido. Ei-la:
A história do velho carpinteiro e a casa
Um velho carpinteiro estava pronto para se aposentar; assim sendo,
informou ao patrão o seu desejo de sair da indústria de construção e
passar mais tempo com sua família. Ele disse que sentiria falta do
salário, mas realmente queria se aposentar.
A empresa não seria afetada pela saída do carpinteiro, porém seu
chefe estava triste em ver um bom funcionário partir e, apesar da
determinação do carpinteiro, o patrão pediu-lhe para que trabalhasse
em mais um projeto, como um favor pessoal, e que seria o último.
O carpinteiro concordou, mas, como sua mente estava voltada à
aposentadoria, pegou o projeto sem oentusiasmo que tinha outrora.
Deu início à construção. E terminou-a, fazendo um trabalho de
segunda qualidade e usando materiais inadequados. Foi uma maneira
nostálgica de terminar sua carreira.
Quando o carpinteiro acabou, o patrão veio fazer a inspeção da casa
e, tão logo terminou, deu a chave da casa ao carpinteiro e disse:
– Esta casa é sua. É o meu presente, em consideração aos anos de
dedicação.
O carpinteiro ficou muito surpreso.
“Que pena!” – pensou ele. – “Se eu soubesse que estava construindo
a minha própria casa, teria feito tudo diferente.”
 
Essa história me fez pensar que muitas pessoas deixam de ser felizes por
desconhecerem o que a Seicho-No-Ie sugere numa das Normas Fundamentais
dos Praticantes da Seicho-No-Ie: Ser atencioso para com todas as pessoas,
coisas e fatos.
Quase todo mundo conhece as figuras dos três macaquinhos que ilustram o
provérbio “Não veja o mal, não ouça o mal, não fale mal”; porém, dou
ênfase ao tratamento positivo: “Veja o que é bom, ouça o que é bom, fale o
que é bom” (Yogananda – Onde Existe Luz, p. 119).
Mesmo que não pensemos especificamente em algo negativo, se tivermos
sentimentos negativos, serão atraídos fatos e situações negativos. “Tristeza
aparentemente sem motivo” ou “aborrecimento inexplicável” são
sentimentos negativos. Mesmo que não tenhamos no pensamento,
concretamente, a infelicidade, esses vagos sentimentos trazem como
consequência infelicidades, doenças e desgraças concretas. Por isso, se
surgirem tais sentimentos negativos, é necessário afugentá-los com um alegre
riso, o mais rápido possível. O riso alegre é o remédio mais eficaz para
sanar a sensação de melancolia.
Alguém pode retrucar dizendo que não sente vontade de rir. E por que
isso acontece?
Alguns fatores que o impedem de sorrir com naturalidade
A – Falta de treino
O prof. Katsumi Tokuhisa tinha dificuldades para rir porque um professor
da faculdade de Medicina disse: “Vocês, que acabaram de se formar como
ginecologistas, precisam tomar cuidado especial ao examinar uma paciente:
jamais riam. Ao ginecologista, diferentemente dos demais médicos, as
pacientes precisam expor as partes íntimas, que não mostram nem aos pais.
Portanto, é preciso examiná-las levando em consideração o sentimento
delas. Se o médico rir durante o exame, a paciente poderá pensar que possui
algo anormal e engraçado no seu órgão sexual e se sentirá muito
constrangida” (do livro Mente, Corpo e Destino, 14. ed., pp. 33-34).
Por esse motivo, o prof. Tokuhisa dizia que, se perguntassem a ele qual é
a sua maior alegria como adepto da Seicho-No-Ie, ele responderia: “O fato
de ter-me tornado capaz de rir do fundo do coração”.
O Treino do Riso, realizado nas academias de Treinamento Espiritual, é
para esse objetivo. Nesse treino, não se ri por achar algo engraçado, é por
esse motivo que não se deve forçar o riso contando piadas, mas treinar a rir
para que as pessoas criem o hábito de rir naturalmente.
 
B – Fatos tristes ocorridos no passado
Numa ocasião, disse a uma senhora (não recordo o seu nome): “Crie o
hábito de rir, porque você guarda uma tristeza muito marcante da infância”.
Ela retrucou dizendo que era uma pessoa alegre. Então tornei a frisar: “Nos
seus olhos é muito acentuada essa tristeza. Observe que, nas fotos tiradas de
surpresa, a sua expressão é de tristeza. O rosto é responsável por um destino
feliz, ou não, então procure eliminar essa tristeza do subconsciente”.
Dois anos depois retornei a essa cidade para outro evento e ouvi o relato
que ela fez publicamente: “Aquilo que o professor explicou me fez refletir
como foi a minha infância, então me lembrei de um fato que me fazia chorar
muito. Era quando um dos meus irmãos fazia travessura e a minha avó levava
todos os netos ao quintal. Lá, ela nos obrigava a fazer um círculo e batia com
um galho de uma planta no neto que havia feito algo indevido. Eu chorava
muito e ficava com raiva da minha avó por bater com intensidade no meu
irmão. Ao lembrar-me da cena, perdoei a minha avó, e aquela tristeza
desapareceu”.
 
C – Tristeza de algum antepassado captada pelo descendente
Creio que foi no ano de 1990 que, ao terminar uma palestra em São Paulo,
uma senhora narrou o seguinte fato: seu esposo vivia sempre emburrado e,
de repente, assistindo à televisão ou jantando dizia: “Eu não existo”. Ela
ralhava com o marido dizendo: “Como você diz isso? É lógico que você
existe!”. Um dia ela foi visitar o túmulo do avô do esposo e este, por seguir
uma determinada religião, não entrou no cemitério, ficando à espera em seu
carro. Ela dirigiu-se à administração para obter a localização do túmulo e
ouviu a resposta “não existe esse túmulo”. Um senhor, funcionário do
cemitério, ouvindo a conversa comentou que se lembrava desse túmulo e,
como a família não cuidava dele, nasceu uma árvore nesse local, e ela foi
crescendo e ocupou toda a sua área. Por isso consta que não existe mais.
Então, ela disse:
– O senhor poderia me levar até lá?
Chegando ao local, havia realmente uma enorme árvore. E em voz baixa
disse:
– Vovô, desculpe pelo acontecido, mas o senhor doravante vai receber as
orações por meio desta tabuleta – e levantou a tabuleta memorial com a
inscrição.
Ao sair do cemitério e adentrar no carro, deparou com algo diferente: o
marido estava com a fisionomia totalmente diferente. Então, ele disse:
– Olha, quando você estava lá dentro, senti uma alegria, muita alegria!
E o marido nunca mais falou “eu não existo” e desapareceu a expressão
sombria.
Outro fato semelhante ocorreu na Espanha, que citarei mais adiante.
Opção de cada um: perdoar ou reter o ódio e adoecer?
O Dicionário Técnico de Psicologia define o ódio como: sentimento
persistente de aversão, hostilidade e desejo de infortúnio em relação a outra
pessoa ou objeto subjetivamente vinculado a essa pessoa.
O sentimento de aversão, desagrado, repulsa por uma coisa ou pessoa,
muito forte, pode levar ao ponto de destruição desse objeto que o provoca, e
aumenta quando há uma barreira ou ocorrência de outras emoções negativas
(ciúmes, frustração, inveja). O ódio é a cólera em conserva, ou seja, uma
atitude que persiste interiorizada devido à falta de oportunidade de
descarregar diretamente esse impulso agressivo, ficando no odiento.
O impulso agressivo do ódio, enquanto permanece interiorizado, afeta aos
poucos a saúde de quem não o elimina. Esse sentimento nefasto pode ser
eliminado com o perdão, mas, enquanto a pessoa pensa que está com a razão
e mantém esse pensamento, não conseguirá perdoar de verdade.
Conforme a definição de ódio, o sentimento de aversão pode manifestar-
se em forma de alergia, conforme o relato da senhora Jacy:
 
Meu nome é Jacy Botelho Soares Pinto, sou casada e tenho três
filhos.
Moro em Pirituba, São Paulo.
Eu sofria terrivelmente de uma alergia fazia 32 anos. Já havia
passado por diversos médicos sem nenhum resultado. Os médicos
levantavam o cabelo com espátula por medo de colocar a mão
diretamente, e do couro cabeludo exalava mau cheiro. Andava
desanimada, achando que seria impossível me curar nesta vida.
Mas, um certo dia, estava assistindo a uma palestra do senhor, prof.
Heitor, na Subsede da Seicho-No-Ie, que explicava sobre várias
pessoas que se curaram quando passaram a praticar a Oração do
Perdão e a sentir um profundo sentimento de gratidão aos seus pais.
Eu já participava da Seicho-No-Ie havia seis anos e, conhecendo as
práticas, achava que já tinha perdoado o meu pai.
Resolvi levantar-me e procurar o senhor ali mesmo. Muitas pessoas
o cercavam e eu era uma delas, mas consegui chegar perto e
perguntei:
– Prof. Heitor, daria para o senhor me dar um minuto de atenção?
Contei-lhe o meu problema, e o senhor, com os olhos fechados,
disse:
– Lembra o que aconteceu quando tinha 11 anos de idade?
Eu me lembrei da surra que levei e por ter 11 anos achava que não
deveria mais apanhar, e fiquei com raiva do meu pai. Lembrei-me
das brigas entre meu pai e meu tio, que eram constantes. E, vendo
todo o sofrimento de minha família e o desespero da minha mãe,
desejei quemeu pai morresse naquele instante, então contraí a
alergia que me incomodou por 32 anos.
E o senhor disse que, como havia me lembrado dos fatos, deveria
fazer a Oração do Perdão para o meu pai várias vezes por dia.
Fiquei completamente curada e até parece que ganhei um novo couro
cabeludo. Nunca mais cocei a cabeça, graças a Deus e ao senhor,
prof. Heitor, que Deus lhe abençoe e ilumine o seu caminho nesta
missão maravilhosa.
 
O ódio pode se projetar no filho em forma de doença. No livro Conquiste
a Felicidade com Amor, 1. ed., p. 77, citei o caso de uma menina de 3 anos
que tinha as pernas voltadas para dentro e que o aparelho ortopédico que
usava não estava surtindo efeito. Expliquei à mãe que as pernas simbolizam
antepassados e pais; portanto, se estavam voltadas para dentro, levando a
menina à queda ao bater uma perna na outra, significava que os pais estavam
vendo somente os defeitos um no outro e que deveriam mudar essa postura.
Os pais então fizeram o trato de não ver mais os defeitos um do outro, e as
pernas da menina foram se en direitando um centímetro por dia e ficaram
totalmente curadas.
Na Seicho-No-Ie há vários casos de cura de crianças que nasceram
surdas-mudas. Quando o mestre Masaharu Taniguchi esteve no Brasil pela
segunda vez, em 1973, citou em uma das palestras a cura ocorrida em Nara,
no Japão, de uma menina de 9 anos que era totalmente surda-muda. A mãe
pediu orientação ao preletor Nagao, que lhe disse:
– Quando você estava grávida dessa filha, deve ter sentido profundo ódio
de alguém e pensado fortemente: “Não vou ouvir o que essa pessoa me falar,
nem vou dirigir-lhe palavras”.
Esse caso está mencionado no livro A Filosofia da Verdade que Gera
Milagres, v. 2, 1. ed., p. 43, onde estão compiladas todas as palestras que o
mestre Masaharu Taniguchi proferiu em 1973.
Na antiga revista Acendedor, nº 112, consta o relato de uma senhora da
cidade de Itanhaém cuja filha de 10 anos era surda-muda. Ouvindo a
orientação recebida de um preletor do Brasil, lembrou que durante a
gravidez ficara muito magoada com a mãe, que a abandonou quando
pequena. Depois, essa senhora começou a praticar a Oração do Perdão e a
sua filha, de repente, disse, na hora do almoço: “Mãe, eu não quero peixe,
quero carne”, e em pouco tempo começou a falar outras palavras.
Por meio desses exemplos, confirma-se que “as mentes se comunicam”.
Fato que é comum alguém dizer “você falou o que eu pensei”, “eu estava
pensando nisso agora” ou “você tirou da minha boca essa frase”.
Na revista Pomba Branca, nº 213, foi publicado o relato da sra. Maria de
Fátima de Oliveira Cabral de Souza, de Rondônia. Ela visualizou o esposo
pedindo perdão para o filho e este pedindo perdão para o pai. Eu lhe disse
também para fazer duas orações por dia para os antepassados e
providenciasse Forma Humana para o marido e para o filho. E mais adiante
ela escreveu: “Eu presenciei dois fatos ocorrerem para maior comprovação
do que vim a público expor: 1o) Vi meu esposo abraçando nosso filho e
dizer: ‘Meu filho, papai te ama muito’ e 2o) Vi meu esposo chorar,
defendendo o nosso filho de uma acusação infundada”.
Conversar mentalmente pode ser mais eficaz
Na empresa em que trabalhei, no departamento vizinho, havia um chefe
que brigava sempre após o almoço e a vítima era sempre o mesmo
funcionário, embora trabalhassem com ele seis pessoas. Um rapaz que
trabalhava comigo chegou a comentar: “Chefe, veja só, o sr. Fulano cismou
com o funcionário A e a bronca é sempre para ele. Muitas vezes quem errou
não foi ele, mas a bronca é só para ele”.
Como também já havia notado, dirigi-me a todos os funcionários do meu
setor e combinei de mentalizarmos durante um minuto: “Sr. Fulano, o senhor
é harmonioso e compreensivo e não irá mais dar bronca no funcionário A”.
Assim o fizemos, um ficou em posição de oração, outro baixou a cabeça,
enfim, todos fecharam os olhos e pensaram firmemente naquilo que disse.
Resultado: no dia seguinte não se ouviu a bronca, no segundo dia também
não... nunca mais esse funcionário levou bronca do seu chefe.
Quem não faz nada para ajudar a si próprio é porque inconscientemente
não se ama. É preciso amar a si próprio. De que adianta ajudar o próximo se
ela não se ajuda?
Os acomodados praticam tudo pela metade e desejam o resultado
completo, ou iniciam a prática, porém interrompem-na no terceiro dia.
Em O Livro dos Jovens, 17. ed., p. 36, o prof. Masaharu Taniguchi
escreveu: “Devemos nós próprios criar as nossas oportunidades”. Algumas
pessoas podem pensar: “Como criar as minhas oportunidades?”. A resposta
é: empenhando-se de corpo e alma ao objetivo.
Na década dos anos 1980, eu assistia a uma entrevista com Ayrton Senna,
quando uma repórter lhe perguntou:
– Como você conseguiu se tornar o melhor corredor de Fórmula 1 em dia
de chuva? – E a resposta foi:
– Um dia, numa corrida de kart, fui o último colocado e, a partir de então,
sempre que chovia, eu ia treinar.
E em um outro dia, em 15 de dezembro de 1986, Ayrto n Senna participou
do programa Roda Viva, da TV Cultura, e contou que sempre se dedicou
muito, mesmo em dia de chuva. Eis um trecho de sua fala:
Ayrton Senna: Eu tomei muita chuva, viu? [risos] No tempo do kart,
tomei muita chuva… Olha, foram várias as vezes que, durante a semana, eu
ia para Interlagos. Saía da escola, meu motorista ia me buscar lá ao meio-
dia, com os karts na carreta, atrás, e me levava para pista em Interlagos.
Terça, quarta ou quinta-feira, passava a tarde inteira lá, treinando. E, se
chovia, eu não parava e ficava no box; não, eu continuava treinando. Mexia
no kart, aprendi a ajustar e andar no molhado.
Em O Livro dos Jovens, cap. 18, 1. ed., escreveu o mestre Masaharu
Taniguchi: “Quero formar homens de grande dinamismo e vitalidade. Por
mais inteligente que seja uma pessoa, não será capaz de pôr em prática suas
ideias se não tiver grande dose de dinamismo e vitalidade. E, mesmo que
ponha em prática, acabará fracassando”.
Senna tinha um ponto fraco: correr em dia de chuva. Porém, com muita
dedicação ele superou as dificuldades, e aquilo que era o seu ponto fraco
tornou-se seu ponto forte. Mahatma Gandhi, principal líder na independência
da Índia, disse: “A força não provém da capacidade física, e sim de uma
vontade indomável”.
Como vimos, criamos, de acordo com o pensamento, situações belas ou
não, agradáveis ou não, felizes ou não; assim é a força cármica, assim é a
força criadora daquilo que pensamos, falamos ou fazemos.
A raiz da palavra roseira é rosa. Além da palavra rosa, surgiram outras
derivadas, como rosada, rosácea etc. Na mesma análise, a raiz da palavra
pessimista é péssimo, e a da palavra otimista é ótimo. Quem deseja ter uma
vida ótima precisa viver com otimismo.
Em qualquer competição, quando se compete com espírito de
inferioridade, medo, desânimo ou derrotis ta, não há outro resultado senão a
derrota. É preciso dedi cação, autoconfiança, disciplina, perseverança e não
desis tir enquanto houver possibilidade.
Um dirigente jovem entregou-me uma folha de papel e disse-me que o
autor era Aristóteles Onassis, mas, pesquisando, cheguei à conclusão de que
o autor é desconhecido. Trata-se de um belo poema. Eis um trecho:
 
A automensagem positiva logo pela manhã
é um estímulo que pode mudar seu humor,
fortalecer sua autoconfiança, e,
pensando positivamente, você reunirá
forças para vencer os obstáculos.Não deixe que nada afete seu estado
de espírito.
Envolva-se pela música: cante ou ouça.
Comece a sorrir mais cedo.
Em vez de reclamar quando o relógio despertar,
agradeça a Deus pela oportunidade de acordar mais um dia.
O bom humor é contagiante; espalhe-o.
Fale de coisas boas, de saúde,
de sonhos, com quem você encontrar.
Não se lamente, ajude-se
e também ajude outras pessoas
a perceberem o que há de bom dentro de si mesmas.
Não viva emoções mornas e vazias.
Cultive seu interior, extraia o máximo das pequenas coisas.
Seja transparente e deixe que as pessoas
saibam que você as estima e precisa delas.
Repense seus valores e dê a si mesmo
a chance de crescer eser mais feliz.
Tudo o que merece ser feito merece ser bem feito.
Torne suas obrigações atraentes, tenha garra e determinação.
Mude, opine, ame o que você faz.
Não trabalhe só por dinheiro, e sim
pela satisfação da “missão cumprida”.
Lembre-se: nem todos têm a mesma oportunidade.
Pense no melhor e espere pelo melhor.
Transforme seus momentos difíceis em oportuni dades.
Seja criativo, buscando alternativas
e apresentando soluções em vez de problemas.
Veja o lado positivo das coisas
e assim você tornará seu otimismo uma realidade.
Não inveje. Admire!
Seja entusiasta com o sucesso alheio
como seria com o seu próprio.
Idealize um modelo de competência
e faça a sua autoavaliação para saber
o que está lhe faltando para chegar lá.
Ocupe seu tempo crescendo,
desenvolvendo sua habilidade e seu talento.
Só assim não terá tempo para criticar os outros.
 
“Muitos fracassados na vida são pessoas que não perceberam quão perto
estavam do êxito quando desistiram” (Thomas A. Edison, 1847-1931).
As leis
Isaac Newton nasceu em Londres em 1643 e viveu até o ano de 1727.
Cientista, químico, físico, mecânico e matemático, trabalhou junto com
Leibniz na elaboração do cálculo infinitesimal. Durante sua trajetória, ele
descobriu várias leis da física, entre elas, a lei da gravidade.
Na fazenda onde morava, o jovem e brilhante estudante realizou
descobertas que mudaram o rumo da ciência: o teorema binomial, o cálculo,
a lei da gravitação e a natureza das cores.
As descobertas de leis feitas por Newton foram todas voltadas para leis
da matéria, que englobam leis da física, química e biologia. Porém, além das
leis da matéria, há outras leis não físicas, como leis da mente, leis do
espírito, leis do amor.
Na terceira Declaração Iluminadora da Seicho-No-Ie, consta: “Estudamos
e publicamos a Lei da Criação da Vida, para que a humanidade possa seguir
o verdadeiro caminho do progredir infinito”.
No livro A Chave da Provisão Infinita, 1. ed., pp. 49-50, consta: “O
Congresso Nacional aprova as leis, mas não fiscaliza se o povo está ou não
as cumprindo. Quem fiscaliza são os órgãos administrativos. Do mesmo
modo, Deus estabelece as leis, mas não obriga que nós lhes obedeçamos”.*
Nós temos livre-arbítrio e podemos tomar qualquer atitude. Se
conhecermos a lei e a seguirmos, seremos protegidos por ela e poderemos
utilizá-la. Se a transgredirmos, receberemos restrições, de modo similar aos
criminosos que transgridem a lei e perdem a liberdade sendo encarcerados.
Entretanto, de qualquer modo, a sua felicidade e o seu destino são definidos
pelo seu livre-arbítrio. Quando você seguir a vontade divina, encontrará
verdadeira liberdade, e, quando a transgredir, manifestar-se-ão em você
doenças, dificuldades financeiras ou situações de desarmonia. Portanto, você
deve desenvolver-se naturalmente até tornar sua a vontade de Deus.
Agasha
Há um médium famoso atualmente nos Estados Unidos chamado
Richard Zenor. Inúmeros espíritos vêm-se manifestando por meio de
seu corpo. E entre eles o de um egípcio chamado Agasha, que viveu
há 7 mil anos e foi líder espiritual de seu povo. Suas palavras contêm
muita semelhança com os ensinamentos da Seicho-No-Ie e, por isso,
transcrevo-as a seguir, sob forma de “Palavras de Sabedoria”.
(A Verdade, v. 8, 6. ed., p. 153)
 
Uma delas: “Não se envolva com o mal e com lutas. Procure meditar
sobre a lei da causa e efeito que age em seu íntimo e ao seu redor. Afaste o
mal com a harmonia de sua mente”.
Conhecendo as leis da mente, entendemos que se ocorre um fato não
agradável é porque no passado plantamos uma semente que foi a causa, ou
seja, de um carma que estamos colhendo no momento presente. Mediante
isso, o caminho é perdoar e não revidar, que assim o ciclo cármico se
encerra.
Agasha também cita que as pessoas se reencontram pelo carma (bom ou
não): “Os que têm ciclos de vida semelhantes repetem as encarnações como
colegas de destino, e através do contato mútuo vão se aperfeiçoando até
conhecer a Verdade”. E ainda: “É a sua própria alma que atrai um ambiente
adequado para as suas provações, de acordo com a natureza de seu carma”.
Algumas almas estão vivendo em um ciclo vicioso com as mesmas
pessoas: reencontram-se na Terra, e, levados pela força cármica de ambos,
renasce o sentimento de hostilidade entre ambos. Entram em atrito
novamente e cometem o mesmo erro de vidas anteriores. E, para romper esse
ciclo cármico, o caminho é seguir a orientação de Agasha: “Afaste o mal
com a harmonia de sua mente”.
Jesus Cristo deu a receita em Mateus 5. 38,46: “Ouvistes que foi dito:
Olho por olho e dente por dente. Eu, porém, vos digo que não resistais ao
mal; mas, se qualquer te bater na face direita, oferece-lhe também a outra; e
ao que quiser pleitear contigo e tirar-te a vestimenta, larga-lhe também a
capa; e, se qualquer te obrigar a caminhar mil passos, vai com ele dois mil.
Dá a quem te pedir, e não te desvies daquele que quiser que lhe emprestes.
Ouvistes que foi dito: Amarás o teu próximo e aborrecerás o teu inimigo. Eu,
porém, vos digo: Amai os vossos inimigos, bendizei os que vos maldizem,
fazei bem aos que vos odeiam e orai pelos que vos maltratam e vos
perseguem; para que vos torneis filhos do Pai que está nos céus; porque ele
faz que o seu sol se levante sobre maus e bons e a chuva desça sobre justos e
injustos. Pois, se amardes os que vos amam, que galardão tereis? Não fazem
os publicanos também o mesmo?”.
Alguns leitores podem se questionar: “Por que orar para aqueles que nos
perseguem?”.
A resposta pode ser dada com outra pergunta: “E por que é perseguido?”.
Com certeza aquele que o persegue tem motivo para isso. Dentro da lei do
carma, quem planta colhe; portanto, a colheita de ser perseguido é por ter
feito algo anteriormente.
No livro Mundo Espiritual e o Destino do Homem, 1. ed., p. 16, há o
caso da senhora Sarah L. Winchester (1839-1922), esposa de William Wirt
Winchester, que herdou uma fortuna com a morte do marido, em 1881.
Sentindo-se perseguida consultou um médium, e identificou que a
perseguição vinha dos espíritos das pessoas vítimas do rifle Winchester,
inventado pelo seu falecido esposo. A ordem dada a ela era para que
construísse uma casa e, caso interrompesse, morreria.
Ela então adquiriu uma mansão na Califórnia e durante 38 anos viveu
construindo cômodos e mais cômodos, interrompendo somente com sua
morte aos 83 anos. Atualmente essa mansão se tornou atração turística.
Não se pode afirmar se havia realmente a perseguição dos espíritos, como
afirmou o médium, ou se era o sentimento de culpa que a fez imaginar.
No livro A Verdade, v. 8, 1. ed., p. 14, consta outro trecho de Agasha: “No
fim das contas o homem terminará sempre compreendendo a razão pela qual
nasceu, bem como as leis da vida”.
Assim é Deus! Ele não impõe, não castiga, não é vingativo, não registra
pecado de ninguém, e com seu livre-arbítrio deixa que o homem aprenda
com suas experiências e descubra a Verdade para alcançar o estado de plena
libertação. Quem não entendeu o objetivo de ter vindo à Terra poderá se
tornar escravo do dinheiro, da fama ou viver egoisticamente.
O prof. Masaharu Taniguchi complementa:
 
A lei é a manifestação do amor de Deus – Deus jamais pune pela Sua
vontade, conscientemente, o homem. Deus é amor, por isso deu plena
liberdade ao homem. Mas, justamente por ser amor, não deseja que o
homem se torne mau. Contudo, também não força o homem a ser bom,
pois isso é o mesmo que automatizá-lo. Deus não colocou o homem
dentro de um molde onde ele fosse obrigado a praticar somente o
bem.
Deus deseja que o homem seja livre e ao mesmo tempo
espontaneamente bom. Para que o homem possa distinguir por si
próprio o bem do mal e julgar os seus pensamentos e atos, dotou o
homem com uma bússola chamada lei da mente. Aquele que observa
a lei da mente terá bons resultados, e aquele que não observa terá
maus resultados. Observando esse fato, o homem poderá fazer
autorreflexão e, por sua livre e espontânea vontade, poderá pensar e
agir de modo correto. Ainda, se o homem, por sua livre vontade,quiser receber a orientação de Deus, poderá obtê-la.
(365 Itens para Alcançar o Ideal, 1. ed., p. 288)
 
Quando desejar orientação de Deus, chame-O. Nos momentos de apuros,
volte-se para Deus, Ele está sempre pronto para atendê-lo. Jesus Cristo
deixou claro: “Pedi e dar-se-vos-á, buscai e encontrareis, batei e abrir-se-
vos-á. Porque aquele que pede recebe; e o que busca encontra; e, ao que
bate, se abre. E qual dentre vós é o homem que, pedindo-lhe pão o seu filho,
lhe dará uma pedra? E, pedindo-lhe peixe, lhe dará uma serpente? Se vós,
pois, sendo maus, sabeis dar boas coisas aos vossos filhos, quanto mais
vosso Pai, que está nos céus, dará bens aos que lhe pedirem?” (Mateus 7. 7-
11).
Numa certa ocasião, eu estava no avião indo para Chapecó, Santa
Catarina, realizar um seminário para 350 pessoas em Francisco Beltrão,
Paraná, e no aeroporto estavam me esperando dois preletores, para me levar
para o local do seminário. O tempo estava muito justo e o avião estava
dentro do horário previsto, porém, devido à intensa nebulosidade, ao se
aproximar do aeroporto de Chapecó o comandante informou aos passageiros
que devido à nebulosidade não havia condições de aterrissar em Chapecó,
por isso estava seguindo para a cidade de Passo Fundo, no Rio Grande do
Sul.
Nesse momento, pensei que não poderia ir para o Rio Grande do Sul, pois
o seminário teria início dentro de duas horas. E, se isso acontecesse, as 350
pessoas ficariam chateadas, então afirmei mentalmente que o avião
precisava descer em Chapecó! Comecei a orar: “Deus, obrigado por atender
a esse pedido. É para ajudar centenas de pessoas e não para satisfazer o meu
ego. Obrigado, Senhor. O avião vai descer em Chapecó, vai descer em
Chapecó, graças a Deus”. A oração foi feita com tanto fervor que cheguei a
transpirar nas mãos. Passaram-se cerca de três a quatro minutos e o
comandante informa que misteriosamente abriu um buraco no meio das
nuvens e que ia tentar aterrissar a aeronave nessa brecha. E conseguiu!
Após cumprimentar os preletores Vilson e Perin, os dois simultaneamente
disseram:
– Prof. Heitor, como foi possível o avião descer? Todos aqui no saguão
estavam comentando que seria impossível a descida.
Respondi que dentro do avião havia uma pessoa rezando fervorosamente
e Deus o atendeu!
Este é um dos segredos da oração: orar com fervor, e não friamente.
Jesus Cristo veio para ensinar a Verdade e disse: “Conhecereis a
Verdade, e a Verdade vos libertará” (João 8. 32).
E Ele ensinou, acima de tudo, a praticar: “E por que me chamais Senhor,
Senhor, e não fazeis o que eu digo? Qualquer que vem a mim, e ouve as
minhas palavras, e as pratica, eu vos mostrarei a quem é semelhante: É
semelhante ao homem que edificou uma casa, e cavou, e abriu bem fundo, e
pôs os alicerces sobre a rocha; e, vindo a enchente, bateu com ímpeto a
torrente naquela casa e não a pôde abalar, porque estava fundada sobre
rocha. Mas o que ouve e não pratica é semelhante a um homem que edificou
uma casa sobre terra, sem alicerces, na qual bateu com ímpeto a corrente, e
logo caiu; e foi grande a ruína daquela casa” (Lucas 6. 46-49).
Embora haja muitas frases de Cristo, mencionarei três para comprovar
que somos filhos de Deus:
“Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as
vossas obras e glorifiquem a vosso Pai, que está nos Céus.” (Mateus 5. 16)
“Eu, porém, vos digo: Amai a vossos inimigos, bendizei os que vos
maldizem, fazei bem aos que vos odeiam e orai pelos que vos maltratam e
vos perseguem; para que sejais filhos do vosso Pai que está nos Céus.”
(Mateus 5. 44)
“Guardai-vos de fazer a vossa esmola diante dos homens, para serdes
vistos por eles; aliás, não tereis galardão junto de vosso Pai, que está nos
Céus.” (Mateus 6. 1)
E, para completar, a oração que Ele ensinou: “E, orando, não useis de vãs
repetições, como os gentios, que pensam que, por muito falarem, serão
ouvidos. Não vos assemelheis, pois, a eles; porque vosso Pai sabe o que vos
é necessário, antes de vós lhO pedirdes. Portanto, vós orareis assim: Pai
nosso, que estás nos Céus, santificado seja o teu nome” (Mateus 6. 7-9).
Agradecimento e a cura
No livro A Chave da Beleza e da Saúde, 8. ed., p. 25-26, consta o caso de
uma senhora que tinha reumatismo pelo corpo todo. Ela escreveu ao mestre
Masaharu Taniguchi, que a orientou a praticar o agradecimento 10 mil vezes
por dia. Ela passou a dizer “muito obrigado” a tudo que via e ouvia. O
sentimento de insatisfação foi substituído pelo sentimento de gratidão, e, em
consequência dessa mudança na atitude mental, ficou totalmente curada.
Na Regional SP-Aricanduva, ministrei aulas por mais de dez anos e, numa
das aulas, passei lição de casa para os preletores: recitar 10 mil vezes por
dia a palavra “obrigado”. Uma preletora, ao chegar em sua casa, disse para
sua filha sobre a tarefa e propôs de as duas começarem a fazer, e ela
concordou. Essa filha estava na casa dela porque o marido havia sofrido um
acidente automobilístico e precisou passar por uma cirurgia na perna, onde
foram implantados pinos de platina. Como era médico, ele se automedicava
tomando doses de morfina para aliviar a dor. Mãe e filha começaram a
praticar com muita seriedade. Quando uma se encontrava com a outra, ambas
estavam pronunciando muito obrigado. No terceiro dia de prática, a filha
estava com cara de muito obrigado! A preletora relatou que de repente elas
ouviram um grito e um barulho que partiram de onde o genro se encontrava.
Ambas correram para ver o que havia acontecido. De imediato pensaram que
ele tivesse caído, mas, ao chegarem perto, ele disse à sogra: “O seu
obrigado me curou! Não sinto mais nenhuma dor”. O barulho foi da bengala
que ele jogou num momento de alegria pela cura. A dedicação com
seriedade resultou na cura do médico.
 
“Enquanto o poço não seca, não sabemos dar valor à água.” (Thomas
Fuller(3))
 
A preletora Mabel Melo, pertencente à Regional GO-Goiânia, superou um
problema sério (câncer) por meio de intensa prática. Assim ela descreveu o
ocorrido.
 
Meu nome é Mabel Melo e sou preletora da Seicho-No-Ie.
Algum tempo atrás, peguei com uma amiga o nome de uma médica
endocrinologista e resolvi consultá-la para que me indicasse um
remédio para emagrecer. Sempre gostei de me manter magra.
A médica na primeira consulta me pediu alguns exames e entre eles
uma ultrassonografia da tireoide. Feitos os exames, eu me encaminhei
para o consultório para o retorno da consulta e, como estava muito
cheio e ia demorar um pouco, resolvi abrir os exames para ver os
resultados.
Ao abrir o ultrassom, li: nódulo hipoecoico de contorno irregular.
Achei estranho e, como estava com o laptop na mão, entrei na
internet para pesquisar. Descobri que se tratava de câncer na tireoide
e imediatamente fiquei em choque.
Quando chegou minha vez de ser atendida, já entrei totalmente
transtornada no consultório. Entreguei o exame à médica, que muito
simpática disse: “Ah, eu sempre falo que, se for para eu ter câncer,
prefiro que seja na tireoide, porque ele demora mais para evoluir”.
Ao ouvir a palavra “câncer” fiquei completamente abalada. Não há
palavras para descrever o sentimento. Fui embora deixando de lado
o objetivo inicial da consulta.
Ao chegar em casa, decidi contar somente para meu marido e, à
noite, quando conversamos, ele foi enfático: “Está resolvido! Você
vai para fora do país para se tratar”. Bem, eu já tinha tido um
tempinho para me reequilibrar emocionalmente e disse a ele que sou
uma pessoa de muita fé e que ia praticar o que ensino para as
pessoas. Disse que eu acredito na Seicho-No-Ie e acredito no que
falo quando faço palestras e oriento as pessoas. Disse que ia
conseguir resolver tudo.
Meu marido, mais uma vez enfático, disse: “Eu te dou dois meses.
Depois disso você vai para fora se tratar”.
Lembrei-me de ouvir o prof. Heitor Miyazaki dizer que nesses casos,
com certeza, a pessoa havia “engolido algum sapo”. Lembrei-me
também de suas constantes orientações em palestras para pesquisar
se havia algum antepassado que tivesse partido para o mundoespiritual com o mesmo problema.
Assim sendo, na manhã seguinte já liguei para minha mãe, e ela
lembrou que minha bisavó, a qual partiu quando eu tinha 2 anos,
partiu sem poder engolir nada, nem mesmo água.
Comecei a realizar a cerimônia especial conforme orientações do
prof. Heitor e, com relação ao “sapo”, veio-me à mente a lembrança
de que tinha passado por uma situação muito constrangedora sobre a
qual tive de me calar até mesmo por não saber o que responder.
Certa vez, quando orientava um seminário, uma pessoa me acusou
publicamente de ter sido injusta com ela quando eu era presidente da
Federação Pomba Branca e que, por minha causa, ela tinha se
afastado da Seicho-No-Ie. Eu não tinha a menor possibilidade de
defesa porque simplesmente não tinha a menor ideia do que ela
falava, mas minha preocupação maior era que eu estava ali,
representando a Seicho-No-Ie, e que sua imagem poderia ser afetada
por aquelas palavras.
Fiquei completamente sem ação e extremamente preocupada em não
saber se as pessoas iam levar consigo o ensinamento que lhes fora
transmitido ou a lembrança daquela pessoa acusando a palestrante da
Seicho-No-Ie.
Isso me abalou bastante, mas o tempo apaga as coisas do consciente
e aparentemente tudo passou. Com a lembrança desse fato vindo à
tona, iniciei imediatamente as Orações de Perdão. Dediquei-me
intensamente a perdoar. Dediquei-me tanto ao perdão a ponto de
amar a pessoa. Amar verdadeiramente como filha de Deus.
Bem, totalmente tranquila no perdão, providenciei novo exame e
muito, muito feliz obtive o resultado do desaparecimento total do
nódulo. A solução de tudo veio antes do prazo de dois meses que
meu marido havia me dado, e, assim que o prof. Heitor veio a
Goiânia, tive a felicidade de mostrar a ele os dois exames.
Sou muito grata a Deus, pela oportunidade de conhecer esse
espetacular ensinamento, ao sagrado mestre Masaharu Taniguchi, a
quem foi incumbida a missão de transmiti-lo ao mundo, e em especial
ao prof. Heitor Miyazaki, pelos estudos profundos e à dedicação
incansável que resulta na felicidade e salvação de grande número de
pessoas.
Muito obrigada.
A prática da Oração do Perdão é purificação, e não
penitência
Nos finais da década de 1970, quando não havia atividade de sábado, eu
colaborava na Sede Central ministrando orientação pessoal. Certa vez uma
senhora comentou um pouco alterada: “Essa senhora que o senhor orientou
por último é minha amiga. Para ela o senhor falou para praticar 30 vezes
Oração do Perdão por dia e para mim 50, por que essa diferença?”.
Então a indaguei se, ao lavar as louças, ela utilizava sempre a mesma
quantidade de detergente para lavar os talheres, travessas, pratos etc.
Obviamente que a quantidade de detergente que se usa para lavar
determinada louça depende de quanto ela está engordurada. Portanto,
praticar a Oração do Perdão não é penitência, é purificação. Na Sutra
Sagrada Chuva de Néctar da Verdade consta: “Se desejais purificar o
mundo da projeção, deveis purificar a matriz da mente”.
 
* N. do autor: Entende-se por lei, neste caso, a vontade de Deus, a ordem
verdadeira.
Capítulo 3
AJUDA DOS ESPÍRITOS ELEVADOS
No livro Mundo Espiritual e o Destino do Homem, 1. ed., p. 174, o
mestre Masaharu Taniguchi assim ex plica:
 
O espírito que foi escolhido no mundo divino para se tornar espírito
protetor no momento do parto é um espírito elevado, e não há erro na
orientação dele, que, sendo espírito, orienta a pessoa através de
ondas espirituais. Entretanto, se o estado espiritual do próprio
homem estiver degradado e ele não conseguir sintonizar com as
ondas espirituais do seu espírito protetor, mesmo que este chame com
“voz espiritual” avisando de perigo, “fuja para o parque Ueno, a
região de Umaya é perigosa”, a pessoa não conseguirá ouvi-lo e
acabará escolhendo o “caminho da perdição”.
O espírito protetor que foi escolhido para proteger a pessoa por toda
a vida, desde o momento do nascimento, é chamado espírito protetor
original.
 
Muitas vezes ouvimos: “Seu anjo da guarda é forte”. Na verdade não
existe anjo da guarda fraco, pois o espírito que foi escolhido para ser o
protetor precisa ser elevado, portanto é forte. Se para determinadas pessoas
a proteção não ocorreu, não é por falha do espírito protetor, mas falha da
sintonia entre este e o protegido.
Na Revelação Divina da Grande Harmonia consta: “Mesmo que Deus
queira te auxiliar, as vibrações mentais de discórdia não te permitem captar
as ondas da salvação”, portanto, para que haja essa sintonia com Deus, é
necessário “reconciliar com todas as coisas do Céu e da Terra”.
Nesse trecho do livro, o Mestre encontrava-se no piso superior de um
sobrado, quando ocorreu o terremoto de Kantō. No momento do forte tremor,
ele precisou sair correndo e, ao chegar à rua, havia duas direções a seguir:
parque Ueno ou para Umaya. Seguindo a intuição, ele foi em direção do
parque Ueno. Se tivesse seguido a direção contrária, teria sido desastroso.
Essa intuição é a voz do anjo protetor.
O mundo espiritual e as diferentes facetas
Há vários níveis no mundo espiritual. Alguns filmes que retratam sobre o
mundo espiritual procuram mostrar o local chamado umbral, inferno ou
purgatório, onde se encontram os espíritos em ilusão sofrendo de dores,
depressão etc.
Deus não criou o chamado inferno, ou purgatório. Deus, sendo amor
absoluto, jamais iria julgar, condenar e punir alguém. No filme chamado
Amor Além da Vida, há uma cena em que a mulher que se suicidou foi
localizada num quarto semelhante à casa onde viveu na Terra, mas de forma
bem rústica. Quem criou esse ambiente? Na Sutra Sagrada Palavras do
Anjo, assim ensina: “Aquele que purificou a mente ingressa em um mundo
espiritual elevado, adequado a ele. Aquele que não purificou a mente cria
com sua força mental um ambiente adequado a ele e padece nesse ambiente”.
A palavra “purgatório” é assim definida, segundo o dicionário Aulete:
que purga, purifica; purgante; purgativo. O purgatório é o local onde ficam
os espíritos que estão em ilusão profunda, ou seja, para se purificar dos atos
praticados na vida física.
Assim descreve o mestre Masaharu Taniguchi sobre os espíritos que se
encontram nesse lugar:
 
Os espíritos, em suas respectivas situações, passam pelo processo de
purificação. Quanto maior o acúmulo de carmas ruins, mais tempo o
espírito demora para eliminar as impurezas. Eu disse “diversas
situações de sofrimento” porque os carmas ruins variam de um
espírito para outro e o processo de purificação varia conforme o tipo
de carma. Alguns espíritos sofrem muito no processo de purificação
e, em sua angústia, pedem socorro a seus descendentes diretos e
indiretos que estão neste mundo.
(Melhore Seu Destino Orando pelos Antepassados, 19. ed., pp. 8-9)
 
Em 1912, na França, um pintor chamado Corneille hipnotizou uma jovem
chamada Reine e, através dessa hipnose profunda, ela transmitia as
mensagens de um espírito bastante evoluído chamado Vetterini.
Segundo a descrição do sr. Corneille, o sr. Vetterini e outros instrutores
do mundo espiritual (elevado) tinham o propósito de elaborar um importante
livro que revelasse sobre o mistério da “morte”, do “nascimento” e do
mundo espiritual. Essas explicações estão no livro A Verdade da Vida, v. 9,
1. ed.
O grandioso espírito chamado Vetterini explicou sobre os estágios em que
os espíritos se encontram:
Primeiro estágio – estão os espíritos de categoria ainda baixa. São
aqueles que usam e abusam dos corpos carnais em que estão alojados. São
muito apegados ao corpo carnal, literalmente agarrados a ele, por considerá-
lo como organismo seu, e, quando essas pessoas falecem, muitos deles não
se desgarram do corpo recém-falecido e necessitam de ajuda de outros
espíritos para que os separem do mesmo. São espíritos que têm grau de
consciência muito pequeno, ou nada, e vagueiam indolentemente, como um
robô sem objetivo, na face da Terra, no chamado estado “comatoso”.
Alguns religiosos dizem que após a morte do corpo o espírito entra em
“sono eterno”. Essa descrição é totalmente equivocada,pois, se isso fosse
verdade, qual seria o objetivo de o homem vir à Terra? Como Deus é amor,
jamais faria isso. Esses espíritos se encontram no primeiro estágio, “tais
espíritos erram indolentemente na atmosfera inferior da Terra, no chamado
estado ‘comatoso’, enquanto aguardam a época da próxima reencarnação”
(p. 94).
E aqueles que são um pouco mais elevados acordam:
 
Entretanto, o espírito acorda um dia e consegue enxergar tudo... Do
mesmo modo, mesmo que alguém queime o corpo, ou o enterre em
algum lugar, o espírito pode ver e pensa que “está vivo”. Se pensa
que está vivo, não tem consciência do tempo em que esteve
adormecido até então. Se uma pessoa dorme profundamente, por mais
que durma dias, não sente esse tempo em que esteve dormindo e, ao
acordar, só se lembra dos fatos que aconteceram antes de dormir.
Assim, se o espírito lembrar que, antes de perder a consciência,
estava com pneumonia, manifestará o estado de pneumonia como se
estivesse sonhando no mundo físico, mas, como o mundo espiritual é
o mundo onde “tudo se manifesta conforme o pensamento”, para o
espírito, ele acredita que está realmente com pneumonia. Ele sofre e
espera a chegada do médico, mas o médico não aparece. Não tendo
outro jeito, o espírito acaba chamando familiares e parentes. Como o
espírito não possui cordas vocais, esse chamado é inaudível aos
ouvidos, mas é uma espécie de “onda mental” que é captada por
parentes próximos, como pais, netos, e eles acabam manifestando o
estado de doença.
(Mundo Espiritual e o Destino do Homem, 1. ed., p. 156)
 
Num dos seminários que orientei na Academia de Treinamento Espiritual
de Santa Tecla, no Rio Grande do Sul, chamaram-me para dar assistência a
uma senhora que colaborava na cozinha. Manifestou-se por intermédio dela
um espírito que assim dizia: “Deixe-me viver, não faça isso comigo. Deixe-
me viver”. Era o espírito da mãe dessa senho ra, que chorava e estava em
ilusão. Quando viva, ela seguia uma religião que dizia que “morrendo acaba
tudo”, mas não foi isso que aconteceu após ela deixar o corpo carnal .
Foi lida a Sutra Sagrada Chuva de Néctar da Verdade para ela, que
passou a ver a luz ao entender a Verdade e, assim, dirigiu-se para o mundo
espiritual mais elevado.
Segundo estágio – aqueles que conseguiram chegar a esse estágio, por
possuírem já certo grau de consciência, são recebidos por uma multidão de
espíritos ao deixar o corpo carnal. Esses espíritos os ajudam a compreender
melhor a realidade: “Fulano, agora você acabou de deixar o corpo carnal.
Você está agora no mundo espiritual...” e, assim, o espírito recebe as
primeiras orientações.
Para explicação do tema, não abordarei os outros estágios, e recomendo a
leitura do livro A Verdade da Vida, v. 9, que esclarece outros assuntos sobre
o mundo espiritual.
Em 1961, participando de um Seminário para Jovens, o saudoso prof.
Miyoshi Matsuda disse uma frase com uma pausa: “Quando morrer, eu quero
ir para o inferno!”. Nesse momento, os seminaristas ficaram boquiabertos, e
ele completou: “...para salvar os que estão lá!”. Todos aplaudiram pela sua
convicção e amor ao próximo.
Não é possível saber como se encontram no mundo espiritual todos os
nossos antepassados da linha vertical (pais, avós, bisavós etc.) e os
antepassados da linha colateral (tios, tios-avós etc.). E para que seja
possível ajudá-los é de suma importância compreender o comportamento dos
espíritos que estão ainda nesses estágios inferiores.
As aulas no mundo espiritual
No livro A Verdade da Vida, v. 2, 5. ed., p. 124, consta a transcrição de
um diálogo que um pai faz com o filho, já desencarnado, por intermédio da
mãe, que serviu como médium. O pai pergunta ao filho como viviam os
espíritos das crianças no mundo espiritual, e este explica:
– Numa classe, há cerca de 20 alunos, e também aqui a educação é dada
aos meninos e meninas conjuntamente...
– Existem várias classes?
– Os alunos estão distribuídos em várias classes. E o critério para as
classes é uma distribuição do professor encarregado. Parece que a
classificação é feita após minuciosa pesquisa realizada principalmente em
conferência com o espírito que, por afinidade, orientou a criança no
momento da morte. Naturalmente, até um certo nível, há separação de cunho
religioso; mas, alcançando níveis elevados, tais diferenciações desaparecem
completamente.
– Como são as disciplinas escolares?
– São bem diferentes das do mundo visível. Arit mé tica, por exemplo, é
totalmente desnecessária; além disso, não ensinam Geografia nem História.
Aqui é colocada em primeiro lugar a concentração mental, que, ao ser
praticada, propicia a compreensão de qualquer coisa. Na Música ou na Arte
Literária, a criança progride facilmente segundo a vocação. Mais que
estudos, o que importa é a vocação. Tendo vocação, a criança progride
quanto quiser; mas, se não tiver, será totalmente inaproveitável. Por isso,
para as crianças, mesmo estando reunidas em uma mesma classe, é diferente
a matéria que cada uma estuda.
O que você faria?
Vamos imaginar a seguinte cena: você está viajando de carro e, depois de
quatro horas, resolve descansar um pouco ao chegar a uma cidade. Entra em
uma lanchonete, come um lanche e toma um café. Da lanchonete, fica vendo a
praça onde há vários aposentados conversando ou jogando dominó, e um
senhor que está sozinho, vestido com uma blusa idêntica ao do seu avô,
chama-lhe a atenção. No mesmo instante, ele olha para você e lhe sorri. É
ele, o seu avô que havia desaparecido! Aquele avô que o levava para
passear, que comprava doces, brinquedos e fazia tudo para deixá-lo feliz.
Ele recuperou a memória porque o reconheceu.
Que ação você tomará: vai fingir que não o viu ou se dirigirá até ele, o
abraçará e o levará para casa?
Com relação aos antepassados, muitos os ignoram e os tratam com frieza
e nem sequer levam a sério o Dia de Finados.
Salvar os antepassados
“Esquecer os ancestrais é ser um riacho sem nascente, uma árvore sem
raiz.”
(provérbio chinês)
Por que razão a Seicho-No-Ie dá importância à oração aos antepassados?
O mestre Masaharu Taniguchi explica no livro Preleções sobre a Sutra
Sagrada Chuva de Néctar da Verdade, 2. ed., p. 129: “Quando oriento
dizendo que a alma do antepassado que vive em ilusão no mundo espiritual
está pedindo ajuda aos descendentes, alguém refuta dizendo que os
antepassados devem proteger os descendentes, e não amaldiçoar”. Quem
desconhece o mundo espiritual faz essa afirmação. Os antepassados que se
encontram em ilusão precisam ser auxiliados, e não ignorados.
No segundo parágrafo desse mesmo texto, o prof. Masaharu Taniguchi
reforça a explicação: “Assim como aquele que está se afogando se agarra até
a uma folha seca, ou, se encontrar alguém, se agarra desesperadamente nele,
tentando se salvar, e ambos se afogam, a alma dos antepassados não tem, em
absoluto, o desejo de fazer adoecer os descendentes e pessoas queridas.
Apenas chama alguém com todas as forças para se livrar do sofrimento”.
 
O inferno e o purgatório não existem de verdade, como ensinam
algumas religiões. O que ocorre é que, no mundo espiritual, os
espíritos vivenciam diversas circunstâncias em conformidade com os
respectivos carmas. Os espíritos que carregam muitos carmas ruins
passam por diversas situações de sofrimento, que podem ser
expressas com os termos “inferno” ou “purgatório”.
(Melhore Seu Destino Orando pelos Antepassados, prefácio, 19. ed.,
p. 8)
“Pequeno veículo” (Hinayana) e “grande veículo”
(Mahayana)
Na história do budismo são citadas duas divisões: Hinayana (Theravada)
e Mahayana. O grupo Hinayana era chamado de “pequeno veículo”, porque o
ensinamento era restrito aos monges conservadores que seguiam os
ensinamentos originais de Buda. Já o grupo Mahayana, chamado de “grande
veículo”, argumentava que todos, sem exceção, poderiam alcançar a
iluminação, e desta forma não deveriam ficar restritos a um pequeno grupo.
O ensinamento da Seicho-No-Ie não é restrito a um pequeno grupo, por
essa razão é denominado Movimento de Iluminação da Humanidade. O
mestre MasaharuTaniguchi escreveu livros de diversos temas: sobre
mulheres, mundo espiritual, prosperidade, educação da Vida etc. Na coleção
A Verdade da Vida, encontramos em um mesmo livro temas voltados ao
adepto iniciante, como também aos veteranos, por isso a coleção A Verdade
da Vida, Sutras Sagradas, a coleção A Verdade etc. estão à disposição de
quem quiser adquiri-las.
Os antepassados em ilusão necessitam da nossa ajuda
Em uma das aulas foi feita a seguinte pergunta: “Eu tenho consciência de
que Deus criou tudo perfeito. Então por que existe um mundo espiritual onde
quase todos que estão lá vivem fazendo maldade com as pessoas aqui na
Terra?”.
Quando se trata de nossos antepassados, é errado pensar que eles estão
fazendo maldade para conosco. A verdade é que muitos, aos deixarem o
corpo carnal, não têm a mínima ideia ou informação do que está
acontecendo, tanto que é comum um espírito não saber que já morreu.
Um dos fatos que já ocorreram várias vezes é o espírito de um homem se
manifestar em corpo de mulher, e, ao ser indagado “você é homem ou
mulher?”, geralmente responde com autoridade: “Sou homem”. Quando lhe
perguntam: “Você sabe que você já morreu?”, responde: “Eu não morri,
estou vivo. Olha eu aqui”. E, quando lhe dizem para olhar a roupa do corpo
e notar que é um vestido, fica confuso e, em seguida, ao lhe explicarem:
“Está vendo? Esse corpo é de mulher. Você já morreu”, é o momento que se
conscientiza da verdade e que agora se encontra em outra dimensão.
No livro A Verdade da Vida, v. 16, 2. ed., pp. 21-30, o mestre Masaharu
Taniguchi explica uma orientação dada por ele: “Contudo, quando lhe falei
sobre o pai do sr. Saijo, que, apesar de falecido havia dez anos, ainda não se
conscientizara de que seu corpo estava morto, ela compreendeu e refletiu:
‘Então é isso. Na minha família existe mais uma pessoa, embora não seja
visível. Eu ignorei até agora, sem perceber. Para salvar a minha família,
preciso antes salvar a minha alma, que está em ilusão’. Sugeri-lhe então
chamar diariamente, perante o oratório dos antepassados, o espírito da
primeira esposa pelo nome e oferecer-lhe uma pequena porção da mesma
refeição que a família come, e fazer orações da religião que a falecida
professava, a fim de confortá-la”.
No livro Melhore Seu Destino Orando pelos Antepassados, 19. ed., p. 9,
o Mestre escreveu no prefácio: “Alguns espíritos sofrem muito no processo
de purificação e, em sua angústia, pedem socorro a seus descendentes,
diretos e indiretos, que estão neste mundo”.
Assim está na Sutra Sagrada Chuva de Néctar da Verdade, Capítulo
“Espírito”: “Existem espíritos doentes, existem espíritos sofredores,
espíritos que não têm estômago e sofrem de doença gástrica, espíritos que
não têm coração e sofrem de doenças cardíacas; tudo isso é ilusão. Se um
desses espíritos influenciar alguém, a pessoa influenciada apresentará ou
uma doença gástrica ou uma doença cardíaca”.
Quando o movimento em português se encontrava em “fase embrionária”,
no início dos anos 1960, uma vizinha disse para minha mãe que tinha ido ao
médico e que este constatara que ela estava com câncer. Quando a minha
mãe lhe perguntou se havia alguém na família que tivesse falecido com
problema semelhante, ela respondeu: “Sim, o meu irmão, e ele aparece todos
os dias nos meus sonhos”. Na ocasião, não havia sutra em português em
forma de livreto, mas em um dos únicos livros traduzidos para o português,
que era A Verdade da Vida, v. 1, há, nas últimas páginas, a Sutra Sagrada
Chuva de Néctar da Verdade. Minha mãe emprestou-lhe o livro e
recomendou a ela que lesse a parte final, onde está a sutra, para o irmão, por
um período de 21 dias.
Já no quinto ou sexto dia, o irmão não apareceu mais em seus sonhos. Ela
começou a se sentir bem, foi ao médico e este lhe informou que o câncer
havia desaparecido.
O dirigente Rogério Antunes, nascido em Porto Alegre, mas radicado em
Uruguaiana, escreveu-me o seu relato:
 
Eu sofria havia anos de dores na região do estômago, inclusive
algumas vezes não conseguia me alimentar direito por cerca de três a
quatro dias. Fiz exames e foi detectado um pequeno problema, que
mesmo com a medicação não houve grandes melhoras. Relatei ao
prof. Heitor (quando fomos à Argentina) que eu tinha assistido ao
filme Nosso Lar cerca de três vezes e que sempre me preocupava
com a situação de meu tio que teve, infelizmente, uma morte trágica,
marcando a vida de todos nós.
O prof. Heitor me orientou a ler a sutra por 49 dias para o meu tio.
Confesso que no início pensei “...bah ...são 49 dias!”. Mas resolvi
fazê-lo. Ao mesmo tempo, eu me senti feliz em poder ser útil ao meu
tio. Na verdade, na época, fiquei muito revoltado pela forma trágica
que ele faleceu.
Fui fazendo os 49 dias de sutra e comecei a sentir uma sensação
muito agradável, minhas dores estomacais sumiram e até a
medicação parei de tomar (obs.: lembrava-me desse tio com muito
carinho, das visitas de meus pais em sua casa e vice-versa... e
também quando eu passeava de moto com ele. Por esses dias,
encontrei-me com a minha tia, viúva dele, e sem que eu lhe falasse
alguma coisa sobre a oração, ela contou-me que meu tio carregava
sempre uma foto minha na carteira de bolso dele, e não tinha foto dos
filhos deles. Era o carinho que ele tinha por mim. Recebi tal
informação com alegria e, ao mesmo tempo, uma confirmação do
carinho e amor que ele nutria por mim).
Muito obrigado!
Rogério Antunes – Uruguaiana-RS
A preletora Marinilda Fernandes, que coordena as aulas virtuais da
Verdade da Vida na cidade de Americana, enviou um relato do sr. Felismino
Mota, que encantou a todos que tomaram conhecimento:
 
Meu nome é Felismino Mota, completei 68 anos no último dia 11 de
abril.
Conheci a Seicho-No-Ie em 2009 quando acompanhei uma amiga que
foi pedir orientação pessoal. Eu a acompanhei algumas vezes na
Cerimônia aos Antepassados, mas achava muito esquisito, pois sou
evangélico há 58 anos, porém continuei indo assim mesmo para
ajudá-la. Comecei então a frequentar as aulas de quarta-feira, e o
preletor Heitor citava muito a Bíblia. Fui me interessando cada vez
mais, pois percebi que a Verdade ensinada ali é a mesma verdade
que a Bíblia ensina. Aos poucos fui adquirindo alguns CDs, o livro A
Humanidade é Isenta de Pecado, o livreto Sutras Sagradas e outros.
Comecei a frequentar as aulas, sem falhar nenhuma, e senti muita
vontade de adquirir a coleção A Verdade da Vida. Por três vezes eu
senti que tinha de comprar a coleção de 40 volumes de A Verdade da
Vida e, na terceira vez, obedeci àquele impulso, pois percebi que era
de Deus.
Comecei a ajudar a divulgar a Seicho-No-Ie entregando as revistas
Fonte de Luz, Pomba Branca e Mundo Ideal. Um dia, levei minha
esposa para uma consulta médica no Posto de Saúde e, enquanto a
aguardava, fiquei lendo o livreto Meditação Shinsokan. O Posto de
Saúde estava lotado, e eu, ali sentado, lendo aquelas palavras tão
maravilhosas, pensei assim: “Meu Deus, se isso aqui é Verdade e do
jeito que eu estou pensando, me dá um sinal, fazendo com que alguma
destas pessoas venha perguntar sobre o livro”. Alguns segundos
depois, uma senhora que eu não conhecia levantou-se de onde estava,
pegou a minha mão e a virou para ver o livro! Então lhe perguntei:
“O que levou você a fazer isso?”. E ela respondeu que não sabia,
mas que PRECISAVA fazer isso. Então fui até o carro e peguei uma
revista da Seicho-No-Ie e dei a ela, o que a deixou muito feliz. Foi aí
que eu tive a certeza de que o livro Meditação Shinsokan tinha algo
de sobrenatural, fazendo-me interessar cada vez mais pelo
Ensinamento!
A minha vida foi mudando e coisas incríveis começaram a acontecer:
fui curado de três hérnias de disco e dois bicos de papagaio e
também um esporão no pé direito. Tinha catarata nos dois olhos e
precisava fazer cirurgia, mas quando voltei ao médico ela estava
estabilizada e não precisei mais. Um dia, eu estava cuidando das
árvores do meu quintal e coloquei uma escada dupla para atingir o
topo de uma das árvores; e, quando estava lá em cima, senti uma voz
dentro de mimdizer: “A escada vai te cuspir fora!”. Eu segurei no
galho da árvore e em fração de segundos escapei de uma queda
perigosa! Então fui compreendendo que podemos viver bem
tranquilos, pois Deus cuida de nós, mas o segredo é amar, perdoar,
agradecer e ter um coração sem maldade.
Outro dia, eu amanheci com uma dor no pescoço e na perna esquerda,
sem quase poder andar. Passei por uma consulta, mas não tinha
explicação para aquela dor. Lembrei que Deus cuida de mim, deitei
debaixo de uma mangueira que tenho no meu quintal e conversei
assim com Deus: “Deus, que criou esse pé de manga tão perfeito, me
liberta desta dor!”. E meditei na bondade de Deus conforme está
escrito em Mateus 7. 10,11. Passaram-se apenas alguns minutos e
levantei-me curado, de tal maneira que minha esposa ficou assustada.
E não ocorreram mudanças apenas na saúde, mas também no meu
temperamento, pois adquiri muita paciência e sabedoria para lidar
com qualquer tipo de situação. Outra coisa incrível que está
acontecendo comigo é que eu era calvo havia mais de 20 anos, tão
calvo que o alto da minha cabeça até reluzia! Pois meu cabelo está
nascendo! Mais ou menos 80% de meu cabelo já nasceu.
Leio os livros do mestre Masaharu Taniguchi diariamente. Já li os
quatro primeiros livros da coleção A Verdade da Vida, a qual
estudamos às quartas-feiras, os dois volumes Convite à
Prosperidade, os dois volumes Convite à Felicidade, os dois
volumes Cartilha da Vida e estou lendo pela segunda vez A
Humanidade é Isenta de Pecado, além de ler as revistas, as sutras e
o livreto Meditação Shinsokan.
O que me faz gostar tanto da literatura é que, quando eu leio, sinto
dentro de mim a confirmação daquilo que estou lendo. Sempre fui
Seicho-No-Ie e não sabia! Por isso eu sou muito grato ao mestre
Masaharu Taniguchi, aos preletores e a todos os adeptos que mantêm
esse ensinamento vivo. Agradeço ao preletor Heitor Miyazaki e
quero dizer que também li o livro Conquiste a Felicidade com Amor,
de sua autoria, e que é maravilhoso.
Americana, 3 de maio de 2013. Felismino Mota
Problemas na cabeça
Assim escreveu o prof. Seicho Taniguchi no livro Assim Se Concretiza o
Bem, no capítulo 13: “(...) a cabeça simboliza a pessoa de posição superior.
Os olhos expressam a própria mente, mas a parte superior, como cérebro,
testa, cabelos etc., é utilizada para simbolizar os superiores. O termo
‘utilizar’ deve ser interpretado, evidentemente, como uso inconsciente, no
sentido de simbolização. Superior, no caso, representa o pai, ou a mãe, ou o
chefe, e, em numerosas vezes, indica antepassados”.
No livro A Verdade da Vida, v. 15, 3. ed., pp. 15-18, assim está escrito
sobre uma orientação do Mestre: “Nessa carta, ele não contava que seu
irmão tivera visões de espíritos. Apenas dizia que durante a Meditação
Shinsokan tivera a sensação de que alguém lhe apertara a cabeça e que
desde então sentia a cabeça pesada, não conseguindo fazer nada durante o
dia. E também que, a partir de então, não se sentiu mais disposto a praticar a
Meditação Shinsokan, tamanho era o medo que sentia. Quando li a carta,
concluí intuitivamente que havia espíritos de antepassados do sr. Minato se
reunindo ao redor dele em busca de salvação”.
Fato semelhante ocorreu com preletor Edson de Lima Pardim, da cidade
de Recife. Eis o seu relato:
 
Meu nome é Edson de Lima Pardim. Conheci a Seicho-No-Ie em
1975 por meio de minha avó materna quando ela veio nos visitar em
Recife. No mesmo dia, ela me chamou num canto e me presenteou
com os livros Por Que é Assim?, A Cartilha da Vida, Sutras
Sagradas e a revista Acendedor.
Tornei-me líder da iluminação em 1985, e quando foi realizado o 1º
Seminário de Oferenda de Trabalho para Preletores e Líderes da
Iluminação em Santa Fé, na Bahia, orientado pelos preletores Heitor
e Ilona, eu estava passando por momento de decisões sobre o meu
trabalho.
Desde jovem eu tinha o hábito de comprimir a nuca com a mão para
aliviar uma pressão na base da nuca, e nesse seminário essa pressão
aumentou a ponto de me incomodar muito, tanto que durante todo o
seminário eu coloquei uma faixa na cabeça como uma atadura, para
tentar aliviar a estranha sensação. Como normalmente as pessoas
usam essa faixa quando vão ao campo, perguntavam-me o porquê de
eu usá-la dia e noite.
Na primeira noite do seminário, eu não estava conseguindo pegar no
sono e fui ao Salão Nobre e, diante do Quadro do Jissô, sentei-me
numa cadeira e comecei a fazer a Meditação Shinsokan. Nessa hora,
só vinha na minha mente o Hino Sagrado “Canto da Vida Imortal”, e
passei a noite toda chorando copiosamente. De manhã, quando o
responsável pelo som da academia chegou ao salão, encontrou-me e
me despertou! Eu estava todo molhado de lágrimas, cheguei até a
ficar desidratado e com muita fraqueza nas pernas, e para levantar-
me da cadeira precisei primeiro ajoelhar-me no chão.
No último dia da atividade no trabalho de campo, tive a orientação
pessoal com o preletor Heitor e contei-lhe da sensação na cabeça.
No mesmo instante ele disse categoricamente: “Alguém da sua
família faleceu com uma pancada na cabeça provocado por algum
acidente ou algum instrumento”.
Quando voltei para minha cidade, Recife, liguei para minha avó
paterna perguntando-lhe se teria alguém da família que faleceu com
algum tipo de trauma na cabeça. Ela me contou que, quando tinha 3
anos de idade, o pai dela, numa briga na roça, morreu com uma
enxadada na cabeça. E me deu o nome completo dele. Então ofereci a
leitura da Sutra Sagrada Chuva de Néctar da Verdade especial ao
meu bisavô, conforme recomendação do preletor Heitor. O mais
interessante foi no momento em que ela disse o nome dele, pois no
mesmo instante fui sentindo alívio na cabeça, como se tivessem
retirando um peso dela! Nesse momento, agradeci bastante ao meu
avô, e dali em diante não senti mais sensação alguma na cabeça.
Nessa mesma noite fiz a cerimônia especial de agradecimento ao meu
avô e senti-me livre de toda a sensação que me acompanhava fazia
muito tempo.
Esse meu bisavô tinha falecido havia 72 anos.
 
Outro relato relacionado a problemas na cabeça é do preletor Lorenzo
Mir, do nosso país vizinho Argentina:
 
No dia 19 de março de 1998, a nossa família foi aumentada com a
chegada de mais uma neta: Milagros Ayelen Mir. Essa criança nasceu
na cidade de Santa Rosa, na província de La Pampa, 600 km distante
da capital federal. Tanto a gravidez quanto o parto foram normais. O
pediatra que nos atendia viu com surpresa que a moleira estava
fechada de forma inusitada. Após quatro meses, a moleira estava
completamente fechada e seu crânio tinha tomado a forma de um ovo
com um deslocamento para cima. Em vista disso, o médico
aconselhou-nos a consultar um especialista em neurologia em Buenos
Aires.
Primeiro, os médicos consultaram um especialista em cirurgia
neurológica, que lhes disse se tratar de caso muito urgente para
cirurgia, com o fundamento de que o cérebro não tinha espaço para o
seu desenvolvimento, o que traria problemas muito sérios. Essa
operação implicava o risco de a criança ficar com alguma sequela
mais tarde e deveria ser feita quando o bebê completasse 6 meses de
idade. Devido aos riscos envolvidos, eles voltaram para a capital
novamente para consultar especialistas do hospital francês, que
determinou que a operação não era urgente e manter em observação
contínua a evolução da Ayelen.
Ao registrar-se um empate na opinião dos médicos, a família decidiu
consultar outro especialista, que disse não ser tão urgente a
operação. Em 28 e 29 de novembro do ano passado, realizou-se um
Curso para Líderes em Buenos Aires, orientado pelo prof. Heitor
Miyazaki, do qual participamos os nossos filhos, minha esposa e eu.
Quando chegou o momento de perguntas e respostas, a minha filha,
política, perguntou: “Por que já fechou a moleira de minha filha?”. O
prof. Miyazaki imediatamente respondeu: “É um grito desesperado
de um ancestral direto da família que morreu violentamente. A
família deve pedir desculpas por não ter cuidado do túmulo, visitá-lo
e lavar sua superfície. Ler a sutra paraesse antepassado por
determinado período em casa. Ao completar essa tarefa, a criança
não terá nenhum problema.” Minha esposa (que é brasileira) disse:
“Na verdade, o prof. Miyazaki está certíssimo! Meu pai morreu em
um acidente de trabalho em 12 de julho de 1939, no Rio de Janeiro,
há 59 anos, e está enterrado no túmulo da família no cemitério São
João Batista, naquela cidade”.
De 12 a 16 fevereiro de 1999, participamos com a minha filha Mabel
do Seminário de Carnaval na Academia de Ibiúna, em São Paulo,
com a presença de cerca de 1.200 verdadeiros filhos de Deus. Nós
éramos os únicos argentinos e fomos espetacularmente recebidos por
todos. Terminado o seminário, fomos para o Rio de Janeiro, e,
chegando ao hotel, meu cunhado nos levou até o cemitério. Limpamos
o túmulo, colocamos flores e também uma Sutra Sagrada Chuva de
Néctar da Verdade, que tinha sido escrito à mão pela minha filha
Mabel. Para concluir, alguns dias depois do nosso regresso do Rio
de Janeiro, a nossa maravilhosa neta Ayelen Milagros ficou curada, e
sua cabeça ficou inteiramente normal como qualquer outra criatura.
Quando sua pediatra a examinou, não podia acreditar no que estava
vendo e nos perguntou se tínhamos feito algo de anormal. Nós só
temos de agradecer a Deus, ao santo mestre Masaharu Taniguchi, por
seus ensinamentos, ao professor amado Heitor Miyazaki, a todas as
pessoas que nos ajudaram em nosso trabalho e a todos os grupos de
oração dos quais participamos. Obrigado.
Lorenzo Mir – Argentina
Feto sem cérebro
Somos regidos por diversas leis: da Vida, do espírito, da mente, da
matéria etc. Quando um médico diz que não tem cura, não significa que
esteja errado, ele apenas está afirmando que pelas leis físicas (da matéria)
não há solução. Em outras palavras, ele poderia dizer: “Pelas minhas
ferramentas, pelos meus conhecimentos, não vejo condições de cura”, no
entanto, as leis da Vida regem tudo que tem vida e, desta forma, aquilo que é
impossível para a medicina é possível para Deus. A Sutra da Cura
Espiritual cita: “As leis físicas que regem a matéria inorgânica são
diferentes das leis da Vida, que regem organismos vivos”, e mais adiante
explica: “A Vida se serve inclusive das leis da matéria, mas as sobrepuja e
exerce domínio sobre a matéria”.
Como exemplo há os casos de fetos sem cérebro que pela medicina não há
cura e recomenda-se o aborto. É o que aconteceu com a sra. Fátima Araújo,
da cidade de Belo Horizonte, Minas Gerais. Eis seu relato:
 
Sou casada e tenho três filhos maravilhosos. Meu marido se chama
Wener Oliveto. Conheci o ensinamento da Seicho-No-Ie no ano de
1994 e obtive muitas graças por meio das práticas aprendidas. Mas,
entre todas essas graças alcançadas, a maior foi o nascimento da
terceira filha. O ensinamento nos ensina que não devemos fazer a
prática do aborto, pois esse ato, além de ser crime para com a Vida,
carmicamente traz muito sofrimento e estragos em nossas vidas.
Bem, no ano de 1998, fiquei grávida. Diante da confirmação,
comecei a fazer exames de rotina com o médico. Após os resultados
laboratoriais, foi constatado que eu havia contraído toxoplasmose.
Diante desse resultado, o médico ficou preocupado, pois o vírus
estava em estágio avançado, que poderia trazer danos drásticos ao
feto gerado. Pediu a repetição dos exames e acrescentou o exame de
ultrassonografia para ter condições de fazer um levantamento mais
profundo do grau de contaminação no feto. Infelizmente, o resultado
demonstrou que o feto não tinha formação cefálica.
Então fui orientada pelo médico a fazer o aborto, pois, se desse à luz,
além de não viver por muito tempo, o nenê ainda poderia ter
cegueira, coisa que não daria para ver pelo ultrassom. Na dúvida,
fizemos mais exames durante três meses. No quarto mês, os médicos
fizeram uma reunião comigo e meu marido para que pudéssemos
fazer o aborto da criança. Diante dos fatos, não havia saída, pois se
passasse do quarto mês colocaria minha vida em risco também.
Nesse dia estive na Regional BH-Caiçara, em Belo Horizonte, e pedi
orientação à preletora Isabel Moreira. Eu estava desesperada, sem
rumo, não queria ficar sem meu filho, e não queria um filho sem
cérebro, pois aprendi no ensinamento dar amor à Vida. Então a
orientação recebida foi que Deus não cria ser sem cérebro, portanto
a Vida que estava em meu ventre era perfeita.
Fui orientada também a fazer nos últimos meses de gravidez a
Oração do Perdão, a leitura da sutra sagrada para os antepassados, o
caderno de elogio para o bebê, a oração aos anjos abortados dentro
da minha família. E assim começou nossa “batalha” contra o tempo e
contra os resultados dos exames. Optei por não abortar. E foi uma
luta, pois não podia me levantar nem fazer esforço. Tomei
medicamentos muito fortes, para ajudar o bebê no ventre.
No sexto mês, tive ameaça de aborto espontâneo. Tomei corticoide
para acelerar a cicatrização do pulmão do bebê. Na primeira semana
do oitavo mês tive pré-eclampsia e o médico decidiu que iria fazer
uma cesariana de urgência. Na cirurgia, tive hemorragia grave. A
criança nasceu e ficou no balão de oxigênio e incubadora. A
hemorragia que tive permanecia, e o médico falou para meu marido
que lutava para me salvar, pois fora uma cirurgia difícil, eu estava
com a pressão muito alta e a hemorragia era constante. Mesmo diante
de todos os problemas, fizemos as práticas da Seicho-No-Ie, e
vencemos. Eu me restabeleci muito bem e nasceu uma menina que se
chama Leticia Araujo Oliveto. O que mais destaca nela é sua
inteligência e enxerga muito bem! Hoje ela frequenta as reuniões da
Seicho-No-Ie e tem 11 anos. É saudável e muito inteligente, e não se
queixa de nada, nem de dor de cabeça. Agradeço a Deus, ao
ensinamento da Seicho-No-Ie, ao meu marido, que esteve junto
comigo nas práticas, e ao médico dr. João Daher, que foi um grande
amigo e profissional. E quero levar este ensinamento para o maior
número de pessoas. Muito obrigada.
Ensinai a eles a Verdade da Vida, a Imagem Verdadeira
Entre os nossos antepassados, há aqueles que estão muito bem e não
necessitam tanto de orações, mas há aqueles que ainda sofrem, e a nossa
ajuda pode salvá-los da situação em que se encontram. No livro Melhore
Seu Destino Orando pelos Antepassados, 19. ed., p. 37, o mestre Masaharu
Taniguchi diz:
 
O meio para salvar os espíritos que mantêm a ideia de doença e
continuam a sofrer no mundo espiritual as mesmas dores vivenciadas
na vida terrena consiste em fazê-los compreender o seguinte: o corpo
carnal e a doença não existem de verdade; a Vida continua após a
morte; o que chamamos de “morte” é a transferência deste mundo
para o mundo espiritual, e a hora da partida é determinada por Deus.
Para transmitir essa Verdade aos espíritos sofredores, recomendamos
oferecer-lhes a leitura da Sutra Sagrada Chuva de Néctar da
Verdade todos os dias, num horário estabelecido.
 
Outra comprovação é o da preletora Rosinete Sa turno:
 
Em 1997, fui pela primeira vez a um seminário da Seicho-No-Ie. Era
o Seminário de Carnaval. Desde lá comecei a praticar a filosofia e
tornei-me uma adepta da Seicho-No-Ie. Quando compreendi a
importância de registrar os membros de nossa família na Missão
Sagrada, uma das primeiras atitudes que tomei na Seicho-No-Ie foi
registrar toda a minha família, inclusive peguei com minha mãe os
nomes de todos os falecidos da família e registrei cada um deles na
Missão Sagrada. Comecei também a fazer a Oração de Gratidão aos
Antepassados, comprei um oratório, vinculei-os em tabuleta própria
e, todos os dias, fazia a oração.
Após aproximadamente um ano que eu estava fazendo as práticas,
minha mãe, que mora em Araranguá, cidade vizinha a Criciúma, onde
moro, ligou-me cedo de manhã, para contar-me, apavorada, um sonho
que tivera naquela noite. Disse que aquele sonho fora tão real que ela
acordou com a imagem nítida em sua memória e estava perplexa com
o que havia sonhado. Até então, minha mãe não aprovava muito que
eu fizesse a oração aos antepassados, pois achava que isso era
invocar os mortos, coisa que a Bíblia Sagrada condena,por isso não
deveríamos fazer, e sim deixá-los descansar. Minha mãe também me
dizia que fazer orações para pessoas já falecidas não adiantava nada,
pois, segundo ela, depois que se morre, não se tem mais salvação.
Quando acordei de manhã, nesse dia, com minha mãe ao telefone,
fiquei um pouco preocupada, pois ela nunca me ligava àquela hora da
manhã. E foi logo me perguntando:
– Minha filha, que oração é essa que tu fazes para os falecidos?
Eu respondi:
– Ah, é a Oração de Gratidão aos Antepassados que eu faço, da
Seicho-no-Ie, lembra-se do que eu falei pra senhora?
Então, a minha mãe falou:
– Eu tive um sonho muito estranho e muito real esta noite e tinha de
ligar pra te contar. Sonhei que cheguei a um lugar onde estavam todos
os nossos mortos reunidos, a minha mãe, o meu pai, o teu pai, o meu
sogro, enfim, todos aqueles que já morreram, parecia uma festa. Eu
cheguei e perguntei: “Ué, o que vocês estão fazendo aqui todos
juntos?”. “Ah! (o meu sogro falou), nós estamos aqui esperando
aquela oração que a Rosi faz daquele livrinho pra nós. Todos os dias
nós viemos aqui ouvir, porque gostamos muito de ouvir aquele
livrinho, tem feito muito bem pra nós. Quando eu cheguei aqui”, disse
o meu avô (que é sogro da minha mãe e que havia falecido mais
recentemente), “aquele ali ó (apontou para um tio da minha mãe que
havia morrido esfaqueado muito jovem, com uns 24 anos de idade,
numa briga, levando inúmeras facadas, muitas delas na perna), aquele
ali não podia nem andar de tanta dor que sentia naquela perna, vivia
gemendo e mancando, e hoje, olha ali, ele corre, ele pula, tá que é um
guri. Aquela oração é muito boa, todos nós temos melhorado e
ninguém mais sente dor alguma. É aquela oração que a Rosi faz todos
os dias que nós estamos aqui esperando, pois daqui a pouco ela vai
fazer...”.
A partir desse sonho, minha mãe começou a acreditar nas orações da
Seicho-No-Ie, na Cerimônia em Memória aos Antepassados, em
cuidar dos túmulos, na Missão Sagrada. “Esse sonho foi um aviso”,
ela falou, “e eu te peço que continues fazendo, porque eles estão
muito felizes.” A partir daí minha mãe começou a respeitar muito a
Seicho-No-Ie e a praticar também.
Obrigada, antepassados! Muito obrigada! Obrigada, mestre Masaharu
Taniguchi, por se preocupar em salvar toda a humanidade e nos
passar essa mesma preocupação e amor!
Rosinete Saturno
Oratório
Nesse último relato, duas palavras são mencionadas: oratório e túmulo de
antepassados. Estudemos primeira mente sobre oratório.
Às vezes, alguém indaga: “É obrigatório ter oratório em casa?”.
Resposta: Não é obrigatório, porque o mestre Masaharu Taniguchi jamais
impôs e sempre respeitou o livre-arbítrio de cada um.
O livro Melhore Seu Destino Orando pelos Antepassados é destinado a
todas as pessoas, seja ela iniciante ou não. Nele há a seguinte explicação,
pp. 38-39:
 
Recomendamos manter um oratório em casa, pois a sua ausência
significa falta de um elo com os espíritos dos antepassados. Com os
olhos físicos, vemos apenas um oratório de matéria, mas, abrindo os
olhos da alma, compreendemos que esse oratório material é projeção
de um majestoso templo do mundo espiritual. Portanto, é
recomendável providenciar um oratório – mesmo que seja de aspecto
bem simples –, de acordo com a religião tradicional da família, e
orar pelos antepassados.
 
E esclarece o motivo:
No mundo espiritual, existem igrejas e templos apropriados para os
que ali vivem. Os espíritos frequentam igrejas ou templos conforme
as respectivas crenças, fazem treinamentos e vão passando para
níveis mais altos.
 
Cada pessoa tem o livre-arbítrio para decidir “ter ou não ter um oratório
em casa”. Se um aluno pergunta a um professor “qual é o melhor caminho a
seguir, A ou B?” e este o orienta: “Os dois caminhos o levam para o mesmo
lugar. Porém, eu recomendo B”. Neste caso, se o mestre recomendou opção
B, siga o caminho B. No entanto, a Seicho-No-Ie abole o “tem de ser assim”;
desta forma, não deve-se apegar à recomendação. Explicando melhor: se
num casal, apenas um dos cônjuges é adepto da Seicho-No-Ie e deseja seguir
à risca adquirindo um oratório, mas o(a) esposo(a) não aceita essa ideia, é
melhor não criar desarmonia por esse motivo, visto que os antepassados não
ficariam felizes em receber orações nesse clima de desarmonia.
Oratório no Ocidente é mais antigo do que muitos imaginam
O meu genro, preletor Anibal, disse uma frase verdadeira que mostra o
pensamento errôneo que alguns têm: “Muitas pessoas pensam que oratório
seja criação dos orientais, por isso dão pouca importância ao mesmo”.
Achar que o oratório seja uma criação dos orientais é um pensamento
incorreto, porque, no Ocidente, o oratório já existia desde a Idade Média na
Europa.
A origem do oratório remonta à Idade Média, época em que as famílias
não podiam construir capelas, que então eram representadas por um objeto
que passou a ser chamado de oratório.
Um fato que poucos sabem é que, quando o Brasil foi descoberto, Pedro
Álvares Cabral estava com seu oratório no navio: “O primeiro oratório que
chegou ao Brasil veio na expedição de Pedro Álvares Cabral e trazia a
imagem de Nossa Senhora da Boa Esperança. Durante os séculos XVIII e
XIX os oratórios foram peças fundamentais em praticamente todas as casas
do país. Com o passar do tempo, os oratórios deixaram de ser simplesmente
símbolos de fé e tornaram-se belíssimos ornamentos para residências dos
mais variados estilos” (Oficina do Oratório – Tiradentes-MG).
“Em 1500, a descoberta ou conquista do Brasil foi avalizada pelo sinal
da cruz. A Caravela de Cabral chegou às novas terras carregando em meio
à sua bagagem um oratório com a imagem de Nossa Senhora da
Esperança, iniciando uma tradição que perpetua o contato do homem com
a divindade pelos séculos seguintes.” (Depoimento da Presidente do
Instituto Cultural Flávio Gutierrez – sra. Angela Gutierrez – Museu do
Oratório – Ouro Preto-MG)
Segundo o site do Museu do Oratório – Coleção Angela Gutierrez, que
fica na cidade de Ouro Preto, estado de Minas Gerais: “O Museu do
Oratório apresenta uma magnífica coleção – única em todo o mundo – de 162
oratórios e 300 imagens dos séculos XVII ao XX. As peças do acervo foram
doadas ao IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional)
pela colecionadora Angela Gutierrez e são genuinamente brasileiras,
principalmente de Minas Gerais. Caracterizando-se pela diversidade de
tipos, de tamanhos e de materiais, o acervo oferece detalhes valiosos da
arquitetura, pintura, vestuário e costumes da época em que foram produzidos,
permitindo uma verdadeira viagem antropológica pela história do Brasil”.
São armários ou nichos, a maioria feita de madeira, onde ficavam
guardadas imagens de santos de devoção da pessoa, família ou de um grupo.
A princípio, eram imagens de santos, mas, ao longo do tempo, muitas
famílias passaram a colocar junto a essas imagens fotos de parentes
falecidos.(4)
Os descendentes de antepassados religiosos possuíam oratórios
construídos por um avô, bisavô ou tataravô, e muitos deles, após conhecerem
o ensinamento da Seicho-No-Ie, ficaram felizes ao descobrir que a família já
tinha um oratório e vivificaram-no, colocando as tabuletas memoriais e
fotos. Esse procedimento não está errado, visto que está de acordo com a
recomendação do Mestre no livro Melhore Seu Destino Orando pelos
Antepassados, 19. ed., p. 59, em que cita a orientação aos budistas: “No
caso de família budista, se já existe uma imagem ou um quadro de Buda no
centro do oratório, é recomendável colocar na prateleira inferior as tabuletas
memoriais dos antepassados”. Da mesma forma, se já existe um oratório
tradicional da família, este deve ser respeitado, e pode-se colocar a tabuleta
ao lado ou abaixo da imagem do santo ali outrora instalado pelos seus
ancestrais.
Várias pessoas me mostraram oratórios feitos por avós ou bisavós com
imagens de santos e de antepassados.
Alguns casos sobre oratório
Isso ocorreu no ano de 1975. Um primo meu de terceiro grau que, na
ocasião, era pescador profissional telefonou-me desesperadoporque o
maior barco dos pescadores, tomba ao retornar da melhor pesca feita até
então, e eles perderam todos os peixes e equipamentos que estavam na parte
superior. E vários outros problemas também estavam acontecendo.
Fui com a minha esposa até lá e, chegando, perguntei: – Onde está o
oratório?
– Está no porão – respondeu meu primo.
– Porão? Lugar de oratório não é o porão. Por que deixaram lá? –
comentei, indignado.
– Minha mãe era a única que orava. Depois da morte dela, como ninguém
sabia rezar, levamos o oratório para o porão – disse ele.
No porão, o oratório não estava de pé, mas deitado, ou seja, da mesma
forma que o barco ficou tombado de lado.
Pedi-lhe para trazer o oratório para a sala e fizemos oração para os
antepassados deles; em seguida, falei-lhe que seria bom lermos a sutra no
barco, para purificar. Subimos no barco e fomos para o alto-mar, enquanto
todos a bordo leram a Sutra Sagrada Chuva de Néctar da Verdade.
Retornando, ao chegar perto do canal, o barco encalhou, então ele explicou:
– Agora são 15 horas. Somente às 2 horas da manhã teremos condições de
tirar o barco, pois nessa hora a maré estará bem alta.
Alguns minutos após, ocorreu um fenômeno: uma pequena ressaca fez
desencalhar o barco, e assim pudemos retornar. Esse primo, impressionado,
comentou:
– Isso é incrível, estamos em março e a ressaca só ocorre no mês de
agosto. E foi somente de 20 minutos! Isso é milagre!
Há outro caso de um parente que me telefonou e disse:
– Você, que conhece eletricidade, pode vir a minha casa? A lâmpada do
quintal acende e apaga sem ninguém tocar no interruptor e o mesmo ocorre
com a lâmpada da garagem. Já esteve aqui um eletricista, mas não encontrou
problema nenhum.
Chegando lá, não fui inspecionar a parte elétrica, simplesmente perguntei:
– Onde está o oratório?
– Está aqui no chão – disse, apontando para o mesmo que estava 3 metros
distante.
– Oratório é sagrado e não deve ficar no chão. Coloquem-no num lugar
mais alto e, em seguida, vamos fazer oração para os seus antepassados.
Depois disso, nunca mais houve problema com as lâmpadas.
Também já ouvi pelo menos dois relatos de pessoas que foram vítimas de
incêndio. O quarto ficou totalmente destruído, porém nada aconteceu com o
oratório.
O preletor Tuguio Teramae contou-me o que ocorreu na Segunda Guerra
Mundial com sua prima que residia na cidade de Tóquio quando as bombas
incendiárias começaram a ser lançadas pelos aviões norte-americanos. Na
região, as casas eram feitas de madeiras e o incêndio propagou-se, então
essa senhora correu para o interior de sua casa para apanhar aquilo que lhe
era mais precioso e o envolveu em um lençol: o oratório!
O oratório foi a única coisa que tirou de sua casa. Posteriormente, ao
passar o incêndio, ela viu todas as casas incendiadas e muita fumaça. Ao
aproximar-se mais perto, notou que havia somente uma casa que permaneceu
intacta: era a sua própria casa!
 
Conclusão:
Por desconhecermos os estágios em que se encontram os nossos
antepassados, é bom ter um oratório em casa, para orarmos por eles, e
cuidar também dos seus túmulos, conforme citação do prof. Masaharu
Taniguchi: “Assim como se dá comida aos que dela precisam, é preciso
oferecer túmulo para os que desejam túmulo, e oratório para os que desejam
oratório para re ceber orações. Este é o procedimento correto em relação aos
nossos antepassados” (A Verdade da Vida, v. 16, 2. ed., pp. 62-64).
Fato ocorrido no Japão
No livro Melhore Seu Destino Orando pelos Antepassados, há um
capítulo (6) com o título “Relatos de milagres ocorridos pela leitura de
Sutras Sagradas para os antepassados”, curas como a da criança com 4 anos
que não andava, a cura da cegueira noturna, dos braços e pernas que estavam
paralisados, do tumor cerebral, da artrite reumatoide.
A cura do tumor cerebral ocorreu no momento em que a mãe da criança
estava visitando os túmulos dos antepassados; por essa razão o mestre
Masaharu Taniguchi cita no mesmo livro, p. 194: “Quem possui verdadeiro
sentimento de gratidão aos antepassados visita o túmulo deles mesmo que o
local seja distante. Excetua-se o caso em que a pessoa mora no exterior. Para
os que vivem no país, a distância não deve ser motivo para negligenciar a
visita ao túmulo dos antepassados. Se alguém usa tal pretexto é porque seu
pensamento está afastado dos antepassados. Mesmo que o túmulo dos
antepassados se situe numa região distante, é possível visitá-lo duas ou três
vezes por ano. Quem sente gratidão e respeito pelos antepassados tem a
proteção dos espíritos deles. Por isso, terá êxito profissional e será
próspero. Deve-se cuidar bem do túmulo. É imperdoável deixá-lo em estado
de abandono. No caso de o túmulo ser distante, deve-se providenciar a
limpeza e oferenda de flores com a colaboração dos parentes e amigos que
residem perto do local”.
Praticando essa explicação, temos o relato do preletor Antonio José
Barbosa – Regional SP-Santo André:
 
No dia 30 de novembro de 1993, logo pela manhã, recebi um
chamado para comparecer à sala de meu chefe. Atendi ao chamado, e
ele comunicou-me que eu estava sendo dispensado da empresa, uma
multinacional onde trabalhava havia 17 anos ganhando um ótimo
salário.
Eu já era preletor da Seicho-No-Ie havia sete anos, sempre
praticando o ensinamento, e orava muito, como oro ainda hoje,
mesmo assim fiquei momentaneamente muito preocupado, pois tinha
quatro filhos pequenos, para criar e educar. Porém, logo em seguida,
refleti e lembrei-me das palestras que eu mesmo havia feito e das
palestras que ouvi de grandes professores.
Entreguei-me nas mãos de Deus e, orando, procurava ver qual a porta
que iria se abrir para mim. Então parti em busca de alternativas para
manter minha família no padrão de vida que tínhamos até então.
Já na época, o prof. Heitor Miyazaki orientava sempre sobre a
importância de orar para os antepassados, zelar por seus túmulos, e
visitá-los, mesmo que fossem distantes.
Então, no dia 28 de dezembro de 1993, fui visitar o túmulo de minha
mãe, na região de Presidente Prudente, a 700 km da Grande São
Paulo, o qual não visitava havia 30 anos. Chegando ao cemitério, não
sabia direito qual era a cova de minha mãe dentre as várias marcadas
por montinhos de terra.
Procurei então uma velha amiga de minha mãe, era uma senhora de
80 anos, que me indicou o local, e ali construí um túmulo simples
com amor e gratidão. Porém, a partir daquele dia, começaram as
grandes dificuldades. Durante o ano de 1994, dediquei tempo integral
estudando para prestar concurso público de fiscal, mas não consegui
ser aprovado. Foi uma grande decepção.
O dinheiro de minha indenização acabou e tive de vender um dos
carros que tínhamos, pois ainda não conseguira emprego. Passei em
dois concursos, em segundo colocado, mas, em ambos, havia só uma
vaga, portanto não fui chamado. Já não conseguia fazer a manutenção
do último carro que tínhamos, uma Caravan 86. No dia 15 de outubro
de 2000, a Polícia Rodoviária o recolheu para o pátio e nunca mais o
vi, foi a leilão e não tive condições de retirá-lo.
Embora tivesse um excelente currículo profissional na área de
finanças, os empregos que conseguia não duravam. Tivemos um
depósito de material de construção, mas também não deu certo.
Passaram-se sete anos e um dia eu estava no cabeleireiro, que é meu
amigo de infância, conversando, quando ele lembrou e disse:
– Faz tempo que eu queria lhe dizer uma coisa, mas tinha receio de
que você ficasse chateado. Você foi a Presidente Prudente e mandou
arrumar o túmulo de sua mãe, não foi?
– Sim – respondi.
E ele completou:
– O túmulo que você arrumou não era o de sua mãe.
Levei um choque e fiquei por algum tempo pensativo. Ele conhece
bem o cemitério, pois existem antepassados dele lá. Decidi, então,
rapidamente corrigir o erro. Programei uma viagem para o dia 28 de
dezembro de 2000. Pedi emprestado uma picape Pampa de um amigo
e fui até lá com meu filho Alisson, para construir outro túmulo no
lugar certo, onde realmente a minha mãe estava sepultada. Assim
fizemos e, ao concluir o trabalho, oramos,agradecemos e pedimos
perdão. Também agradeci e pedi desculpas à alma desconhecida
onde havia feito o primeiro túmulo, que continua lá, pois foi feita
com amor e boa vontade. Depois que voltamos, minha irmã, que não
sabia que tínhamos viajado, veio a minha casa e contou-nos que
sonhara com a nossa mãe, com cabelos grisalhos e envolta em luz,
que lhe dizia: “Agora estou feliz, pois tenho uma casinha para ficar e
estou tranquila”.
Fiquei comovido e refleti muito. A partir de então as coisas
começaram a mudar. A minha filha Zuleica, que prestava estágio
numa multinacional, foi efetivada em 1º de janeiro de 2001. Um
grande amigo meu assumiu a Secretaria de Finanças da prefeitura e
convidou-me a integrar sua equipe com um cargo de confiança,
também a partir de 1º de janeiro de 2001, e naquele mesmo mês
comprei meu primeiro carro zero-quilômetro. Agora, está tudo
maravilhoso. Todos os meus filhos estão estudando, e voltamos a ter
prosperidade.
Agradeço sinceramente a Deus, aos maravilhosos ensinamentos de
Seicho-No-Ie e ao preletor Heitor Miyazaki, que sempre tem nos
orientado.
Muito obrigado.
 
Outro relato semelhante é o da preletora Sônia Maria, residente em
Salvador-BA.
 
Chamo-me Sônia Maria Vargas de Carvalho, resido à rua Dom
Eugênio Sales, nº 50, bloco 13, apto. 102, no bairro da Boca do Rio,
em Salvador, Bahia. Estou atualmente como preletora em grau sênior
e me dedicando com muito amor a este grandioso Movimento de
Iluminação de Humanidade (Seicho-No-Ie).
São muitos os relatos que obtenho por meio das práticas deste
ensinamento, e dois deles que estou relatando é sobre a importância
de orarmos e sentirmos gratidão e amor pelos nossos queridos
antepassados, principalmente pelos nossos queridos pais. Uma das
práticas que este ensinamento nos ensina é manifestarmos a
prosperidade (riqueza material) zelando com amor os túmulos dos
nossos antepassados (ato que, antes de praticar este ensinamento, eu
não dava importância). Procurei me interessar, visitando-os com
mais frequência.
Pouco tempo depois, comecei a observar que a minha vida estava
melhorando ainda mais, em todos os sentidos (harmonia, paz, saúde,
alegria, prosperidade etc.). Meu salário de aposentada começou a ser
corrigido e atualizado na empresa pela qual estou aposentada.
Em abril do ano de 2002, participei, na Academia Espiritual de
Santa Fé-BA, do Curso de Preletores e Líderes de Iluminação,
orientado pelo prof. Heitor Miyazaki, e relatei a ele que, ao visitar o
túmulo de meu pai, constatei que o mesmo já estava ocupado por
outro. O prof. Heitor me orientou que, ao chegar em minha
residência, lesse a sutra sagrada para o meu pai durante um
determinado período e, em outro horário separado, para os meus
antepassados, e colocasse o meu pai na Oração Perpétua da Seicho-
No-Ie. Assim, logo no outro dia, fui à Regional BA-Pituba
providenciar a Oração Perpétua.
Antes de uma semana, minha advogada me ligou, dando-me a
excelente notícia de que “só eu” havia ganhado (obs.: mais de 20 ex-
funcionários haviam entrado com processo por salário não recebido)
a causa trabalhista, que era um processo que estava pendente fazia 17
anos na Prefeitura Municipal de Camaçari, onde trabalhei como
enfermeira.
Com o recebimento dessa maravilhosa indenização, pude contribuir à
vista para a Oração Perpétua de meu pai e reformar o meu
apartamento.
Após esse acontecimento muito gratificante, decidi também colocar a
minha mãe na Oração Perpétua da Seicho-No-Ie. Fiz o mesmo
processo, realizando a leitura das Sutras Sagradas na minha
residência só para ela, independente do horário dos demais antepas ‐
sados.
Antes de completar os 30 dias, recebi uma carta da Receita Federal
comunicando-me que havia uma restituição do Imposto de Renda e
que já estava depositada na minha conta-corrente. Nesse ínterim,
minha irmã veio me visitar para pagar um dinheiro que eu tinha lhe
emprestado (ela fez questão de saldar). Aí, compreendi que era a
ajuda de minha mãe do mundo espiritual, e pude também quitar à
vista a Oração Perpétua para ela.
Por todas as bênçãos constantes que venho recebendo, agradeço
imensamente a Deus, aos meus queridos antepassados, aos
orientadores deste grandioso ensinamento e principalmente ao prof.
Heitor Miyazaki, aos quais eu sou eternamente grata.
Estou decidida a colocar o meu nome (ainda em vida) na Oração
Perpétua e os de meus queridos familiares (ainda em vida).
 
“Esquecer-se dos ancestrais é como ser um riacho sem nascente e uma
árvore sem raiz” (provérbio chinês que sintetiza o quanto representa nosso
elo com nossos antepassados).
Diferença de comportamento entre espírito novato e espírito
elevado
No livro A Verdade da Vida, v. 16, p. 73, registra o ocorrido durante uma
mesa-redonda. O sr. Ando questiona:
– Mas entre os numerosos espíritos de antepassados certamente há os que
não atingiram o nível de evolução do pai do sr. Imai. Tais espíritos precisam
de oratórios ou túmulos?
E a resposta do mestre Masaharu Taniguchi:
– Ao nível secundário, sim. Assim como se dá comida aos que dela
precisam, é preciso oferecer túmulo para os que desejam túmulo, e oratório
para os que desejam oratório para receber orações. Esse é o procedimento
correto em relação aos nossos antepassados. Se o prof. Bonji Kawazura,
apesar de ser autoridade do xintoísmo, resolveu cultuar a sua mãe com ritual
budista atendendo ao pedido desta em vida, deve ser porque ele conhecia a
Verdade. Um espírito livre de ilusão, consciente de sua natureza divina, não
pensa em receber orações; mas aquele que pretende receber orações possui
o mesmo apego que tinha desde a vida terrena. Por isso deve-se orar por ele
de modo que, ao mesmo tempo que é satisfeito o seu desejo, vai aos poucos
sendo conduzido ao verdadeiro despertar. Por isso, na Seicho-No-Ie
adotamos o procedimento de orar pelos antepassados mantendo o ritual da
religião que eles professavam.
Outro caso de um espírito elevado está no livro Melhore Seu Destino
Orando pelos Antepassados, 19. ed., p. 69, em que menciona a mensagem da
sra. Majorie ao marido, que sentindo saudades dela visitava assiduamente o
seu túmulo. A mensagem dela foi: “Querido, não pense que estou no
cemitério. Os que permanecem lá são os espíritos pouco evoluídos. Em
vez de ir ao cemitério com frequência, coloque flores diante do meu retrato,
pois consigo senti-las”.
Entretanto, como há muitos espíritos que ainda não atingiram o estágio
mais elevado, na p. 69 desse mesmo livro, o Mestre esclarece: “No volume
24 de A Verdade da Vida, consta que os espíritos que perambulam nos
cemitérios são os chamados ‘avermelhados’, que ainda estão em ilusão”.
E por que perambulam nos cemitérios?
Porque são espíritos de pessoas muito materialistas e são excessivamente
apegados ao corpo carnal. Assim o sr. Corneille transcreveu a explicação do
espírito Vetterini (A Verdade da Vida, v. 9, 5. ed., p. 94: “Primeiro estágio –
categoria baixa – os espíritos nesse estágio usam ao extremo o corpo carnal
em que estão alojados. Esses espíritos estão literalmente agarrados ao corpo
carnal por eles considerado organismo seu e, para separá-los do corpo
físico, às vezes é necessária a intervenção dos espíritos do mundo
espiritual”. Se o espírito nesse estágio se encontra a ponto de necessitar de
ajuda de outro espírito para que se desapegue do corpo carnal que utilizou, é
natural que fique próximo ao mesmo. E, quanto à classificação, esses
espíritos pertencem ao primeiro nível (cor avermelhada) (p. 124 do mesmo
livro).
O Mestre também tem registrado esse exemplo:
 
Recordo-me de que, na primavera de 1932, um monge do templo
Tenryuji, em Saga, foi acometido de nevralgia facial. A nevralgia
facial, quando grave, causa uma dor tão forte que não se consegue
dormir. E à noite a dor é ainda mais forte. O superior do templo,
olhando o rosto do monge, intuiu imediatamente que era influência do
espírito de algum antepassado. Todavia, não conseguiu identificá-lo.
O monge tinha um conhecido chamado Bun-ichiro Noda, que era
parlamentar eleito pela cidade de Kobe. Este, por suavez, era
conhecido do vidente Baiken Imai. Então, por intermédio do
parlamentar, o sr. Baiken Imai foi solicitado para identificar o
espírito e dar uma solução. O sr. Imai, colocando o monge em transe
e chamando o espírito “encostado”, viu que era o espírito do falecido
pai do monge. Na ocasião, falava-se em reconstruir o jazigo da
família, transferindo-o para outro local, provavelmente fora da terra
natal. E isso inquietava o espírito do pai, que tinha muito amor à sua
terra natal. Ele queria de qualquer modo impedir a mudança do
jazigo e desejava que seu filho fizesse alguma coisa. Era pois o
sentimento de amor à sua terra natal que influía no seu filho monge.
Então o mestre Imai disse bondosamente ao espírito do pai: “Seu
desejo será ouvido. Falarei a respeito com seu filho, que dará a
melhor solução. Mas adoentar seu filho para atingir seu objetivo é
contra o caminho de Deus; portanto, doravante não deve mais enviar
pensamento ao seu filho”. Então o espírito concordou e se retirou. No
dia seguinte, o sr. Bun-ichiro Noda telefonou-me informando que
naquela noite o monge dormiu tranquilo, já livre da nevralgia facial.
(A Verdade da Vida, v. 4, 7. ed., pp. 66-67)
 
“Quanto ao local para construir o túmulo, é bom lembrar que não deve ser
um terreno sujeito a alagamentos” (Melhore Seu Destino Orando pelos
Antepassados, 19. ed., p. 66).
Entendamos o motivo. Conforme ensina a Sutra Sagrada Chuva de
Néctar da Verdade: “(...) a mente que está em ilusão profunda dá forma à
sua crença e manifesta uma imagem falsa”. Desta forma, o espírito
avermelhado, que tem grau de conscientização muito pequena ainda, fica
onde estão os seus restos mortais. O sr. Vetterini explica (A Verdade da Vida,
v. 9, 5. ed., p. 94) que o espírito inferior considera o corpo carnal como
sendo ele, ou seja, ainda não compreendeu que o corpo carnal foi apenas um
“uniforme” para ser utilizado “na escola da vida”. Por estar ainda nessa
ilusão, se sentirá dentro da água, caso haja água em seu túmulo ou se este
estiver alagado. Isso pode gerar doença chamada hidrocefalia em algum
descendente ou parente.
O jovem ASF, de São Paulo, estava com hidrocefalia, e falei-lhe: “Deve
haver algum túmulo de antepassado seu, seja por parte do pai ou mãe, que
ficou submerso com construção de usina hidrelétrica ou está com muita
água”. No dia seguinte, ele foi juntamente com o pai visitar o túmulo do pai
de seu pai, o avô paterno. E, chegando ao local, observaram que o jazigo
vizinho era mais alto e, quando chovia, a água caía sobre o túmulo do avô.
Pai e filho, cada qual segurando de um lado a tampa, levantaram-na, e
surpresos viram o caixão do avô flutuando. Imediatamente o pai procurou
uma pedra e golpeando um dos cantos, abriu um pequeno buraco para que a
água escoasse. Na mesma semana, a hidrocefalia do jovem desapareceu.
A preletora Belisa da Rocha Braga comentou-me que uma menina de
origem humilde fora trazida do Nordeste para São Paulo a fim de fazer
cirurgia na cabeça, por estar com hidrocefalia. Disse-lhe que provavelmente
algum antepassado fora enterrada em local alagável, então ela comentou:
“Na cidade onde mora essa menina, foi construída uma usina hidrelétrica, e
o cemitério ficou submerso”.
Já o caso da nevralgia do monge assim como o da paralisia facial podem
estar relacionados a antepassado que está desgostoso por não receber visita
de algum descendente. Recordando o prefácio do livro Melhore Seu Destino
Orando pelos Antepassados, 19. ed., p. 9: “Muitas vezes, doenças graves
que a medicina atual não consegue curar – certos tipos de câncer, distúrbios
nervosos e paralisias de causa desconhecida etc. – são provocadas pelas
vibrações mentais de angústia de um espírito que está sofrendo no mundo
espiritual”.
Casos de cura de doenças ao visitar túmulos dos
antepassados
Ainda a explicação de casos de paralisia, eis o relato da sra. P.G.V., de
São Paulo-SP:
 
Reverência. Muito obrigada.
No dia 23 de abril de 1997, assim que acordei, fui tomar um copo de
água e senti algo diferente na boca. Perguntei ao meu marido se tinha
algo diferente na minha boca e ele disse que não, mas eu sentia algo
estranho.
Sendo funcionária da Seicho-No-Ie, na reunião de abertura da
semana, quando começamos a cantar o Hino Nacional, eu não
consegui cantar direito. Terminada a reunião, fui ao Departamento de
Educadores e falei com a preletora Belisa da Rocha Braga, minha
subchefe, e ela me disse que deveria ir ao médico. Fui ao médico e
ele disse que eu estava com paralisia facial, no mesmo grau que o
Ayrton Senna teve, que dificilmente eu iria me curar, e ficaria com
sequelas. Na hora respondi para o médico que eu ia ficar curada,
coisa que nunca tive coragem de dizer para nenhum médico.
Receitou-me um remédio chamado cortisona e comentou que o
remédio engordava. Como eu estava fazendo um sacrifício para
emagrecer, então falei: “Doutor, estou fazendo um sacrifício danado
para emagrecer e vou ficar com a boca torta e gorda, assim não dá!”.
Voltei ao trabalho, falei com a subchefe e expliquei-lhe o que o
médico tinha me dito e tudo o que estava se passando comigo. Ela
recomendou que eu fizesse o meu trabalho e evitasse conversar. E, se
alguém me perguntasse sobre o problema na boca, para eu responder
que era devido à anestesia aplicada pelo dentista.
Ela foi falar com o prof. Heitor sobre tudo que aconteceu. Como o
convênio da Seicho-No-Ie não cobria o tratamento, ele deu a seguinte
orientação: para que eu fosse a minha terra natal, Guararapes,
interior de São Paulo, o mais rápido possível, para visitar o
cemitério e limpar todos os túmulos dos meus antepassados.
Mas, naquela semana, eu não fui; preferi ir ao cemitério onde estão
sepultados meu pai e outros antepassados e ao cemitério em que
estavam meu sogro e meus cunhados.
Na terça-feira seguinte, quando fui falar com o professor, já fui
levando uma bronca no momento em que ele entrou na sala: “Dona
P.G.V., por que não fez o que eu disse para a senhora fazer? Se a
senhora tivesse ido, já estaria curada!”. Respondi que eu estava
esperando a semana em que haveria um feriado, porque era muito
longe. Então levei outra bronca: “Guararapes é longe? O Mestre diz
que quem dá esse tipo de desculpas é porque o coração está longe
dos antepassados. Eu viajo todos os fins de semana, e faço isso
mesmo antes de me aposentar da empresa e não falo que é longe. Vá
visitar os antepassados”.
Eu pedi ao meu marido para comprar as passagens e fui com a minha
mãe.
Chegamos no domingo de manhã a Guararapes, tomamos um banho e
fomos com minha prima ao cemitério. Quando entramos no cemitério,
ao dar três passos, senti uma pontada no lado direito da minha face.
Era o lado que estava adormecido. Começou a latejar um pouco, e
senti como se estivesse passando o efeito de uma anestesia, e disse à
minha mãe: “Mãe, senti a minha face voltar ao normal!”.
Minha mãe e eu começamos a chorar, e depois, muito emocionada,
fui ao túmulo do irmão do meu avô e fui limpando os túmulos da
família da minha mãe. À tarde, fui procurar túmulos da parte do meu
pai e os achei, então limpei todos os túmulos e saí de lá. No dia
seguinte logo cedo, pegamos o ônibus, o sol já estava ficando forte e,
conforme o ônibus saía da cidade, o sol batia no meu rosto e eu
sentia que estava melhorando cada vez mais. A minha mãe dizia que
meus olhos não estavam mais vermelhos e que minha feição já estava
ficando normal, e que ela também sentia melhorarem as suas pernas,
que estavam adormecidas, e logo depois estavam curadas.
Ao chegar a São Paulo, não tinha mais nada, estava totalmente
curada! E minha mãe curou-se também do glaucoma nas duas vistas.
Quando fui trabalhar na primeira semana de maio, assim que o prof.
Heitor entrou na sala, no mesmo momento, fui lhe agradecer. As
lágrimas escorreram e eu lhe disse: “Prof. Heitor, estou curada!”. Ele
também, muito emocionado, não conseguiu falar normalmente, apenas
comentou: “Realmente a senhora está curada!”.
 
Outro relato idêntico é do preletor Luis Antonio Gomes – São Paulo-SP:
 
Meu nome é Luis Antonio Gomes,meu relato é referente à paralisia
facial (lado esquerdo).
No dia 30 de setembro de 2012, um domingo, acordei às 6 horas da
manhã para fazer oração e, quando minha esposa acordou, comentei
com ela que estava com um gosto muito estranho na boca, um gosto
de remédio. Nesse mesmo dia, tínhamos um evento para educadores
no Salão Nobre da Sede Central da Seicho-No-Ie do Brasil. Fiquei
responsável de buscar o convidado especial, um professor da PUC
(Pontifícia Universidade Católica) de São Paulo, em sua casa e de
fazer no evento as palavras de boas-vindas. Quando saímos de casa,
comentei com minha esposa que minha boca estava começando a
adormecer. Ela queria ir para o hospital, mas como tinha esses dois
compromissos não quis alterar o que havia me programado.
Chegando ao local do evento, quando fiz as palavras de boas-vindas,
percebi que já estava falando com muita dificuldade. Terminada a
abertura oficial do evento, pedi a uma colega de trabalho para que
me levasse ao hospital, pois temia que fosse um AVC (acidente
vascular cerebral), ou derrame. Minha esposa e meu filho ficaram no
evento.
Quando cheguei ao hospital, o lado esquerdo do meu rosto estava
totalmente paralisado e eu sentia uma dor muito forte na minha
cabeça. Passei a tarde toda no hospital fazendo diversos exames e
tomando medicação na veia, por conta da dor que sentia na cabeça.
No início da noite, o médico que estava me atendendo no Pronto-
Socorro informou que eu ficaria internado, pois não tinha nenhum
neurologista de plantão e ele não me daria alta sem o parecer do
neurologista.
No dia seguinte, o neurologista do hospital foi me ver no quarto e
disse que eu estava com paralisia facial, que deveria tomar remédio
e fazer fisioterapia. As dores na minha cabeça só aumentavam.
Lembro-me de que um dia fiquei em casa tomando conta de meu filho
porque a minha esposa tinha ido me substituir em uma atividade.
Estava sentado no tapete da sala de casa, quando senti que iria
perder os sentidos, e falei para o meu filho: “O papai vai deitar um
pouquinho aqui no tapete, fique quietinho”. Vinte minutos depois
acordei com ele olhando para mim, e me perguntou: “Melhorou?”.
Respondi que sim e o abracei; ele havia ficado tomando conta de
mim. Durante esse período de tratamento, recebi em minha casa a
visita de vários preletores amigos oferecendo ajuda (além de várias
maratonas de sutras e correntes de oração), aos quais sou
imensamente grato pelo amor e carinho de todos.
Já estava fazendo tratamento havia quase um mês, mas os sintomas
ainda continuavam. Um preletor muito amigo da Regional SP-Santana
ligou para minha casa e disse que tinha um médico de sua confiança e
gostaria de levar-me até ele. No dia seguinte, fomos até Mairiporã, e,
quando ele me examinou, descobriu que eu estava com uma forte
infecção no ouvido esquerdo.
Retomei minhas atividades na Sede Central e, um dia (já passados
quase três meses do incidente), estava almoçando no refeitório
quando o prof. Heitor Miyazaki passou por mim dizendo que queria
conversar comigo e para que, após o almoço, eu fosse à sua sala.
Terminando o almoço, fui conversar com o professor, que me
orientou para cuidar dos túmulos dos meus antepassados e que havia
um tio que gostava muito de mim que estava precisando de oração.
Como os túmulos de meus antepassados e meus pais ficam em Minas
Gerais, fui passar um final de semana lá para cuidar dos túmulos.
Esse tio que o prof. Heitor mencionou na orientação pessoal é irmão
do meu pai, inclusive, os corpos deles estão enterrados no mesmo
túmulo. Quando comecei a lavar esse túmulo, lembrei-me de que era
na casa desse meu tio que passávamos nossas férias escolares,
lembrei-me do carinho com que ele nos recebia em sua casa durante
o período de férias. Foram momentos muito felizes de minha
infância, chorei de emoção e saudade. Durante a atividade, conversei
mentalmente com meu tio explicando que ele é filho de Deus e que se
tranquilizasse. Fiquei hospedado na casa de minha prima, que é filha
desse meu tio. Na hora do jantar, demos muitas risadas recordando
desses momentos de minha infância, e, naquele momento, senti que o
lado esquerdo do meu rosto começava a “formigar”. Na verdade, os
movimentos estavam começando a voltar. Durante todo esse período
evitei me olhar no espelho, pois não queria gravar no meu
subconsciente a imagem do rosto distorcido. Quando cheguei em casa
na segunda-feira, o “formigamento” estava aumentando, então tomei
coragem e me olhei no espelho. Para minha alegria, constatei que
estava totalmente curado. Naquele momento, com profunda emoção,
agradeci a Deus, fechei os olhos e mentalizei: “Preletor Heitor
Miyazaki, onde quer que o senhor esteja, muito obrigado”.
 
Relato sobre cura de diabetes do pai e mudança no semblante da filha
ocorridas na Espanha.
 
Meu nome é Maria Trinidad Díaz Díaz, nasci e vivo na província de
Pontevedra, Espanha. Tenho dois filhos maravilhosos, de 34 e 24
anos. Conheci a Seicho-No-Ie em setembro de 2006 e, a partir de
dessa data, a minha vida mudou muito, proporcionando-me muitas
melhorias nesses nove anos.
A primeira vez que ouvi uma palestra do prof. Heitor Miyazaki foi
aqui na Espanha, quando compreendi a importância que têm os
antepassados em nossas vidas. Eu sempre fui de ir ao cemitério, mas
ficava sem condições de levar flores para os meus antepassados
porque as portas dos jazigos estavam sempre fechadas, e as chaves
ficavam com os meus familiares. Embora eu tivesse pedido uma
cópia várias vezes, nunca era atendida.
Ouvindo as explicações do prof. Heitor, a princípio eu ficava um
pouco cética do que ele dizia. Nessa época, eu vivia sempre
carrancuda, não sorria e ficava com a fisionomia sempre triste.
Regressando para casa após o primeiro dia de aula, comecei a
agradecer mentalmente aos meus antepassados. Eles captaram a
minha gratidão por eles e o meu desejo de levar-lhes flores, pois na
manhã do dia seguinte a minha tia me chamou e me perguntou: “Você
deseja ainda ir ao cemitério? Se deseja, vou até a minha casa pegar
as cópias das chaves do jazigo!”. Na hora eu não estava acreditando,
pois depois de tanto tempo pedindo as chaves, agora, sem que eu
pedisse novamente, a minha tia disse que iria buscá-las na sua casa!
Fiquei muito emocionada e feliz mesmo!
Finalmente pude limpar o jazigo e levar flores aos meus
antepassados. No domingo à tarde, o professor iria fazer duas
palestras, e, quando adentrei no salão, todas as pessoas que me
conheciam ficaram impressionadas com a transformação do meu
rosto. Elas disseram que eu parecia ser outra pessoa, pois a
fisionomia carrancuda desaparecera e o meu rosto irradiava luz!
Meu pai era diabético e tomava aplicação de insulina todos os dias,
durante muitos anos. Devido a diabetes, ele havia perdido as duas
pernas. O professor explicou sobre diabetes nas aulas, mas por ser
iniciante eu não havia entendido bem, e no término da aula ele me
explicou sobre o meu pai e a diabetes dele, despertando em mim o
desejo de seguir à risca o que ele me explicou.
No mês seguinte, o meu pai foi levado para o hospital e eu aproveitei
para conversar com os médicos sobre o estado dele. Nessa ocasião,
o médico que atendia o meu pai foi substituído por uma médica.
Conversando com ela, ela me disse, surpresa: “Por que estão fazendo
aplicações de insulina nele?”. No histórico dele constava que era
diabético, mas a médica mandou fazer três vezes exames e não havia
mais diabetes! Ela disse que havia aplicado insulina sem a mínima
necessidade.
A médica mandou fazer um terceiro exame analítico, com o qual se
comprovou o desaparecimento da diabetes. Entendi o que estava
ocorrendo. Lembrei-me do que havia dito o professor: “Quem sofre
de diabetes precisa dar mais amor aos seus antepassados, visitar
seus túmulos e providenciar sua limpeza”, conforme consta no livro
Melhore Seu Destino Orando pelos Antepassados.
E tudo estava acontecendo como o professor havia me dito. Meu pai
retornou para o mundo espiritual no dia 13 de dezembro de 2007,
mas sem a diabetes. Hoje, sou preletora da Seicho-No-Iee, com
muita humildade e gratidão, quero dizer: “Obrigada, Deus, criador
do Universo; obrigada, mestre Masaharu Taniguchi, ao prof. Heitor e
a todos que conheci desde que faço parte da família Seicho-No-Ie”.
Comportamento dos espíritos
O comportamento dos espíritos varia de acordo com o seu grau de
evolução. No livro A Verdade da Vida, v. 9, 5. ed., p. 94, assim consta sobre
os que se encontram no primeiro estágio:
 
Categoria baixa – os espíritos nesse estágio usam ao extremo os
corpos carnais em que estão alojados. Esses espíritos estão
literalmente agarrados ao corpo carnal por eles considerado
organismo seu e, para separá-los do corpo físico, às vezes é
necessária a intervenção dos espíritos do mundo espiritual. Os
espíritos deste estágio, após a morte, não têm nenhuma consciência.
Tais espíritos erram indolentemente na atmosfera inferior da Terra no
chamado estado “comatoso”, enquanto aguardam pela próxima
encarnação.
 
Na classificação dos espíritos, esses são de cor avermelhada (p. 124).
São esses espíritos que habitam os cemitérios (visto por Reine quando
visitou o cemitério de Nantes – p. 135). E no livro Melhore Seu Destino
Orando pelos Antepassados, p. 69: “(...) permanecem no cemitério muitos
espíritos chamados ‘vermelhos’, que são pouco evoluídos, mergulhados
ainda na ilusão”.
Como não temos conhecimento de que estágio estão os nossos
antepassados, é importante visitar os túmulos deles, limpar e levar-lhes
flores. Assim consta no mesmo livro, p. 66: “Cada família deve construir um
túmulo adequado, levando em conta a situação econômica e tomando cuidado
para que não seja maior e mais vistoso que os túmulos dos antepassados. O
importante é conservá-lo sempre limpo e não esquecer a oferenda de flores,
pois esses atos expressam amor, respeito e gratidão aos finados”.
Lembro-me de que num Dia de Finados, vendo algumas senhoras com
balde e vassoura no cemitério, pensei “com os meus botões” se elas seriam
obcecadas por limpeza, para deixarem os túmulos limpinhos como se fossem
a pia da cozinha. Na ocasião, embora já tivesse lido o livro Melhore Seu
Destino Orando pelos Antepassados, não havia entendido o motivo de o
Mestre ter citado duas vezes de forma enfática no mesmo livro sobre a
importância de deixar os jazigos sempre limpos.
E, analisando a palavra limpo, isso é relativo de pes soa para pessoa,
visto que o que uma pessoa vê como limpo a outra pode não ter a mesma
visão. Teoricamente as toalhas de rosto não deveriam ficar sujas, pois o
objetivo delas é apenas de enxugar, mas se ficam impregnadas sujeiras das
mãos nas toalhas é prova de que as mãos não foram realmente lavadas.
Recentemente vi uma reportagem pela televisão na cidade de São Paulo
que me chamou a atenção. Uma repórter entrevistava uma senhora ligada à
área de saúde, e esta lhe entregou um sabonete de cor verde e pediu-lhe que
lavasse as mãos. A repórter, enquanto conversava com essa senhora, lavou
as mãos e, quando ia levá-las embaixo da torneira, a mulher disse-lhe: “Olhe
como estão mal lavadas suas mãos, pois o dorso dessa mão não está com a
cor do sabonete”.
Se o Mestre citou por duas vezes no mesmo livro sobre a importância de
deixar os túmulos sempre limpos, existem motivos para isso, caso contrário,
não comentaria. E qual o motivo da ênfase em deixar o jazigo sempre limpo?
A razão disso é por haver espíritos de diferentes graus. Se for jazigo de um
espírito de cor azul ou branca, não há problema estar limpo ou não, porque
espíritos elevados não permanecem nos cemitérios; no entanto, aqueles que
têm ainda apego às coisas materiais sentem-se desconfortáveis se o jazigo
estiver sujo. É o caso mencionado no livro O Amor entre Pais e Filhos, de
autoria do prof. Seicho Taniguchi, 5a impressão, p. 57, em que a pessoa que
estava com vitiligo ouviu na Associação Local da pessoa que o orientou:
– Vitiligo não se cura com remédios.
– Então, como se cura?
– Por acaso, o túmulo da sua família não estaria cheio de musgos? Vá
visitá-lo e lave-o com todo o carinho. Assim se curará do vitiligo.
E complementou:
– É preciso oferecer Oração de Gratidão aos antepassados. Do contrário,
nada será resolvido, nem a doença nem outros problemas.
A pessoa seguiu a orientação e ficou curada.
Para que o túmulo fique limpo, não basta tirar as folhas secas; nós não nos
sentimos limpos sem tomar banho, e, para que a cozinha fique limpa, não
basta varrer.
O Mestre, com este poema, nos orienta da seguinte forma:
 
VIVIFIQUE O DEUS QUE HÁ DENTRO DE VOCÊ
Você precisa ser mais atencioso.
Precisa ter amor pleno para com todas as coisas.
Precisa tomar cuidado, mesmo com as coisas pequenas.
O seu defeito de personalidade
está em sempre deixar tudo incompleto,
achando que “coisa de pouca monta pode deixar passar”.
Pouca coisa não tem importância.
Um pouco de sujeira não faz mal.
Um pouco de ruga não faz mal.
Um pouco de desleixo não faz mal.
Eu não gosto desse pensamento “um pouco não faz mal”,
porque Deus é amor,
porque Deus é atenção.
Se você realmente acredita em Deus,
sempre que for fazer algo, precisa
dar total amor a esse trabalho.
Quando você efetua um trabalho com amor pleno,
Quando você efetua o trabalho com
o coração atencioso,
Deus que está dentro de você passa
a ser vivificado.
“Pouca coisa não tem importância.”
Não estaria você, com essas palavras,
anulando diariamente Deus que está dentro de você?
(Poema extraído do livro A Verdade da Vida, v. 9, 5. ed., p. 16)
No prefácio do livro Melhore Seu Destino Orando pelos Antepassados,
19. ed., p. 9, assim consta: “Muitas vezes, doenças graves que a medicina
atual não consegue curar – certos tipos de câncer, distúrbios nervosos e
paralisias de causa desconhecida etc. – são provocadas pelas vibrações
mentais de angústia de um espírito que está sofrendo no mundo espiritual”.
Entre essas paralisias, podemos citar a paralisia facial – cujo relato de cura
contei no livro Conquiste a Felicidade com Amor.
Embora a diabetes possa ter como causa uma pressão psicológica, como
guardar segredo, cobrança (pressão) dos pais aos filhos adolescentes,
grande parte é consequência de abandonar os túmulos dos antepassados.
“Não é também errada a interpretação das ciências ocultas segundo a qual a
diabetes é resultante da influência de alguma alma de antepassado que está
com uma sede insaciável” (Acendedor, nº 103).
Por isso, ao visitar os túmulos dos antepassados, é bom limpar a
superfície e espargir água sobre a mesma.
Espíritos elevados não se importam que seus túmulos sejam
ou não visitados
Os antepassados que são espíritos elevados dispensam os cuidados em
seus túmulos e não se importam se estiverem sujos e abandonados, mas os
espíritos de cor avermelhada, sim. Como não sabemos os estágios em que
eles se encontram, é recomendável seguir as orientações do Mestre.
No livro A Verdade da Vida, v. 9, 5. ed., p. 134, o Mestre registra o
momento em que a médium chamada Reine visitou o cemitério de Nantes e
viu somente espíritos de cor avermelhada, e não havia espíritos de cor azul
ou branca, que são bem mais evoluídos. Estes últimos, por não habitarem os
cemitérios, não se aborrecem caso não sejam visitados os seus túmulos. Em
Melhore Seu Destino Orando pelos Antepassados, 19. ed., p. 69, é citada a
mensagem da sra. Majorie ao marido, que sentindo saudades dela visitava
assiduamente o seu túmulo, e o recado dela foi: “Querido, não pense que
estou no cemitério. Os que permanecem lá são os espíritos pouco evoluídos.
Em vez de ir ao cemitério com frequência, coloque flores diante do meu
retrato, pois consigo senti-las”.
Por outro lado, os espíritos avermelhados, por permanecerem onde estão
os seus respectivos corpos, ficam felizes quando visitamos e cuidamos dos
seus jazigos.
 
Taniguchi – Fundamentalmente, o espírito do homem é filho de Deus,
perfeito por si próprio. Ele não precisa de algo de fora para se tornar
perfeito. Esta é a Verdade fundamental. Se um espírito não consegue
viver bem sem um oratório para que orem para ele, é porque está em
ilusão; falta a esse espírito conscientizar-sede sua natureza divina.
Portanto, um espírito convicto de sua natureza divina não tem
necessidade de receber orações de forma alguma. Conta o sr. Baiken
Imai que, desde que o túmulo dos seus antepassados foi destruído
pelo grande sismo de Kantō, tinha deixado sem reparos. Como isso o
preocupava, chamou o espírito de seu pai através de um médium e o
consultou: “Estou pensando em reconstruir o túmulo; o que me
recomenda?”. O espírito de seu pai respondeu: “Não há necessidade
de construir nenhum túmulo. O espírito não necessita de túmulo. Não
precisa ocupar o terreno com uma coisa improdutiva como túmulo,
numa época em que no mundo dos homens a população aumenta e há
problemas por falta de espaço”. O sr. Imai reconheceu: “Tem razão,
mas eu, como descendente, sinto-me no dever de orar para os
antepassados”. Então o espírito de seu pai disse: “Se é assim, pode
fazê-lo, mas isso é uma iniciativa do homem para manifestar seu
sentimento de amor e respeito, e não uma exigência dos espíritos”.
Por esse episódio, podemos constatar que para o espírito que
despertou para a sua natureza divina não há necessidade de oratório
ou túmulo, feitos de matéria.
(A Verdade da Vida, v. 16, 2. ed., pp. 62-64)
O pai do prof. Imai é um espírito muito elevado, eis o motivo de ele
responder “não há necessidade de construir túmulo”, mas para os
avermelhados, que ficam no cemitério, é importante visitá-los e
deixar os túmulos limpos.
Nesse mesmo volume, o seguinte diálogo reforça o nosso entendimento:
 
Ando – Mas entre os numerosos espíritos de antepassados
certamente há os que não atingiram o nível de evolução do pai do sr.
Imai. Tais espíritos precisam de oratórios ou túmulos?
Taniguchi – Ao nível secundário, sim. Assim como se dá comida aos
que dela precisam, é preciso oferecer túmulo para os que desejam
túmulo, e oratório para os que desejam oratório para receber
orações. Este é o procedimento correto em relação aos nossos
antepassados. Se o prof. Bonji Kawazura, apesar de ser autoridade
do xintoísmo, resolveu cultuar a sua mãe com ritual budista
atendendo ao pedido desta em vida, deve ser porque ele conhecia a
Verdade. Um espírito livre de ilusão, consciente de sua natureza
divina, não pensa em receber orações; mas aquele que pretende
receber orações possui o mesmo apego que tinha desde a vida
terrena.
(A Verdade da Vida, v. 16, 2. ed., pp. 62-64)
Além das Sutras Sagradas, o Mestre recomenda ler livros da Verdade
para os antepassados.
 
Há pessoas que dizem: “Se os pais pensam sempre no bem dos
filhos, não é possível sermos atormentados pelos espíritos deles; por
isso não posso acreditar que ocorram tais fatos”. Mesmo que os pais
só pensem no bem dos filhos, se não conhecem a Verdade, podem
prejudicá-los. É o caso de espíritos de antepassados que molestam
um descendente. Por isso ocorre a cura de doença de um descendente
quando este oferece Cerimônia de Gratidão aos Antepassados. Nessa
cerimônia, considera-se mais importante a oferenda espiritual do
que a oferenda material. A oferenda espiritual consiste em oferecer
palavras da Verdade. Ler A Verdade da Vida para as almas dos
antepassados é uma forma de oferenda espiritual.
(A Verdade da Vida, v. 22, 3. ed., p. 126)
 
Por que o Mestre faz essa recomendação? Os motivos são vários:
 
– A própria pessoa que está lendo pode não ter compreendido alguns
trechos.
– Alguns antepassados em vida não conheceram a Seicho-No-Ie ou não
tinham hábito de ler livros da Verdade, por isso em algumas partes a
compreensão não lhes é clara, e quando o mesmo assunto é lido de forma
mais detalhada o antepassado compreende-o melhor.
O Capítulo “Espírito”, da Sutra Sagrada Chuva de Néctar da Verdade,
menciona “Ensinai a eles a Imagem Verdadeira da Vida, ensinai que a
Imagem Verdadeira da Vida é o próprio Deus, e é perfeição. Ensinai que
neste mundo não há pecado que tenha sido cometido, nem há pecado a ser
resgatado” porque dentre os espíritos que deixaram o corpo carnal há os que
não entenderam que são filhos de Deus e a ideia de pecado os atormenta.
Como o livro A Humanidade é Isenta de Pecado é uma compilação de
textos extraídos da coleção A Verdade da Vida pelo prof. Kamino Kusumoto,
trata-se de um livro que os ajudará muito a se libertarem da ideia de pecado.
Quem leu antes da sutra algumas páginas por dia desse livro, até o seu
término, teve um resultado surpreendente. É bom efetuar sua leitura várias
vezes.
Quanto mais livros da Verdade forem lidos para os antepassados, mais
estaremos ajudando-os a evoluir. Assim recomenda o mestre Masaharu
Taniguchi:
 
Cada pessoa tem também um ou vários “espíritos protetores” que a
amparam constantemente. O espírito protetor efetivo é normalmente o
espírito de um antepassado da pessoa, mas, além dele, existem
espíritos que se vinculam à pessoa pela sintonia de vibrações
espirituais (da mesma forma que se captam transmissões radiofônicas
de diversas emissoras ao sintonizar na mesma frequência) e se
tornam seus protetores assistentes, e o destino dessa pessoa varia
conforme a qualidade das vibrações desses espíritos protetores.
Entretanto, mesmo o espírito protetor efetivo não é Deus onisciente e
onipotente, e sua força de proteção pode ser maior ou menor
conforme o seu grau de despertar. Portanto, promover o
aprimoramento dos espíritos protetores resulta em melhorar o nosso
próprio destino. E, para elevar o seu grau de despertar e aumentar o
seu poder de proteção, recomendo ler diante do oratório dos
antepassados toda a coleção A Verdade da Vida, durante uma hora
por dia, em sequência, ou a Sutra Sagrada Chuva de Néctar da
Verdade, uma vez por dia, pois isso não só melhora a sorte da
pessoa, como também constitui a melhor oração aos antepassados.
(A Verdade da Vida, v. 24, 2. ed., pp. 116-118)
 
“Todos comem e bebem; são poucos os que sabem distinguir os sabores”
(Confúcio)
Nem todos que leem livros que contêm a Verdade conseguem melhorar o
seu destino. A razão é simples: há aqueles que os leem, mas não se esforçam
para entender a Verdade, e há aqueles que entendem, mas não a praticam. Há
também aqueles que fazem filtragem. Essa palavra é utilizada em psicologia
para exprimir o comportamento das pessoas que leem somente o que lhes
interessa e, com essa postura, não apreendem o todo.
Há muitos casos de pessoas que haviam lido escrituras antigas como as
do budismo, de Upanixades, da Bíblia etc., mas, por não compreenderem a
Verdade nelas escritas, não houve transformação para melhor no destino
delas. Porém, ao lerem nos livros da Seicho-No-Ie a mesma explicação,
desta feita em linguagem atual, compreenderam claramente e se curaram, ou
tiveram melhorias em vários aspectos. Um dos casos está mencionado no
livro A Verdade da Vida, v. 30, a respeito da menina que, como católica,
conhecia bem a Bíblia, mas, no momento em que leu uma explicação da
Bíblia feita pelo mestre Masaharu Taniguchi, despertou para a Verdade. Ela
tirou os óculos que usava porque não conseguia avançar na leitura e se deu
conta de que estava curada de uma forte miopia.
 
Falar em amar é muito fácil, mas até onde se estende esse amor? No
início do livro citei que há pessoas que dizem “mas na Bíblia não consta
sobre reencarnação” e citei sobre o profeta Elias mencionado no Velho
Testamento e a fala de Jesus deixando claro que Elias foi S. João Batista.
Se na igreja católica são realizadas missas às pessoas que já deixaram
este mundo material, é com o objetivo de iluminar as almas desses entes
queridos. E no Evangelho de S. João consta: “Em verdade, em verdade vos
digo: quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou tem a vida
eterna e não incorre na condenação, mas passou da morte para a vida” (João
5. 24). O texto grifado “passou da morte para a vida” é o mesmo que consta
na Sutra Sagrada Chuva de Néctar da Verdade: “O Caminho está com Deus;
Deus é o Caminho, é a Realidade. Aquele que conhece a Realidade, aquele
que vive a Realidade, transcende a desintegração e será eternamente
perfeição”. Transcender a desintegração significa “não vivenciar a mortedo
corpo carnal”. Aquele que se considera corpo carnal sofre com a
desintegração do corpo carnal por estar muito apegado a ele, mas quem já
tem consciência de que é espírito, é eterno, é indestrutível, é imortal, não
passa por esse processo.
Para melhor entendimento sobre o texto “transcende a desintegração”, há
uma mensagem psicografada por Vera Lúcia Marinzeck de Carvalho de uma
moça que se suicidou ingerindo veneno:
 
Mas não me sentia morta. Fiquei a ver e ouvir tudo, mas de modo
confuso. Limparam-me, colocaram-me esparadrapo na boca,
trocaram-me de roupa. Vi que me colocaram num caixão, o cheiro
das flores e velas incomodava-me. Vi e ouvi pessoas, comentários, o
choro das amigas e de meu ex-namorado, o desespero de minha mãe,
irmãos, tios e avó. Sem conseguir entender o que de fato ocorria,
fiquei desesperada. Fecharam o caixão e fez-se um terrível silêncio,
a completa escuridão. Enterraram-me.
Nem mesmo sei descrever o horror que senti. Sem ver nada, o frio
terrível, não conseguia me mexer, falar que tinha dores fortíssimas no
abdômen, e por todo o corpo comecei a sentir bichos andarem sobre
mim e a me comerem, suas picadas doíam-me, arrancando pedaços
de carne apodrecida. Senti horror, desespero, medo, e ainda choro ao
lembrar-me desses momentos, tantos anos depois. Não sabia a quem
pedir auxílio, fui criada sem seguir religião nenhuma, aprendi a orar
com meus últimos amigos e passei a ir à missa com meu ex-
namorado.(5)
 
Para casos como esse de suicídio, explica o Mestre:
 
(...) os espíritos de pessoas que tiveram morte trágica, como
assassinato, suicídio etc., e que partiram sentindo ódio e amargura,
podem levar mais de 50 anos para concluir o processo de
purificação. Portanto, se houver antepassados nessa condição,
devemos dar-lhes especial atenção, continuando a evocar seus
respectivos nomes e dedicar orações para proporcionar-lhes paz e
conforto.
(Melhore Seu Destino Orando pelos Antepassados, 19. ed., p. 47)
Como se inicia a nova jornada
Pense no dia, mês e ano em que você nasceu. Em seguida, em 12 meses
antes dessa data. Nesse dia, mês e ano, como você via o mundo em que vivia
e o mundo que estava para vir? E como você se via? Qual era sua aparência?
Obviamente não era da forma que se vê hoje no espelho, pois esse corpo
carnal que você tem hoje não existia.
Você sabia que era espírito e não tinha corpo carnal e que estava prestes a
voltar para a Terra. Já havia recebido algumas instruções de espíritos
elevados e comentado com amigos. Era como se fosse uma viagem longa, e
muitos lhe desejaram “boa sorte”, “sucesso” etc.
Num determinado dia, você se vinculou a um óvulo fecundado, que foi se
dividindo para 2, 4, 8, 16, 32, 64, 128, 256... células. Nos três primeiros
meses, você estava ligado ao novo “templo de carne”, mas tinha a liberdade
de ficar o tempo que quisesse no ventre de sua mãe. Porém, à medida que foi
avançando o tempo, você passou a ir com mais frequência. Assim, você foi
imprimindo suas características no novo corpo carnal em formação e passou
a modelá-lo de acordo com a sua vontade, ou seja, imprimiu a marca da sua
personalidade. E, continuando, o sr. Vetterini completa a explicação: “Por
volta dos sete meses o espírito se instala nesse corpo carnal, tornando-se
dono dele, e, quando já ficou totalmente confinado no novo corpo, a
consciência, a memória etc. são totalmente anuladas devido às condições
psicoquímicas nas quais entrou”.
Em regra geral, é assim que acontece.
Ao ligar-se com o corpo material, as memórias ficam temporariamente
“desligadas”, e é por essa razão que normalmente, ao nascerem, as pessoas
não se lembram da vida passada e de outras anteriores.
O período para um espírito se reencarnar varia muito: os espíritos baixos
retornam à Terra de 15 a 20 anos depois do retorno ao mundo astral; já os
que são um pouco mais elevados, em torno de 40 anos. Porém, conforme
afirma Vetterini, é o que ocorre com a maioria, mas toda regra tem exceção;
por isso, há casos de espíritos que reencarnam dois a três anos após e, da
mesma forma, há aqueles que, apesar de não serem elevados, demoram mais
do que 40 anos. Isso se deve ao processo de purificação, que pode exigir
mais ou menos tempo.
Numa antiga revista Acendedor constam algumas referências sobre os
espíritos elevados. Entre elas citamos os casos dos deficientes físicos: “Os
espíritos que alcançaram uma evolução relativamente elevada escolhem
deliberadamente caminhos difíceis, com o intuito de evoluir mais
rapidamente. Essa atitude se assemelha aos alpinistas que aceitam o desafio
de escalar as gélidas montanhas dos Alpes ou do Himalaia. Os espíritos
elevados, em vez de escolherem as escarpas dos Alpes ou do Himalaia,
escolhem as ‘escarpas’ da deficiência física”.
Os espíritos dos natimortos
Há mulheres que carregam sentimento de culpa por pensar que faltou
cuidado por parte dela e devido a isso o filho morreu antes do parto.
Olhando pelo lado de quem se encontra em corpo carnal, ela pode viver a
vida toda se culpando, mas, conhecendo-se a Verdade, esse sentimento de
culpa desaparecerá. Quando o sr. Corneille perguntou ao iluminado espírito
Vetterini sobre os natimortos:
– Todos os espíritos de natimortos são espíritos altamente evoluídos? Isso
é coisa absoluta? Não haveria exceção?
A resposta de Vetterini foi contundente:
– É coisa absoluta! Todas as crianças que morrem na ocasião do parto,
seja por prematuridade, seja por gravidez prolongada, seja devido a
acidente repentino, seja por intervenção cirúrgica, são espíritos altamente
evoluídos, sem nenhuma exceção.
Os espíritos desses natimortos são de cor branca e não necessitam mais se
reencarnar, e a última passagem pela Terra é eles virem dessa forma.
O sr. Corneille entendeu e fez a seguinte observação: “A evolução do
espírito deve-se à sabedoria adquirida através de sua própria experiência.
Só se conhece realmente o que já se experimentou. O que não foi
experimentado não passa de ‘deve ser’” (A Verdade da Vida, v. 9, 5. ed., p.
130).
Aqui se encontra a resposta para aqueles que indagam “se somos filhos de
Deus, perfeito, por que se reencarnar?”. Mediante esta resposta passamos a
entender melhor Deus!
Deus não julga, não castiga, não condena, não impõe, não estabelece
regras para isso ou para aquilo. Deus nos concedeu o livre-arbítrio para
todos nós. Ele não castiga, mas não se pode ignorar que existem leis como a
lei do carma (lei da mente).
Deus não castiga, mas, como toda ação gera uma reação, o homem vai
aprendendo por si próprio, sem castigo ou obrigação, a desenvolver a
responsabilidade. Se estamos colhendo coisas indesejáveis, é porque um dia
fomos irresponsáveis, e a colheita vem nos mesmos moldes da semeadura.
E, à medida que passamos a aprender por experiência própria, evoluímos
a passos largos. Esta é a vontade de Deus: que aprendamos com as
experiências, por isso, mesmo que alguém venha a cometer pecados, Deus
jamais irá puni-lo.
Os espíritos elevados habitam o mundo iluminado, onde não há
sofrimentos, tristezas, doenças. O fato de serem elevados deve-se
exclusivamente às próprias conquistas. Nenhum espírito chegou à iluminação
por algum artifício ou apadrinhamento, como ocorre na Terra. Todos os
anjos, querubins, serafins etc. buscaram dentro de si o Eu verdadeiro.
Vetterini enumerou os itens que caracterizam o espírito elevado.
Além do reconhecimento direto, como luz que irradia, e muita sabedoria,
há três pontos fundamentais:
Primeiro – a complacência; não porque é condescendente, ou tolerante,
mas porque perdoa aos outros (A Verdade da Vida, v. 9, 5. ed., p. 119).
Quando o prof. Katsumi Tokuhisa esteve no Brasil por dois anos, eu me
tornei preletor. Numa das palestras ele comentou um diálogo dele com o
mestre Masaharu Taniguchi:
Prof. Tokuhisa:
– Mestre, às vezes o senhor também fica magoado com determinadas
pessoas?
– Sim, mas perdoo no mesmo instante.
É generoso, mas sabe ser severo. Na verdade, o espírito muito elevado,
por ter atingido alto nível de despertar espiritual, sabe definir claramente
entreo que é verdade e mentira, a falsidade e a verdade, a imagem falsa e a
Imagem Verdadeira, a Realidade (Verdade, Deus) e a realidade (projeção da
mente). Essa severidade Jesus demonstrou quando expulsou as pessoas que
faziam comércio dentro da igreja: “Jesus entrou no templo e expulsou todos
os que ali vendiam e compravam. Derrubou as mesas dos que trocavam
dinheiro e as cadeiras dos que vendiam pombas. Ele lhes disse: Está escrito:
‘A minha casa será chamada Casa de Oração’; mas vocês a transformaram
num esconderijo de ladrões” (Mateus 21. 12-13).
Cristo tinha amor tão grande que arriscou ser levado ao interrogatório
para ajudar um enfermo e, dentro da sinagoga, curou um enfermo num
sábado, o que na época não era permitido, nada podia ser feito aos sábados:
“Partindo dali, entrou Jesus na sinagoga deles. E eis que estava ali um
homem que tinha uma das mãos atrofiada; e eles, para poderem acusar a
Jesus, o interrogaram, dizendo: É lícito curar nos sábados? E ele lhes disse:
Qual dentre vós será o homem que, tendo uma só ovelha, se num sábado ela
cair numa cova, não há de lançar mão dela, e tirá-la? Ora, quanto mais vale
um homem do que uma ovelha! Portanto, é lícito fazer bem nos sábados”
(Mateus 12. 9-12).
Segundo – amor para com os humildes, fracos. Amor sem interesse
político ou algo semelhante. Amor que não visa a benefício nenhum. Amor
desprendido para ajudar o próximo (A Verdade da Vida, v. 9, 5. ed., p. 119).
Jesus tinha um amor e carinho muito grande para com aqueles que
andavam horas e horas, de uma cidade para outra, para aprender com Ele.
Numa dessas ocasiões, depois de explicar-lhes a Verdade, sendo o seu amor
tão grande, não lhes permitiu que fizessem longa viagem com fome, e foi
quando fez a multiplicação dos pães: “E Jesus, saindo, viu uma grande
multidão e teve compaixão deles, porque eram como ovelhas que não têm
pastor; e começou a ensinar-lhes muitas coisas. E, como o dia já fosse muito
adiantado, os seus discípulos se aproximaram dele e lhe disseram: O lugar é
deserto, e o dia já está muito adiantado; despede-os, para que vão aos
campos e aldeias circunvizinhas e comprem pão para si, porque não têm o
que comer. Ele, porém, respondendo-lhes disse: Dai-lhes vós de comer. E
eles disseram-lhe: Iremos nós e compraremos duzentos dinheiros de pão
para lhes darmos de comer? E ele disse-lhes: Quantos pães tendes? Ide ver.
E, sabendo-o eles, disseram: Cinco pães e dois peixes. E ordenou-lhes que
fizessem assentar a todos, em grupos, sobre a relva verde. E assentaram-se
repartidos de cem em cem e de cinquenta em cinquenta. E, tomando ele os
cinco pães e os dois peixes, levantou os olhos ao céu, e abençoou, e partiu
os pães, e deu-os aos seus discípulos para que os pusessem diante deles. E
repartiu os dois peixes por todos. E todos comeram e ficaram fartos, e
levantaram doze cestos cheios dos pedaços de pão e de peixe. E os que
comeram os pães eram cinco mil homens” (Marcos 6. 34-44).
O mestre Masaharu Taniguchi, no início da Seicho-No-Ie, fazia as
reuniões em sua casa, que ficava literalmente lotada. Na época, ele
trabalhava na empresa Vacuum Oil, como tradutor. Servia chá e biscoito
gratuitamente a todos que compareciam. Quando terminava a reunião, o
sanitário ficava imundo, mesmo assim o Mestre continuou recebendo as
pessoas com muito amor.
Terceiro – é a tendência para o meditar filosófico, o desejo ardente de
conhecer o mistério do mundo espiritual e se aprofundar nesse estudo, que é
o próprio princípio de todos, que é evoluir espiritualmente (A Verdade da
Vida, v. 9, 5. ed., p. 119).
Jesus Cristo disse no famoso Sermão da Montanha: “Bem-aventurados os
que têm fome e sede de justiça, porque eles serão fartos” (Mateus 5. 6).
Fome e sede de justiça a que se referiu Jesus não significa ser justiceiro
ou vingativo.
A recomendação do Mestre é que façamos do amor a razão de ser da
nossa vida. Deus é amor; portanto, quando vivemos o amor no nosso
cotidiano, estamos sintonizados com a frequência de Deus e identificados
com Ele. Quando vivemos o amor de Deus, desperta e manifesta-se a
natureza divina que se aloja dentro de nós. Entretanto, pode muitas vezes
acontecer que encontremos obstáculos ao nosso redor quando decidimos
viver pura e unicamente por amor, visto que nem todos têm a mesma visão da
vida. Se encontramos obstáculos ao tentarmos viver uma vida alicerçada no
amor, serenemos a mente e visualizemos Deus, pois no mundo da Imagem
Verdadeira não existe nenhum obstáculo dessa natureza. Fitemos com os
olhos da mente a Imagem Verdadeira, em que todas as pessoas ao nosso
redor estão nos abençoando. Não devemos recuar diante das pressões nem
devemos odiar ou amaldiçoar as pessoas ao nosso redor. Mentalizemos
sempre: “Somente coisas boas virão a mim. A situação atual é uma fase
preparativa para que comecem a acontecer coisas boas. O amor vence
finalmente. Não há ninguém que se oponha eternamente ao amor” (365
Itens para Alcançar o Ideal, 1. ed., p. 150).
Todo país tem a sua Constituição, que faz com que as leis sejam
cumpridas: que é a justiça. A justiça a qual citou Jesus é o desejo ardente de
apreender a Verdade, referindo-se às leis divinas. Em outro momento, disse:
“Buscai primeiro o Reino de Deus, e a sua justiça, e todas essas coisas vos
serão acrescentadas” (Mateus 6. 33).
No livro Você Pode Curar a Si Mesmo, 1. ed., p. 261, o mestre Masaharu
Taniguchi cita o caso do monge budista Eka:
 
Eka, caminhando com grande dificuldade pelas trilhas da montanha
obstruídas pela neve, chegou à casa do mestre Dharma e pediu-lhe
que o aceitasse como discípulo, mas o pedido foi recusado. Eka
reiterou o pedido, dizendo com fervor: “Não vim pedir-lhe que me
tornasse seu discípulo visando à salvação no plano físico. O que
busco é o conhecimento da Verdade, e para alcançar esse objetivo
não me importo com o que aconteça com meu corpo”. Com essa
declaração, o monge mostrou-se disposto a cortar um dos braços
para provar a sua sinceridade. Só então obteve autorização para ser
discípulo do mestre Dharma. A atitude mental de algumas pessoas
que recorrem à Seicho-No-Ie é muito diferente da determinação
daquele monge, pois elas buscam a cura do corpo e, uma vez
alcançado o objetivo, não retornam às reuniões. As pessoas de
antigamente se empenhavam de corpo e alma na busca da Verdade.
Mas as pessoas de hoje raramente demonstram tal disposição de
espírito.
 
Evoluir espiritualmente depende exclusivamente de cada pessoa. Agasha
disse: “O contato com a Luz Infinita do Universo nos conduz à perfeição.
Isso se obtém, no entanto, com esforço, com aprendizagem e com vivência, e
não apenas por meio de orações e anseios”.
E, sobre a experiência, ele ensina: “Todas as experiências vividas são
registradas na alma. É a própria alma quem propicia tais experiências, que
são às vezes provações destinadas a melhorar o nível do despertar. Você
nasceu na Terra não apenas para desenvolver o corpo carnal, mas para que
sua alma atinja o despertar perfeito. Mas o corpo é um veículo abençoado,
que tem a função de expressar o estado da alma”.
 
(1) p. 42 – Cleonice Orlandi de Lima – Depois do Suicídio – DPL-
Editora e Distribuidora de Livros Ltda., 1998
(2) p. 75 – Yogananda – A Essência da Autorrealização – Editora
Pensamento Ltda. – ano 98-99-00
(3) p. 112 – Dualib das Citações – Editora Mandarin
(4) p. 151 – Fonte: Museu do Oratório –
http://museudooratorio.org.br/conheca/apresentacao/
Oficina do Oratório – http://www.oficinadooratorio.com.br – bairro
Santíssima Trindade –Tiradentes-MG
Museu do Oratório – Museu do Oratório – Adro da Igreja do Carmo, 28 –
Ouro Preto MG
(5) p. 191 – Vera Lucia Marinzeck de Carvalho – Perante a Eternidade –
Petit Editora e Distribuidora – pp. 75-76
 
http://museudooratorio.org.br/conheca/apresentacao/
http://www.oficinadooratorio.com.br/
Livros consultados:
 
A Verdade da Vida, v. 1, Masaharu Taniguchi
A Verdade da Vida, v. 2, Masaharu Taniguchi
A Verdade da Vida, v. 4, Masaharu Taniguchi
A Verdade da Vida, v. 7, Masaharu Taniguchi
A Verdade da Vida, v. 9, MasaharuTaniguchi
A Verdade da Vida, v. 15, Masaharu Taniguchi
A Verdade da Vida, v. 16, Masaharu Taniguchi
A Verdade da Vida, v. 22, Masaharu Taniguchi
A Verdade da Vida, v. 24, Masaharu Taniguchi
A Verdade da Vida, v. 30, Masaharu Taniguchi
A Verdade da Vida, v. 34, Masaharu Taniguchi
A Verdade da Vida, v. 38, Masaharu Taniguchi
A Verdade, v. 3, Masaharu Taniguchi
A Verdade, v. 8, Masaharu Taniguchi
Sutra Sagrada Chuva de Néctar da Verdade, Masaharu Taniguchi
Descoberta e Conscientização da Verdadeira Natureza Humana,
Masaharu Taniguchi
365 Itens para Alcançar o Ideal, Masaharu Taniguchi
Lições para o Cotidiano, Masaharu Taniguchi
A Filosofia da Verdade que Gera Milagres, v. 2, Masaharu Taniguchi
O Amor entre Pais e Filhos, Seicho Taniguchi
Yogananda – Eterna Busca do Homem, v. 1, p. 88, Paramahansa
Yogananda
(1) p. 42 – Cleonice Orlandi de Lima – Depois do Suicídio – DPL-
Editora e Distribuidora de Livros Ltda., 1998
(2) p. 75 – Yogananda – A Essência da Autorrealização – Editora
Pensamento Ltda. – ano 98-99-00
(3) p. 112 – Dualib das Citações – Editora Mandarin
(4) p. 151 – Fonte: Museu do Oratório –
http://museudooratorio.org.br/conheca/apresentacao/
Oficina do Oratório – www.oficinadooratorio.com.br – bairro Santíssima
Trindade –Tiradentes-MG
http://museudooratorio.org.br/conheca/apresentacao/
http://www.oficinadooratorio.com.br/
Museu do Oratório – Museu do Oratório – Adro da Igreja do Carmo, 28 –
Ouro Preto MG
(5) p. 191 – Vera Lucia Marinzeck de Carvalho – Perante a Eternidade –
Petit Editora e Distribuidora – pp. 75-76
Sua Pesquisa – http://www.suapesquisa.com/biografias/isaacnewton/
http://www.suapesquisa.com/biografias/isaacnewton/
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para si. No entanto, há muitas pessoas que se queixam de que a vida não é
como elas pensavam... Este livro nos ensina como manifestar em toda a sua
plenitude o poder criativo da mente.
 
Amemos Intensamente
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O ser humano é, seguramente, uma existência bem mais elevada do que
aquela que costumamos achar que somos. Por ser uma existência elevada é
que o ser humano aspira a algo mais elevado, busca-o e quer amar com
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natureza humana, confiar mais no próprio homem e valorizar mais a nossa
verdadeira vida. (Do prefácio)
 
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Pensar que o homem é simplesmente um ser material, ou que espírito e
mente se alojaram num corpo material preexistente, revela a não
conscientização da dignidade absoluta da natureza espiritual do homem. É
essa falta de consciência da dignidade espiritual a causa de todas as
doenças. Assim sendo, quando somos inteiramente norteados pelas palavras
da Verdade constantes n’A Verdade da Vida, que afirma ser o homem uma
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a cura da doença. (Do Prefácio)
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Todas as pessoas já nascem com um potencial infinito e já são
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Descubra o seu potencial interno e os segredos para se tornar um grande
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Preceitos para Aprimoramento Diário
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Este livro é um conjunto de preceitos diários que, apesar de curtos,
possibilitam ao leitor desenvolver a natureza divina (ou natureza búdica)
latente nele e passar a sentir a alegria de viver. São palavras para o
aprimoramento diário para cada um dos 365 dias do ano. Com certeza, a
leitura diária deste livro fará com que você consiga ampliar infinitamente a
verdadeira alegria. Embora cada texto tenha a data de um dia do ano em
ordem cronológica, você pode ler vários textos de uma só vez; pode também
folhear o livro e escolher aleatoriamente os textos. (Do Prefácio)
 
Amor e Dedicação a um Ideal
Yoshio Mukai
Este livro relata a trajetória de um jovem idealista que encontrou na
filosofia da Seicho-No-Ie a ferramenta ideal para alcançar seus objetivos:
manifestar amor e orientar as pessoas para solução dos problemas delas.
 
O Marinheiro Zeca e as Palavras Mágicas
Eduardo Nunes da Silva
Zeca é marinheiro de um navio que transporta mercadorias pelo mundo
inteiro. Ele é um rapaz muito bom e muito trabalhador, mas está sempre triste
porque não tem amigos.
Um dia o professor explicou que o problema estava no uso das palavras e
Zeca concluiu que talvez existam palavras mágicas, mas quais seriam essas
palavras?
Venha para esta viagem e descubra com Zeca quais são as
palavras mágicas que podem mudar o seu destino.
	Prefácio
	ÍNDICE
	UM DIA ENTENDI
	A 4a Norma Fundamental dos Praticantes da Seicho-No-Ie: “Ser atencioso para com todas as pessoas, coisas e fatos”. Estudemos sete pontos dessa norma:
	1 – Código de Ética dos Indígenas Norte-Americanos
	2 – “Bem-aventurados os pobres de espírito (humildes), porque deles é o Reino dos Céus” (Mateus 5. 3).
	3 – “Você tem uma boca e dois ouvidos, use-os nessa proporção” (provérbio chinês)
	4 – Espere sua vez
	5 – Silêncio
	6 – Impulsividade
	7 – Sempre aprendemos algo – “Quem tem ouvidos para ouvir ouça” (Mateus 11. 5)
	Capítulo 1 – O QUE REGE O NOSSO DESTINO
	O que rege o nosso destino depende de três fatores: Influência dos carmas de vidas passadas – Livre-arbítrio – Ajuda de espíritos elevados
	O que é carma?
	Carmas de vidas passadas
	Carma pode ser criado por três diferentes formas: Pelo pensamento – Pela fala – Pela ação
	1 – Carma criado pelo pensamento Ter intenção de praticar alguma ação é carma do pensamento
	Por que o pensamento é um dos agentes criadores do carma?
	2 – Carma criado pela fala
	3 – Carma pela ação
	Carmas gerados por egoísmo
	Os carmas equivalem ao exercício fiscal de uma empresa
	Quem não acredita em reencarnações não entende o porquê de muitos fatos
	Capítulo 2 – MODO DE VIVER
	Gratidão aos pais – Relato do preletor Antonio Carlos Barbosa
	O livre-arbítrio
	Sabedoria de Agasha
	“Eu tenho de pagar o carma? Não tem saída?”
	O objetivo do carma não é punir
	A Verdade liberta – Relatos da preletora Michelle Teperino, do sr. Érlon Cardoso e do preletor Claudeir Lima da Costa Filho
	Fazer por obrigação ou fazer da melhor maneira possível?
	Alguns fatores que o impedem de sorrir com naturalidade: Falta de treino – Fatos tristes do passado – Tristeza de algum antepassado
	Opção de cada um: perdoar ou reter o ódio e adoecer?
	Conversar mentalmente pode ser mais eficaz
	As leis
	Agasha
	Agradecimento e a cura – Relato da preletora Mabel Melo
	Oração do Perdão é para purificar
	Capítulo 3 – AJUDA DOS ESPÍRITOS ELEVADOS
	O mundo espiritual e as diferentes facetas
	As aulas no mundo espiritual
	O que você faria?
	Salvar os antepassados
	“Pequeno veículo” (Hinayana) e “grande veículo” (Mahayana)
	Os antepassados em ilusão necessitam da nossa ajuda – Relato do dirigente Rogério Antunes
	Relato do sr. Felismino Mota
	Problemas na cabeça – Relato do preletor Edson de Lima Pardim – Relato do preletor Lorenzo Mir
	Feto sem cérebro – Relato da sra. Fátima Araújo
	Ensinai a eles a Verdade da Vida, a Imagem Verdadeira – Relato da preletora Rosinete Saturno
	Oratório
	Oratório no Ocidente é mais antigo do que muitos imaginam
	Alguns casos sobre oratório
	Fato ocorrido no Japão
	Relato do preletor Antonio José Barbosa – Relato da preletora Sônia Maria Vargas de Carvalho
	Diferença de comportamento entre espírito novato e espírito elevado
	Casos de cura de doenças ao visitar túmulos dos antepassados: Relato da sra. P.G.V. – Relato do preletor Luis Antonio Gomes – Relato da sra. Maria Trinidad Diaz Diaz
	Comportamento dos espíritos
	Espíritos elevados não se importam que seus túmulos sejam ou não visitados
	Como se inicia a nova jornada
	Os espíritos dos natimortos

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