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ASMA - DPOC

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Universidade Nove de Julho - UNINOVE SBC
Lara O. B. Ribeiro - Turma 6C - 6º semestre
ASMA / DPOC
ASMA
Doença crônica com episódios de crises
agudas, que se caracteriza por
estreitamento excessivo das vias aéreas
que causa obstrução e redução do fluxo
ventilatório, associada a fatores genéticos
e ambientais (poluição e alterações
climáticas). Pacientes com asma crônica
podem ter quadro irreversível.
EPIDEMIOLOGIA
● Doença crônica comum na infância
(período de manifestação)
● Crianças em ambientes mais
carentes
● Algumas pessoas podem ter
sintomas tardios
PATOGÊNESE
O processo inflamatório da mucosa
promove uma hiperreatividade brônquica,
que causa espessamento da musculatura
e, portanto, obstrução. No paciente
asmático há remodelamento, com
destruição do epitélio brônquico,
deposição de colágeno, edema e ativação
dos mastócitos (degranulação de cinina
mediadora - broncoconstrição) e de
células inflamatórias (neutrófilos,
eosinófilos e linfócitos Th2). Além disso,
há secreção no interior devido à
inflamação.
A doença causa limitação do fluxo aéreo
devido ao edema da parede, produção de
muco, remodelação da via e
broncoconstrição aguda.
*Para ser asma precisa ter
remodelamento do tecido.
QUADRO CLÍNICO
● Sibilos na ausculta pulmonar
(pode-se auscultar roncos difusos)
● Dispneia
● Tosse crônica que piora durante a
noite (posição de decúbito)
● Desconforto torácico
● Atopia (geralmente rinite alérgica
ou dermatite atópica)
*Manifestações ocorrem após exposição
aos fatores desencadeantes
Os sintomas pioram com exercício físico
(pode provocar broncoespasmo),
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infecções virais, contato com animais,
ácaros e poeira, fungos e outros.
*Quando chove, a poeira do solo sobe,
piorando os sintomas.
DIAGNÓSTICO
É predominantemente clínico, basear-se
na história do paciente e atentar-se aos
sintomas da tríade (dispneia, tosse e
sibilos) sob exposição ao fator
desencadeante.
● Exames:
○ Espirometria pré e pós BD
(broncodilatador) -> avalia
função pulmonar
○ Teste provocativo (antes e
depois do uso de
broncoconstritores -
metacolina ou histamina -
ou exercício)
○ Radiografia de tórax (asma
moderada ou grave, pode
haver sinais de
hiperinsuflação)
○ Gasometria (hipoxemia
com PCO2 reduzida - casos
graves)
*Realizar teste provocativo quando se
suspeita de asma mas a espirometria está
normal.
CLASSIFICAÇÃO
● Asma leve
○ Intermitente: <2 vezes na
semana
○ Persistente: >2 vezes na
semana
● Asma moderada: afeta a vida diária
● Asma grave: episódios contínuos
*Asma moderada e grave devem ser
tratadas a longo prazo.
TRATAMENTO
● Educacional: orientar a não ter
carpetes, tapetes, pelúcia e etc.
● Medidas de higiene
● Farmacológico:
○ Resgate/alívio rápido ->
CRISES
■ beta-2 agonista de
curta duração
(salbutamol,
terbutalina)
■ anticolinérgicos
(brometo de
ipratrópio inalado)
■ corticoesteroides
sistêmicos
(aceleram a
desobstrução -
prednisona).
○ Controle/longo prazo:
■ corticoide inalatório
(fluticasona,
budesonida,
beclometasona)
■ cromonas
(nedocromil - uso
profilático)
■ beta-2 agonista de
ação prolongada
(salmeterol,
formoterol - sempre
associados com
antiinflamatórios)
■ metilxantinas
(broncodilatador de
potência leve)
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■ antileucotrienos
(melhora a função
pulmonar)
DPOC - ENFISEMA / BRONQUITE
CRÔNICA
É uma resposta inflamatória exacerbada
dos pulmões à inalação de partículas ou
gases tóxicos, limitando a ventilação.
Doença lentamente progressiva e
parcialmente reversível associada à
obstrução, hiperreatividade, inflamação e
degeneração.
Pode ser classificado em:
● Enfisema (destruição alveolar e
dos septos interalveolares com
formação de bolhas pulmonares -
tórax em barril)
● Bronquite crônica (inflamação e
excesso de muco - pelo menos 3
meses seguidos por 2 anos
consecutivos)
FATOR DE RISCO
● Tabagismo crônico(principal causa)
● Deficiência de alfa-1-antitripsina
(protege contra a destruição do
parênquima pulmonar mediada
pela protease)
QUADRO CLÍNICO
● Dispneia e intolerância aos
esforços
● Tosse crônica
● Produção de escarro
(principalmente pela manhã)
● Sibilos, estertores / roncos
● Alterações no sono
● Dor torácica
*Expiração prolongada, paciente
“assopra”.
*Baqueteamento digital pela ventilação
inadequada que leva ao depósito de
colágeno, modificando o leito ungueal.
*Em casos avançados pode haver
complicações cardíacas
DIAGNÓSTICO
● Espirometria (avalia gravidade,
acompanha a evolução, determina
a intensidade e a reversibilidade)
● Radiografia de tórax (afastar outras
complicações)
● Tolerância aos esforços
(acompanhamento da evolução
clínica)
● Tomografia computadorizada
(melhor para avaliar gravidade e
distribuição do enfisema -
presença de espaços escuros)
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*Radiografia na bronquite crônica tem
aspecto de “pulmão sujo” e no enfisema
há hiperinsuflação (hipertransparência),
coração em aspecto de gota e outros
achados.
*Na bronquite crônica a espirometria
pode ser normal.
TRATAMENTO
● Cessar tabagismo
● Resgate:
○ Broncodilatadores de curta
duração (salbutamol)
● Manutenção:
○ Broncodilatadores
inalatórios de longa
duração (salmeterol)
● Anticolinérgicos (ipratrópio)
● Corticosteróides (prednisona,
fluticasona)
● Antimicrobianos (azitromicina -
tratar infecção)
● Oxigenoterapia
● Reabilitação pulmonar
*O prognóstico na bronquite crônica é
melhor que no enfisema.
REFERÊNCIAS
● BLACKBOOK CLÍNICA MÉDICA - 2º
EDIÇÃO
● COMO FAZER TODOS OS
DIAGNÓSTICOS - SANAR
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