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Casos de resistência ao imperialismo formal Caso da Índia Monopólio comercial da Companhia das índias Orientais, da Inglaterra; Guerra dos Sipaios (soldados hindus alistados ao serviço militar europeu): revolta hindu contra o governo despótico, o banditismo administrativo e a exploração sem limites; A insubordinação das tropas se transformou em revolta popular; Serviu de pretexto para o governo inglês tomar em mãos o governo da colônia e reprimir violentamente. Caso da China Burocracia chinesa extremamente absolutista; Os chineses não se interessavam pelas mercadorias ocidentais; Tática inglesa para dobrar o “Império do Centro” – comércio de ópio (produto proibido no país); Efeitos devastadores na sociedade chinesa – combate ao contrabando e confisco da carga inglesa; Reposta europeia: Guerras do Ópio (1839-1842 e 1856-1860: China contra Inglaterra e França) – resultado: Tratado de Nanquim (1842: abertura de portos ao livre-comércio) e Tratado de Tientsin (1858: atuação de missionários cristãos - ocidentalização); Resposta chinesa: Sociedade dos Punhos Harmoniosos: grupo xenófobo e anti-imperialista que desencadeou uma onda de violência contra estabelecimentos comerciais e diplomáticos estrangeiros; Guerra dos Boxers (1900-1901): movimento chinês contrário a dominação pelo ocidente – pagamento de indenização pelos chineses. Caso da África do Sul Desde o século XVI a África do Sul era habitada por descendentes de holandeses (afrikaners) = imperialismo anterior à Conferência de Berlim; Após a Conferência de Berlim, os ingleses passaram a ocupar o território, gerando insatisfação por parte dos afrikaners; Guerra dos Boêres: opuseram os afrikaners e ingleses = considerada uma guerra de resistência não pela participação dos sul-africanos, mas pela atuação dos afrikaners, que contaram com a participação das potências rivais da Inglaterra (Alemanha, por exemplo). Caso do Japão Abalo no regime de xogunato (primeiro-ministro hereditário); Pressão dos EUA para a abertura dos portos: Tratado dos Desiguais ou Tratados Iníquos – tratados assinados pela China e Japão com as potências industrializadas; “País rico e exército forte” – Revolução Meiji (era das luzes): modernização da economia; Participação japonesa na corrida imperialista: influência na Coreia, Manchúria e anexação de formosa (Taiwan). Imperialismo informal na América Latina Intervencionismo estadunidense Imperialismo indireto sobre países oficialmente independentes; Programa imperialista dos EUA: centros de distribuição dos produtos norte-americanos; Doutrina Monroe: defendiam a política das “portas fechadas”, onde a exploração só poderia ser efetivada pelos norte-americanos (“América para os americanos” - tomada de Cuba). Com relação à Ásia, a política se caracterizava como “portas abertas”, ou seja, todas as potências deveriam ter os mesmos direitos na exploração comercial e financeira (no entanto, os EUA não respeitaram a política de “portas abertas” na Ásia, já que monopolizou a exploração das Filipinas). Consistia em três pontos: não criação de novas colônias nas Américas; não intervenção nos assuntos internos dos países americanos; não intervenção dos EUA em conflitos relacionados aos países europeus, como guerras entre estes países e suas colônias. Reflexo das intenções imperialistas norte-americanas na América Latina: Emenda Platt – definia o direito dos EUA intervirem na ilha, além da concessão de uma área para afixação de uma base militar (Guantánamo); Corolário Roosevelt – direito norte-americano de intervir nos negócios dos países latino-americanos (política do Big Stick – grande porrete); “Diplomacia do dólar” – investimentos em países latino-americanos: domínio norte-americano sob as frágeis economias das “Repúblicas das Bananas”; Política da Boa Vizinhança – práticas intervencionistas criadas após a crise de 1929 (superprodução), sob aparente relação de amizade.