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■ ■ ■ ■ ■ ■ O autor deste livro e a editora empenharam seus melhores esforços para assegurar que as informações e os procedimentos apresentados no texto estejam em acordo com os padrões aceitos à época da publicação, e todos os dados foram atualizados pelo autor até a data de fechamento do livro. Entretanto, tendo em conta a evolução das ciências, as atualizações legislativas, as mudanças regulamentares governamentais e o constante fluxo de novas informações sobre os temas que constam do livro, recomendamos enfaticamente que os leitores consultem sempre outras fontes fidedignas, de modo a se certificarem de que as informações contidas no texto estão corretas e de que não houve alterações nas recomendações ou na legislação regulamentadora. Fechamento desta edição: 15.01.2020 O Autor e a editora se empenharam para citar adequadamente e dar o devido crédito a todos os detentores de direitos autorais de qualquer material utilizado neste livro, dispondo-se a possíveis acertos posteriores caso, inadvertida e involuntariamente, a identificação de algum deles tenha sido omitida. Atendimento ao cliente: (11) 5080-0751 | faleconosco@grupogen.com.br Direitos exclusivos para a língua portuguesa Copyright © 2020 by Editora Forense Ltda. Uma editora integrante do GEN | Grupo Editorial Nacional Travessa do Ouvidor, 11 – Térreo e 6º andar Rio de Janeiro – RJ – 20040-040 www.grupogen.com.br Reservados todos os direitos. É proibida a duplicação ou reprodução deste volume, no todo ou em parte, em quaisquer formas ou por quaisquer meios (eletrônico, mecânico, gravação, fotocópia, distribuição pela Internet ou outros), sem permissão, por escrito, da Editora Forense Ltda. http://faleconosco@grupogen.com.br/ http://www.grupogen.com.br/ ■ ■ ■ Capa: Aurélio Corrêa Produção digital: Ozone CIP – BRASIL. CATALOGAÇÃO NA FONTE. SINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, RJ. P682d Di Pietro, Maria Sylvia Zanella Direito administrativo / Maria Sylvia Zanella Di Pietro. – 33. ed. – Rio de Janeiro: Forense, 2020. Inclui bibliografia ISBN 978-85-309-8972-9 1. Direito administrativo – Brasil. I. Título. 19-61838 CDU: 342(81) Leandra Felix da Cruz – Bibliotecária – CRB-7/6135 Ao Professor José Cretella Júnior, pela amizade, pelo incentivo e pelo apoio de valor inestimável. Professora titular aposentada de Direito Administrativo na Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo. Autora também dos livros Discricionariedade administrativa na Constituição de 1988; Parcerias na Administração Pública; Direito Administrativo – Pareceres; e Uso privativo de bem público por particular. Coautora de Servidores públicos na Constituição de 1988 e coordenadora de Supremacia do interesse público, todos publicados pelo GEN | Grupo Editorial Nacional. O ano de 2019 foi particularmente profícuo na produção legislativa, matéria que promete continuidade no próximo ano. O direito administrativo brasileiro que, em suas origens, era essencialmente doutrinário, com forte inspiração no direito estrangeiro, vem experimentando crescimento sensível no que diz respeito ao direito positivo. As mudanças na legislação e a elaboração de novas leis, muitas acompanhadas de regulamentação pelo Poder Executivo, requerem difícil trabalho de revisão e atualização e exigem também acompanhamento pelos leitores, que devem ficar atentos, visto que elas se multiplicam. Muitas vezes, entre a entrega do livro revisto para a Editora e o seu preparo para comercialização, novas mudanças legislativas ocorrem. Além de correções e aperfeiçoamentos na redação, esta 33ª edição atualiza a legislação promulgada no corrente exercício, em especial a Emenda Constitucional nº 103, que alterou o sistema de Previdência Social, tanto na parte referente ao servidor público, como na parte relativa ao trabalhador da iniciativa privada. É uma lei complexa, que exigiu penoso trabalho de compreensão e interpretação para tornar possível a revisão do capítulo 13, que trata do tema em relação aos servidores públicos. Como uma parte de suas disposições não se aplica aos Estados, Distrito Federal e Municípios, outra medida legislativa se anuncia, por meio da chamada PEC Paralela. Além disso, a matéria complica-se para esses entes federativos, que deverão promulgar suas emendas às respectivas constituições e leis orgânicas, com observância da Emenda Constitucional nº 103, na parte que lhes for aplicável. Ainda no exercício de 2019, outras leis e decretos foram promulgados, exigindo revisão de vários capítulos do livro, entre eles o Decreto nº 9.830, que regulamenta o artigo 20 da LINDB (cap. 3), a Lei nº 13.848, que dispõe sobre a gestão, a organização, o processo decisório e o controle social das agências reguladoras (cap. 10), a Medida Provisória nº 896, que altera a legislação sobre licitações na parte referente à forma de publicação dos atos da administração pública (cap. 9), o Decreto nº 10.024, com novas normas sobre pregão eletrônico (cap. 9), a Lei nº 13.869, sobre crimes de abuso de autoridade (caps. 7 e 13), a Lei nº 13.867, sobre a possibilidade de mediação e arbitragem para definição dos valores de indenização nas desapropriações (cap. 6), e a Lei nº 13.934, que regulamenta o § 8º do artigo 37 da Constituição Federal, denominado contrato de desempenho. Além do direito positivo, também vem crescendo a importância da jurisprudência como fonte do direito administrativo, a exigir menção a importantes teses recentemente adotadas, especialmente pelo STF e pelo STJ. Estudando-se o Direito Administrativo desde o seu nascimento, com o Estado de Direito até os dias atuais, constata-se a ampliação do seu conteúdo e as frequentes mutações que vem sofrendo, intensificadas, no direito brasileiro, com a entrada em vigor da Constituição de 1988 e, mais recentemente, das Constituições estaduais. Isto se explica, de um lado, pelo sensível acréscimo das funções assumidas pelo Estado como consequência das crescentes necessidades coletivas nos âmbitos econômico e social. O conceito de serviço público ampliou-se para abranger serviços sociais, comerciais e industriais, antes privativos do particular; o poder de polícia estendeu-se a áreas onde antes não se fazia necessário, como a proteção ao meio ambiente e a defesa do consumidor; a atuação do Estado estendeu-se, também, à esfera da atividade econômica de natureza privada. Paralelamente, no entanto, a nova Constituição trouxe princípios inovadores que refletem o espírito democrático que norteou a sua elaboração; nota-se a preocupação em restringir a autonomia administrativa, aumentando o controle dos demais Poderes sobre a Administração Pública e inserindo a participação popular na função fiscalizadora. O Direito Administrativo assume, pois, feição nova. Não é fácil discorrer sobre ele, porque a fase é de aprendizado, de interpretação, de assimilação de novos conceitos e princípios; o momento é de elaboração legislativa, doutrinária e jurisprudencial; muita coisa há por fazer. A dificuldade não pode, porém, deter ou atemorizar quem exerceu a função de Procurador do Estado por 24 anos e fez do estudo do direito administrativo objeto de trabalho no dia a dia, na difícil missão de defesa da legalidade administrativa, combinada com o exercício do Magistério na mesma área. Vivemos o direito administrativo cotidianamente e acompanhamos a sua constante evolução, facilmente perceptível pela quantidade de leis e regulamentos que se editam nessa área, revelando um aspecto de flexibilidade que lhe é próprio e inevitável em face da dinâmica dos interesses públicos que a Administração deve atender. O livro cuida dos vários temas do Direito Administrativo, começando pelo seu conceito, origem e objetivo, passando para o exame da Administração Pública em sentido objetivo (serviço público, poder de polícia, atos e contratos, licitação) e em sentido subjetivo (pessoas jurídicas, órgãos e agentes públicos) para, a seguir, analisar os instrumentos de atuação (processo administrativo e bens públicos), deixando para a parte finala matéria relativa ao controle, já que este incide sobre vários aspectos da atuação administrativa. A Autora 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. Livros Servidão administrativa. São Paulo: Revista dos Tribunais, 1978. Uso privativo de bem público por particular. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2014. Do direito privado na administração pública. São Paulo: Atlas, 1989. Direito administrativo. 33. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2020. Discricionariedade administrativa na Constituição de 1988. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2012. Temas polêmicos sobre licitações e contratos. 5. ed. São Paulo: Malheiros, 2001 (em coautoria). Parcerias na administração pública: concessão, permissão, franquia, terceirização, parceria público-privada e outras formas. 12. ed. Rio de Janeiro: Forense, 20199. Direito regulatório. Temas polêmicos (organizadora). 2. ed. Belo Horizonte: Fórum, 2004. Supremacia do interesse público e outros temas relevantes do direito administrativo (coordenação, juntamente com Carlos Vinícius Alves 10. 11. 12. 13. 14. 15. 16. 17. 1. 2. 3. Ribeiro). São Paulo: Atlas, 2010. Servidores públicos na Constituição de 1988. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2015 (em coautoria com Fabrício Motta e Luciano de Araújo Ferraz). Direito privado administrativo (organização). São Paulo: Atlas, 2013. Tratado de direito administrativo (coordenação). 2. ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2019. 7 volumes. Teoria geral e princípios do direito administrativo. In: DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Tratado de direito administrativo. 2. ed. São Paulo: Revista dos Tribunaus, v. 1, Parte I, p. 31-253. Administração Pública e servidores públicos. In: DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Tratado de direito administrativo. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2019, v. 2, Parte I, capítulo 9, p. 299-357, e Parte II, p. 361-615. Direito administrativo – Pareceres. São Paulo: Forense, 2015. Teses jurídicas dos tribunais superiores. (coordenação juntamente com Irene Patrícia Nohara). Direito Administrativo, v. I, II e III. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2017. Lei anticorrupção comentada (coordenação em conjunto com Thiago Marrara). 2. ed. Belo Horizonte: Fórum, 2018. Artigos e Pareceres Cremação de cadáveres. Revista da Procuradoria Geral do Estado, São Paulo, v. 7, p. 213-302, dez. 1975. Autarquias. Regime de dedicação exclusiva. Ilegalidade. Revista da Procuradoria Geral do Estado, São Paulo, v. 11, p. 535-543, dez. 1977. Tribunal de Contas. Fundações públicas. Revista da Procuradoria Geral do Estado, São Paulo, v. 12, p. 619-629, jun. 1978. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11. 12. 13. 14. 15. 16. As competências no Estado Federal. Revista da Procuradoria Geral do Estado, v. 13/15, p. 237-262, dez. 1978-1979. Isenção de tarifas relativas às travessias por balsas. Preço público. Boletim da Procuradoria Geral do Estado, São Paulo, v. 3, p. 659- 661, ago. 1979. Natureza dos bens das empresas estatais. Revista da Procuradoria Geral do Estado, São Paulo, v. 30, p. 173-186. Fundações públicas. Revista de Informação Legislativa, ano 26, nº 101, p. 173-182, jun./mar. 1989. Conceito e princípios da licitação. Boletim de Licitação e Contratos, p. 73-80, dez. 1988. A gestão do patrimônio imobiliário do Estado. Cadernos Fundap, ano 9, nº 17, p. 55-65, dez. 1989. Concurso público. Natureza jurídica da importância paga para fins de inscrição. Boletim da Procuradoria Geral do Estado, v. 12, p. 198- 200, jun. 1988. Da exigência de concurso público na Administração Indireta. RDP nº 93, p. 129-132. Sociedade de economia mista. Incorporação. Necessidade de autorização legislativa. Boletim de Direito Administrativo, ano 6, nº 11, p. 599-603, nov. 1990. Contratação de professores estrangeiros perante a Constituição Federal de 1988. RDP nº 97, p. 76-80, 1991. Fundação. Personalidade de direito privado. Admissão de pessoal. Boletim de Direito Administrativo, ano 7, nº 10, p. 561-564, out. 1991. Funcionário público. Acumulação de cargos e funções. Proventos. Boletim de Direito Administrativo, nº 10, p. 561-564, out. 1991. Polícia do meio ambiente. Revista Forense, v. 317, p. 179-187, 1992. 17. 18. 19. 20. 21. 22. 23. 24. 25. 26. 27. Participação popular na Administração Pública. Revista Trimestral de Direito Público, v. 1, p. 127-139. Processo administrativo. Garantia do administrado. Revista de Direito Tributário, nº 58, p. 113-139, out./dez. 1991. Servidor público. Incompetência da Justiça do Trabalho para julgar dissídios de servidores públicos estatutários. Comentários a acórdão do STF. Revista de Direito do Trabalho, nº 4, p. 379-385, abr. 1993. Responsabilidade administrativa do servidor público. Revista de Direito Administrativo Aplicado, v. 4, p. 29-36, mar. 1995. Fundação governamental. Personalidade de direito privado. Revista de Direito Administrativo Aplicado, v. 3/784-794, mar. 1994. Da franquia na Administração Pública. Boletim de Direito Administrativo, nº 3, p. 131-151, mar. 1995, e Revista de Direito Administrativo, v. 199, p. 131-140, jan./mar. 1995. Responsabilidade do Estado por ato jurisdicional. Revista de Direito Administrativo, v. 198, p. 85-96, out./dez. 1994. Mandado de segurança: ato coator e autoridade coatora. In: GONÇALVES, Aroldo Pínio (Coord.). Mandado de Segurança. Belo Horizonte: Del Rey, 1996. Coisa julgada. Aplicabilidade a decisões do Tribunal de Contas da União. Revista do Tribunal de Contas da União, v. 27, nº 70, p. 23-36, out./dez. 1996. As carreiras jurídicas e o controle da Administração Pública. Revista Jurídica de Osasco, v. 3, p. 59-68, 1996. Contratos de gestão. Contratualização do controle administrativo sobre a administração indireta e sobre as organizações sociais. Revista da Procuradoria Geral do Estado de São Paulo, v. 45-46, p. 173-194, jan./dez. 1996. 28. 29. 30. 31. 32. 33. 34. 35. 36. 37. 38. 39. Advocacia pública. Revista Jurídica da Procuradoria Geral do Município de São Paulo, v. 3, p. 11-30, dez. 1996. Necessidade de motivação do ato de dispensa de servidor celetista. Revista Trimestral de Direito Público, v. 13, p. 74-76, 1996. O sistema de parceria entre os setores público e privado. Boletim de Direito Administrativo, São Paulo: NDJ, nº 9, p. 586-590, set. 1997. A Reforma Administrativa e os contratos de gestão. Revista Licitar, ano 1, nº 4, p. 10-19, out. 1997. O que muda na remuneração dos servidores? (subsídios). 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Boletim de Direito Municipal, São Paulo: NDJ, nº 11, p. 669-691, 2000. 40. 41. 42. 43. 44. 45. 46. 47. 48. 49. Comentários à Lei de Responsabilidade Fiscal (arts. 18 a 28). In: MARTINS, Ives Gandra da Silva; NASCIMENTO, Carlos Valder do (Org.). 6. ed. São Paulo: Saraiva, 2012, p. 182-237. As inovações constitucionais no regime previdenciário do servidor público. Fórum Administrativo, Belo Horizonte, ano 1, nº 2, p. 163- 175, abr. 2001. As novas regras para os servidores públicos. In: Cadernos FUNDAP/Fundação do Desenvolvimento Administrativo. São Paulo: FUNDAP, 2002, nº 22. Reforma Administrativa. Compartilhamento de infraestrutura por concessionárias de serviços públicos.Fórum Administrativo – Direito Público, Belo Horizonte: Fórum, ano 2, nº 11, p. 43-52, jan. 2002. Aspectos jurídicos envolvendo o uso de bens públicos para implantação e instalação do serviço de telefonia. Fórum de Contratação e Gestão Pública, Belo Horizonte: Fórum, ano 1, nº 1, p. 38-48, jan. 2002. Concessão de uso especial para fins de moradia (Medida Provisória nº 2.220, de 4-9-2001). Estatuto da cidade: comentários à Lei Federal 10.257/2001. São Paulo: Malheiros, 2002, p. 152-170. Direito de superfície. Estatuto da cidade: comentários à Lei Federal 10.257/2002. São Paulo: Malheiros, 2002, p. 172-190. Terceirização municipal em face da Lei de Responsabilidade Fiscal. Revista de Direito Municipal. Belo Horizonte: Fórum, nº 1, ano 4, nº 7, p. 40-50, jan./fev./mar. 2003. Limites da função reguladora das agências diante do princípio da legalidade. Direito Regulatório. Temas Polêmicos. Belo Horizonte: Fórum, 2003. p. 27-60. O equilíbrio econômico-financeiro e o controle das agências reguladoras. O controle externo da regulação de serviços públicos. Brasília: Tribunal de Contas da União, 2002, p. 55-65. 50. 51. 52. 53. 55. 56. 57. 58. 59. Transporte alternativo de passageiros por “perueiros”. Poder de polícia do Município. Direito Público Moderno. Luciano Ferraz e Fabrício Motta (Org.). Belo Horizonte: Del Rey, 2003, p. 3. Função social da propriedade pública. Direito Público. Estudos em homenagem ao Prof. Adilson Abreu Dallari. Luiz Guilherme da Costa Wagner Júnior (Org.). Belo Horizonte: Del Rey, 2004. Inovações no direito administrativo brasileiro. In: Revista Interesse Público. Porto Alegre: Notadez, ano 6, nº 30, 2005, p. 39-55. Regulação, poder estatal e controle social. In: Revista de Direito Público da Economia. Belo Horizonte: Fórum, nº 11, jul./set. 2005, p. 163-172. 54. Bens públicos e trespasse de uso. In: Boletim de Direito Administrativo. São Paulo: NDJ, nº 4, abr. 2005, p. 403-412. Concessões de serviços públicos. In: Boletim de Licitações e Contratos. São Paulo: NDJ, nº 3, mar. 2006, p. 210-219. Discricionariedade técnica e discricionariedade administrativa. Estudos de direito público em homenagem a Celso Antônio Bandeira de Mello. São Paulo: Malheiros, 2006, p. 480-504. Omissões na atividade regulatória do Estado e responsabilidade civil das agências reguladoras. In: FREITAS, Juarez (Org.). Responsabilidade civil do Estado. São Paulo: Malheiros, 2006, p. 249- 267. O consórcio público na Lei nº 11.107, de 6-4-05. In: Boletim de Direito Administrativo. São Paulo: NDJ, nº 11, nov. 2005, p. 1220- 1228. Os princípios da proteção à confiança, da segurança jurídica e da boa- fé na anulação do ato administrativo. In: MOTTA, Fabrício (Org.). Estudos em homenagem ao Professor Nélson Figueiredo. Belo Horizonte: Fórum, 2008. p. 295-315. 60. 61. 62. 63. 64. 65. 66. 67. 68. O princípio da supremacia do interesse público: sobrevivência diante dos ideais do neoliberalismo. In: Revista Trimestral de Direito Público. São Paulo: Malheiros, v. 48, p. 63-76, 2004; e Jam-Jurídica, ano XIII, nº 9, set. 2008, p. 32-45. Parecer sobre a exclusividade das atribuições da carreira de Advogado da União. In: Revista de Direito dos Advogados da União, ano 7, nº 7, out. 2008, p. 11-35. Direito adquirido: comentário a acórdão do STF. Fórum Administrativo – Direito Público. Belo Horizonte: Fórum, 2007, nº 81, ano 6, p. 7-16. O princípio da supremacia do interesse público. In: Revista Interesse Público. Belo Horizonte: Fórum, jul./ago. 2009, ano 11, nº 56, p. 35- 54. Gestão de florestas públicas por meio de contratos de concessão. In: Revista do Advogado. São Paulo: AASP – Associação dos Advogados de São Paulo, dez. 2009, nº 107, p. 140-149. O Ministério Público como função essencial à justiça. In: Ministério Público – Reflexões sobre princípios e funções institucionais. Carlos Vinícius Alves Ribeiro (Org.). São Paulo: Atlas, 2010, p. 3-12. Servidores temporários. Lei no 500/1974. Inclusão no regime próprio de previdência do servidor público. In: Revista da Procuradoria Geral do Estado de São Paulo, nº 69-70, jan./dez. 2009, p. 221-237. Transformações da organização administrativa. Diretrizes, relevância e amplitude do anteprojeto. In: Modesto, Paulo (Coord.). Nova organização administrativa brasileira. 2. ed. Belo Horizonte: Fórum, 2010, p. 21-33. Das entidades paraestatais e das entidades de colaboração. In: Modesto, Paulo (Coord.). Nova organização administrativa brasileira. 2. ed. Belo Horizonte: Fórum, 2010, p. 239-255. 69. 70. 71. 72. 73. 74. Existe um novo direito administrativo? In: DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella; RIBEIRO, Carlos Vinícius Alves (Coord.). Supremacia do interesse público e outros temas relevantes do direito administrativo. São Paulo: Atlas, 2010, p. 1-9. O princípio da supremacia do interesse público: sobrevivência diante dos ideais do neoliberalismo. In: DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella; RIBEIRO, Carlos Vinícius Alves (Coord.). Supremacia do interesse público e outros temas relevantes do direito administrativo. São Paulo: Atlas, 2010, p. 85-102. Da constitucionalização do direito administrativo: reflexos sobre o princípio da legalidade e a discricionariedade administrativa. In: DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella; RIBEIRO, Carlos Vinícius Alves (Coord.). Supremacia do interesse público e outros temas relevantes do direito administrativo. São Paulo: Atlas, 2010, p. 175-196; e Atualidades Jurídicas – Revista do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, ano 1, nº 1, jul./dez. 2011, Belo Horizonte: Fórum, 2011, p. 83-106. Ainda existem os contratos administrativos? In: DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella; RIBEIRO, Carlos Vinícius Alves (Coord.). Supremacia do interesse público e outros temas relevantes do direito administrativo. São Paulo: Atlas, 2010, p. 398-410. Responsabilidade civil das entidades paraestatais. In: GUERRA, Alexandre Dartanhan de Mello; PIRES, Luis Manuel Fonseca; BENACCHIO, Marcelo (Org.). Responsabilidade civil do Estado: desafios contemporâneos. São Paulo: Quartier Latin, 2010, p. 824- 842. A lei de processo administrativo federal: sua ideia matriz e âmbito de aplicação. In: NOHARA, Irene Patricia; MORAES FILHO, Marco Antonio Praxedes de (Org.). Processo administrativo. Temas polêmicos da Lei nº 9.784/99. São Paulo: Atlas, 2011, p. 185-201. 75. 76. 77. 78. 79. 80. 81. 82. Princípio da segurança jurídica no direito administrativo. In: BOTTINO, Marco Túlio (Org.). Segurança jurídica no Brasil. São Paulo: RG, 2012, p. 159-188. Terceirização municipal em face da lei de responsabilidade fiscal (com adendo: inovações em matéria de terceirização na Administração Pública). In: FORTINI, Cristiana (Coord.). Terceirização na Administração Pública. Estudos em homenagem ao Professor Pedro Paulo de Almeida Dutra. 2. ed. Belo Horizonte: Fórum, 2012, p. 71- 87. Serviços públicos. In: DALLARI, Adilson Abreu; NASCIMENTO, Carlos Valder do; MARTINS, Ives Gandra da Silva. Tratado de direito administrativo. São Paulo: Saraiva, 2013, v. 2, p. 292-317. Direito fundamental à intimidade e publicação da remuneração dos agentes públicos. In: Revista de Direito Administrativo Contemporâneo, São Paulo: Revista dos Tribunais, ano 1, nº 1, jul./ago. 2013, p. 15-26. Direito administrativo e dignidade da pessoa humana. In: Revista de Direito Administrativo & Constitucional, Belo Horizonte: Fórum, ano 13, nº 52, abr./jul. 2013, p. 13-33. Do direito privado na Administração Pública. In: DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito privado administrativo. São Paulo: Atlas, 2013. p. 1-20. Limites da utilização de princípios do processo judicial no processo administrativo. In: Fórum Administrativo, Belo Horizonte: Fórum, ano 13, nº 147, maio 2013, p. 44-60. Da estabilidade do servidor público. In: CANOTILHO, J. J. Gomes; MENDES, Gilmar Ferreira; STRECK, Lenio Luiz; LEONCY, Léo Ferreira. Comentários à Constituição do Brasil. São Paulo: Saraiva, 2014. p. 981-989 e 2211-2216. 83. 84. 85. 86. 87. 88. 89. 90. O papel dos Tribunais de Contas no controle dos contratosadministrativos. In: Revista Interesse Público. Belo Horizonte: Fórum, ano XII, 2013, nº 82, p. 15-48. Participação popular na Administração Pública. In: Revista Trimestral de Direito Público. São Paulo: Malheiros, n. 59, p. 226-239 (republicação). Parecer: Alteração da poligonal de porto organizado: requisitos materiais, segundo a Lei 12.815/13. Revista de Direito Administrativo Contemporâneo – ReDAC. São Paulo: RT, ano 3, vol. 17, mar-abril 2015, p. 13-27. Parecer: Consulta pública realizada para discussão de proposta de alteração da poligonal do Porto Organizado de Paranaguá e Antonina, apresentada pela Secretaria Especial de Portos da Presidência da República. In: Boletim de Licitações e Contratos – BLC. São Paulo: NDJ, 2015, nº 5, maio, ano 28, p. 479-501. Parecer: Cobrança de tarifa independentemente da conclusão do mecanismo de tratamento do esgoto: exame dos aspectos de constitucionalidade e legalidade. In: Boletim de Licitações e Contratos – BLC. São Paulo: NDJ, nº 6, ano 28, jun-2015, p. 599-616; Direito administrativo. Pareceres. São Paulo: Forense, 2015, p. 525-551. Terceirização municipal em face da Lei de Responsabilidade Fiscal. In: Fórum de Contratação e Gestão Pública. Belo Horizonte: Fórum, ano 14, nº 161, maio 2015, p. 36-44. O regime das licitações para os contratos de concessão. In: SUNDFELD, Carlos Ari; JUSSATIS, Guilherme Jardim. Contratos públicos e direito administrativo. São Paulo: Malheiros, 2015. p. 114- 141. As possibilidades de arbitragem em contratos administrativos. In: www.conjur.com.br, 24-9-15. http://www.conjur.com.br/ 91. 92. 93. 94. 95. 96. 97. 98. 99. Cassação de aposentadoria afronta regime previdenciário dos servidores. In: www.conjur.com.br, 15-4-15. Responsabilização dos advogados públicos pela elaboração de pareceres. In: www.conjur.com.br, 20-8-15. Politização do Judiciário pode opor interesses individuais e coletivos. In: www.conjur.com.br, 28-5-15. Princípios do processo administrativo no novo CPC. In: www.conjur.com.br, 29-10- 2015. Princípios do processo civil no processo administrativo. In: www.conjur.com.br, 10-12-15. Supremacia do interesse público e a questão dos direitos fundamentais. In: BLANCHET, Luiz Alberto; HACHEM, Daniel Wunder; SANTANO, Ana Cláudia (coordenadores). Estado, Direito & Políticas Públicas. Homenagem ao Professor Romeu Felipe Bacellar Filho. Curitiba: Íthala, 2014, p. 23-37. Estudo sobre o artigo 27 do Projeto de Lei nº 349/2015, que inclui, na Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro, disposições para aumentar a segurança jurídica e a eficiência na aplicação do direito público. In: PEREIRA, Flávio Unes (Coord.); ANASTASIA, Antonio Augusto Junho (apresentação). Segurança jurídica e qualidade das decisões públicas. Desafios de uma sociedade democrática. Brasília: Senado Federal, 2015, p. 36-39. Advocacia pública e sua atuação no procedimento licitatório: fundamentos, limites e responsabilização (em coautoria com Fabrício Motta). In: Revista de Direito Administrativo – RDA, Rio de Janeiro: FGV, vol. 270, set.-dez. 2015, p. 285-299. Carreiras e remuneração no serviço público. In: Fórum Administrativo. Belo Horizonte: Fórum, ano 16, nº 186, I, ago. 2016, p. 76-82. http://www.conjur.com.br/ http://www.conjur.com.br/ http://www.conjur.com.br/ http://www.conjur.com.br/ http://www.conjur.com.br/ 100. 101. 102. 103. 104. 105. 106. 107. A arbitragem em contratos administrativos. Repercussões da Nova Lei nº 13.129, de 26-5-15. In: CÂMARA, Alexandre Freitas; PIRES, Adilson Rodrigues; e MARÇAL, Thaís Boia (Coords.). Estudos de direito administrativo em homenagem ao Prof. Jessé Torres Pereira Júnior. Belo Horizonte: Fórum, 2016, p. 273-285. Contratos – Regime jurídico e formalização. Artigos 54 a 64 da Lei nº 8.666/1993. In: PEREIRA JUNIOR, Jessé Torres (Coord.). Comentários ao Sistema Legal Brasileiro de Licitações e Contratos Administrativos. São Paulo: NDJ, 2016, p. 319-349. A advocacia pública como função essencial à justiça. In: www.conjur.com.br, 18-8-16. Quando o reajuste salarial contraria o interesse público. In: www.conjur.com.br, 23-6-16. Princípios do processo administrativo no novo Código de Processo Civil. In: PONTES FILHO, Valmir; MOTTA, Fabrício; GABARDO, Emerson (Coords.). Administração Pública – Desafios para a transferência, probidade e desenvolvimento. Belo Horizonte: Fórum, 2017, p. 229-232. Comentários a teses do STJ. In: Teses jurídicas dos Tribunais Superiores. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2017, v. I, p. 45-56, (sobre independência das instâncias administrativa e penal); e v. II, p. 595-610 e 661-676 (respectivamente sobre termo inicial dos juros compensatórios na desapropriação direta e indireta e sobre cumulação de juros moratórios e juros compensatórios na desapropriação). Comentários aos artigos 6º, 7º, 18, 19 e 24 da lei anticorrupção. In: DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella; MARRARA, Thiago. Lei anticorrupção comentada. Belo Horizonte: Fórum, p. 115-140, 243- 254 e 279-280. Princípios do processo administrativo no novo Código de Processo Civil. Administração Pública. Desafios para a transparência, http://www.conjur.com.br/ http://www.conjur.com.br/ 108. 109. 110. 111. 112. 113. 114. 115. 116. probidade e desenvolvimento. XXIX Congresso Brasileiro de Direito Administrativo. Belo Horizonte: Fórum, 2017, p. 229-232. Terceirização e subcontratação de atividades inerentes à concessão: distinções necessárias. Revista Interesse Público – IP. Ano 20, nº 107. Belo Horizonte: Fórum, p. 15-33, jan./fev.2018. Concessões, permissões e autorizações de serviços públicos municipais. In: NASCIMENTO, Carlos Valder; DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella; MENDES, Gilmar (Coords.). Tratado de Direito Municipal. Belo Horizonte: Fórum, 2018, p. 681-710. Entrevista com o Mestre. In: Solução em licitações e contratos, ano 1, nº 7, out. 2018, p. 7-14. O futuro do concurso público. In: MOTTA, Fabrício; DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella (coords.). Crise e reformas legislativas na agenda do direito administrativo. Belo Horizonte: Fórum, 2018, p. 153-164. Introdução. In: MOTTA, Fabrício; DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella (coords.). O direito administrativo nos 30 anos da Constituição. Belo Horizonte: Fórum, 2018, p. 13-26. Impacto da Constituição de 1988 sobre o direito administrativo. 30 anos da Constituição Federal e o direito brasileiro. [Org. Equipe Forense]. Rio de Janeiro: Forense, 2018, p. 27-70. Entrevista com Maria Sylvia Zanella Di Pietro. Por Augusto Neves Dal Pozzo e Ricardo Marcondes Martins. In: Revista de Direito e Infraestrutura – RDAI. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2018, out- dez, p. 389-402. Concurso público na administração indireta. Revista de Direito e Infraestrutura – RDAI. 2018, p. 405-410. Responsabilidade do advogado público parecerista: dilema entre controle ou análise prévia de legalidade. In: Anais da XXIII 117. 118. Conferência Nacional da Advocacia Pública Brasileira, vol. 5, São Paulo, 27 a 30-11-2017, p. 49-51. O STJ e o princípio da segurança jurídica. In: Revista do Advogado. São Paulo: AASP – Associação dos Advogados de São Paulo, nº 141, abr. 2019, p. 160-166. Os direitos dos usuários de serviço público no direito brasileiro. In: SHINJI, Alberto; BEZERRA, Arthur (organizadores). Temas em homenagem ao Professor Toshio Mukai. Tholh, 2019, p. 729-746. Capítulo 1 1.1 1.2 1.3 1.4 1.5 1.6 1.7 1.8 1.9 1.10 1.11 1.11.1 1.11.2 O Direito Administrativo Formação do Direito Administrativo Fundamentos filosóficos e constitucionais do Direito Administrativo Contribuição do direito francês Direito administrativo alemão Direito administrativo italiano Direito administrativo anglo-americano Direito administrativo brasileiro O Direito Administrativo brasileiro sob influência do direito estrangeiro: sistemas de base romanística, do common law e do direito comunitário europeu Transformações do Direito Administrativo brasileiro Objeto do Direito Administrativo Métodos de estudo Escola legalista, exegética, empírica ou caótica O estudo do Direito Administrativo jurisprudencial1.11.3 1.11.4 1.12 1.13 1.13.1 1.13.2 1.13.3 1.13.4 1.13.5 1.13.6 1.13.7 1.13.8 1.13.9 Capítulo 2 2.1 2.2 2.3 2.3.1 2.3.2 2.4 2.5 2.6 Capítulo 3 Direito Administrativo e Ciência da Administração Critério técnico-científico de estudo do Direito Administrativo Fontes do Direito Administrativo Conceito de Direito Administrativo Escola da puissance publique Escola do serviço público Critério do Poder Executivo Critério das relações jurídicas Critério teleológico Critério negativo ou residual Critério da distinção entre atividade jurídica e social do Estado Critério da Administração Pública Nossa definição Administração Pública O vocábulo administração A expressão Administração Pública Administração pública e governo Aspecto objetivo Aspecto subjetivo Administração pública em sentido estrito Administração pública em sentido objetivo Administração pública em sentido subjetivo Regime Jurídico Administrativo 3.1 3.2 3.3 3.4 3.4.1 3.4.2 3.4.3 3.4.4 3.4.5 3.4.6 3.4.7 3.4.8 3.4.9 3.4.10 3.4.11 3.4.12 3.4.13 3.4.14 3.4.15 3.4.15.1 3.4.15.2 3.4.15.3 3.4.15.4 3.5 3.5.1 Regimes público e privado na administração pública Regime jurídico administrativo Reflexos da LINDB sobre o Direito Administrativo Princípios da administração pública Legalidade Supremacia do interesse público Impessoalidade Presunção de legitimidade ou de veracidade Especialidade Controle ou tutela Autotutela Hierarquia Continuidade do serviço público Publicidade Moralidade administrativa Razoabilidade e proporcionalidade Motivação Eficiência Segurança jurídica, proteção à confiança e boa-fé Segurança jurídica Proteção à confiança Boa-fé Aplicação dos princípios da segurança jurídica, boa-fé e proteção à confiança Poderes da Administração Normativo 3.5.2 3.5.3 Capítulo 4 4.1 4.1.1 4.1.2 4.1.3 4.1.4 4.2 4.2.1 4.2.2 4.2.3 4.3 4.4 4.5 4.6 Capítulo 5 5.1 5.2 5.3 5.4 5.5 5.6 5.7 Disciplinar Decorrentes da hierarquia Serviços Públicos Conceito Serviço público em sentido amplo Serviço público em sentido restrito Evolução Conclusões quanto ao conceito Elementos da definição Elemento subjetivo Elemento formal Elemento material Crise na noção de serviço público Princípios Classificação Formas de gestão Poder de Polícia Introdução Evolução Conceito Polícia administrativa e judiciária Meios de atuação Características Limites Capítulo 6 6.1 6.2 6.3 6.4 6.5 6.6 6.7 6.8 6.8.1 6.8.2 6.8.3 6.8.4 6.8.5 6.8.6 6.8.7 6.9 6.9.1 6.9.2 6.9.3 6.9.4 6.9.5 6.9.6 6.9.7 6.9.8 6.9.8.1 Restrições do Estado sobre a Propriedade Privada Evolução Modalidades Fundamento Função social da propriedade Limitações administrativas Ocupação temporária Requisição administrativa Tombamento Proteção do patrimônio histórico e artístico nacional Conceito e características Objeto Modalidades Procedimento Efeitos Natureza jurídica Servidão administrativa Servidão na teoria geral do direito Servidão de direito privado e de direito público Servidão administrativa e limitação administrativa Conceito Forma de constituição Extinção Direito à indenização Modalidades Servidão sobre terrenos marginais 6.9.8.2 6.9.8.3 6.9.8.4 6.9.8.5 6.9.8.6 6.9.8.7 6.10 6.10.1 6.10.2 6.10.3 6.10.4 6.10.5 6.10.6 6.10.7 6.10.8 6.10.9 6.10.10 6.10.11 6.10.12 6.10.13 Capítulo 7 7.1 Servidão a favor das fontes de água mineral, termal ou gasosa e dos recursos hídricos Servidão sobre prédios vizinhos de obras ou imóvel pertencente ao patrimônio histórico e artístico nacional Servidão em torno de aeródromos e heliportos Servidão militar Servidão de aqueduto Servidão de energia elétrica Desapropriação Evolução no direito brasileiro Conceito Modalidades de desapropriação sancionatória Procedimento Sujeitos ativo e passivo Pressupostos Objeto Indenização Natureza jurídica Imissão provisória na posse Destino dos bens desapropriados Desapropriação indireta Retrocessão Atos Administrativos Fatos da administração 7.2 7.3 7.4 7.5 7.6 7.6.1 7.6.2 7.6.3 7.6.4 7.7 7.7.1 7.7.2 7.7.3 7.7.4 7.7.5 7.8 7.8.1 7.8.2 7.8.3 7.8.4 7.8.5 7.9 7.10 7.10.1 7.10.1.1 Atos da administração Origem da expressão Conceito Ato administrativo e produção de efeitos jurídicos Atributos Presunção de legitimidade e veracidade Imperatividade Autoexecutoriedade Tipicidade Elementos Sujeito Objeto Forma Finalidade Motivo Discricionariedade e vinculação Conceito Justificação Âmbito de aplicação da discricionariedade Legalidade e mérito do ato administrativo Limites da discricionariedade e controle pelo Poder Judiciário Classificação Atos administrativos em espécie Quanto ao conteúdo Autorização 7.10.1.2 7.10.1.3 7.10.1.4 7.10.1.5 7.10.1.6 7.10.1.7 7.10.1.8 7.10.2 7.10.2.1 7.10.2.2 7.10.2.3 7.10.2.4 7.10.2.5 7.11 7.11.1 7.11.2 7.11.2.1 7.11.2.2 7.11.2.3 7.11.2.4 7.11.2.5 7.11.2.6 7.11.2.7 7.11.2.8 7.11.2.9 Licença Admissão Permissão Aprovação Homologação Parecer Visto Quanto à forma Decreto Resolução e portaria Circular Despacho Alvará Extinção Modalidades Anulação ou invalidação Conceito, efeitos e natureza Vícios: peculiaridades no Direito Administrativo Vícios relativos ao sujeito Vícios relativos ao objeto Vícios relativos à forma Vícios quanto ao motivo Vícios relativos à finalidade Consequências decorrentes dos vícios Atos administrativos nulos e anuláveis 7.11.2.10 7.11.2.11 7.11.3 Capítulo 8 8.1 8.2 8.3 8.4 8.5 8.5.1 8.5.2 8.6 8.6.1 8.6.2 8.6.3 8.6.4 8.6.5 8.6.6 8.6.7 8.6.7.1 8.6.7.2 8.6.7.3 8.6.7.4 Convalidação Confirmação Revogação Contrato Administrativo Contratos da administração Divergências doutrinárias O contrato administrativo como espécie do gênero contrato Traços distintivos entre o contrato administrativo e o contrato de direito privado Direito positivo Normas constitucionais Legislação ordinária Características dos contratos administrativos Presença da Administração Pública como Poder Público Finalidade pública Obediência à forma prescrita em lei Procedimento legal Contrato de adesão Natureza intuitu personae Presença das cláusulas exorbitantes Exigência de garantia Alteração unilateral Rescisão unilateral Fiscalização 8.6.7.5 8.6.7.6 8.6.7.7 8.6.7.8 8.6.8 8.6.8.1 8.6.8.2 8.6.8.3 8.6.8.4 8.7 8.8 8.8.1 8.8.1.1 8.8.1.2 8.8.1.3 8.8.1.3.1 8.8.1.3.2 8.8.1.3.3 8.8.1.4 8.8.1.4.1 8.8.1.4.2 8.8.1.4.3 8.8.1.4.4 Aplicação de penalidades Anulação Retomada do objeto Restrições ao uso da exceptio non adimpleti contractus Mutabilidade Álea administrativa: alteração unilateral do contrato Álea administrativa: fato do príncipe Álea administrativa: fato da administração Álea econômica: teoria da imprevisão Rescisão do contrato administrativo Modalidades de contratos administrativos Concessão Conceito e modalidades Natureza jurídica Concessão de serviço público Evolução Conceito e características Concessão, permissão e autorização de serviço público Parcerias público-privadas Direito positivo Conceito e modalidades Concessão patrocinada Concessão administrativa 8.8.1.4.5 8.8.1.4.6 8.8.1.4.7 8.8.1.4.8 8.8.1.5 8.8.1.6 8.8.2 8.8.2.1 8.8.2.2 8.8.2.3 8.8.2.4 8.8.3 8.9 8.10 8.11 8.12 8.13 8.14 8.14.1 8.14.2 8.14.3 8.14.4 8.14.5 Traços comuns à concessão patrocinada e à concessão administrativa Da licitação Procedimento de manifestação de interesse Normas aplicáveis apenas à União Concessão de obra pública Concessão de uso Contratos de obra pública e de prestação de serviços Empreitada Administração contratada Tarefa Serviços de publicidade Contrato de fornecimento Programa de Parcerias de Investimentos – PPI Contrato de Desempenho e Contrato de gestão Convênio Consórcio administrativo Terceirização Contratos em regime diferenciado de contratação (RDC) Regime jurídico Regime de contratação integrada Convocação para assinatura do contrato Remuneração variável Contratações simultâneas Capítulo 9 9.1 9.2 9.3 9.3.1 9.3.2 9.3.3 9.3.4 9.3.5 9.3.6 9.3.7 9.3.8 9.3.9 9.3.10 9.4 9.5 9.6 9.6.1 9.6.2 9.6.3 9.6.4 9.6.5 9.6.6 9.6.7 9.7 9.7.1 Licitação Conceito Direito positivo Princípios Princípio da igualdade Princípio da legalidade Princípioda impessoalidade Princípio da moralidade e da probidade Princípio da publicidade Princípio da vinculação ao instrumento convocatório Princípio do julgamento objetivo Princípio da adjudicação compulsória Princípio da ampla defesa Princípio da licitação sustentável Obrigatoriedade de licitação Dispensa e inexigibilidade Modalidades Concorrência Tomada de preços Convite Concurso Leilão Pregão Regime Diferenciado de Contratação (RDC) Procedimento Procedimento da concorrência 9.7.1.1 9.7.1.2 9.7.1.3 9.7.1.4 9.7.1.5 9.7.2 9.7.3 9.7.4 9.7.5 9.7.6 9.7.7 9.8 9.9 9.10 9.11 9.11.1 9.11.2 9.11.3 9.11.4 9.11.5 9.11.6 9.11.7 9.11.8 9.11.9 9.11.10 Edital Habilitação Classificação Homologação Adjudicação Procedimento da tomada de preços Procedimento do convite Procedimento do concurso Procedimento do leilão Procedimento do pregão Procedimento para contratação de serviços de publicidade Sistema de registro de preços Anulação e revogação Recursos administrativos Licitação no Regime Diferenciado de Contratação (RDC) Direito positivo Principais inovações Objetivos da licitação Princípios da licitação Restrições à publicidade do orçamento estimado Comissão de licitação Procedimento da licitação Procedimentos auxiliares das licitações Pedidos de esclarecimento, impugnações e recursos Sanções Capítulo 10 10.1 10.1.1 10.1.2 10.1.3 10.1.3.1 10.1.3.2 10.1.3.3 10.1.4 10.1.5 10.1.5.1 10.1.5.2 10.2 10.2.1 10.2.2 10.3 10.3.1 10.3.2 10.3.3 10.3.4 10.3.5 10.4 10.4.1 10.4.2 Administração Indireta Descentralização Descentralização e desconcentração Descentralização política e administrativa Modalidades de descentralização administrativa Descentralização territorial Descentralização por serviços Descentralização por colaboração Evolução A descentralização administrativa no direito positivo brasileiro A confusão do legislador A expressão Administração Indireta na Constituição Entidades da Administração Indireta Modalidades e natureza jurídica Regime jurídico Autarquias O vocábulo autarquia Evolução no direito brasileiro Conceito e características Posição perante a Administração Pública e terceiros Classificação Fundação Natureza jurídica e conceito Fundação de direito privado 10.4.3 10.4.4 10.5 10.5.1 10.5.2 10.5.3 10.5.3.1 10.5.3.2 10.5.3.3 10.5.3.4 10.5.3.5 10.5.3.6 10.5.3.7 10.5.3.8 10.5.3.9 10.5.3.10 10.5.3.11 10.6 10.7 10.8 10.9 10.9.1 10.9.2 10.9.3 Direito positivo brasileiro Fundação de direito público Empresas estatais Alcance da expressão Distinção quanto ao tipo de atividade Sociedade de economia mista, empresa pública e subsidiárias Estatuto jurídico Conceito legal Traços comuns Traços distintivos Regime jurídico Órgãos de Administração Função social Responsabilidade e controle interno Licitação Contratos Fiscalização Normas comuns às entidades da Administração Indireta Privilégios próprios das autarquias e fundações públicas Natureza jurídica dos bens das entidades da Administração Indireta Agências Considerações gerais Agência executiva Agência reguladora 10.10 10.10.1 10.10.2 10.10.3 10.10.4 10.10.5 10.11 Capítulo 11 11.1 11.2 11.3 11.4 11.5 11.6 11.7 11.8 11.8.1 11.8.2 11.8.3 11.8.3.1 11.8.3.2 11.8.3.3 Consórcio público Considerações gerais Conceito e natureza jurídica Constituição, alteração e extinção do consórcio Contratos de rateio Contratos de programa e convênios de cooperação Controle administrativo ou tutela das entidades da Administração Indireta Entidades Paraestatais e Terceiro Setor A expressão entidade paraestatal Aproximação entre entidades paraestatais e terceiro setor As entidades paraestatais no direito positivo Serviços sociais autônomos Entidades de apoio Organizações sociais Organizações da sociedade civil de interesse público Organizações da sociedade civil Abrangência da Lei nº 13.019/14 Do termo de colaboração, do termo de fomento e do acordo de cooperação Do chamamento público Providências preliminares Procedimento do chamamento público Dispensa e inexigibilidade do chamamento público 11.8.4 11.8.5 11.8.6 11.8.7 Capítulo 12 12.1 12.2 12.3 12.4 Capítulo 13 13.1 13.2 13.2.1 13.2.2 13.2.3 13.2.4 13.3 13.4 13.4.1 13.4.2 13.4.3 13.4.4 Da celebração do termo de colaboração e do termo de fomento Das vedações Das contratações realizadas pelas organizações da sociedade civil Medidas moralizadoras Órgãos Públicos Teorias sobre as relações do Estado com os agentes públicos Conceito Natureza Classificação Servidores Públicos Terminologia Agentes públicos Agentes políticos Servidores públicos Militares Particulares em colaboração com o Poder Público Cargo, emprego e função Normas constitucionais Regime jurídico do servidor Direito de acesso aos cargos, empregos e funções públicas Condições de ingresso Sistema remuneratório dos servidores públicos 13.4.4.1 13.4.4.2 13.4.4.2.1 13.4.4.2.2 13.4.4.2.3 13.4.4.3 13.4.4.3.1 13.4.4.3.2 13.4.4.3.3 13.4.5 13.4.6 13.4.7 13.4.7.1 13.4.7.2 13.4.7.3 13.4.7.4 13.4.7.5 13.4.7.6 Normas constitucionais pertinentes à remuneração ou vencimento Regime de subsídios Agentes públicos em regime de subsídio Competência para fixação e alteração dos subsídios Subsídios para os servidores organizados em carreira Normas comuns à remuneração e aos subsídios Fixação e alteração da remuneração e do subsídio Teto das remunerações e subsídios Irredutibilidade de remuneração e subsídio Direito de greve e de livre associação sindical Proibição de acumulação de cargos Aposentadoria e pensão Regime previdenciário Princípios da reforma previdenciária Regimes previdenciários diferenciados Modalidades de aposentadoria Cálculo dos proventos dos servidores federais Regime previdenciário dos servidores estaduais, distritais e municipais 13.4.7.7 13.4.7.8 13.4.7.9 13.4.7.10 13.4.8 13.4.9 13.4.10 13.4.11 13.4.12 13.5 13.6 13.7 13.8 13.8.1 13.8.2 13.8.3 13.8.4 Capítulo 14 14.1 14.2 14.3 14.4 14.5 Valor dos proventos de aposentadoria voluntária dos servidores estaduais, distritais e municipais Pensão por morte do servidor Previdência complementar Contagem de tempo para aposentadoria Estabilidade Afastamento para exercício de mandato eletivo Direitos sociais Limites de despesa com pessoal Limites decorrentes da Emenda Constitucional nº 95/16 Provimento e Investidura Vacância Direitos e deveres Responsabilidade Responsabilidade civil Responsabilidade administrativa Responsabilidade penal Comunicabilidade de instâncias Processo Administrativo Processos estatais Processo administrativo Processo e procedimento Modalidades Processo Administrativo Eletrônico 14.6 14.6.1 14.6.2 14.6.3 14.6.4 14.6.5 14.6.6 14.6.7 14.6.8 14.6.9 14.7 14.8 14.8.1 14.8.2 Capítulo 15 15.1 15.2 15.2.1 15.2.2 15.2.3 15.3 15.4 15.5 15.6 Princípios Princípio da publicidade Princípio da oficialidade Princípio da obediência à forma e aos procedimentos Princípio da gratuidade Princípio da ampla defesa e do contraditório Princípio da atipicidade Princípio da pluralidade de instâncias Princípio da economia processual Princípio da participação popular Processo administrativo disciplinar Processo sumário Sindicância Verdade sabida Responsabilidade Extracontratual do Estado Delimitação do tema Evolução Teoria da irresponsabilidade Teorias civilistas Teorias publicistas Direito positivo brasileiro Causas excludentes e atenuantes da responsabilidade Responsabilidade do estado por omissão Responsabilidade do Estado por danos decorrentes de leis e regulamentos 15.7 15.8 Capítulo 16 16.1 16.2 16.3 16.3.1 16.3.2 16.3.3 16.3.4 16.4 16.4.1 16.4.2 16.4.3 16.5 16.5.1 16.5.2 16.6 16.6.1 16.6.2 16.6.3 16.6.3.1 16.6.3.2 16.6.3.3 Responsabilidade do Estado por atos jurisdicionais Reparação do dano Bens Públicos Evolução Classificação Bens do domínio público do Estado Conceito Natureza jurídica Modalidades Regime jurídico Bens do domínio privado do Estado ou bens dominicais Conceito Características Regime jurídico Alienação Alienação dos bens de uso comum e de uso especial Alienação dos bens dominicais Uso de bem públicopor particular Uso normal e uso anormal Uso comum Uso privativo Conceito e características Instrumentos estatais de outorga de uso privativo Autorização, permissão e concessão 16.6.3.4 16.6.3.5 16.7 16.8 16.8.1 16.8.2 16.8.3 16.8.4 16.8.5 16.8.5.1 16.8.5.2 16.8.5.3 16.8.5.4 16.8.6 16.8.7 16.8.8 16.8.9 16.8.9.1 16.8.9.2 16.8.9.3 16.8.9.4 Capítulo 17 17.1 17.2 Uso privativo de bens imóveis da União Tutela do uso privativo Formação do patrimônio público Bens públicos em espécie Direito positivo Terrenos reservados Terrenos de marinha e seus acrescidos Terras tradicionalmente ocupadas pelos índios Terras devolutas Evolução da propriedade rural no Brasil Conceito e natureza jurídica Titularidade Processo de discriminação Faixa de fronteira Ilhas Águas públicas Minas e jazidas Conceito Sistemas de exploração e aproveitamento das jazidas Evolução no direito brasileiro Sistema atual Controle da Administração Pública Conceito e abrangência Espécies 17.3 17.3.1 17.3.2 17.3.2.1 17.3.2.2 17.3.2.3 17.3.2.4 17.4 17.4.1 17.4.2 17.4.3 17.5 17.5.1 17.5.2 17.5.3 17.5.3.1 17.5.3.2 17.5.4 17.5.5 17.5.5.1 17.5.5.2 17.5.5.3 17.5.5.3.1 17.5.5.3.2 Controle administrativo Conceito e alcance Recursos administrativos Conceito, efeitos e fundamento Modalidades Coisa julgada administrativa Prescrição administrativa Controle legislativo Alcance Controle político Controle financeiro Controle judicial Sistema de unidade de jurisdição Limites Controle judicial das políticas públicas Conceito de políticas públicas e competência para sua definição e execução Controle das políticas públicas pelo Poder Judiciário A Administração Pública em juízo Meios de controle Habeas corpus Habeas data Mandado de injunção Controvérsias quanto à origem Objeto do mandado de injunção 17.5.5.3.3 17.5.5.3.4 17.5.5.3.5 17.5.5.3.6 17.5.5.3.7 17.5.5.4 17.5.5.4.1 17.5.5.4.2 17.5.5.4.3 17.5.5.4.4 17.5.5.4.5 17.5.5.5 17.5.5.6 17.5.5.6.1 17.5.5.6.2 17.5.5.6.3 17.5.5.6.4 17.5.5.6.5 17.5.5.6.6 17.5.5.7 17.5.5.7.1 17.5.5.7.2 17.5.5.7.3 A solução adotada pela Lei nº 13.300/16 Pressupostos Mandado de injunção individual ou coletivo Anotações quanto ao processo Competência para julgamento Mandado de segurança individual Origem Conceito e pressupostos Restrições Anotações quanto ao processo Prazo Mandado de segurança coletivo Ação popular Evolução Conceito e pressupostos Sujeito ativo e passivo Posição do Ministério Público Objeto Anotações quanto ao processo Ação civil pública Origem e evolução Comparação com ação popular e mandado de segurança coletivo Pressupostos e conceito 17.5.5.7.4 17.5.5.7.5 17.5.5.7.6 17.5.5.7.7 Capítulo 18 18.1 18.2 18.3 18.3.1 18.3.2 18.3.3 18.3.3.1 18.3.3.2 18.3.3.3 18.3.3.4 18.3.4 18.3.5 18.3.6 Capítulo 19 19.1 Sujeito ativo e passivo Funções do Ministério Público Objeto Anotações quanto ao processo Improbidade Administrativa Legalidade, moralidade e probidade Evolução no direito positivo Lei de Improbidade Administrativa Competência para legislar sobre improbidade administrativa em função da natureza do ilícito e da sanção cabível Concomitância de instâncias penal, civil e administrativa Elementos constitutivos do ato de improbidade administrativa Sujeito passivo Sujeito ativo Ocorrência de ato danoso Elemento subjetivo: dolo ou culpa Sanções Procedimento administrativo Ação judicial de improbidade administrativa Responsabilidade das Pessoas Jurídicas pela Prática de Atos Danosos Contra a Administração Pública Da lei anticorrupção 19.2 19.3 19.4 19.5 19.6 19.7 19.8 19.9 Capítulo 20 20.1 20.2 20.2.1 20.2.2 20.2.3 20.2.4 20.2.5 20.2.6 20.2.7 20.2.8 20.3 20.4 20.4.1 Dos requisitos da responsabilização Responsabilização administrativa Do processo administrativo de responsabilização Do acordo de leniência Da responsabilização judicial Dosimetria das sanções Da cumulatividade de sanções Do Cadastro Nacional de Empresas Punidas – CNEP Arbitragem, Mediação e Autocomposição de Conflitos na Administração Pública Direito positivo A arbitragem na Administração Pública Das controvérsias doutrinárias Inovações da Lei nº 13.129, de 26-5-15, quanto à arbitragem na Administração Pública Direitos patrimoniais disponíveis Previsão de contratos de direito privado na Lei nº 8.666/93 Matérias que podem ser submetidas à arbitragem Competência para autorizar a arbitragem Arbitragem de direito Conflito entre sigilo e publicidade Mediação Autocomposição de conflitos em que for parte pessoa jurídica de direito público Conceito e alcance 20.4.2 Medidas de autocomposição de conflitos Bibliografia Índice Remissivo 1.1 FORMAÇÃO DO DIREITO ADMINISTRATIVO O Direito Administrativo, como ramo autônomo, nasceu em fins do século XVIII e início do século XIX, o que não significa que inexistissem anteriormente normas administrativas, pois onde quer que exista o Estado existem órgãos encarregados do exercício de funções administrativas. O que ocorre é que tais normas se enquadravam no jus civile, da mesma forma que nele se inseriam as demais, hoje pertencentes a outros ramos do direito. Além disso, o que havia eram normas esparsas relativas principalmente ao funcionamento da Administração Pública, à competência de seus órgãos, aos poderes do Fisco, à utilização, pelo povo, de algumas modalidades de bens públicos, à servidão pública. Não se tinha desse ramo do direito uma elaboração baseada em princípios informativos próprios que lhe imprimissem autonomia. A Idade Média não encontrou ambiente propício para o desenvolvimento do Direito Administrativo. Era a época das monarquias absolutas, em que todo poder pertencia ao soberano; a sua vontade era a lei, a que obedeciam todos os cidadãos, justificadamente chamados servos ou vassalos (aqueles que se submetem à vontade de outrem). Nesse período, do chamado Estado de Polícia, assinala Merkl (1980:93) que o direito público se esgota num único preceito jurídico, que estabelece um direito ilimitado para administrar, estruturado sobre princípios segundo os quais quod regi placuit lex est, the king can do no wrong, le roi ne peut mal faire. O rei não podia ser submetido aos Tribunais, pois os seus atos se colocavam acima de qualquer ordenamento jurídico. Com base nessa ideia é que se formulou a teoria da irresponsabilidade do Estado, que, em alguns sistemas, continuou a ter aplicação mesmo após as conquistas do Estado Moderno em benefício dos direitos individuais. Não havia Tribunais independentes, uma vez que, em uma primeira fase, o próprio rei decidia os conflitos entre particulares e, em fase posterior, as funções judicantes foram delegadas a um conselho, que ficava, no entanto, subordinado ao soberano. No entanto, apontam-se algumas obras de glosadores da Idade Média, principalmente dos séculos XIII e XIV, nas quais se encontra o germe dos atuais direitos constitucional, administrativo e fiscal. Indica-se a obra de Andrea Bonello (1190 a 1275 d.C.), dedicada ao estudo dos três últimos livros do Código Justiniano, que tinham sido deixados de lado, porque dedicados a estruturas fiscais e administrativas de um império que já não existia. Outro texto sobre o qual trabalharam os juristas, na época, foi o Liber Constitutionis, publicado pelo parlamento de Melfi em 1231. No século XIV, a obra de Bartolo de Sassoferrato (1313-57) lança as bases da teoria do Estado Moderno (cf. Mario G. Losano, 1979:55). Mas a formação do Direito Administrativo, como ramo autônomo, teve início, juntamente com o direito constitucional e outros ramos do direito público, a partir do momento em que começou a desenvolver-se – já na fase do Estado Moderno – o conceito de Estado de Direito, estruturado sobre o princípio da legalidade (em decorrência do qual até mesmo os governantes se submetem à lei, em especial à lei fundamental que é a Constituição) e sobre o princípio da separação de poderes, que tem por objetivo assegurar a proteção dos direitos individuais, não apenas nas relações entre particulares, mas também entre estes e o Estado. Daí a afirmaçãode que o Direito Administrativo nasceu das Revoluções que acabaram com o velho regime absolutista que vinha da Idade Média. “Constitui disciplina própria do Estado Moderno, ou melhor, do chamado Estado de Direito, porque só então se cogitou de normas delimitadoras da organização do Estado-poder e da sua ação, estabelecendo balizas às prerrogativas dos governantes, nas suas relações recíprocas, e, outrossim, nas relações com os governados. Na verdade, o Direito Administrativo só se plasmou como disciplina autônoma quando se prescreveu processo jurídico para atuação do Estado-poder, através de programas e comportas na realização das suas funções” (cf. O. A. Bandeira de Mello, 1979, v. 1:52). Alguns vão ao ponto de afirmar que o Direito Administrativo é produto exclusivo da situação gerada pela Revolução Francesa, só existindo nos países que adotaram os princípios por ela defendidos. Onde não houve a mesma luta que convergiu para a mudança brusca de regime, não existe Direito Administrativo. É o que expõe Mario G. Losano (1979:68), quando, citando tese defendida, na França, por Hauriou, na Suíça, por Fleiner, e na Itália, por Zanobini, afirma que ela “foi reconsolidada pela constatação de que o direito inglês – não tendo sofrido o nítido corte gerado pela Revolução Francesa entre mundo feudal e mundo burguês – não conhece um Direito Administrativo, tal como não conhece direitos imobiliários (ou reais) encerrados em categorias taxativas determinadas”. Com isso, deve concluir-se que “o Direito Administrativo é um produto da Europa continental pós-revo-lucionária, o que impede a generalização de conceitos para além destes limites de espaço e de tempo. Na realidade, ele apresenta- se como o direito que o Estado burguês utiliza para se defender tanto contra a classe derrubada como contra a que, utilizada como aliada no decurso da revolução, é reprimida depois da tomada do poder”. Não se afigura verdadeira a tese de que o Direito Administrativo só exista nos sistemas europeus formados com base nos princípios revolucionários do século XVIII. O que é verdadeiro é o fato de que nem todos os países tiveram a mesma história nem estruturaram pela mesma forma o seu poder; em consequência, o Direito Administrativo teve origem diversa e desenvolvimento menor em alguns sistemas, como o anglo- americano. Mesmo dentro dos “direitos” filiados ao referido sistema europeu existem diferenças que vale a pena assinalar, uma vez que, quanto menos desenvolvido o Direito Administrativo, maior é a aplicação do direito privado nas relações jurídicas de que participa o Estado. Na realidade, o conteúdo do Direito Administrativo varia no tempo e no espaço, conforme o tipo de Estado adotado. No chamado Estado de Polícia, em que a finalidade é apenas a de assegurar a ordem pública, o objeto do Direito Administrativo é bem menos amplo, porque menor é a interferência estatal no domínio da atividade privada. O Estado do Bem- estar é um Estado mais atuante; ele não se limita a manter a ordem pública, mas desenvolve inúmeras atividades na área da saúde, educação, assistência e previdência social, cultura, sempre com o objetivo de promover o bem- estar coletivo. Nesse caso, o Direito Administrativo amplia o seu conteúdo, porque cresce a máquina estatal e o campo de incidência da burocracia administrativa. O próprio conceito de serviço público amplia-se, pois o Estado assume e submete a regime jurídico publicístico atividades antes reservadas aos particulares. Além disso, a substituição do Estado liberal, baseado na liberdade de iniciativa, pelo Estado-Providência ampliou, em muito, a atuação estatal no domínio econômico, criando novos instrumentos de ação do poder público, quer para disciplinar e fiscalizar a iniciativa privada, com base no poder de polícia do Estado, quer para exercer atividade econômica, diretamente, na qualidade de empresário. Também sob esse aspecto, ampliou-se o conteúdo do Direito Administrativo, a ponto de já se começar a falar em novo ramo que a partir daí vai-se formando – o direito econômico – baseado em normas parcialmente públicas e parcialmente privadas. Neste capítulo, o que se pretende mostrar, em primeiro lugar, são os fundamentos constitucionais e filosóficos do Direito Administrativo. A seguir, será analisada a contribuição do direito francês, do direito alemão e do direito italiano para a formação do Direito Administrativo como ramo autônomo. A orientação seguida pelos três “direitos” foi diversa: o primeiro, que praticamente deu origem ao Direito Administrativo, formou, no início, a chamada escola legalista ou exegética, porque o estruturou quase inteiramente a partir da interpretação de textos legais, levada a efeito pelos Tribunais Administrativos; o segundo, embora influenciado pelo direito francês, deu os primeiros passos no sentido da elaboração científica do Direito Administrativo; e o terceiro, seguindo um pouco de cada tendência – a exegética e a científica – trouxe inegável contribuição para a elaboração sistemática do Direito Administrativo. Os três fazem parte do sistema de base romanística, assim chamado porque proveio dos estudos do direito romano, realizados, a partir do século XII, nas universidades dos países latinos e dos países germânicos, dentre as quais se destaca a Universidade de Bolonha, na Itália. Esse sistema tinha por objetivo criar um direito comum (jus commune) para a Europa continental, porém respeitando a diversidade dos povos que a integram. Embora idealizado para a Europa, expandiu-se para fora dela, por conta da colonização ou por recepção voluntária. Abrange a maior parte dos países da Europa ocidental: Itália, Espanha, Portugal, Grécia, Alemanha, Áustria, Suíça, Bélgica, Dinamarca, Suécia, Finlândia, Noruega, Escócia; fora da Europa, abrange os países que foram colonizados por países da Europa continental: América Latina, Luisiana (nos Estados Unidos), Quebec (no Canadá francês), países africanos colonizados pela França, pela Bélgica ou por Portugal, bem como a África do Sul. A ideia de direito comum caiu por terra com o desenvolvimento da Escola do Direito Natural, nos séculos XVII e XVIII, que inspirou as codificações e levou ao positivismo interno de cada país. O objetivo de criar um direito comum europeu só ressurgiu no século XX, com a formação da União Europeia e, em consequência, do direito comunitário europeu, no qual se verifica um encontro entre os sistemas romanístico e do common law. Também se fará rápida análise do Direito Administrativo anglo- americano, inserido no sistema do common law, que se caracteriza por ser essencialmente um direito feito pelo juiz; nesse sistema, a jurisprudência é a principal fonte do direito. O sistema do common law é adotado na Grã- Bretanha (com ressalva para a Escócia, que permaneceu no sistema de base romanística), nos Estados Unidos, no Canadá (com exceção de Quebec), na Austrália, Nova Zelândia, Jamaica, alguns países africanos, Índia, Birmânia, Malásia. Seu estudo, neste capítulo, tem como objetivo demonstrar a diversidade de sua formação e o seu menor desenvolvimento quando comparado com o sistema de base romanística. Não se poderia deixar de dedicar um parágrafo ao Direito Administrativo brasileiro que, seguindo a orientação dos demais países da América Latina, adotou o sistema europeu-continental, porém também sofreu influência do sistema do common law e, mais recentemente, do direito comunitário europeu. Um item será dedicado ao exame da influência do direito estrangeiro na formação e evolução do Direito Administrativo brasileiro. Também será dedicado um item apontando as principais transformações do Direito Administrativo. O capítulo se encerrará com itens sobre o objeto, as fontes e o conceito do Direito Administrativo. 1.2 FUNDAMENTOS FILOSÓFICOS E CONSTITUCIONAIS DO DIREITO ADMINISTRATIVO Na doutrina administrativista brasileira, alguns autores mais recentes defendem a origem autoritária do Direito Administrativo, que teria nascido para proteger os interesses econômicos e políticos daburguesia. A divergência surgiu em razão das críticas ao princípio da supremacia do interesse público, que também teria conteúdo autoritário. Nessa linha de pensamento, inserem-se, dentre outros, Gustavo Binenbojm, Humberto Ávila e Daniel Sarmento, todos com textos publicados em obra organizada pelo último, sob o título de Interesses públicos versus interesses privados: desconstruindo o princípio da supremacia do interesse público. Também é o pensamento de Marçal Justen Filho (2008:67), para quem “a organização do aparato administrativo do Estado se modela pelas concepções napoleônicas, que traduzem uma rígida hierarquia de feição militar do século XIX. A fundamentação filosófica do Direito Administrativo ainda se reporta à clássica disputa entre Duguit e Hauriou, ocorrida nos primeiros decênios do século XX. Mais do que isso, predomina a influência do pensamento de Hauriou muito mais intensamente do que a visão de Duguit. O conteúdo do Direito Administrativo é preenchido por institutos vinculados a concepções políticas de um período distante. Ou seja, o Direito Administrativo continua vinculado às concepções filosóficas, políticas e constitucionais que vigoravam na primeira metade do século XX. A evolução radical do constitucionalismo do final do século XX permanece ignorada pelo Direito Administrativo”. Falando sobre a constitucionalização do Direito Administrativo, Marçal Justen Filho acrescenta que “[...] a evolução recente importou alterações radicais nas instituições e nas concepções vigentes. A função e o conteúdo da Constituição foram impregnados por princípios e valores democráticos, o que se afirma com ainda grande relevância no Brasil – cuja vivência democrática é muito limitada. Todas essas modificações não ingressaram integralmente no Direito Administrativo. O conteúdo e as interpretações do Direito Administrativo permanecem vinculados e referidos a uma realidade sociopolítica que há muito deixou de existir. O instrumental do Direito Administrativo, é, na sua essência, o mesmo de um século atrás”. Uma das grandes razões que deram nascimento à tese do autoritarismo do Direito Administrativo é, provavelmente, a teoria da puissance publique, elaborada no século XIX e defendida, entre outros, por Batbie, Ducroq, Louis-Edouard Laferrière, León Aucoc, Berthlémy. Sistematizada por Maurice Hauriou (1927:133), essa teoria, ao procurar o critério definidor do Direito Administrativo, apontou a existência de prerrogativas e privilégios do Estado diante do particular, criando uma posição de verticalidade ou de desigualdade entre Administração Pública e cidadão. Outro fator relevante, apontado por Celso Antônio Bandeira de Mello (2016:44), foi a própria definição inicial do Direito Administrativo como derrogatório e exorbitante do direito comum. Diz o autor que “talvez a razão primordial desta forma errônea de encarar o Direito Administrativo resida no fato de que este, ao surgir, foi encarado como um direito ‘excepcional’, que discrepava do ‘direito comum’, isto é, do direito privado, o qual, até então, era, com ressalva do Direito Penal, o único que se conhecia. Com efeito, o Direito Administrativo, tal como foi sendo elaborado, pressupunha a existência, em prol do Estado, de prerrogativas inexistentes nas relações entre os particulares, as quais, então, foram nominadas de ‘exorbitantes’, isto é, que exorbitavam dos direitos e faculdades que se reconheciam aos particulares em suas recíprocas relações”. Em outra oportunidade, já analisei o tema (2012a:10-11) afirmando que, paradoxalmente, o Estado de Direito, preocupado embora com a liberdade do cidadão e a igualdade de todos perante o Direito, trouxe em seu bojo o Direito Administrativo, como ramo autônomo, composto por normas de direito público, aplicáveis à Administração Pública e que, derrogando o direito comum, a ela reconhece uma série de prerrogativas e privilégios de que o particular não dispõe. E lembramos a lição de Massimo Severo Giannini (1970:28), para quem a existência de Estados com Direito Administrativo é o resultado de uma síntese de pensamentos contrastantes e de experiências político-jurídicas oriundos de todas as partes da Europa. O Estado com Direito Administrativo recebe, do direito inglês, o princípio constitucional da divisão de poderes e a ideia de não arbítrio do poder público, que coloca como princípio o primado da função normativa e do qual deriva o princípio da legalidade da ação administrativa; do pensamento político-jurídico comum, nasce o princípio constitucional do absolutismo da jurisdição, do qual deriva o reconhecimento de situações jurídicas subjetivas tuteláveis perante o juiz, criando-se a categoria dos direitos subjetivos de conteúdo público; da estrutura estatal do absolutismo iluminado recebe a ideia de legislação pública especial para regular a atividade da administração pública, transformando os poderes absolutos da coroa em poderes do Estado regulados pela lei. Na realidade, o caráter pretensamente autoritário do Direito Administrativo foi abrandado pelos princípios vigentes no Estado liberal, uma vez que a autoridade era limitada pelo reconhecimento de direitos individuais garantidos pelo Poder Judiciário ou por uma jurisdição administrativa independente do Poder Executivo. O Direito Administrativo, desde as origens, caracterizou-se pelo binômio prerrogativas (que protegem a autoridade) e sujeições (que protegem os direitos individuais perante os excessos do poder); e esse é um dos grandes paradoxos do Direito Administrativo como ramo do direito caracterizado fundamentalmente pelo referido binômio. Não há justificativa para que esse binômio seja visto de um lado só. Pode ter havido períodos da evolução do Direito Administrativo, em que a balança pendeu para o lado das prerrogativas e, portanto, do autoritarismo. No primeiro período, da justice rétenue (justiça retida), em que o contencioso administrativo esteve vinculado ao imperador (fase do administrador-juiz) prevaleceu o caráter autoritário das normas que disciplinavam a atuação administrativa, fortemente centralizada; a última palavra sobre as manifestações do contencioso administrativo era do imperador. Com a instauração do Estado de Direito, pendeu-se para o lado oposto, ou seja, para a proteção das liberdades individuais; o que mais contribuiu para isso foi a atribuição de função jurisdicional propriamente dita, desvinculada do Poder Executivo, aos órgãos do contencioso administrativo. Abandonou-se a fase da justice rétenue e entrou-se na fase da justice déléguée (justiça delegada), quando a decisão proferida pelo juiz passa a ser definitiva. Nesse período, dentro do binômio direitos individuais e prerrogativas públicas, preocupava-se especialmente com o primeiro aspecto. Foi, portanto, o Direito Administrativo elaborado sob a base de alguns princípios fundamentais do constitucionalismo também incipiente, dentre os quais ressaltam, por sua importância, o da separação de poderes e o da legalidade. Um e outro tinham por objetivo assegurar a liberdade do cidadão diante das prerrogativas do poder público. Segundo José Eduardo Faria (1988:40), “equilíbrio entre poderes e representação política, certeza jurídica e garantia dos direitos individuais, constitucionalidade e legalidade, hierarquia das leis e distinção entre atos de império e atos de gestão, autonomia da vontade e liberdade contratual – eis alguns dos princípios básicos em torno dos quais o Estado liberal se desenvolveu”. Foi sob a égide desses postulados que evoluiu o Direito Administrativo nesse período. Importante, quanto ao tema, é o pensamento de Miguel Reale, em trabalho sobre Nova fase do direito moderno (1990:79-82), em que o autor demonstra que tanto o direito constitucional como o administrativo são filhos da Revolução Francesa. Observa o autor que “nesta, com efeito, surgem as condições históricas e os pressupostos teóricos indispensáveis ao estudo da administração pública segundo categorias jurídicas próprias, a começar pela afirmação dos direitos do cidadãoperante o Estado; o princípio da responsabilidade dos agentes públicos por seus atos arbitrários, e o livre acesso de todos às funções administrativas”. Acrescenta o autor que, “sem a subordinação do Estado ao império da lei e da jurisdição não teria sido possível o tratamento autônomo e sistemático do Direito Administrativo”. Miguel Reale parece reconhecer o caráter autoritário da origem do Direito Administrativo, mas realça que é necessário separar o aspecto político do jurídico. Ele lembra observação feita por Massimo Severo Giannini (em trabalho sobre Diritto amministrativo, publicado na Enciclopedia del Diritto, t. 12, p. 862) de que o advento dessa nova disciplina “foi visto por historiadores, como Salvemini e Lefèvre, ‘como um instrumento mediante o qual a burguesia, conquistando o poder graças à Revolução, tende a conservá-lo, por um lado, contra as classes privilegiadas destituídas de seus antigos poderes, e, por outro lado, contra as classes subalternas, donde um Direito privilegiado do Estado, por ser este, na realidade, instrumento exclusivo dos detentores do poder político”. Lembra ainda Miguel Reale que: “Giannini não diverge dessa visão histórica no plano político, mas, sob o prisma jurídico, faz uma ressalva que me parece relevante, assinalando que, não obstante sua origem autoritária e centralizadora inspirada nos propósitos políticos dos Termidorianos, empenhados em prevenir e reprimir desordens sociais, para a manutenção da ordem pública e da paz social, o Direito Administrativo redundava em respeito à liberdade pregada pela Revolução na medida em que eram reconhecidos limites à autoridade estatal, sujeita a controle jurisdicional” (grifamos). A conclusão de Reale é a de que: “O Direito Administrativo, embora vinculado originariamente a interesses políticos e econômicos burgueses, transcendia esses objetivos, representando, desde o início, uma das vertentes realizadoras do Estado de Direito de cunho liberal.” Na realidade, pode-se afirmar que, qualquer que tenha sido o intuito inicial da criação do Direito Administrativo, o fato é que, sob o ponto de vista jurídico, ele nasceu junto com o constitucionalismo e com o Estado de Direito, não tendo como furtar-se à influência dos ideais filosóficos que inspiraram a Revolução Francesa (representados especialmente pelas figuras de Rousseau e de Montesquieu) e deram nascimento aos princípios da separação de poderes, da isonomia, da legalidade e do controle judicial. Nas palavras de Celso Antônio Bandeira de Mello (2016:47), “o Direito Administrativo nasce com o Estado de Direito. Nada semelhante àquilo que chamamos de Direito Administrativo existia no período histórico que precede a submissão do Estado à ordem jurídica. Antes disso, nas relações entre o Poder, encarnado na pessoa do soberano, e os membros da sociedade, então súditos – e não cidadãos –, vigoravam ideias que bem se sintetizam em certas máximas clássicas, de todos conhecidas, quais as de que quod principi placuit leges habet vigorem: ‘o que agrada ao príncipe tem vigor de lei’. Ou, ainda: ‘o próprio da soberania é impor-se a todos sem compensação’; ou, mesmo: ‘o rei não pode errar’. O advento do Estado de Direito promoveu profunda subversão nestas ideias políticas, que eram juridicamente aceitas. Ao firmar a submissão do Estado, isto é, do Poder, ao Direito e ao regular a ação dos governantes nas relações com os administrados, fundando, assim, o Direito Administrativo, este último veio trazer, em antítese ao período histórico precedente – o do Estado de Polícia –, justamente a disciplina do Poder, sua contenção e a inauguração dos direito dos, já agora, administrados – não mais súditos”. Com efeito, o Direito Administrativo incorporou o princípio da legalidade e, do outro lado da moeda, o princípio da justicialidade. Se incorporou também o princípio do interesse público é porque ao Estado incumbe a defesa dos interesses da coletividade. E talvez nunca se tenha vivido outro período da evolução do Direito Administrativo em que se defende de forma tão efetiva a proteção dos direitos individuais como o atual. O Direito Administrativo se constitucionalizou, se humanizou, se democratizou. Este, desde as origens, encontrou fundamento no Estado de Direito e acompanhou a sua evolução nas várias fases (Liberal, Social e Democrática). Mais recentemente, a ligação com os princípios do Estado de Direito ainda mais se acentuou com a constitucionalização do Direito Administrativo, referida no item 1.8 sobre as transformações do Direito Administrativo. Por essas razões, não é possível concordar com os autores que apontam a origem autoritária do Direito Administrativo, negam a sua constitucionalização e afirmam a sua imutabilidade no decurso do tempo. Não há dúvida de que a doutrina e, em grande parte, a jurisprudência, muito avançaram e continuam avançando, no que diz respeito à constitucionalização do Direito Administrativo. O Direito Administrativo vem passando por profundas modificações, das quais se realça precisamente a sua constitucionalização, hoje tratada e defendida pela doutrina e aplicada pela jurisprudência, com reflexos sensíveis sobre a legalidade, a discricionariedade administrativa e o controle judicial. O conteúdo do Direito Administrativo ampliou-se consideravelmente, não só no direito brasileiro, mas também no direito europeu, levando Jacqueline Morand- Deviller (2013:11) a afirmar que “as mutações do fim do século XX foram descritas pelos administrativistas como um período de pós-modernismo. O século XXI conhece já um pós-pós-modernismo cujas características seriam, em reação contra os excessos do período precedente, uma nova aproximação mais sutil da normatividade, como contrapeso ao excesso de regulação, uma nova maneira de conceber as relações sociais humanizando o consensualismo (empobrecimento do contrato) pela convivência (ética da convivência) e uma nova maneira de conceber os direitos, vinculando-os a deveres. A obrigação e a coerção se transformariam em um consentimento voluntário de assumir suas responsabilidades. No face a face entre a administração e os administrados, a primeira não conceberia suas prerrogativas senão vinculadas a seu dever de prestar contas e, os segundos, transformados plenamente em cidadãos, não separariam seus direitos de seus deveres para com a coisa pública”. Por isso mesmo, pode-se afirmar que as bases filosóficas do Direito Administrativo, desde as origens, são as mesmas do Estado de Direito, tendo acompanhado de perto as mutações por este sofridas, em suas várias fases – liberal, social, democrática e, talvez, pós-pós-modernista (como mencionado por Jacqueline Morando-Deviller). Hoje, o Direito Administrativo – de base essencialmente constitucional – foi enriquecido pelos ideais de centralidade e dignidade da pessoa humana, de participação, de transparência, de exigência de motivação, de processualização, de controle social. 1.3 CONTRIBUIÇÃO DO DIREITO FRANCÊS É inegável a contribuição do direito francês para a autonomia do Direito Administrativo. Costuma-se indicar, como termo inicial do nascimento do Direito Administrativo, a Lei de 28 pluvioso do Ano VIII (1800), que organizou juridicamente a Administração Pública na França. Mas foi graças principalmente à elaboração jurisprudencial do Conselho de Estado francês que se construiu o Direito Administrativo. O apego ao princípio da separação de poderes e a desconfiança em relação aos juízes do velho regime serviram de fundamento para a criação, na França, da jurisdição administrativa (o contencioso administrativo), ao lado da jurisdição comum, instituindo-se, dessa forma, o sistema da dualidade de jurisdição. Com efeito, os constituintes franceses pós-revolucionários deram alcance mais amplo à teoria da separação de poderes, entendendo que a solução dos litígios nos quais a Administração Pública é parte não pode ser atribuída ao Poder Judiciário, sob pena de criar-se subordinação de um Poder ao outro. Essa concepção do princípio da separação de poderes
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