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1 Curso: Licenciatura em Ciência da Computação Disciplina: Antropologia Cultural Aluno: Marcus Vinícius Bastos RA: 158166 Trabalho apresentado a UniFatecie – Centro Universitário curso licenciatura em Ciência da Computação como requisito parcial para aprovação na disciplina de Antropologia Cultural. Franca – São Paulo 2024 2 O que podemos pensar a respeito da proposta dos brancos e da resposta indígena, em relação à que cada cultura entende como educação? Primeiramente, gostaria de salientar a grande dificuldade que é dissertar sobre como um determinado povo compreende a maneira de transmissão de seu conhecimento entre os indivíduos daquela coletividade. Trata-se de um tema de elevada complexidade de compreensão, bem como do modo de vida e da cultura das mais vastas sociedades existentes no mundo. A carta em questão é um desafio à parte, pois se trata de um documento histórico que nos proporciona insights valiosos sobre as diferentes concepções de educação entre as culturas. Ao mesmo tempo, é de difícil aprofundamento, pois existem diversas interpretações, versões e referências em língua estrangeira, principalmente em língua inglesa. Dependendo da fonte consultada, sua origem autêntica pode variar. Em pesquisa para realizar a atividade, pude constatar que a atividade foi inspirada em uma questão que pode ser encontrada em algumas plataformas de perguntas e respostas comuns na internet, como exemplo, a plataforma “Brainly”. Infelizmente, ou até mesmo por “falta de habilidades de investigação”, fontes de referência confiáveis que façam alusão direta à carta em questão não foram encontradas em língua portuguesa para melhor embasamento da dissertação. Acredito que o verdadeiro sentido e anseio a ser alcançado com a proposta de atividade não se trate unicamente de dissertar sobre uma “carta de líderes indígenas em resposta à proposta de educação branca” em um determinado período ou localização geográfica, mas sim de levar à reflexão sobre as relações interculturais e as implicações que o processo de colonização e etnocentrismo podem ocasionar aos povos colonizados. Ao ponderar sobre a essência encontrada na referida carta, fica evidente a grande necessidade de se investigar e repensar sobre as diversas concepções que existem sobre a educação em diferentes culturas. Fica evidente que o povo indígena reconhece a “Boa Fé” do povo branco em fornecer sua forma de “Educação” para os jovens indígenas, mas que na verdade escondem os verdadeiros objetivos, que são de impor os interesses e valores culturais do homem branco sobre o povo indígena, por considerar seu “conhecimento” como superior e o único capaz de adequar aquele povo ao modo de vida que, na visão do homem branco, seria o mais “Adequado” e “Civilizado”. 3 Os indígenas deixam explícito em sua resposta que existem disparidades entre os objetivos a serem alcançados pelo modelo educacional do homem branco e o modo de educação do povo indígena, pelo fato de não levar em consideração as necessidades e peculiaridades que são necessárias aos indivíduos pertencentes àquela cultura e ao modo de vida indígena. Em experiências anteriores, jovens indígenas que foram educados ao modo do homem branco e que retornaram ao seu local de origem não possuíam as habilidades que são indispensáveis para viver a realidade daquela coletividade, tornando-se membros que nada ou muito pouco poderiam colaborar com a manutenção e desenvolvimento daquela sociedade. Além de reforçarem novamente seus agradecimentos pela “Boa vontade” do povo branco, os povos indígenas, como uma forma de agradecimento, oferecem aos nobres da Virgínia que enviem seus jovens para receberem a educação indígena, que os tornariam verdadeiros “homens” hábeis e capazes de enfrentar as adversidades da vida na natureza. Com isso pode-se pressupor que a concepção central da carta é a grande necessidade de dialogar e refletir sobre os conceitos de educação e interculturalidade, que de maneira sistemática negligenciamos, não respeitamos e por muita das vezes acreditamos que as nossas concepções são melhores ou até mesmo superiores aos demais povos. A carta pode nos proporcionar esperança e que essa se transforme em uma centelha de luz norteadora, rumo à construção de um mundo melhor e mais justo para toda a humanidade. Referências BRAINLY. Por ocasião da assinatura de um tratado de paz, nos Estados Unidos, com Índios de seis nações. Disponível em: <https://brainly.com.br/tarefa/56170224>. Acesso em: 15 fev. 2024. BRANDÃO, Carlos Rodrigues. Educação? Educações: aprender com o índio. Disponível em: <https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/51844/5/brandao- oqueeducacao-capitulos.pdf>. Acesso em: 15 fev. 2024.
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