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Simétrico Pré-Universitário – Curso de Biologia – Prof. Landim – www.simetrico.com.br 
 
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daquelas com padrões desejáveis. São as sementes destas que 
irão germinar nos campos e cultura geneticamente modificadas. 
Na fabricação de bactérias transgênicas, costuma-se implantar 
genes para resistência bacteriana a antibióticos junto com o gene 
que se quer transplantar. Assim, para a seleção das bactérias que 
receberam os transgenes (e junto os genes para resistência), 
aplica-se o antibiótico: as sobreviventes são as que receberam os 
transgenes. Esse mesmo procedimento pode ser feito para 
selecionar plantas que aceitaram os transgenes. 
 
Utilidades das plantas transgênicas 
 
A obtenção de plantas de qualidades especiais já vem 
sendo feita há quase uma década. Plantas podem ser modificadas 
para a produção de inseticidas, como o milho Bt, da Novartis, que 
traz um gene da bactéria Bacillus thurigiensis, que leva à produção 
deste inseticida natural. Ou então para a resistência contra 
herbicidas, como a soja Roundup Ready (RR), da Monsanto. 
Estas são plantas mais resistentes, mais produtivas, e, 
consequentemente, mais baratas. Ainda há a vantagem de se 
consumir um alimento com menos substâncias tóxicas, pois se 
pode usar na lavoura menos inseticidas e menos herbicidas. 
Pode-se obter vegetais mais nutritivos, como plantas que 
produzem mais vitaminas. É o caso do arroz dourado, mencionado 
anteriormente e que produz vitamina A, ou o caso de uma alface 
modificada com genes de rato para que produza vitamina C. As 
expectativas futuras estão no desenvolvimento de plantas que 
trazem consigo genes para a produção de vacinas. 
Resumidamente, os benefícios são: 
 
- Possibilidade de inserção de genes para produção de vacinas: 
em fase de testes, possibilitaria a aplicação de vacinas de modo 
continuo e com bastante abrangência. 
- Aumento de produtividade: as safras transgênicas podem ajudar 
a alimentar regiões pobres onde precárias condições de cultivo e 
dificuldades climáticas e edáficas tornam as plantações muito 
menos produtivas que o possível. 
- Redução de pesticidas: no caso de plantas Bt, que produzem 
toxinas contra insetos, diminui-se a necessidade de pesticidas 
químicos, ou no caso de plantas como a soja RR, que é resistente 
a herbicidas, diminui-se a necessidade da utilização dessas 
substâncias. 
- Melhora na nutrição: os alimentos que possuem baixo teor de 
proteína e vitaminas podem ser melhorados, como no caso do 
arroz dourado produtor de vitamina A. 
 
Transgênicos no Brasil 
 
A polêmica em torno da liberação ou não de alimentos 
transgênicos no Brasil começou em 1995, quando foi montada a 
Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CNTBio), ligada ao 
Ministério da Ciência e Tecnologia, responsável por decisões 
neste campo. Em 1997, a empresa de biotecnologia Monsanto 
conseguiu autorização do CNTBio para plantar no Brasil a soja 
transgênica Roundup Ready, mas o Instituto Brasileiro de Defesa 
do Consumidor entrou na justiça para cancelar a liberação, com o 
argumento de que o plantio de transgênicos só poderia ser 
autorizado após a realização de estudos de impacto ambiental. 
Em 2006, a plantação de transgênicos foi legalizada no Brasil com 
a Lei de Biossegurança que regulamente vários aspectos 
relacionados a biotecnologia. 
 
E os transgênicos são realmente perigosos? 
 
Esta é uma boa pergunta. Há sérias controvérsias entre os 
pesquisadores na hora de respondê-la. Alguns cientistas 
argumentam que a humanidade vem alterando geneticamente 
alimentos há mais tempo do que se possa pensar. Várias plantas 
consumidas hoje em dia são variedades híbridas produzidas pelo 
cruzamento entre espécies selvagens ou variedades poliploides de 
plantas selvagens. O trigo original (gênero Tritium) era diploide 
com um número de cromossomos 2n = 14. As variedades mais 
consumidas atualmente foram sendo produzidas por cruzamentos 
sucessivos até se obter uma variedade hexaploides com 6n = 42 
cromossomos! A diferença é que a engenharia genética pode 
implantar um ou poucos genes de espécies completamente 
diferentes e sem parentesco numa determinada planta, ao 
contrário dos cultivadores tradicionais, que com cruzamentos 
manipulados transferem milhares de genes no processo. 
Os maiores receios entre os pesquisadores estão no risco 
ecológico trazido pelas plantas geneticamente modificadas. O 
maior perigo é o do "fluxo de genes", a disseminação de genes por 
meio de pólen e sementes entre diferentes populações vegetais. 
Os genes circulam das safras para as ervas daninhas o tempo 
todo quando o pólen é transportado pelo vento, pelas abelhas ou 
por outros agentes polinizantes. Um gene para produção de 
inseticidas como o do milho Bt ou para a resistência a herbicidas 
como o da soja Roundup Ready poderia passar para um erva 
daninha, desencadeando um problema econômico e um 
desequilíbrio ecológico de proporções e consequências 
imprevisíveis. Estes genes poderiam proporcionar às ervas 
daninhas uma vantagem competitiva sobre as plantas 
convencionais, permitindo um crescimento descontrolado das 
mesmas. 
Talvez um motivo maior de preocupação seja referente à 
evolução dos insetos. Plantas que produzem continuamente o 
inseticida Bt podem acelerar a evolução de insetos imunes a 
inseticidas. 
Pesquisas conduzidas por pesquisadores norte 
americanos sugeriram um aumento na mortalidade de borboletas 
monarca nos EUA após serem alimentadas com milho Bt. Apesar 
dos próprios pesquisadores terem alertado sobre falhas de 
controle na experiência, a comunidade científica ficou preocupada: 
e se uma determinada espécie de insetos ecologicamente 
benéfica (como agentes polinizantes) fosse extinta pela ação de 
vegetais geneticamente modificados. 
Fora as preocupações ecológicas, há os eventuais riscos 
para a saúde humana. Em 1989, uma epidemia da síndrome de 
eosinofilia-mialgia (que provoca dor muscular e aumento dos 
leucócitos) causou a morte de 37 pessoas e a invalidez de outras 
500 nos EUA. O FDA, agência americana que regula remédios e 
alimentos, ligou os casos a um complemento alimentar, o 
triptofano L, produzido por bactérias geneticamente modificadas. 
Os testes prévios realizados pelo fabricante, a empresa japonesa 
ShowaDenko, não haviam detectado a capacidade de essa 
bactéria produzir um aminoácido extremamente tóxico. 
 
 
 
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Apesar disso, com a evolução dos testes, a maioria dos 
biólogos está hoje convencida de que OGM's são seguros para a 
saúde humana. Nos EUA, três órgãos federais regulamentam a 
produção de safras e alimentos geneticamente modificados. Dos 
três, o mais conhecido é o FDA (Food and Drugs Admnistration), 
que é referência para pesquisas alimentares em todo o mundo. A 
FDA analisa dados sobre alérgenos, toxicidade e níveis de 
nutrientes. Se esses dados mostrarem que os novos alimentos 
não são próximos aos convencionais, eles terão de ser 
submetidos a outros testes. 
Entretanto, alguns cientistas ainda advertem que a 
utilização de transgênicos é muito recente, e pode haver 
problemas em longo prazo. 
Os maiores receios são quanto à introdução de alérgenos 
nos alimentos geneticamente modificados. Existem relatos de 
casos fatais pela ingestão de alimentos transgênicos levando a 
choques anafiláticos. Outra suspeita é de que os antibióticos 
usados como marcadores em experimentos de transgenia 
selecionem bactérias resistentes a antibióticos ou mesmo 
destruam os microorganismos benignos da microflora intestinal. 
(Lembra disso? Junto com o transgene coloca-se um gene para 
resistência a antibióticos. Aplica-se o antibiótico e as plantas que 
não aceitaram os transgenes morrem. Já as plantas transgênicas 
sobrevivem.) Os genes para resistência implantados no processo 
de marcação dos transgênicos podem inclusive ser transferidos 
para bactérias, tornando-as resistentes. 
O uso de vírus como instrumentos de transferênciade 
genes na biotecnologia também merece uma observação especial. 
Suspeita-se de que vírus "engenheirados" (um outro nome para 
geneticamente modificado) possam cruzar com vírus naturais, 
levando ao surgimento de novos vírus que podem trazer doenças 
à espécie humana ou a espécies de interesse agrícola ou 
pecuário. 
Resumidamente, os riscos são: 
 
- Fluxo de genes: plantas transgênicas podem transmitir seus 
genes modificados a variedades silvestres, e poderá ser difícil lidar 
com esses novos organismo resistentes a insetos e herbicidas. 
- Seleção de insetos resistentes: plantas transgênicas podem 
acelerar o surgimento de insetos resistentes às toxinas Bt. 
- Danos colaterais: o acúmulo de toxinas como a Bt no solo 
poderá ter um efeito negativo sobre os ecossistemas. 
- Efeitos sobre a saúde humana: alergênicos poderão ser 
introduzidos em alimentos. 
- Resistência bacteriana a antibióticos: genes para resistência a 
antibióticos usados na marcação de plantas que receberam os 
transgenes podem ser transferidos para bactérias, ou o próprio 
antibiótico usado no processo de seleção dos vegetais 
geneticamente modificados pode selecionar as bactérias 
resistentes. 
- Surgimento de novos vírus: vírus modificados podem cruzar 
com vírus naturais gerando novos vírus patogênicos. 
 
Perceba que estes riscos são teóricos. Cientistas afirmam 
que a possibilidade real de um gene para a resistência a 
antibióticos em um transgênico ser transferido para uma bactéria é 
extremamente baixo. Se estes riscos vão ou não se tornar 
problemas reais, só o tempo irá responder. 
Algumas críticas aos transgênicos são econômicas. Os 
grandes agricultores que podem comprar sementes transgênicas 
passariam a ter ainda mais vantagem sobre os pequenos 
produtores, que não têm condições de ficar comprando as 
sementes transgênicas a cada safra. (As empresas de 
biotecnologia tornam as sementes transgênicas estéreis para que 
os vegetais modificados não possam ser replantados: quem quiser 
plantar transgênicos, que compre delas. Esses caras são 
espertos, né?) Alguns pesquisadores rebatem estas críticas, 
afirmando que a mecanização da agricultura ou a irrigação em 
larga escala também, são, muitas vezes, privilégios dos grandes 
fazendeiros. 
 
Terapia Gênica ou Geneterapia 
 
A terapia gênica ou geneterapia consiste em introduzir 
genes normais em pessoas que tenham o alelo que causa uma 
doença. As pesquisas nessa área ainda estão mais dirigidas para 
doenças da medula óssea vermelha e do sangue, como a 
imunodeficiência humana causada pela deficiência de uma enzima 
em células sanguíneas e doenças que causam anemia grave (a 
talassemia e a anemia falciforme, por exemplo). Outras doenças 
que estão na mira da terapia gênica são a hemofilia A (pela falta 
de fator VIII), a fenilcetonúria, a hipercolesterolemia primária e a 
distrofia muscular. 
Os genes envolvidos em algumas dessas doenças 
expressam-se em células da medula óssea vermelha. Coletam-se 
amostras da medula de pessoas afetadas por essas doenças e 
cultivam as células em laboratório. Nessas células que estão em 
meios de cultura, introduzem-se os alelos normais adicionando-se 
vírus clonados ou plasmídeos clonados. Essas células passam a 
produzir as proteínas que dão o fenótipo normal. Por ação da 
radiação, destroem-se as células da medula óssea do paciente e 
introduzem-se as células do meio de cultura com o gene normal. 
Com isso, o indivíduo não manifesta a doenças, enquanto essas 
células durarem. 
As principais maneiras de introduzir genes em humanos 
nos casos de terapia gênica tem sido: 
 
- Técnica ex vivo: consiste em usar um vetor como um vírus 
modificado que contenha o alelo normal. A seguir colhem-se 
glóbulos brancos (leucócitos) do sangue da pessoa afetada e 
permite-se que os vírus alterados infectem essas células em meio 
de cultura. Os vírus introduzem nos leucócitos o alelo normal e, 
assim modificados, os leucócitos são mantidos em meios propícios 
para a sua multiplicação. Depois são reintroduzidos no paciente, 
num processo semelhante a uma transfusão de sangue. 
- Técnica in vivo: consiste na clonagem do alelo normal e de seu 
preparo para introdução no paciente por meio de injeção na veia 
ou intramuscular. Com isso, o alelo normal incorpora-se às células 
do paciente e dentro delas passa a comandar a síntese da 
proteína normal. 
 
Na medida em que mais genes ligados a doenças iam 
sendo descobertos, os cientistas começaram a estudar a 
viabilidade de substituir os genes danificados ou enxertar os 
inexistentes. 
 
 
 
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Um grupo de cientistas do National Institute of Health 
(NIH), dos Estados Unidos, se concentrou numa grave disfunção 
imunológica conhecida como deficiência ADA, na qual as crianças 
afetadas não tem o gene da enzima adenosina desaminase. Sem 
ele, as toxinas se acumulam, envenenando as células sanguíneas, 
"Basicamente, essas crianças suicidam seus sistemas 
imunológicos", explica Blaese. Elas são obrigadas a viver num 
ambiente de isolamento completo para garantir a assepsia. Este é 
o caso de David, conhecido como o "menino da bolha", que 
morreu em 1984. 
David não viveu o bastante para se beneficiar de uma 
terapia genética, mas o enfoque dado à deficiência ADA foi 
inspirada em casos como o dele. A equipe do NIH aproveitou um 
microorganismo conhecido como retrovírus, que não apenas tem a 
capacidade infectar células humanas, como a também a de inserir 
seu volume de informações genéticas na própria "biblioteca" de 
DNA da célula. Usando o vírus como uma espécie de "bíblia de 
contrabandista", os cientistas apagaram parte de seu texto 
genético e inseriram o gene da ADA, a enzima que faltava. A 
seguir, colheram glóbulos brancos do sangue de uma menina com 
a doença e permitiram que os vírus alterados infectassem as 
células, levando com eles o gene ausente. As células 
contaminadas multiplicaram-se para cerca de um bilhão e foram 
reintroduzidas na paciente, num processo semelhante ao de uma 
transfusão de sangue. 
O experimento culminou no dia 14 de setembro de 1990. A 
paciente, uma menina de 4 anos chamada de Ashanti De Silva , 
sofria de infecções seguidas e era tratada com antibióticos com 
frequência. "Seu sistema imunológico funcionava muito mal", 
conta Blaese. As células alteradas foram injetadas na criança. 
Quase quatro horas depois, seu sistema imunológico funcionava 
normalmente. "Um ano após a terapia, os pais de Ashanti se 
convenceram de seu progresso e a matricularam num jardim de 
infância público", conta Blaese. "Hoje, ela já está no 1° Grau e 
muito bem de saúde". 
Graças aos sucessos iniciais, a terapia gênica tornou-se 
uma das áreas mais "quentes" das pesquisas médicas na década 
de 90. No início de 1994, havia quase 70 abordagens 
experimentais distintas em andamento ou já aprovadas. 
 
National Geographic Society, A aventura do conhecimento. O Estado de São Paulo. 
 
É verdade que alguns dos genes transferidos para células 
humanas, desde 1990, estão produzindo proteínas úteis até hoje, 
o que é um resultado muito positivo. Apesar disso, nenhum dos 
testes trouxe a cura definitiva para os mais de 2 mil pacientes 
tratados. E, ainda mais importante, muitas experiências 
fracassaram, e continuam fracassando, sem que os pesquisadores 
tenham uma ideia muito clara sobre o motivo da falha. Os vírus 
usados como agentes de inoculação dos genes não estão muito 
bem "domesticados" ainda, podendo introduzir genes em locais 
errados do cromossomo, levando inclusive à ativação de genes 
causadores de câncer. Ou então o organismo do paciente tratado 
pode desenvolver uma resposta inflamatória a este vírus, o que 
em alguns casos se mostrou fatal. 
Os estudos de terapia gênica estão até o momento 
restritos a células somáticas, mas pretende-se, em um futuro 
próximo, atuar sobre as células que formam os gametas de modo 
que o embrião não apresente mais o gene para aanomalia. 
Exercícios 
 
Questões estilo múltipla escolha 
 
1. (ENEM) 
Estudos mostram que através de terapia gênica é possível alterar 
a composição e aumentar a resistência dos músculos. Nos 
músculos normais, quando há necessidade de reparos, as células-
satélite são atraídas por sinais químicos emitidos pela lesão, se 
reproduzem e se fundem às fibras musculares, aumentando, 
assim, o seu volume. O mecanismo é regulado pela miostatina, 
uma proteína que “ordena” que as células-satélite parem de se 
reproduzir. 
Scientific American Brasil. N° 27, ago. 2004 
Uma técnica de terapia gênica consistindo na injeção de um gene 
que codifica uma proteína capaz de bloquear a ação da miostatina 
na fibra muscular provocaria 
A) maior proliferação de células-satélite e de fibras musculares. 
B) menor produção de células-satélite e de fibras musculares. 
C) menor produção de miofibrilas e de fibras musculares 
atrofiadas. 
D) maior produção de células-satélite e diminuição do volume de 
fibras musculares. 
E) maior proliferação de células-satélite e aumento do volume de 
fibras musculares. 
 
2. (ENEM) 
Um instituto de pesquisa norte-americano divulgou recentemente 
ter criado uma “célula sintética”, uma bactéria chamada de 
Mycoplasma mycoides. Os pesquisadores montaram uma 
sequência de nucleotídeos, que formam o único cromossomo 
dessa bactéria, o qual foi introduzido em outra espécie de bactéria, 
a Mycoplasma capricolum. Após a introdução, o cromossomo da 
M. capricolum foi neutralizado e o cromossomo artificial da M. 
mycoides começou a gerenciar a célula, produzindo suas 
proteínas. 
GILBSON et al. Creation of a Bacterial Cell Controlled by a Chemically synthesized Genome. 
Science v. 329, 2010 (adaptado). 
A importância dessa inovação tecnológica para a comunidade 
científica se deve à 
A) possibilidade de sequenciar os genomas de bactérias para 
serem usados como receptoras de cromossomos artificiais 
B) capacidade de criação, pela ciência, de novas formas de vida, 
utilizando substâncias como carboidratos e lipídios. 
C) possibilidade de produção em massa da bactéria Mycoplasma 
capricolum para sua distribuição em ambientes naturais. 
D) possibilidade de programar geneticamente microrganismos ou 
seres mais complexos para produzir medicamentos, vacinas e 
combustíveis. 
E) capacidade da bactéria Mycoplasma capricolum de expressar 
suas proteínas na bactéria sintética e estas serem usadas na 
indústria. 
 
3. (ENEM) 
A Embrapa possui uma linhagem de soja transgênica resistente ao 
herbicida IMAZAPIR. A planta está passando por testes de 
segurança nutricional e ambiental, processo que exige cerca de 
três anos. Uma linhagem de soja transgênica requer a produção 
 
 
 
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inicial de 200 plantas resistentes ao herbicida e destas são 
selecionadas as dez mais “estáveis”, com maior capacidade de 
gerar descendentes também resistentes. Esses descendentes são 
submetidos a doses de herbicida três vezes superiores às 
aplicadas nas lavouras convencionais. Em seguida, as cinco 
melhores são separadas e apenas uma delas é levada a testes de 
segurança. Os riscos ambientais da soja transgênica são 
pequenos, já que ela não tem possibilidade de cruzamento com 
outras plantas e o perigo de polinização cruzada com outro tipo de 
soja é de apenas 1%. 
A soja transgênica, segundo o texto, apresenta baixo risco 
ambiental porque 
A) a resistência ao herbicida não é estável e assim não passa para 
as plantas-filhas. 
B) as doses de herbicida aplicadas nas plantas são 3 vezes 
superiores às usuais. 
C) a capacidade da linhagem de cruzar com espécies selvagens é 
inexistente. 
D) a linhagem passou por testes nutricionais e após três anos foi 
aprovada. 
E) a linhagem obtida foi testada rigorosamente em relação a sua 
segurança. 
 
4. (UNIFOR) A Universidade de Illinois, nos EUA, já desenvolveu 
um porco transgênico, com melhores índices de fertilidade e 
produção de hemoglobina humana e de órgãos para transplante 
em humanos. Para que isso tenha se tornado possível, as células 
desses animais receberam: 
A) Os anticódons que determinam a sequência de aminoácidos 
nessa proteína. 
B) O RNA ribossômico que carrega os aminoácidos usados na 
síntese de hemoglobina. 
C) O RNA mensageiro que carrega os aminoácidos usados na 
síntese de hemoglobina. 
D) O fragmento de DNA, cuja sequência de nucleotídeos 
determina a sequência de aminoácidos da hemoglobina. 
E) As enzimas de restrição que codificam a hemoglobina. 
 
5. (FMJ) Que tipo de vetor usado nos estudos de terapia gênica se 
integra ao genoma hospedeiro? 
A) Vetores retrovirais. 
B) Lipossomos catiônicos. 
C) Vetores adenovirais. 
D) Cromossomos artificiais humanos. 
E) Complexos adenovírus-polilisina-DNA. 
 
6. (FMJ) 
Alba é uma doce coelhinha branca, nasceu na França, em abril, e 
vive num centro de pesquisas em Jouy-em-Josas, Avignon. 
Branca? Não exatamente. Jogue-se uma luz azul sobre ela que 
ela fica verde. E fluorescente. A coelhinha é transgênica. Foi 
geneticamente modificada pela equipe do biólogo francês Louis-
Marie Houbedine sob encomenda, recebendo um trecho de código 
genético de medusa que produz esse efeito. Por trás da 
encomenda está um professor da Escola do Art Institute of 
Chicago, EUA, o brasileiro Eduardo Kac. Com Alba, Kac quer 
levantar questões e incentivar o debate. Que é diferença? Que é 
linguagem? A obra de arte, para ele, não é a coelhinha, mas a 
relação de sua família com ela. O nome, aliás, foi escolhido em 
conjunto com Ruth, sua mulher, e Miriam, sua filha. Excêntrico? 
Talvez. Polêmico com certeza. Alba foi proibida de deixar o centro 
de pesquisas. Alega-se que Kac não teria condições de criá-la. 
Kac, 38, é professor de Chicago, carioca, formado em 
comunicação pela PUC-Rio e cria do Instituto de Artes Visuais do 
Parque Lage – centro onde nasceu a Geração 80. 
http://www.ekac.org/doria.html - acessado em 02/10/04 
Para a produção de Alba, foi necessário inserir o gene de medusa 
A) nos gametas de Alba. 
B) em todas as células de Alba. 
C) nas células do pelo de Alba. 
D) no zigoto que originou Alba. 
E) Em cada célula da epiderme de Alba. 
 
7. (UNICHRISTUS) 
Em primeiro lugar, devemos dizer que o conjunto de técnicas que 
possibilitam a transgenicidade são chamadas de engenharia 
genética. A engenharia fundamenta-se na física de Newton e, 
como tal, suas técnicas têm precisão e previsibilidade de leis 
universais, o que não é o caso das técnicas de transplante e 
inserção de genes. Mas, para inspirar respeito e segurança no 
mercado, elas recebem a denominação errônea de engenharia 
genética. A qualidade nutricional dos alimentos da engenharia 
genética pode ser diminuída e sua absorção ou metabolismo no 
homem podem ser modificados. Novas proteínas que causam 
reações alérgicas podem entrar nos alimentos. As pessoas 
normalmente sabem quais os produtos que as afetam. Entretanto, 
com a transferência dos alergênicos de um produto para o outro, 
perde-se a identificação, e a pessoa só vai descobrir o que lhe fez 
mal após a ingestão do alimento perigoso. Cientistas usam genes 
antibiótico-resistentes para selecionar e marcar os organismos 
modificados. Tais genes podem diminuir a efetividade de alguns 
antibióticos em seres humanos e nos animais. (...) O debate mal 
começou, mas as empresas do setor já estão gastando bilhões de 
dólares em tecnologia e recursos humanos, em uma corrida para 
renovar a produção de milho, soja e outros produtos, inclusive 
farmacêuticos. 
Revista do CREA-RJ, 2000. 
Baseando-se no texto e no que se refere ao risco à biodiversidade, 
representado pelos transgênicos, o evento mais significativo é 
A) esterilidade do híbrido. 
B) fluxo gênico com variedades nativas. 
C) disseminação descontrolada dos genes antibiótico-resistentes. 
D) autofecundação, provocada pelo isolamento reprodutivo. 
E) surgimento de inúmeros novos alergênicos. 
 
8. (UNICHRISTUS) 
Geneticistasdo mundo inteiro estudam uma maneira de combater 
o doping genético. Nas Olimpíadas de Atenas, um triste recorde foi 
batido, sete medalhas foram cassadas e vinte e quatro atletas 
punidos. O resultado poderia até ser pior se as tecnologias 
existentes conseguissem detectar esse tipo de doping. Essa 
técnica é fruto do desenvolvimento da engenharia genética e 
através dela, é possível estimular o gene da distrofia muscular, 
que controla o mecanismo de regeneração e crescimento das 
células musculares. 
Arquivo Jornal Saúde: 
http://www.saudeemmovimento.com.br/reportagem/noticia_exibe.asp?cod_noticia=170. (Com 
adaptações). 
De acordo com o assunto exposto no texto, depreende-se que 
http://www.ekac.org/doria.html%20-%20acessado%20em%2002/10/04
 
 
 
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A) o doping genético ajuda a fornecer vantagens naturais ao 
atleta, o que seria bem semelhante a uma terapia gênica. 
B) a técnica consiste na inoculação direta do gene específico no 
organismo, o que permite uma intensa síntese proteica gerando 
um desenvolvimento muscular intenso, porém o doping seria 
facilmente detectado caso fosse realizado um exame de urina ou 
de sangue. 
C) o doping genético corresponde ao uso de uma técnica de 
terapia genética para aumentar artificialmente parâmetros 
fisiológicos, como a massa muscular de um indivíduo. 
D) doping genético é o uso terapêutico de células, genes e 
elementos gênicos, ou a modulação da expressão gênica, que 
tenham a capacidade de aumentar o desempenho esportivo. 
E) possíveis métodos de detecção do doping genético seriam: 
detecção de anticorpos dirigidos contra o vírus inserido, cuja 
possibilidade de aplicação é muito alta, uma vez que o atleta 
poderia estar infectado com um vírus da gripe, por exemplo. 
 
9. (UECE) Com relação aos produtos transgênicos, é correto 
afirmar que: 
A) São organismos que possuem parte de sua informação 
genética proveniente de outro ser vivo. 
B) Encontram-se representados por seres vivos que durante o 
processo de alimentação incorporam material genético dos 
organismos ingeridos. 
C) São produtos indicados para pessoas com excesso de peso, 
pois apresentam número reduzido de calorias. 
D) Devem ser evitados uma vez que, por apresentarem 
composição química modificada, não são produtos 
biodegradáveis. 
 
10. (FACID) Após localizar um gene envolvido na expressão de 
uma doença genética, é possível estudar sua sequência de DNA e 
seu produto proteico. Essa técnica pode ainda envolver quatro 
procedimentos: 
I. substituição de um gene não funcional por uma cópia funcional; 
II. deleção de um gene não funcional; 
III. introdução de uma cópia gênica normal sem modificação do 
gene original; 
IV. adição de um gene ausente no genoma. 
Esse conjunto de procedimentos caracteriza uma técnica 
biotecnológica conhecida como: 
A) Clonagem terapêutica. 
B) Eletroforese gênica. 
C) Reação Polimerase em Cadeia (PCR). 
D) Terapia gênica. 
E) Endogamia de genes defeituosos. 
 
11. (UNP) A terapia gênica tem se mostrado, atualmente, como 
uma alternativa promissora para o tratamento de algumas doenças 
genéticas. No tratamento, são utilizados alguns tipos de retrovírus, 
sem poder de desenvolver uma morbidade, que transportam para 
o interior das células doentes um “gene remédio” que irá substituir 
o segmento de DNA alterado, causador da moléstia, por um novo 
gene normal. Em virtude do seu papel nesse processo, esses 
vírus podem ser denominados 
A) Mutantes. B) Líticos. C) Vetores. D) Lisogênicos. 
 
12. (UNINASSAU) 
COM RECEIO DE CÂNCER, ANGELINA JOLIE FAZ CIRURGIA 
PARA RETIRAR OS SEIOS 
 
A atriz Angelina Jolie declarou que passou por uma dupla 
mastectomia preventiva, uma cirurgia para retirada dos seios. A 
revelação foi feita em um artigo chamado "My Medical Choice", 
publicado no jornal americano “The New York Times” nesta terça-
feira (14). "Minha mãe lutou contra o câncer por quase uma 
década e morreu aos 56", diz a atriz no começo do texto. "Ela 
viveu o suficiente para conhecer seus primeiros netos e segurá-los 
nos braços. Mas minhas outras crianças nunca terão a chance de 
conhecê-la e sentir quão amável e graciosa ela era", afirma. 
Angelina, de 37 anos, diz que descobriu ter um "defeito" no gene 
chamado BRCA1. Os médicos disseram que ela tinha 87% de 
chances de desenvolver um câncer de mama, e 50% de ter um 
câncer no ovário. 
http://g1.globo.com/pop-arte/cinema/noticia/2013/05/comreceio-de-cancer-angelina-jolie-retira-
os-seios.html 
Dramas como esse, vivido por Angelina Jolie, podem estar com os 
dias contados. Novas técnicas de engenharia genética estão 
sendo testadas para corrigir o funcionamento de genes 
defeituosos, podendo salvar inúmeras vidas. Identifique a 
alternativa a seguir que descreve corretamente a ideia da terapia 
gênica: 
A) Selecionar um gene bacteriano que apresente a informação de 
cura da doença, cortá-lo com uma enzima de restrição e colá-lo na 
célula defeituosa. 
B) Retirar o núcleo da célula defeituosa e substituí-lo por um 
núcleo de uma célula somática normal. 
C) Usar radiação infravermelha para causar mutações pontuais 
que levem a alteração do gene defeituoso e, consequentemente, 
sua inativação. 
D) Substituir ou adicionar às células de uma pessoa doente uma 
cópia correta do alelo alterado, causador da doença genética. 
E) Utilizar enzimas de restrição para alterar a sequência do gene 
defeituoso fazendo com que ele venha a se transformar no seu 
alelo normal. 
 
13. (CESUPA) 
NÍQUEL NÁUSEA

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