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ÉTICA PROFISSIONAL - RESUMO PARA A PROVA DA OABFGV

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ÉTICA PROFISSIONAL - RESUMO PARA A PROVA DA OAB/FGV 
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1. ATIVIDADE DE ADVOCACIA
Atividade de Advocacia: exercem atividade de 
advocacia os advogados privados (trabalham para entes 
privados) e os advogados públicos (trabalham para entes 
públicos), sendo obrigados a se inscreverem na OAB para 
o exercício de suas atividades.
Empresas Estatais: advogados privados.
Os integrantes da advocacia pública são elegíveis e 
podem integrar qualquer órgão da OAB.
Tempo de Advocacia: é participação anual mínima em 
cinco atos privativos previstos no artigo 1º do EAOAB, em 
causas ou questões distintas (Ex: Conselheiros Seccionais 
ou das Subseções - tempo mínimo de 3 anos). 
Características: o advogado é indispensável à 
administração da justiça, de modo que a advocacia 
representa verdadeiro múnus público, mesmo quando 
exercido no ministério privado do advogado. 
As principais características da advocacia são: 
a) Indispensabilidade,
b) Inviolabilidade,
c) Independência,
d) Exclusividade,
e) Parcialidade,
f) Onerosidade mínima obrigatória,
g) Singularidade (Lei n. 14.039/2020)
Advocacia pro bono (exceção à onerosidade mínima 
obrigatória): prestação gratuita, eventual e voluntária 
de serviços jurídicos em favor de instituições sociais 
sem fins econômicos e aos seus assistidos, sempre 
que os beneficiários não dispuserem de recursos para 
a contratação de profissional, podendo ser exercida 
também em favor de pessoas naturais que, igualmente, 
não dispuserem de recursos para, sem prejuízo do próprio 
sustento, contratar advogado. Não poderá, entretanto, 
ser utilizada para fins político-partidários ou eleitorais, 
nem beneficiar instituições que visem a tais objetivos, 
ou como instrumento de publicidade para captação de 
clientela. 
Atividades Privativas de Advocacia: 
1) Postulação em juízo, salvo nos seguintes casos:
a) impetração de habeas corpus; b) nas causas até 20
salários mínimos no JEC (se houver recurso precisa
de advogado); c) causas no Juizado Especial Federal
(60 salários mínimos). Se houver recurso precisa de
advogado; d) Processo Administrativo Disciplinar; e) Jus
postulandi na Justiça do Trabalho.
2) Visar os atos e contratos constitutivos de pessoas
jurídicas, salvo em relação às Microempresas e Empresas 
de Pequeno Porte. 
3) Consultoria e assessoria jurídicas, bem como direção
jurídica de empresa pública, privada ou paraestatal.
Mandato: o mandato judicial ou extrajudicial não se 
extingue pelo decurso de tempo, salvo se o contrário 
for consignado no respectivo instrumento. Entretanto, 
haverá extinção do mandato nas seguintes situações: 
RENÚNCIA
A renúncia ao patrocínio 
deve ser feita sem menção 
do motivo que a determinou 
(art. 16 do CED), devendo o 
advogado comunicar ao cliente 
por escrito, preferencialmente, 
com aviso de recebimento (AR) 
e, posteriormente, ao juiz da 
causa (RGEAOAB). Além disso, 
o advogado que renunciar ao
mandato continuará, durante
os dez dias seguintes à
notificação da renúncia, a 
representar o mandante,
salvo se for substituído antes
do término desse prazo. 
REVOGAÇÃO
O cliente pode revogar os 
poderes dados ao advogado. 
A revogação não o desobriga 
o cliente do pagamento
das verbas honorárias
contratadas, assim como
não retira o direito do
advogado de receber o
quanto lhe seja devido em
eventual verba honorária
de sucumbência, calculada
proporcionalmente em face
do serviço efetivamente
prestado (art. 17 do CED).
SUBS. SEM 
RESERVAS 
DE PODERES
No substabelecimento sem 
reserva de poderes, desde que 
haja concordância do cliente, o 
advogado originário transfere 
de forma definitiva os poderes 
que lhe foram concedidos, 
extinguindo o mandato. 
ARQUIVAMENTO 
DOS AUTOS OU 
CONCLUSÃO DA 
CAUSA (EXTINÇÃO 
PRESUMIDA)
Concluída a causa ou 
arquivado o processo, 
presume-se cumprido e 
extinto o mandato (art. 13 do 
CED).
Procuração: instrumento do mandato. Não pode ser 
outorgada de forma genérica para a sociedade. 
Urgência - juntada da procuração em 15 dias, 
prorrogáveis por mais 15 dias. 
Procuração ad judicia: foro em geral. 
Procuração ad judicia et extra: poderes especiais, 
como receber citação, confessar, reconhecer a procedência 
do pedido, transigir, desistir, renunciar, receber, dar 
quitação, firmar compromisso, etc. 
Substabelecimento: pode ser com reserva ou sem 
reserva de poderes: 
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COM RESERVA DE PODERES SEM RESERVAS DE PODERES 
• Ato pessoal do advogado. Não precisa da
concordância do cliente.
• Não extingue o mandato, mas permite que o
substabelecente e o substabelecido atuem em favor do
cliente.
• Substabelecido não pode cobrar os honorários
advocatícios diretamente do cliente.
• Precisa da concordância do cliente (prévio e
inequívoco conhecimento).
• Gera a extinção do mandato.
• Como há extinção do mandato originário, o
substabelecido poderá cobrar os honorários
devidos do cliente.
2. DIREITOS DO ADVOGADO
A primeira ideia que se deve ter em relação a atuação do advogado é que não existe qualquer hierarquia entre 
o advogado e os demais operadores do direito, devendo todos se respeitarem reciprocamente. O art. 7º do EAOAB
assegura uma série de direitos aos advogados, a saber:
DIREITO ASSEGURADO COMENTÁRIO 
I - Exercer, com liberdade, a profissão em todo o 
território nacional.
Se o advogado exercer atividade de forma habitual 
(mais de 5 causas) em Estado diverso do qual tenha 
sua inscrição principal, deverá promover a inscrição 
suplementar no Conselho Seccional da OAB.
II – Inviolabilidade de seu escritório ou local de 
trabalho, bem como de seus instrumentos de trabalho, 
de sua correspondência escrita, eletrônica, telefônica e 
telemática, desde que relativas ao exercício da advocacia.
ATENÇÃO: A violação a este direito caracteriza crime, 
conforme art. 7º-B ao EAOAB, acrescido pela Lei nº 
13.869/2019. 
Não se trata de inviolabilidade absoluta. Presentes 
indícios de autoria e materialidade da prática de 
crime por parte de advogado, o juiz competente poderá 
decretar a quebra da inviolabilidade, em decisão 
motivada, expedindo mandado de busca e apreensão, 
específico e pormenorizado, a ser cumprido na presença 
de representante da OAB, sendo vedada a utilização 
de documentos de clientes ou de instrumentos do 
advogado que contenham informações sobre clientes, 
salvo se o cliente estiver sendo formalmente investigado 
como partícipe ou coautor pela prática do mesmo crime 
que deu causa à quebra da inviolabilidade, conforme 
§§s 6º e 7º do art. 7º do EAOAB.
III - Comunicar-se com seus clientes, pessoal e 
reservadamente, mesmo sem procuração, quando 
estes se acharem presos, detidos ou recolhidos 
em estabelecimentos civis ou militares, ainda que 
considerados incomunicáveis.
ATENÇÃO: A violação a este direito caracteriza crime, 
conforme art. 7º-B ao EAOAB. 
O advogado, portanto, tem o direito de conversar 
com o seu cliente em qualquer situação, mesmo sem 
possuir procuração.
IV - Ter a presença de representante da OAB, quando 
preso em flagrante, por motivo ligado ao exercício da 
advocacia, para lavratura do auto respectivo, sob pena de 
nulidade e, nos demais casos, a comunicação expressa à 
seccional da OAB.
ATENÇÃO: A violação a este direito caracteriza crime, 
conforme art. 7º-B ao EAOAB. 
O advogado poderá ser preso em flagrante, por motivo 
ligado ao exercício da profissão, apenas no caso de crime 
inafiançável (§ 3º do art. 7º do EAOAB) e desde que haja 
a presença de um representante da OAB. Nas demais 
hipóteses de prisão, não há necessidade da presença 
de representante da OAB, mas apenas a comunicação 
expressa à Seccional da OAB. 
V - Não ser recolhido preso, antes de sentença transitada 
em julgado, senão em sala de Estado Maior, com instalaçõese comodidades condignas, assim reconhecidas pela OAB, 
e, na sua falta, em prisão domiciliar (a expressão “assim 
reconhecidas pela OAB” foi suspensa pelo STF na ADIN 
1.128). 
Após o trânsito em julgado da sentença condenatória, 
o advogado deverá ser recolhido à cela comum.
ATENÇÃO: A violação a este direito caracteriza crime,
conforme art. 7º-B ao EAOAB, acrescido pela Lei nº 
13.869/2019. 
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VI - Ingressar livremente: a) nas salas de sessões 
dos tribunais, mesmo além dos cancelos que separam 
a parte reservada aos magistrados; b) nas salas e 
dependências de audiências, secretarias, cartórios, ofícios 
de justiça, serviços notariais e de registro, e, no caso de 
delegacias e prisões, mesmo fora da hora de expediente e 
independentemente da presença de seus titulares; c) em 
qualquer edifício ou recinto em que funcione repartição 
judicial ou outro serviço público onde o advogado deva 
praticar ato ou colher prova ou informação útil ao exercício 
da atividade profissional, dentro do expediente ou fora 
dele, e ser atendido, desde que se ache presente qualquer 
servidor ou empregado; d) em qualquer assembleia ou 
reunião de que participe ou possa participar o seu cliente, 
ou perante a qual este deva comparecer, desde que 
munido de poderes especiais
O advogado tem livre acesso a prédios públicos, 
incluindo as salas de sessões dos tribunais, mesmo 
na parte reservada aos magistrados. Entretanto, para 
participar de reuniões ou assembleias que deva participar 
o seu cliente, o advogado pode comparecer sozinho, mas
deve possuir procuração com poderes especiais.
VII - Permanecer sentado ou em pé e retirar-se 
de quaisquer locais indicados no inciso anterior, 
independentemente de licença.
O advogado não precisa prestar esclarecimentos ou pedir 
licença a qualquer autoridade, podendo permanecer em pé 
ou sentado, ausentando-se do recinto quando quiser. 
VIII - Dirigir-se diretamente aos magistrados nas salas 
e gabinetes de trabalho, independentemente de horário 
previamente marcado ou outra condição, observando-se 
a ordem de chegada.
O advogado tem direito de ser atendido pelos magistrados 
sem necessidade de marcar horário previamente, 
respeitando-se apenas a ordem de chegada.
IX - Sustentar oralmente as razões de qualquer recurso 
ou processo, nas sessões de julgamento, após o voto do 
relator, em instância judicial ou administrativa, pelo prazo 
de quinze minutos, salvo se prazo maior for concedido”.
No julgamento da ADIN 1.105-7, o STF declarou 
inconstitucional o conteúdo deste inciso, de modo que 
o advogado não tem o direito de fazer sustentação
oral depois do voto do relator, e sim antes (art. 937 do
CPC/2015), além do que o direito à sustentação oral
está vinculado a sua previsibilidade recursal, ou seja, o
recurso deve permitir a sustentação oral.
X - Usar da palavra, pela ordem, em qualquer juízo ou 
tribunal, mediante intervenção sumária, para esclarecer 
equívoco ou dúvida surgida em relação a fatos, 
documentos ou afirmações que influam no julgamento, 
bem como para replicar acusação ou censura que lhe 
forem feitas.
O advogado pode solicitar o uso da palavra em 
qualquer juízo ou tribunal para esclarecer dúvidas a 
favor do seu cliente ou para afastar acusação que lhe 
tenha sido feita, devendo solicitar que sua manifestação 
seja registrada em ata de audiência.
XI - Reclamar, verbalmente ou por escrito, perante 
qualquer juízo, tribunal ou autoridade, contra a inobservância 
de preceito de lei, regulamento ou regimento.
Não havendo a intervenção sumária citada no item 
anterior, o advogado tem o direito de reclamar verbalmente 
ou por escrito contra o descumprimento de preceito legal, a 
fim de que a irregularidade não seja repetida.
XII - Falar, sentado ou em pé, em juízo, tribunal ou 
órgão de deliberação coletiva da Administração Pública 
ou do Poder Legislativo.
O advogado tem o direito de se manifestar sentado ou 
em pé, não podendo ser constrangido, por exemplo, a se 
manifestar obrigatoriamente em pé.
XIII – Examinar, em qualquer órgão dos Poderes 
Judiciário e Legislativo, ou da Administração Pública 
em geral, autos de processos findos ou em andamento, 
mesmo sem procuração, quando não estejam sujeitos 
a sigilo, assegurada a obtenção de cópias, podendo 
tomar apontamentos.
O advogado pode examinar processos já terminados 
ou em andamento, inclusive autos eletrônicos (Lei nº 
13.793/2019), mesmo quando não estiver munido de 
procuração e sem atuar no processo, salvo aqueles 
sujeitos a sigilo, em que será exigida a procuração.
XIV - Examinar, em qualquer instituição responsável por 
conduzir investigação, mesmo sem procuração, autos de 
flagrante e de investigações de qualquer natureza, findos 
ou em andamento, ainda que conclusos à autoridade, 
podendo copiar peças e tomar apontamentos, em meio 
físico ou digital. 
 Atenção: a violação a esse direito pode caracterizar 
o crime do art. 32 da Nova Lei de Abuso de Autoridade.
O Advogado também tem direito de ter acesso aos 
autos, mesmo sem procuração, inclusive autos digitais 
(Lei nº 13.793/2019), devendo, entretanto, apresentar 
procuração se os autos forem sigilosos. Além disso, 
a autoridade competente poderá limitar o acesso do 
advogado apenas aos elementos de prova relacionados 
a diligências em andamento e ainda não documentados 
nos autos (§§ 10 e 11 do art. 7º do EAOAB).
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XV - Ter vista dos processos judiciais ou administrativos 
de qualquer natureza, em cartório ou na repartição 
competente, ou retirá-los pelos prazos legais.
A vista pode ser limitada, no entanto, nos seguintes 
casos: 1) o processo estiver sob regime de segredo 
de justiça, devendo neste caso o advogado apresentar 
procuração; 2) quando existirem nos autos documentos 
originais de difícil restauração ou circunstância que 
justifique a permanência dos autos em cartório, 3) até 
o encerramento do processo, ao advogado que houver
deixado de devolver os respectivos autos no prazo legal,
e só o fizer depois de intimado.
XVI - Retirar autos de processos findos, mesmo sem 
procuração, pelo prazo de dez dias.
Se o processo já tiver sido encerrado, o advogado pode 
retirá-lo para análise pelo prazo de 10 dias, não sendo 
necessário apresentar procuração. A vista pode ser 
limitada nas situações enumeradas no quadro anterior.
XVII - ser publicamente desagravado, quando ofendido 
no exercício da profissão ou em razão dela.
O desagravo público é promovido pelo Conselho 
Seccional competente, de ofício, a seu pedido ou 
de qualquer pessoa. O desagravo não depende da 
concordância do advogado ofendido, tendo como função 
reestabelecer a dignidade do exercício da advocacia. 
Somente cabe desagravo quando houver ofensa ao 
advogado no exercício de sua função.
XVIII - Usar os símbolos privativos da profissão de advogado.
XIX - recusar-se a depor como testemunha em processo 
no qual funcionou ou deva funcionar, ou sobre fato 
relacionado com pessoa de quem seja ou foi advogado, 
mesmo quando autorizado ou solicitado pelo constituinte, 
bem como sobre fato que constitua sigilo profissional.
Cabe ressaltar que, além de direito, constitui dever 
do advogado guardar sigilo dos fatos de que tome 
conhecimento no exercício da profissão, conforme art. 35 
do CEDOAB. 
XX - Retirar-se do recinto onde se encontre aguardando 
pregão para ato judicial, após trinta minutos do horário 
designado e ao qual ainda não tenha comparecido a 
autoridade que deva presidir a ele, mediante comunicação 
protocolizada em juízo.
O direito de se retirar do recinto apenas ocorre quando, 
além do critério temporal de 30 minutos, o juiz não tiver 
comparecido para realizar a audiência. Se houver o 
comparecimentodo juiz e a pauta de audiência estiver 
atrasada, não há o direito de retirada. A regra do inciso 
XX não se aplica ao processo do trabalho, uma vez que a 
CLT possui regra própria estampada no parágrafo único 
do art. 815 da CLT (15 minutos). 
XXI - assistir a seus clientes investigados durante 
a apuração de infrações, sob pena de nulidade 
absoluta do respectivo interrogatório ou depoimento e, 
subsequentemente, de todos os elementos investigatórios 
e probatórios dele decorrentes ou derivados, direta ou 
indiretamente, podendo, inclusive, no curso da respectiva 
apuração apresentar razões e quesitos.
O advogado tem direito de participar de interrogatório 
ou depoimento em procedimentos de investigação, 
permitindo-se ainda ao advogado apresentar razões e 
quesitos, sob pena de nulidade absoluta dos elementos 
probatórios decorrentes.
o § 2º do art. 7º do EAOAB garante ao advogado
imunidade profissional, não constituindo injúria ou 
difamação puníveis qualquer manifestação de sua parte, 
no exercício de sua atividade, em juízo ou fora dele, sem 
prejuízo das sanções disciplinares perante a OAB, pelos 
excessos que cometer.
A redação original do § 2º do art. 7º do EAOAB previa 
incialmente a imunidade profissional também para 
eventuais atos que caracterizassem desacato. Entretanto, 
no julgamento da ADIN 1.127-8, o STF suspendeu a eficácia 
da expressão “desacato”, de modo que o advogado pode 
responder por atos que caracterizem desacato, ainda 
que no exercício de sua função. Além disso, a imunidade 
profissional do advogado não abrange eventuais atos que 
caracterizem calúnia.
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Direitos da advogada gestante, lactante e adotante: A Lei nº 13.363/2016 acrescentou o art. 7-A ao EAOAB, 
estabelecendo direitos à advogada gestante, lactante, adotante ou que der à luz, conforme abaixo sintetizado: 
DIREITOS DA ADVOGADA GESTANTE
Entrada em tribunais sem ser submetida a detectores 
de metais e aparelhos de raios X; 
Reserva de vaga em garagens dos fóruns dos tribunais;
Preferência na ordem das sustentações orais e das 
audiências a serem realizadas a cada dia, mediante 
comprovação de sua condição.
DIREITOS DA ADVOGADA LACTANTE, 
ADOTANTE OU QUE DER À LUZ
Acesso a creche, onde houver, ou a local adequado ao 
atendimento das necessidades do bebê; 
Preferência na ordem das sustentações orais e das 
audiências a serem realizadas a cada dia, mediante 
comprovação de sua condição.
DIREITOS DA ADVOGADA ADOTANTE 
OU QUE DER À LUZ
Suspensão de prazos processuais quando for a única 
patrona da causa, desde que haja notificação por escrito ao 
cliente (período de suspensão será de 30 (trinta) dias, contado 
a partir da data do parto ou da concessão da adoção). 
Abuso de autoridade: a Lei nº 13.869/2019 (nova 
lei de abuso de autoridade) acrescentou o art. 7º - B 
ao Estatuto da OAB, prevendo como crime de abuso de 
autoridade a violação aos incisos II, III, IV e V do caput do 
art. 7º do Estatuto. 
3. INSCRIÇÃO NA OAB
Para exercer a advocacia é necessária a prévia 
inscrição nos quadros da OAB, exigindo-se, para tanto, 
o preenchimento dos seguintes requisitos (art. 8 do
EAOAB): I - capacidade civil; II - diploma ou certidão de
graduação em direito, obtido em instituição de ensino
oficialmente autorizada e credenciada; III - título de
eleitor e quitação do serviço militar, se brasileiro; IV -
aprovação em Exame de Ordem; V - não exercer atividade 
incompatível com a advocacia; VI - idoneidade moral; VII
- prestar compromisso perante o conselho.
Inscrição principal: deve ser feita no Conselho 
Seccional do domicílio profissional do advogado, ou seja, 
a sede principal da atividade de advocacia, prevalecendo, 
na dúvida, o domicílio da pessoa física do advogado.
Inscrição suplementar: o advogado possui liberdade 
para atuar em todo o território nacional. Entretanto, se 
pretender atuar de forma habitual (mais de 5 causas 
por ano) em Estado diverso do qual tenha sua inscrição 
principal, deverá promover a inscrição suplementar no 
Conselho Seccional da OAB do Estado que pretende atuar. 
Transferência da inscrição: no caso de mudança 
efetiva de domicílio profissional para outra unidade 
federativa, deve o advogado requerer a transferência de 
sua inscrição para o Conselho Seccional correspondente. 
Cancelamento da Inscrição: trata-se de interrupção 
definitiva da inscrição, que pode ocorrer nos seguintes 
casos (art. 11 do EAOAB): I – se o advogado assim o 
requerer; II - sofrer penalidade de exclusão (o advogado 
pode requerer novamente a inscrição, comprovando a 
reabilitação, conforme art. 41 do EAOAB); III - falecer; 
IV - passar a exercer, em caráter definitivo, atividade 
incompatível com a advocacia; V - perder qualquer um 
dos requisitos necessários para inscrição. O advogado 
que tiver sua inscrição cancelada poderá posteriormente 
solicitar nova inscrição, sem necessidade de ser aprovado 
novamente no Exame da Ordem, mas perderá o número 
antigo de inscrição.
Licenciamento da Inscrição: trata-se de interrupção 
temporária da inscrição, que pode ocorrer nos seguintes 
casos (art. 12 do EAOAB): I – se o advogado assim o 
requerer, por motivo justificado; II - passar a exercer, 
em caráter temporário, atividade incompatível com o 
exercício da advocacia (ex: exercício do cargo de prefeito 
e governador); III - sofrer doença mental considerada 
curável. No licenciamento, o advogado não perde o 
número de inscrição da OAB, podendo retomá-lo quando 
cessar a causa que gerou o licenciamento. Durante o 
período de licenciando, não há necessidade de pagamento 
da anuidade da OAB nem necessidade de votar.
4. ADVOGADO ESTRANGEIRO
O advogado estrangeiro pode atuar no Brasil, mesmo 
sem a inscrição na OAB, desde que obtenha autorização 
do Conselho Seccional pelo prazo de 3 anos (renovável 
a cada período de 3 anos), mas apenas para os atos de 
consultoria/assessoria do direito estrangeiro referente 
ao seu país de origem, sendo vedadas a postulação 
judicial e/ou assessoria jurídica em direito brasileiro, 
mesmo que esses atos sejam realizados em conjunto com 
o advogado brasileiro (Provimento n. 91/2000 do CFOAB).
5. ESTAGIÁRIO
A inscrição do estagiário é feita no Conselho 
Seccional em cujo território se localize seu curso jurídico 
e, para ser deferida, o estagiário deve preencher os 
mesmos requisitos para a inscrição do advogado, salvo 
os referentes ao diploma de graduação e à aprovação no 
Exame da Ordem.
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ATOS DO ESTAGIÁRIO 
EM CONJUNTO COM 
O ADVOGADO 
ATOS QUE O 
ESTAGIÁRIO PODE 
PRATICAR SEM 
A PRESENÇA DE 
ADVOGADO 
Postulação a órgão do 
Poder Judiciário e aos 
juizados especiais;
Atividades de consultoria, 
assessoria e direção jurídicas.
Retirar e devolver autos 
em cartório, assinando a 
respectiva carga;
Obter junto aos escrivães 
e chefes de secretarias 
certidões de peças ou autos 
de processos em curso 
ou findos;
Assinar petições de 
juntada de documentos 
a processos judiciais 
ou administrativos.
Atividade Incompatível: o aluno de curso jurídico que 
exerça atividade incompatível com a advocacia pode 
frequentar o estágio ministrado pela respectiva instituição 
de ensino superior, para fins de aprendizagem, mas é 
vedada a inscrição na OAB.
6. SOCIEDADE DE ADVOGADOS
Forma da sociedade: o EAOAB permite que o advogado 
constitua sociedade simples (reunido com outros 
advogados) ou sociedade unipessoal de advocacia (art. 
15, caput), as quais adquirem personalidade jurídica com o 
registro de seus atos constitutivos no Conselho Seccional 
da OAB em cuja base territorial tiver sede (art. 15, § 1º). 
SOCIEDADE 
SIMPLES 
SOCIEDADE 
UNIPESSOAL
A razão social deve 
ter, obrigatoriamente,o 
nome de, pelo menos, um 
advogado responsável 
pela sociedade, podendo 
permanecer o de sócio 
falecido, desde que 
prevista tal possibilidade 
no ato constitutivo. 
O nome societário, 
portanto, exige a forma 
“firma”, isto é, o nome de 
ao menos um dos sócios, 
ainda que de forma 
abreviada ou pelo uso do 
sobrenome
A denominação da sociedade 
unipessoal de advocacia 
deve ser obrigatoriamente 
formada pelo nome do seu 
titular, completo ou parcial, 
com a expressão ‘Sociedade 
Individual de Advocacia’.
Registro: deve ser realizado no Conselho Seccional 
da OAB em cuja base territorial tiver sede, ou seja, não 
se permite o registro de sociedade de advogado na Junta 
Comercial nem no Registro Civil. 
Principais Regras: a) nenhum advogado pode 
integrar mais de uma sociedade de advogados, seja 
qual for a modalidade, com sede ou filial na mesma 
área territorial do respectivo Conselho Seccional; b) os 
advogados integrantes da mesma sociedade profissional, 
ou reunidos em caráter permanente para cooperação 
recíproca, não podem representar, em juízo ou fora dele, 
clientes com interesses opostos (art. 19 do CEDOAB); c) 
o sócio e o titular da sociedade individual de advocacia
respondem subsidiária e ilimitadamente pelos danos
causados aos clientes por ação ou omissão no exercício da 
advocacia, sem prejuízo da responsabilidade disciplinar
em que possam incorrer, conforme art. 17 do EAOAB.
7. ADVOGADO EMPREGADO
Conceito: a relação de emprego, na qualidade de 
advogado, não retira a isenção técnica nem reduz a 
independência profissional inerentes à advocacia. Além 
disso, o advogado não é obrigado a prestar serviços de 
interesse pessoal de seu empregador e, se o fizer, será de 
forma desvinculada do emprego
Jornada de trabalho: a) advogado sem dedicação 
exclusiva: 4 horas diárias e 20 semanais; b) advogado 
com dedicação exclusiva: 8 horas diárias e 40 semanais. 
Adicional de horas extras: 100%
Horário noturno: das 20h às 5h, com adicional de 25%
8. ÉTICA DO ADVOGADO
Principais deveres do Advogado (art. 2º do CEDOAB): 
estimular, a qualquer tempo, a conciliação e a mediação 
entre os litigantes, prevenindo, sempre que possível, a 
instauração de litígios; desaconselhar lides temerárias, 
a partir de um juízo preliminar de viabilidade jurídica; 
bem como abster-se de: I) entender-se diretamente com 
a parte adversa que tenha patrono constituído, sem o 
assentimento deste; II) ingressar ou atuar em pleitos 
administrativos ou judiciais perante autoridades com as 
quais tenha vínculos negociais ou familiares; III) contratar 
honorários advocatícios em valores aviltantes.
Recusa de Patrocínio (art. 4º do CEDOAB): é 
legítima a recusa, pelo advogado, do patrocínio de 
causa e de manifestação, no âmbito consultivo, de 
pretensão concernente a direito que também lhe seja 
aplicável ou contrarie orientação que tenha manifestado 
anteriormente, conforme art. 4º do CED. 
Relações com o cliente: a) o fato de o cliente outorgar 
um mandato ao advogado, não lhe retira a sua liberdade e 
independência de atuação, devendo atuar de acordo com 
suas convicções para melhorar atender aos interesses de 
seu cliente, conforme art. 11 do CEDOAB; b) o advogado 
não deve aceitar procuração de quem já tenha patrono 
constituído, sem prévio conhecimento deste, salvo por 
motivo plenamente justificável ou para adoção de medidas 
judiciais urgentes e inadiáveis (art. 14 do CEDOAB); c) os 
advogados integrantes da mesma sociedade profissional, 
ou reunidos em caráter permanente para cooperação 
recíproca, não podem representar, em juízo ou fora dele, 
clientes com interesses opostos (art. 19 do CED); d) 
sobrevindo conflitos de interesse entre seus constituintes 
e não conseguindo o advogado harmonizá-los, caber-lhe-á 
optar, com prudência e discrição, por um dos mandatos, 
renunciando aos demais, resguardado sempre o sigilo 
profissional (art. 20 do CEDOAB); e) é direito e dever do 
advogado assumir a defesa criminal, sem considerar sua 
própria opinião sobre a culpa do acusado; f) ao receber 
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uma procuração, o advogado não é obrigado aceitar que 
outro profissional atue ou interfira no curso do processo 
que patrocina; g) o advogado é proibido de atuar no 
mesmo processo, simultaneamente, como patrono e 
preposto do empregador ou cliente (art. 25 do CEDOAB). 
Sigilo Profissional: o sigilo profissional decorre da 
lei, devendo ser respeitado independentemente de pedido 
expresso do cliente. Além disso, as comunicações feitas 
entre advogado e cliente (carta, telefonemas, e-mail, etc.) 
presumem-se confidenciais, não podendo ser violadas. 
Direito de não depor: para garantir o sigilo 
profissional, o art. 7º, XIX, do EAOAB e o art. 38 do CED 
asseguram ao advogado o direito de não depor, em 
processo ou procedimento judicial, administrativo ou 
arbitral, sobre fatos a cujo respeito deva guardar sigilo. 
O sigilo profissional, entretanto, não é absoluto, 
podendo ceder em face de circunstâncias excepcionais 
que configurem justa causa, como nos casos de grave 
ameaça ao direito à vida e à honra ou que envolvam 
defesa própria (art. 37 do CED). 
Publicidade: considerando que a advocacia não pode 
assumir feição empresarial e que não pode ser instrumento 
de mera captação de clientela, a publicidade profissional 
do advogado deve ter caráter meramente informativo 
primando pela discrição e sobriedade, não podendo 
configurar captação de clientela ou mercantilização da 
profissão, conforme art. 39 do CEDOAB. 
Cartões profissionais e materiais de escritório: 
o advogado fará constar seu nome ou o da sociedade
de advogados, o número ou os números de inscrição
na OAB, podendo ainda fazer menção aos seus títulos
acadêmicos (doutor, mestre, especialidade, etc.)
distinções honoríficas relacionadas à vida profissional,
bem como as instituições jurídicas de que faça parte, e
as especialidades a que se dedicar, o endereço, e-mail,
site, página eletrônica, QR code, logotipo e a fotografia
do escritório, o horário de atendimento e os idiomas em
que o cliente poderá ser atendido.
Entretanto, não poderá incluir nos cartões de visita 
fotografias pessoais ou de terceiros nem fazer menção 
a qualquer emprego, cargo ou função ocupado, atual ou 
pretérito, em qualquer órgão ou instituição, salvo o de 
professor universitário. 
Publicidade pela Internet: o CEDOAB passou a 
permitir a publicidade feita pela internet ou outros meios 
eletrônicos, estabelecendo em que a telefonia e a internet 
podem ser utilizadas como veículo de publicidade, desde 
que estas não impliquem o oferecimento de serviços ou 
representem forma de captação de clientela
Boletins: permite-se a divulgação de boletins, por 
meio físico ou eletrônico, sobre matéria cultural de 
interesse dos advogados, desde que sua circulação fique 
adstrita a clientes e a interessados do meio jurídico (art. 
45 do CEDOAB). 
Panfleto: o art. 40, VI, do CEDOAB veda a 
publicidade por meio de panfleto se houver finalidade 
de captação de clientela.
Meios de Comunicação: o Código de Ética e Disciplina 
proíbe ainda que a publicidade seja veiculada em rádio, 
cinema, televisão, outdoors, painéis luminosos ou 
formas assemelhadas de publicidade, inscrições em 
muros, paredes, veículos, elevadores ou em qualquer 
espaço público, bem como a utilização de mala direta, 
a distribuição de panfletos ou formas assemelhadas de 
publicidade, com o intuito de captação de clientela (art. 
40 do CEDOAB). 
Programa de Televisão ou Rádio: o advogado que 
participar de programa de televisão ou de rádio deve visar 
a objetivos exclusivamente ilustrativos, educacionais 
e instrutivos, sem propósito de promoção pessoal ou 
profissional, vedados pronunciamentos sobre métodos 
de trabalho usados por seus colegas de profissão (art. 43, 
caput, do CED).
9. HONORÁRIOS DE ADVOGADO
De acordo com o art. 22 doEAOAB, os honorários 
advocatícios podem ser: convencionados, arbitrados 
judicialmente, de sucumbência e assistenciais. 
Honorários Convencionados (contratuais): são 
aqueles recebidos em razão de contrato feito com cliente, 
valendo o contrato como título jurídico extrajudicial. Se 
não houver convenção sobre a forma de pagamento, os 
honorários serão pagos da seguinte forma: 1/3 no início 
do serviço, 1/3 até a decisão de primeira instância e 
1/3 no final (§ 3º do art. 22 do EAOAB). A revogação do 
mandato judicial por vontade do cliente não o desobriga 
do pagamento das verbas honorárias contratadas, bem 
como não retira o direito do advogado de receber o 
quanto lhe seja devido em eventual verba honorária 
de sucumbência, calculada proporcionalmente.
Honorários arbitrados judicialmente: são arbitrados 
pelo Poder Judiciário por existir dúvida acerca do seu 
valor e não podem ser inferiores aos estabelecidos na 
tabela organizada pelo Conselho Seccional da OAB. Além 
disso, o advogado, quando indicado para patrocinar causa 
de juridicamente necessitado, no caso de impossibilidade 
da Defensoria Pública no local da prestação de serviço, 
tem direito aos honorários fixados pelo juiz, segundo 
tabela organizada pelo Conselho Seccional da OAB, e 
pagos pelo Estado. 
Honorários de sucumbência: são aqueles devidos 
pela parte vencida, sendo que, de acordo com o CPC/2015, 
serão fixados entre o mínimo de 10% e o máximo de 20% 
(art. 85, § 2º, do CPC/15). É nula qualquer disposição, 
cláusula, regulamento ou convenção individual ou coletiva 
que retire do advogado o direito ao recebimento dos 
honorários de sucumbência (§ 3º do art. 24 do EAOAB). 
Honorários assistenciais: a Lei nº 13.725/2018 
acrescentou os § §s 6º 7º ao art. 22 do EAOAB, tratando 
dos honorários assistenciais (fixados em ações coletivas 
para entidades de classe que atuam como substitutos 
processuais, como os sindicatos) e deixando claro: 
I) a possibilidade de cumulação entre honorários
assistenciais fixados com entidade de classe e honorários
de sucumbência, o que muitas vezes era vedado pela
Justiça do trabalho em relação às ações dos sindicatos
e II) a possibilidade de a entidade de classe firmar
contrato de honorários advocatícios diretamente com os
beneficiários da ação coletiva
Crédito privilegiado: a decisão judicial que fixar ou 
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arbitrar honorários e o contrato escrito que os estipular 
são títulos executivos e constituem crédito privilegiado na 
recuperação judicial, concurso de credores, insolvência 
civil e liquidação extrajudicial, conforme art. 24 do EAOAB. 
Cláusula quota litis: considerada aquela que 
estipula participação do advogado sobre o ganho da 
demanda. Para ser válida, os honorários devem ser 
necessariamente representados por pecúnia e, quando 
acrescidos dos honorários da sucumbência, não podem 
ser superiores às vantagens advindas a favor do cliente.
Execução: a execução dos honorários pode ser 
promovida nos mesmos autos da ação em que tenha 
atuado o advogado, se assim lhe convier. Em outras 
palavras, não há necessidade de um novo processo para 
que o advogado possa executar os honorários devidos.
Prescrição: o prazo prescricional para que o 
advogado ajuíze a ação de cobrança dos honorários 
advocatícios é de 5 anos, contados: I - do vencimento do 
contrato, se houver; II - do trânsito em julgado da decisão 
que os fixar; III - da ultimação do serviço extrajudicial; IV - 
da desistência ou transação; V - da renúncia ou revogação 
do mandato.
Título de Crédito: o crédito por honorários advocatícios, 
seja do advogado autônomo, seja de sociedade de advogados, 
não autoriza o saque de duplicatas ou qualquer outro 
título de crédito de natureza mercantil, podendo, apenas, 
ser emitida fatura, quando o cliente assim pretender, com 
fundamento no contrato de prestação de serviços, a qual, 
porém, não poderá ser levada a protesto. 
Compensação: permite-se a compensação de créditos, 
pelo advogado, de importâncias devidas ao cliente, quando 
o contrato de prestação de serviços a autorizar ou quando
houver autorização especial do cliente para esse fim,
devidamente firmada (art. 48, § 2º, do CEDOAB).
Alteração Importante: a) a Lei nº 13.725/2018 
revogou o art. 16 da Lei 5.584/1970, o que deixou claro 
que os honorários advocatícios, nas ações sindicais, 
devem ser revertidos para advogados habilitados na 
ação e não em favor da entidade sindical; b) a mesma 
lei acrescentou os §§ 6º e 7º ao art. 22 do EAOAB 
estabelecendo: I) a possibilidade de cumulação entre 
honorários assistenciais fixados com entidade de classe 
e honorários de sucumbência, o que muitas vezes era 
vedado pela Justiça do trabalho em relação às ações dos 
sindicatos e II) a possibilidade de a entidade de classe 
firmar contrato de honorários advocatícios diretamente 
com os beneficiários da ação coletiva.
Sistema de cartão de crédito: é lícito ao advogado ou 
à sociedade de advogados empregar, para o recebimento 
de honorários, sistema de cartão de crédito, mediante 
credenciamento junto a empresa operadora do ramo (art. 
53 do CEDOAB).
10. INCOMPATIBILIDADE E
IMPEDIMENTO
Incompatibilidade: a incompatibilidade representa 
a proibição total do exercício da advocacia, mesmo em 
causa própria, em razão da ocupação de determinado 
cargo. Inscrição será cancelada. 
Impedimento: a restrição parcial para o exercício 
da advocacia, ou seja, a própria lei delimita em quais 
situações o impedido não poderá exercer a advocacia.
INCOMPATIBILIDADE 
(ART. 28 DO EAOAB) IMPEDIMENTO 
I - Chefe do Poder 
Executivo e membros da 
Mesa do Poder Legislativo e 
seus substitutos legais
II - Membros de órgãos do 
Poder Judiciário, do Ministério 
Público, dos tribunais e 
conselhos de contas, dos 
juizados especiais, da justiça 
de paz, juízes classistas, bem 
como de todos os que exerçam 
função de julgamento em 
órgãos de deliberação coletiva 
da administração pública 
direta e indireta
III - Ocupantes de cargos ou 
funções de direção em Órgãos 
da Administração Pública 
direta ou indireta, em suas 
fundações e em suas empresas 
controladas ou concessionárias 
de serviço público
IV - ocupantes de cargos 
ou funções vinculados direta 
ou indiretamente a qualquer 
órgão do Poder Judiciário 
e os que exercem serviços 
notariais e de registro.
V - Ocupantes de cargos 
ou funções vinculados direta 
ou indiretamente a atividade 
policial de qualquer natureza.
VI - Militares de qualquer 
natureza, na ativa.
VII - Ocupantes de cargos 
ou funções que tenham 
competência de lançamento, 
arrecadação ou fiscalização 
de tributos e contribuições 
parafiscais
VIII - Ocupantes de funções 
de direção e gerência em 
instituições financeiras, 
inclusive privadas. 
I - Os servidores da 
administração direta, 
indireta e fundacional, 
contra a Fazenda Pública 
que os remunere ou à 
qual seja vinculada a 
entidade empregadora.
II - Os membros 
do Poder Legislativo, 
em seus diferentes 
níveis, contra ou a 
favor das pessoas 
jurídicas de direito 
público, empresas 
públicas, sociedades 
de economia mista, 
fundações públicas, 
entidades paraestatais 
ou empresas
concessionárias ou 
permissionárias de 
serviço público. 
O advogado que atua impedido comete ato infracional 
punível com censura (art. 34, I, o EAOAB), já o advogado 
que mantém conduta incompatível com a advocacia 
comete infração punível com suspensão (art. 34, XXV, do 
EAOAB).
11. INFRAÇÕES E SANÇÕES DISCIPLINARES
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CENSURA 
Representa a reprovação oficial 
da conduta do advogado, fazendo-
se constar nos seus assentamentos 
a infração cometida, mas não se 
permite a divulgação/publicidade da 
censura. Quando houvercircunstância 
atenuante, poderá ser convertida em 
advertência, por meio de um ofício 
reservado ao advogado, sem registro 
nos seus assentamentos.
SUSPENSÃO 
Acarreta ao infrator a interdição 
do exercício profissional, em todo 
o território nacional, pelo prazo
de trinta dias a doze meses, ou
por tempo indeterminado até que
o advogado cumpra determinada
providência, como satisfação
integral da dívida (incisos XXI e XXIII
do art. 34) e nova habilitação (inciso
XXIV do art. 34).
EXCLUSÃO 
Aplicada quando o advogado 
cometer infração gravíssima ou 
quando houver reiteração, por 
três vezes, da pena de suspensão. 
Representa a exclusão do advogado 
dos quadros da OAB e somente será 
aplicada se houver voto de 2/3 dos 
membros do Conselho Seccional 
Competente.
MULTA 
A multa, variável entre o mínimo 
correspondente ao valor de uma 
anuidade e o máximo de seu décuplo, 
é aplicável cumulativamente com a 
censura ou suspensão, em havendo 
circunstâncias agravantes (art. 39 do 
EAOAB).
Hipóteses de aplicação: 
Censura: cometer infrações mais leves, definidas 
nos incisos I a XVI e XXIX do art. 34 do EAOAB, quando 
houver violação a preceito do Código de Ética e Disciplina 
ou quando houver violação a preceito do EAOAB, e para 
a infração não se tenha estabelecido sanção mais grave. 
I - exercer a profissão, quando impedido de fazê-lo, 
ou facilitar, por qualquer meio, o seu exercício aos não 
inscritos, proibidos ou impedidos; II - manter sociedade 
profissional fora das normas e preceitos estabelecidos 
nesta lei; III - valer-se de agenciador de causas, mediante 
participação nos honorários a receber; IV - angariar ou 
captar causas, com ou sem a intervenção de terceiros; V - 
assinar qualquer escrito destinado a processo judicial ou 
para fim extrajudicial que não tenha feito, ou em que não 
tenha colaborado; VI - advogar contra literal disposição 
de lei, presumindo-se a boa-fé quando fundamentado 
na inconstitucionalidade, na injustiça da lei ou em 
pronunciamento judicial anterior; 
VII - violar, sem justa causa, sigilo profissional; VIII 
- estabelecer entendimento com a parte adversa sem
autorização do cliente ou ciência do advogado contrário;
IX - prejudicar, por culpa grave, interesse confiado ao
seu patrocínio; X - acarretar, conscientemente, por ato
próprio, a anulação ou a nulidade do processo em que
funcione; XI - abandonar a causa sem justo motivo
ou antes de decorridos dez dias da comunicação da
renúncia; XII - recusar-se a prestar, sem justo motivo,
assistência jurídica, quando nomeado em virtude de
impossibilidade da Defensoria Pública: Desse modo, a
recusa que caracteriza a infração disciplinar é aquela
feita sem justo motivo quando não houver assistência
da Defensoria Pública; XIII - fazer publicar na imprensa,
desnecessária e habitualmente, alegações forenses ou
relativas a causas pendentes; XIV - deturpar o teor de
dispositivo de lei, de citação doutrinária ou de julgado,
bem como de depoimentos, documentos e alegações da
parte contrária, para confundir o adversário ou iludir o
juiz da causa; XV - fazer, em nome do constituinte, sem
autorização escrita deste, imputação a terceiro de fato
definido como crime; XVI - deixar de cumprir, no prazo
estabelecido, determinação emanada do órgão ou de
autoridade da Ordem, em matéria da competência desta,
depois de regularmente notificado; XXIX - praticar, o
estagiário, ato excedente de sua habilitação.
A censura pode ser convertida em advertência, 
quando houver, entre outras, as seguintes circunstancias 
atenuantes (art. 40 do EAOAB): I - falta cometida na defesa de 
prerrogativa profissional; II - ausência de punição disciplinar 
anterior; III - exercício assíduo e proficiente de mandato 
ou cargo em qualquer órgão da OAB e IV - prestação de 
relevantes serviços à advocacia ou à causa pública. 
Suspensão: a sanção de suspensão é aplicável nos 
casos de infrações mais graves definidas nos incisos 
XVII a XXV do art. 34, ou quando houver reincidência da 
prática de infração disciplinar.
XVII - prestar concurso a clientes ou a terceiros para 
realização de ato contrário à lei ou destinado a fraudá-
la; XVIII - solicitar ou receber de constituinte qualquer 
importância para aplicação ilícita ou desonesta; XIX 
- receber valores, da parte contrária ou de terceiro,
relacionados com o objeto do mandato, sem expressa
autorização do constituinte; XX - locupletar-se,
por qualquer forma, à custa do cliente ou da parte
adversa, por si ou interposta pessoa; XXI - recusar-
se, injustificadamente, a prestar contas ao cliente de
quantias recebidas dele ou de terceiros por conta dele;
XXII - reter, abusivamente, ou extraviar autos recebidos 
com vista ou em confiança; XXIII - deixar de pagar as
contribuições, multas e preços de serviços devidos
à OAB, depois de regularmente notificado a fazê-lo
(Atenção: essa previsão passou a ser considerada
inconstitucional pela STF desde abril de 2020 - RE
647885 - repercussão geral) ; XXIV - incidir em
erros reiterados que evidenciem inépcia profissional;
XXV - manter conduta incompatível com a advocacia;
Exclusão: é aplicável nos casos de infrações 
gravíssimas, definidas nos incisos XXVI a XXVIII do art. 
34 do EAOAB, ou no caso de aplicação, por três vezes, 
de suspensão, não importando a infração cometida. O 
advogado excluído terá sua inscrição cancela, podendo 
voltar a advogar apenas se for reabilitado.
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XXVI - fazer falsa prova de qualquer dos requisitos 
para inscrição na OAB; 
XXVII - tornar-se moralmente inidôneo para o exercício 
da advocacia; XXVIII - praticar crime infamante.
Prescrição: de acordo com o art. 43 do EAOAB, a 
pretensão à punibilidade (prescrição da pretensão punitiva) 
das infrações disciplinares prescreve em 5 (cinco) anos, 
contados da data da constatação oficial do fato. 
Interrupção: o § 2º do art. 43 do EAOAB, por sua 
vez, estabelece que a prescrição será interrompida: 
I - pela instauração de processo disciplinar ou pela 
notificação válida feita diretamente ao representado e II 
- pela decisão condenatória recorrível de qualquer órgão
julgador da OAB
Prescrição Intercorrente: aplica-se a prescrição a 
todo processo disciplinar paralisado por mais de três 
anos, pendente de despacho ou julgamento (prescrição 
intercorrente), devendo ser arquivado de ofício, ou a 
requerimento da parte interessada, sem prejuízo de 
serem apuradas as responsabilidades pela paralisação.
Reabilitação: de acordo com o artigo 41 do EAOAB, é 
permitido ao que tenha sofrido qualquer sanção disciplinar 
requerer, um ano após seu cumprimento, a reabilitação, 
em face de provas efetivas de bom comportamento.
Entretanto, se a sanção disciplinar tiver resultado 
da prática de crime, apenas após a reabilitação criminal 
decretada pelo Poder Judiciário poderá ser pleitear a 
reabilitação disciplinar na OAB. Nesse caso, não haverá 
necessidade de outras provas de bom comportamento, 
porque todas já foram apreciadas em sede judicial. 
Revisão disciplinar: a revisão do processo disciplinar 
é cabível quando houver erro de julgamento ou por 
condenação baseada em falsa prova e pode ser pedida a 
qualquer tempo, desde que haja o trânsito em julgado da 
decisão condenatória.
Legitimidade: tem legitimidade para requerer a 
revisão o advogado punido com a sanção disciplinar.
Competência: a competência para processar e 
julgar o processo de revisão é do órgão de que emanou a 
condenação final.
12. ORDEM DOS ADVOGADOS
DO BRASIL
Vejamos cada um dos órgãos da OAB: 
1) CONSELHO FEDERAL
Composição: dotado de personalidade jurídica 
própria, com sede na capital da República, é o órgão 
supremo da OAB e é composto por: a) Um Presidente: 
representa a OAB nacional e internacionalmente, em 
juízo ou fora dele, devendo promover a administração 
patrimonial e dar execução às suas decisões do Conselho; 
b) Conselheiros Federaisintegrantes das delegações de
cada unidade: Cada Unidade da Federação (Conselho
Seccional) envia três conselheiros federais para compor o 
Conselho Federal; c) Ex-presidentes: não possuem direito
a voto, mas apenas direito a voz nas sessões. Assegura-
se, como exceção, o direito de voto aos ex-presidentes 
que exerceram mandato antes da vigência do EAOAB ou 
que se encontravam em exercício naquela data. 
Órgãos: o Conselho Federal é formado pelos 
seguintes órgãos: Conselho Pleno, Órgão Especial do 
Conselho Pleno, Primeira, Segunda e Terceira Câmaras, 
Diretoria e Presidente. O voto em qualquer órgão 
colegiado do Conselho Federal é tomado por delegação. 
Principais atribuições: a) representar, em juízo 
ou fora dele, os interesses coletivos ou individuais 
dos advogados; b) representar, com exclusividade, os 
advogados brasileiros nos órgãos e eventos internacionais 
da advocacia; c) editar e alterar o Regulamento Geral, 
o Código de Ética e Disciplina, e os Provimentos que
julgar necessários; d) intervir nos Conselhos Seccionais,
onde e quando constatar grave violação desta lei ou do
regulamento geral; e) elaborar as listas (listas triplas)
constitucionalmente previstas, vedada a inclusão de nome
de membro do próprio Conselho ou de outro órgão da OAB; 
f) ajuizar ação direta de inconstitucionalidade de normas
legais e atos normativos, ação civil pública, mandado de
segurança coletivo, mandado de injunção e demais ações
cuja legitimação lhe seja outorgada por lei e g) criar de
novos Conselhos Seccionais por meio de resolução.
2) CONSELHOS SECCIONAIS
Os Conselhos Seccionais possuem personalidade 
jurídica própria e têm jurisdição sobre os respectivos 
territórios dos Estados-membros, do Distrito Federal 
e dos Territórios. Para cada Estado e para o Distrito 
Federal, portanto, há um Conselho Seccional.
Composição: o Conselho Seccional compõe-se 
de conselheiros em número proporcional ao de seus 
inscritos, segundo critérios estabelecidos no regulamento 
geral: I – abaixo de 3.000 (três mil) inscritos, até 30 (trinta) 
membros e II – a partir de 3.000 (três mil) inscritos, mais 
um membro por grupo completo de 3.000 (três mil) 
inscritos, até o total de 80 (oitenta) membros. 
Direito à voz: quando presentes às sessões do 
Conselho Seccional, o Presidente do Conselho Federal, 
os Conselheiros Federais integrantes da respectiva 
delegação, o Presidente da Caixa de Assistência dos 
Advogados e os Presidentes das Subseções terão direito 
a voz na sessão. Os ex-presidentes do Conselho Seccional 
e o Presidente do Instituto dos Advogados local são 
membros honorários e também possuem direito à voz. 
Principais atribuições: a) criar as Subseções e a 
Caixa de Assistência dos Advogados; b) julgar, em grau 
de recurso, as questões decididas por seu Presidente, 
por sua diretoria, pelo Tribunal de Ética e Disciplina, 
pelas diretorias das Subseções e da Caixa de Assistência 
dos Advogados; c) fixar a tabela de honorários, válida 
para todo o território estadual; d) realizar o Exame de 
Ordem; e) decidir os pedidos de inscrição nos quadros 
de advogados e estagiários; d manter cadastro de seus 
inscritos; * determinar, com exclusividade, critérios para 
o traje dos advogados, no exercício profissional; f) definir
a composição e o funcionamento do Tribunal de Ética e
Disciplina, e escolher seus membros; g) eleger as listas
(listas sêxtuplas), constitucionalmente previstas, vedada a
inclusão de membros do próprio Conselho e de qualquer
órgão da OAB; h) intervir nas Subseções e na Caixa de
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Assistência dos Advogados; i) ajuizar, após deliberação: 
I) ação direta de inconstitucionalidade de leis ou atos
normativos estaduais e municipais, em face da Constituição 
Estadual ou da Lei Orgânica do Distrito Federal; II)
ação civil pública, para defesa de interesses difusos
de caráter geral e coletivos e individuais homogêneos;
III) mandado de segurança coletivo, em defesa de seus
inscritos, independentemente de autorização pessoal
dos interessados; IV) mandado de injunção, em face
da Constituição Estadual ou da Lei Orgânica do Distrito
Federal. 
3) SUBSEÇÕES
Não possuem personalidade jurídica própria. Podem 
ser criadas pelo Conselho Seccional, que fixa a área 
territorial e os seus limites de competência e autonomia. 
A área territorial da Subseção pode abranger um ou mais 
municípios, ou parte de município, inclusive da capital do 
Estado, contando com um mínimo de quinze advogados, nela 
profissionalmente domiciliados (§ 2º do art. 60 do EAOAB). 
Principais atribuições: a) representar a OAB perante 
os poderes constituídos; b) instaurar e instruir processos 
disciplinares, os quais, após instruídos, são remetidos 
Tribunal de Ética e Disciplina para Julgamento; c) instruir 
e emitir parecer sobre pedido de inscrição de advogado e 
estagiário, para decisão do Conselho Seccional.
Conflitos de Competência: os conflitos de 
competência entre subseções e entre estas e o Conselho 
Seccional são por este decididos, com recurso voluntário 
ao Conselho Federal (119 do RGEAOAB). 
4) CAIXA DE ASSISTÊNCIA DOS ADVOGADOS
As Caixas de Assistência dos Advogados possuem 
personalidade jurídica própria, adquirida com a 
aprovação e registro de seu estatuto pelo respectivo 
Conselho Seccional da OAB, e são criadas pelos Conselhos 
Seccionais, quando estes contarem com mais de 1.500 
(mil e quinhentos) inscritos, para prestarem assistência 
aos inscritos no Conselho Seccional a que se vincule, 
como serviços de livraria e farmácia, podendo ainda 
promover seguridade complementar.
Eleições e mandatos 
Eleição na segunda quinzena do mês de novembro, do 
último ano do mandato, mediante cédula única e votação 
direta dos advogados regularmente inscritos. O voto é 
obrigatório para todos os advogados inscritos na OAB. 
Para se canditar, o advogado deve ter 3 anos de advocacia 
(Conselho e Subseções) e 5 anos nos demais cargos. 
O mandato em qualquer órgão da OAB é de três 
anos, podendo ser extinto automaticamente, antes 
do seu término, quando: I - ocorrer qualquer hipótese 
de cancelamento de inscrição ou de licenciamento 
do profissional; II - o titular sofrer qualquer tipo de 
condenação disciplinar; III - o titular faltar, sem motivo 
justificado, a três reuniões ordinárias consecutivas de 
cada órgão deliberativo do conselho ou da diretoria da 
Subseção ou da Caixa de Assistência dos Advogados, não 
podendo ser reconduzido no mesmo período de mandato.
Aquisição, oneração ou alienação de bens da OAB
Compete à Diretoria de cada órgão decidir pela 
aquisição de qualquer bem (móvel ou imóvel) e dispor 
sobre os bens móveis.
Já alienação ou a oneração de bens imóveis 
depende de aprovação do Conselho Federal (maioria 
das delegações) ou do Conselho Seccional (maioria dos 
membros efetivos), conforme art. 48 do RGEAOAB.
13. PROCESSO NA OAB
Processo Disciplinar: para que as sanções 
disciplinares sejam aplicadas ao advogado infrator, deve 
ser instaurado prévio processo disciplinar, conforme a 
seguir estudado.
Local de Tramitação do Processo Disciplinar: o poder 
de punir disciplinarmente os inscritos na OAB compete 
exclusivamente ao Conselho Seccional em cuja base 
territorial tenha ocorrido a infração, salvo se a falta for 
cometida perante o Conselho Federal (art. 70 do EAOAB). 
A competência territorial, portanto, é do local onde 
ocorreu a infração. 
Instauração: o processo disciplinar pode ser 
instaurado por representação, formulada ao Presidente 
do Conselho Seccional ou ao Presidente da Subseção, por 
escrito ou verbalmente, devendo, neste último caso, ser 
reduzida a termo, ou de ofício, em função do conhecimento 
do fato, quando obtido por meio de fonte idônea ou em 
virtude de comunicação da autoridade competente. 
Denúncia Anônima: o CEDOAB não admite a 
instauração de processo disciplinar em razão de denúncia 
anônima(§ 2º do art. 55). Portanto, a representação feita 
sem a identificação do representante não será aceita.
Designação de Relator para Instrução do Processo: 
Recebida a representação, o Presidente do Conselho 
Seccional ou o da Subseção, quando esta dispuser 
de Conselho, designa relator, por sorteio, um de seus 
integrantes, para presidir a instrução processual (art. 58, 
caput, do CED).
Competência: A instrução do processo ocorre 
no Conselho Seccional ou na Subseção, quando esta 
dispuser de Conselho. Após a instrução, o processo será 
remetido ao Tribunal de Ética, que proferirá decisão.
Designação de Relator para Instrução do Processo: 
recebida a representação, o Presidente do Conselho 
Seccional ou o da Subseção, quando esta dispuser 
de Conselho, designa relator, por sorteio, um de seus 
integrantes, para presidir a instrução processual. 
Análise de Admissibilidade: o relator, atendendo 
aos critérios de admissibilidade, emitirá parecer 
propondo a instauração de processo disciplinar ou o 
arquivamento liminar da representação, no prazo de 
30 (trinta) dias, sob pena de redistribuição do feito pelo 
Presidente do Conselho Seccional ou da Subseção para 
outro relator, observando-se o mesmo prazo, conforme 
§ 3º do art. 58 do CEDOAB. Preenchidos os requisitos
de admissibilidade, compete ao relator do processo
disciplinar determinar a notificação dos interessados
para prestar esclarecimentos ou a do representado para 
apresentar defesa prévia, no prazo de 15 (quinze) dias,
em qualquer caso (art. 59, caput, do CEDOAB).
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Defesa Prévia: preenchidos os requisitos de 
admissibilidade, compete ao relator do processo 
disciplinar determinar a notificação dos interessados 
para prestar esclarecimentos ou a do representado para 
apresentar defesa prévia, no prazo de 15 (quinze) dias 
(art. 59, caput, do CED). 
Revelia: se o representado não apresentar defesa 
prévia ele será considerado revel, mas o efeito da revelia 
é a nomeação de defensor dativo, não havendo presunção 
de veracidade dos fatos alegados na representação.
Indeferimento Liminar: se, após a defesa prévia, 
o relator se manifestar pelo indeferimento liminar da
representação, este deve ser decidido pelo Presidente do
Conselho Seccional, para determinar seu arquivamento
(§ 2º do art. 73 do EAOAB).
Instrução: oferecida a defesa prévia, que deve ser
acompanhada dos documentos que possam instruí-la 
e do rol de testemunhas, até o limite de 5 (cinco), será 
proferido despacho saneador e, ressalvada a hipótese 
de indeferimento liminar, será designada, se for o caso, 
audiência para oitiva do representante, do representado 
e das testemunhas (§ 3º do art. 59 do CED). O relator 
pode determinar a realização de diligências que julgar 
convenientes, cumprindo-lhe dar andamento ao processo, 
de modo que este se desenvolva por impulso oficial (§ 5º 
do art. 59 do CED).
Parecer liminar: concluída a instrução, o relator 
profere parecer preliminar, a ser submetido ao Tribunal 
de Ética e Disciplina, dando enquadramento legal aos fatos 
imputados ao representado (§ 7º do art. 59 do CED). Abre-
se, em seguida, prazo comum de 15 (quinze) dias para 
apresentação de razões finais (§ 8º do art. 59 do CED).
Tribunal de Ética e Disciplina: o processo é 
encaminhado ao Tribunal de Ética e Disciplina (TED) e seu 
Presidente designará novo relator para proferir o voto. O 
TED órgão que pertence aos Conselhos Seccionais. 
Julgamento: do julgamento do processo disciplinar 
lavrar-se-á acórdão. A decisão condenatória irrecorrível 
deve ser imediatamente comunicada ao Conselho 
Seccional onde o representado tenha inscrição principal, 
para constar dos respectivos assentamentos.
Sigilo: o processo disciplinar tramita em sigilo, até o 
seu término, só tendo acesso às suas informações as partes, 
seus defensores e a autoridade judiciária competente. Após 
o julgamento, haverá publicidade da decisão
Competência do Conselho Federal: a representação 
contra membros do Conselho Federal, Presidentes de 
Conselhos Seccionais, membros Honorários Vitalícios 
e detentores da Medalha Rui Barbosa será processada 
e julgada pelo Conselho Federal, conforme § 5º do art. 
58 do CED. 
Competência exclusiva do Conselho Seccional: a 
representação contra dirigente de Subseção é processada 
e julgada pelo Conselho Seccional (§ 6º do art. 58 do CED).
Termo de Ajustamento de Conduta (TAC): situações 
que envolvam publicidade irregular (art. 47-A do CEDOAB) 
e infrações sujeitas à censura (art. 58-A do CEDOAB), 
desde que o fato não tenha gerado repercussão negativa 
à advocacia. Provimento 200 do CFOAB: a) TAC não pode 
ser firmado por advogado com condenação disciplinar 
transitada em julgado, salvo o reabilitado, b) suspensão 
do processo disciplinar por 3 anos e não fluência do prazo 
prescricional, c) Se cumprido o TAC, processo disciplinar 
é arquivado, se não for cumprido volta ao seu curso 
normal. 
Recursos: o EAOAB (arts. 75 e 76), partindo da 
simplicidade processual, previu um único recurso geral 
e inominado para provocar manifestação do Conselho 
Federal ou do Conselho Seccional, conforme quadro 
abaixo ilustrativo:
RECURSO PARA O 
CONSELHO FEDERAL 
(ART. 75)
RECURSO PARA O 
CONSELHO SECCIONAL 
(ART. 76)
Decisões definitivas 
não unânimes proferidas 
pelo Conselho Seccional.
Decisões unânimes do 
Conselho Seccional que 
contrariem o EAOAB, decisão 
do Conselho Federal ou de 
outro Conselho Seccional 
e, ainda, o regulamento 
geral, o Código de Ética e 
Disciplina e os Provimentos. 
Decisões proferidas 
pelo Presidente do 
Conselho Seccional.
Decisões proferidas 
pelo Tribunal de Ética e 
Disciplina.
Decisões proferidas pela 
diretoria da Subseção ou 
da Caixa de Assistência 
dos Advogados. 
Além do recurso inominado previsto no EAOAB, 
há outros recursos específicos que também podem ser 
citados, a saber: a) embargos de declaração e b) embargos 
(o Presidente do Conselho Federal pode embargar as
decisões não unanimes proferidas pelo órgão).
Efeitos do recurso: de acordo com o art. 77 do EAOAB, 
todos os recursos têm efeito suspensivo, exceto quando 
tratarem de eleições (arts. 63 e seguintes), de suspensão 
preventiva decidida pelo Tribunal de Ética e Disciplina, e 
de cancelamento da inscrição obtida com falsa prova

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