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SOR JUANA INÉS DE LA CRUZ

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SOR JUANA INÉS DE LA CRUZ
Sor Juana Inés de la Cruz, nascida em 12 de novembro de 1648, no México, foi uma figura notável do período barroco da literatura e uma das primeiras feministas na América Latina. Seu nome completo era Juana Inés Ramírez de Asbaje y Ramírez de Santillana, e ela entrou para o convento aos 19 anos, buscando liberdade intelectual e a oportunidade de dedicar-se ao estudo e à escrita.
A biografia de Sor Juana Inés de la Cruz é marcada por sua notável erudição e habilidade intelectual. Desde jovem, demonstrou grande aptidão para o aprendizado e rapidamente se destacou como uma das mentes mais brilhantes de sua época. Apoiada por alguns membros da elite mexicana, ela teve acesso a uma extensa biblioteca, o que contribuiu significativamente para sua educação.
Em 1669, Sor Juana ingressou no Mosteiro de São Jerônimo, onde passou grande parte de sua vida. No convento, ela escreveu muitos de seus poemas, ensaios e peças teatrais, destacando-se como uma das figuras literárias mais proeminentes da Nova Espanha (atual México). Sua obra abrange diversos gêneros literários, incluindo poesia lírica, autos sacramentales (peças teatrais alegóricas) e ensaios.
Um dos poemas mais conhecidos de Sor Juana Inés de la Cruz é "Hombres necios que acusáis", que aborda a hipocrisia e as injustiças sociais relacionadas às expectativas e críticas em relação às mulheres. No poema, ela critica a atitude dos homens que censuram as mulheres por sua natureza, enquanto eles próprios são culpados de pecados e comportamentos questionáveis. Sor Juana denuncia a sociedade patriarcal da época, que limitava as oportunidades e a liberdade das mulheres.
A poesia de Sor Juana Inés de la Cruz é caracterizada por sua riqueza linguística, metáforas elaboradas e profundo conhecimento filosófico. Além de "Hombres necios," suas obras mais conhecidas incluem "Carta atenagórica," uma defesa apaixonada da educação das mulheres, e "Inundación castálida," uma coleção de seus poemas líricos.
Apesar de seu impacto significativo na literatura e no pensamento feminista, Sor Juana enfrentou resistência e críticas por parte da hierarquia eclesiástica. Em 1694, sob pressão, ela renunciou publicamente à escrita e ao estudo, dedicando-se inteiramente à vida monástica. Ela morreu em 17 de abril de 1695, vítima de uma epidemia de febre.
O legado de Sor Juana Inés de la Cruz é reconhecido como uma inspiração para as futuras gerações de escritoras e feministas na América Latina. Sua coragem em desafiar as normas sociais da época e sua busca pelo conhecimento continuam a influenciar e inspirar pessoas em todo o mundo. Seu trabalho permanece uma parte fundamental do cânone literário e cultural da América Latina, lembrando-nos da importância da igualdade, educação e liberdade de expressão.

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