Prévia do material em texto
Iluminando o seu caminho Heitor Miyazaki Iluminando o seu caminho 1a edição 2016 SEICHO-NO-IE DO BRASIL Iluminando o Seu Caminho Autor: Heitor Miyazaki Direito de publicação cedido pelo autor à SEICHO-NO-IE DO BRASIL. Todos os direitos reservados. Proibida a reprodução total ou parcial, sob qualquer forma, sem a autorização prévia do autor e do editor. © SEICHO-NO-IE DO BRASIL, 2016 Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Miyazaki, Heitor Iluminando o seu caminho [livro eletrônico] / Heitor Miyazaki. -- 1. ed. -- São Paulo : SEICHO-NO-IE DO BRASIL, 2016. 437 Kb; ePUB ISBN 978-85-7156-615-6 1. Conduta de vida 2. Filosofia de vida 3. Seicho-No-Ie 4. Vida religiosa I. Título. 16-09078 --- CDD-181.0956 Índices para catálogo sistemático: 1. Seicho-No-Ie : Filosofia de vida 181.0956 Capa: Sheila Miyazaki de Lima Revisão: Elizabeth Tasiro Produzido no Brasil Editado pela SEICHO-NO-IE DO BRASIL Av. Engo Armando de Arruda Pereira, 1.266 CEP 04308-900 - São Paulo, SP - Fone: (11) 5014-2222 Website: http://www.sni.org.br - E-mail: sni@sni.org.br http://www.sni.org.br/ Prefácio Hoje, nós temos a grande honra e felicidade de escrever em conjunto este prefácio do segundo livro de um grande líder da Seicho-No-Ie. Ele representa a terceira geração de líderes na família, que se iniciou com o seu avô materno, preletor Shunki Yamada, e continuou pela segunda geração, sendo representada por sua mãe, a divulgadora Tereza Yamada. Antes de falar deste livro fantástico, que está agora em suas mãos, sentimo-nos no dever de escrever um pouco sobre seu autor, o preletor Heitor Miyazaki, ou melhor, sentimos que precisamos escrever um pouco sobre o “Heitor-pai”. Apesar de ele ser um grande orador que consegue explicar de forma simples e convincente a Verdade mais profunda sobre este ensinamento, é pelas suas atitudes diárias como ser humano que fica evidenciada a Verdade e pelas quais fica mais fácil ainda compreender como praticar este ensinamento. No convívio diário com seus familiares e amigos, ele nem precisa falar, só pelas suas atitudes amorosas e sábias é expressa claramente a Verdade. Com certeza se trata de uma pessoa que conheceu o ensinamento e aliou o estudo à prática diária. Esta prática diária e constante é que faz com que as suas palavras, quando proferidas em palestras, auxiliem tantas e tantas pessoas por este mundo. O preletor da Sede Internacional Heitor Miyazaki, em nossa visão, é o resultado de um jovem buscador da Verdade, que tem o disciplinamento necessário para que, mesmo após muitos anos de estudo neste ensinamento, não se acomode. Ele, mesmo entrando no grupo dos septuagenários, parece um menino que descobriu este ensinamento hoje, pois vive com uma disposição contagiante a todos nós, familiares. Parabéns, pai Heitor, por ser este exemplo para nós, seus familiares. Neste livro, você encontrará as palavras da Verdade expressas de forma muito sábia. Ao lê-lo, somos envolvidos pelo amor e sabedoria, em que fica evidente a inspiração divina durante toda a leitura. Por meio de relatos de adeptos da Seicho-No-Ie, citações do mestre Masaharu Taniguchi, citações bíblicas e de grandes filósofos e personalidades, este livro nos leva a repensar o direcionamento de nossa vida e a descobrir, de forma simples e profunda, as ferramentas corretas (Leis) que devemos utilizar para transformar a nossa vida e, consequentemente, obter um futuro sem “amarras”. Um futuro no qual vamos poder manifestar em toda a plenitude a nossa vida recebida de Deus (Vida de filho de Deus), livre de sofrimentos, doenças, apegos, carências e ilusões. Temos certeza de que, por meio do estudo constante deste livro, o poder da palavra sabiamente expresso nele levará o leitor a sintonizar sua mente com a mente de Deus, absoluto. Uma vez sintonizado com a Grande Vida, o leitor fará com que este ensinamento passe a ser prática constante em sua vida. Com certeza, aqueles que se dedicarem a praticar os ensinamentos contidos neste livro atingirão outro nível de religiosidade, um nível sagrado onde já não existe a Verdade separada do praticante da Verdade, ambos se fundem em um só e haverá apenas a Verdade prática, ou seja, a própria manifestação de Deus em suas vidas. São Paulo, 12 de outubro de 2015. Anibal Ferreira de Lima Neto (genro) Sheila Miyazaki de Lima (filha) ÍNDICE Prefácio ÍNDICE UM DIA ENTENDI A 4a Norma Fundamental dos Praticantes da Seicho-No-Ie: “Ser atencioso para com todas as pessoas, coisas e fatos”. Estudemos sete pontos dessa norma: 1 – Código de Ética dos Indígenas Norte-Americanos 2 – “Bem-aventurados os pobres de espírito (humildes), porque deles é o Reino dos Céus” (Mateus 5. 3). 3 – “Você tem uma boca e dois ouvidos, use-os nessa proporção” (provérbio chinês) 4 – Espere sua vez 5 – Silêncio 6 – Impulsividade 7 – Sempre aprendemos algo – “Quem tem ouvidos para ouvir ouça” (Mateus 11. 5) Capítulo 1 – O QUE REGE O NOSSO DESTINO O que rege o nosso destino depende de três fatores: Influência dos carmas de vidas passadas – Livre-arbítrio – Ajuda de espíritos elevados O que é carma? Carmas de vidas passadas Carma pode ser criado por três diferentes formas: Pelo pensamento – Pela fala – Pela ação 1 – Carma criado pelo pensamento Ter intenção de praticar alguma ação é carma do pensamento Por que o pensamento é um dos agentes criadores do carma? 2 – Carma criado pela fala 3 – Carma pela ação Carmas gerados por egoísmo Os carmas equivalem ao exercício fiscal de uma empresa Quem não acredita em reencarnações não entende o porquê de muitos fatos Capítulo 2 – MODO DE VIVER Gratidão aos pais – Relato do preletor Antonio Carlos Barbosa O livre-arbítrio Sabedoria de Agasha “Eu tenho de pagar o carma? Não tem saída?” O objetivo do carma não é punir A Verdade liberta – Relatos da preletora Michelle Teperino, do sr. Érlon Cardoso e do preletor Claudeir Lima da Costa Filho Fazer por obrigação ou fazer da melhor maneira possível? Alguns fatores que o impedem de sorrir com naturalidade: Falta de treino – Fatos tristes do passado – Tristeza de algum antepassado Opção de cada um: perdoar ou reter o ódio e adoecer? Conversar mentalmente pode ser mais eficaz As leis Agasha Agradecimento e a cura – Relato da preletora Mabel Melo Oração do Perdão é para purificar Capítulo 3 – AJUDA DOS ESPÍRITOS ELEVADOS O mundo espiritual e as diferentes facetas As aulas no mundo espiritual O que você faria? Salvar os antepassados “Pequeno veículo” (Hinayana) e “grande veículo” (Mahayana) Os antepassados em ilusão necessitam da nossa ajuda – Relato do dirigente Rogério Antunes Relato do sr. Felismino Mota Problemas na cabeça – Relato do preletor Edson de Lima Pardim – Relato do preletor Lorenzo Mir Feto sem cérebro – Relato da sra. Fátima Araújo Ensinai a eles a Verdade da Vida, a Imagem Verdadeira – Relato da preletora Rosinete Saturno Oratório Oratório no Ocidente é mais antigo do que muitos imaginam Alguns casos sobre oratório Fato ocorrido no Japão Relato do preletor Antonio José Barbosa – Relato da preletora Sônia Maria Vargas de Carvalho Diferença de comportamento entre espírito novato e espírito elevado Casos de cura de doenças ao visitar túmulos dos antepassados: Relato da sra. P.G.V. – Relato do preletor Luis Antonio Gomes – Relato da sra. Maria Trinidad Diaz Diaz Comportamento dos espíritos Espíritos elevados não se importam que seus túmulos sejam ou não visitados Como se inicia a nova jornada Os espíritos dos natimortos UM DIA ENTENDI.... Não viemos à Terra para fazer turismo. Embora a missão de cada um varie, o objetivo de todos é o mesmo: evoluir espiritualmente. A única diferença entre o diamante bruto encontrado no solo e o diamante que está num anel são a lapidação e o polimento. A diferença é que as pessoas iluminadas manifestam plenamente a sua natureza divina, enquanto as que ainda não atingiram esse estágio vivem em ilusões, apegadas às coisas materiais,e o seu ego é acentuado; e, por se encontrarem no estágio de lapidar o ego, diz-se “polir a alma”. O ponto de partida para manifestarmos a nossa natureza divina é volver a nossa mente não para o exterior, mas para o nosso interior, fazendo sempre autorreflexão, ou seja, autoanálise dos nossos pensamentos, sentimentos, hábitos, comportamentos, valores, conceitos etc. A isso denominamos introspecção. Este mundo que enxergamos com os olhos carnais é o mundo da projeção da nossa mente, por esse motivo é chamado de “mundo fenomênico”. E assim ensina a Sutra Sagrada Chuva de Néctar da Verdade: “Eu vi que o mundo da matéria é realmente efêmero; vi que o mundo da matéria nada mais é que sombra”. É muito fácil ver defeitos nos outros, no entanto, antes de procurar os defeitos alheios, devemos corrigir os nossos. Diante de uma situação inusitada, antes de culparmos o outro, é bom que façamos uma introspecção para averiguar o que precisamos corrigir em nós próprios, para que o cenário desagradável se torne belo e harmonioso. Se formos tratados com frieza, é devido à frieza com que tratamos alguém, ou devido à nossa mente, que deve estar fria e sombria: Se você se sente triste porque as pessoas o tratam com frieza, é preciso examinar a si mesmo e descobrir a causa. Com certeza, descobrirá que você mesmo tem, dentro de si, algo frio e sombrio que impede os outros de se aproximarem de você. (A Verdade da Vida, v. 7, 13. ed., p. 40) A 4a Norma Fundamental dos Praticantes da Seicho-No-Ie “Ser atencioso para com todas as pessoas, coisas e fatos”. Estudemos sete pontos dessa norma: 1 – “Respeite os pensamentos, desejos e palavras das pessoas. Nunca interrompa os outros nem os ridicularize, nem rudemente os imite. Permita a cada pessoa o direito de expressão pessoal”, uma das inúmeras mensagens do Código de Ética dos Indígenas Norte-Ame ricanos do The Four Worlds Development Project (Universidade de Lethbridge, Alberta), fundado por Phil Lane Jr., membro das nações Yankton Dakota e Chickasaw, foi publicado em 1982. E há outra publicação atribuída a “Inter-Tribal Times”, de outubro de 1994. O código não foi escrito e publicado pelos autores, e sim expresso oralmente, por esse motivo há variações nos textos, mas o importante é aprendermos com as mensagens. 2 – “Bem-aventurados os pobres (humildes) de espírito porque deles é o Reino dos Céus” (Mateus 5. 3). Jesus Cristo iniciou o famoso Sermão da Montanha com essa frase. A interpretação correta da expressão “pobre de espírito” é humilde. Em espanhol, essa expressão foi traduzida como “bienaventurados los pobres en espíritu, porque de ellos es el reino de los cielos”, ou seja, pobres em es pí rito orgulhoso, pobres em espírito arrogante, que têm humildade. Qual foi o motivo que levou Cristo a iniciar o Sermão da Montanha dessa forma? Concluí que foi por sabedoria, pois, quando se ouve o outro com arrogância, com pensamento “eu sei, eu sei”, não se apreende a mensagem. Aqueles que O ouviram com o coração puro, dócil, absorveram as palavras da Verdade, ricas em sabedoria, ditas por Cristo. Da mesma forma que a mesma comida tem sabor melhor quando se come com fome. 3 – Há um provérbio chinês que diz o seguinte: “Você tem uma boca e dois ouvidos, use-os nessa proporção”. 4 – Espere sua vez Sempre que vou ao exterior, procuro analisar o comportamento das pessoas e, quando estive pela primeira vez no Japão, o silêncio no metrô lotado, nas ruas e no restaurante me ensinou algo muito interessante. Por ex.: próximo do local onde meu colega e eu estávamos, oito homens ocuparam uma mesa maior e passaram a conversar discretamente. Quando um deles falava, os outros o ouviam; somente quando terminava de falar, outro começava. Além disso, sempre um ou outro movimentava com a cabeça, demonstrando atenção, e em nenhum momento alguém interrompeu quem falava, sempre esperava o colega terminar para fazer uso da palavra. Notei que ninguém falou no mesmo instante ou elevou a voz para prevalecer a sua. Isso me fez lembrar um dos cursos que fiz pela empresa, onde era debatido um tema, e nessa mesa-redonda havia uma regra. O coordenador do grupo antes de iniciar, explicava: – Quando alguém estiver com o uso palavra, ninguém poderá interrompê- lo. – Ao terminar de falar, terá de dizer “passo a palavra para o meu colega do lado”. – E só poderá voltar a falar quando chegar a sua vez. A ordem transcorrerá no sentido horário. O interessante é que, na terceira rodada, quase ninguém desejava falar. E, enquanto havia alguém para falar, o coordenador não fazia a conclusão. Chegando a vez do coordenador, o grupo o ouvia atentamente! Isso ocorria porque todos tiveram a oportunidade de falar e, dessa forma, o ego deles estava bem calmo e ninguém reprimiu o desejo de falar. Aprendi que quando alguém movimentava a cabeça em sentido afirmativo não estava dizendo “você está com a razão”, mas sim “eu estou entendendo”. Aprendi que num grupo, se todos desejarem falar junto, não haverá diálogo, porque a maioria sabe falar, mas não sabe ouvir. 5 – Silêncio Kent Nerburn é escritor, escultor e educador, e é muito envolvido nas questões dos nativos norte-americanos. Sua convivência com eles inspirou-o a escrever vários livros sobre a cultura indígena. Em seu livro Neither Wolf Nor Dog (Nem Lobo Nem Cão), cita o pronunciamento de um indígena ancião de nome Dan: Nós, os índios, conhecemos o silêncio. Não temos medo dele. Na verdade, para nós, ele é mais poderoso do que as palavras. Nossos ancestrais foram educados nas maneiras do silêncio e eles nos transmitiram esse conhecimento. “Observa, escuta, e logo atua”, nos diziam. Essa é a maneira correta de viver. Observa os animais para ver como cuidam de seus filhotes. Observa os anciões para ver como se comportam. Observa o homem branco para ver o que quer. Sempre observa primeiro, com o coração e a mente quietos, e então aprenderás. Quando tiveres observado o suficiente, então poderás atuar. Com vocês, brancos, é o contrário. Vocês aprendem falando. Dão prêmios às crianças que falam mais na escola. Em suas festas, todos tratam de falar. No trabalho, estão sempre tendo reuniões nas quais todos interrompem a todos, E todos falam cinco, dez, cem vezes. E chamam isso de “resolver um problema”. Quando estão numa habitação e há silêncio, ficam nervosos. Precisam preencher o espaço com sons. Então, falam compulsivamente, mesmo antes de saber o que vão dizer. Vocês gostam de discutir. Nem sequer permitem que o outro termine uma frase. Sempre interrompem. Para nós, isso é muito desrespeitoso e muito estúpido, inclusive. Se começas a falar, eu não vou te interromper. Te escutarei. Talvez deixe de escutá-lo se não gostar do que estás dizendo. Mas não vou interromper-te. Quando terminares, tomarei minha decisão sobre o que disseste, mas não te direi se não estou de acordo, a menos que seja importante. Do contrário, simplesmente ficarei calado e me afastarei. Terás dito o que preciso saber. Não há mais nada a dizer. Mas isso não é suficiente para a maioria de vocês. Deveríamos pensar nas suas palavras como se fossem sementes. Deveriam plantá-las, e permiti-las crescer em si lêncio. Nossos ancestrais nos ensinaram que a terra está sempre nos falando, e que devemos ficar em silêncio para escutá-la. Existem muitas vozes além das nossas. Muitas vozes. Só vamos escutá-las em silêncio. 6 – Impulsividade Sobre isso, assim descreveu o mestre Masaharu Taniguchi: (...) se você deseja progredir infinitamente, não se deixe dominar por suas emoções e paixões. Todos aqueles que se deixam dominar são escravos. Jamais se torne escravo. Saiba controlar suas emoções e paixões, e faça de si próprio o senhor absoluto da sua mente. (A Verdade da Vida, v. 7, 1.ed., p. 110) Essa falta de controle é chamada de impulsividade. Impulsividade significa dificuldade com autocontrole. A consequência da impulsividade pode nos levar ao remorso por falar algo indevidamente, tomar péssimas decisões na negociação, interromper a fala do colega, comer em excesso ou algonão benéfico para nossa saúde; tudo isso devido à atitude de agir impensadamente sem as devidas análises e ponderações. Em psicologia utiliza-se o termo TDAH – Transtorno de Déficit de Atenção ou Hiperatividade, que é também denominado TDAHI, pela referência à impulsividade. E qual é o caminho para dominar a impulsividade? O caminho é praticar a Meditação Shinsokan. 7 – Sempre aprendemos algo – “Quem tem ouvidos para ouvir ouça” (Mateus 11. 5) Quando ouvimos os relatos de experiências, sempre aprendemos algo. Capítulo 1 O QUE REGE O NOSSO DESTINO O destino não é algo totalmente definido. Sobre a ligação carma-destino, o mestre Masaharu Taniguchi cita: Os carmas são uma espécie de vibrações que vão se materializando automaticamente ao longo de toda a nossa existência. Portanto, pode- se dizer que o nosso destino nesta vida já está determinado, em grande parte, desde o momento de nosso nascimento, e não mudará enquanto não transcendermos os carmas através da conscientização da Verdade e da apreensão da Imagem Verdadeira de nossa Vida. Eis por que algumas pessoas conseguem adivinhar nosso destino analisando nossa fisionomia ou nosso nome. (A Verdade da Vida, v. 15, 3. ed., p. 143) Não está citado que é integralmente definido, mas grande parte. Por que “grande parte”? Porque, antes de nascer novamente aqui na Terra, viemos com uma missão a cumprir; essa missão pode estar diretamente ligada ao desenvolvimento espiritual daquele espírito. Pode ser também de espírito muito elevado, que não necessita mais se reencarnar, mas o faz para cumprir a sublime missão de ajudar outras pessoas a evoluírem; dentre eles podemos citar Sakyamuni, Jesus Cristo, mestre Masaharu Taniguchi e inúmeros outros iluminados. O que rege nosso destino depende de três fatores: A – Influência dos carmas de vidas passadas (cerca de 50%). B – Livre-arbítrio (cerca de 25%) – modus vivendi mental de cada um. C – Ajuda de espíritos elevados (cerca de 25%). O que é carma? Carma vem do sânscrito, uma antiga linguagem clássica da Índia, e significa “ação”; portanto, carma simboliza a ação que cometemos pelo falar, pensar e agir (fisica mente). Carmas de vidas passadas A causa de uma doença, quando pesquisada cronologicamente na vertical, pode ter sido criada pelo indivíduo nesta geração, ou ter sido criada há muitas gerações e estar sendo transmitida de pais para filhos. O cristianismo denomina tal causa de “pecado original”, referindo-se ao pecado cometido por Adão e Eva. O budismo chama essa causa de “cármica” e prega que, uma vez formado o carma, este obedece à lei da causalidade e transmigra eternamente, circulando como uma roda de carro. (A Verdade da Vida, 15. ed., v. 1, pp. 55-56) Há várias formas para se expressar a lei do carma: “Quem semeia vento colhe tempestade”, “Quem com o ferro fere com o ferro será ferido”, “lei da causa e efeito”, “lei do castigo” e “lei da ação e reação”. Esta última explica que toda ação gera uma reação; a ação de lançar uma bola de borracha contra a parede em um ângulo de 90° gerará a reação de ela voltar na mesma direção de quem a lançou. Resumindo a explicação que é citada no livro Descoberta e Conscientização da Verdadeira Natureza Humana, 1. ed., p. 169: O destino é uma sucessão de acontecimentos que ocorrem segundo a lei da causalidade... Praticando o bem, com certeza acontecerão coisas boas. Praticando o mal, acontecerão coisas ruins... Desse modo, a humanidade é regida fundamentalmente pela lei da causalidade. Essa lei é chamada também de lei do carma ou lei da mente. Cada um de nós também cria o seu próprio destino e colhe seus efeitos. (...) Nascemos trazendo em nossa bagagem o “balanço” dos carmas mentais, verbais e físicos que nós mesmos criamos no passado. (...) Há quem reclame dizendo que Deus é muito injusto, mas isso não é verdade... Quem multiplicou 2 por 2 obte ve 4; quem multiplicou 2 por 3 obteve 6; quem multiplicou 4 por 4 obteve 16. Comparando os resultados 4, 6, 16, parece haver injustiça, mas, considerando que são resultados do balanço dos carmas de cada pessoa, não há injustiça alguma. Deus não vigia, não julga, não condena e nem castiga ninguém. Quando alguém teme a Deus, é porque tem um conceito totalmente equivocado e consequentemente se sente distante do Criador. Quem tem medo de rato consegue amá-lo? Quem tem medo de cobra consegue amá-la? Obviamente que não. Quando se teme algo ou alguém, é natural que se distancie dele. No livro Viver Junto com Deus, 1. ed., p. 263, o Mestre menciona: Para acabar com o temor, é fundamental saber que o homem é filho de Deus, e que Deus, sendo nosso Pai, jamais nos causa infortúnios. Há pessoas que vivem com medo da punição divina. Antigamente era comum ouvir a expressão “é castigo de Deus” quando ocorria algo desagradável a alguém. No entanto, o que ocorria era, na verdade, reação de uma ação cometida pela própria pessoa, ou seja, uma consequência de uma causa, que é atuação da lei do carma. Normalmente, comenta-se o carma como sendo algo ruim, mas a colheita pode ser boa também, desde que se plante o bem. E aquele que consciente ou inconscientemente causou aborrecimentos ou prejuízos a alguém, ou a uma comunidade, um dia terá de colher, de acordo com essa lei, aborrecimentos nesta encarnação ou em encarnações futuras. Carma pode ser criado por três diferentes formas 1 – Carma criado pelo pensamento Pensar constantemente em algo, seja bom ou não; esse pensamento fica registrado em nosso subconsciente e futuramente se projetará no mundo fenomênico. A respeito disso, ensinou Jesus Cristo: “Eu, porém, vos digo: todo aquele que lançar um olhar de cobiça para uma mulher já adulterou com ela em seu coração” (Mateus 5. 28). O que Cristo deixou claro é o carma do pensar: lançar olhar de cobiça é registrar no subconsciente esse carma. Ele não disse que ficou registrado no caderno de Deus, mas “no coração”, isto é, na mente da própria pessoa. Quem diz que Deus fica nos vigiando e anotando os nossos pecados não conhece Deus de verdade. Deus é amor e não Se prende em vigiar para castigar posteriormente. Cada um deve ter responsabilidade pelas suas ações e não atribuir a Deus os fatores desagradáveis resultantes de ações anteriormente praticadas. Como a nossa mente tem força criadora, se mantivermos determinado pensamento, este tende a materializar-se, ou desejarmos algo a outra pessoa, cria-se uma ação cármica. O jornal O Estado de S. Paulo publicou, no dia 26 de setembro de 1981, o seguinte artigo: Caçador caçado – Aconteceu na Dinamarca: um caçador foi atingido pelo tiro dado pelo seu cão. Niels Andersen saiu a caçar perdizes num bosque de Horsholm, perto de Copenhague com o seu fiel “Bernie”. Em certo momento, deixou o fuzil no chão e se afastou alguns metros. “Bernie” saiu correndo atrás do seu amo e pisou no gatilho da arma. O tiro pegou Niels em cheio, nas costas. O caçador foi socorrido e hospitalizado. Quem constantemente pensa em roubar está plantando em sua mente esse carma. Um artigo do jornal O Estado de S. Paulo do dia 12 de março de 1991 retrata essa explicação: Ladrão assalta banco, mas é roubado na saída. Vigia planejou o assalto durante meses, mas ficou sem dinheiro até para o ônibus e acabou preso. NSA (iniciais do nome), de 22 anos, planejou durante vários meses um roubo à agência da Caixa Econômica Federal da Avenida Santa Marina, 2719, na Freguesia do Ó, Zona Norte da capital. Teria a ajuda do seu irmão N, de 23 anos, vigilante do banco. Com o dinheiro compraria cabeças de gado para seu pai, boiadeiro na cidade I (nordeste do Brasil). Almeida realizou o assalto no dia 4. Porém, quando fugia, foi também assaltado. A polícia o prendeu ontem. O assaltante que o atacou continua solto. Como se cria o carma também pelo pensamento, a lei do carma, ou da causa e efeito, é considerada lei da mente, e, pela lei da mente, se de um lado quem tem em mente roubar é roubado, por outro lado as pessoas que não têm esse tipo de pensamento não se sintonizam com as pessoas desonestas.Um fato ocorrido na França comprova isso. Foi publicado no jornal O Estado de S. Paulo, em agosto de 1986, com o título “Roubaram demais”: Sorte é sorte. JMLG, francês de Angers, teve sua casa assaltada: dois ladrões arrombaram a porta na sua ausência e carregaram tudo que era de valor, das joias da família a eletrodomésticos, não perdoando nem as panelas da cozinha. Mas era difícil ir muito longe com tamanha carga – então escolheram pelo caminho uma granja que parecia abandonada e guardaram todo o produto do saque lá, para voltarem em outra ocasião. A granja não era abandonada: pertencia a JMLG. Ter intenção de praticar alguma ação é carma do pensamento Jesus Cristo conhecia profundamente as leis da mente, tanto que no famoso Sermão da Montanha disse: “Eu, porém, vos digo: todo aquele que lançar um olhar de cobiça para uma mulher já adulterou com ela em seu coração” (Mateus 5. 28). No programa de rádio da Seicho-No-Ie, uma senhora me perguntou: “Sinto fortes dores na ponta do pé direito e tenho consultado vários médicos, mas o problema continua”. A resposta que lhe dei foi: “A senhora deve ter sentido muita raiva de determinada pessoa e teve desejo de agredi-la com um chute. E essa intenção de chutar ainda está registrada no seu inconsciente e não foi apagada; perdoe essa pessoa, que apagará”. Dez dias depois essa senhora deixou gravado um agradecimento pelo desaparecimento da dor que a atormentava havia mais de dez anos. Por que o pensamento é um dos agentes criadores do carma? Um simples pensamento superficial não tem força, mas, quando pensamos constantemente em determinado fato, esse pensamento adquire força, porque passamos a sentir também. Imaginemos uma pessoa que abriu um comércio no ramo de doces e, após três anos, do lado de sua loja, alguém abre outra loja vendendo os mesmos produtos. Ele comenta com a esposa: “Temos agora um concorrente”. Porém há outro fato que fere o seu ego: o concorrente vizinho não o cumprimenta. O fato de o vizinho não o cumprimentar e colocar cartazes de promoções o deixa aborrecido, então mentalmente ele passa a entrar em conflito com o vizinho. O local é muito movimentado e há “espaço para os dois comerciantes”, mas o ódio pelo concorrente aumenta e a todo instante ele pensa em estratégias para levá-lo à falência. A esta altura já não pensa “é um concorrente”, mas passa a sentir forte desejo de conduzir o outro à falência: “Preciso derrubá-lo”. Enquanto for simples pensamento superficial, não tem força, mas, quando chega ao emocional, transforma-se num forte carma, e, de acordo com a lei do carma ou lei da causa e efeito “colhe-se o que plantou”, a tendência desse comerciante é colher o fracasso. Uma explicação clara e sábia do texto grifado “enquanto for simples pensamento superficial, não tem força” consta no livro A Verdade, v. 2, 1. ed., p. 164, no item “Relação entre o consciente e o subconsciente”: “Da mesma forma que as gotas das chuvas se transformam em rios, que por sua vez formam um lago, as gotas da ‘mente consciente’, isto é, cada pensamento e cada sentimento, são acumuladas para constituir o lago do subconsciente”. Esse comerciante pode pensar: “Eu estava tranquilo e esse idiota veio para prejudicar o meu comércio e me destruir”; no entanto, o que o destruiu foi ele próprio. Recordemos o significado da palavra “oração”. O Mestre nos ensinou que oração em japonês se diz “inori”, em que o ideograma “I” significa “vida” e “noru”, “decla ração”; “portanto, orar (inoru) é aquilo que você está sempre declarando no recôndito da sua vida” (A Verdade, v. 3, 1. ed., p. 305). 2 – Carma criado pela fala Aqueles que xingam, ofendem, falam mal das vidas alheias estão criando carmas negativos e, como o som sai pela boca, eles podem adquirir doenças na boca ou próximas à região. Para se purificar dos carmas negativos, devem ler palavras da Verdade como sutras sagradas, livros que contêm a Verdade, pronunciar palavras da Verdade e realizar práticas recitativas etc. Quando se magoa uma pessoa querida, fica retido no inconsciente o sentimento de culpa, posteriormente, geralmente quando não se lembra do fato, o carma se desintegra. Para exemplificar, vou citar um fato ocorrido aproximadamente entre 1977 a 1979. Após a aula, uma senhora comentou: – Amanhã terei de fazer uma cirurgia em um dente. O cirurgião-dentista terá de abrir a gengiva e fazer a raspagem. O que pode ser isso? – Qual é o dente? – perguntei-lhe e ela mostrou-me o dente da frente, chamado incisivo central esquerdo. Como num dos livros o prof. Masaharu Taniguchi cita que problemas na arcada superior são ressentimentos com algum superior, afirmei: – É autopunição ou mágoa do seu pai. – Meu pai? Se o senhor dissesse que é em relação à minha mãe, eu concordaria. – Qual é o dente mesmo? – Novamente ela apontou o dente do lado esquerdo, incisivo superior. – Não resta dúvida. Vai lembrar, e pratique Oração do Perdão para ele. Eram 19h25. Chegando à sua casa, às 23 horas, lembrou-se da única discussão que teve com seu pai. Emocionada, pôs-se a chorar ao lembrar-se da cena, e pediu perdão mentalmente por duas horas. No dia seguinte, ao se levantar para ir ao dentista, colocou a mão sobre a boca e não sentia mais dores, mas mesmo assim foi, conforme havia marcado. Ao chegar, o dentista a examinou e tirou radiografia do dente, depois olhou contra a luz e falou: – Estranho, não há mais infecção. Não será preciso fazer a cirurgia. O que aconteceu? Ela explicou tudo o que ocorreu e ele comentou: – Se todos fizerem o mesmo, eu passarei fome... As palavras de Cristo exprimem isto: “O que contamina o homem não é o que entra pela boca, mas o que sai da boca, isso é o que contamina o homem” (Mateus 15. 11). No capítulo 2 do livro A Humanidade é Isenta de Pecado, 13. ed., p. 71, o prof. Masaharu Taniguchi explica resumidamente a definição do carma: Podemos comparar o carma a uma gravação. Se gravarmos nossa voz numa fita ao entoarmos uma canção ou pronunciarmos um discurso, posteriormente poderemos ouvir essa mesma voz toda vez que tocarmos a fita no gravador. Do mesmo modo, as vibrações mentais que ocorrem no momento em que um pensamento passa pela nossa cabeça ficam gravadas como uma “causa” em nosso “disco mental”. Sempre que surgir uma oportunidade, o “disco mental” emitirá as vibrações mentais registradas; e, então, aquele pensamento que tivemos no passado manifestar-se-á concretamente, sob a forma de algo palpável, de alguma doença, de alguma situação etc. Assim é a ação do carma, que é uma força latente. O carma é, por assim dizer, uma “gravação” das vibrações mentais. É uma espécie de gravação que fica no nosso inconsciente, e não no “caderno de Deus” como dizem algumas pessoas. Nem por brincadeira devemos falar palavras negativas, pois ficam registradas no inconsciente. Por exemplo, frases ditas com emoção durante a infância como: “Eu não quero me casar”. Muitas pessoas disseram essa frase ao ver os pais brigando. A palavra é registrada no subconsciente e, com o passar do tempo, pode ser esquecida, mas no subconsciente continuará gravada, exercendo forte influência. Por esse motivo, quando se atinge a fase adulta, muitos namoros são problemáticos porque aflora aquele sentimento registrado, e uma frase que magoa, dita impensadamente, pode gerar rompimento do namoro, impedindo assim a concretização do casamento. Eis o motivo de na Sutra Sagrada Palavras do Anjo citar: “Portanto, mantende pensamentos sempre elevados e jamais penseis no mal, jamais penseis na impureza, jamais penseis no sofrimento, jamais penseis na doença”. Outro fato que gera infelicidade são as fofocas. As pessoas que gostam de fazer fofocas de vidas alheias sempre são vítimas de alguma infelicidade, porque uma inverdade pode destruir a vida profissional ou familiar de colega ou amigo. Em uma ocasião durante um seminário, uma senhora entregou-me um bilhete com seguinte teor: “O senhor disse numa palestra na cidade de Presidente Prudente que há pessoas que não conseguem emprego por não perdoarum ex-chefe ou ex-colega de trabalho. Era o caso da minha irmã que mora nessa cidade. Ela foi demitida por causa de uma mentira dita por uma colega. Chegando a sua casa, ela começou a praticar Oração do Perdão para essa ex-colega e para o ex-patrão. Dois dias depois, o ex-patrão foi à casa dela e disse: ‘Eu cometi um erro e agora quero corrigir esse erro. Você foi demitida injustamente, pois foi por causa da Fulana que eu a demiti. Peço- lhe perdão pelo erro, e a estou convidando a voltar a trabalhar comigo’”. O mestre Masaharu Taniguchi alerta sobre a fofoca no livro A Verdade, v. 9, 1. ed., p. 91: Não comente levianamente sobre assuntos fúteis. É no silêncio que cultivamos forças de natureza espiritual. Os mexericos tratam normalmente dos aspectos negativos. Por meio dessas palavras, a pessoa grava coisas negativas, intensifica a impressão negativa e acaba ferindo a si própria. E no livro A Verdade da Vida, v. 38, ensina: Não devemos falar mal dos outros, nem na sua ausência. Se falarmos mal, surgirão males ao nosso redor, pois a palavra é semente. Se falarmos mal dos outros, a infelicidade deles reaparecerá infalivelmente como infelicidade nossa, pois todas as pessoas estão ligadas entre si e constituem um só corpo perante Deus. Qualquer que seja a imagem de uma pessoa, devemos orar, com amor e respeito, pela sua felicidade e prosperidade. Nós, que temos recebido o infinito amor de Deus, devemos retribuí-lo a Ele (Deus), enviando pensamentos de amor ao próximo. Quando retribuímos o amor de Deus, enviando-o àquela pessoa, ela também retribuirá o amor de Deus, enviando-o a nós. 3 – Carma pela ação Muitas pessoas agem pensando somente em si próprias e, além de não se preocuparem com o próximo, não fazem nenhuma gentileza. No livro A Verdade da Vida, v. 34, 1. ed., pp. 76-80, o prof. Masaharu Taniguchi cita o caso do velho esgrimista que sofria de semiparalisia no braço e tinha dificuldade para andar. No mesmo instante o Mestre identificou que se tratava de carmas negativos praticados por essa pessoa, por isso lhe disse abruptamente: – O senhor maltratou muita gente, não foi? Ele havia matado 24 pessoas e 85 bois; até pessoa inocente foi morta, somente para mostrar a um amigo que era hábil no manejo da espada. Posteriormente a pessoa que levou o esgrimista perguntou ao Mestre se poderia curá-lo, e a resposta, com tristeza no rosto, foi “não sei... Curar-se, ou não, depende da mente dele”. O motivo dessa resposta foi decorrente do fato de o esgrimista não ter-se conscientizado dos erros: “Ele precisa reconhecer que pecou, e arrepender- se de verdade” foi a resposta do Mestre (p. 88). Em um dos livros escritos pelo mestre Masaharu Taniguchi, ele cita o caso de uma mulher que tinha mãos tão belas que se destacavam pela formosura. Essa senhora numa vida anterior fora freira, e, no convento, as freiras veteranas lhe davam ordens para lavar os sanitários, por ser a mais nova. Aquele ato nobre feito com amor foi a causa de ela ter belas mãos na atual encarnação. O jornal O Estado de S. Paulo publicou, no dia 20 de novembro de 2012, um artigo com o título “Ladrão devolve carteira após reconhecer vítima”. Um ladrão que roubou a carteira e o telefone celular de um homem em Wichita, no Kansas, devolveu parte dos objetos depois de reconhecê-lo. A carteira foi devolvida depois que o criminoso viu que já havia cumprido pena de prisão ao lado da vítima. Analisando esse fato: por que os dois se reencontraram? A resposta é: pela semelhança de carmas. E merece outra pergunta: por que o outro foi roubado? E a resposta é: pelo carma de ser desonesto também. Outro fato pitoresco foi publicado pelo mesmo jornal, em 22 de janeiro de 1985, com o título “Ladrão rouba ladrão”. Pequim – Um cego que pedia esmolas ontem numa rua de Cantão, no sul da China, teve de sair correndo do povo. É que, em troca dos iuanes que os transeuntes lhe davam, ele tocava uma musiquinha numa gaita, enquanto sua mulher passava o pires. Ontem, uma outra mulher começou a passar o chapéu e a recolher as esmolas. O cego percebeu pela voz (quando ela dizia “obrigado”) que a mulher não era a dele – e abriu os olhos para se certificar. O povo percebeu a fraude e saiu correndo atrás dos dois espertalhões. Porto Alegre – O estudante de publicidade Rafael (o sobrenome foi mantido em sigilo) e sua namorada saíram na noite do último domingo (17/4/2011), em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, para buscar o irmão dele, e foram abordados por um ladrão. Nisso, outros três saíram de um veículo Prisma preto e anunciaram um novo assalto. O bandido que os assaltava, revoltado com a “falta de respeito” e “ética” dos colegas de profissão, ainda chegou a reclamar dizendo a eles: “Mas sou eu que estou assaltando!”. O jornal O Dia de 23 de outubro de 2006 publicou o seguinte noticiário: O engenheiro A, 35 anos, e sua irmã, a publicitária P, 31, foram assaltados duas vezes num período de três minutos no sábado à noite, na Tijuca, Zona Sul da capital fluminense. Nas duas situações, os bandidos estavam armados. Junto com os dois adultos estavam um menino de 5 anos de idade e uma garota de 14 – respectivamente filho e sobrinha de A. O primeiro assalto foi às 21h40, na rua Alfredo Pinto, quando uma dupla armada com revólveres rendeu a família, que estava em um carro Astra preto. Um dos bandidos assumiu a direção e seguiu. O segundo assalto, que incluiu entre as “vítimas” a própria dupla do primeiro, deu-se às 21h43, quando o Astra entrou na rua Melo Matos. Naquele momento, a família ainda era roubada dentro carro. Os dois ladrões tinham acabado de recolher joias, celulares, dinheiro e cartões das vítimas, quando o Astra foi cercado pelos três outros bandidos. O trio, com pistolas, chegou em um Peugeot branco e obrigou os dois criminosos a passar tudo para eles. Além dos pertences da família, até um boné que um dos bandidos usava foi levado pelo trio. Ao serem parados, um ladrão que já estava no Astra disse: “Mas nós já estamos roubando aqui!”. Um bandido do Peugeot retrucou: “Não interessa. É nossa área. Sai todo mundo do carro”. O jornal O Diário de Maringá, de Paraná, publicou “Ladrão pede mais policiamento”. A reportagem é do dia 3 de agosto de 2007 e mencionou a reclamação feita por um ladrão, de que após assaltar uma pessoa ele foi assaltado. Após ter sido preso, ele reclamou dizendo que há falta de policiais nas ruas de Maringá. Folha de S. Paulo, do dia 27 de janeiro de 2011: Um pedreiro foi preso depois de ter sido vítima de um assalto na noite de quarta-feira (27) na região central de Ribeirão Preto (313 km de São Paulo). A.P.C. teve R$ 10,00 roubados no cruzamento das ruas José Bonifácio e General Osório, que fica na região da Baixada, às 19h30. Ele, segundo a polícia, reagiu ao assalto e começou a brigar com o ladrão, o funileiro J.C.V., no meio da rua. Com a aproximação de um carro da Polícia Militar, que fazia patrulhamento de rotina pela região, o assaltante tentou fugir, mas foi perseguido e confessou o roubo – informou a polícia. Ao analisar o histórico dos envolvidos, os policiais constataram que a ficha da vítima era maior que a do assaltante. Ele já fora detido dez vezes sob suspeita de furtos, três vezes por tráficos de drogas, uma vez por roubo e outra por lesão corporal. E, como era considerado um foragido, foi detido com o assaltante. A escritora médium Cleonice Orlandi de Lima escreveu em seu livro(1) sobre o ocorrido com Camilo Castelo Branco, um grande escritor português (1825-1890). Ela relatou que Camilo, ao ouvir o diagnóstico do médico que ficaria cego para sempre, se suicidou. Num passado longínquo (século XVII) ele se apaixonara por uma prima muito bonita a quem pediu em casamento. Embora ela tenha aceitado, mudou de ideia ao conhecer Jacinto, um jovem militar de Madri que era seu primo também e era um nobre conde, possuidor de muitas terras e boa fortuna. A sua musa acabou casando com Jacinto, que voltou a Madri. Sentindo-se humilhado, desejou desgraça ao casal. Passado algum tempo,sua prima retornou à cidade natal com o marido e filho, mas seu ódio pelos dois não havia se apagado. E, para vingar-se, entrou na Companhia de Jesus, não por vocação religiosa, mas por ser, na época, uma entidade com muito poder (período da Inquisição). Com muita maldade passou a perseguir o primo Jacinto. Fez uma série de acusações contra ele, que acabou sendo preso. Mandou queimar a sola dos pés dele até que formassem enormes feridas. Ordenou também arrancarem-lhe as unhas e os dentes e até a furarem seus olhos! Cego, Jacinto suicidou-se. O carma que carregava por ter levado o primo ao suicídio, embora tivesse ocorrido 200 anos antes, o fez praticar o mesmo ato contra si próprio. Quando o médico que examinou seus olhos lhe disse que a cegueira era incurável, Camilo foi até outro aposento e se matou. A causa foi ter cegado o primo, levando-o a se matar, e ocorreu como efeito à forma semelhante com Camilo: que ficou cego e se matou. O castigo não veio de Deus, mas dele próprio. Em Romanos 6. 23, cita: “Porque o salário do pecado é a morte”, isso significa que o sentimento de culpa muito forte conduz as pessoas à autopunição extrema que é o suicídio. Carmas gerados por egoísmo Yogananda, um iogue iluminado indiano, menciona: “Todos os dias, faça alguma coisa em benefício dos outros, mesmo que seja algo insignificante. Se você quer amar a Deus, é preciso amar as pessoas. Elas são filhas dEle. Você pode ser prestativo no plano material – dando aos que precisam – e no plano mental – dando conforto aos sofredores, coragem aos temerosos, amizade divina e apoio moral aos fracos. Você também semeia bondade quando desperta nos outros o interesse por Deus e quando cultiva neles um maior amor a Deus, uma fé mais profunda nEle. Quando deixar este mundo, as riquezas materiais ficarão para trás, mas todas as boas ações o acompanharão. Pessoas ricas que vivem na avareza e pessoas egoístas que nunca ajudam os outros não atraem riqueza na sua próxima vida. No entanto, os que distribuem e compar tilham, quer tenham muito ou pouco, atrairão a prosperidade”. Como exemplo disso, há os casos de jovens que ocupam lugares reservados nos ônibus e metrôs. Esta ação de “roubar” o lugar dos outros fica registrada no inconsciente daqueles que praticam essa ação. Embora eles possam pensar que levaram vantagem, no inconsciente fica registrada a voz da consciência: “Não é justo, tomei um lugar que não é meu; se fosse banco comum, estaria dentro do meu direito, mas...”. Esse sentimento de culpa, por ter tirado a oportunidade de um idoso se sentar num lugar de direito, pode conduzir esses jovens a perderem boas oportunidades na vida. Os carmas equivalem ao exercício fiscal de uma empresa O mestre Masaharu Taniguchi exemplifica que o carma equivale ao exercício fiscal de uma empresa, que pode encerrá-lo com o resultado final positivo ou negativo. Se encerrar com resultado positivo, iniciará o próximo exercício com dinheiro em caixa e não terá tantos apuros como aquela empresa que encerrou o ano com prejuízo. Da mesma forma, o espírito que inicia uma nova encarnação nascendo em lar harmonioso, sem passar fome, é por crédito de ter realizado carmas bons na vida anterior. Ao nascer, a influência dos carmas não se restringe apenas aos das encarnações passadas. Se a balança do carma pende para o lado negativo, é preciso fazê-lo pender para o lado desejado praticando boas ações. O carma, por se tratar de lei da causa e efeito, não há razão de temê-lo. No livro A Verdade, v. Suplementar, 1. ed., p. 73, o prof. Masaharu Taniguchi define: O fato de poder confiar na lei significa garantia de justiça e ordem. Se aprendermos a respeitar a lei, conquistaremos a liberdade. Quando ignoramos a lei, ela não nos amarra, mas nos ferimos indo contra a lei, devido à nossa própria ignorância em desconhecer a natureza e o poder da lei. Quem não acredita em reencarnações não entende o porquê de muitos fatos Se o indivíduo diz “eu não acredito em reencarnações”, é porque aprendeu desde a sua infância que “ao morrer, será levado ao juízo final, e Deus permitirá entrar no Céu se a pessoa foi boazinha e, se foi ruim, a mandará para o inferno, onde arderá eternamente no fogo”. Esse tipo de afirmação é de quem não conhece as leis espirituais e ainda acredita que Deus faz julgamento e seja vingativo. Se Deus agisse dessa forma, seria vingativo, e o amor dEle seria relativo e não amor absoluto. A afirmação “não acredito em reencarnação porque não consta na Bíblia” também não é correta. Há alguns trechos que mencionam a respeito. Elias foi um profeta hebreu que viveu no século IX a.C., e no Velho Testamento é mencionado que Deus enviaria à Terra Elias novamente: “Eis que eu vos envio o profeta Elias, antes que venha o dia grande e terrível do Senhor” (Malaquias 4. 5). Jesus foi a um monte e levou consigo Pedro, Tiago e João. Nesse momento apareceram Moisés e Elias, e o rosto de Jesus ficou totalmente alterado e ele falou com ambos. Assim consta na Bíblia: Seis dias depois, tomou Jesus consigo a Pedro, e a Tiago, e a João, irmão deste, e os conduziu à parte a um alto monte; e foi transfigurado diante deles; o seu rosto resplandeceu como o sol, e as suas vestes tornaram-se brancas como a luz. E eis que lhes apareceram Moisés e Elias, falando com ele. Pedro, tomando a palavra, disse a Jesus: Senhor, bom é estarmos aqui; se queres, farei aqui três cabanas, uma para ti, outra para Moisés, e outra para Elias. Estando ele ainda a falar, eis que uma nuvem luminosa os cobriu; e dela saiu uma voz que dizia: Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo; a ele ouvi. Os discípulos, ouvindo isso, caíram com o rosto em terra, e ficaram grandemente atemorizados. Chegou-se, pois, Jesus e, tocando-os, disse: Levantai-vos e não temais. E, erguendo eles os olhos, não viram a ninguém senão a Jesus somente. Enquanto desciam do monte, Jesus lhes ordenou: A ninguém conteis a visão, até que o Filho do homem seja levantado dentre os mortos. Perguntaram-lhe os discípulos: Por que dizem então os escribas que é necessário que Elias venha primeiro? Respondeu ele: Na verdade Elias havia de vir e restaurar todas as coisas; digo-vos, porém, que Elias já veio, e não o reconheceram; mas fizeram-lhe tudo o que quiseram. Assim também o Filho do homem há de padecer às mãos deles. (Mateus 17. 1-12) E no versículo seguinte consta “Então, entenderam os discípulos que lhes falava a respeito de João Batista” (Mateus 17. 13). Está muito claro que João Batista é a reencarnação do profeta Elias. E, no Evangelho de S. João, 9. 1, cita: “E, passando Jesus, viu um homem cego de nascença”, e no versículo seguinte: “E os seus discípulos lhe perguntaram, dizendo: Rabi, quem pecou, este ou seus pais, para que nascesse cego?”. Analisando a pergunta que os discípulos fizeram a Jesus sobre carma, o mestre Masaharu Taniguchi escreveu no livro Evangelho Segundo João, 1. ed., 22ª Preleção, 5. ed., pp. 139-140: Nota-se, pelas palavras dos discípulos, que os judeus da época tinham por senso comum a ideia de que um defeito físico de nascença era manifestação do pecado dos pais, dos ancestrais ou da própria pessoa. Caso contrário, não fariam tal pergunta. Perguntaram se era pecado do próprio cego, mas, se ele já nascera assim, como poderia ter pecado? Isso mostra que os discípulos possuíam a noção de que o homem teve uma vida passada e que os carmas de tal vida podem se manifestar na presente encarnação. No livro Você Pode Curar a Si Mesmo, 1. ed., p. 34, há uma explicação clara sobre a personalidade das pessoas: Entretanto, problemas com ambiente, bem como o ódio, a ira, o medo etc. decorrentes de relações pessoais, não são ocorrências restritas a esta vida. As pessoas passaram por isso várias vezes em suas vidas anteriores, e esses sentimentos estão armazenados no inconsciente delas, influindo na sua vida atual, seja no tocante ao estado psicológico, seja no tocante à condição física. As lembranças da vida que elas levaram no mundo espiritual, onde permaneceram no tempointermediário entre a preexistência e a vida atual, também devem influir nas suas condições psicológicas e físicas. Na mesma página, o mestre Masaharu Taniguchi cita o caso da menina que sofria de claustrofobia identificada por Edgar Cayce: Nesta vida, ela nunca havia passado por uma experiência aterrorizante de ficar presa num cubículo escuro, numa caverna ou qualquer ambiente fechado. No entanto ela tinha medo de permanecer em lugar fechado e, mesmo quando ia ao teatro, precisava sentar-se num assento próximo à porta de saída. Também no ônibus ela tinha de permanecer perto da porta e, quando começavam a entrar muitos passageiros, apressava-se em sair antes que fosse impedida de ficar junto à porta. Quando participava de uma excursão à zona rural, se existisse no local uma caverna, uma gruta ou uma cabana sem janelas e com a porta fechada, a menina começava a tremer de medo e não conseguia se aproximar. Com seu poder espiritual, Cayce descobriu que, na existência anterior, essa menina morreu asfixiada quando o teto da caverna em que entrara cedeu de repente e a soterrou. O pavor que ela sentiu nos momentos derradeiros permaneceu em seu inconsciente, e era por isso que tinha um medo anormal de ambientes estreitos e fechados. Capítulo 2 MODO DE VIVER O mestre Masaharu Taniguchi cita Karl Augustus Menninger em diversos livros, e cita principalmente o livro escrito por este O Homem Contra Si Próprio. E qual o motivo dessas citações? Algumas pessoas podem pensar que o prof. Masaharu Taniguchi tenha se inspirado no citado livro para descrever sobre pecado, autopunição, autodestruição etc., mas isso não ocorreu, pois a Sutra Sagrada Chuva de Néctar da Verdade foi publicada oito anos antes do livro de Menninger. O motivo das citações é por Menninger descrever, como psiquiatra e psicanalista, a respeito da consciência de culpa da mesma forma que constam nos livros e sutras da Seicho-No-Ie. Ao longo de várias encarnações, vivemos diversas épocas, e os fatos estão registrados no nosso inconsciente. No livro Lições para o Cotidiano, cap. 29, consta: Citei na revista Josei no Risō (Ideal da Mulher) o caso de um menino que urinava na cama todas as noites. Como nenhum tratamento surtia efeito, seus pais procuraram o vidente Edgar Cayce. Este, com seu poder de clarividência, descobriu que, na encarnação anterior, esse menino fora pastor e perseguira cruelmente os médiuns e sacerdotisas. Ele os prendia a grilhões e lançava-os na água. O carma resultante desse ato cruel manifestava-se na encarnação atual sob a enurese noturna, fazendo com que ele molhasse todas as noites o seu corpo, apesar de ser crescido. Onde estariam ocultos os carmas acumulados na vida anterior a esta? Eles estão na mente... Quem carrega dentro de si sentimento de culpa por ter prosperado prejudicando alguém, seja nesta encarnação ou em algumas anteriores, mesmo que conscientemente não tenha a informação do que aconteceu, pela força cármica é arrastado para o caminho das dificuldades financeiras. Quem carrega sentimento de culpa por prejudicar a saúde de alguém passa a ter problemas de saúde ou reencarna em um novo corpo que sofre com doenças. Quem carrega sentimento de culpa por ter causado sofrimento a ex- noivo(a) geralmente é infeliz nos namoros ou casamento. Em A Humanidade é Isenta de Pecado, 11. ed., p. 21, o Mestre registra: Recentemente li a tradução do livro O Homem Contra Si Mesmo, de autoria do dr. Karl Menninger, um expoente da medicina psicossomática dos Estados Unidos. É um interessante livro de psicanálise que qualifica o contraditório desejo de autodestruição como “instinto de suicídio”, e as doenças crônicas como “suicídios lentos”. E explica, citando exemplos reais, que as doenças são curadas quando se corrige esse instinto de autodestruição. Na Sutra Sagrada Chuva de Néctar da Verdade, Capítulo “Sabedoria”, consta: “Todas as desarmonias e imperfeições nada mais são que pesadelos”. Por que desarmonias são pesadelos? Porque não está se manifestando a lei de Deus na nossa vida, isto é, não estamos vivendo o amor, e sim o oposto, que é o ódio. E por que imperfeição é pesadelo? Da mesma forma, a resposta é que não estamos vivendo como filhos de Deus. Sendo o pesadelo aquilo que dá força ativa à infelicidade, à doença, à desarmonia, à imperfeição, estas se assemelham às diabólicas opressões que, em sonho, podem nos fazer sofrer; mas, ao despertarmos, percebemos que não existe força alguma para nos oprimir. E vem a pergunta: “De onde vem essa força que nos causa sofrimento como doença, dificuldades financeiras, desarmonias etc.?”. Respostas: 1 – Há quem diga ser de satanás. Mas Deus é criador onipotente. Sendo Deus o único criador e amor absoluto, por que iria criar um ente para causar sofrimentos? No Gênesis consta que tudo que Deus criou Ele achou bom, e em nenhum momento cita que Deus tenha criado satanás. 2 – A força que nos oprime não foi criada por Deus. Portanto, não tem existência real, então podemos dizer que não é oficial, não é verdadeira. Deus é Verdade e tudo que Ele criou é verdadeiro e existente. E surge outra pergunta: “Então quem é o autor dessa força que nos oprime?”. A resposta é: a mente do homem. “Nada mais são que dores criadas em nossa própria mente e sofridas pela nossa própria mente”, assim explica a Sutra Sagrada Chuva de Néctar da Verdade. E vem outro questionamento: por que o homem criaria algo para fazê-lo sofrer? A resposta é: “por não revelar a perfeita e harmoniosa Imagem Verdadeira da Vida” que é a de filho de Deus, e se crê na imagem falsa “sou pecador”. A verdadeira imagem é a descrita no Gênesis 1, 27: “E criou Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou”. O que é fortemente registrado no subconsciente da pessoa a conduz conforme o pensamento registrado. Já tive a oportunidade de assistir a alguns casos de hipnose. Em um deles o hipnotizador disse ao hipnoti zado: – Para você, não existe o número 7. Agora, conte até 10. Ele contou: – 1, 2, 3, 4, 5, 6, 8, 9, 10. – E não mencionou número 7. – Você se esqueceu de um número – disse o hipnotizador, e com muita firmeza ele retrucou: – Não, senhor. – Então, conte outra vez. Contou, mas novamente não disse o número 7, isso porque o subconsciente não raciocina como a mente consciente. E por fim o hipnotizador disse: – Agora, existe para você o número 7. – E pediu para contar novamente. Ele contou e, desta vez, disse o 7. No livro A Humanidade é Isenta de Pecado, 11. ed., p. 65, cita: A ideia da existência do castigo de Deus e a ideia de que o ser humano é feito de matéria estão arraigadas no subconsciente da humanidade, sendo consequências disso todas as infelicidades deste mundo. Quando essas ideias errôneas são eliminadas, praticamente todas as doenças e infortúnios se extinguem. Eis por que um paralítico levantou-se e andou quando Jesus lhe disse: “Estão perdoados os teus pecados. (...) Levanta-te, toma o teu leito e vai para tua casa”. Muitas pessoas se curam quando simplesmente lhes afirmo: “Você não tem pecado algum!”. Qual seria o motivo de o mestre Masaharu Taniguchi afirmar que: a ideia da existência do castigo de Deus e a ideia de que o ser humano é feito de matéria estão arraigadas no subconsciente da humanidade? Pelo fato de as pessoas trazerem no seu inconsciente muitos conceitos aprendidos nas vidas anteriores. Como prova disso, há o exemplo citado anteriormente de pessoas que foram soterradas ou enterradas vivas e que nas encarnações seguintes sofreram de claustrofobia, mas ao tomarem conhecimento desse fato se curaram. Os povos antigos faziam sacrifícios de animais e até de seres humanos com o intuito de apaziguar deus, pois acreditavam que esse deus castigava por causa dos pecados cometidos. Quando se diz os povos antigos, é comum as pessoas pensarem neles como se fossem grupos de pessoas diferentes delas, mas nós fizemos parte dos povos antigos. Nem tudo o que trazemos no nosso inconsciente se purifica em uma única encarnação, é poresse fato que os espíritos elevados são aqueles que se reencarnaram dezenas e dezenas de vezes e ao longo desse período se purificaram. São os chamados “espíritos veteranos”. Gratidão aos pais “Eu estou com Deus, portanto estou com tudo” – há pessoas que pensam que basta orar para Deus que já é suficiente. Para alcançarmos a verdadeira felicidade, é fundamental que estejamos harmonizados com tudo e com todos, mas a prioridade maior é harmonizar-se com os pais, por isso há na Revelação Divina da Grande Harmonia a seguinte citação: “Dentre os teus irmãos, os mais importantes são teus pais”. A definição do lugar e em qual família o espírito vai se reencarnar não é por acaso nem por sorteio, mas por ligação cármica e de acordo com a missão que ele tem a cumprir. Ramatis é um espírito muito elevado e sua última encarnação teria sido na Indochina no século IX ou X d.C. Entre seus ensinamentos, há um que diz: “Quantas vezes os pais de hoje são os próprios responsáveis por crimes cometidos no passado àqueles que depois reencarnam como seus filhos! Então cumpre-lhes a severa obrigação de reerguê-los moral e espiritualmente, amparando-os para alcançarem condições superiores. Da mesma forma, inúmeros filhos que participam das provas dolorosas dos seus pais também estão vinculados a eles por débitos semelhantes. Nos lares terrenos é muito comum que os algozes e as vítimas se ajustem espiritualmente, presos aos mesmos interesses e necessidades”. Quando se diz que a ligação pais-filhos é cármica, não significa que seja sempre carma negativo, mas também é carma positivo. A frase do mestre Masaharu Taniguchi exprime bem esse fato: “Para se chegar a Deus, há uma porta antes pela qual devemos passar: são os pais”. Eis o relato do preletor Antonio Carlos Barbosa: Meu nome é Antonio Carlos Barbosa, sou casado com Deise e tenho três filhos: Helena Mercedes, Pedro Ivo e Giovanni Ângelo. Moro em Brasília, Distrito Federal, e sou adepto da Seicho-No-Ie há 26 anos e preletor há oito anos. Sou do interior de São Paulo e minha esposa é de Recife, Pernambuco. Conhecemo-nos em Brasília, no ano de 1986, pois, após me formar em Direito, fui para Brasília fazer um curso de pós- graduação. Conheci Deise, que também fazia o mesmo curso, e em pouco tempo nos casamos. Inclusive a festa de conclusão do curso de pós-graduação foi no nosso casamento. Casamos em 25 de julho de 1987 e não tínhamos onde morar. Minha cunhada conseguiu para nós um apartamento alugado no Núcleo Bandeirante, no Distrito Federal, e uma amiga dela para ser a fiadora do contrato. O aluguel era de aproximadamente um salário mínimo e meio e achávamos que não teríamos problema de honrar o compromisso, afinal de contas éramos dois advogados com pós-graduação, que na época era muito difícil encontrar. Mas não foi bem assim; logo no primeiro mês a dificuldade se manifestou. Deise ficou grávida da nossa filha Helena, as despesas aumentaram cada vez mais e, para completar, Deise perdeu o emprego. Tínhamos poucos clientes, mal dava para custear as despesas de alimentação; vivíamos de ajuda da minha cunhada, dos meus pais, dos meus sogros, mas mesmo assim não era suficiente para nos manter em Brasília com o custo de vida muito alto. Certo dia, nossa fiadora, que passou a ser nossa amiga, apareceu em casa e, percebendo a dificuldade financeira, questionou: “Como dois advogados pós-graduados jovens e dinâmicos não conseguem se manter financeiramente?”. Nós dávamos desculpas sobre os problemas econômicos, dizíamos que não conseguíamos emprego público porque não tínhamos padrinhos que eram chamados de pistolão etc. Na época, eu estudava muito para concursos públicos, mas sem nenhum sucesso, e quando passava não era chamado; uma vez porque a classificação não era boa e, quando era boa, o concurso era cancelado. Até emprego nos classificados eu procurava sem sucesso. Vendo a nossa dificuldade, ela nos convidou para uma reunião no templo da Seicho-No-Ie, na 403/404 Sul, em um domingo. De início não vi muita utilidade em participar de uma reunião filosófica, enquanto eu precisava de dinheiro para pagar as contas. Mas por curiosidade aceitei o convite, na esperança de ouvir alguma coisa que me desse segurança para tomar a decisão de desistir de Brasília e voltar para São Paulo, para a casa dos meus pais. Então fomos à reunião. Quando chegamos lá, fomos recebidos por várias pessoas na porta nos reverenciando e dizendo “bom dia, muito obrigado!”. Para mim foi uma surpresa; até olhei para trás para saber se estavam falando comigo mesmo. E de início percebi o grande amor daquelas pessoas que nem me conheciam. Sentamos e aguardamos a reunião começar. Então anunciaram o palestrante: “Preletor Heitor Miyazaki”. O preletor discorreu sobre prosperidade, falando sobre a necessidade de se esforçar em atingir o objetivo. Eu retruquei: “Mas isso não é novidade nenhuma”. Naquela época eu vinha estudando muito, o dia todo, para conseguir passar num concurso, mas sem sucesso. Lembro-me, como se fosse hoje, de que me questionei mentalmente: “Eu quero saber o que vim fazer aqui, deveria estar estudando, pois daqui a 30 dias haverá o melhor concurso de todos, de procurador, e eu estou aqui perdendo meu tempo”. Mal acabei de concluir o pensamento e o preletor Heitor Miyazaki disse: “Se você acha que está aqui perdendo seu tempo, é porque lhe falta gratidão”. Novamente me questionei: “Que nada, quanto a respeitar os outros, tive boa educação, e sou diligente, esforçado, respeito todo mundo; acho que essa palestra não tem nada a ver comigo”. Mal terminei esse novo pensamento, o preletor asseverou, com voz firme: “Se você hoje é uma pessoa que não negligencia suas obrigações, é uma pessoa esforçada e cumpre todas as regras para obter sucesso das que falei aqui e, mesmo assim, não consegue um emprego, não consegue pagar suas contas, é porque você não tem gratidão a SEU PAI E SUA MÃE. Quantas vezes você agradeceu ao seu pai e à sua mãe?”. E ele continuou: “Se você não agradece a seu pai, comece hoje mesmo agradecendo ao papai, à mamãe e àquele com quem é casado e também ao sogro e à sogra. Agradeça 10 mil vezes por dia”. Aqueles cinco minutos de palestra me atingiram como uma flecha certeira. Nunca tinha ouvido aquilo de ninguém: “Agradecer a papai e mamãe pela sua vida”. Já tinha ouvido sobre respeitar, honrar, mas nem sabia o que isso significava. Logo que cheguei em casa, peguei um caderno quadriculado (aqueles de aritmética) e, em cada quadrinho, eu fazia dois riscos, cada risco um “obrigado, papai”, formando um X em cada quadradinho. Naquela noite fiz uma folha para “obrigado, papai”, uma folha para “obrigado, mamãe”, uma para minha sogra e outra para meu sogro. No dia seguinte, eu me senti bem disposto, mas achei que aquela prática não tinha sentido, então me lembrei do que a Deise dissera: “Carlos, vai logo, você vai perder o ônibus de novo”. Naquela época os ônibus eram muito escassos e passavam apenas três ou quatro vezes por dia do Bandeirante para o Plano Piloto, em Brasília. Eu respondi: “Não vou nem esquentar, pois na semana passada perdi o ônibus todos os dias, inclusive nos dias em que cheguei adiantado o ônibus tinha quebrado”. Naquela manhã saí de casa tranquilo, já esperando perder o ônibus. Cheguei à parada uns 20 minutos atrasado e, quando cheguei, qual foi a minha surpresa: o ônibus chegou junto comigo, também se atrasou uns 20 minutos. Achei uma coincidência incrível. Enquanto as pessoas reclamavam do ônibus atrasado, eu peguei o caderno e voltei a fazer agradecimento. Aquele dia deu tudo certo para mim, depois daquele dia nunca mais perdi um ônibus. Mas o problema financeiro ainda era muito grande, e eu tinha apenas mais uma chance em Brasília. Em 30 dias haveria um concurso público para procurador federal. Foram abertas apenas quatro vagas para mais de 5 mil candidatos. Um dos concursos mais concorridos da época, porque, além de ser um cargo de poucas vagas, o salário era alto e o aprovado poderia continuar advogando, prerrogativa que não era deferida aos demaiscargos da carreira jurídica. Seria o último concurso com essas vantagens. Era tudo que o profissional do Direito queria. Além de estudar, eu praticava diariamente o agradecimento a papai e mamãe, sogro e sogra, num total de duas horas, além de ler a sutra sagrada duas vezes por dia em gratidão aos antepassados, pelo menos, e participar das reuniões semanais da Associação Local. Passamos a fazer parte da Missão Sagrada e ser cotistas de revistas. Durante aqueles 30 dias de prática, eu acordava subitamente às 4 horas da manhã, para estudar antes de ir para o trabalho, e não sentia nenhum cansaço. E tudo dava certo, até um cliente apareceu e me pagou um valor que deu para eu pagar todos os débitos e ainda as contas do mês. Chegou o dia do concurso, foram várias provas. Recordo-me da última prova, sendo objetiva com dez questões pela manhã e prova prática à tarde; eu estava tão seguro que nem rascunho fiz. Quando terminei, os comentários eram sobre as dificuldades da prova, todos reclamaram da complexidade das questões. Aí bateu um medo misturado com dúvida: “Será que eu fui tão mal a ponto de não perceber essas dificuldades que todos estão falando?”. Saí da prova, peguei o meu caderno e voltei a fazer a prática de agradecimento. Fui para casa, onde minha esposa me esperava, também lendo a sutra sagrada, com minha querida e amada filha recém-nascida. Na segunda-feira foi anunciado que o resultado sairia em 30 dias. Nesses 30 dias seguintes, pratiquei intensamente a gratidão aos pais. E senti quanto os pais amam os filhos. Naqueles dias, senti uma segurança tão grande que, passando ou não no concurso, eu tinha a certeza de que eu era um homem de sucesso e que tudo que eu fizesse daria certo. O escritório que eu tinha com minha esposa rapidamente começou a ter clientes, motivando o nosso trabalho. Certa manhã, ao sair do ônibus, um colega me informou que todos estavam indo para a procuradoria, pois o resultado havia sido divulgado e a lista dos aprovados estava afixada no mural. Como todos estavam indo para lá, eu também fui, mas a passos curtos, pois todos correram na minha frente. Recordo-me de que a maioria dos candidatos já eram profissionais consagrados, tanto como advogados, delegados e alguns como juízes estaduais, todos com experiência profissional e na faixa dos 35 anos de idade; e eu ainda com 24 anos de idade, andando de ônibus com os livros debaixo dos braços. Acabei ficando por último para visualizar o resultado e, pacientemente (morrendo de medo), esperei a minha vez para ver a relação de aprovados para aquelas quatro vagas. Percebi que todos voltavam com a expressão de decepção. Durante aqueles minutos até chegar ao mural, eu só agradecia a papai, mamãe, sogro e sogra; fui me aproximando, e as pessoas que estavam mais próximas do mural, algumas conhecidas, me deram passagem como se eu fosse um protagonista de uma peça teatral, então fui me aproximando e percebi que a lista de aprovados era pequena, me aproximei mais, e mais, até chegar bem perto, para ler que, das quatro vagas, somente uma havia sido preenchida, e lá estava o nome do único aprovado: ANTONIO CARLOS BARBOSA, o meu nome! E sobraram três vagas para o próximo concurso. Depois daquele dia, intensifiquei ainda mais as práticas da Seicho- No-Ie, participando ativamente das atividades. Tornei-me diretor da Associação Local da Fraternidade e minha esposa da Associação Pomba Branca do Núcleo Bandeirante, posteriormente tornamo-nos divulgadores e, hoje, somos preletores. Profissionalmente, aos 25 anos assumi a procuradoria, aos 29 fui nomeado corregedor-geral do INSS, assumi a cadeira de professor de Direito Previdenciário e Tributário de uma Universidade de Brasília-DF; fui assessor da Presidência da República no Palácio do Planalto com o Presidente Fernando Henrique, depois com o Presidente Lula; fui um dos criadores da Corregedoria-Geral da Advocacia-Geral da União e da Controladoria-Geral da União, onde exerci também o cargo de assessor, e este ano fui condecorado com o título Embaixador da Paz pelo Congresso Nacional. O escritório de advocacia da minha esposa cresceu muito e hoje conta com mais de 5 mil clientes em todo o país e no exterior. E, para completar minha alegria de ser Seicho-No-Ie, eu e minha maravilhosa esposa tivemos o prazer de recepcionar em Brasília, para o Seminário da Luz, a pessoa responsável pelo nosso despertar nessa filosofia maravilhosa: o preletor Heitor Miyazaki. MUITO OBRIGADO. Na verdade a honra foi minha em ser recepcionado por um casal tão ilustre! O livre-arbítrio Cada um tem o seu modo de viver, e isso é livre-arbítrio. Pode-se escolher viver carrancudo ou sorridente, de forma pessimista ou otimista, com sentimento de gratidão ou ingratidão, retraído e sempre com medo ou de forma corajosa, benquisto por todos ou antipático, prestativo em ajudar ou ser egoísta. Desconheço o autor da história a seguir. Por retratar sobre o livre-arbítrio e a escolha da decisão que podemos ter diante de cada situação, gostaria de compartilhar com todos: A história de Jerry Jerry era um tipo de pessoa adorável. Ele sempre estava de alto- astral e sempre tinha algo positivo para dizer. Quando alguém lhe perguntava: “Como vai você?”, ele respondia: “Melhor que isso, só dois disso!”. Ele era o único gerente de uma cadeia de restaurantes, porque todos os garçons seguiam seu exemplo. A razão dos garçons seguirem Jerry era por causa de suas atitudes. Ele era naturalmente motivador. Se algum empregado estivesse tendo um mau dia, Jerry prontamente estava lá, contando ao empregado como olhar pelo lado positivo da situação. Observando seu estilo, realmente fiquei curioso, então um dia eu perguntei a Jerry: – Eu não acredito! Você não pode ser uma pessoa positiva o tempo todo... Como você consegue? E ele respondeu: – Toda manhã eu acordo e digo a mim mesmo: “Jerry, você tem duas escolhas hoje: escolher estar de alto-astral ou escolher estar de baixo-astral”. Então eu escolho estar de alto-astral. No momento em que acontece alguma coisa desagradável, eu posso escolher: ser vítima da situação ou aprender algo com isso; eu escolho aprender com isso! Todo momento alguém vem reclamar da vida comigo, eu posso escolher aceitar a reclamação, ou posso apontar o lado positivo da vida para a pessoa. Eu escolho apontar o lado positivo da vida. Então, eu argumentei: – Tá certo! Mas não é tão fácil assim! – É fácil sim – Jerry disse. – A vida consiste de escolhas. Quando você tira todos os detalhes e enxerga a situação, o que sobra são escolhas, ou seja, as decisões a serem tomadas. Você escolhe como reagir às situações. Você escolhe como as pessoas vão afetar no seu astral. Você escolhe estar feliz ou triste, calmo ou nervoso... Em suma, é escolha sua como você vive sua vida! É uma história que aprecio muito. Não sei se é verídica ou não, mas isso pouco importa, o que importa são as lições de vida que podemos obter. As boas fábulas são histórias criadas que deixam no subconsciente das crianças boas sementes. Levam-nos à autorreflexão e também a pensar melhor antes de qualquer decisão. Mostra como o ego pode conduzir a vida a momentos tristes e como pode torná-la simples. Em outras palavras, quem cria situações embaraçosas somos nós próprios. Viver de modo simples, com sabe doria, é o melhor caminho, pois é o caminho para a felicidade. O famoso filósofo chinês Confúcio (551 a.C.-479 a.C.) disse: “Não vingues, da vingança vem o arrependimento”. Sabedoria de Agasha No livro A Verdade, v. 8, 11. ed., pp. 153-166, constam mensagens de sabedoria de um iluminado chamado Agasha, que foi um líder religioso no Egito há 7 mil anos. Entre 70 textos inseridos no livro, há o seguinte: “Não se envolva com o mal e com lutas. Procure meditar sobre a lei da causa e efeito, que age em seu íntimo e ao seu redor. Afaste o mal com a harmonia de sua mente”. Quando se compreende a lei da causa e efeito, aquele que pensou ser vítima de uma situação chegará à conclusão de que se tratou da colheita (carma plantado por ele) e que ninguémé vítima por acaso, que a ação criada por ele é que gerou uma reação; e esta ação (carma) pode ter sido criada na última encarnação, penúltima, duas, três, sete anteriores, ou seja, o efeito do carma nem sempre ocorre na encarnação seguinte. Lei da causa e efeito ou lei do carma referem-se à mesma lei. É a lei da compensação, é lei que mostra as nossas ações. A palavra “karma ou carma” vem do sânscrito e significa “ação”. Há pessoas que utilizam a palavra “destino” referindo-se ao carma, mas na realidade o carma não influi integralmente, conforme vimos no início do livro. “Eu tenho de pagar o carma? Não tem saída?” A lei da causa e efeito não foi criada por Deus para nos castigar. Como filhos de Deus, também temos o poder da criação e, junto com o livre- arbítrio, podemos criar (colher) fatos bons ou não, ou seja, devemos compreender que o poder da criação dado ao homem pode refletir em sua vida como um espelho. Por isso o budismo diz que tudo é projeção da mente. No livro A Humanidade é Isenta de Pecado, 11. ed., p. 21, consta: Por que a humanidade faz guerras apesar de buscar a paz? Poucos são os que conhecem a sua verdadeira causa. A humanidade, apesar de buscar o caminho para a Vida, parece seguir o caminho da morte. Isso se deve ao fato de o homem não saber que ele é, na sua essência, um ser espiritual puro e imaculado, e de estar praticando autopunição e autodestruição, levado pela ideia cristã de pecado original ou pela ideia budista sobre a inexorabilidade do carma. A autopunição está na crença inconsciente de que o carma não muda é inexorável, severo, inflexível, que não tem perdão. O próprio título do livro O Homem Contra Si Próprio, de Menninger, retrata isso. Na Sutra Sagrada Chuva de Néctar da Verdade consta: “Aquele que conhece a Imagem Verdadeira da Vida transcende a causalidade e alcança a liberdade harmoniosa da Vida, que é originariamente sem distorções”. E no Capítulo “Sabedoria”, a sutra diz: “(...) nós é que nos oprimimos com a nossa própria mente” e que a força que nos oprime, nas doutrinas que admitem Buda, chama-se ilusão e, nas doutrinas que admitem Deus, chamam- na de pecado. É a palavra pecado que, no nosso inconsciente, vibra como punição, castigo, apesar de sabermos conscientemente que Deus não castiga, porque é amor absoluto. No livro A Humanidade é Isenta de Pecado, 11. ed., p. 178, o Mestre diz: Também nos tempos bíblicos, houve pessoas que perguntaram a Jesus acerca da relação entre o pecado e a ocorrência de infelicidades, doenças etc. A resposta de Jesus Cristo foi a seguinte: “Pensais que esses foram mais pecadores do que todos os galileus, por terem padecido tais coisas? Não, eu vos digo; antes, se não vos arrependerdes, todos de igual modo perecereis. Ou pensais que aqueles dezoito sobre os quais caiu a torre de Siloé e os matou foram mais culpados do que todos os outros habitantes de Jerusalém? Não, eu vos digo; antes, se não vos arrependerdes, todos de igual modo perecereis” (Lucas 13. 2-5). O pecado acaba sempre se manifestando concretamente. Mesmo que as consequências do pecado não estejam manifestadas em vocês agora, devem arrepender-se, pois, caso contrário, o pecado – “o aspecto em que a Imagem Verdadeira perfeita está encoberta”, ou o “aspecto imperfeito” – fatalmente acabará por se manifestar concretamente e chegará a hora de vocês sofrerem as consequências infelizes. Este foi o ensinamento de Jesus Cristo. A explicação de Jesus Cristo está clara, mas nem todos entendem na época atual. Resumindo de forma simples o texto que Cristo disse: o fato de 18 pessoas falecerem com a queda da torre de Siloé não significa que elas eram mais pecadoras do que as demais. Há pessoas que passam a ter sentimento de culpa enorme por cometer um pequeno deslize e outras que, com muito mais deslizes, não sentem peso na consciência. Observe que o foco da explicação é a palavra “arrepender-se”, por esse motivo o mestre Masaharu Taniguchi escreveu em negrito. Por exemplo: suponha que uma senhora entra no metrô de São Paulo e vê o assento normal e preferencial reservado para idosos e deficientes, mas ocupa o assento normal. O trem vai ficando cheio a cada estação, não restando nenhum assento vazio, e, quando entra uma idosa e fica de pé, aquela senhora, vendo a idosa de pé, pensa em ceder seu lugar a ela, mas reflete: “Quem deve ceder é aquela jovem que está ocupando assento preferencial”, então permanece sentada. De repente o trem freia bruscamente, e a senhora idosa cai e quebra um braço. Ven do-a sofrer, pensa: “Se ela estivesse sentada, não iria acontecer isso, mas quem deveria ceder o assento era aquela jovem que não devia se sentar no assento preferencial”, assim se justificava, mas vem também outro pensamento: “Mas custava dar o meu assento? Não importa se há pessoas egoístas e insensíveis. eu deveria fazer minha parte”. E o sentimento de culpa a deixa triste o resto do dia. Passado alguns meses, quando já havia se esquecido do fato, andando perto de uma feira, ela escorrega na casca de banana e cai. Quebra o braço. Por que isso aconteceu? Foi castigo de Deus pelo fato de não ter cedido o lugar para a idosa? A resposta é não. O carma não significa pagamento obrigatório. Charles Breaux diz: “A dinâmica do carma não pretende nos punir. Do ponto de vista cármico, a punição é sempre autoinfligida”. O sentimento de culpa que leva a pessoa pensar “eu sou uma pessoa má, por isso mereço ser castigada” é que a arrasta para o sofrimento, como consta na Sutra Sagrada Chuva de Néctar da Verdade “dores criadas pela nossa própria mente e sofridas pela nossa própria mente”. Eu estava com cerca de 16 anos quando a minha avó me contou um fato ocorrido no mês anterior. O meu avô fez uma palestra no bairro chamado Vila Nivi (Zona Norte do município de São Paulo), quando uma menina de 5 anos segurava o seu paletó. Nesse instante, ele passou a mão sobre a cabeça da menina e disse: “Você é filha de Deus, amável e maravilhosa, não é?”. No dia seguinte, os pais foram até a Sede Central da Seicho-No-Ie procurando pelo meu avô: – Por favor, gostaríamos de falar com o preletor Shunki Yamada. A pessoa que os atendeu disse-lhes: – Ele não está, é só com ele? Posso ajudá-los? E o marido disse: – Nós viemos aqui para agradecer ao prof. Yamada. Ontem ele fez uma palestra na associação que frequentamos e, após o término da palestra, a nossa filha ficou ao lado dele. E, quando ele pôs a mão sobre a cabeça dela dizendo “você é filha de Deus, maravilhosa”, aconteceu um milagre: essa nossa filha era cega de nascença e naquele instante passou a ver! A menina carregava no inconsciente o sentimento de culpa por ter causado algum mal nos olhos de alguém, e em seu subconsciente estava registrado: “Sou pessoa má, pecadora, por isso tenho de pagar por esse pecado”. Como consequência disso, havia o desejo inconsciente de pagar o pecado; nascendo cega. No entanto, ao ouvir a frase totalmente oposta, “você é FILHA DE DEUS, é amável e harmoniosa”, despertou para a Verdade: “SOU FILHA DE DEUS!”. A palavra arrependimento pode ser interpretada de modo equivocado, como autocondenação. No dicionário Aulete, consta: 1) mudar de ideia, 2) remorso, 3) lamentar o mal praticado. Nas citações bíblicas, menciona-se o arrependimento não para que se fique com remorso e lamentações, mas para que se “mude de ideia”, mude-se o modo de pensar de “você é pecador, é filho do pecado” para o modo “você é filho de Deus”. O objetivo do carma não é punir Paramahansa Yogananda nasceu no dia 5 de janeiro de 1893 (mesmo ano em que nasceu o mestre Masaharu Taniguchi e também Karl Menninger). Ele foi um iogue iluminado que nasceu na Índia e que se mudou para os Estados Unidos, para realizar o seu trabalho de iluminação, onde fundou a Self- Realization Fellowship. Em uma de suas aulas, Yogananda falou para um dos seus alunos: “Você está confundindo carma com sentença. Muitos cometem esse erro, mas carma significa apenas ação”.(2) Outro aluno fez-lhe a seguinte pergunta: – Mestre, o carma é apenas individualou ele afeta também grupos de pessoas? Yogananda respondeu: – O carma é ação, simplesmente física ou mental, individual ou realizada por um grupo, uma nação ou um grupo de nações. – E surgiu outra pergunta: – Em que medida uma pessoa é influenciada pelo carma coletivo? – Tudo depende da força do seu carma individual. Num desastre de avião, por exemplo, não é necessário que todos que nele morreram tivessem um carma que determinasse isso. O carma da maioria nesse desastre simplesmente pode ter sido mais forte do que o da minoria em termos de sobrevivência. Entretanto, as pessoas com um carma forte o bastante para deixá-las vivas seriam salvas, ou durante o desastre ou não tomariam aquele avião – explicou Yogananda. A Verdade liberta Para descrever melhor sobre a Verdade libertadora, transcrevo abaixo o relato da preletora Michelle Teperino: Professor, bom dia. Muito obrigada! Desculpe estar talvez importunando, mas não me contive em relatar o que aconteceu comigo depois da sua vinda aqui, no Rio de Janeiro, no seminário da Missão Sagrada, duas semanas atrás. Estava muito deprimida, sem achar razão de viver, até mesmo por causa da morte da minha mãe. Não estava conseguindo me reerguer, estava sem emprego e sem ter onde procurar, sem dinheiro, enfim... Em uma conversa com a minha madrinha, que é preletora, ela me indicou a leitura do livro A Humanidade é Isenta de Pecado. Comecei a ler em uma sexta-feira e, no dia seguinte, o senhor falou com tanta ênfase do livro e das pessoas que mudaram a vida ao lê-lo, que pensei: “Se elas são filhas do mesmo Pai que eu, também tenho direito a tudo isso, só depende de mim”. E saí dali com a meta de ler dez vezes o livro em cinco meses. Professor, incrível! Comecei a me sentir bem com a leitura, mas tão bem... que não parei mais... e, dois dias depois, surgiram quatro entrevistas de ótimos empregos para eu fazer (Embratel, Anvisa, Bayer e em uma empresa de tecnologia)! Nossa! Não acreditei... E estão todos me requisitando para agora, um cobrindo a oferta do outro, e eu estou tendo de fazer a Meditação Shinsokan para saber para onde vou! Entre outras coisas, minha irmã está fazendo Oração do Perdão para o meu pai (pois era uma desarmonia só); meu irmão, que vivia se aborrecendo por causa de dinheiro, recebeu aumento de salário; eu consegui vender o apartamento que tinha anunciado; minha filha que estava rebelde está bem mais calma; recebi a proposta para ser vice- presidente da minha associação e acho que é só o começo, pois estou acabando a primeira leitura agora e já partindo para a segunda! Tudo isso é ótimo, mas nada se compara à felicidade de saber que tenho dentro de mim a Vida de Deus, que eu não sou uma pecadora infeliz e que meu Pai verdadeiro nunca vai me deixar, pois sou sua própria extensão! Que felicidade! E, por isso, já convenci cinco amigos a ler o livro também, e eles já começaram a ler, cheios de esperança... Vou levá- los para ouvir sua palestra em Copacabana no dia 11 de abril. Com certeza! Muito obrigada, por sua preciosa atenção e por permitir que leve ao seu conhecimento todas essas conquistas. Um abraço. Michelle Teperino, Rio de Janeiro Érlon Cardoso trazia em seu inconsciente que não era merecedor da felicidade, mas lendo livros da Verdade despertou e se libertou desse pensamento. Eis o seu relato: Olá, preletor Heitor, Vim agradecer ao senhor pela orientação dada abaixo, dois anos atrás. Em síntese, meu grande problema era a falta de colocação profissional! Entre todas as práticas que o senhor me recomendou fazer, a que mais senti os efeitos positivos foi a transcrição do livro A Humanidade é Isenta de Pecado. Eu sempre quis ser servidor público federal, mas não conseguia passar nos exames, e, quando passava, não era chamado, justamente por intimamente não me achar, do fundo da minha alma, merecedor do sucesso! Mas, com a transcrição do livro, o sentimento de culpa foi se amainando cada vez mais! Hoje, dia 1º de outubro de 2013, é sem dúvida um dos dias mais importantes da minha vida, pois enfim me tornei servidor público federal, acabo de voltar de meu futuro local de trabalho: Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, onde assinei meu termo de posse e começarei a trabalhar na terça-feira, dia 8 de outubro! Graças à orientação dada pelo senhor, consegui transcender o carma da indefinição profissional. Logo após minha posse, nesta manhã, fui à regional, para aumentar a minha Missão Sagrada! Com profundo sentimento de gratidão, realizo doação de 10% da minha renda para a Seicho-No-Ie desde quando eu ganhava pouco mais de um salário mínimo, em 2010. Sempre tive uma imensa vontade de fazer cada vez mais, de doar cada vez mais para a Seicho-No-Ie. Com o tempo, fui aumentando, todos os anos, a minha Missão Sagrada, sempre com gratidão e amor. Hoje, minha remuneração inicial no serviço público será o dobro da renda que eu tinha na iniciativa privada. Em dezembro ainda deste ano, minha remuneração aumentará ainda mais e, no ano que vem, em outubro de 2014, quando eu completar um ano no ministério, meu salário será pelo menos três vezes maior do que minha melhor renda na iniciativa privada! Só tenho a agradecer a Deus e à Seicho-No-Ie, por isso, defendo tanto o dízimo e continuarei contribuindo com 10% de minha renda sempre! Quem doa com amor, sem esperar nada em troca, sempre acaba recebendo de Deus infinitas dádivas! Aliado ao dízimo, sempre me dediquei com afinco às atividades como preletor da Seicho-No-Ie e coordenador de caravanas dos jovens de Brasília! Certa vez, durante um curso para coordenadores de caravanas, o senhor disse uma frase que jamais esquecerei: “Quem trabalha com caravanas acumula carma positivo de caminhão”, ou seja, aos montes! Tenho me sentido exatamente assim por esses dias, recebendo tudo aquilo que plantei, com amor, sem visar recompensas. Em cinco anos, atuando como diretor de caravanas, tive a oportunidade de levar centenas de jovens de Brasília para inúmeros eventos da Seicho-No-Ie em Ibiúna e em São Paulo- Capital. Acredito que todo esse trabalho de incansável amor, sem nunca ter esperado nada em troca, acabou retornando sob a forma de bênção com a aprovação, nomeação e posse no serviço público brasileiro. Todas as vezes em que eu ganhava um cargo dentro da Seicho-No-Ie, fosse como presidente de Associação Local, coordenador de caravanas ou como preletor, nunca enxerguei tais cargos como peso, mas sim como presentes de Deus, vindos diretamente do mundo da Imagem Verdadeira, para ajudar as pessoas a serem mais felizes, grandiosas oportunidades para a manifestação do reino de Deus na face da Terra! E um dos fatos mais interessantes é que esse concurso no qual fui aprovado, nomeado e empossado aconteceu cerca de um mês após nós termos levado mais de 300 jovens de Brasília para o Seminário do Despertar da Natureza Divina, ocorrido em Ibiúna, São Paulo, em julho de 2012, ou seja, sempre enxerguei essa aprovação como um grandioso presente dos céus, para que nós possamos continuar o trabalho de iluminação da humanidade! Muito obrigado, preletor Heitor, continuarei estudando cada vez mais com afinco a obra A Humanidade é Isenta de Pecado e divulgando-a para grande número de pessoas, a fim de concretizarmos o paraíso terrestre, conforme a vontade do Altíssimo! Muito obrigado! Érlon Cardoso – Regional DF-Brasília O livro Lições para o Cotidiano, 11. ed., p. 226, explica, de forma clara, simples e ao mesmo tempo profunda, a Verdade da Vida, e não uma verdade comum: Ainda que você tivesse até este momento cometido mil pecados, a verdade é que todos esses pecados “não têm existência real”, pois Deus não criou pecados nem pecadores. Isso não passa de “sombras” projetadas pela mente humana, comparáveis às imagens projetadas numa tela cinematográfica. E por que se projetam essas “sombras” na tela da vida? Porque o homem – desconhecendo a sua própria perfeição original – mantém em sua mente a ideia de que “o pecado existe, e todos os homens são pecadores”, e essa ideia é projetada no mundodas formas, pois este mundo é uma espécie de tela de três dimensões. E o homem, vendo essas “sombras” projetadas, torna a fixar em sua mente a ideia do pecado e do pecador, formando dessa forma o círculo vicioso de projeções dos carmas negativos. Porém, a partir do momento em que compreendermos que “na verdade não existem nem pecados nem pecadores, existem unicamente Deus e filhos de Deus”, conseguiremos alcançar um mundo de total liberdade, transcendendo as imperfeições manifestadas no plano fenomênico. Essa compreensão mudou para melhor a vida do preletor Claudeir Lima da Costa Filho. Segue seu relato: Por volta de 1996, mencionei ao prof. Heitor Miyazaki sobre minha vida profissional e financeira, pois não entrava em minha cabeça que um preletor tão atuante e dedicado não tivesse dinheiro para pagar a passagem de ônibus e vivesse numa dificuldade financeira enorme. Ele me disse para ler um determinado livro. No ano seguinte ele veio à cidade onde eu morava e falei-lhe que as dificuldades continuavam e, mais, que parte da minha casa havia sofrido incêndio. Olhando para mim, disse-me: – Você tem uma expressão de quem carrega muito sentimento de culpa. Numa encarnação anterior, você deve ter cometido algum ato que prejudicou alguém. No mesmo instante respondi: – É verdade. Realmente eu lesionei. – Como você sabe? – Eu fiz regressão – respondi. – Você pode devolver o dinheiro para essas pessoas? Claro que não, pois você nem sabe onde elas estão agora e nem sabe quem elas são hoje. Outra pergunta: Deus está te castigando por isso? Claro que não, porque Deus não castiga ninguém. Então, quem está te castigando? A resposta é: você mesmo! Ele me recomendou ler no mínimo dez vezes o livro A Humanidade é Isenta do Pecado e não deixar de ler a sutra para os antepassados, diariamente, e ainda que eu mentalizasse 1.000 vezes ao dia: “Sou filho de Deus, sou amável, sou bondoso, sou forte, sou harmonioso, sou saudável, sou alegre, sou feliz, sou vida perfeita de Deus, sou Vida eterna de Deus. Minha vida é Vida de Deus, e eu não sou pecador, sou filho de Deus; eu não sou filho do pecado, sou filho de Deus”. Fiquei tão emocionado que chorei, pois dentro de mim algo dizia que seria a minha grande virada. Comprei o livro e em menos de um mês havia lido dez vezes. Tudo começou a mudar e, então, iniciou-se a grande virada de minha vida, num segmento em que achava que era o melhor e que não tinha outro igual, liderava várias pessoas e, naquela noite, me lembro como se fosse agora: senti uma emoção inexplicável, como se o sentimento de pecador, de que tem de sofrer, houvesse desaparecido. Na hora de dormir, falei para a minha esposa “acho que serei promovido nessa empresa”, pois estava extremamente feliz e com uma sensação maravilhosa, de liberdade, mas, até então, ainda era o meu ego achando que naquele trabalho que exercia havia mais de sete anos eu era um grande líder no Brasil. Dormi e, quando acordei, não tinha mais vontade nenhuma de trabalhar naquele segmento, fui levado para um novo segmento, que não esperava nem passava por minha cabeça: fui convidado a trabalhar com palestras motivacionais, atendimento ao cliente, vendas, e três meses depois montei minha empresa Sólon Treinamento e Consultoria Empresarial. E arrebentei. Em um ano já era o melhor palestrante do estado e estava entre os melhores do Brasil. Fui orientar o Ciclo em Vitória, no Espírito Santo, fiz meu projeto prosperidade e, em sete meses, já havia comprado dois carros, um era uma Blazer linda e maravilhosa. Em nossa família poucos haviam feito uma universidade federal, e hoje minha filha é formada em Direito pela Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP). Já passou no exame da Ordem e pós-graduou-se em Direito Trabalhista. Com certeza ela terá um futuro brilhante. E meu filho formou-se pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Em Direção Teatral. Como um dos diretores mais novos do Brasil, ele é ator profissional. Com certeza, com uma carreira brilhante. Hoje, estou morando em Manaus. Após vir orientar o Ciclo da Prosperidade, recebi convite para treinar algumas empresas pelo saudoso preletor Daniel Lindoso, a quem tenho eterna gratidão. Resolvi ficar por Manaus e, hoje, estou atuando com palestras e sou empresário no ramo de educação, com uma escola de cursos profissionalizantes, curso de informática, rotinas administrativas, inglês, espanhol etc. Completei a leitura de 120 vezes do livro A Humanidade é Isenta de Pecado. Sendo dez vezes em Oração de Gratidão aos meus antepassados, no meu oratório. Um livro, aquele livro, quando vejo o prof. Heitor, sinto uma gratidão imensa, e, quando ouço falar no prof. Kamino Kusumoto, me emociono e tenho eterna gratidão por eles. E o melhor de tudo é que é eterna a consciência de ser filho de Deus, isento de pecado, seja aqui ou no mundo espiritual, ou na próxima encarnação. Já estou pronto, sem pecado, sem autopunição, sem ter de pagar, sem ter de sofrer. E só alegria, gratidão e amor. Sobre a regressão citada aqui, nem sempre é benéfica. Um senhor fez regressão e, em hipnose, foi conduzido para uma encarnação que teve no século XVII. Sua esposa havia falecido, e ficaram somente ele e uma empregada. Um dia, ele tentou seduzi-la a força e a acabou matando-a. Enterrou o corpo no quintal de sua casa. Ao sair da hipnose, tomou conhecimento do que dissera em estado de transe e ficou muito chocado, e esse sentimento de culpa o fez entrar numa forte depressão. Fazer por obrigação ou fazer da melhor maneira possível? Lembro-me de quando tinha 8 anos de idade e o meu pai sentou-se ao meu lado para orientar-me na lição de casa. Era a primeira vez que isso ocorria. Escrevi a primeira frase e continuei; porém, a partir da segunda frase as exigências do meu pai começaram. Na época, eu interpretava como maçante estudar, mas depois percebi que por atrás dessa severidade havia um grande amor do meu pai quando dizia “apague, não está bom”. Eu apagava e voltava a escrever, e ouvia outra vez “apague, não está bom”. Em média escrevia a mesma frase quatro a cinco vezes e sempre ouvindo “apague, não está bom”. Para o meu alívio, ele aceitou a última frase depois de uma hora escrevendo e, levantando o caderno, disse: “Olhe a primeira frase e veja a diferença com esta. Veja que você tem capacidade para fazer sempre melhor”. Com gratidão e saudade, lembro-me do meu querido pai. E posteriormente entendi que o amor elevado é também severo. No momento em que era repreendido, eu pensava: “Mas já está bom, por que fazer outra vez?” – esse pensamento era de pura preguiça e por não compreender que tinha capacidade para fazer melhor e não ser displicente. Entendi que, se for para estudar, deve-se estudar com afinco. Quando me perguntam: “O que devo fazer para passar no exame, pois já tentei várias vezes e não passei”, antes de responder, pergunto: “Você está estudando para passar?”. A resposta que sempre ouço é um “sim”, e então finalizo a resposta: “É por isso que não passa, pois todos estão fazendo a mesma coisa. Para conseguir passar, é preciso estudar como se estivesse compromissado a lecionar, ou seja, estudar de tal forma que esteja preparado para substituir o professor da matéria”. Fiz diversos cursos pela empresa e, num deles, foi distribuído a todos os participantes uma folha que continha uma história, cujo autor constava como desconhecido. Ei-la: A história do velho carpinteiro e a casa Um velho carpinteiro estava pronto para se aposentar; assim sendo, informou ao patrão o seu desejo de sair da indústria de construção e passar mais tempo com sua família. Ele disse que sentiria falta do salário, mas realmente queria se aposentar. A empresa não seria afetada pela saída do carpinteiro, porém seu chefe estava triste em ver um bom funcionário partir e, apesar da determinação do carpinteiro, o patrão pediu-lhe para que trabalhasse em mais um projeto, como um favor pessoal, e que seria o último. O carpinteiro concordou, mas, como sua mente estava voltada à aposentadoria, pegou o projeto sem oentusiasmo que tinha outrora. Deu início à construção. E terminou-a, fazendo um trabalho de segunda qualidade e usando materiais inadequados. Foi uma maneira nostálgica de terminar sua carreira. Quando o carpinteiro acabou, o patrão veio fazer a inspeção da casa e, tão logo terminou, deu a chave da casa ao carpinteiro e disse: – Esta casa é sua. É o meu presente, em consideração aos anos de dedicação. O carpinteiro ficou muito surpreso. “Que pena!” – pensou ele. – “Se eu soubesse que estava construindo a minha própria casa, teria feito tudo diferente.” Essa história me fez pensar que muitas pessoas deixam de ser felizes por desconhecerem o que a Seicho-No-Ie sugere numa das Normas Fundamentais dos Praticantes da Seicho-No-Ie: Ser atencioso para com todas as pessoas, coisas e fatos. Quase todo mundo conhece as figuras dos três macaquinhos que ilustram o provérbio “Não veja o mal, não ouça o mal, não fale mal”; porém, dou ênfase ao tratamento positivo: “Veja o que é bom, ouça o que é bom, fale o que é bom” (Yogananda – Onde Existe Luz, p. 119). Mesmo que não pensemos especificamente em algo negativo, se tivermos sentimentos negativos, serão atraídos fatos e situações negativos. “Tristeza aparentemente sem motivo” ou “aborrecimento inexplicável” são sentimentos negativos. Mesmo que não tenhamos no pensamento, concretamente, a infelicidade, esses vagos sentimentos trazem como consequência infelicidades, doenças e desgraças concretas. Por isso, se surgirem tais sentimentos negativos, é necessário afugentá-los com um alegre riso, o mais rápido possível. O riso alegre é o remédio mais eficaz para sanar a sensação de melancolia. Alguém pode retrucar dizendo que não sente vontade de rir. E por que isso acontece? Alguns fatores que o impedem de sorrir com naturalidade A – Falta de treino O prof. Katsumi Tokuhisa tinha dificuldades para rir porque um professor da faculdade de Medicina disse: “Vocês, que acabaram de se formar como ginecologistas, precisam tomar cuidado especial ao examinar uma paciente: jamais riam. Ao ginecologista, diferentemente dos demais médicos, as pacientes precisam expor as partes íntimas, que não mostram nem aos pais. Portanto, é preciso examiná-las levando em consideração o sentimento delas. Se o médico rir durante o exame, a paciente poderá pensar que possui algo anormal e engraçado no seu órgão sexual e se sentirá muito constrangida” (do livro Mente, Corpo e Destino, 14. ed., pp. 33-34). Por esse motivo, o prof. Tokuhisa dizia que, se perguntassem a ele qual é a sua maior alegria como adepto da Seicho-No-Ie, ele responderia: “O fato de ter-me tornado capaz de rir do fundo do coração”. O Treino do Riso, realizado nas academias de Treinamento Espiritual, é para esse objetivo. Nesse treino, não se ri por achar algo engraçado, é por esse motivo que não se deve forçar o riso contando piadas, mas treinar a rir para que as pessoas criem o hábito de rir naturalmente. B – Fatos tristes ocorridos no passado Numa ocasião, disse a uma senhora (não recordo o seu nome): “Crie o hábito de rir, porque você guarda uma tristeza muito marcante da infância”. Ela retrucou dizendo que era uma pessoa alegre. Então tornei a frisar: “Nos seus olhos é muito acentuada essa tristeza. Observe que, nas fotos tiradas de surpresa, a sua expressão é de tristeza. O rosto é responsável por um destino feliz, ou não, então procure eliminar essa tristeza do subconsciente”. Dois anos depois retornei a essa cidade para outro evento e ouvi o relato que ela fez publicamente: “Aquilo que o professor explicou me fez refletir como foi a minha infância, então me lembrei de um fato que me fazia chorar muito. Era quando um dos meus irmãos fazia travessura e a minha avó levava todos os netos ao quintal. Lá, ela nos obrigava a fazer um círculo e batia com um galho de uma planta no neto que havia feito algo indevido. Eu chorava muito e ficava com raiva da minha avó por bater com intensidade no meu irmão. Ao lembrar-me da cena, perdoei a minha avó, e aquela tristeza desapareceu”. C – Tristeza de algum antepassado captada pelo descendente Creio que foi no ano de 1990 que, ao terminar uma palestra em São Paulo, uma senhora narrou o seguinte fato: seu esposo vivia sempre emburrado e, de repente, assistindo à televisão ou jantando dizia: “Eu não existo”. Ela ralhava com o marido dizendo: “Como você diz isso? É lógico que você existe!”. Um dia ela foi visitar o túmulo do avô do esposo e este, por seguir uma determinada religião, não entrou no cemitério, ficando à espera em seu carro. Ela dirigiu-se à administração para obter a localização do túmulo e ouviu a resposta “não existe esse túmulo”. Um senhor, funcionário do cemitério, ouvindo a conversa comentou que se lembrava desse túmulo e, como a família não cuidava dele, nasceu uma árvore nesse local, e ela foi crescendo e ocupou toda a sua área. Por isso consta que não existe mais. Então, ela disse: – O senhor poderia me levar até lá? Chegando ao local, havia realmente uma enorme árvore. E em voz baixa disse: – Vovô, desculpe pelo acontecido, mas o senhor doravante vai receber as orações por meio desta tabuleta – e levantou a tabuleta memorial com a inscrição. Ao sair do cemitério e adentrar no carro, deparou com algo diferente: o marido estava com a fisionomia totalmente diferente. Então, ele disse: – Olha, quando você estava lá dentro, senti uma alegria, muita alegria! E o marido nunca mais falou “eu não existo” e desapareceu a expressão sombria. Outro fato semelhante ocorreu na Espanha, que citarei mais adiante. Opção de cada um: perdoar ou reter o ódio e adoecer? O Dicionário Técnico de Psicologia define o ódio como: sentimento persistente de aversão, hostilidade e desejo de infortúnio em relação a outra pessoa ou objeto subjetivamente vinculado a essa pessoa. O sentimento de aversão, desagrado, repulsa por uma coisa ou pessoa, muito forte, pode levar ao ponto de destruição desse objeto que o provoca, e aumenta quando há uma barreira ou ocorrência de outras emoções negativas (ciúmes, frustração, inveja). O ódio é a cólera em conserva, ou seja, uma atitude que persiste interiorizada devido à falta de oportunidade de descarregar diretamente esse impulso agressivo, ficando no odiento. O impulso agressivo do ódio, enquanto permanece interiorizado, afeta aos poucos a saúde de quem não o elimina. Esse sentimento nefasto pode ser eliminado com o perdão, mas, enquanto a pessoa pensa que está com a razão e mantém esse pensamento, não conseguirá perdoar de verdade. Conforme a definição de ódio, o sentimento de aversão pode manifestar- se em forma de alergia, conforme o relato da senhora Jacy: Meu nome é Jacy Botelho Soares Pinto, sou casada e tenho três filhos. Moro em Pirituba, São Paulo. Eu sofria terrivelmente de uma alergia fazia 32 anos. Já havia passado por diversos médicos sem nenhum resultado. Os médicos levantavam o cabelo com espátula por medo de colocar a mão diretamente, e do couro cabeludo exalava mau cheiro. Andava desanimada, achando que seria impossível me curar nesta vida. Mas, um certo dia, estava assistindo a uma palestra do senhor, prof. Heitor, na Subsede da Seicho-No-Ie, que explicava sobre várias pessoas que se curaram quando passaram a praticar a Oração do Perdão e a sentir um profundo sentimento de gratidão aos seus pais. Eu já participava da Seicho-No-Ie havia seis anos e, conhecendo as práticas, achava que já tinha perdoado o meu pai. Resolvi levantar-me e procurar o senhor ali mesmo. Muitas pessoas o cercavam e eu era uma delas, mas consegui chegar perto e perguntei: – Prof. Heitor, daria para o senhor me dar um minuto de atenção? Contei-lhe o meu problema, e o senhor, com os olhos fechados, disse: – Lembra o que aconteceu quando tinha 11 anos de idade? Eu me lembrei da surra que levei e por ter 11 anos achava que não deveria mais apanhar, e fiquei com raiva do meu pai. Lembrei-me das brigas entre meu pai e meu tio, que eram constantes. E, vendo todo o sofrimento de minha família e o desespero da minha mãe, desejei quemeu pai morresse naquele instante, então contraí a alergia que me incomodou por 32 anos. E o senhor disse que, como havia me lembrado dos fatos, deveria fazer a Oração do Perdão para o meu pai várias vezes por dia. Fiquei completamente curada e até parece que ganhei um novo couro cabeludo. Nunca mais cocei a cabeça, graças a Deus e ao senhor, prof. Heitor, que Deus lhe abençoe e ilumine o seu caminho nesta missão maravilhosa. O ódio pode se projetar no filho em forma de doença. No livro Conquiste a Felicidade com Amor, 1. ed., p. 77, citei o caso de uma menina de 3 anos que tinha as pernas voltadas para dentro e que o aparelho ortopédico que usava não estava surtindo efeito. Expliquei à mãe que as pernas simbolizam antepassados e pais; portanto, se estavam voltadas para dentro, levando a menina à queda ao bater uma perna na outra, significava que os pais estavam vendo somente os defeitos um no outro e que deveriam mudar essa postura. Os pais então fizeram o trato de não ver mais os defeitos um do outro, e as pernas da menina foram se en direitando um centímetro por dia e ficaram totalmente curadas. Na Seicho-No-Ie há vários casos de cura de crianças que nasceram surdas-mudas. Quando o mestre Masaharu Taniguchi esteve no Brasil pela segunda vez, em 1973, citou em uma das palestras a cura ocorrida em Nara, no Japão, de uma menina de 9 anos que era totalmente surda-muda. A mãe pediu orientação ao preletor Nagao, que lhe disse: – Quando você estava grávida dessa filha, deve ter sentido profundo ódio de alguém e pensado fortemente: “Não vou ouvir o que essa pessoa me falar, nem vou dirigir-lhe palavras”. Esse caso está mencionado no livro A Filosofia da Verdade que Gera Milagres, v. 2, 1. ed., p. 43, onde estão compiladas todas as palestras que o mestre Masaharu Taniguchi proferiu em 1973. Na antiga revista Acendedor, nº 112, consta o relato de uma senhora da cidade de Itanhaém cuja filha de 10 anos era surda-muda. Ouvindo a orientação recebida de um preletor do Brasil, lembrou que durante a gravidez ficara muito magoada com a mãe, que a abandonou quando pequena. Depois, essa senhora começou a praticar a Oração do Perdão e a sua filha, de repente, disse, na hora do almoço: “Mãe, eu não quero peixe, quero carne”, e em pouco tempo começou a falar outras palavras. Por meio desses exemplos, confirma-se que “as mentes se comunicam”. Fato que é comum alguém dizer “você falou o que eu pensei”, “eu estava pensando nisso agora” ou “você tirou da minha boca essa frase”. Na revista Pomba Branca, nº 213, foi publicado o relato da sra. Maria de Fátima de Oliveira Cabral de Souza, de Rondônia. Ela visualizou o esposo pedindo perdão para o filho e este pedindo perdão para o pai. Eu lhe disse também para fazer duas orações por dia para os antepassados e providenciasse Forma Humana para o marido e para o filho. E mais adiante ela escreveu: “Eu presenciei dois fatos ocorrerem para maior comprovação do que vim a público expor: 1o) Vi meu esposo abraçando nosso filho e dizer: ‘Meu filho, papai te ama muito’ e 2o) Vi meu esposo chorar, defendendo o nosso filho de uma acusação infundada”. Conversar mentalmente pode ser mais eficaz Na empresa em que trabalhei, no departamento vizinho, havia um chefe que brigava sempre após o almoço e a vítima era sempre o mesmo funcionário, embora trabalhassem com ele seis pessoas. Um rapaz que trabalhava comigo chegou a comentar: “Chefe, veja só, o sr. Fulano cismou com o funcionário A e a bronca é sempre para ele. Muitas vezes quem errou não foi ele, mas a bronca é só para ele”. Como também já havia notado, dirigi-me a todos os funcionários do meu setor e combinei de mentalizarmos durante um minuto: “Sr. Fulano, o senhor é harmonioso e compreensivo e não irá mais dar bronca no funcionário A”. Assim o fizemos, um ficou em posição de oração, outro baixou a cabeça, enfim, todos fecharam os olhos e pensaram firmemente naquilo que disse. Resultado: no dia seguinte não se ouviu a bronca, no segundo dia também não... nunca mais esse funcionário levou bronca do seu chefe. Quem não faz nada para ajudar a si próprio é porque inconscientemente não se ama. É preciso amar a si próprio. De que adianta ajudar o próximo se ela não se ajuda? Os acomodados praticam tudo pela metade e desejam o resultado completo, ou iniciam a prática, porém interrompem-na no terceiro dia. Em O Livro dos Jovens, 17. ed., p. 36, o prof. Masaharu Taniguchi escreveu: “Devemos nós próprios criar as nossas oportunidades”. Algumas pessoas podem pensar: “Como criar as minhas oportunidades?”. A resposta é: empenhando-se de corpo e alma ao objetivo. Na década dos anos 1980, eu assistia a uma entrevista com Ayrton Senna, quando uma repórter lhe perguntou: – Como você conseguiu se tornar o melhor corredor de Fórmula 1 em dia de chuva? – E a resposta foi: – Um dia, numa corrida de kart, fui o último colocado e, a partir de então, sempre que chovia, eu ia treinar. E em um outro dia, em 15 de dezembro de 1986, Ayrto n Senna participou do programa Roda Viva, da TV Cultura, e contou que sempre se dedicou muito, mesmo em dia de chuva. Eis um trecho de sua fala: Ayrton Senna: Eu tomei muita chuva, viu? [risos] No tempo do kart, tomei muita chuva… Olha, foram várias as vezes que, durante a semana, eu ia para Interlagos. Saía da escola, meu motorista ia me buscar lá ao meio- dia, com os karts na carreta, atrás, e me levava para pista em Interlagos. Terça, quarta ou quinta-feira, passava a tarde inteira lá, treinando. E, se chovia, eu não parava e ficava no box; não, eu continuava treinando. Mexia no kart, aprendi a ajustar e andar no molhado. Em O Livro dos Jovens, cap. 18, 1. ed., escreveu o mestre Masaharu Taniguchi: “Quero formar homens de grande dinamismo e vitalidade. Por mais inteligente que seja uma pessoa, não será capaz de pôr em prática suas ideias se não tiver grande dose de dinamismo e vitalidade. E, mesmo que ponha em prática, acabará fracassando”. Senna tinha um ponto fraco: correr em dia de chuva. Porém, com muita dedicação ele superou as dificuldades, e aquilo que era o seu ponto fraco tornou-se seu ponto forte. Mahatma Gandhi, principal líder na independência da Índia, disse: “A força não provém da capacidade física, e sim de uma vontade indomável”. Como vimos, criamos, de acordo com o pensamento, situações belas ou não, agradáveis ou não, felizes ou não; assim é a força cármica, assim é a força criadora daquilo que pensamos, falamos ou fazemos. A raiz da palavra roseira é rosa. Além da palavra rosa, surgiram outras derivadas, como rosada, rosácea etc. Na mesma análise, a raiz da palavra pessimista é péssimo, e a da palavra otimista é ótimo. Quem deseja ter uma vida ótima precisa viver com otimismo. Em qualquer competição, quando se compete com espírito de inferioridade, medo, desânimo ou derrotis ta, não há outro resultado senão a derrota. É preciso dedi cação, autoconfiança, disciplina, perseverança e não desis tir enquanto houver possibilidade. Um dirigente jovem entregou-me uma folha de papel e disse-me que o autor era Aristóteles Onassis, mas, pesquisando, cheguei à conclusão de que o autor é desconhecido. Trata-se de um belo poema. Eis um trecho: A automensagem positiva logo pela manhã é um estímulo que pode mudar seu humor, fortalecer sua autoconfiança, e, pensando positivamente, você reunirá forças para vencer os obstáculos.Não deixe que nada afete seu estado de espírito. Envolva-se pela música: cante ou ouça. Comece a sorrir mais cedo. Em vez de reclamar quando o relógio despertar, agradeça a Deus pela oportunidade de acordar mais um dia. O bom humor é contagiante; espalhe-o. Fale de coisas boas, de saúde, de sonhos, com quem você encontrar. Não se lamente, ajude-se e também ajude outras pessoas a perceberem o que há de bom dentro de si mesmas. Não viva emoções mornas e vazias. Cultive seu interior, extraia o máximo das pequenas coisas. Seja transparente e deixe que as pessoas saibam que você as estima e precisa delas. Repense seus valores e dê a si mesmo a chance de crescer eser mais feliz. Tudo o que merece ser feito merece ser bem feito. Torne suas obrigações atraentes, tenha garra e determinação. Mude, opine, ame o que você faz. Não trabalhe só por dinheiro, e sim pela satisfação da “missão cumprida”. Lembre-se: nem todos têm a mesma oportunidade. Pense no melhor e espere pelo melhor. Transforme seus momentos difíceis em oportuni dades. Seja criativo, buscando alternativas e apresentando soluções em vez de problemas. Veja o lado positivo das coisas e assim você tornará seu otimismo uma realidade. Não inveje. Admire! Seja entusiasta com o sucesso alheio como seria com o seu próprio. Idealize um modelo de competência e faça a sua autoavaliação para saber o que está lhe faltando para chegar lá. Ocupe seu tempo crescendo, desenvolvendo sua habilidade e seu talento. Só assim não terá tempo para criticar os outros. “Muitos fracassados na vida são pessoas que não perceberam quão perto estavam do êxito quando desistiram” (Thomas A. Edison, 1847-1931). As leis Isaac Newton nasceu em Londres em 1643 e viveu até o ano de 1727. Cientista, químico, físico, mecânico e matemático, trabalhou junto com Leibniz na elaboração do cálculo infinitesimal. Durante sua trajetória, ele descobriu várias leis da física, entre elas, a lei da gravidade. Na fazenda onde morava, o jovem e brilhante estudante realizou descobertas que mudaram o rumo da ciência: o teorema binomial, o cálculo, a lei da gravitação e a natureza das cores. As descobertas de leis feitas por Newton foram todas voltadas para leis da matéria, que englobam leis da física, química e biologia. Porém, além das leis da matéria, há outras leis não físicas, como leis da mente, leis do espírito, leis do amor. Na terceira Declaração Iluminadora da Seicho-No-Ie, consta: “Estudamos e publicamos a Lei da Criação da Vida, para que a humanidade possa seguir o verdadeiro caminho do progredir infinito”. No livro A Chave da Provisão Infinita, 1. ed., pp. 49-50, consta: “O Congresso Nacional aprova as leis, mas não fiscaliza se o povo está ou não as cumprindo. Quem fiscaliza são os órgãos administrativos. Do mesmo modo, Deus estabelece as leis, mas não obriga que nós lhes obedeçamos”.* Nós temos livre-arbítrio e podemos tomar qualquer atitude. Se conhecermos a lei e a seguirmos, seremos protegidos por ela e poderemos utilizá-la. Se a transgredirmos, receberemos restrições, de modo similar aos criminosos que transgridem a lei e perdem a liberdade sendo encarcerados. Entretanto, de qualquer modo, a sua felicidade e o seu destino são definidos pelo seu livre-arbítrio. Quando você seguir a vontade divina, encontrará verdadeira liberdade, e, quando a transgredir, manifestar-se-ão em você doenças, dificuldades financeiras ou situações de desarmonia. Portanto, você deve desenvolver-se naturalmente até tornar sua a vontade de Deus. Agasha Há um médium famoso atualmente nos Estados Unidos chamado Richard Zenor. Inúmeros espíritos vêm-se manifestando por meio de seu corpo. E entre eles o de um egípcio chamado Agasha, que viveu há 7 mil anos e foi líder espiritual de seu povo. Suas palavras contêm muita semelhança com os ensinamentos da Seicho-No-Ie e, por isso, transcrevo-as a seguir, sob forma de “Palavras de Sabedoria”. (A Verdade, v. 8, 6. ed., p. 153) Uma delas: “Não se envolva com o mal e com lutas. Procure meditar sobre a lei da causa e efeito que age em seu íntimo e ao seu redor. Afaste o mal com a harmonia de sua mente”. Conhecendo as leis da mente, entendemos que se ocorre um fato não agradável é porque no passado plantamos uma semente que foi a causa, ou seja, de um carma que estamos colhendo no momento presente. Mediante isso, o caminho é perdoar e não revidar, que assim o ciclo cármico se encerra. Agasha também cita que as pessoas se reencontram pelo carma (bom ou não): “Os que têm ciclos de vida semelhantes repetem as encarnações como colegas de destino, e através do contato mútuo vão se aperfeiçoando até conhecer a Verdade”. E ainda: “É a sua própria alma que atrai um ambiente adequado para as suas provações, de acordo com a natureza de seu carma”. Algumas almas estão vivendo em um ciclo vicioso com as mesmas pessoas: reencontram-se na Terra, e, levados pela força cármica de ambos, renasce o sentimento de hostilidade entre ambos. Entram em atrito novamente e cometem o mesmo erro de vidas anteriores. E, para romper esse ciclo cármico, o caminho é seguir a orientação de Agasha: “Afaste o mal com a harmonia de sua mente”. Jesus Cristo deu a receita em Mateus 5. 38,46: “Ouvistes que foi dito: Olho por olho e dente por dente. Eu, porém, vos digo que não resistais ao mal; mas, se qualquer te bater na face direita, oferece-lhe também a outra; e ao que quiser pleitear contigo e tirar-te a vestimenta, larga-lhe também a capa; e, se qualquer te obrigar a caminhar mil passos, vai com ele dois mil. Dá a quem te pedir, e não te desvies daquele que quiser que lhe emprestes. Ouvistes que foi dito: Amarás o teu próximo e aborrecerás o teu inimigo. Eu, porém, vos digo: Amai os vossos inimigos, bendizei os que vos maldizem, fazei bem aos que vos odeiam e orai pelos que vos maltratam e vos perseguem; para que vos torneis filhos do Pai que está nos céus; porque ele faz que o seu sol se levante sobre maus e bons e a chuva desça sobre justos e injustos. Pois, se amardes os que vos amam, que galardão tereis? Não fazem os publicanos também o mesmo?”. Alguns leitores podem se questionar: “Por que orar para aqueles que nos perseguem?”. A resposta pode ser dada com outra pergunta: “E por que é perseguido?”. Com certeza aquele que o persegue tem motivo para isso. Dentro da lei do carma, quem planta colhe; portanto, a colheita de ser perseguido é por ter feito algo anteriormente. No livro Mundo Espiritual e o Destino do Homem, 1. ed., p. 16, há o caso da senhora Sarah L. Winchester (1839-1922), esposa de William Wirt Winchester, que herdou uma fortuna com a morte do marido, em 1881. Sentindo-se perseguida consultou um médium, e identificou que a perseguição vinha dos espíritos das pessoas vítimas do rifle Winchester, inventado pelo seu falecido esposo. A ordem dada a ela era para que construísse uma casa e, caso interrompesse, morreria. Ela então adquiriu uma mansão na Califórnia e durante 38 anos viveu construindo cômodos e mais cômodos, interrompendo somente com sua morte aos 83 anos. Atualmente essa mansão se tornou atração turística. Não se pode afirmar se havia realmente a perseguição dos espíritos, como afirmou o médium, ou se era o sentimento de culpa que a fez imaginar. No livro A Verdade, v. 8, 1. ed., p. 14, consta outro trecho de Agasha: “No fim das contas o homem terminará sempre compreendendo a razão pela qual nasceu, bem como as leis da vida”. Assim é Deus! Ele não impõe, não castiga, não é vingativo, não registra pecado de ninguém, e com seu livre-arbítrio deixa que o homem aprenda com suas experiências e descubra a Verdade para alcançar o estado de plena libertação. Quem não entendeu o objetivo de ter vindo à Terra poderá se tornar escravo do dinheiro, da fama ou viver egoisticamente. O prof. Masaharu Taniguchi complementa: A lei é a manifestação do amor de Deus – Deus jamais pune pela Sua vontade, conscientemente, o homem. Deus é amor, por isso deu plena liberdade ao homem. Mas, justamente por ser amor, não deseja que o homem se torne mau. Contudo, também não força o homem a ser bom, pois isso é o mesmo que automatizá-lo. Deus não colocou o homem dentro de um molde onde ele fosse obrigado a praticar somente o bem. Deus deseja que o homem seja livre e ao mesmo tempo espontaneamente bom. Para que o homem possa distinguir por si próprio o bem do mal e julgar os seus pensamentos e atos, dotou o homem com uma bússola chamada lei da mente. Aquele que observa a lei da mente terá bons resultados, e aquele que não observa terá maus resultados. Observando esse fato, o homem poderá fazer autorreflexão e, por sua livre e espontânea vontade, poderá pensar e agir de modo correto. Ainda, se o homem, por sua livre vontade,quiser receber a orientação de Deus, poderá obtê-la. (365 Itens para Alcançar o Ideal, 1. ed., p. 288) Quando desejar orientação de Deus, chame-O. Nos momentos de apuros, volte-se para Deus, Ele está sempre pronto para atendê-lo. Jesus Cristo deixou claro: “Pedi e dar-se-vos-á, buscai e encontrareis, batei e abrir-se- vos-á. Porque aquele que pede recebe; e o que busca encontra; e, ao que bate, se abre. E qual dentre vós é o homem que, pedindo-lhe pão o seu filho, lhe dará uma pedra? E, pedindo-lhe peixe, lhe dará uma serpente? Se vós, pois, sendo maus, sabeis dar boas coisas aos vossos filhos, quanto mais vosso Pai, que está nos céus, dará bens aos que lhe pedirem?” (Mateus 7. 7- 11). Numa certa ocasião, eu estava no avião indo para Chapecó, Santa Catarina, realizar um seminário para 350 pessoas em Francisco Beltrão, Paraná, e no aeroporto estavam me esperando dois preletores, para me levar para o local do seminário. O tempo estava muito justo e o avião estava dentro do horário previsto, porém, devido à intensa nebulosidade, ao se aproximar do aeroporto de Chapecó o comandante informou aos passageiros que devido à nebulosidade não havia condições de aterrissar em Chapecó, por isso estava seguindo para a cidade de Passo Fundo, no Rio Grande do Sul. Nesse momento, pensei que não poderia ir para o Rio Grande do Sul, pois o seminário teria início dentro de duas horas. E, se isso acontecesse, as 350 pessoas ficariam chateadas, então afirmei mentalmente que o avião precisava descer em Chapecó! Comecei a orar: “Deus, obrigado por atender a esse pedido. É para ajudar centenas de pessoas e não para satisfazer o meu ego. Obrigado, Senhor. O avião vai descer em Chapecó, vai descer em Chapecó, graças a Deus”. A oração foi feita com tanto fervor que cheguei a transpirar nas mãos. Passaram-se cerca de três a quatro minutos e o comandante informa que misteriosamente abriu um buraco no meio das nuvens e que ia tentar aterrissar a aeronave nessa brecha. E conseguiu! Após cumprimentar os preletores Vilson e Perin, os dois simultaneamente disseram: – Prof. Heitor, como foi possível o avião descer? Todos aqui no saguão estavam comentando que seria impossível a descida. Respondi que dentro do avião havia uma pessoa rezando fervorosamente e Deus o atendeu! Este é um dos segredos da oração: orar com fervor, e não friamente. Jesus Cristo veio para ensinar a Verdade e disse: “Conhecereis a Verdade, e a Verdade vos libertará” (João 8. 32). E Ele ensinou, acima de tudo, a praticar: “E por que me chamais Senhor, Senhor, e não fazeis o que eu digo? Qualquer que vem a mim, e ouve as minhas palavras, e as pratica, eu vos mostrarei a quem é semelhante: É semelhante ao homem que edificou uma casa, e cavou, e abriu bem fundo, e pôs os alicerces sobre a rocha; e, vindo a enchente, bateu com ímpeto a torrente naquela casa e não a pôde abalar, porque estava fundada sobre rocha. Mas o que ouve e não pratica é semelhante a um homem que edificou uma casa sobre terra, sem alicerces, na qual bateu com ímpeto a corrente, e logo caiu; e foi grande a ruína daquela casa” (Lucas 6. 46-49). Embora haja muitas frases de Cristo, mencionarei três para comprovar que somos filhos de Deus: “Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas obras e glorifiquem a vosso Pai, que está nos Céus.” (Mateus 5. 16) “Eu, porém, vos digo: Amai a vossos inimigos, bendizei os que vos maldizem, fazei bem aos que vos odeiam e orai pelos que vos maltratam e vos perseguem; para que sejais filhos do vosso Pai que está nos Céus.” (Mateus 5. 44) “Guardai-vos de fazer a vossa esmola diante dos homens, para serdes vistos por eles; aliás, não tereis galardão junto de vosso Pai, que está nos Céus.” (Mateus 6. 1) E, para completar, a oração que Ele ensinou: “E, orando, não useis de vãs repetições, como os gentios, que pensam que, por muito falarem, serão ouvidos. Não vos assemelheis, pois, a eles; porque vosso Pai sabe o que vos é necessário, antes de vós lhO pedirdes. Portanto, vós orareis assim: Pai nosso, que estás nos Céus, santificado seja o teu nome” (Mateus 6. 7-9). Agradecimento e a cura No livro A Chave da Beleza e da Saúde, 8. ed., p. 25-26, consta o caso de uma senhora que tinha reumatismo pelo corpo todo. Ela escreveu ao mestre Masaharu Taniguchi, que a orientou a praticar o agradecimento 10 mil vezes por dia. Ela passou a dizer “muito obrigado” a tudo que via e ouvia. O sentimento de insatisfação foi substituído pelo sentimento de gratidão, e, em consequência dessa mudança na atitude mental, ficou totalmente curada. Na Regional SP-Aricanduva, ministrei aulas por mais de dez anos e, numa das aulas, passei lição de casa para os preletores: recitar 10 mil vezes por dia a palavra “obrigado”. Uma preletora, ao chegar em sua casa, disse para sua filha sobre a tarefa e propôs de as duas começarem a fazer, e ela concordou. Essa filha estava na casa dela porque o marido havia sofrido um acidente automobilístico e precisou passar por uma cirurgia na perna, onde foram implantados pinos de platina. Como era médico, ele se automedicava tomando doses de morfina para aliviar a dor. Mãe e filha começaram a praticar com muita seriedade. Quando uma se encontrava com a outra, ambas estavam pronunciando muito obrigado. No terceiro dia de prática, a filha estava com cara de muito obrigado! A preletora relatou que de repente elas ouviram um grito e um barulho que partiram de onde o genro se encontrava. Ambas correram para ver o que havia acontecido. De imediato pensaram que ele tivesse caído, mas, ao chegarem perto, ele disse à sogra: “O seu obrigado me curou! Não sinto mais nenhuma dor”. O barulho foi da bengala que ele jogou num momento de alegria pela cura. A dedicação com seriedade resultou na cura do médico. “Enquanto o poço não seca, não sabemos dar valor à água.” (Thomas Fuller(3)) A preletora Mabel Melo, pertencente à Regional GO-Goiânia, superou um problema sério (câncer) por meio de intensa prática. Assim ela descreveu o ocorrido. Meu nome é Mabel Melo e sou preletora da Seicho-No-Ie. Algum tempo atrás, peguei com uma amiga o nome de uma médica endocrinologista e resolvi consultá-la para que me indicasse um remédio para emagrecer. Sempre gostei de me manter magra. A médica na primeira consulta me pediu alguns exames e entre eles uma ultrassonografia da tireoide. Feitos os exames, eu me encaminhei para o consultório para o retorno da consulta e, como estava muito cheio e ia demorar um pouco, resolvi abrir os exames para ver os resultados. Ao abrir o ultrassom, li: nódulo hipoecoico de contorno irregular. Achei estranho e, como estava com o laptop na mão, entrei na internet para pesquisar. Descobri que se tratava de câncer na tireoide e imediatamente fiquei em choque. Quando chegou minha vez de ser atendida, já entrei totalmente transtornada no consultório. Entreguei o exame à médica, que muito simpática disse: “Ah, eu sempre falo que, se for para eu ter câncer, prefiro que seja na tireoide, porque ele demora mais para evoluir”. Ao ouvir a palavra “câncer” fiquei completamente abalada. Não há palavras para descrever o sentimento. Fui embora deixando de lado o objetivo inicial da consulta. Ao chegar em casa, decidi contar somente para meu marido e, à noite, quando conversamos, ele foi enfático: “Está resolvido! Você vai para fora do país para se tratar”. Bem, eu já tinha tido um tempinho para me reequilibrar emocionalmente e disse a ele que sou uma pessoa de muita fé e que ia praticar o que ensino para as pessoas. Disse que eu acredito na Seicho-No-Ie e acredito no que falo quando faço palestras e oriento as pessoas. Disse que ia conseguir resolver tudo. Meu marido, mais uma vez enfático, disse: “Eu te dou dois meses. Depois disso você vai para fora se tratar”. Lembrei-me de ouvir o prof. Heitor Miyazaki dizer que nesses casos, com certeza, a pessoa havia “engolido algum sapo”. Lembrei-me também de suas constantes orientações em palestras para pesquisar se havia algum antepassado que tivesse partido para o mundoespiritual com o mesmo problema. Assim sendo, na manhã seguinte já liguei para minha mãe, e ela lembrou que minha bisavó, a qual partiu quando eu tinha 2 anos, partiu sem poder engolir nada, nem mesmo água. Comecei a realizar a cerimônia especial conforme orientações do prof. Heitor e, com relação ao “sapo”, veio-me à mente a lembrança de que tinha passado por uma situação muito constrangedora sobre a qual tive de me calar até mesmo por não saber o que responder. Certa vez, quando orientava um seminário, uma pessoa me acusou publicamente de ter sido injusta com ela quando eu era presidente da Federação Pomba Branca e que, por minha causa, ela tinha se afastado da Seicho-No-Ie. Eu não tinha a menor possibilidade de defesa porque simplesmente não tinha a menor ideia do que ela falava, mas minha preocupação maior era que eu estava ali, representando a Seicho-No-Ie, e que sua imagem poderia ser afetada por aquelas palavras. Fiquei completamente sem ação e extremamente preocupada em não saber se as pessoas iam levar consigo o ensinamento que lhes fora transmitido ou a lembrança daquela pessoa acusando a palestrante da Seicho-No-Ie. Isso me abalou bastante, mas o tempo apaga as coisas do consciente e aparentemente tudo passou. Com a lembrança desse fato vindo à tona, iniciei imediatamente as Orações de Perdão. Dediquei-me intensamente a perdoar. Dediquei-me tanto ao perdão a ponto de amar a pessoa. Amar verdadeiramente como filha de Deus. Bem, totalmente tranquila no perdão, providenciei novo exame e muito, muito feliz obtive o resultado do desaparecimento total do nódulo. A solução de tudo veio antes do prazo de dois meses que meu marido havia me dado, e, assim que o prof. Heitor veio a Goiânia, tive a felicidade de mostrar a ele os dois exames. Sou muito grata a Deus, pela oportunidade de conhecer esse espetacular ensinamento, ao sagrado mestre Masaharu Taniguchi, a quem foi incumbida a missão de transmiti-lo ao mundo, e em especial ao prof. Heitor Miyazaki, pelos estudos profundos e à dedicação incansável que resulta na felicidade e salvação de grande número de pessoas. Muito obrigada. A prática da Oração do Perdão é purificação, e não penitência Nos finais da década de 1970, quando não havia atividade de sábado, eu colaborava na Sede Central ministrando orientação pessoal. Certa vez uma senhora comentou um pouco alterada: “Essa senhora que o senhor orientou por último é minha amiga. Para ela o senhor falou para praticar 30 vezes Oração do Perdão por dia e para mim 50, por que essa diferença?”. Então a indaguei se, ao lavar as louças, ela utilizava sempre a mesma quantidade de detergente para lavar os talheres, travessas, pratos etc. Obviamente que a quantidade de detergente que se usa para lavar determinada louça depende de quanto ela está engordurada. Portanto, praticar a Oração do Perdão não é penitência, é purificação. Na Sutra Sagrada Chuva de Néctar da Verdade consta: “Se desejais purificar o mundo da projeção, deveis purificar a matriz da mente”. * N. do autor: Entende-se por lei, neste caso, a vontade de Deus, a ordem verdadeira. Capítulo 3 AJUDA DOS ESPÍRITOS ELEVADOS No livro Mundo Espiritual e o Destino do Homem, 1. ed., p. 174, o mestre Masaharu Taniguchi assim ex plica: O espírito que foi escolhido no mundo divino para se tornar espírito protetor no momento do parto é um espírito elevado, e não há erro na orientação dele, que, sendo espírito, orienta a pessoa através de ondas espirituais. Entretanto, se o estado espiritual do próprio homem estiver degradado e ele não conseguir sintonizar com as ondas espirituais do seu espírito protetor, mesmo que este chame com “voz espiritual” avisando de perigo, “fuja para o parque Ueno, a região de Umaya é perigosa”, a pessoa não conseguirá ouvi-lo e acabará escolhendo o “caminho da perdição”. O espírito protetor que foi escolhido para proteger a pessoa por toda a vida, desde o momento do nascimento, é chamado espírito protetor original. Muitas vezes ouvimos: “Seu anjo da guarda é forte”. Na verdade não existe anjo da guarda fraco, pois o espírito que foi escolhido para ser o protetor precisa ser elevado, portanto é forte. Se para determinadas pessoas a proteção não ocorreu, não é por falha do espírito protetor, mas falha da sintonia entre este e o protegido. Na Revelação Divina da Grande Harmonia consta: “Mesmo que Deus queira te auxiliar, as vibrações mentais de discórdia não te permitem captar as ondas da salvação”, portanto, para que haja essa sintonia com Deus, é necessário “reconciliar com todas as coisas do Céu e da Terra”. Nesse trecho do livro, o Mestre encontrava-se no piso superior de um sobrado, quando ocorreu o terremoto de Kantō. No momento do forte tremor, ele precisou sair correndo e, ao chegar à rua, havia duas direções a seguir: parque Ueno ou para Umaya. Seguindo a intuição, ele foi em direção do parque Ueno. Se tivesse seguido a direção contrária, teria sido desastroso. Essa intuição é a voz do anjo protetor. O mundo espiritual e as diferentes facetas Há vários níveis no mundo espiritual. Alguns filmes que retratam sobre o mundo espiritual procuram mostrar o local chamado umbral, inferno ou purgatório, onde se encontram os espíritos em ilusão sofrendo de dores, depressão etc. Deus não criou o chamado inferno, ou purgatório. Deus, sendo amor absoluto, jamais iria julgar, condenar e punir alguém. No filme chamado Amor Além da Vida, há uma cena em que a mulher que se suicidou foi localizada num quarto semelhante à casa onde viveu na Terra, mas de forma bem rústica. Quem criou esse ambiente? Na Sutra Sagrada Palavras do Anjo, assim ensina: “Aquele que purificou a mente ingressa em um mundo espiritual elevado, adequado a ele. Aquele que não purificou a mente cria com sua força mental um ambiente adequado a ele e padece nesse ambiente”. A palavra “purgatório” é assim definida, segundo o dicionário Aulete: que purga, purifica; purgante; purgativo. O purgatório é o local onde ficam os espíritos que estão em ilusão profunda, ou seja, para se purificar dos atos praticados na vida física. Assim descreve o mestre Masaharu Taniguchi sobre os espíritos que se encontram nesse lugar: Os espíritos, em suas respectivas situações, passam pelo processo de purificação. Quanto maior o acúmulo de carmas ruins, mais tempo o espírito demora para eliminar as impurezas. Eu disse “diversas situações de sofrimento” porque os carmas ruins variam de um espírito para outro e o processo de purificação varia conforme o tipo de carma. Alguns espíritos sofrem muito no processo de purificação e, em sua angústia, pedem socorro a seus descendentes diretos e indiretos que estão neste mundo. (Melhore Seu Destino Orando pelos Antepassados, 19. ed., pp. 8-9) Em 1912, na França, um pintor chamado Corneille hipnotizou uma jovem chamada Reine e, através dessa hipnose profunda, ela transmitia as mensagens de um espírito bastante evoluído chamado Vetterini. Segundo a descrição do sr. Corneille, o sr. Vetterini e outros instrutores do mundo espiritual (elevado) tinham o propósito de elaborar um importante livro que revelasse sobre o mistério da “morte”, do “nascimento” e do mundo espiritual. Essas explicações estão no livro A Verdade da Vida, v. 9, 1. ed. O grandioso espírito chamado Vetterini explicou sobre os estágios em que os espíritos se encontram: Primeiro estágio – estão os espíritos de categoria ainda baixa. São aqueles que usam e abusam dos corpos carnais em que estão alojados. São muito apegados ao corpo carnal, literalmente agarrados a ele, por considerá- lo como organismo seu, e, quando essas pessoas falecem, muitos deles não se desgarram do corpo recém-falecido e necessitam de ajuda de outros espíritos para que os separem do mesmo. São espíritos que têm grau de consciência muito pequeno, ou nada, e vagueiam indolentemente, como um robô sem objetivo, na face da Terra, no chamado estado “comatoso”. Alguns religiosos dizem que após a morte do corpo o espírito entra em “sono eterno”. Essa descrição é totalmente equivocada,pois, se isso fosse verdade, qual seria o objetivo de o homem vir à Terra? Como Deus é amor, jamais faria isso. Esses espíritos se encontram no primeiro estágio, “tais espíritos erram indolentemente na atmosfera inferior da Terra, no chamado estado ‘comatoso’, enquanto aguardam a época da próxima reencarnação” (p. 94). E aqueles que são um pouco mais elevados acordam: Entretanto, o espírito acorda um dia e consegue enxergar tudo... Do mesmo modo, mesmo que alguém queime o corpo, ou o enterre em algum lugar, o espírito pode ver e pensa que “está vivo”. Se pensa que está vivo, não tem consciência do tempo em que esteve adormecido até então. Se uma pessoa dorme profundamente, por mais que durma dias, não sente esse tempo em que esteve dormindo e, ao acordar, só se lembra dos fatos que aconteceram antes de dormir. Assim, se o espírito lembrar que, antes de perder a consciência, estava com pneumonia, manifestará o estado de pneumonia como se estivesse sonhando no mundo físico, mas, como o mundo espiritual é o mundo onde “tudo se manifesta conforme o pensamento”, para o espírito, ele acredita que está realmente com pneumonia. Ele sofre e espera a chegada do médico, mas o médico não aparece. Não tendo outro jeito, o espírito acaba chamando familiares e parentes. Como o espírito não possui cordas vocais, esse chamado é inaudível aos ouvidos, mas é uma espécie de “onda mental” que é captada por parentes próximos, como pais, netos, e eles acabam manifestando o estado de doença. (Mundo Espiritual e o Destino do Homem, 1. ed., p. 156) Num dos seminários que orientei na Academia de Treinamento Espiritual de Santa Tecla, no Rio Grande do Sul, chamaram-me para dar assistência a uma senhora que colaborava na cozinha. Manifestou-se por intermédio dela um espírito que assim dizia: “Deixe-me viver, não faça isso comigo. Deixe- me viver”. Era o espírito da mãe dessa senho ra, que chorava e estava em ilusão. Quando viva, ela seguia uma religião que dizia que “morrendo acaba tudo”, mas não foi isso que aconteceu após ela deixar o corpo carnal . Foi lida a Sutra Sagrada Chuva de Néctar da Verdade para ela, que passou a ver a luz ao entender a Verdade e, assim, dirigiu-se para o mundo espiritual mais elevado. Segundo estágio – aqueles que conseguiram chegar a esse estágio, por possuírem já certo grau de consciência, são recebidos por uma multidão de espíritos ao deixar o corpo carnal. Esses espíritos os ajudam a compreender melhor a realidade: “Fulano, agora você acabou de deixar o corpo carnal. Você está agora no mundo espiritual...” e, assim, o espírito recebe as primeiras orientações. Para explicação do tema, não abordarei os outros estágios, e recomendo a leitura do livro A Verdade da Vida, v. 9, que esclarece outros assuntos sobre o mundo espiritual. Em 1961, participando de um Seminário para Jovens, o saudoso prof. Miyoshi Matsuda disse uma frase com uma pausa: “Quando morrer, eu quero ir para o inferno!”. Nesse momento, os seminaristas ficaram boquiabertos, e ele completou: “...para salvar os que estão lá!”. Todos aplaudiram pela sua convicção e amor ao próximo. Não é possível saber como se encontram no mundo espiritual todos os nossos antepassados da linha vertical (pais, avós, bisavós etc.) e os antepassados da linha colateral (tios, tios-avós etc.). E para que seja possível ajudá-los é de suma importância compreender o comportamento dos espíritos que estão ainda nesses estágios inferiores. As aulas no mundo espiritual No livro A Verdade da Vida, v. 2, 5. ed., p. 124, consta a transcrição de um diálogo que um pai faz com o filho, já desencarnado, por intermédio da mãe, que serviu como médium. O pai pergunta ao filho como viviam os espíritos das crianças no mundo espiritual, e este explica: – Numa classe, há cerca de 20 alunos, e também aqui a educação é dada aos meninos e meninas conjuntamente... – Existem várias classes? – Os alunos estão distribuídos em várias classes. E o critério para as classes é uma distribuição do professor encarregado. Parece que a classificação é feita após minuciosa pesquisa realizada principalmente em conferência com o espírito que, por afinidade, orientou a criança no momento da morte. Naturalmente, até um certo nível, há separação de cunho religioso; mas, alcançando níveis elevados, tais diferenciações desaparecem completamente. – Como são as disciplinas escolares? – São bem diferentes das do mundo visível. Arit mé tica, por exemplo, é totalmente desnecessária; além disso, não ensinam Geografia nem História. Aqui é colocada em primeiro lugar a concentração mental, que, ao ser praticada, propicia a compreensão de qualquer coisa. Na Música ou na Arte Literária, a criança progride facilmente segundo a vocação. Mais que estudos, o que importa é a vocação. Tendo vocação, a criança progride quanto quiser; mas, se não tiver, será totalmente inaproveitável. Por isso, para as crianças, mesmo estando reunidas em uma mesma classe, é diferente a matéria que cada uma estuda. O que você faria? Vamos imaginar a seguinte cena: você está viajando de carro e, depois de quatro horas, resolve descansar um pouco ao chegar a uma cidade. Entra em uma lanchonete, come um lanche e toma um café. Da lanchonete, fica vendo a praça onde há vários aposentados conversando ou jogando dominó, e um senhor que está sozinho, vestido com uma blusa idêntica ao do seu avô, chama-lhe a atenção. No mesmo instante, ele olha para você e lhe sorri. É ele, o seu avô que havia desaparecido! Aquele avô que o levava para passear, que comprava doces, brinquedos e fazia tudo para deixá-lo feliz. Ele recuperou a memória porque o reconheceu. Que ação você tomará: vai fingir que não o viu ou se dirigirá até ele, o abraçará e o levará para casa? Com relação aos antepassados, muitos os ignoram e os tratam com frieza e nem sequer levam a sério o Dia de Finados. Salvar os antepassados “Esquecer os ancestrais é ser um riacho sem nascente, uma árvore sem raiz.” (provérbio chinês) Por que razão a Seicho-No-Ie dá importância à oração aos antepassados? O mestre Masaharu Taniguchi explica no livro Preleções sobre a Sutra Sagrada Chuva de Néctar da Verdade, 2. ed., p. 129: “Quando oriento dizendo que a alma do antepassado que vive em ilusão no mundo espiritual está pedindo ajuda aos descendentes, alguém refuta dizendo que os antepassados devem proteger os descendentes, e não amaldiçoar”. Quem desconhece o mundo espiritual faz essa afirmação. Os antepassados que se encontram em ilusão precisam ser auxiliados, e não ignorados. No segundo parágrafo desse mesmo texto, o prof. Masaharu Taniguchi reforça a explicação: “Assim como aquele que está se afogando se agarra até a uma folha seca, ou, se encontrar alguém, se agarra desesperadamente nele, tentando se salvar, e ambos se afogam, a alma dos antepassados não tem, em absoluto, o desejo de fazer adoecer os descendentes e pessoas queridas. Apenas chama alguém com todas as forças para se livrar do sofrimento”. O inferno e o purgatório não existem de verdade, como ensinam algumas religiões. O que ocorre é que, no mundo espiritual, os espíritos vivenciam diversas circunstâncias em conformidade com os respectivos carmas. Os espíritos que carregam muitos carmas ruins passam por diversas situações de sofrimento, que podem ser expressas com os termos “inferno” ou “purgatório”. (Melhore Seu Destino Orando pelos Antepassados, prefácio, 19. ed., p. 8) “Pequeno veículo” (Hinayana) e “grande veículo” (Mahayana) Na história do budismo são citadas duas divisões: Hinayana (Theravada) e Mahayana. O grupo Hinayana era chamado de “pequeno veículo”, porque o ensinamento era restrito aos monges conservadores que seguiam os ensinamentos originais de Buda. Já o grupo Mahayana, chamado de “grande veículo”, argumentava que todos, sem exceção, poderiam alcançar a iluminação, e desta forma não deveriam ficar restritos a um pequeno grupo. O ensinamento da Seicho-No-Ie não é restrito a um pequeno grupo, por essa razão é denominado Movimento de Iluminação da Humanidade. O mestre MasaharuTaniguchi escreveu livros de diversos temas: sobre mulheres, mundo espiritual, prosperidade, educação da Vida etc. Na coleção A Verdade da Vida, encontramos em um mesmo livro temas voltados ao adepto iniciante, como também aos veteranos, por isso a coleção A Verdade da Vida, Sutras Sagradas, a coleção A Verdade etc. estão à disposição de quem quiser adquiri-las. Os antepassados em ilusão necessitam da nossa ajuda Em uma das aulas foi feita a seguinte pergunta: “Eu tenho consciência de que Deus criou tudo perfeito. Então por que existe um mundo espiritual onde quase todos que estão lá vivem fazendo maldade com as pessoas aqui na Terra?”. Quando se trata de nossos antepassados, é errado pensar que eles estão fazendo maldade para conosco. A verdade é que muitos, aos deixarem o corpo carnal, não têm a mínima ideia ou informação do que está acontecendo, tanto que é comum um espírito não saber que já morreu. Um dos fatos que já ocorreram várias vezes é o espírito de um homem se manifestar em corpo de mulher, e, ao ser indagado “você é homem ou mulher?”, geralmente responde com autoridade: “Sou homem”. Quando lhe perguntam: “Você sabe que você já morreu?”, responde: “Eu não morri, estou vivo. Olha eu aqui”. E, quando lhe dizem para olhar a roupa do corpo e notar que é um vestido, fica confuso e, em seguida, ao lhe explicarem: “Está vendo? Esse corpo é de mulher. Você já morreu”, é o momento que se conscientiza da verdade e que agora se encontra em outra dimensão. No livro A Verdade da Vida, v. 16, 2. ed., pp. 21-30, o mestre Masaharu Taniguchi explica uma orientação dada por ele: “Contudo, quando lhe falei sobre o pai do sr. Saijo, que, apesar de falecido havia dez anos, ainda não se conscientizara de que seu corpo estava morto, ela compreendeu e refletiu: ‘Então é isso. Na minha família existe mais uma pessoa, embora não seja visível. Eu ignorei até agora, sem perceber. Para salvar a minha família, preciso antes salvar a minha alma, que está em ilusão’. Sugeri-lhe então chamar diariamente, perante o oratório dos antepassados, o espírito da primeira esposa pelo nome e oferecer-lhe uma pequena porção da mesma refeição que a família come, e fazer orações da religião que a falecida professava, a fim de confortá-la”. No livro Melhore Seu Destino Orando pelos Antepassados, 19. ed., p. 9, o Mestre escreveu no prefácio: “Alguns espíritos sofrem muito no processo de purificação e, em sua angústia, pedem socorro a seus descendentes, diretos e indiretos, que estão neste mundo”. Assim está na Sutra Sagrada Chuva de Néctar da Verdade, Capítulo “Espírito”: “Existem espíritos doentes, existem espíritos sofredores, espíritos que não têm estômago e sofrem de doença gástrica, espíritos que não têm coração e sofrem de doenças cardíacas; tudo isso é ilusão. Se um desses espíritos influenciar alguém, a pessoa influenciada apresentará ou uma doença gástrica ou uma doença cardíaca”. Quando o movimento em português se encontrava em “fase embrionária”, no início dos anos 1960, uma vizinha disse para minha mãe que tinha ido ao médico e que este constatara que ela estava com câncer. Quando a minha mãe lhe perguntou se havia alguém na família que tivesse falecido com problema semelhante, ela respondeu: “Sim, o meu irmão, e ele aparece todos os dias nos meus sonhos”. Na ocasião, não havia sutra em português em forma de livreto, mas em um dos únicos livros traduzidos para o português, que era A Verdade da Vida, v. 1, há, nas últimas páginas, a Sutra Sagrada Chuva de Néctar da Verdade. Minha mãe emprestou-lhe o livro e recomendou a ela que lesse a parte final, onde está a sutra, para o irmão, por um período de 21 dias. Já no quinto ou sexto dia, o irmão não apareceu mais em seus sonhos. Ela começou a se sentir bem, foi ao médico e este lhe informou que o câncer havia desaparecido. O dirigente Rogério Antunes, nascido em Porto Alegre, mas radicado em Uruguaiana, escreveu-me o seu relato: Eu sofria havia anos de dores na região do estômago, inclusive algumas vezes não conseguia me alimentar direito por cerca de três a quatro dias. Fiz exames e foi detectado um pequeno problema, que mesmo com a medicação não houve grandes melhoras. Relatei ao prof. Heitor (quando fomos à Argentina) que eu tinha assistido ao filme Nosso Lar cerca de três vezes e que sempre me preocupava com a situação de meu tio que teve, infelizmente, uma morte trágica, marcando a vida de todos nós. O prof. Heitor me orientou a ler a sutra por 49 dias para o meu tio. Confesso que no início pensei “...bah ...são 49 dias!”. Mas resolvi fazê-lo. Ao mesmo tempo, eu me senti feliz em poder ser útil ao meu tio. Na verdade, na época, fiquei muito revoltado pela forma trágica que ele faleceu. Fui fazendo os 49 dias de sutra e comecei a sentir uma sensação muito agradável, minhas dores estomacais sumiram e até a medicação parei de tomar (obs.: lembrava-me desse tio com muito carinho, das visitas de meus pais em sua casa e vice-versa... e também quando eu passeava de moto com ele. Por esses dias, encontrei-me com a minha tia, viúva dele, e sem que eu lhe falasse alguma coisa sobre a oração, ela contou-me que meu tio carregava sempre uma foto minha na carteira de bolso dele, e não tinha foto dos filhos deles. Era o carinho que ele tinha por mim. Recebi tal informação com alegria e, ao mesmo tempo, uma confirmação do carinho e amor que ele nutria por mim). Muito obrigado! Rogério Antunes – Uruguaiana-RS A preletora Marinilda Fernandes, que coordena as aulas virtuais da Verdade da Vida na cidade de Americana, enviou um relato do sr. Felismino Mota, que encantou a todos que tomaram conhecimento: Meu nome é Felismino Mota, completei 68 anos no último dia 11 de abril. Conheci a Seicho-No-Ie em 2009 quando acompanhei uma amiga que foi pedir orientação pessoal. Eu a acompanhei algumas vezes na Cerimônia aos Antepassados, mas achava muito esquisito, pois sou evangélico há 58 anos, porém continuei indo assim mesmo para ajudá-la. Comecei então a frequentar as aulas de quarta-feira, e o preletor Heitor citava muito a Bíblia. Fui me interessando cada vez mais, pois percebi que a Verdade ensinada ali é a mesma verdade que a Bíblia ensina. Aos poucos fui adquirindo alguns CDs, o livro A Humanidade é Isenta de Pecado, o livreto Sutras Sagradas e outros. Comecei a frequentar as aulas, sem falhar nenhuma, e senti muita vontade de adquirir a coleção A Verdade da Vida. Por três vezes eu senti que tinha de comprar a coleção de 40 volumes de A Verdade da Vida e, na terceira vez, obedeci àquele impulso, pois percebi que era de Deus. Comecei a ajudar a divulgar a Seicho-No-Ie entregando as revistas Fonte de Luz, Pomba Branca e Mundo Ideal. Um dia, levei minha esposa para uma consulta médica no Posto de Saúde e, enquanto a aguardava, fiquei lendo o livreto Meditação Shinsokan. O Posto de Saúde estava lotado, e eu, ali sentado, lendo aquelas palavras tão maravilhosas, pensei assim: “Meu Deus, se isso aqui é Verdade e do jeito que eu estou pensando, me dá um sinal, fazendo com que alguma destas pessoas venha perguntar sobre o livro”. Alguns segundos depois, uma senhora que eu não conhecia levantou-se de onde estava, pegou a minha mão e a virou para ver o livro! Então lhe perguntei: “O que levou você a fazer isso?”. E ela respondeu que não sabia, mas que PRECISAVA fazer isso. Então fui até o carro e peguei uma revista da Seicho-No-Ie e dei a ela, o que a deixou muito feliz. Foi aí que eu tive a certeza de que o livro Meditação Shinsokan tinha algo de sobrenatural, fazendo-me interessar cada vez mais pelo Ensinamento! A minha vida foi mudando e coisas incríveis começaram a acontecer: fui curado de três hérnias de disco e dois bicos de papagaio e também um esporão no pé direito. Tinha catarata nos dois olhos e precisava fazer cirurgia, mas quando voltei ao médico ela estava estabilizada e não precisei mais. Um dia, eu estava cuidando das árvores do meu quintal e coloquei uma escada dupla para atingir o topo de uma das árvores; e, quando estava lá em cima, senti uma voz dentro de mimdizer: “A escada vai te cuspir fora!”. Eu segurei no galho da árvore e em fração de segundos escapei de uma queda perigosa! Então fui compreendendo que podemos viver bem tranquilos, pois Deus cuida de nós, mas o segredo é amar, perdoar, agradecer e ter um coração sem maldade. Outro dia, eu amanheci com uma dor no pescoço e na perna esquerda, sem quase poder andar. Passei por uma consulta, mas não tinha explicação para aquela dor. Lembrei que Deus cuida de mim, deitei debaixo de uma mangueira que tenho no meu quintal e conversei assim com Deus: “Deus, que criou esse pé de manga tão perfeito, me liberta desta dor!”. E meditei na bondade de Deus conforme está escrito em Mateus 7. 10,11. Passaram-se apenas alguns minutos e levantei-me curado, de tal maneira que minha esposa ficou assustada. E não ocorreram mudanças apenas na saúde, mas também no meu temperamento, pois adquiri muita paciência e sabedoria para lidar com qualquer tipo de situação. Outra coisa incrível que está acontecendo comigo é que eu era calvo havia mais de 20 anos, tão calvo que o alto da minha cabeça até reluzia! Pois meu cabelo está nascendo! Mais ou menos 80% de meu cabelo já nasceu. Leio os livros do mestre Masaharu Taniguchi diariamente. Já li os quatro primeiros livros da coleção A Verdade da Vida, a qual estudamos às quartas-feiras, os dois volumes Convite à Prosperidade, os dois volumes Convite à Felicidade, os dois volumes Cartilha da Vida e estou lendo pela segunda vez A Humanidade é Isenta de Pecado, além de ler as revistas, as sutras e o livreto Meditação Shinsokan. O que me faz gostar tanto da literatura é que, quando eu leio, sinto dentro de mim a confirmação daquilo que estou lendo. Sempre fui Seicho-No-Ie e não sabia! Por isso eu sou muito grato ao mestre Masaharu Taniguchi, aos preletores e a todos os adeptos que mantêm esse ensinamento vivo. Agradeço ao preletor Heitor Miyazaki e quero dizer que também li o livro Conquiste a Felicidade com Amor, de sua autoria, e que é maravilhoso. Americana, 3 de maio de 2013. Felismino Mota Problemas na cabeça Assim escreveu o prof. Seicho Taniguchi no livro Assim Se Concretiza o Bem, no capítulo 13: “(...) a cabeça simboliza a pessoa de posição superior. Os olhos expressam a própria mente, mas a parte superior, como cérebro, testa, cabelos etc., é utilizada para simbolizar os superiores. O termo ‘utilizar’ deve ser interpretado, evidentemente, como uso inconsciente, no sentido de simbolização. Superior, no caso, representa o pai, ou a mãe, ou o chefe, e, em numerosas vezes, indica antepassados”. No livro A Verdade da Vida, v. 15, 3. ed., pp. 15-18, assim está escrito sobre uma orientação do Mestre: “Nessa carta, ele não contava que seu irmão tivera visões de espíritos. Apenas dizia que durante a Meditação Shinsokan tivera a sensação de que alguém lhe apertara a cabeça e que desde então sentia a cabeça pesada, não conseguindo fazer nada durante o dia. E também que, a partir de então, não se sentiu mais disposto a praticar a Meditação Shinsokan, tamanho era o medo que sentia. Quando li a carta, concluí intuitivamente que havia espíritos de antepassados do sr. Minato se reunindo ao redor dele em busca de salvação”. Fato semelhante ocorreu com preletor Edson de Lima Pardim, da cidade de Recife. Eis o seu relato: Meu nome é Edson de Lima Pardim. Conheci a Seicho-No-Ie em 1975 por meio de minha avó materna quando ela veio nos visitar em Recife. No mesmo dia, ela me chamou num canto e me presenteou com os livros Por Que é Assim?, A Cartilha da Vida, Sutras Sagradas e a revista Acendedor. Tornei-me líder da iluminação em 1985, e quando foi realizado o 1º Seminário de Oferenda de Trabalho para Preletores e Líderes da Iluminação em Santa Fé, na Bahia, orientado pelos preletores Heitor e Ilona, eu estava passando por momento de decisões sobre o meu trabalho. Desde jovem eu tinha o hábito de comprimir a nuca com a mão para aliviar uma pressão na base da nuca, e nesse seminário essa pressão aumentou a ponto de me incomodar muito, tanto que durante todo o seminário eu coloquei uma faixa na cabeça como uma atadura, para tentar aliviar a estranha sensação. Como normalmente as pessoas usam essa faixa quando vão ao campo, perguntavam-me o porquê de eu usá-la dia e noite. Na primeira noite do seminário, eu não estava conseguindo pegar no sono e fui ao Salão Nobre e, diante do Quadro do Jissô, sentei-me numa cadeira e comecei a fazer a Meditação Shinsokan. Nessa hora, só vinha na minha mente o Hino Sagrado “Canto da Vida Imortal”, e passei a noite toda chorando copiosamente. De manhã, quando o responsável pelo som da academia chegou ao salão, encontrou-me e me despertou! Eu estava todo molhado de lágrimas, cheguei até a ficar desidratado e com muita fraqueza nas pernas, e para levantar- me da cadeira precisei primeiro ajoelhar-me no chão. No último dia da atividade no trabalho de campo, tive a orientação pessoal com o preletor Heitor e contei-lhe da sensação na cabeça. No mesmo instante ele disse categoricamente: “Alguém da sua família faleceu com uma pancada na cabeça provocado por algum acidente ou algum instrumento”. Quando voltei para minha cidade, Recife, liguei para minha avó paterna perguntando-lhe se teria alguém da família que faleceu com algum tipo de trauma na cabeça. Ela me contou que, quando tinha 3 anos de idade, o pai dela, numa briga na roça, morreu com uma enxadada na cabeça. E me deu o nome completo dele. Então ofereci a leitura da Sutra Sagrada Chuva de Néctar da Verdade especial ao meu bisavô, conforme recomendação do preletor Heitor. O mais interessante foi no momento em que ela disse o nome dele, pois no mesmo instante fui sentindo alívio na cabeça, como se tivessem retirando um peso dela! Nesse momento, agradeci bastante ao meu avô, e dali em diante não senti mais sensação alguma na cabeça. Nessa mesma noite fiz a cerimônia especial de agradecimento ao meu avô e senti-me livre de toda a sensação que me acompanhava fazia muito tempo. Esse meu bisavô tinha falecido havia 72 anos. Outro relato relacionado a problemas na cabeça é do preletor Lorenzo Mir, do nosso país vizinho Argentina: No dia 19 de março de 1998, a nossa família foi aumentada com a chegada de mais uma neta: Milagros Ayelen Mir. Essa criança nasceu na cidade de Santa Rosa, na província de La Pampa, 600 km distante da capital federal. Tanto a gravidez quanto o parto foram normais. O pediatra que nos atendia viu com surpresa que a moleira estava fechada de forma inusitada. Após quatro meses, a moleira estava completamente fechada e seu crânio tinha tomado a forma de um ovo com um deslocamento para cima. Em vista disso, o médico aconselhou-nos a consultar um especialista em neurologia em Buenos Aires. Primeiro, os médicos consultaram um especialista em cirurgia neurológica, que lhes disse se tratar de caso muito urgente para cirurgia, com o fundamento de que o cérebro não tinha espaço para o seu desenvolvimento, o que traria problemas muito sérios. Essa operação implicava o risco de a criança ficar com alguma sequela mais tarde e deveria ser feita quando o bebê completasse 6 meses de idade. Devido aos riscos envolvidos, eles voltaram para a capital novamente para consultar especialistas do hospital francês, que determinou que a operação não era urgente e manter em observação contínua a evolução da Ayelen. Ao registrar-se um empate na opinião dos médicos, a família decidiu consultar outro especialista, que disse não ser tão urgente a operação. Em 28 e 29 de novembro do ano passado, realizou-se um Curso para Líderes em Buenos Aires, orientado pelo prof. Heitor Miyazaki, do qual participamos os nossos filhos, minha esposa e eu. Quando chegou o momento de perguntas e respostas, a minha filha, política, perguntou: “Por que já fechou a moleira de minha filha?”. O prof. Miyazaki imediatamente respondeu: “É um grito desesperado de um ancestral direto da família que morreu violentamente. A família deve pedir desculpas por não ter cuidado do túmulo, visitá-lo e lavar sua superfície. Ler a sutra paraesse antepassado por determinado período em casa. Ao completar essa tarefa, a criança não terá nenhum problema.” Minha esposa (que é brasileira) disse: “Na verdade, o prof. Miyazaki está certíssimo! Meu pai morreu em um acidente de trabalho em 12 de julho de 1939, no Rio de Janeiro, há 59 anos, e está enterrado no túmulo da família no cemitério São João Batista, naquela cidade”. De 12 a 16 fevereiro de 1999, participamos com a minha filha Mabel do Seminário de Carnaval na Academia de Ibiúna, em São Paulo, com a presença de cerca de 1.200 verdadeiros filhos de Deus. Nós éramos os únicos argentinos e fomos espetacularmente recebidos por todos. Terminado o seminário, fomos para o Rio de Janeiro, e, chegando ao hotel, meu cunhado nos levou até o cemitério. Limpamos o túmulo, colocamos flores e também uma Sutra Sagrada Chuva de Néctar da Verdade, que tinha sido escrito à mão pela minha filha Mabel. Para concluir, alguns dias depois do nosso regresso do Rio de Janeiro, a nossa maravilhosa neta Ayelen Milagros ficou curada, e sua cabeça ficou inteiramente normal como qualquer outra criatura. Quando sua pediatra a examinou, não podia acreditar no que estava vendo e nos perguntou se tínhamos feito algo de anormal. Nós só temos de agradecer a Deus, ao santo mestre Masaharu Taniguchi, por seus ensinamentos, ao professor amado Heitor Miyazaki, a todas as pessoas que nos ajudaram em nosso trabalho e a todos os grupos de oração dos quais participamos. Obrigado. Lorenzo Mir – Argentina Feto sem cérebro Somos regidos por diversas leis: da Vida, do espírito, da mente, da matéria etc. Quando um médico diz que não tem cura, não significa que esteja errado, ele apenas está afirmando que pelas leis físicas (da matéria) não há solução. Em outras palavras, ele poderia dizer: “Pelas minhas ferramentas, pelos meus conhecimentos, não vejo condições de cura”, no entanto, as leis da Vida regem tudo que tem vida e, desta forma, aquilo que é impossível para a medicina é possível para Deus. A Sutra da Cura Espiritual cita: “As leis físicas que regem a matéria inorgânica são diferentes das leis da Vida, que regem organismos vivos”, e mais adiante explica: “A Vida se serve inclusive das leis da matéria, mas as sobrepuja e exerce domínio sobre a matéria”. Como exemplo há os casos de fetos sem cérebro que pela medicina não há cura e recomenda-se o aborto. É o que aconteceu com a sra. Fátima Araújo, da cidade de Belo Horizonte, Minas Gerais. Eis seu relato: Sou casada e tenho três filhos maravilhosos. Meu marido se chama Wener Oliveto. Conheci o ensinamento da Seicho-No-Ie no ano de 1994 e obtive muitas graças por meio das práticas aprendidas. Mas, entre todas essas graças alcançadas, a maior foi o nascimento da terceira filha. O ensinamento nos ensina que não devemos fazer a prática do aborto, pois esse ato, além de ser crime para com a Vida, carmicamente traz muito sofrimento e estragos em nossas vidas. Bem, no ano de 1998, fiquei grávida. Diante da confirmação, comecei a fazer exames de rotina com o médico. Após os resultados laboratoriais, foi constatado que eu havia contraído toxoplasmose. Diante desse resultado, o médico ficou preocupado, pois o vírus estava em estágio avançado, que poderia trazer danos drásticos ao feto gerado. Pediu a repetição dos exames e acrescentou o exame de ultrassonografia para ter condições de fazer um levantamento mais profundo do grau de contaminação no feto. Infelizmente, o resultado demonstrou que o feto não tinha formação cefálica. Então fui orientada pelo médico a fazer o aborto, pois, se desse à luz, além de não viver por muito tempo, o nenê ainda poderia ter cegueira, coisa que não daria para ver pelo ultrassom. Na dúvida, fizemos mais exames durante três meses. No quarto mês, os médicos fizeram uma reunião comigo e meu marido para que pudéssemos fazer o aborto da criança. Diante dos fatos, não havia saída, pois se passasse do quarto mês colocaria minha vida em risco também. Nesse dia estive na Regional BH-Caiçara, em Belo Horizonte, e pedi orientação à preletora Isabel Moreira. Eu estava desesperada, sem rumo, não queria ficar sem meu filho, e não queria um filho sem cérebro, pois aprendi no ensinamento dar amor à Vida. Então a orientação recebida foi que Deus não cria ser sem cérebro, portanto a Vida que estava em meu ventre era perfeita. Fui orientada também a fazer nos últimos meses de gravidez a Oração do Perdão, a leitura da sutra sagrada para os antepassados, o caderno de elogio para o bebê, a oração aos anjos abortados dentro da minha família. E assim começou nossa “batalha” contra o tempo e contra os resultados dos exames. Optei por não abortar. E foi uma luta, pois não podia me levantar nem fazer esforço. Tomei medicamentos muito fortes, para ajudar o bebê no ventre. No sexto mês, tive ameaça de aborto espontâneo. Tomei corticoide para acelerar a cicatrização do pulmão do bebê. Na primeira semana do oitavo mês tive pré-eclampsia e o médico decidiu que iria fazer uma cesariana de urgência. Na cirurgia, tive hemorragia grave. A criança nasceu e ficou no balão de oxigênio e incubadora. A hemorragia que tive permanecia, e o médico falou para meu marido que lutava para me salvar, pois fora uma cirurgia difícil, eu estava com a pressão muito alta e a hemorragia era constante. Mesmo diante de todos os problemas, fizemos as práticas da Seicho-No-Ie, e vencemos. Eu me restabeleci muito bem e nasceu uma menina que se chama Leticia Araujo Oliveto. O que mais destaca nela é sua inteligência e enxerga muito bem! Hoje ela frequenta as reuniões da Seicho-No-Ie e tem 11 anos. É saudável e muito inteligente, e não se queixa de nada, nem de dor de cabeça. Agradeço a Deus, ao ensinamento da Seicho-No-Ie, ao meu marido, que esteve junto comigo nas práticas, e ao médico dr. João Daher, que foi um grande amigo e profissional. E quero levar este ensinamento para o maior número de pessoas. Muito obrigada. Ensinai a eles a Verdade da Vida, a Imagem Verdadeira Entre os nossos antepassados, há aqueles que estão muito bem e não necessitam tanto de orações, mas há aqueles que ainda sofrem, e a nossa ajuda pode salvá-los da situação em que se encontram. No livro Melhore Seu Destino Orando pelos Antepassados, 19. ed., p. 37, o mestre Masaharu Taniguchi diz: O meio para salvar os espíritos que mantêm a ideia de doença e continuam a sofrer no mundo espiritual as mesmas dores vivenciadas na vida terrena consiste em fazê-los compreender o seguinte: o corpo carnal e a doença não existem de verdade; a Vida continua após a morte; o que chamamos de “morte” é a transferência deste mundo para o mundo espiritual, e a hora da partida é determinada por Deus. Para transmitir essa Verdade aos espíritos sofredores, recomendamos oferecer-lhes a leitura da Sutra Sagrada Chuva de Néctar da Verdade todos os dias, num horário estabelecido. Outra comprovação é o da preletora Rosinete Sa turno: Em 1997, fui pela primeira vez a um seminário da Seicho-No-Ie. Era o Seminário de Carnaval. Desde lá comecei a praticar a filosofia e tornei-me uma adepta da Seicho-No-Ie. Quando compreendi a importância de registrar os membros de nossa família na Missão Sagrada, uma das primeiras atitudes que tomei na Seicho-No-Ie foi registrar toda a minha família, inclusive peguei com minha mãe os nomes de todos os falecidos da família e registrei cada um deles na Missão Sagrada. Comecei também a fazer a Oração de Gratidão aos Antepassados, comprei um oratório, vinculei-os em tabuleta própria e, todos os dias, fazia a oração. Após aproximadamente um ano que eu estava fazendo as práticas, minha mãe, que mora em Araranguá, cidade vizinha a Criciúma, onde moro, ligou-me cedo de manhã, para contar-me, apavorada, um sonho que tivera naquela noite. Disse que aquele sonho fora tão real que ela acordou com a imagem nítida em sua memória e estava perplexa com o que havia sonhado. Até então, minha mãe não aprovava muito que eu fizesse a oração aos antepassados, pois achava que isso era invocar os mortos, coisa que a Bíblia Sagrada condena,por isso não deveríamos fazer, e sim deixá-los descansar. Minha mãe também me dizia que fazer orações para pessoas já falecidas não adiantava nada, pois, segundo ela, depois que se morre, não se tem mais salvação. Quando acordei de manhã, nesse dia, com minha mãe ao telefone, fiquei um pouco preocupada, pois ela nunca me ligava àquela hora da manhã. E foi logo me perguntando: – Minha filha, que oração é essa que tu fazes para os falecidos? Eu respondi: – Ah, é a Oração de Gratidão aos Antepassados que eu faço, da Seicho-no-Ie, lembra-se do que eu falei pra senhora? Então, a minha mãe falou: – Eu tive um sonho muito estranho e muito real esta noite e tinha de ligar pra te contar. Sonhei que cheguei a um lugar onde estavam todos os nossos mortos reunidos, a minha mãe, o meu pai, o teu pai, o meu sogro, enfim, todos aqueles que já morreram, parecia uma festa. Eu cheguei e perguntei: “Ué, o que vocês estão fazendo aqui todos juntos?”. “Ah! (o meu sogro falou), nós estamos aqui esperando aquela oração que a Rosi faz daquele livrinho pra nós. Todos os dias nós viemos aqui ouvir, porque gostamos muito de ouvir aquele livrinho, tem feito muito bem pra nós. Quando eu cheguei aqui”, disse o meu avô (que é sogro da minha mãe e que havia falecido mais recentemente), “aquele ali ó (apontou para um tio da minha mãe que havia morrido esfaqueado muito jovem, com uns 24 anos de idade, numa briga, levando inúmeras facadas, muitas delas na perna), aquele ali não podia nem andar de tanta dor que sentia naquela perna, vivia gemendo e mancando, e hoje, olha ali, ele corre, ele pula, tá que é um guri. Aquela oração é muito boa, todos nós temos melhorado e ninguém mais sente dor alguma. É aquela oração que a Rosi faz todos os dias que nós estamos aqui esperando, pois daqui a pouco ela vai fazer...”. A partir desse sonho, minha mãe começou a acreditar nas orações da Seicho-No-Ie, na Cerimônia em Memória aos Antepassados, em cuidar dos túmulos, na Missão Sagrada. “Esse sonho foi um aviso”, ela falou, “e eu te peço que continues fazendo, porque eles estão muito felizes.” A partir daí minha mãe começou a respeitar muito a Seicho-No-Ie e a praticar também. Obrigada, antepassados! Muito obrigada! Obrigada, mestre Masaharu Taniguchi, por se preocupar em salvar toda a humanidade e nos passar essa mesma preocupação e amor! Rosinete Saturno Oratório Nesse último relato, duas palavras são mencionadas: oratório e túmulo de antepassados. Estudemos primeira mente sobre oratório. Às vezes, alguém indaga: “É obrigatório ter oratório em casa?”. Resposta: Não é obrigatório, porque o mestre Masaharu Taniguchi jamais impôs e sempre respeitou o livre-arbítrio de cada um. O livro Melhore Seu Destino Orando pelos Antepassados é destinado a todas as pessoas, seja ela iniciante ou não. Nele há a seguinte explicação, pp. 38-39: Recomendamos manter um oratório em casa, pois a sua ausência significa falta de um elo com os espíritos dos antepassados. Com os olhos físicos, vemos apenas um oratório de matéria, mas, abrindo os olhos da alma, compreendemos que esse oratório material é projeção de um majestoso templo do mundo espiritual. Portanto, é recomendável providenciar um oratório – mesmo que seja de aspecto bem simples –, de acordo com a religião tradicional da família, e orar pelos antepassados. E esclarece o motivo: No mundo espiritual, existem igrejas e templos apropriados para os que ali vivem. Os espíritos frequentam igrejas ou templos conforme as respectivas crenças, fazem treinamentos e vão passando para níveis mais altos. Cada pessoa tem o livre-arbítrio para decidir “ter ou não ter um oratório em casa”. Se um aluno pergunta a um professor “qual é o melhor caminho a seguir, A ou B?” e este o orienta: “Os dois caminhos o levam para o mesmo lugar. Porém, eu recomendo B”. Neste caso, se o mestre recomendou opção B, siga o caminho B. No entanto, a Seicho-No-Ie abole o “tem de ser assim”; desta forma, não deve-se apegar à recomendação. Explicando melhor: se num casal, apenas um dos cônjuges é adepto da Seicho-No-Ie e deseja seguir à risca adquirindo um oratório, mas o(a) esposo(a) não aceita essa ideia, é melhor não criar desarmonia por esse motivo, visto que os antepassados não ficariam felizes em receber orações nesse clima de desarmonia. Oratório no Ocidente é mais antigo do que muitos imaginam O meu genro, preletor Anibal, disse uma frase verdadeira que mostra o pensamento errôneo que alguns têm: “Muitas pessoas pensam que oratório seja criação dos orientais, por isso dão pouca importância ao mesmo”. Achar que o oratório seja uma criação dos orientais é um pensamento incorreto, porque, no Ocidente, o oratório já existia desde a Idade Média na Europa. A origem do oratório remonta à Idade Média, época em que as famílias não podiam construir capelas, que então eram representadas por um objeto que passou a ser chamado de oratório. Um fato que poucos sabem é que, quando o Brasil foi descoberto, Pedro Álvares Cabral estava com seu oratório no navio: “O primeiro oratório que chegou ao Brasil veio na expedição de Pedro Álvares Cabral e trazia a imagem de Nossa Senhora da Boa Esperança. Durante os séculos XVIII e XIX os oratórios foram peças fundamentais em praticamente todas as casas do país. Com o passar do tempo, os oratórios deixaram de ser simplesmente símbolos de fé e tornaram-se belíssimos ornamentos para residências dos mais variados estilos” (Oficina do Oratório – Tiradentes-MG). “Em 1500, a descoberta ou conquista do Brasil foi avalizada pelo sinal da cruz. A Caravela de Cabral chegou às novas terras carregando em meio à sua bagagem um oratório com a imagem de Nossa Senhora da Esperança, iniciando uma tradição que perpetua o contato do homem com a divindade pelos séculos seguintes.” (Depoimento da Presidente do Instituto Cultural Flávio Gutierrez – sra. Angela Gutierrez – Museu do Oratório – Ouro Preto-MG) Segundo o site do Museu do Oratório – Coleção Angela Gutierrez, que fica na cidade de Ouro Preto, estado de Minas Gerais: “O Museu do Oratório apresenta uma magnífica coleção – única em todo o mundo – de 162 oratórios e 300 imagens dos séculos XVII ao XX. As peças do acervo foram doadas ao IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) pela colecionadora Angela Gutierrez e são genuinamente brasileiras, principalmente de Minas Gerais. Caracterizando-se pela diversidade de tipos, de tamanhos e de materiais, o acervo oferece detalhes valiosos da arquitetura, pintura, vestuário e costumes da época em que foram produzidos, permitindo uma verdadeira viagem antropológica pela história do Brasil”. São armários ou nichos, a maioria feita de madeira, onde ficavam guardadas imagens de santos de devoção da pessoa, família ou de um grupo. A princípio, eram imagens de santos, mas, ao longo do tempo, muitas famílias passaram a colocar junto a essas imagens fotos de parentes falecidos.(4) Os descendentes de antepassados religiosos possuíam oratórios construídos por um avô, bisavô ou tataravô, e muitos deles, após conhecerem o ensinamento da Seicho-No-Ie, ficaram felizes ao descobrir que a família já tinha um oratório e vivificaram-no, colocando as tabuletas memoriais e fotos. Esse procedimento não está errado, visto que está de acordo com a recomendação do Mestre no livro Melhore Seu Destino Orando pelos Antepassados, 19. ed., p. 59, em que cita a orientação aos budistas: “No caso de família budista, se já existe uma imagem ou um quadro de Buda no centro do oratório, é recomendável colocar na prateleira inferior as tabuletas memoriais dos antepassados”. Da mesma forma, se já existe um oratório tradicional da família, este deve ser respeitado, e pode-se colocar a tabuleta ao lado ou abaixo da imagem do santo ali outrora instalado pelos seus ancestrais. Várias pessoas me mostraram oratórios feitos por avós ou bisavós com imagens de santos e de antepassados. Alguns casos sobre oratório Isso ocorreu no ano de 1975. Um primo meu de terceiro grau que, na ocasião, era pescador profissional telefonou-me desesperadoporque o maior barco dos pescadores, tomba ao retornar da melhor pesca feita até então, e eles perderam todos os peixes e equipamentos que estavam na parte superior. E vários outros problemas também estavam acontecendo. Fui com a minha esposa até lá e, chegando, perguntei: – Onde está o oratório? – Está no porão – respondeu meu primo. – Porão? Lugar de oratório não é o porão. Por que deixaram lá? – comentei, indignado. – Minha mãe era a única que orava. Depois da morte dela, como ninguém sabia rezar, levamos o oratório para o porão – disse ele. No porão, o oratório não estava de pé, mas deitado, ou seja, da mesma forma que o barco ficou tombado de lado. Pedi-lhe para trazer o oratório para a sala e fizemos oração para os antepassados deles; em seguida, falei-lhe que seria bom lermos a sutra no barco, para purificar. Subimos no barco e fomos para o alto-mar, enquanto todos a bordo leram a Sutra Sagrada Chuva de Néctar da Verdade. Retornando, ao chegar perto do canal, o barco encalhou, então ele explicou: – Agora são 15 horas. Somente às 2 horas da manhã teremos condições de tirar o barco, pois nessa hora a maré estará bem alta. Alguns minutos após, ocorreu um fenômeno: uma pequena ressaca fez desencalhar o barco, e assim pudemos retornar. Esse primo, impressionado, comentou: – Isso é incrível, estamos em março e a ressaca só ocorre no mês de agosto. E foi somente de 20 minutos! Isso é milagre! Há outro caso de um parente que me telefonou e disse: – Você, que conhece eletricidade, pode vir a minha casa? A lâmpada do quintal acende e apaga sem ninguém tocar no interruptor e o mesmo ocorre com a lâmpada da garagem. Já esteve aqui um eletricista, mas não encontrou problema nenhum. Chegando lá, não fui inspecionar a parte elétrica, simplesmente perguntei: – Onde está o oratório? – Está aqui no chão – disse, apontando para o mesmo que estava 3 metros distante. – Oratório é sagrado e não deve ficar no chão. Coloquem-no num lugar mais alto e, em seguida, vamos fazer oração para os seus antepassados. Depois disso, nunca mais houve problema com as lâmpadas. Também já ouvi pelo menos dois relatos de pessoas que foram vítimas de incêndio. O quarto ficou totalmente destruído, porém nada aconteceu com o oratório. O preletor Tuguio Teramae contou-me o que ocorreu na Segunda Guerra Mundial com sua prima que residia na cidade de Tóquio quando as bombas incendiárias começaram a ser lançadas pelos aviões norte-americanos. Na região, as casas eram feitas de madeiras e o incêndio propagou-se, então essa senhora correu para o interior de sua casa para apanhar aquilo que lhe era mais precioso e o envolveu em um lençol: o oratório! O oratório foi a única coisa que tirou de sua casa. Posteriormente, ao passar o incêndio, ela viu todas as casas incendiadas e muita fumaça. Ao aproximar-se mais perto, notou que havia somente uma casa que permaneceu intacta: era a sua própria casa! Conclusão: Por desconhecermos os estágios em que se encontram os nossos antepassados, é bom ter um oratório em casa, para orarmos por eles, e cuidar também dos seus túmulos, conforme citação do prof. Masaharu Taniguchi: “Assim como se dá comida aos que dela precisam, é preciso oferecer túmulo para os que desejam túmulo, e oratório para os que desejam oratório para re ceber orações. Este é o procedimento correto em relação aos nossos antepassados” (A Verdade da Vida, v. 16, 2. ed., pp. 62-64). Fato ocorrido no Japão No livro Melhore Seu Destino Orando pelos Antepassados, há um capítulo (6) com o título “Relatos de milagres ocorridos pela leitura de Sutras Sagradas para os antepassados”, curas como a da criança com 4 anos que não andava, a cura da cegueira noturna, dos braços e pernas que estavam paralisados, do tumor cerebral, da artrite reumatoide. A cura do tumor cerebral ocorreu no momento em que a mãe da criança estava visitando os túmulos dos antepassados; por essa razão o mestre Masaharu Taniguchi cita no mesmo livro, p. 194: “Quem possui verdadeiro sentimento de gratidão aos antepassados visita o túmulo deles mesmo que o local seja distante. Excetua-se o caso em que a pessoa mora no exterior. Para os que vivem no país, a distância não deve ser motivo para negligenciar a visita ao túmulo dos antepassados. Se alguém usa tal pretexto é porque seu pensamento está afastado dos antepassados. Mesmo que o túmulo dos antepassados se situe numa região distante, é possível visitá-lo duas ou três vezes por ano. Quem sente gratidão e respeito pelos antepassados tem a proteção dos espíritos deles. Por isso, terá êxito profissional e será próspero. Deve-se cuidar bem do túmulo. É imperdoável deixá-lo em estado de abandono. No caso de o túmulo ser distante, deve-se providenciar a limpeza e oferenda de flores com a colaboração dos parentes e amigos que residem perto do local”. Praticando essa explicação, temos o relato do preletor Antonio José Barbosa – Regional SP-Santo André: No dia 30 de novembro de 1993, logo pela manhã, recebi um chamado para comparecer à sala de meu chefe. Atendi ao chamado, e ele comunicou-me que eu estava sendo dispensado da empresa, uma multinacional onde trabalhava havia 17 anos ganhando um ótimo salário. Eu já era preletor da Seicho-No-Ie havia sete anos, sempre praticando o ensinamento, e orava muito, como oro ainda hoje, mesmo assim fiquei momentaneamente muito preocupado, pois tinha quatro filhos pequenos, para criar e educar. Porém, logo em seguida, refleti e lembrei-me das palestras que eu mesmo havia feito e das palestras que ouvi de grandes professores. Entreguei-me nas mãos de Deus e, orando, procurava ver qual a porta que iria se abrir para mim. Então parti em busca de alternativas para manter minha família no padrão de vida que tínhamos até então. Já na época, o prof. Heitor Miyazaki orientava sempre sobre a importância de orar para os antepassados, zelar por seus túmulos, e visitá-los, mesmo que fossem distantes. Então, no dia 28 de dezembro de 1993, fui visitar o túmulo de minha mãe, na região de Presidente Prudente, a 700 km da Grande São Paulo, o qual não visitava havia 30 anos. Chegando ao cemitério, não sabia direito qual era a cova de minha mãe dentre as várias marcadas por montinhos de terra. Procurei então uma velha amiga de minha mãe, era uma senhora de 80 anos, que me indicou o local, e ali construí um túmulo simples com amor e gratidão. Porém, a partir daquele dia, começaram as grandes dificuldades. Durante o ano de 1994, dediquei tempo integral estudando para prestar concurso público de fiscal, mas não consegui ser aprovado. Foi uma grande decepção. O dinheiro de minha indenização acabou e tive de vender um dos carros que tínhamos, pois ainda não conseguira emprego. Passei em dois concursos, em segundo colocado, mas, em ambos, havia só uma vaga, portanto não fui chamado. Já não conseguia fazer a manutenção do último carro que tínhamos, uma Caravan 86. No dia 15 de outubro de 2000, a Polícia Rodoviária o recolheu para o pátio e nunca mais o vi, foi a leilão e não tive condições de retirá-lo. Embora tivesse um excelente currículo profissional na área de finanças, os empregos que conseguia não duravam. Tivemos um depósito de material de construção, mas também não deu certo. Passaram-se sete anos e um dia eu estava no cabeleireiro, que é meu amigo de infância, conversando, quando ele lembrou e disse: – Faz tempo que eu queria lhe dizer uma coisa, mas tinha receio de que você ficasse chateado. Você foi a Presidente Prudente e mandou arrumar o túmulo de sua mãe, não foi? – Sim – respondi. E ele completou: – O túmulo que você arrumou não era o de sua mãe. Levei um choque e fiquei por algum tempo pensativo. Ele conhece bem o cemitério, pois existem antepassados dele lá. Decidi, então, rapidamente corrigir o erro. Programei uma viagem para o dia 28 de dezembro de 2000. Pedi emprestado uma picape Pampa de um amigo e fui até lá com meu filho Alisson, para construir outro túmulo no lugar certo, onde realmente a minha mãe estava sepultada. Assim fizemos e, ao concluir o trabalho, oramos,agradecemos e pedimos perdão. Também agradeci e pedi desculpas à alma desconhecida onde havia feito o primeiro túmulo, que continua lá, pois foi feita com amor e boa vontade. Depois que voltamos, minha irmã, que não sabia que tínhamos viajado, veio a minha casa e contou-nos que sonhara com a nossa mãe, com cabelos grisalhos e envolta em luz, que lhe dizia: “Agora estou feliz, pois tenho uma casinha para ficar e estou tranquila”. Fiquei comovido e refleti muito. A partir de então as coisas começaram a mudar. A minha filha Zuleica, que prestava estágio numa multinacional, foi efetivada em 1º de janeiro de 2001. Um grande amigo meu assumiu a Secretaria de Finanças da prefeitura e convidou-me a integrar sua equipe com um cargo de confiança, também a partir de 1º de janeiro de 2001, e naquele mesmo mês comprei meu primeiro carro zero-quilômetro. Agora, está tudo maravilhoso. Todos os meus filhos estão estudando, e voltamos a ter prosperidade. Agradeço sinceramente a Deus, aos maravilhosos ensinamentos de Seicho-No-Ie e ao preletor Heitor Miyazaki, que sempre tem nos orientado. Muito obrigado. Outro relato semelhante é o da preletora Sônia Maria, residente em Salvador-BA. Chamo-me Sônia Maria Vargas de Carvalho, resido à rua Dom Eugênio Sales, nº 50, bloco 13, apto. 102, no bairro da Boca do Rio, em Salvador, Bahia. Estou atualmente como preletora em grau sênior e me dedicando com muito amor a este grandioso Movimento de Iluminação de Humanidade (Seicho-No-Ie). São muitos os relatos que obtenho por meio das práticas deste ensinamento, e dois deles que estou relatando é sobre a importância de orarmos e sentirmos gratidão e amor pelos nossos queridos antepassados, principalmente pelos nossos queridos pais. Uma das práticas que este ensinamento nos ensina é manifestarmos a prosperidade (riqueza material) zelando com amor os túmulos dos nossos antepassados (ato que, antes de praticar este ensinamento, eu não dava importância). Procurei me interessar, visitando-os com mais frequência. Pouco tempo depois, comecei a observar que a minha vida estava melhorando ainda mais, em todos os sentidos (harmonia, paz, saúde, alegria, prosperidade etc.). Meu salário de aposentada começou a ser corrigido e atualizado na empresa pela qual estou aposentada. Em abril do ano de 2002, participei, na Academia Espiritual de Santa Fé-BA, do Curso de Preletores e Líderes de Iluminação, orientado pelo prof. Heitor Miyazaki, e relatei a ele que, ao visitar o túmulo de meu pai, constatei que o mesmo já estava ocupado por outro. O prof. Heitor me orientou que, ao chegar em minha residência, lesse a sutra sagrada para o meu pai durante um determinado período e, em outro horário separado, para os meus antepassados, e colocasse o meu pai na Oração Perpétua da Seicho- No-Ie. Assim, logo no outro dia, fui à Regional BA-Pituba providenciar a Oração Perpétua. Antes de uma semana, minha advogada me ligou, dando-me a excelente notícia de que “só eu” havia ganhado (obs.: mais de 20 ex- funcionários haviam entrado com processo por salário não recebido) a causa trabalhista, que era um processo que estava pendente fazia 17 anos na Prefeitura Municipal de Camaçari, onde trabalhei como enfermeira. Com o recebimento dessa maravilhosa indenização, pude contribuir à vista para a Oração Perpétua de meu pai e reformar o meu apartamento. Após esse acontecimento muito gratificante, decidi também colocar a minha mãe na Oração Perpétua da Seicho-No-Ie. Fiz o mesmo processo, realizando a leitura das Sutras Sagradas na minha residência só para ela, independente do horário dos demais antepas ‐ sados. Antes de completar os 30 dias, recebi uma carta da Receita Federal comunicando-me que havia uma restituição do Imposto de Renda e que já estava depositada na minha conta-corrente. Nesse ínterim, minha irmã veio me visitar para pagar um dinheiro que eu tinha lhe emprestado (ela fez questão de saldar). Aí, compreendi que era a ajuda de minha mãe do mundo espiritual, e pude também quitar à vista a Oração Perpétua para ela. Por todas as bênçãos constantes que venho recebendo, agradeço imensamente a Deus, aos meus queridos antepassados, aos orientadores deste grandioso ensinamento e principalmente ao prof. Heitor Miyazaki, aos quais eu sou eternamente grata. Estou decidida a colocar o meu nome (ainda em vida) na Oração Perpétua e os de meus queridos familiares (ainda em vida). “Esquecer-se dos ancestrais é como ser um riacho sem nascente e uma árvore sem raiz” (provérbio chinês que sintetiza o quanto representa nosso elo com nossos antepassados). Diferença de comportamento entre espírito novato e espírito elevado No livro A Verdade da Vida, v. 16, p. 73, registra o ocorrido durante uma mesa-redonda. O sr. Ando questiona: – Mas entre os numerosos espíritos de antepassados certamente há os que não atingiram o nível de evolução do pai do sr. Imai. Tais espíritos precisam de oratórios ou túmulos? E a resposta do mestre Masaharu Taniguchi: – Ao nível secundário, sim. Assim como se dá comida aos que dela precisam, é preciso oferecer túmulo para os que desejam túmulo, e oratório para os que desejam oratório para receber orações. Esse é o procedimento correto em relação aos nossos antepassados. Se o prof. Bonji Kawazura, apesar de ser autoridade do xintoísmo, resolveu cultuar a sua mãe com ritual budista atendendo ao pedido desta em vida, deve ser porque ele conhecia a Verdade. Um espírito livre de ilusão, consciente de sua natureza divina, não pensa em receber orações; mas aquele que pretende receber orações possui o mesmo apego que tinha desde a vida terrena. Por isso deve-se orar por ele de modo que, ao mesmo tempo que é satisfeito o seu desejo, vai aos poucos sendo conduzido ao verdadeiro despertar. Por isso, na Seicho-No-Ie adotamos o procedimento de orar pelos antepassados mantendo o ritual da religião que eles professavam. Outro caso de um espírito elevado está no livro Melhore Seu Destino Orando pelos Antepassados, 19. ed., p. 69, em que menciona a mensagem da sra. Majorie ao marido, que sentindo saudades dela visitava assiduamente o seu túmulo. A mensagem dela foi: “Querido, não pense que estou no cemitério. Os que permanecem lá são os espíritos pouco evoluídos. Em vez de ir ao cemitério com frequência, coloque flores diante do meu retrato, pois consigo senti-las”. Entretanto, como há muitos espíritos que ainda não atingiram o estágio mais elevado, na p. 69 desse mesmo livro, o Mestre esclarece: “No volume 24 de A Verdade da Vida, consta que os espíritos que perambulam nos cemitérios são os chamados ‘avermelhados’, que ainda estão em ilusão”. E por que perambulam nos cemitérios? Porque são espíritos de pessoas muito materialistas e são excessivamente apegados ao corpo carnal. Assim o sr. Corneille transcreveu a explicação do espírito Vetterini (A Verdade da Vida, v. 9, 5. ed., p. 94: “Primeiro estágio – categoria baixa – os espíritos nesse estágio usam ao extremo o corpo carnal em que estão alojados. Esses espíritos estão literalmente agarrados ao corpo carnal por eles considerado organismo seu e, para separá-los do corpo físico, às vezes é necessária a intervenção dos espíritos do mundo espiritual”. Se o espírito nesse estágio se encontra a ponto de necessitar de ajuda de outro espírito para que se desapegue do corpo carnal que utilizou, é natural que fique próximo ao mesmo. E, quanto à classificação, esses espíritos pertencem ao primeiro nível (cor avermelhada) (p. 124 do mesmo livro). O Mestre também tem registrado esse exemplo: Recordo-me de que, na primavera de 1932, um monge do templo Tenryuji, em Saga, foi acometido de nevralgia facial. A nevralgia facial, quando grave, causa uma dor tão forte que não se consegue dormir. E à noite a dor é ainda mais forte. O superior do templo, olhando o rosto do monge, intuiu imediatamente que era influência do espírito de algum antepassado. Todavia, não conseguiu identificá-lo. O monge tinha um conhecido chamado Bun-ichiro Noda, que era parlamentar eleito pela cidade de Kobe. Este, por suavez, era conhecido do vidente Baiken Imai. Então, por intermédio do parlamentar, o sr. Baiken Imai foi solicitado para identificar o espírito e dar uma solução. O sr. Imai, colocando o monge em transe e chamando o espírito “encostado”, viu que era o espírito do falecido pai do monge. Na ocasião, falava-se em reconstruir o jazigo da família, transferindo-o para outro local, provavelmente fora da terra natal. E isso inquietava o espírito do pai, que tinha muito amor à sua terra natal. Ele queria de qualquer modo impedir a mudança do jazigo e desejava que seu filho fizesse alguma coisa. Era pois o sentimento de amor à sua terra natal que influía no seu filho monge. Então o mestre Imai disse bondosamente ao espírito do pai: “Seu desejo será ouvido. Falarei a respeito com seu filho, que dará a melhor solução. Mas adoentar seu filho para atingir seu objetivo é contra o caminho de Deus; portanto, doravante não deve mais enviar pensamento ao seu filho”. Então o espírito concordou e se retirou. No dia seguinte, o sr. Bun-ichiro Noda telefonou-me informando que naquela noite o monge dormiu tranquilo, já livre da nevralgia facial. (A Verdade da Vida, v. 4, 7. ed., pp. 66-67) “Quanto ao local para construir o túmulo, é bom lembrar que não deve ser um terreno sujeito a alagamentos” (Melhore Seu Destino Orando pelos Antepassados, 19. ed., p. 66). Entendamos o motivo. Conforme ensina a Sutra Sagrada Chuva de Néctar da Verdade: “(...) a mente que está em ilusão profunda dá forma à sua crença e manifesta uma imagem falsa”. Desta forma, o espírito avermelhado, que tem grau de conscientização muito pequena ainda, fica onde estão os seus restos mortais. O sr. Vetterini explica (A Verdade da Vida, v. 9, 5. ed., p. 94) que o espírito inferior considera o corpo carnal como sendo ele, ou seja, ainda não compreendeu que o corpo carnal foi apenas um “uniforme” para ser utilizado “na escola da vida”. Por estar ainda nessa ilusão, se sentirá dentro da água, caso haja água em seu túmulo ou se este estiver alagado. Isso pode gerar doença chamada hidrocefalia em algum descendente ou parente. O jovem ASF, de São Paulo, estava com hidrocefalia, e falei-lhe: “Deve haver algum túmulo de antepassado seu, seja por parte do pai ou mãe, que ficou submerso com construção de usina hidrelétrica ou está com muita água”. No dia seguinte, ele foi juntamente com o pai visitar o túmulo do pai de seu pai, o avô paterno. E, chegando ao local, observaram que o jazigo vizinho era mais alto e, quando chovia, a água caía sobre o túmulo do avô. Pai e filho, cada qual segurando de um lado a tampa, levantaram-na, e surpresos viram o caixão do avô flutuando. Imediatamente o pai procurou uma pedra e golpeando um dos cantos, abriu um pequeno buraco para que a água escoasse. Na mesma semana, a hidrocefalia do jovem desapareceu. A preletora Belisa da Rocha Braga comentou-me que uma menina de origem humilde fora trazida do Nordeste para São Paulo a fim de fazer cirurgia na cabeça, por estar com hidrocefalia. Disse-lhe que provavelmente algum antepassado fora enterrada em local alagável, então ela comentou: “Na cidade onde mora essa menina, foi construída uma usina hidrelétrica, e o cemitério ficou submerso”. Já o caso da nevralgia do monge assim como o da paralisia facial podem estar relacionados a antepassado que está desgostoso por não receber visita de algum descendente. Recordando o prefácio do livro Melhore Seu Destino Orando pelos Antepassados, 19. ed., p. 9: “Muitas vezes, doenças graves que a medicina atual não consegue curar – certos tipos de câncer, distúrbios nervosos e paralisias de causa desconhecida etc. – são provocadas pelas vibrações mentais de angústia de um espírito que está sofrendo no mundo espiritual”. Casos de cura de doenças ao visitar túmulos dos antepassados Ainda a explicação de casos de paralisia, eis o relato da sra. P.G.V., de São Paulo-SP: Reverência. Muito obrigada. No dia 23 de abril de 1997, assim que acordei, fui tomar um copo de água e senti algo diferente na boca. Perguntei ao meu marido se tinha algo diferente na minha boca e ele disse que não, mas eu sentia algo estranho. Sendo funcionária da Seicho-No-Ie, na reunião de abertura da semana, quando começamos a cantar o Hino Nacional, eu não consegui cantar direito. Terminada a reunião, fui ao Departamento de Educadores e falei com a preletora Belisa da Rocha Braga, minha subchefe, e ela me disse que deveria ir ao médico. Fui ao médico e ele disse que eu estava com paralisia facial, no mesmo grau que o Ayrton Senna teve, que dificilmente eu iria me curar, e ficaria com sequelas. Na hora respondi para o médico que eu ia ficar curada, coisa que nunca tive coragem de dizer para nenhum médico. Receitou-me um remédio chamado cortisona e comentou que o remédio engordava. Como eu estava fazendo um sacrifício para emagrecer, então falei: “Doutor, estou fazendo um sacrifício danado para emagrecer e vou ficar com a boca torta e gorda, assim não dá!”. Voltei ao trabalho, falei com a subchefe e expliquei-lhe o que o médico tinha me dito e tudo o que estava se passando comigo. Ela recomendou que eu fizesse o meu trabalho e evitasse conversar. E, se alguém me perguntasse sobre o problema na boca, para eu responder que era devido à anestesia aplicada pelo dentista. Ela foi falar com o prof. Heitor sobre tudo que aconteceu. Como o convênio da Seicho-No-Ie não cobria o tratamento, ele deu a seguinte orientação: para que eu fosse a minha terra natal, Guararapes, interior de São Paulo, o mais rápido possível, para visitar o cemitério e limpar todos os túmulos dos meus antepassados. Mas, naquela semana, eu não fui; preferi ir ao cemitério onde estão sepultados meu pai e outros antepassados e ao cemitério em que estavam meu sogro e meus cunhados. Na terça-feira seguinte, quando fui falar com o professor, já fui levando uma bronca no momento em que ele entrou na sala: “Dona P.G.V., por que não fez o que eu disse para a senhora fazer? Se a senhora tivesse ido, já estaria curada!”. Respondi que eu estava esperando a semana em que haveria um feriado, porque era muito longe. Então levei outra bronca: “Guararapes é longe? O Mestre diz que quem dá esse tipo de desculpas é porque o coração está longe dos antepassados. Eu viajo todos os fins de semana, e faço isso mesmo antes de me aposentar da empresa e não falo que é longe. Vá visitar os antepassados”. Eu pedi ao meu marido para comprar as passagens e fui com a minha mãe. Chegamos no domingo de manhã a Guararapes, tomamos um banho e fomos com minha prima ao cemitério. Quando entramos no cemitério, ao dar três passos, senti uma pontada no lado direito da minha face. Era o lado que estava adormecido. Começou a latejar um pouco, e senti como se estivesse passando o efeito de uma anestesia, e disse à minha mãe: “Mãe, senti a minha face voltar ao normal!”. Minha mãe e eu começamos a chorar, e depois, muito emocionada, fui ao túmulo do irmão do meu avô e fui limpando os túmulos da família da minha mãe. À tarde, fui procurar túmulos da parte do meu pai e os achei, então limpei todos os túmulos e saí de lá. No dia seguinte logo cedo, pegamos o ônibus, o sol já estava ficando forte e, conforme o ônibus saía da cidade, o sol batia no meu rosto e eu sentia que estava melhorando cada vez mais. A minha mãe dizia que meus olhos não estavam mais vermelhos e que minha feição já estava ficando normal, e que ela também sentia melhorarem as suas pernas, que estavam adormecidas, e logo depois estavam curadas. Ao chegar a São Paulo, não tinha mais nada, estava totalmente curada! E minha mãe curou-se também do glaucoma nas duas vistas. Quando fui trabalhar na primeira semana de maio, assim que o prof. Heitor entrou na sala, no mesmo momento, fui lhe agradecer. As lágrimas escorreram e eu lhe disse: “Prof. Heitor, estou curada!”. Ele também, muito emocionado, não conseguiu falar normalmente, apenas comentou: “Realmente a senhora está curada!”. Outro relato idêntico é do preletor Luis Antonio Gomes – São Paulo-SP: Meu nome é Luis Antonio Gomes,meu relato é referente à paralisia facial (lado esquerdo). No dia 30 de setembro de 2012, um domingo, acordei às 6 horas da manhã para fazer oração e, quando minha esposa acordou, comentei com ela que estava com um gosto muito estranho na boca, um gosto de remédio. Nesse mesmo dia, tínhamos um evento para educadores no Salão Nobre da Sede Central da Seicho-No-Ie do Brasil. Fiquei responsável de buscar o convidado especial, um professor da PUC (Pontifícia Universidade Católica) de São Paulo, em sua casa e de fazer no evento as palavras de boas-vindas. Quando saímos de casa, comentei com minha esposa que minha boca estava começando a adormecer. Ela queria ir para o hospital, mas como tinha esses dois compromissos não quis alterar o que havia me programado. Chegando ao local do evento, quando fiz as palavras de boas-vindas, percebi que já estava falando com muita dificuldade. Terminada a abertura oficial do evento, pedi a uma colega de trabalho para que me levasse ao hospital, pois temia que fosse um AVC (acidente vascular cerebral), ou derrame. Minha esposa e meu filho ficaram no evento. Quando cheguei ao hospital, o lado esquerdo do meu rosto estava totalmente paralisado e eu sentia uma dor muito forte na minha cabeça. Passei a tarde toda no hospital fazendo diversos exames e tomando medicação na veia, por conta da dor que sentia na cabeça. No início da noite, o médico que estava me atendendo no Pronto- Socorro informou que eu ficaria internado, pois não tinha nenhum neurologista de plantão e ele não me daria alta sem o parecer do neurologista. No dia seguinte, o neurologista do hospital foi me ver no quarto e disse que eu estava com paralisia facial, que deveria tomar remédio e fazer fisioterapia. As dores na minha cabeça só aumentavam. Lembro-me de que um dia fiquei em casa tomando conta de meu filho porque a minha esposa tinha ido me substituir em uma atividade. Estava sentado no tapete da sala de casa, quando senti que iria perder os sentidos, e falei para o meu filho: “O papai vai deitar um pouquinho aqui no tapete, fique quietinho”. Vinte minutos depois acordei com ele olhando para mim, e me perguntou: “Melhorou?”. Respondi que sim e o abracei; ele havia ficado tomando conta de mim. Durante esse período de tratamento, recebi em minha casa a visita de vários preletores amigos oferecendo ajuda (além de várias maratonas de sutras e correntes de oração), aos quais sou imensamente grato pelo amor e carinho de todos. Já estava fazendo tratamento havia quase um mês, mas os sintomas ainda continuavam. Um preletor muito amigo da Regional SP-Santana ligou para minha casa e disse que tinha um médico de sua confiança e gostaria de levar-me até ele. No dia seguinte, fomos até Mairiporã, e, quando ele me examinou, descobriu que eu estava com uma forte infecção no ouvido esquerdo. Retomei minhas atividades na Sede Central e, um dia (já passados quase três meses do incidente), estava almoçando no refeitório quando o prof. Heitor Miyazaki passou por mim dizendo que queria conversar comigo e para que, após o almoço, eu fosse à sua sala. Terminando o almoço, fui conversar com o professor, que me orientou para cuidar dos túmulos dos meus antepassados e que havia um tio que gostava muito de mim que estava precisando de oração. Como os túmulos de meus antepassados e meus pais ficam em Minas Gerais, fui passar um final de semana lá para cuidar dos túmulos. Esse tio que o prof. Heitor mencionou na orientação pessoal é irmão do meu pai, inclusive, os corpos deles estão enterrados no mesmo túmulo. Quando comecei a lavar esse túmulo, lembrei-me de que era na casa desse meu tio que passávamos nossas férias escolares, lembrei-me do carinho com que ele nos recebia em sua casa durante o período de férias. Foram momentos muito felizes de minha infância, chorei de emoção e saudade. Durante a atividade, conversei mentalmente com meu tio explicando que ele é filho de Deus e que se tranquilizasse. Fiquei hospedado na casa de minha prima, que é filha desse meu tio. Na hora do jantar, demos muitas risadas recordando desses momentos de minha infância, e, naquele momento, senti que o lado esquerdo do meu rosto começava a “formigar”. Na verdade, os movimentos estavam começando a voltar. Durante todo esse período evitei me olhar no espelho, pois não queria gravar no meu subconsciente a imagem do rosto distorcido. Quando cheguei em casa na segunda-feira, o “formigamento” estava aumentando, então tomei coragem e me olhei no espelho. Para minha alegria, constatei que estava totalmente curado. Naquele momento, com profunda emoção, agradeci a Deus, fechei os olhos e mentalizei: “Preletor Heitor Miyazaki, onde quer que o senhor esteja, muito obrigado”. Relato sobre cura de diabetes do pai e mudança no semblante da filha ocorridas na Espanha. Meu nome é Maria Trinidad Díaz Díaz, nasci e vivo na província de Pontevedra, Espanha. Tenho dois filhos maravilhosos, de 34 e 24 anos. Conheci a Seicho-No-Ie em setembro de 2006 e, a partir de dessa data, a minha vida mudou muito, proporcionando-me muitas melhorias nesses nove anos. A primeira vez que ouvi uma palestra do prof. Heitor Miyazaki foi aqui na Espanha, quando compreendi a importância que têm os antepassados em nossas vidas. Eu sempre fui de ir ao cemitério, mas ficava sem condições de levar flores para os meus antepassados porque as portas dos jazigos estavam sempre fechadas, e as chaves ficavam com os meus familiares. Embora eu tivesse pedido uma cópia várias vezes, nunca era atendida. Ouvindo as explicações do prof. Heitor, a princípio eu ficava um pouco cética do que ele dizia. Nessa época, eu vivia sempre carrancuda, não sorria e ficava com a fisionomia sempre triste. Regressando para casa após o primeiro dia de aula, comecei a agradecer mentalmente aos meus antepassados. Eles captaram a minha gratidão por eles e o meu desejo de levar-lhes flores, pois na manhã do dia seguinte a minha tia me chamou e me perguntou: “Você deseja ainda ir ao cemitério? Se deseja, vou até a minha casa pegar as cópias das chaves do jazigo!”. Na hora eu não estava acreditando, pois depois de tanto tempo pedindo as chaves, agora, sem que eu pedisse novamente, a minha tia disse que iria buscá-las na sua casa! Fiquei muito emocionada e feliz mesmo! Finalmente pude limpar o jazigo e levar flores aos meus antepassados. No domingo à tarde, o professor iria fazer duas palestras, e, quando adentrei no salão, todas as pessoas que me conheciam ficaram impressionadas com a transformação do meu rosto. Elas disseram que eu parecia ser outra pessoa, pois a fisionomia carrancuda desaparecera e o meu rosto irradiava luz! Meu pai era diabético e tomava aplicação de insulina todos os dias, durante muitos anos. Devido a diabetes, ele havia perdido as duas pernas. O professor explicou sobre diabetes nas aulas, mas por ser iniciante eu não havia entendido bem, e no término da aula ele me explicou sobre o meu pai e a diabetes dele, despertando em mim o desejo de seguir à risca o que ele me explicou. No mês seguinte, o meu pai foi levado para o hospital e eu aproveitei para conversar com os médicos sobre o estado dele. Nessa ocasião, o médico que atendia o meu pai foi substituído por uma médica. Conversando com ela, ela me disse, surpresa: “Por que estão fazendo aplicações de insulina nele?”. No histórico dele constava que era diabético, mas a médica mandou fazer três vezes exames e não havia mais diabetes! Ela disse que havia aplicado insulina sem a mínima necessidade. A médica mandou fazer um terceiro exame analítico, com o qual se comprovou o desaparecimento da diabetes. Entendi o que estava ocorrendo. Lembrei-me do que havia dito o professor: “Quem sofre de diabetes precisa dar mais amor aos seus antepassados, visitar seus túmulos e providenciar sua limpeza”, conforme consta no livro Melhore Seu Destino Orando pelos Antepassados. E tudo estava acontecendo como o professor havia me dito. Meu pai retornou para o mundo espiritual no dia 13 de dezembro de 2007, mas sem a diabetes. Hoje, sou preletora da Seicho-No-Iee, com muita humildade e gratidão, quero dizer: “Obrigada, Deus, criador do Universo; obrigada, mestre Masaharu Taniguchi, ao prof. Heitor e a todos que conheci desde que faço parte da família Seicho-No-Ie”. Comportamento dos espíritos O comportamento dos espíritos varia de acordo com o seu grau de evolução. No livro A Verdade da Vida, v. 9, 5. ed., p. 94, assim consta sobre os que se encontram no primeiro estágio: Categoria baixa – os espíritos nesse estágio usam ao extremo os corpos carnais em que estão alojados. Esses espíritos estão literalmente agarrados ao corpo carnal por eles considerado organismo seu e, para separá-los do corpo físico, às vezes é necessária a intervenção dos espíritos do mundo espiritual. Os espíritos deste estágio, após a morte, não têm nenhuma consciência. Tais espíritos erram indolentemente na atmosfera inferior da Terra no chamado estado “comatoso”, enquanto aguardam pela próxima encarnação. Na classificação dos espíritos, esses são de cor avermelhada (p. 124). São esses espíritos que habitam os cemitérios (visto por Reine quando visitou o cemitério de Nantes – p. 135). E no livro Melhore Seu Destino Orando pelos Antepassados, p. 69: “(...) permanecem no cemitério muitos espíritos chamados ‘vermelhos’, que são pouco evoluídos, mergulhados ainda na ilusão”. Como não temos conhecimento de que estágio estão os nossos antepassados, é importante visitar os túmulos deles, limpar e levar-lhes flores. Assim consta no mesmo livro, p. 66: “Cada família deve construir um túmulo adequado, levando em conta a situação econômica e tomando cuidado para que não seja maior e mais vistoso que os túmulos dos antepassados. O importante é conservá-lo sempre limpo e não esquecer a oferenda de flores, pois esses atos expressam amor, respeito e gratidão aos finados”. Lembro-me de que num Dia de Finados, vendo algumas senhoras com balde e vassoura no cemitério, pensei “com os meus botões” se elas seriam obcecadas por limpeza, para deixarem os túmulos limpinhos como se fossem a pia da cozinha. Na ocasião, embora já tivesse lido o livro Melhore Seu Destino Orando pelos Antepassados, não havia entendido o motivo de o Mestre ter citado duas vezes de forma enfática no mesmo livro sobre a importância de deixar os jazigos sempre limpos. E, analisando a palavra limpo, isso é relativo de pes soa para pessoa, visto que o que uma pessoa vê como limpo a outra pode não ter a mesma visão. Teoricamente as toalhas de rosto não deveriam ficar sujas, pois o objetivo delas é apenas de enxugar, mas se ficam impregnadas sujeiras das mãos nas toalhas é prova de que as mãos não foram realmente lavadas. Recentemente vi uma reportagem pela televisão na cidade de São Paulo que me chamou a atenção. Uma repórter entrevistava uma senhora ligada à área de saúde, e esta lhe entregou um sabonete de cor verde e pediu-lhe que lavasse as mãos. A repórter, enquanto conversava com essa senhora, lavou as mãos e, quando ia levá-las embaixo da torneira, a mulher disse-lhe: “Olhe como estão mal lavadas suas mãos, pois o dorso dessa mão não está com a cor do sabonete”. Se o Mestre citou por duas vezes no mesmo livro sobre a importância de deixar os túmulos sempre limpos, existem motivos para isso, caso contrário, não comentaria. E qual o motivo da ênfase em deixar o jazigo sempre limpo? A razão disso é por haver espíritos de diferentes graus. Se for jazigo de um espírito de cor azul ou branca, não há problema estar limpo ou não, porque espíritos elevados não permanecem nos cemitérios; no entanto, aqueles que têm ainda apego às coisas materiais sentem-se desconfortáveis se o jazigo estiver sujo. É o caso mencionado no livro O Amor entre Pais e Filhos, de autoria do prof. Seicho Taniguchi, 5a impressão, p. 57, em que a pessoa que estava com vitiligo ouviu na Associação Local da pessoa que o orientou: – Vitiligo não se cura com remédios. – Então, como se cura? – Por acaso, o túmulo da sua família não estaria cheio de musgos? Vá visitá-lo e lave-o com todo o carinho. Assim se curará do vitiligo. E complementou: – É preciso oferecer Oração de Gratidão aos antepassados. Do contrário, nada será resolvido, nem a doença nem outros problemas. A pessoa seguiu a orientação e ficou curada. Para que o túmulo fique limpo, não basta tirar as folhas secas; nós não nos sentimos limpos sem tomar banho, e, para que a cozinha fique limpa, não basta varrer. O Mestre, com este poema, nos orienta da seguinte forma: VIVIFIQUE O DEUS QUE HÁ DENTRO DE VOCÊ Você precisa ser mais atencioso. Precisa ter amor pleno para com todas as coisas. Precisa tomar cuidado, mesmo com as coisas pequenas. O seu defeito de personalidade está em sempre deixar tudo incompleto, achando que “coisa de pouca monta pode deixar passar”. Pouca coisa não tem importância. Um pouco de sujeira não faz mal. Um pouco de ruga não faz mal. Um pouco de desleixo não faz mal. Eu não gosto desse pensamento “um pouco não faz mal”, porque Deus é amor, porque Deus é atenção. Se você realmente acredita em Deus, sempre que for fazer algo, precisa dar total amor a esse trabalho. Quando você efetua um trabalho com amor pleno, Quando você efetua o trabalho com o coração atencioso, Deus que está dentro de você passa a ser vivificado. “Pouca coisa não tem importância.” Não estaria você, com essas palavras, anulando diariamente Deus que está dentro de você? (Poema extraído do livro A Verdade da Vida, v. 9, 5. ed., p. 16) No prefácio do livro Melhore Seu Destino Orando pelos Antepassados, 19. ed., p. 9, assim consta: “Muitas vezes, doenças graves que a medicina atual não consegue curar – certos tipos de câncer, distúrbios nervosos e paralisias de causa desconhecida etc. – são provocadas pelas vibrações mentais de angústia de um espírito que está sofrendo no mundo espiritual”. Entre essas paralisias, podemos citar a paralisia facial – cujo relato de cura contei no livro Conquiste a Felicidade com Amor. Embora a diabetes possa ter como causa uma pressão psicológica, como guardar segredo, cobrança (pressão) dos pais aos filhos adolescentes, grande parte é consequência de abandonar os túmulos dos antepassados. “Não é também errada a interpretação das ciências ocultas segundo a qual a diabetes é resultante da influência de alguma alma de antepassado que está com uma sede insaciável” (Acendedor, nº 103). Por isso, ao visitar os túmulos dos antepassados, é bom limpar a superfície e espargir água sobre a mesma. Espíritos elevados não se importam que seus túmulos sejam ou não visitados Os antepassados que são espíritos elevados dispensam os cuidados em seus túmulos e não se importam se estiverem sujos e abandonados, mas os espíritos de cor avermelhada, sim. Como não sabemos os estágios em que eles se encontram, é recomendável seguir as orientações do Mestre. No livro A Verdade da Vida, v. 9, 5. ed., p. 134, o Mestre registra o momento em que a médium chamada Reine visitou o cemitério de Nantes e viu somente espíritos de cor avermelhada, e não havia espíritos de cor azul ou branca, que são bem mais evoluídos. Estes últimos, por não habitarem os cemitérios, não se aborrecem caso não sejam visitados os seus túmulos. Em Melhore Seu Destino Orando pelos Antepassados, 19. ed., p. 69, é citada a mensagem da sra. Majorie ao marido, que sentindo saudades dela visitava assiduamente o seu túmulo, e o recado dela foi: “Querido, não pense que estou no cemitério. Os que permanecem lá são os espíritos pouco evoluídos. Em vez de ir ao cemitério com frequência, coloque flores diante do meu retrato, pois consigo senti-las”. Por outro lado, os espíritos avermelhados, por permanecerem onde estão os seus respectivos corpos, ficam felizes quando visitamos e cuidamos dos seus jazigos. Taniguchi – Fundamentalmente, o espírito do homem é filho de Deus, perfeito por si próprio. Ele não precisa de algo de fora para se tornar perfeito. Esta é a Verdade fundamental. Se um espírito não consegue viver bem sem um oratório para que orem para ele, é porque está em ilusão; falta a esse espírito conscientizar-sede sua natureza divina. Portanto, um espírito convicto de sua natureza divina não tem necessidade de receber orações de forma alguma. Conta o sr. Baiken Imai que, desde que o túmulo dos seus antepassados foi destruído pelo grande sismo de Kantō, tinha deixado sem reparos. Como isso o preocupava, chamou o espírito de seu pai através de um médium e o consultou: “Estou pensando em reconstruir o túmulo; o que me recomenda?”. O espírito de seu pai respondeu: “Não há necessidade de construir nenhum túmulo. O espírito não necessita de túmulo. Não precisa ocupar o terreno com uma coisa improdutiva como túmulo, numa época em que no mundo dos homens a população aumenta e há problemas por falta de espaço”. O sr. Imai reconheceu: “Tem razão, mas eu, como descendente, sinto-me no dever de orar para os antepassados”. Então o espírito de seu pai disse: “Se é assim, pode fazê-lo, mas isso é uma iniciativa do homem para manifestar seu sentimento de amor e respeito, e não uma exigência dos espíritos”. Por esse episódio, podemos constatar que para o espírito que despertou para a sua natureza divina não há necessidade de oratório ou túmulo, feitos de matéria. (A Verdade da Vida, v. 16, 2. ed., pp. 62-64) O pai do prof. Imai é um espírito muito elevado, eis o motivo de ele responder “não há necessidade de construir túmulo”, mas para os avermelhados, que ficam no cemitério, é importante visitá-los e deixar os túmulos limpos. Nesse mesmo volume, o seguinte diálogo reforça o nosso entendimento: Ando – Mas entre os numerosos espíritos de antepassados certamente há os que não atingiram o nível de evolução do pai do sr. Imai. Tais espíritos precisam de oratórios ou túmulos? Taniguchi – Ao nível secundário, sim. Assim como se dá comida aos que dela precisam, é preciso oferecer túmulo para os que desejam túmulo, e oratório para os que desejam oratório para receber orações. Este é o procedimento correto em relação aos nossos antepassados. Se o prof. Bonji Kawazura, apesar de ser autoridade do xintoísmo, resolveu cultuar a sua mãe com ritual budista atendendo ao pedido desta em vida, deve ser porque ele conhecia a Verdade. Um espírito livre de ilusão, consciente de sua natureza divina, não pensa em receber orações; mas aquele que pretende receber orações possui o mesmo apego que tinha desde a vida terrena. (A Verdade da Vida, v. 16, 2. ed., pp. 62-64) Além das Sutras Sagradas, o Mestre recomenda ler livros da Verdade para os antepassados. Há pessoas que dizem: “Se os pais pensam sempre no bem dos filhos, não é possível sermos atormentados pelos espíritos deles; por isso não posso acreditar que ocorram tais fatos”. Mesmo que os pais só pensem no bem dos filhos, se não conhecem a Verdade, podem prejudicá-los. É o caso de espíritos de antepassados que molestam um descendente. Por isso ocorre a cura de doença de um descendente quando este oferece Cerimônia de Gratidão aos Antepassados. Nessa cerimônia, considera-se mais importante a oferenda espiritual do que a oferenda material. A oferenda espiritual consiste em oferecer palavras da Verdade. Ler A Verdade da Vida para as almas dos antepassados é uma forma de oferenda espiritual. (A Verdade da Vida, v. 22, 3. ed., p. 126) Por que o Mestre faz essa recomendação? Os motivos são vários: – A própria pessoa que está lendo pode não ter compreendido alguns trechos. – Alguns antepassados em vida não conheceram a Seicho-No-Ie ou não tinham hábito de ler livros da Verdade, por isso em algumas partes a compreensão não lhes é clara, e quando o mesmo assunto é lido de forma mais detalhada o antepassado compreende-o melhor. O Capítulo “Espírito”, da Sutra Sagrada Chuva de Néctar da Verdade, menciona “Ensinai a eles a Imagem Verdadeira da Vida, ensinai que a Imagem Verdadeira da Vida é o próprio Deus, e é perfeição. Ensinai que neste mundo não há pecado que tenha sido cometido, nem há pecado a ser resgatado” porque dentre os espíritos que deixaram o corpo carnal há os que não entenderam que são filhos de Deus e a ideia de pecado os atormenta. Como o livro A Humanidade é Isenta de Pecado é uma compilação de textos extraídos da coleção A Verdade da Vida pelo prof. Kamino Kusumoto, trata-se de um livro que os ajudará muito a se libertarem da ideia de pecado. Quem leu antes da sutra algumas páginas por dia desse livro, até o seu término, teve um resultado surpreendente. É bom efetuar sua leitura várias vezes. Quanto mais livros da Verdade forem lidos para os antepassados, mais estaremos ajudando-os a evoluir. Assim recomenda o mestre Masaharu Taniguchi: Cada pessoa tem também um ou vários “espíritos protetores” que a amparam constantemente. O espírito protetor efetivo é normalmente o espírito de um antepassado da pessoa, mas, além dele, existem espíritos que se vinculam à pessoa pela sintonia de vibrações espirituais (da mesma forma que se captam transmissões radiofônicas de diversas emissoras ao sintonizar na mesma frequência) e se tornam seus protetores assistentes, e o destino dessa pessoa varia conforme a qualidade das vibrações desses espíritos protetores. Entretanto, mesmo o espírito protetor efetivo não é Deus onisciente e onipotente, e sua força de proteção pode ser maior ou menor conforme o seu grau de despertar. Portanto, promover o aprimoramento dos espíritos protetores resulta em melhorar o nosso próprio destino. E, para elevar o seu grau de despertar e aumentar o seu poder de proteção, recomendo ler diante do oratório dos antepassados toda a coleção A Verdade da Vida, durante uma hora por dia, em sequência, ou a Sutra Sagrada Chuva de Néctar da Verdade, uma vez por dia, pois isso não só melhora a sorte da pessoa, como também constitui a melhor oração aos antepassados. (A Verdade da Vida, v. 24, 2. ed., pp. 116-118) “Todos comem e bebem; são poucos os que sabem distinguir os sabores” (Confúcio) Nem todos que leem livros que contêm a Verdade conseguem melhorar o seu destino. A razão é simples: há aqueles que os leem, mas não se esforçam para entender a Verdade, e há aqueles que entendem, mas não a praticam. Há também aqueles que fazem filtragem. Essa palavra é utilizada em psicologia para exprimir o comportamento das pessoas que leem somente o que lhes interessa e, com essa postura, não apreendem o todo. Há muitos casos de pessoas que haviam lido escrituras antigas como as do budismo, de Upanixades, da Bíblia etc., mas, por não compreenderem a Verdade nelas escritas, não houve transformação para melhor no destino delas. Porém, ao lerem nos livros da Seicho-No-Ie a mesma explicação, desta feita em linguagem atual, compreenderam claramente e se curaram, ou tiveram melhorias em vários aspectos. Um dos casos está mencionado no livro A Verdade da Vida, v. 30, a respeito da menina que, como católica, conhecia bem a Bíblia, mas, no momento em que leu uma explicação da Bíblia feita pelo mestre Masaharu Taniguchi, despertou para a Verdade. Ela tirou os óculos que usava porque não conseguia avançar na leitura e se deu conta de que estava curada de uma forte miopia. Falar em amar é muito fácil, mas até onde se estende esse amor? No início do livro citei que há pessoas que dizem “mas na Bíblia não consta sobre reencarnação” e citei sobre o profeta Elias mencionado no Velho Testamento e a fala de Jesus deixando claro que Elias foi S. João Batista. Se na igreja católica são realizadas missas às pessoas que já deixaram este mundo material, é com o objetivo de iluminar as almas desses entes queridos. E no Evangelho de S. João consta: “Em verdade, em verdade vos digo: quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou tem a vida eterna e não incorre na condenação, mas passou da morte para a vida” (João 5. 24). O texto grifado “passou da morte para a vida” é o mesmo que consta na Sutra Sagrada Chuva de Néctar da Verdade: “O Caminho está com Deus; Deus é o Caminho, é a Realidade. Aquele que conhece a Realidade, aquele que vive a Realidade, transcende a desintegração e será eternamente perfeição”. Transcender a desintegração significa “não vivenciar a mortedo corpo carnal”. Aquele que se considera corpo carnal sofre com a desintegração do corpo carnal por estar muito apegado a ele, mas quem já tem consciência de que é espírito, é eterno, é indestrutível, é imortal, não passa por esse processo. Para melhor entendimento sobre o texto “transcende a desintegração”, há uma mensagem psicografada por Vera Lúcia Marinzeck de Carvalho de uma moça que se suicidou ingerindo veneno: Mas não me sentia morta. Fiquei a ver e ouvir tudo, mas de modo confuso. Limparam-me, colocaram-me esparadrapo na boca, trocaram-me de roupa. Vi que me colocaram num caixão, o cheiro das flores e velas incomodava-me. Vi e ouvi pessoas, comentários, o choro das amigas e de meu ex-namorado, o desespero de minha mãe, irmãos, tios e avó. Sem conseguir entender o que de fato ocorria, fiquei desesperada. Fecharam o caixão e fez-se um terrível silêncio, a completa escuridão. Enterraram-me. Nem mesmo sei descrever o horror que senti. Sem ver nada, o frio terrível, não conseguia me mexer, falar que tinha dores fortíssimas no abdômen, e por todo o corpo comecei a sentir bichos andarem sobre mim e a me comerem, suas picadas doíam-me, arrancando pedaços de carne apodrecida. Senti horror, desespero, medo, e ainda choro ao lembrar-me desses momentos, tantos anos depois. Não sabia a quem pedir auxílio, fui criada sem seguir religião nenhuma, aprendi a orar com meus últimos amigos e passei a ir à missa com meu ex- namorado.(5) Para casos como esse de suicídio, explica o Mestre: (...) os espíritos de pessoas que tiveram morte trágica, como assassinato, suicídio etc., e que partiram sentindo ódio e amargura, podem levar mais de 50 anos para concluir o processo de purificação. Portanto, se houver antepassados nessa condição, devemos dar-lhes especial atenção, continuando a evocar seus respectivos nomes e dedicar orações para proporcionar-lhes paz e conforto. (Melhore Seu Destino Orando pelos Antepassados, 19. ed., p. 47) Como se inicia a nova jornada Pense no dia, mês e ano em que você nasceu. Em seguida, em 12 meses antes dessa data. Nesse dia, mês e ano, como você via o mundo em que vivia e o mundo que estava para vir? E como você se via? Qual era sua aparência? Obviamente não era da forma que se vê hoje no espelho, pois esse corpo carnal que você tem hoje não existia. Você sabia que era espírito e não tinha corpo carnal e que estava prestes a voltar para a Terra. Já havia recebido algumas instruções de espíritos elevados e comentado com amigos. Era como se fosse uma viagem longa, e muitos lhe desejaram “boa sorte”, “sucesso” etc. Num determinado dia, você se vinculou a um óvulo fecundado, que foi se dividindo para 2, 4, 8, 16, 32, 64, 128, 256... células. Nos três primeiros meses, você estava ligado ao novo “templo de carne”, mas tinha a liberdade de ficar o tempo que quisesse no ventre de sua mãe. Porém, à medida que foi avançando o tempo, você passou a ir com mais frequência. Assim, você foi imprimindo suas características no novo corpo carnal em formação e passou a modelá-lo de acordo com a sua vontade, ou seja, imprimiu a marca da sua personalidade. E, continuando, o sr. Vetterini completa a explicação: “Por volta dos sete meses o espírito se instala nesse corpo carnal, tornando-se dono dele, e, quando já ficou totalmente confinado no novo corpo, a consciência, a memória etc. são totalmente anuladas devido às condições psicoquímicas nas quais entrou”. Em regra geral, é assim que acontece. Ao ligar-se com o corpo material, as memórias ficam temporariamente “desligadas”, e é por essa razão que normalmente, ao nascerem, as pessoas não se lembram da vida passada e de outras anteriores. O período para um espírito se reencarnar varia muito: os espíritos baixos retornam à Terra de 15 a 20 anos depois do retorno ao mundo astral; já os que são um pouco mais elevados, em torno de 40 anos. Porém, conforme afirma Vetterini, é o que ocorre com a maioria, mas toda regra tem exceção; por isso, há casos de espíritos que reencarnam dois a três anos após e, da mesma forma, há aqueles que, apesar de não serem elevados, demoram mais do que 40 anos. Isso se deve ao processo de purificação, que pode exigir mais ou menos tempo. Numa antiga revista Acendedor constam algumas referências sobre os espíritos elevados. Entre elas citamos os casos dos deficientes físicos: “Os espíritos que alcançaram uma evolução relativamente elevada escolhem deliberadamente caminhos difíceis, com o intuito de evoluir mais rapidamente. Essa atitude se assemelha aos alpinistas que aceitam o desafio de escalar as gélidas montanhas dos Alpes ou do Himalaia. Os espíritos elevados, em vez de escolherem as escarpas dos Alpes ou do Himalaia, escolhem as ‘escarpas’ da deficiência física”. Os espíritos dos natimortos Há mulheres que carregam sentimento de culpa por pensar que faltou cuidado por parte dela e devido a isso o filho morreu antes do parto. Olhando pelo lado de quem se encontra em corpo carnal, ela pode viver a vida toda se culpando, mas, conhecendo-se a Verdade, esse sentimento de culpa desaparecerá. Quando o sr. Corneille perguntou ao iluminado espírito Vetterini sobre os natimortos: – Todos os espíritos de natimortos são espíritos altamente evoluídos? Isso é coisa absoluta? Não haveria exceção? A resposta de Vetterini foi contundente: – É coisa absoluta! Todas as crianças que morrem na ocasião do parto, seja por prematuridade, seja por gravidez prolongada, seja devido a acidente repentino, seja por intervenção cirúrgica, são espíritos altamente evoluídos, sem nenhuma exceção. Os espíritos desses natimortos são de cor branca e não necessitam mais se reencarnar, e a última passagem pela Terra é eles virem dessa forma. O sr. Corneille entendeu e fez a seguinte observação: “A evolução do espírito deve-se à sabedoria adquirida através de sua própria experiência. Só se conhece realmente o que já se experimentou. O que não foi experimentado não passa de ‘deve ser’” (A Verdade da Vida, v. 9, 5. ed., p. 130). Aqui se encontra a resposta para aqueles que indagam “se somos filhos de Deus, perfeito, por que se reencarnar?”. Mediante esta resposta passamos a entender melhor Deus! Deus não julga, não castiga, não condena, não impõe, não estabelece regras para isso ou para aquilo. Deus nos concedeu o livre-arbítrio para todos nós. Ele não castiga, mas não se pode ignorar que existem leis como a lei do carma (lei da mente). Deus não castiga, mas, como toda ação gera uma reação, o homem vai aprendendo por si próprio, sem castigo ou obrigação, a desenvolver a responsabilidade. Se estamos colhendo coisas indesejáveis, é porque um dia fomos irresponsáveis, e a colheita vem nos mesmos moldes da semeadura. E, à medida que passamos a aprender por experiência própria, evoluímos a passos largos. Esta é a vontade de Deus: que aprendamos com as experiências, por isso, mesmo que alguém venha a cometer pecados, Deus jamais irá puni-lo. Os espíritos elevados habitam o mundo iluminado, onde não há sofrimentos, tristezas, doenças. O fato de serem elevados deve-se exclusivamente às próprias conquistas. Nenhum espírito chegou à iluminação por algum artifício ou apadrinhamento, como ocorre na Terra. Todos os anjos, querubins, serafins etc. buscaram dentro de si o Eu verdadeiro. Vetterini enumerou os itens que caracterizam o espírito elevado. Além do reconhecimento direto, como luz que irradia, e muita sabedoria, há três pontos fundamentais: Primeiro – a complacência; não porque é condescendente, ou tolerante, mas porque perdoa aos outros (A Verdade da Vida, v. 9, 5. ed., p. 119). Quando o prof. Katsumi Tokuhisa esteve no Brasil por dois anos, eu me tornei preletor. Numa das palestras ele comentou um diálogo dele com o mestre Masaharu Taniguchi: Prof. Tokuhisa: – Mestre, às vezes o senhor também fica magoado com determinadas pessoas? – Sim, mas perdoo no mesmo instante. É generoso, mas sabe ser severo. Na verdade, o espírito muito elevado, por ter atingido alto nível de despertar espiritual, sabe definir claramente entreo que é verdade e mentira, a falsidade e a verdade, a imagem falsa e a Imagem Verdadeira, a Realidade (Verdade, Deus) e a realidade (projeção da mente). Essa severidade Jesus demonstrou quando expulsou as pessoas que faziam comércio dentro da igreja: “Jesus entrou no templo e expulsou todos os que ali vendiam e compravam. Derrubou as mesas dos que trocavam dinheiro e as cadeiras dos que vendiam pombas. Ele lhes disse: Está escrito: ‘A minha casa será chamada Casa de Oração’; mas vocês a transformaram num esconderijo de ladrões” (Mateus 21. 12-13). Cristo tinha amor tão grande que arriscou ser levado ao interrogatório para ajudar um enfermo e, dentro da sinagoga, curou um enfermo num sábado, o que na época não era permitido, nada podia ser feito aos sábados: “Partindo dali, entrou Jesus na sinagoga deles. E eis que estava ali um homem que tinha uma das mãos atrofiada; e eles, para poderem acusar a Jesus, o interrogaram, dizendo: É lícito curar nos sábados? E ele lhes disse: Qual dentre vós será o homem que, tendo uma só ovelha, se num sábado ela cair numa cova, não há de lançar mão dela, e tirá-la? Ora, quanto mais vale um homem do que uma ovelha! Portanto, é lícito fazer bem nos sábados” (Mateus 12. 9-12). Segundo – amor para com os humildes, fracos. Amor sem interesse político ou algo semelhante. Amor que não visa a benefício nenhum. Amor desprendido para ajudar o próximo (A Verdade da Vida, v. 9, 5. ed., p. 119). Jesus tinha um amor e carinho muito grande para com aqueles que andavam horas e horas, de uma cidade para outra, para aprender com Ele. Numa dessas ocasiões, depois de explicar-lhes a Verdade, sendo o seu amor tão grande, não lhes permitiu que fizessem longa viagem com fome, e foi quando fez a multiplicação dos pães: “E Jesus, saindo, viu uma grande multidão e teve compaixão deles, porque eram como ovelhas que não têm pastor; e começou a ensinar-lhes muitas coisas. E, como o dia já fosse muito adiantado, os seus discípulos se aproximaram dele e lhe disseram: O lugar é deserto, e o dia já está muito adiantado; despede-os, para que vão aos campos e aldeias circunvizinhas e comprem pão para si, porque não têm o que comer. Ele, porém, respondendo-lhes disse: Dai-lhes vós de comer. E eles disseram-lhe: Iremos nós e compraremos duzentos dinheiros de pão para lhes darmos de comer? E ele disse-lhes: Quantos pães tendes? Ide ver. E, sabendo-o eles, disseram: Cinco pães e dois peixes. E ordenou-lhes que fizessem assentar a todos, em grupos, sobre a relva verde. E assentaram-se repartidos de cem em cem e de cinquenta em cinquenta. E, tomando ele os cinco pães e os dois peixes, levantou os olhos ao céu, e abençoou, e partiu os pães, e deu-os aos seus discípulos para que os pusessem diante deles. E repartiu os dois peixes por todos. E todos comeram e ficaram fartos, e levantaram doze cestos cheios dos pedaços de pão e de peixe. E os que comeram os pães eram cinco mil homens” (Marcos 6. 34-44). O mestre Masaharu Taniguchi, no início da Seicho-No-Ie, fazia as reuniões em sua casa, que ficava literalmente lotada. Na época, ele trabalhava na empresa Vacuum Oil, como tradutor. Servia chá e biscoito gratuitamente a todos que compareciam. Quando terminava a reunião, o sanitário ficava imundo, mesmo assim o Mestre continuou recebendo as pessoas com muito amor. Terceiro – é a tendência para o meditar filosófico, o desejo ardente de conhecer o mistério do mundo espiritual e se aprofundar nesse estudo, que é o próprio princípio de todos, que é evoluir espiritualmente (A Verdade da Vida, v. 9, 5. ed., p. 119). Jesus Cristo disse no famoso Sermão da Montanha: “Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão fartos” (Mateus 5. 6). Fome e sede de justiça a que se referiu Jesus não significa ser justiceiro ou vingativo. A recomendação do Mestre é que façamos do amor a razão de ser da nossa vida. Deus é amor; portanto, quando vivemos o amor no nosso cotidiano, estamos sintonizados com a frequência de Deus e identificados com Ele. Quando vivemos o amor de Deus, desperta e manifesta-se a natureza divina que se aloja dentro de nós. Entretanto, pode muitas vezes acontecer que encontremos obstáculos ao nosso redor quando decidimos viver pura e unicamente por amor, visto que nem todos têm a mesma visão da vida. Se encontramos obstáculos ao tentarmos viver uma vida alicerçada no amor, serenemos a mente e visualizemos Deus, pois no mundo da Imagem Verdadeira não existe nenhum obstáculo dessa natureza. Fitemos com os olhos da mente a Imagem Verdadeira, em que todas as pessoas ao nosso redor estão nos abençoando. Não devemos recuar diante das pressões nem devemos odiar ou amaldiçoar as pessoas ao nosso redor. Mentalizemos sempre: “Somente coisas boas virão a mim. A situação atual é uma fase preparativa para que comecem a acontecer coisas boas. O amor vence finalmente. Não há ninguém que se oponha eternamente ao amor” (365 Itens para Alcançar o Ideal, 1. ed., p. 150). Todo país tem a sua Constituição, que faz com que as leis sejam cumpridas: que é a justiça. A justiça a qual citou Jesus é o desejo ardente de apreender a Verdade, referindo-se às leis divinas. Em outro momento, disse: “Buscai primeiro o Reino de Deus, e a sua justiça, e todas essas coisas vos serão acrescentadas” (Mateus 6. 33). No livro Você Pode Curar a Si Mesmo, 1. ed., p. 261, o mestre Masaharu Taniguchi cita o caso do monge budista Eka: Eka, caminhando com grande dificuldade pelas trilhas da montanha obstruídas pela neve, chegou à casa do mestre Dharma e pediu-lhe que o aceitasse como discípulo, mas o pedido foi recusado. Eka reiterou o pedido, dizendo com fervor: “Não vim pedir-lhe que me tornasse seu discípulo visando à salvação no plano físico. O que busco é o conhecimento da Verdade, e para alcançar esse objetivo não me importo com o que aconteça com meu corpo”. Com essa declaração, o monge mostrou-se disposto a cortar um dos braços para provar a sua sinceridade. Só então obteve autorização para ser discípulo do mestre Dharma. A atitude mental de algumas pessoas que recorrem à Seicho-No-Ie é muito diferente da determinação daquele monge, pois elas buscam a cura do corpo e, uma vez alcançado o objetivo, não retornam às reuniões. As pessoas de antigamente se empenhavam de corpo e alma na busca da Verdade. Mas as pessoas de hoje raramente demonstram tal disposição de espírito. Evoluir espiritualmente depende exclusivamente de cada pessoa. Agasha disse: “O contato com a Luz Infinita do Universo nos conduz à perfeição. Isso se obtém, no entanto, com esforço, com aprendizagem e com vivência, e não apenas por meio de orações e anseios”. E, sobre a experiência, ele ensina: “Todas as experiências vividas são registradas na alma. É a própria alma quem propicia tais experiências, que são às vezes provações destinadas a melhorar o nível do despertar. Você nasceu na Terra não apenas para desenvolver o corpo carnal, mas para que sua alma atinja o despertar perfeito. Mas o corpo é um veículo abençoado, que tem a função de expressar o estado da alma”. (1) p. 42 – Cleonice Orlandi de Lima – Depois do Suicídio – DPL- Editora e Distribuidora de Livros Ltda., 1998 (2) p. 75 – Yogananda – A Essência da Autorrealização – Editora Pensamento Ltda. – ano 98-99-00 (3) p. 112 – Dualib das Citações – Editora Mandarin (4) p. 151 – Fonte: Museu do Oratório – http://museudooratorio.org.br/conheca/apresentacao/ Oficina do Oratório – http://www.oficinadooratorio.com.br – bairro Santíssima Trindade –Tiradentes-MG Museu do Oratório – Museu do Oratório – Adro da Igreja do Carmo, 28 – Ouro Preto MG (5) p. 191 – Vera Lucia Marinzeck de Carvalho – Perante a Eternidade – Petit Editora e Distribuidora – pp. 75-76 http://museudooratorio.org.br/conheca/apresentacao/ http://www.oficinadooratorio.com.br/ Livros consultados: A Verdade da Vida, v. 1, Masaharu Taniguchi A Verdade da Vida, v. 2, Masaharu Taniguchi A Verdade da Vida, v. 4, Masaharu Taniguchi A Verdade da Vida, v. 7, Masaharu Taniguchi A Verdade da Vida, v. 9, MasaharuTaniguchi A Verdade da Vida, v. 15, Masaharu Taniguchi A Verdade da Vida, v. 16, Masaharu Taniguchi A Verdade da Vida, v. 22, Masaharu Taniguchi A Verdade da Vida, v. 24, Masaharu Taniguchi A Verdade da Vida, v. 30, Masaharu Taniguchi A Verdade da Vida, v. 34, Masaharu Taniguchi A Verdade da Vida, v. 38, Masaharu Taniguchi A Verdade, v. 3, Masaharu Taniguchi A Verdade, v. 8, Masaharu Taniguchi Sutra Sagrada Chuva de Néctar da Verdade, Masaharu Taniguchi Descoberta e Conscientização da Verdadeira Natureza Humana, Masaharu Taniguchi 365 Itens para Alcançar o Ideal, Masaharu Taniguchi Lições para o Cotidiano, Masaharu Taniguchi A Filosofia da Verdade que Gera Milagres, v. 2, Masaharu Taniguchi O Amor entre Pais e Filhos, Seicho Taniguchi Yogananda – Eterna Busca do Homem, v. 1, p. 88, Paramahansa Yogananda (1) p. 42 – Cleonice Orlandi de Lima – Depois do Suicídio – DPL- Editora e Distribuidora de Livros Ltda., 1998 (2) p. 75 – Yogananda – A Essência da Autorrealização – Editora Pensamento Ltda. – ano 98-99-00 (3) p. 112 – Dualib das Citações – Editora Mandarin (4) p. 151 – Fonte: Museu do Oratório – http://museudooratorio.org.br/conheca/apresentacao/ Oficina do Oratório – www.oficinadooratorio.com.br – bairro Santíssima Trindade –Tiradentes-MG http://museudooratorio.org.br/conheca/apresentacao/ http://www.oficinadooratorio.com.br/ Museu do Oratório – Museu do Oratório – Adro da Igreja do Carmo, 28 – Ouro Preto MG (5) p. 191 – Vera Lucia Marinzeck de Carvalho – Perante a Eternidade – Petit Editora e Distribuidora – pp. 75-76 Sua Pesquisa – http://www.suapesquisa.com/biografias/isaacnewton/ http://www.suapesquisa.com/biografias/isaacnewton/ Outras publicações Conquiste a Felicidade com Amor Heitor Miyazaki É um livro de fácil leitura para todas as idades e de grande compreensão sobre o amor. (Da orelha) A Mente é Força Criadora Seicho Taniguchi Todo ser humano deseja a liberdade, deseja viver a vida que ele idealiza para si. No entanto, há muitas pessoas que se queixam de que a vida não é como elas pensavam... Este livro nos ensina como manifestar em toda a sua plenitude o poder criativo da mente. Amemos Intensamente Seicho Taniguchi O ser humano é, seguramente, uma existência bem mais elevada do que aquela que costumamos achar que somos. Por ser uma existência elevada é que o ser humano aspira a algo mais elevado, busca-o e quer amar com maior intensidade. Penso ser de suma importância conhecer a verdadeira natureza humana, confiar mais no próprio homem e valorizar mais a nossa verdadeira vida. (Do prefácio) Inexistência da Doença Masaharu Taniguchi Pensar que o homem é simplesmente um ser material, ou que espírito e mente se alojaram num corpo material preexistente, revela a não conscientização da dignidade absoluta da natureza espiritual do homem. É essa falta de consciência da dignidade espiritual a causa de todas as doenças. Assim sendo, quando somos inteiramente norteados pelas palavras da Verdade constantes n’A Verdade da Vida, que afirma ser o homem uma existência espiritual, perfeita, não há mistério em concomitantemente ocorrer a cura da doença. (Do Prefácio) Sua Missão é Vencer Junji Miyaura Todas as pessoas já nascem com um potencial infinito e já são vencedoras. Descubra o seu potencial interno e os segredos para se tornar um grande vencedor. Este livro foi escrito especialmente para os jovens e juvenis que desejam encontrar forças para se tornarem grandes vencedores. Preceitos para Aprimoramento Diário Seicho Taniguchi Este livro é um conjunto de preceitos diários que, apesar de curtos, possibilitam ao leitor desenvolver a natureza divina (ou natureza búdica) latente nele e passar a sentir a alegria de viver. São palavras para o aprimoramento diário para cada um dos 365 dias do ano. Com certeza, a leitura diária deste livro fará com que você consiga ampliar infinitamente a verdadeira alegria. Embora cada texto tenha a data de um dia do ano em ordem cronológica, você pode ler vários textos de uma só vez; pode também folhear o livro e escolher aleatoriamente os textos. (Do Prefácio) Amor e Dedicação a um Ideal Yoshio Mukai Este livro relata a trajetória de um jovem idealista que encontrou na filosofia da Seicho-No-Ie a ferramenta ideal para alcançar seus objetivos: manifestar amor e orientar as pessoas para solução dos problemas delas. O Marinheiro Zeca e as Palavras Mágicas Eduardo Nunes da Silva Zeca é marinheiro de um navio que transporta mercadorias pelo mundo inteiro. Ele é um rapaz muito bom e muito trabalhador, mas está sempre triste porque não tem amigos. Um dia o professor explicou que o problema estava no uso das palavras e Zeca concluiu que talvez existam palavras mágicas, mas quais seriam essas palavras? Venha para esta viagem e descubra com Zeca quais são as palavras mágicas que podem mudar o seu destino. Prefácio ÍNDICE UM DIA ENTENDI A 4a Norma Fundamental dos Praticantes da Seicho-No-Ie: “Ser atencioso para com todas as pessoas, coisas e fatos”. Estudemos sete pontos dessa norma: 1 – Código de Ética dos Indígenas Norte-Americanos 2 – “Bem-aventurados os pobres de espírito (humildes), porque deles é o Reino dos Céus” (Mateus 5. 3). 3 – “Você tem uma boca e dois ouvidos, use-os nessa proporção” (provérbio chinês) 4 – Espere sua vez 5 – Silêncio 6 – Impulsividade 7 – Sempre aprendemos algo – “Quem tem ouvidos para ouvir ouça” (Mateus 11. 5) Capítulo 1 – O QUE REGE O NOSSO DESTINO O que rege o nosso destino depende de três fatores: Influência dos carmas de vidas passadas – Livre-arbítrio – Ajuda de espíritos elevados O que é carma? Carmas de vidas passadas Carma pode ser criado por três diferentes formas: Pelo pensamento – Pela fala – Pela ação 1 – Carma criado pelo pensamento Ter intenção de praticar alguma ação é carma do pensamento Por que o pensamento é um dos agentes criadores do carma? 2 – Carma criado pela fala 3 – Carma pela ação Carmas gerados por egoísmo Os carmas equivalem ao exercício fiscal de uma empresa Quem não acredita em reencarnações não entende o porquê de muitos fatos Capítulo 2 – MODO DE VIVER Gratidão aos pais – Relato do preletor Antonio Carlos Barbosa O livre-arbítrio Sabedoria de Agasha “Eu tenho de pagar o carma? Não tem saída?” O objetivo do carma não é punir A Verdade liberta – Relatos da preletora Michelle Teperino, do sr. Érlon Cardoso e do preletor Claudeir Lima da Costa Filho Fazer por obrigação ou fazer da melhor maneira possível? Alguns fatores que o impedem de sorrir com naturalidade: Falta de treino – Fatos tristes do passado – Tristeza de algum antepassado Opção de cada um: perdoar ou reter o ódio e adoecer? Conversar mentalmente pode ser mais eficaz As leis Agasha Agradecimento e a cura – Relato da preletora Mabel Melo Oração do Perdão é para purificar Capítulo 3 – AJUDA DOS ESPÍRITOS ELEVADOS O mundo espiritual e as diferentes facetas As aulas no mundo espiritual O que você faria? Salvar os antepassados “Pequeno veículo” (Hinayana) e “grande veículo” (Mahayana) Os antepassados em ilusão necessitam da nossa ajuda – Relato do dirigente Rogério Antunes Relato do sr. Felismino Mota Problemas na cabeça – Relato do preletor Edson de Lima Pardim – Relato do preletor Lorenzo Mir Feto sem cérebro – Relato da sra. Fátima Araújo Ensinai a eles a Verdade da Vida, a Imagem Verdadeira – Relato da preletora Rosinete Saturno Oratório Oratório no Ocidente é mais antigo do que muitos imaginam Alguns casos sobre oratório Fato ocorrido no Japão Relato do preletor Antonio José Barbosa – Relato da preletora Sônia Maria Vargas de Carvalho Diferença de comportamento entre espírito novato e espírito elevado Casos de cura de doenças ao visitar túmulos dos antepassados: Relato da sra. P.G.V. – Relato do preletor Luis Antonio Gomes – Relato da sra. Maria Trinidad Diaz Diaz Comportamento dos espíritos Espíritos elevados não se importam que seus túmulos sejam ou não visitados Como se inicia a nova jornada Os espíritos dos natimortos