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Universidade Federal Rural do Semi-Árido – Campus Caraúbas Disciplina: Sociologia Docente: Dr. Francisco Xavier Freire Rodrigues Aluno: Luis Gustavo Ferreira Lopes Matricula: 2020010940 Turma: 01 Atividade 02 – Unidade II Questão 01: Leia o texto a seguir: “A divisão social do trabalho expressa modos de segmentação da sociedade, ou seja, desigualdades sociais mais abrangentes como a que decorre da separação entre trabalho manual e intelectual, ou entre “o trabalho industrial e comercial e o trabalho agrícola; e, como consequência, a separação entre a cidade e o campo e a oposição dos seus interesses”. A partir dessas grandes divisões, ocorreram historicamente outras como, por exemplo, entre os grupos que assumiram as ocupações religiosas, políticas, administrativas, de controle e repressão, financeiras etc. A cada um desses grupos cabem tanto tarefas distintas quanto porções maiores ou menores do produto social, já que eles ocupam posições desiguais relativamente ao controle e propriedade dos meios de produção. Assim, o tipo de divisão social do trabalho corresponde à estrutura de classes da sociedade (...)” (QUINTANEIRO, T.; BARBOSA, M. L. O.; OLIVEIRA, M. G. De.; Um toque de clássicos: Durkheim, Marx e Weber. 2. Ed. Belo Horizonte: UFMG, 2002, p. 33). Considerando o texto acima, comente sobre a relação entre divisão social do trabalho e alienação social na teoria marxista. O fundamento da alienação, para Marx, encontra-se na atividade humana prática: o trabalho. Com a divisão social do trabalho, ou seja, no processo de produção fragmentado que dá origem a diferentes níveis de especialização, o trabalhador passa a desenvolver tarefas específicas dentro do meio produtivo, dessa maneira produzido de forma mais eficiente. Assim, nesse processo o trabalhador não desenvolve por completo o produto final, dessa forma, deixando o trabalhador alienado, pois há um estranhamento entre o trabalhador e sua produção, o que se torna independente do produtor, hostil a ele, estranho e que pertence a outro homem. Assim, o trabalhador deixa de se identificar com o produto final que constrói, sem o reconhecer. E abandona a ideia de que o que foi produzido lhe pertence, pois o trabalhador faz parte do processo, mas está aleio ao produto final. Questão 02: Cite e comente os três principais temas da teoria marxista na análise da sociedade moderna capitalista. Os três principais temas da teoria marxista é: Modo de produção capitalista: onde a busca é sempre pelo lucro, ou seja, está orientado para o lucro. O modo de produção capitalista é caracterizado pelo modo de produção, onde o trabalho predomina entre as forças produtivas e as relações de produção, dessa forma constituindo a base da economia e sociedade. As relações de produção implicam na existência do mercado, onde também a força de trabalho é negociada. Este tipo de modo de produção faz com que o trabalhador não seja consciente do seu papel na sociedade dessa forma deixando-o alienado. Suas características essenciais: busca do lucro e acumulação de riquezas, onde estes são provenientes dos valores acumulados com o trabalho coletivo, onde esses valores se dão por causa da mais-valia existente nesse tipo de sistema econômico. Trabalho assalariado é outra característica, ou seja, todos os trabalhadores tem direito de receber uma remuneração pelo serviço prestado (força de trabalho é uma mercadoria), o trabalhador produz bens ou serviços e ele é pago por isso. A desigualdade social é outra característica desse sistema econômico, onde há grupos sociais com riquezas elevadas ou acumuladas em excesso, enquanto há grupos que vivem na extrema pobreza, ou seja, não tem nem onde morar ou o que comer, entre outras mais. Crise e a possibilidade de superação do capitalismo: Esse tipo de sistema econômico é um dos sistemas onde a desigualdade social é predominante. Por ser um sistema onde só o empregador fatura altos valores e o empregado não além das condições de trabalho desagradáveis, diversas formas de reivindicações são realizadas no percurso que rege a sua origem até os dias atuais. Com o avanço da tecnologia e novos processos de produção as forças produtivas se tornando muito mais eficazes surge uma crise no meio de produção capitalista, onde o empregado busca seus direitos e sua mão de obra se torna cada vez mais desvalorizada, a tecnologia ganha cada vez mais espaço e o empregador (burguesia) criando grandes impérios e acumulando riquezas quer produzir cada vez mais não para suprir necessidades mas para produzir mais lucro o que consequentemente precisa de uma área maior e essa busca desenfreada precisa de recursos, o que são bens limitados, dessa maneira criando uma crise. Para que haja uma superação é necessário que a sociabilidade seja reinventada, visto que os recursos naturais são limitados e a busca bens não são, ou seja, novos modos sejam adotados. Questão 03: Conceitue e exemplifique forças produtivas e relações de produção. Forças produtivas são ações dos indivíduos sobre a natureza, no qual busca aprender o modo como aqueles obtêm, em determinados momentos, os bens de que necessitam e, para isto, em que grau desenvolveram sua tecnologia, processos e modos de cooperação, a divisão técnica do trabalho, habilidades e conhecimentos utilizados na produção, a qualidade dos instrumentos e as matérias-primas de que dispõem. Alguns exemplos de forças produtivas são mão de obra oferecida pelo trabalhador, o seu intelecto afim de resolver problemas, entre outras. Já relações sociais de produção refere-se às formas estabelecidas de distribuição dos meios de produção e do produto, e o tipo de divisão social do trabalho numa dada sociedade e em um período histórico determinado. Ele expressa o modo como os homens se organizam entre si para produzir; que formas existem naquela sociedade de apropriação de ferramentas, tecnologia, terra, fontes de matéria-prima e de energia. Questão 04: “A unidade analítica mais simples dessa saciedade e a expressão elementar de sua riqueza é a mercadoria, forma assumida pelos produtos e pela própria força de trabalho, e composta por dois fatores: valor de uso e valor de troca. Par um lado, a mercadoria tem a propriedade de satisfazer as necessidades humanas, sejam as do estômago ou as da fantasia, servindo como meia de subsistência ou de produção. Por ser útil, ela tem um valor de uso que se realiza ou se efetiva no consumo, enquanto o que não se consome nunca se torna mercadoria” (QUINTANEIRO, T.; BARBOSA, M. L. O.; OLIVEIRA, M. G. De.; Um toque de clássicos: Durkheim, Marx e Weber. 2. Ed. Belo Horizonte: UFMG, 2002, p. 43). Considerando o texto acima, explique o valor de uso e valor de troca das mercadorias e comente/analise a determinação do valor da força de trabalho como mercadoria. O valor de uso de uma mercadoria significa algo capaz de satisfazer as necessidades humanas, ou seja, relaciona-se com a utilidade de determinado produto, por exemplo, uma garrafa de água de 500 ml, nesse contexto essa água tem uma ou várias funções, pois ela pode ser consumida para hidratação do corpo, como também pode ser usada para lavar as mãos e diversos outros fins, assim atendendo a necessidades humanas. Já o valor de troca de uma mercadoria representa a quantidade de trabalho empenhado para fazer aquela determinada mercadoria, assim, quanto maior o tempo gasto para produzir determinada mercadoria maior será seu valor, ou seja, é um valor atribuído ao caráter mercantil, por exemplo, se ao confeccionar uma gravata o trabalhador leva três horas e, ao confeccionar um par de sapatos o trabalhador leva 6 horas, logo para que seja determinado o valor de troca entre ambos os produtos o trabalho imposto para ambos os produtos tem que ser avaliado, nesse caso para um par de sapatos tem que ser feito duas gravatas.O valor da força de trabalho é igual ao valor dos meios de subsistência. Este valor é pago no salário, que deve dá apenas para o estritamente necessário ao futuro trabalhador. Assim, a força de trabalho é uma força criadora de valores, ou seja, o trabalhador desempenha determinada função em troca de um salário, pois se trata de um ser prático, com objetividade e auto criador. Isso significa dizer que o produtor reproduz a si mesmo enquanto categoria “trabalhador”. A força de trabalho é uma mercadoria que tem características peculiares: é a única que pode produzir mais riqueza do que seu próprio valor de troca.
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