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A DIVISÃO DA HISTÓRIA HISTORIOGRAFIA TRADICIONAL SOCIEDADE SEM ESCRITA CONCEITOS PERJORATIVOS A DIVISÃO DA HISTÓRIA CONCEITOS DE “PRÉ-HISTÓRIA” • A Pré-História é definida como o ciclo anterior ao surgimento da escrita pelos povos sumérios, por volta de 3.500 a.C. • Apenas no século XIX foi que o termo Pré-História começou a ser utilizado pelos estudiosos, momento que ainda cultivava-se a ideia de que os vestígios históricos das civilizações poderiam ser feitos apenas por documentos escritos, ignorando as tradições orais e culturais. DIVISÃO DA “PRÉ-HISTÓRIA” A Pré- História se separa em três fases: Paleolítico (Idade da Pedra Lascada) Neolítico (Idade da Pedra Polida) Idade dos Metais. “PRÉ-HISTÓRIA”: PALEOLÍTICO • Período tido como o mais longo da Pré-História, do aparecimento da humanidade até 8000 a.C. • Na Idade da Pedra Lascada, os homens eram nômades, ou seja, viviam em grupos deslocando-se constantemente para locais mais seguros e com possibilidade de caça, pesca, e coleta de frutos e raízes. • A sobrevivência humana não foi mais a mesma após o controle do fogo: conseguiam se proteger do frio, esquentavam os alimentos e de sobra espantavam animais ferozes. • O planeta, por volta de 18000 a.C, encarou inúmeras mudanças climáticas e geográficas. Essas alterações mudaram drasticamente a maneira de convívio entre o homem e a natureza, começando assim a Idade da Pedra Polida. “PRÉ-HISTÓRIA”: NEOLÍTICO • Neste segundo ciclo da Pré-História, o homem alcançou um importante grau de estabilidade. • Com o sedentarismo, houve a possibilidade do cultivo de alimentos e domesticação de animais. • A agricultura (plantação de trigo, milho, mandioca, etc.) e o pastoreio (criação de porcos, cavalos, carneiros, etc.) foram essenciais no processo de fabricação de excedentes, garantindo os meios de alimentação nos períodos de seca e inundações. • Por causa dos significativos avanços, a época é reconhecida pelos historiadores como “Revolução do Neolítico” ou Revolução Agrícola e Pastoril”. “PRÉ-HISTÓRIA”: IDADE DOS METAIS • Considerado como o ciclo final do período Neolítico, a Idade dos Metais se desdobra até o nascimento da escrita, por volta de 4000 a.C. • Esse período proporcionou um expressivo avanço na metalurgia e nas técnicas de fundição. • Ao poucos os metais foram substituindo o uso das pedras e madeiras, possibilitando a criação de novos utensílios. • O primeiro metal a ser manuseado foi o cobre, seguido do estanho. • Mais tarde o homem descobriu que a mistura entre os dois daria origem ao bronze, metal mais resistente usado como matéria-prima para construção de armas e ferramentas de plantio. • Eles moravam em cavernas e na própria floresta, e manuseavam arcos e flechas feitos de pedra. • Além disso, alimentavam-se de peixes, animais e frutos. • Os povos que viviam na costa brasileira também alimentavam-se de vários frutos do mar. • No nordeste, os Tupi-Guaranis, já conheciam a cerâmica e construíam casas subterrâneas. “PRÉ-HISTÓRIA” BRASILEIRA A ORIGEM DOS HOMENS A MIGRAÇÃO A TEORIA DO ESTREITO DE BERING “PRÉ-HISTÓRIA” BRASILEIRA “PRÉ-HISTÓRIA” BRASILEIRA A CHEGADA DO HOMEM ATÉ A CHEGADA DOS PORTUGUESES(1500) “PRÉ-HISTÓRIA” BRASILEIRA OS SAMBAQUIS (SC) EXPLORAÇÃO DO SAMBAQUI DA GAROUPABA - JAGUARUNA - SC, PELA INDÚSTRIA DO CAL. “PRÉ-HISTÓRIA” BRASILEIRA O HOMEM DE LAGOA SANTA. NA IMAGEM, LUZIA. “PRÉ-HISTÓRIA” BRASILEIRA CEMITÉRIO ENCONTRADO NO BAIRRO DO RECIFE ESTARIA VINCULADO AO PERÍODO HOLANDÊS/2015. “PRÉ-HISTÓRIA” BRASILEIRA “PRÉ-HISTÓRIA”: ARTE • A arte na Pré-História servia como meio de comunicação e registro das descobertas diárias. • Os desenhos eram produzidos com restos de carvão e minérios de cores vermelhas, marrons e amarelas. • A tinta era feita do pó de minerais, sangue de animais e claras de ovo. • No período Paleolítico, as pinturas eram feitas dentro e fora das cavernas e grutas (arte parietal e arte rupestre). • As imagens eram quase sempre abstratas ou de animais e homens. “PRÉ-HISTÓRIA” BRASILEIRA • A Pré-História brasileira é caracterizada pelo período antes da chegada de Pedro Álvares Cabral, em 1500. • De acordo com vestígios arqueológicos, a passagem humana pelo território nacional começou há 12 mil anos a 48 mil anos. • As primeiras descobertas foram feitas em Minas Gerais, na cidade de Lagoa Santa, e em Caatinga de Moura, na Bahia. • Os primeiros habitantes do país eram caçadores e agricultores. Pintura rupestre mostra cena de dança na Loca das Cinzas, no Vale do Catimbau (Foto: Fellipe Abreu) “PRÉ-HISTÓRIA” BRASILEIRA • A Lei federal nº 3.924/1961 dispõe sobre os monumentos arqueológicos e pré-históricos determinando a guarda e proteção do poder público dos sítios, versa sobre as escavações arqueológicas realizadas por particulares, ainda sobre as escavações arqueológicas realizadas por instituições científicas especializadas da União, dos Estados e Municípios, das descobertas fortuitas e finaliza com as remessas para o exterior de objetos de interesse arqueológico ou pré- históricos, histórico, numismático ou artístico. • Por força da Lei 3.924/1961, os sítios arqueológicos nacionais estão virtualmente e resguardados por ponto de vista administrativo, e afetá- los diz respeito à nossas noções de memória, patrimônio e cultura, ou seja, deixam de serem apenas documentos, passando a ser automaticamente monumentos suportes da memória coletiva protegidos na Lei • A importância da arqueologia • Arqueologia é a ciência que estuda vestígios materiais da presença humana, sejam estes vestígios antigos ou recentes, com o objetivo de compreender os mais diversos aspectos da humanidade. • Pode-se dizer que o arqueólogo é o detetive que tem a obrigação de investigar os mais diversos tipos de vestígios materiais para compreender o contexto de atividades humanas em um determinado tempo e espaço. “PRÉ-HISTÓRIA” BRASILEIRA SÍTIOS ARQUEOLÓGICOS • Área Arqueológica é o nome dado a uma determinada localidade, na qual são encontrados vários sítios arqueológicos. • Já Sítio arqueológico é o local onde se encontram registros de indivíduos ou grupos de indivíduos significativos para a história ou pré- história do homem. • Sinais da busca pernambucana por cultura material recuada para exame arqueológico remontam ao século XIX, conforme demonstra o esforço do Instituto Arqueológico Histórico e Geográfico Pernambucano – IAHGP • O curso funciona vinculado ao programa de Pós-Graduação em História, e está dividido em duas instâncias: o Núcleo de Pesquisas Arqueológicas – NEA, capitaneado por Gabriela Martin desde 1971 • O Estado de Pernambuco conta com 506 registros arqueológicos do total de 20.487 sítios cadastrados oficialmente no Brasil através do Cadastro Nacional de Sítios Arqueológicos - CNSA atualmente. • As datações variam entre 195 anos antes do presente - A.P. em Bom Jardim/PE e 11.060 anos A.P. em Brejo da Madre de Deus/PE (ETCHEVARNE, 2000 p. 134). “PRÉ-HISTÓRIA” EM PERNAMBUCO • Os dados do Cadastro apontam uma concentração regional, com a existência de 83 sítios em Ipojuca (527,107 km²), 51 sítios em Brejo da Madre de Deus (762,345 km²) e 42 sítios em Igarassu (305,560 km²) • Surpreende que 03 municípios reúnam juntos 176 sítios arqueológicos num universo de 506 registros, correspondendo a 34,80% dos registros do Estado. • Em contrapartida, existem ainda municípios que não acusam nenhum sítio arqueológico oficialmente conhecido a exemplo de: Afrânio,Barra de Guabiraba, Cachoeirinha, Dormentes, Exú, Feira Nova, Garanhuns, Iati, Jatobá, Lagoa de Itaenga e etc. • A ausência de registro arqueológico institucional não reflete necessariamente a inexistência de patrimônio arqueológico no município, significa antes, a escassez ou concentração de investigação sistemática ao longo do território pernambucano. “PRÉ-HISTÓRIA” EM PERNAMBUCO “PRÉ-HISTÓRIA”EM PERNAMBUCO • museu de Arqueologia e Ciências Naturais da UNICAP • Inaugurado em 03 de abril de 1987, o Museu de Arqueologia e Ciências Naturais da UNICAP, com sua exposição "Um cemitério Indígena de 2.000 anos", surgiu com o intuito de divulgar a Pré-História de Pernambuco, vinda dos achados arqueológicos da professora Jeannette Maria Dias de Lima. • A coleção científica é constituída em grande parte por esqueletos humanos e diversos outros objetos arqueológicos que foram fruto das pesquisas realizadas pela professora no Sítio Arqueológico Furna do Estrago, Município Brejo da Madre de Deus em Pernambuco nas décadas de 1980 e 1990. ARQUEOLOGIA EM PERNAMBUCO Museu de Arqueologia e Ciências Naturais da UNICAP, • A Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) vem realizando pesquisas arqueológicas e formando profissionais em Arqueologia desde 1970, no Departamento de História. No ano de 2002 foi criado o curso de Pós- Graduação (mestrado e doutorado) e em 2009 teve início o curso de Bacharelado em Arqueologia, vinculados ao Departamento de Arqueologia. • A Arqueologia estuda as sociedades do passado através da sua cultura material, utiliza para isso aportes teóricos, metodológicos e técnicos, acrescenta também em seu escopo aportes sobre a conservação do patrimônio cultural. Hoje a profissão de arqueólogo exige a preparação específica dentro do curso de bacharelado ou em cursos de Pós-graduação. ARQUEOLOGIA EM PERNAMBUCO LEA - Laboratório de Estudos Arqueológicos Coordenadora: Profa. Cláudia Alves de Oliveira Atividades: Identificação, limpeza, acondicionamento e análise de vestígios arqueológicos pré históricos. Localização: 1º andar do CFCH LABIFOR - Laboratório de Arqueologia Biológica e Forense Coordenador: Prof. Sérgio Francisco Serafim Monteiro da Silva Atividades: Conservação, identificação, análise e preparação de amostras de vestígios orgânicos arqueológicos. Localização: 1º andar do CFCH LACOR - Laboratório de Arqueologia para Conservação e Restauro Coordenadora: Profa. Neuvânia Curty Ghetti Atividades: Conservação, restauro e análise de vestígios arqueológicos. Localização: 1º andar do CFCH ARQUEOLOGIA EM PERNAMBUCO LEDUP - Laboratório de Educação Patrimonial Coordenadora: Profa. Ana Catarina Peregrino Torres Ramos Atividades: Capacitação e treinamento (estudantes, professores, comunidade); produção de material didático; organização e execução de cursos, seminários e palestras; espaço para estágio dos alunos do curso de Graduação em Arqueologia; apoio na realização de projetos de educação patrimonial; assessoramento e acompanhamento de projetos; e integração com outros cursos de graduação, em especial as licenciaturas. Localização: 1º andar do CFCH LABARQS - Laboratório de Arqueologia Subaquática Coordenador: Prof. Carlos Celestino Rios e Souza Atividades: Pesquisas científicas em ambientes subaquáticos no Nordeste do Brasil. Localização: 1º andar do CFCH Núcleos: NEA - Núcleo de Estudos Arqueológicos Coordenadora: Profa. Daniela Cisneiros Silva Mützenberg Localização: 10º andar do CFCH ARQUEOLOGIA EM PERNAMBUCO MAP - Núcleo de Metrologia Arqueológica e Patrimônio Cultural Coordenadora: Profa. Ana Catarina Peregrino Torres Ramos Atividades: Desenvolvimento de pesquisas relacionadas ao uso de diversas técnicas aplicadas à Arqueologia, tais como fluorescência de raios-X, termografia, LibS, DRX e radiologia digital para estudos do patrimônio cultural e dos grafismos rupestres pré- históricos, bem como técnicas por luminescência (TL e OSL) e por ressonância eletrônica paramagnética (EPR) destinadas à obtenção de datações de materiais arqueológicos, como cerâmicas, dentes e sedimentos. ARQUEOLOGIA EM PERNAMBUCO SERTÃO >169 sítios >67 no Pajeú >46 no Moxotó >14 no Sertão do Salgueiro >14 no Sertão do Araripe >21 no Sertão de Itaparica >7 no Sertão de Petrolina AGRESTE >184 sítios > 82 no Vale do Ipojuca > 67 no Vale do Ipanema > 13 no Alto Capibaribe > 9 em Garanhuns > 8 no Médio Capibaribe > 5 no Brejo pernambucano OS SÍTIOS ARQUEOLÓGICOS EM PERNAMBUCO 1. Sítio Pedra do Tubarão (Venturosa) 2. Sítio de Alcobaça, Pedra da Concha (Buíque) 3. Sítio Arqueológico Afogados de Ingazeira 4. Sítio de Peri-Peri (Venturosa) 5. Furna do Estrago (Brejo da Madre de Deus) 6. Parque Nacional da Serra do Catimbau (agreste/sertão) 7. Pedra da Lourdes, Pedra do Mocozeiro, Pedra da Moça e Pedra do Urubu (Bom Jardim) 8.Pedra Furada (Venturosa) 9.Pedra da Lua (Brejo da Madre de Deus) 10.Sítio Pedra da Figura (Taquaritinga do Norte) SÍTIOS ARQUEOLÓGICOS EM PERNAMBUCO • Vale do Catimbau, que fica a 288 quilômetros de Recife. • Transformado em Parque Nacional em 2002, o Vale do Catimbau preserva uma das últimas áreas intactas de caatinga, único bioma exclusivamente brasileiro. • no Vale do Catimbau já foram catalogados mais de 100 sítios arqueológicos, números que fazem deste o segundo maior parque arqueológico do Brasil, atrás somente da Serra da Capivara, no Piauí. O VALE DO CATIMBAU Chapadão, no Vale do Catimbau (Foto: Fellipe Abreu) “PRÉ-HISTÓRIA” EM PERNAMBUCO Criado em 22 de agosto de 2002, abrange os municípios de Buíque, Ibimirim, Sertânia e Tupanatinga, entre o Agreste e o Sertão pernambucano. • Com o material escavado, que hoje faz parte do acervo da UFPE, a pesquisadora propôs uma teoria para explicar a ocupação humana no Vale do Catimbau, que tem pelo menos 6500 anos. • Essa é a idade do esqueleto mais antigo encontrado na área, hoje exposto num museu de Buíque. “Por ser uma região muito rica em fauna, flora, por ter muitos olhos d’água, que até hoje alimentam as cidades próximas em época de seca, e por estar na divisa entre o agreste e o sertão, eu levantei a hipótese de serem vários os grupos que ocuparam aquela área, em tempos distintos”. Ana Nascimento – Professora e arqueóloga da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) O VALE DO CATIMBAU “PRÉ-HISTÓRIA” EM PERNAMBUCO TRADIÇÃO NORDESTE: Caracterizada pela variedade dos temas, contendo cenas cerimoniais, de caça, luta e sexo. TRADIÇÃO AGRESTE: é o registro mais abundante no estado e possui figuras humanas ou animais completamente preenchidas, com irregularidades na linha de contorno, além de traços grossos e figuras dominantes. ITAQUATIARA: Pedra” em tupi, representa um estilo realizado em gravuras em vez de pinturas, no caso, feitas com raspagem das formações rochosas. TIPOS RUPESTRES EM PERNAMBUCO • A melhor forma de entender essa teoria é observando as diferenças entre os vários desenhos rupestres encontrados no Catimbau, que são de duas tradições distintas: 1. A nordeste, que inclui pinturas com entre oito e dez mil anos e que foi caracterizada pela primeira vez na Serra da Capivara, por meio de pesquisadores como Niède Guidón; 2.E a tradição agreste, que tem esse nome por ter sido caracterizada pela primeira vez num sítio no agreste pernambucano, não muito distante do Catimbau. • As pinturas desta tradição são mais recentes, com cerca de dois mil anos. As tradições agreste e nordeste e as pinturas rupestres • Além da idade, há uma clara diferença no estilo dos desenhos. • É o que explica Ana Nascimento, que diz que uma das principais características das pinturas da tradição nordeste é o movimento. “É como se você estivesse vendo um desenho animado. E as figuras são pequenas, sempre representando cenas de caça, de sexo… Na tradição nordeste você sempre consegue identificar o que é antropomorfo (que representa o ser humano) e o que é zoomorfo” (que representa animais), explica a pesquisadora. As tradições agreste e nordeste e as pinturas rupestres Homem captura animal em cena da tradição nordeste (Foto: Fellipe Abreu) • Já as pinturas da tradição agreste são estáticas e bem mais difíceis de serem compreendidas. “Na agreste você não consegue identificar movimento nas cenas. • E quando é possível identificar figuras humanas, elassão grandes. • Em Alcobaça tem uma figura humana de quase um metro. • Já as figuras zoomórficas (que representam animais) são muito poucas, e sempre sem movimento”, completa ela. • No Catimbau há desenhos das duas tradições. • O sítio de Alcobaça é totalmente dominado por pinturas da tradição agreste; já na Loca das Cinzas predominam desenhos da tradição nordeste, que é bem mais antiga. • Para a pesquisadora, essas diferenças ajudam a comprovar a teoria de que vários grupos distintos ocuparam a região, ao longo de milênios. As tradições agreste e nordeste e as pinturas rupestres Pinturas de tradição agreste no sítio de Alcobaça (Foto: Fellipe Abreu) As tradições agreste e nordeste e as pinturas rupestres Sítio homens sem cabeça, que parece mostrar uma cena de batalha RESOLUÇÃO DE QUESTÕES QUESTÃO 1 IAUPE 2022 Observe a imagem a seguir: QUESTÃO 1 IAUPE 2022 Ela retrata um dos paredões do Vale do Catimbau em Buíque, agreste pernambucano, repleto de pinturas com até 6000 anos de idade. Essa expressão artística testemunha a A) superioridade da população do Catimbau sobre as demais. B) obrigação da expressão escrita para a existência da cultura. C) importância da pecuária de pequeno porte para essa população. D) arte como atividade, cuja origem remete à colonização portuguesa. E) existência de sofisticada vida cultural/espiritual na pré-história brasileira. QUESTÃO 2 EP QUESTÕES Leia o texto a seguir sobre a ocupação “pré-histórica” em Pernambuco. Vestígios da pré-história à mostra no Museu de Arqueologia da Unicap Localizado no Centro do Recife, o museu expõe material encontrado num cemitério indígena da pré-história, em Brejo da Madre de Deus QUESTÃO 2 EP QUESTÕES À primeira vista, a ideia até pode parecer macabra: entrar num museu para ver esqueletos humanos, alguns deles ainda com restos de cabelos no crânio. Acontece que as ossadas expostas no Museu de Arqueologia da Universidade Católica de Pernambuco (Unicap) têm pedigree e muita história para contar aos visitantes. Encontrados num cemitério indígena pré-histórico na Furna do Estrago, no município de Brejo da Madre de Deus, agreste do Estado, os esqueletos pertenceram a povos caçadores coletores que habitaram aquela área dois mil anos atrás. Nossos ancestrais, a partir das informações recuperadas nos esqueletos, tinham cabeça chata, o corpo robusto e eram baixinhos. Os homens mediam de 1,57 metro a 1,63 de altura. As mulheres variavam de 1,49 metro a 1,59 metro. Um dos esqueletos em exibição, de uma mulher adulta, mostra o padrão de sepultamento primário (corpo com carne na Furna do Estrago. Fonte: NE10/2016. QUESTÃO 2 EP QUESTÕES A reportagem faz alusão a ocupação pré-histórica do atual estado de Pernambuco. A partir destas informações, pode-se afirmar que: A) A partir das investigações arqueológicas é possível construir uma história de Pernambuco bem antes da chegada dos europeus. B) A arqueologia desempenha um tímido papel na construção de narrativas sobre a presença do homem em Pernambuco antes do século XVI. C) Há um número muito insignificativo de sítios arqueológicos no atual estado de Pernambuco. D) A Furna do Estrago não apresenta indícios ou evidências da presença humana no estado. A história de Pernambuco começa com a chegada dos colonizadores no século XVI. E) A reportagem elege a cidade de Brejo da Madre de Deus como a única que apresenta vestígios da presença humana antes da chegada dos europeus. QUESTÃO 3 EP QUESTÕES Quando os primeiros europeus chegaram ao território brasileiro, no início do século XVI, vários grupos indígenas ocupavam a região Nordeste. No litoral, predominavam as tribos do tronco linguístico tupi, como os Tupinambás, Tabajaras e os Caetés, os mais temíveis. No interior, habitavam grupos dos troncos linguísticos Jê, genericamente denominados: A) Maias. B) Tapuias. C) Inca. D) Asteca. E) Aruaque. QUESTÃO 4 EP QUESTÕES De acordo com Gabriela Martin (1999): “Chamamos de áreas arqueológicas as divisões geográficas que compartem das mesmas condições ecológicas e nas quais está delimitado um número expressivo de sítios pré-históricos. Estes correspondem a assentamentos humanos onde se tenham observado condições de ocupação suficientes para se poder estudar os grupos étnicos que os povoavam.” Em relação aos sítios arqueológicos existentes em Pernambuco, qual destes não está localizado em nosso estado? A) Furna do Estrago (Brejo da Madre de Deus). B) Sambaquis (Arcoverde). C) Peri-Peri (Venturosa). D) Pedra do Tubarão (Venturosa). E) Alcobaça (Buíque). QUESTÃO 5 EP QUESTÕES A Arqueologia é essencial para a construção da História, não só de um povo, mas do próprio homem. É através dela que podemos buscar compreender a evolução da raça humana, o tempo em que habita um determinado local, suas características e possíveis trajetórias. Assim, visa abordar a importância cultural dos sítios arqueológicos do Estado de Pernambuco, situado na região Nordeste do Brasil, bem como mencionar alguns deles, suas características, turismo e preservação. Neste sentido, a ocupação Pré-Histórica de Pernambuco e a arqueologia, assinale a alternativa INCORRETA. A) A arqueologia está diretamente ligada à nossa memória, às nossas possibilidades de conhecer aspectos do nosso passado, através de vestígios deixados por indivíduos ou comunidades inteiras, bem como ao nosso direito à preservação dessa memória, ao nosso direito de deixar para as gerações posteriores provas da nossa história e pré-história. B) Área Arqueológica é o nome dado a uma determinada localidade, na qual são encontrados vários sítios arqueológicos. Já Sítio arqueológico é o local onde se encontram registros de indivíduos ou grupos de indivíduos significativos para a história ou pré-história do homem. QUESTÃO 5 EP QUESTÕES C) Pernambuco possui cinco mesorregiões: Agreste, Zona da Mata, Sertão, Região Metropolitana e São Francisco. No município do Brejo da Madre de Deus, situado no Agreste de Pernambuco, distante de Recife cerca de 195 km, encontram-se vários sítios arqueológicos, dentre eles a Furna do Estrago, um dos mais importantes sítios no Brasil. D) A diferença entre furna e caverna está na sua formação geológica. A caverna é formada pela erosão, ou seja, vento ou água que por muitos séculos e milênios agridem uma rocha e acabam por causar buracos ou galerias. A furna é formada pela sobreposição de rochas. E) A Furna do Estrago tem 125m² de área coberta. O local foi habitado por grupos de caçadores e coletores, provavelmente há onze mil anos desde o início do holoceno. E, há aproximadamente dois mil anos, este abrigo foi transformado em cemitério pelos índios pré-cabralianos. Os esqueletos encontrados já são da espécie Homo Austrolophitecus, embora haja, entre eles, alguns que possuam colunas curvas. QUESTÃO 6 EP QUESTÕES O Parque Nacional da Serra do Catimbau, antigo Vale do Catimbau, está localizado entre o Agreste e o Sertão do Estado de Pernambucano, na região Nordeste do Brasil. Neles estão inseridos os municípios de Buíque, Ibimirim e Tupanatinga. QUESTÃO 6 EP QUESTÕES Sobre a ocupação Pré-Histórica de Pernambuco e o Vale do Catimbau, conclui-se que, exceto: A) O Catimbau é considerado o segundo maior parque arqueológico do Brasil, o primeiro é a Serra da Capivara. B) É atualmente considerada uma área de extrema importância arqueológica, por possuir muitos registros de pinturas rupestres e resquícios da ocupação humana da nossa pré-histórica. Estes registros datam de mais de 6.000 anos. C) Só no Vale do Catimbau, há mais de trinta sítios arqueológicos, nos quais, as pinturas rupestres foram realizadas por vários grupos étnicos de épocas distintas. A diversidade está visível nas figuras. D) O parque é o segundo do estado (o primeiro é o de Fernando de Noronha). Catimbau preserva uma das últimas áreas da Caatinga. E) Considerada Área de Extrema Importância Biológica, a unidade não apresentaregistros de pinturas rupestres e artefatos da ocupação pré- histórica. QUESTÃO 7 EP QUESTÕES Iphan mapeia sítio arqueológico de Rajada; local continua sem proteção Há um ano, gravuras rupestres foram descobertas no distrito de Rajada, na Zona Rural de Petrolina, no Sertão de Pernambuco. Contudo, este sítio arqueológico continua aberto e sem nenhum tipo de proteção. No local foram colocadas placas que alertam os visitantes para a importância da preservação do espaço. Mas ainda é encontrado lixo, dejetos, caixas, garrafas plásticas e mato. O professor Genivaldo Nascimento cobra proteção do patrimônio histórico. “Esse espaço é da prefeitura e o que foi feito ficou a desejar, porque não há uma preocupação em proteger, em ter seguranças aqui, ter muros. Não estão levando tão a sério esse espaço histórico e importante para Rajada e para Petrolina”, destaca. A equipe de arqueólogos do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), esteve em Rajada e realizou um mapeamento das gravuras rupestres. Outros sítios foram encontrados. Um deles fica a 25 quilômetros de Rajada e 300 metros de caminhada. Foram achadas rochas e gravuras rupestres em formatos de círculo, e até uma com alguns riscos que se assemelha a figura de um homem. Além do sítio das pedras, existem mais três sítios arqueológicos na região de Rajada, reconhecidos pelo Iphan e que ficam em propriedades particulares. Nestes casos, a responsabilidade de conservação é do dono do terreno. Já a manutenção e a conservação do sítio das pedras, que fica dentro da zona urbana de Rajada. Segundo o Iphan, é a Prefeitura de Petrolina que é responsável. Do G1 (14/04/2015). Disponível em http://g1.globo.com/pe/petrolina-regiao/noticia/2015/04/iphan-mapeia-sitio- arqueologico-de-rajada-local-continua-sem-protecao.html. Acesso em 07 de julho de 2018. QUESTÃO 7 EP QUESTÕES Sobre a ocupação Pré-Histórica de Pernambuco, conclui-se que: A) Em Pernambuco, as pinturas rupestres variam desde 2 mil anos atrás até o início da colonização do Brasil, divididos em três horizontes culturais distintos: Tradição Nordeste, Tradição Agreste e Itaquatiara. B) Diante da quantidade de sítios arqueológicos espalhados pelo estado, todos os locais exploram de modo eficiente a riqueza histórica que guardam. C) A arte rupestre dos povos primitivos de Pernambuco representa o universo simbólico do homem pré-histórico. Contextualizado em uma sociedade ágrafa, esses registros carregam o significado de uma tradição escrita, trazendo a possibilidade das pessoas de utilizar marcadores de sua presença em determinado local. D) As imagens rupestres serviam como demonstração de poder e também foram usadas com propósitos religiosos em rituais. No entanto, por se tratar de um momento histórico que ocorreu antes da escrita, é possível compreender de forma exata o seu sentido. E) As impressões rupestres eram feitas por raspagem ou incisão nas pedras. Atualmente, a tecnologia permite estudar os pigmentos utilizados – como água, gordura e resinas – e, então, não é possível realizar uma reconstrução hipotética da aparência das gravuras quando ainda recentes. QUESTÃO 8 EP QUESTÕES Os sítios arqueológicos de Pernambuco são parte da nossa cultura e devem ser tratados com mais respeito e consideração. Na imagem, destaca-se a pesquisa feita por um grupo de estudantes da Universidade Católica de Pernambuco na Furna do Estrado, Brejo da Madre de Deus. QUESTÃO 8 EP QUESTÕES Sobre o Pernambuco “pré-histórico”, pode-se afirmar o seguinte. I. no Vale do Catimbau, há mais de trinta sítios arqueológicos, nos quais, as pinturas rupestres foram realizadas por vários grupos étnicos de épocas distintas. A diversidade está visível nas figuras. II. O sítio de Alcobaça, está localizado em Buíque, no estado de Pernambuco. Neste local, há indícios de ter havido intensas ocupações, em decorrência do acúmulo de vestígios humanos e registros rupestres. III. O Sítio Pedra do Tubarão, situado em Venturosa é formado por um matação de granito, dividido em duas partes. Lá encontramos o Cemitério do Caboclo, um cemitério indígena e pinturas rupestres. IV. O sítio Peri-Peri, situado em Venturosa, no Agreste pernambucano, é formado por dois grandes matações de Granito, ou seja, duas grandes pedras de granito. Sua importância cultural está nas paredes cobertas de pinturas rupestres, no cemitério indígena e nos achados arqueológicos. V. O clima quente e seco, bem característico do semi-árido nordestino ajudou muito a preservar os esqueletos e outros objetos encontrados na Furna do Estrago, tais como: adornos (pedra e osso), esteiras tanto de uso funerário quanto para transportar e armazenar alimentos, feitos de cipós. QUESTÃO 8 EP QUESTÕES Assinale a alternativa CORRETA. A) I, III e IV. B) II, III e V. C) I, II e III. D) I, II, III, IV e V. E) III, IV e V. QUESTÃO 9 IAUPE PMPE 2018 No território do Estado de Pernambuco, ainda hoje é possível encontrar diversos sítios arqueológicos que datam do período pré-colonial. Neles, foram encontrados objetos líticos, figuras rupestres, restos de fogueiras e alimentos, urnas funerárias e mais uma série de outros materiais que contribui para se entender a ocupação territorial desse Estado, antes das primeiras invasões europeias. Em relação aos sítios arqueológicos de Pernambuco, assinale a alternativa CORRETA. A) O Brejo da Madre de Deus não possui sítios arqueológicos com a presença de enterramentos primário e/ou secundário. Todavia, foram encontradas figuras rupestres em mais de cem sítios espalhados pelo distrito de São Domingos. Dentre eles, podemos citar a Furna do estrago, a Pedra da Lua e a Pedra do Letreiro. B) No município de Bom Jardim, encontram-se os sítios Pedra da Lourdes, Pedra do Mocozeiro e Pedra do Urubu, todos com a presença de figuras rupestres. Nessa cidade, também se encontra o sítio do Chã de Caboclo, que se caracteriza por inscrições da tradição Itacoatiara. C) Em Jataúba, em algumas das nascentes do Capibaribe, encontram-se sítios arqueológicos com figuras rupestres, como a furna dos Negros e a Pedra do Muquém. Neles foram encontradas as datações da ocupação pré-colonial mais antigas do Nordeste. D) Na ilha de Itamaracá, está localizada a maior concentração de sambaquis do litoral brasileiro. Essas formações eram compostas por restos de conchas e utilizadas para enterrar os mortos, o que sinaliza uma densa ocupação humana na região. E) No município de Venturosa, localizado no agreste pernambucano, está localizado o Sítio da Pedra Furada. Em ambos os lados do arco da Pedra Furada, existem registros de pinturas rupestres. Em seu lado sul, foi encontrado “o flautista”, homem enterrado com um objeto semelhante a uma flauta de osso. QUESTÃO 10 IAUPE QUESTÃO 10 IAUPE Observando os grafismos, assinale a alternativa CORRETA. A) Não havia animais nesse período específico. B) Essas manifestações culturais não podem ser consideradas arte. C) Nada sabemos sobre essas populações humanas. D) Inexistiam técnicas para produção de pigmentos. E) Há grande relevância histórica e artística. GABARITO 1.E 2.A 3.B 4.B 5.E 6.E 7.A 8.D 9.NULA 10.E GABARITO 1.A 2.B 3.B 4.B 5. 6. 7. 8. 9. 10.
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