Prévia do material em texto
408 VestCursos – Especialista em Preparação para Vestibulares de Alta Concorrência CURSO ANUAL DE GEOGRAFIA – (Prof. Italo Trigueiro) e) I é medida fortemente condenada pela OMC e II tem caráter paliativo para balanças comerciais deficitárias Questão 04 A análise do mapa e os conhecimentos sobre a OMC, organização internacional que dispõe, atualmente, de mais de 150 países membros, envolvidos com as questões de comércio internacional, permitem afirmar: a) O principal objetivo da organização é normatizar e ampliar o comércio internacional. b) A organização tem sua sede localizada na Itália, em Roma, e foi criada para substituir o Pacto de Varsóvia, após a Segunda Guerra Mundial. c) A OMC agrega todos os países da África, da Europa e da América, com exceção do Caribe. d) A atuação da Instituição é pautada em acordos bilaterais entre os blocos regionais, o que favorece o protecionismo e aumenta as restrições. e) A OMC realiza conferências mundiais a cada cinco anos e conseguiu eliminar o protecionismo no comércio internacional. Questão 05 Entre os temas mais polêmicos das reuniões da Organização Mundial do Comércio (OMC), estão as reivindicações dos países subdesenvolvidos, que pedem a redução de subsídios para a produção agrícola e o fim da proteção dos mercados internos nos países desenvolvidos. Tais países aplicam elevadas tarifas de importação de produtos agrícolas prejudicando as exportações do mundo subdesenvolvido. Sobre esse assunto, é CORRETO afirmar: a) as barreiras zoossanitárias e fitossanitárias eliminam a necessidade das elevadas tarifas sobre produtos importados, diminuindo assim o custo dos gêneros alimentícios. b) as barreiras zoossanitárias e fitossanitárias consideradas não tarifárias são necessárias aos países subdesenvolvidos e pobres, já que são obrigados a importar grande volume de produtos agrícolas. c) o dumping, comercialização de uma mercadoria com preço muito baixo para eliminar a concorrência, é uma forma de defesa dos países subdesenvolvidos contra a importação. d) os países ricos, para reduzirem ainda mais a importação de produtos agrícolas, utilizam também as barreiras zoo e fitossanitárias, já que protegem a saúde humana de risco de contaminação. Questão 06 Uma das maiores preocupações da OMC (Organização Mundial do Comércio) é combater o chamado protecionismo, que se caracteriza por uma série de medidas postas em práticas por diversos países. Sobre essa postura protecionista são feitas as seguintes afirmativas: I. Uma característica protecionista é a garantia de preços mínimos para cada safra e prioridade para a compra da produção interna. II. Taxação mais elevada sobre os produtos importados. III. Busca de acordos internacionais para aumentar as exportações, especialmente junto aos mercados de maior potencialidade. Assinale: a) Se apenas a afirmativa I for correta. b) Se apenas a afirmativa II for correta. c) Se apenas a afirmativa III for correta. d) Se as afirmativas I e II forem corretas. e) Se as afirmativas II e III forem corretas. Questão 07 A Organização Mundial do Comércio (OMC) estabelece normas para o comércio mundial e decide sobre eventuais divergências comerciais entre países. O Brasil está tentando com a O M C: a) a sua interferência para a paulatina substituição do óleo diesel pelo biocombustível. b) a possibilidade de sobretaxar os calçados chineses. c) a redução das taxas alfandegárias de seus produtos pela União Europeia. d) a eliminação de subsídios agrícolas pelos Estados Unidos e União Europeia. e) a eliminação das taxas alfandegárias pelos países ricos. Questão 08 Um dos principais assuntos debatidos dentro da OMC refere-se à política protecionista e de subsídios praticados principalmente pelos países desenvolvidos. Quando um país se sente prejudicado no comércio internacional, tem o direito de apresentar à OMC pedidos de sanções contra o país que está infringindo as regras comerciais. Indique a ação que NÃO poderá ser adotada pela OMC, caso não haja acordo entre as partes envolvidas: a) Restrições às exportações e importações. b) Sanções econômicas. c) Retaliação comercial. d) Medidas compensatórias. e) Intervenção militar. Questão 09 O comércio internacional, após o fim da Guerra Fria, foi marcado por importantes mudanças. Assim sendo, é INCORRETO afirmar que, entre essas mudanças, se inclui o fato de que a) a nova configuração do mercado internacional, resultante do crescente antagonismo entre países pobres e ricos, ou seja, entre Sul e Norte, provocou redirecionamento dos fluxos de troca. b) a Organização Mundial do Comércio (OMC), visando a ampliar a redução de tarifas alfandegárias e a dar à instituição maior poder de controle sobre o comércio internacional, substituiu o Acordo Geral de Tarifas e Comércio (GATT). c) o comércio apresentou grande crescimento em algumas áreas continentais, chegando a superar, em certos casos, as trocas realizadas com países situados a distâncias maiores. d) o comércio internacional adotou regras que facilitam as trocas, mas, por outro lado, conservou, ainda, artifícios que restringem as vantagens dos países menos desenvolvidos. Aula 17 – Centros de Poder Econômico e Político I 409 VestCursos – Especialista em Preparação para Vestibulares de Alta Concorrência Questão 10 A partir dos anos 80, o mundo assistiu a grandes mudanças, emergindo daí uma "nova ordem mundial", abaixo caracterizada. Assinale a(s) proposição(ões) que estiver(em) DE ACORDO com essa "nova ordem". 01. Formação de blocos econômicos supranacionais, como a União Europeia e o Acordo de Livre Comércio da América do Norte. 02. Manutenção do bloco soviético e continuidade da Guerra Fria baseada na bipolaridade. 04. Expansão das multinacionais como agentes dessa nova fase da evolução capitalista. 08. Capacitação econômica como medida de poder no mundo multipolar. 16. Expressivo avanço técnico-científico e mais atenção à qualificação profissional. Somatório: ____ Questão 11 Nascida nos anos 50, essa Associação Internacional foi pioneira no mundo com tendência a agregar todo o Continente, servindo de modelo para outros blocos de países. Tratamos do bloco regional: a) Acordo de Livre Comércio da América do Norte - NAFTA b) Mercado Comum do Sul - MERCOSUL c) Associação de Cooperação Econômica da Ásia e do Pacífico - APEC d) União Europeia – UE Questão 12 Assinale a opção que preenche corretamente os espaços vazios do texto abaixo: “A formação de _________ significa uma regionalização do ________ mundial. Concomitantemente, acaba sendo uma maneira de incrementar a _______________ em escala global, já que existe a tendência de os blocos fazerem ___________ de comércio entre si. Assim, pertencer a um bloco significa para um país ter __________ ao mercado consumidor de um bloco aliado.” a) países; domínio; independência; restrições; bloqueio; b) blocos; espaço; interdependência; alianças; acesso; c) territórios; contexto; divulgação; guerras; contenção; d) áreas; mercado; proibição; proibição; indicação; e) critérios; traçado; paisagem; lutas; danos. Questão 13 As alternativas a seguir se referem aos aspectos do processo de integração nas diferentes fases de formação de um bloco econômico. Analise-as. ( ) A Zona de Livre Comércio corresponde à fase em que as tarifas alfandegárias são reduzidas ou mesmo eliminadas e as mercadorias produzidas no âmbito dos países que compõem esta Zona, circulam livremente de um país para outro e para o exterior.. ( ) Na fase da União Aduaneira, além das mercadorias produzidas no âmbito do bloco circularem livremente de um país para outro, é estabelecida uma tarifa externa comum (TEC), para o comércio com os países que não formam o bloco. Esta fase é caracterizada, também, pela livre circulação de pessoas. ( ) No Mercado Comum, além do livre comércio de mercadorias entre os países membrosdo bloco e da existência de uma TEC para o comércio com países de fora do bloco, ocorre a existência no bloco, da livre circulação de pessoas, de serviços e de capitais. ( ) Na fase da União Monetária, o bloco tem características da fase de Mercado Comum, somando-se a estas, uma unificação institucional do controle do fluxo monetário e é estabelecida uma moeda única. ( ) A União Política representa a fase em que o bloco além de apresentar definições legais da União Monetária, tem unificada, as políticas de relações internacionais, defesa, segurança interna e externa. Questão 14 Os conflitos mundiais da atualidade ocorrem, também, em função do domínio dos fluxos do comércio internacional, onde o intercâmbio entre países do capitalismo central e periférico são extremamente desiguais. Tomando por base o texto é INCORRETO afirmar que: a) A formação dos blocos econômicos mundiais não proporcionou um crescimento equitativo para todos os países membros. b) A divisão internacional do trabalho influencia no intercâmbio do comércio mundial. c) Os países do capitalismo central estabelecem trocas desiguais com o mundo periférico, principalmente, pelo domínio científico- tecnológico. d) Os centros de poder, que compõem a nova ordem mundial, possuem um ator hegemônico, qual seja: os Estados Unidos, que controlam e comandam todos os demais países, evidenciando a monopolaridade da nova ordem mundial. Questão 15 A nova divisão internacional do trabalho, em conjunto com a nova economia política, trouxe importantes mudanças para o sistema interestatal, que se configura como a forma política do sistema mundial moderno. Sobre esse assunto, é correto afirmar que: a) se acentuou consideravelmente a tendência para os acordos políticos interestatais, como, por exemplo, a União Europeia e o Mercosul. b) os Estados periféricos e semiperiféricos passaram a exercer um controle absoluto sobre a soberania efetiva dos Estados hegemônicos. c) se reduziu, aceleradamente, a privatização das indústrias e dos serviços. d) os novos sistemas de produção flexível foram substituídos pelo sistema de produção fordista. e) aumentou o modelo de estatização dos serviços de bem-estar social e diminuiu a expansão do terceiro setor. EXERCÍCIOS DISCURSIVOS RESOLVIDOS Questão 01 O aumento do número de acordos de integração regional foi um dos principais eventos nas relações internacionais nas últimas décadas. Praticamente todos os países são membros de algum bloco e muitos participam de mais de um. a) Apresente duas vantagens da criação de blocos econômicos para os países integrantes. 410 VestCursos – Especialista em Preparação para Vestibulares de Alta Concorrência CURSO ANUAL DE GEOGRAFIA – (Prof. Italo Trigueiro) b) Apresente uma característica que diferencia a União Europeia de outros acordos de integração regional. Respostas: a) Entre as vantagens da criação de blocos econômicos para os países integrantes estão: a expansão das trocas comerciais entre os países integrantes; a redução ou isenção de taxas alfandegárias para determinados produtos; o estímulo à estruturação de cadeias produtivas intra-blocos; a transferência de tecnologia; a criação de um fórum de discussões entre países membros para tratar de assuntos não apenas econômicos; o fortalecimento dos países membros em negociações internacionais extra-bloco. b) A principal característica diferenciadora da União Europeia é a criação de uma unidade política supranacional materializada na criação do Parlamento Europeu e do estatuto de cidadão europeu. CURSO ANUAL DE GEOGRAFIA II Prof. Italo Trigueiro VestCursos – Especialista em Preparação para Vestibulares de Alta Concorrência A ORGANIZAÇÃO DO PODER ECONÔMICO E POLÍTCO MUNDIAL: OS PRINCIPAIS ORGANISMOS INTERNACIONAIS, OS BLOCOS ECONÔMICOS REGIONAIS, OR GRANDES GRUPOS ECONÔMICOS INTERNACIONAIS E AS ORGANIZAÇÕES NÃO-GOVERNAMENTAIS II Desde 1° de janeiro de 1999, a UEM reúne todos os países que cumpriram um determinado número de critérios econômicos destinados a garantir a sua boa gestão financeira e a assegurar a estabilidade futura da moeda única: o euro. Última etapa lógica da realização do mercado interno, a introdução da moeda única, pelas repercussões pessoais que traz para cada cidadão e pelas consequências econômicas e sociais de que se reveste, tem um alcance eminentemente político. Pode-se mesmo considerar que o euro será futuramente o símbolo mais concreto da União Europeia junto com o cidadão europeu. Apesar de a consolidação desse novo eixo econômico ter propiciado efeitos positivos sobre as economias nacionais europeias, ainda há muitos obstáculos para a unificação efetiva da Europa. Diferenças econômicas, oposição de alguns setores em diversos países, divergências, Estados divididos por guerras e conflitos seculares impedem a formação de um verdadeiro Estado supranacional. A Croácia foi o último membro e ingressar na União Europeia, compondo um quadro de 28 países-membros. A UNIÃO EUROPEIA DOS 28 Fonte: Parlamento Europeu e El Mundo. BREXIT - O FIM DO CASAMENTO ENTRE REINO UNIDO E UNIÃO EUROPEIA A União Europeia é uma união econômica e política de 28 países. Suas origens remontam à Comunidade Econômica Europeia (CEE), criada em 1957 por seis países que assinaram o Tratado de Roma. O Reino Unido aderiu à CEE em 1973 e, dois anos depois, após renegociar suas condições, realizou um BLOCOS ECONÔMICOS, 60 ANOS DE UNIÃO EUROPEIA, BREXIT E TRATADO TRANSPACÍFICO MUNDO – BLOCOS ECONÔMICOS Fonte: ÍSOLA, Leda; CALDINI, Vera. Atlas geográfico Saraiva. São Paulo: Saraiva, 2014.p.183. 412 VestCursos – Especialista em Preparação para Vestibulares de Alta Concorrência CURSO ANUAL DE GEOGRAFIA – (Prof. Italo Trigueiro) referendo sobre a sua permanência. A integração foi aprovada por 67% dos eleitores. Numa época em que o Reino Unido sofria com o declínio industrial, inflação e distúrbios decorrentes de greves trabalhistas, o então premiê Harold Wilson conseguiu vender o projeto europeu como benéfico para a economia do país. No início de 1960, no entanto, a situação mudou: o crescimento econômico britânico estava abaixo do registrado por seus vizinhos franceses e alemães e o mercado comum se tornou mais atrativo. Mas a adesão do Reino Unido não foi fácil. Sua primeira candidatura, em 1961, se deparou com o veto do presidente francês Charles de Gaulle, que via nos britânicos um Cavalo de Troia americano e questionava seu espírito europeu. Depois de outro veto de De Gaulle, em 1967, o Reino Unido finalmente entrou na Comunidade Econômica Europeia em 1973. No entanto, a entrada coincidiu com o impacto da primeira crise do petróleo, e o impulso econômico esperado não ocorreu. Em 1975, apenas dois anos depois de sua entrada, os britânicos celebraram o primeiro referendo sobre a Comunidade Econômica Europeia, no qual a permanência se impôs com apoio de 67%. Este resultado não acabou com as reticências. A primeira crise não demorou a aparecer. Em 1979, Londres se negou a participar do sistema monetário europeu em nome da soberania nacional e monetária. E também se opôs a qualquer iniciativa para fortalecer a integração política, reforçando a impressão de que o Reino Unido tinha um pé dentro e um pé fora do bloco. Em 1985, também se negou a participar de Schengen - que definia o desaparecimento dos controles fronteiriços - e, em 1993, não quis entrar na zona do euro. UMA RELAÇÃO TURBULENTA ENTRE REINO UNIDO E UNIÃO EUROPEIA Apesar de integrar desde 1993 o mercado único e a livre circulação de bense pessoas, o Reino Unido optou por não adotar o euro, mantendo sua própria moeda, a libra esterlina. Há anos, o país mantém com a UE uma relação complexa, permeada por temas como centralização versus controle nacional. O tema econômico também sempre foi central nessa relação. Um dos argumentos pela separação, aliás, é o de que a economia britânica de hoje é muito mais criativa e dinâmica que a dos anos 1970 e que estas duas características são prejudicadas pela burocracia de Bruxelas. No início de 2016, o ex-premiê David Cameron renegociou "condições especiais" para o Reino Unido dentro da união. Entre outros privilégios, o país recebeu garantias de que não será discriminado por não integrar a zona do euro, obteve proteções para a City londrina - o mercado financeiro mais importante da Europa - frente a regulações financeiras do bloco, e ganhou o direito de limitar os benefícios que imigrantes europeus podem pedir no país. David Cameron sustentava que as novas condições permitirão ao Reino Unido ficar na União Europeia dentro dos seus próprios termos. Mas os críticos afirmam que as condições ficaram aquém das expectativas, e que só a saída total da União Europeia permitirá aos britânicos ditar suas próprias regras. NAFTA E GOVERNO TRUMP Fonte: http://europa.eu. Criado em 1992, EUA, Canadá e México deram os primeiros passos rumo à formação de uma economia supranacional, com a criação do Nafta em 1994. Juntos, formam um mercado de aproximadamente 440 milhões de habitantes e respondem por um PIB de aproximadamente 18,4 trilhões de US$, em 2014. O acordo prevê a criação de uma zona de livre comércio, na qual a abolição total das tarifas aduaneiras (de importação) devia ter sido colocada em prática em 2015, evento prorrogado, e que em tempos de Donald Trump, poderá inclusive deixar de existir. Entretanto, uma grande quantidade de produtos já circula livremente entre os três países, sem nenhuma taxação. Como não existe a perspectiva de Aula 18 – Centros de Poder Econômico e Político II 413 VestCursos – Especialista em Preparação para Vestibulares de Alta Concorrência formação de um mercado único nos moldes da União Europeia, a grande diferença socioeconômica entre o México e os outros dois países do Nafta trouxe vários problemas para a sociedade e a economia mexicanas, e também para trabalhadores norte- americanos e canadenses. A questão da disparidade em termos socioeconômicos na UE foi resolvida gradativamente, à medida que foram direcionados investimentos das economias mais vigorosas da UE (Alemanha, França e Reino Unido) para os países menos desenvolvidos do bloco. Isso não ocorrerá com o Nafta em relação ao México. No Nafta, vigora apenas o objetivo da livre circulação de mercadorias, e desde a sua implantação, muitas empresas dos EUA instalaram- se no México, atraídas pela mão-de-obra bem mais barata e pela legislação trabalhista mais flexível. Em razão disso, no setor industrial norte-americano, milhares de postos de trabalho foram fechados. Apesar de ter ocorrido uma ampliação das exportações mexicanas, a dependência da economia mexicana em relação à dos Estados Unidos é muito grande – cerca de 85% das exportações do México vão para os Estados Unidos e 68% das importações são provenientes desse país. O Nafta não trouxe avanços tecnológicos significativos para o México, pois muitas das novas indústrias que se instalaram são apenas montadoras, chamadas de maquiladoras. Na agricultura mexicana, os impactos sociais foram sensivelmente negativos, os cultivadores de trigo, batata e arroz, passaram a sofrer a forte concorrência dos norte-americanos, tecnologicamente mais bem preparados e fortemente amparados pelos subsídios do governo norte-americano. É inegável que a economia mexicana cresceu em pouco mais de uma década de livre comércio. O PIB mexicano cresceu bastante com os investimentos norte-americanos no país, porém, a economia mexicana torna-se cada vez mais dependentes das grandes empresas norte-americanas. NAFTA – PRIMÓRDIOS DO LIVRE-COMÉRCIO “O primeiro passo em direção ao regionalismo norte- americano foi o Acordo de Livre Comércio (Free Trade Agreement, ou FTA) entre os EUA e Canadá, em 1988. No período pós-guerra, poderosas forças de mercado haviam transformado as economias americana e canadense, intensificando seus vínculos recíprocos. O comércio e os investimentos transfronteiriços intensificados tornaram-se particularmente importantes para a economia canadense. O FTA surgiu da resultante reorientação da tendência histórica da política econômica canadense e de sua posição política em relação ao grande vizinho do sul. A partir do século XIX, o Canadá adotara uma “Política Nacional” cuja finalidade explícita era construir uma base industrial e uma economia nacional independentes por trás de altas barreiras tarifárias, política que não levou aos resultados esperados. Pelo contrário, as tarifas canadenses estimularam as empresas americanas a investir pesadamente no Canadá e a criar toda uma economia de implantação local de fábricas para atender ao pequeno mercado canadense; com efeito, mais de 80% do IDE no Canadá tem sido americano. O exemplo mais destacado é o setor automobilístico, que se tornou estreitamente integrado nas duas economias após o Pacto Automobilístico Americano-Canadense de 1965.” GILPIN, Robert. O desafio do capitalismo global: a economia mundial no século XXI. Rio de Janeiro-São Paulo,2004. Ed. Record.p.320. p.267-268. APEC (COOPERAÇÃO ECONÔMICA ÁSIA-PACÍFICO) Em 1989, foi fundada a Cooperação Econômica Ásia-Pacífico – APEC. Com sede em Cingapura, o bloco é composto por 20 membros banhados pelo Pacífico e por Hong Kong (região administrada pela China). Esse bloco engloba diversas economias asiáticas, americanas e da Oceania e, atualmente, é integrado por 21 países: Austrália, Brunei, Canadá, Chile, China, Hong Kong, Indonésia, Japão, Coreia do Sul, Malásia, México, Nova Zelândia, Papua--Nova Guiné, Peru, Filipinas, Rússia, Cingapura, Taiwan, Tailândia, Estados Unidos da América e Vietnã. Com o tempo a associação pretende instalar uma zona de livre comércio entre seus membros. Foi estabelecido o ano de 2010 para o início da livre circulação de mercadorias e de capitais entre os países desenvolvidos do bloco e o ano de 2020 para sua liberalização entre as nações em desenvolvimento. Apesar da crescente interdependência econômica dos países do Pacífico Asiático sob a hegemonia das grandes corporações japonesas, é muito difícil estabelecer uma integração semelhante à da União Europeia, ou mesmo à do Nafta, por causa das disputas comerciais entre as três principais lideranças do bloco – Estados Unidos, Japão e China. MERCOSUL E AGITAÇÕES POLÍTICAS NO PARAGUAI E NA VENEZUELA SEMANA 18 - GEOGRAFIA II - CENTROS DE PODER ECONÔMICO E POLÍTICO - TRIGUEIRO