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PRÁTICAS PEDAGÓGICAS: DOCÊNCIA 3 A 5 ANOS AULA 3 COMUNICADO SOBRE A PANDEMIA COVID-19 Caro aluno, Devido à pandemia que enfrentamos neste momento, estamos passando por tempos desafiadores, juntos e com esforços de cada um, certamente venceremos essas adversidades. Pensando na saúde e bem-estar de todos os nossos alunos, corpo docente e administrativo, e seguindo as determinações dos órgãos municipais, estaduais e dos Ministérios da Saúde e da Educação, as práticas pedagógicas propostas pelo seu curso deverão ser desenvolvidas em casa. Precisamos nos assegurar de que nossos alunos estão em segurança e, por isso, pedimos que você utilize sua criatividade, mas não deixe de realizar suas práticas, pois elas são fundamentais para a sua formação. FLUXO DE DESENVOLVIMENTO DO PROJETO A parte de planejamento/organização e RELÁTORIO DAS ATIVIDADES devem ser realizados em sua casa... NÃO HÁ PERDA DA QUALIDADE DO PRODUTO A SER APRESENTADO! PARTE PRÁTICA DE EXECUÇÃO DO PROJETO Vale realizar as atividades propostas em cada projeto com os pais, irmãos, sobrinhos (QUE RESIDAM EM SUA CASA...), vale fazer videoconferência com a amiga que é professora, com o colega que trabalha como secretário, enfim, use sua imaginação, mas não deixe de fazer suas práticas pedagógicas e postar no portal, pois essas atividades compõem sua avaliação. Se você residir sozinho(a), utilize a imaginação, mas execute o plano da atividade que você está propondo para as PRÁTICAS PEDAGÓGICAS. Temos certeza de que essa pandemia se trata de algo que iremos superar e, rapidamente, poderemos normalizar nossas vidas. Um abraço, Equipe da UNIFAVENI Escolha do tema de trabalho e planejamento Abertura Olá! Você sabia que ser professor no século XXI não é ser o responsável pela transmissão de conteúdo? Ser professor é uma profissão que exige muito esforço, preparo, conhecimento, pesquisa, tempo e dedicação, mais ainda, que requer compromisso e comprometimento. O profissional da educação sabe que seu objetivo maior é ensinar, compreende que o caminho para isso é muito mais complexo, não exige apenas seu desenvolvimento cognitivo, mas sim de suas habilidades socioemocionais que possibilitarão uma atuação mais efetiva e próxima. Por todas essas razões, o professor exerce um papel fundamental na educação para a sociedade e este é o tema desta prática pedagógica. Nesta aula, vamos iniciar nossa prática através da escolha do tema de trabalho e daremos continuidade em planejar as atividades que farão parte desta prática pedagógica. BONS ESTUDOS! Referencial Teórico Para aprofundar seu conhecimento acerca da Docência para crianças de 3 a 5 anos, faça a leitura do artigo selecionado como base teórica para esta prática: PRÁTICA DOCENTE NA EDUCAÇÃO INFANTIL: RELAÇÃO DO SABER COM A APRENDIZAGEM DA CRIANÇA RESUMO Este artigo de cunho teórico bibliográfico vem fazer um estudo sobre a relação que se estabelece entre a prática pedagógica do professor da educação infantil e a aprendizagem dos alunos. Foi realizado um estudo teórico-bibliográfico sobre educação infantil, formação de professores e práticas pedagogias, buscando analisar a história da formação docente no Brasil, a prática docente na educação infantil, relação da pratica docente na aprendizagem da criança. Quando se estuda a história social da criança, pode-se compreender os avanços que tivemos em ralação a visão de infância desde a idade medieval até os dias atuais. Pode-se também compreender o papel do professor no processo de educar as crianças. Baseado nos teóricos estudados, procuramos refletir acerca das práticas pedagógicas que devem ser adotadas na sala de aula da educação infantil e como elas devem ser selecionadas por parte dos professores. BOA LEITURA! PRÁTICA DOCENTE NA EDUCAÇÃO INFANTIL: RELAÇÃO DO SABER COM A APRENDIZAGEM DA CRIANÇA Monise Mota dos Santos1 Vanessa de Souza França2 Leandro dos Santos3 GT8 – Espaços Educativos, Currículo e Formação Docente (Saberes e Práticas) RESUMO Esse artigo de cunho teórico bibliográfico vem fazer um estudo sobre a relação que se estabelece entre a prática pedagógica do professor da educação infantil e a aprendizagem dos alunos. Foi realizado um estudo teórico-bibliográfico sobre educação infantil, formação de professores e práticas pedagogias, buscando analisar a história da formação docente no Brasil, a prática docente na educação infantil, relação da pratica docente na aprendizagem da criança. Quando se estuda a história social da criança, pode-se compreender os avanços que tivemos em ralação a visão de infância desde a idade medieval até os dias atuais. Pode-se também compreender o papel do professor no processo de educar as crianças. Baseado nos teóricos estudados, procuramos refletir acerca das práticas pedagógicas que devem ser adotadas na sala de aula da educação infantil e como elas devem ser selecionadas por parte dos professores. Palavras-chave: Prática pedagógica; Educação infantil; Aprendizagem. ABSTRACT This bibliographical article deals with the relationship between the pedagogical practice of the preschool teacher and the students' learning. A theoretical-bibliographic study was carried out on children's education, teacher training and pedagogical practices, seeking to analyze the history of teacher education in Brazil, the teaching practice in children's education, the relation of teaching practice in children's learning. When one studies the social history of the child, one can understand the advances that we had in relation the vision of childhood from the medieval age until the present day. One can also understand the role of teachers in the process of educating children. Based on the studied theorists, we try to reflect on the pedagogical practices that should be adopted in the classroom of the children's education and how they should be selected by the teachers. . Keywords: Pedagogical practice; Children's education; Learning 1 INTRODUÇÃO Atualmente o termo prática pedagógica vem tornando-se um objeto de estudo frequente nos currículos de formação docente. Como consequência de uma série de leituras, 1 Graduanda em Pedagogia pela Universidade Federal de Sergipe (UFS). Bolsista do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência, do Eixo Criança Infância. E-mail: <monise.mota@yahoo.com.br>. 2 Graduanda em Pedagogia pela Universidade Federal de Sergipe (UFS). Bolsista do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência, do Eixo Criança Infância. E-mail: <1990vsf@gmail.com>. 3 Mestre em Educação pela Universidade Federal de Sergipe. Especialista em Didática e Metodologia do Ensino Superior e especialista em Gestão Escolar. Licenciado em Pedagogia. Membro do Núcleo de Estudos Transdisciplinares em Educação (NETE/UFS). Professor Substituto na Universidade Federal de Sergipe e Professor de educação básica da rede municipal de Nossa Senhora do Socorro-Sergipe. E-mail: <lds747@hotmail.com>. 2 despertou-se o interesse em analisar quais prática pedagógicas devem ser adotadas na sala de aula e como elas interferem na aprendizagem dos alunos. Nesse contexto, iniciamos destacando que a ideia estabelecida hoje para a infância, foi construída com o passar dos anos, pois, conforme Ariès (1914, 1984) “[...] na idade medieval a criança era vista como adulto em miniatura”, sem valor social, a relação de aprendizagem dava-se na família através do pai e da mãe. É só na idade moderna que ela passa a ser vista como um ser importante na sociedade, atribuindo a escola o papel de educa-la, tornando evidente a importância do professor no processo de ensino/aprendizagem. Dessa forma para compreender o papel da pratica pedagógica no processo de aprendizagem na educação infantil faz-se necessário que o professor repense sobre o conceito que atribui aos termos criança/infância, pois será a partir dessa definição que ele irá orienta-se para a escolhade sua prática no cotidiano escolar. A escola significa um espaço para aproveitamento das potencialidades da criança, [...] é preciso reconhecer a criança como competente e, a partir dessa premissa, promover situações e experiências que oportunizem o seu maior desenvolvimento. [...] o profissional de Educação Infantil deve ter um bom conhecimento sobre a criança. Além disso, é fundamental que ele busque constantemente ampliar seu conhecimento e estar preparado para atender às demandas próprias dessa faixa etária, considerando inclusive o contexto em que elas se dão. (GALVÃO; BRASIL, 2009). A visão que o professor terá da criança/infância dirá muito sobre a escolha de suas práticas. Se o professor pensa a criança/infância como um ser passivo no processo da aprendizagem, ou ver a infância como uma fase pouco importante para o desenvolvimento do ser humano, adotará práticas tradicionalistas e reprodutivistas que não darão a criança oportunidades de viver seu mundo e tão pouco contribuirão para sua formação como sujeito crítico e social. Por outro lado, se o professor ver a criança/infância com um ser ativo no processo da aprendizagem, como alguém de características próprias, ou simplesmente ver a infância como uma fase inicial e importante na construção do ser humano crítico e ativo na sociedade a qual pertencerá, buscará levar para a sala de aula práticas que valorize essas características, contribuindo de forma significativa para seu desenvolvimento. Após essa reflexão o professor deve estar consciente de que a escolha de sua pratica docente assumira importante papel na aprendizagem desenvolvida pelo aluno, cabendo a ele buscar estratégias que possibilite a criança, de acordo com Referencial Curricular Nacional 3 para a Educação Infantil (1998), “[...] condições para conhecerem, descobrirem e ressignificarém novos sentimentos, valores, ideias, costumes e papeis sociais”4. Em suma, fica evidente a responsabilidade que o professor assume na vida de seus alunos, os desafios a serem superados serão muitos, pois ser professor diante da realidade atual não é fácil, entretanto deve-se sempre buscar práticas inovadoras, que valorize a importância de professor e aluno caminharem juntos. Outro fator importante por parte dos professores dessa área é valorizar o conhecimento prévio do aluno, aproveitar seu conhecimento de mundo, para que ele entenda-se como um sujeito ativo no seu processo educativo e de aprendizagem. 2 HISTÓRICO DA FORMAÇÃO DOCENTE NO BRASIL A necessidade de formar professores, já vem ao longo da história desde os primórdios do século XVII, já fora idealizada por Jan Amos Komenský ou Comenius. Mas essa era uma problemática que exigia uma ação institucional que viera a ocorrer apenas no século XIX, após a Revolução Francesa, quando alguns teóricos da época apontaram a necessidade de universalizar o ensino, ou seja, levar o conhecimento ao povo, contudo, essa ideologia esbarrou em prospecções políticas. No entanto, a necessidade de se manter um sistema já instituído e que agora passava por uma serie problemas institucionais, levaram a criação de Escolas Normais, instituições estas que tinham como objetivo formar professores. A primeira instituição criada para esta finalidade só foi instalada na França no ano de 1795, a partir de então. Entretanto, o sistema agora institucionalizado passa por uma revisão que originou uma dualidade formativa, ou seja, passaram a cogitar a possibilidade de criar uma escola Normal Superior cujo objetivo era formar professores de nível secundário e uma outra, simplesmente conhecida por Escola Normal que tinha como objetivo, formar professores para o ensino Primário. Com a expansão do movimento napoleônico na Europa, em 1802 foi criado na Itália a Escola Normal de Pisa com a mesma ideologia outrora implementada na escola francesa, contudo, (SAVIANE, 2008), essas escolas criadas para supostamente expandir o acesso à 4O professor deverá dá oportunidades e condições para as crianças viverem novas experiências, conhecer aquilo que por ventura seja desconhecido, contribuindo para que a mesma descubra e dê outros significados ao que já conhece. Será também o momento da criança viver e descobrir sentimentos diversos, valores sociais e culturais formulando novas ideias. 4 educação a um pequeno grupo, preocupou-se na pratica de estudos que não se vinculavam a preocupação de uma formação pautada nos moldes didático-pedagógico. No Brasil, durante o período colonial, não houve inicialmente a preocupação com a formação de professores, pois, nos colégios jesuítas estavam implementadas aulas Régias. Somente com a chegada da Família Real portuguesa ao território brasileiro, foram criados os primeiros cursos superiores. Com a promulgação do Ato Adicional de 1834 que designava que o ensino primário passava a ser responsabilidade das províncias, foi que percebeu a necessidade de formar professores para suprir essa nova demanda. Visando à preparação de professores para as escolas primárias, as Escolas Normais preconizavam uma formação específica. Logo, deveriam guiar-se pelas coordenadas pedagógico-didáticas. No entanto, contrariamente a essa expectativa, predominou nelas a preocupação com o domínio dos conhecimentos a serem transmitidos nas escolas de primeiras letras. O currículo dessas escolas era constituído pelas mesmas matérias ensinadas nas escolas de primeiras letras. Portanto, o que se pressupunha era que os professores deveriam ter o domínio daqueles conteúdos que lhes caberia transmitir às crianças, desconsiderando-se o preparo didático-pedagógico. (SAVIANE, 2008). Nesse processo de formar professores para essa nova demanda, o Rio de Janeiro, então capital do território brasileiro, implantou a primeira escola normal, contudo, estas escolas se tornaram muito caras aos cofres públicos, pois, na visão política da época elas foram se tornando ineficientes, além de formar poucos alunos, logo, em 1849 a primeira escola de formação docente do Brasil foi fechada, sendo reaberta apenas dez anos mais tarde. Com o passar dos anos, Uma nova fase se abriu com o advento dos institutos de educação, concebidos como espaços de cultivo da educação, encarada não apenas como objeto do ensino, mas também da pesquisa. Nesse âmbito, as duas principais iniciativas foram o Instituto de Educação do Distrito Federal, concebido e implantado por Anísio Teixeira em 1932 e dirigido por Lourenço Filho; e o Instituto de Educação de São Paulo, implantado em 1933 por Fernando de Azevedo. Ambos sob inspiração do ideário da Escola Nova. (SAVIANE, 2008). Com o movimento conhecido como Escola Nova, o acesso à educação e a crescente necessidade de formar professores passam por uma nova perspectiva, tendo em vista que com a fragmentação da ciência, essa formação passava a ser por área de conhecimento... 5 3 PRÁTICA DOCENTE NA EDUCAÇÃO INFANTIL É na fase da educação infantil que a criança criará fatores que interferirão de forma direta no cidadão que ela irá torna-se. Por isso é importante respeitar o tempo e espaço da criança entendendo-a como ser ativo no processo de aprendizagem, capaz de produzir seus conhecimentos, tornando indispensável que a ação pedagógica valorize os conhecimentos prévios que as crianças levam para a sala de aula, intermediando para uma troca de experiências e descobertas que criem condições para os alunos tornarem-se agentes ativos de sua formação. Para tanto, faz-se [...] necessária a preparação dessa etapa educacional de maneira séria e eficaz onde deva partir da identidade própria da criança, é fundamental proporcionar experiências diversas a ela, tudo é experimentável e benéfico para a infância. É preciso atender as políticas para a educação infantil, considerar a realidade da criançade forma ampla, percebendo suas especificidades, ouvir o educador, a escola o aluno e a família nas suas limitações, e estar sempre aberto para uma avaliação continua. (SILVA, 2010, p. 42). Torna-se necessário também disponibilizar espaços para criar e recriar, uma vez que a essência da atividade pratica do professor segundo Pimenta (2001, p. 83), “é o ensino- aprendizagem. Ou seja, é o conhecimento técnico pratico de como garantir que a aprendizagem se realize como consequência da atividade de ensinar”. Por essa razão o professor da educação infantil deve estar sempre atento em busca de aperfeiçoamento para sua formação. [...] enquanto ensino continuo buscando, reprocurando. Ensino por que busco, porque indaguei, porque indago e me indago. Pesquiso para constatar, constatando intervenho, intervindo educo e me educo. Pesquiso para conhecer o que ainda não conheço e comunicar ou anunciar novidade. (FREIRE 2009, p. 30-31). Ao mesmo tempo que o professor vai em busca de seu aperfeiçoamento ele também está procurando melhorias para seu método de ensino, proporcionando que seus alunos compreendam melhor os conteúdos a serem trabalhados na sala de aula. É importante ressaltar que qualquer escolha em relação a pratica pedagógica deve partir da realidade do aluno buscando sempre entender a criança. É por esse e outros motivos que o trabalho do professor requer ação reflexiva e crítica, segundo Freire (2009), “[...] na formação permanente dos professores, o momento 6 fundamental é o da reflexão crítica sobre a pratica. É pensando criticamente a pratica de hoje ou de ontem que se pode melhorar a próxima pratica”. Entretanto, repensar a prática pedagógica adotada, torna-se algo incômodo, pois alguns professores preferem reproduzir o método de ensino o qual foram submetidos, tornando seus alunos meros reprodutores. Existem também, professores que até tentam inovar, porém, as condições de trabalho que lhe é submetida não possibilita essa inovação. E por outro lado existem aqueles que buscam e alcançam métodos de ensino inovadores. 4 RELAÇÃO DA PRÁTICA DOCENTE COM A APRENDIZAGEM DA CRIANÇA As Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil (BRASIL, 2010, p. 12), define a educação infantil como [primeira] etapa da educação básica, oferecida em creches e pré-escolas, às quais se caracterizam como espaços institucionais não domésticos que constituem estabelecimentos educacionais públicos ou privados que educam e cuidam de crianças de 0 a 5 anos de idade no período diurno, em jornada integral ou parcial, regulados e supervisionados por órgão competente do sistema de ensino e submetidos a controle social. A função das creches e escolas de educação infantil é de cuidar e educar crianças, atribuindo um importante papel aos professores dessa modalidade, exigindo que seja alguém em constante pesquisa e aperfeiçoamento adotando uma postura reflexiva em relação a sua pratica pedagógica. Uma das prioridades nas práticas adotadas pelos professores deve ser a interação com seus alunos, para Lopes (2009, p. 4), “[...] em todo processo de aprendizagem humana, a interação social e a mediação do outro tem fundamental importância. Na escola, pode-se dizer que a interação professor-aluno é imprescindível para que ocorra o sucesso no processo ensino aprendizagem”. Torna-se importante que o professor mantenha um bom contato com o aluno, não considerando-se superior aos mesmos, pois ele será um grande inspirador e espelho para as crianças. Agindo de forma autoritária e superior, o professor estará inibindo todo o potencial da criança, tornando possível a não interação no ambiente da sala de aula e até mesmo em seu convívio social, uma vez que, na escola as crianças podem sofrerem traumas que refletem de forma direta na sua vida social. O fundamental para que ocorra aprendizagem, é que professor e aluno caminhem juntos, tornando possível, momentos de trocas e interações, pois o principal papel do professor será de mediador da aprendizagem. Nessa perspectiva, 7 [a] atuação do professor é de suma importânciajá que eleexerce o papel de mediador da aprendizagem do aluno. Certamente é muito importante para o aluno a qualidade de mediação exercida pelo professor, poisdesse processo dependerão os avançose as conquistas do aluno em relação à aprendizagem na escola. (LOPES, 2009, p. 5). Dessa forma nos apoiamos em Pimenta (2001, p. 83) que define a prática pedagógica como o “[...] conhecimento técnico prático de como garantir que a aprendizagem se realize como consequência da atividade de ensinar”. Dessa forma, podemos dizer que a prática pedagógica na educação infantil, será as ações do professor na sala de aula para organizar os conteúdos que serão passados para os alunos. Será através de sua pratica docente, que os alunos poderão ou não entender aquilo que foi passado. Por isso a importância da prática pedagógica do professor está associada a definição das políticas educacionais em relação a criança. Ainda conforme as Diretrizes Curriculares para a Educação Infantil (BRASIL, 2010, p. 12), a definição de criança é: [...] sujeito histórico e de direitos que, nas interações, relações e práticas cotidianas que vivencia, constrói sua identidade pessoal e coletiva, brinca, imagina, fantasia, deseja, aprende, observa, experimenta, narra, questiona e constrói sentidos sobre a natureza e a sociedade, produzindo cultura. O professor deve adotar práticas que visem essas definições, partindo sempre da criança, não devendo assumir um método de ensino que não a reconheça como um sujeito histórico e de direitos, não deve privar a criança das brincadeiras, dos momentos de fantasia e imaginação. De acordo com o Referencial Curricular Nacional da Educação Infantil (BRASIL, 1998, p. 27), [o] principal indicador da brincadeira, entre as crianças, é o papel que assumem enquanto brincam. Ao adotar outros papéis na brincadeira, as crianças agem frente à realidade de maneira não-literal, transferindo e substituindo suas ações cotidianas pelas ações e características do papel assumido, utilizando-se de objetos substitutos. Pois será a partir das brincadeiras e imaginação que as crianças irão representar seu mundo, seus costumes e cultura, cabendo ao educador explorar todos esses conhecimentos prévios e trabalhar sua pratica de forma contextualizada, sem fugir da realidade do aluno. Brincando as crianças aprendem mais e de maneira mais prazerosa. 8 O educador que adota práticas que valorizem todos esses requisitos citados a cima, tendem a fazer aulas mais proveitosas e produtivas para o aprendizado das crianças, é necessário atentar-se para seus métodos de ensino, refletir constantemente sobre sua postura em sala de aula. Nas palavras de Junkes (2013, p. 5): [o] olhar do professor para o seu aluno é indispensável para a construção e o sucesso da sua aprendizagem. Isto inclui dar garantia as suas ideias, valorizar sugestões, analisar, acompanhar seu desenvolvimento e demonstrar acessibilidade, disponibilizando diferentes conversas. É preciso ter clareza de que cada aluno é diferente um do outro, com diferentes retornos da aprendizagem. Cabe aos professores verem como eles se desenvolvem, dentro de seus limites, mas sempre motivando e estimulando-os com mediação e propostas pedagógicas diferenciadas, que despertem a curiosidade e interesse por parte das crianças. O professor deve está em constante observação em relação aos anseios e necessidades dos seus alunos. Mostrar-se aberto para opiniões e ideias que possam melhorar sua prática em sala de aula. Valorizar os saberes de seus alunos e compreender que cada um vive uma realidade diferente e que por esse motivo cada um pode aprender de maneiras e proporções diferentes, é um fator importante para escolha de sua prática docente. Dessa forma, pode-se entender que práticas inovadoras, tornamas aulas atraentes e prazerosas. As crianças estarão à vontade num ambiente em que elas são valorizadas, respeitadas e bem acolhidas, característica essa de uma pratica inovadora. Por outro lado, estarão desconfortáveis em ambientes que não as valorizam e tão pouco as deixam livres para serem o que são, entende seu comportamento errado e inaceitável, essas são características de práticas retrogradas e tradicionais que tendem a serem desinteressante e tornam aulas menos produtivas. CONSIDERAÇÕES FINAIS As práticas pedagógicas que os professores devem adotar em sala, devem está dentro do cotidiano do seu aluno, pois além da influência familiar, a criança também tem seus conhecimentos prévios onde o professor precisa explorar seus esses conhecimentos para uma boa prática. É a partir de novos métodos que o educador deve se basear para atender às necessidades das crianças na escola, pois depende muito do professor para que o aluno se torne um cidadão crítico e ativo na sociedade. Dessa forma, torna-se evidente a importância da fase da Educação Infantil na vida do ser humano, uma vez que, será nesse período onde se 9 definirá qual tipo de cidadão teremos ou formaremos para o futuro. Cabe aos professores dessa modalidade atentarem-se para sua responsabilidade nesse processo de construção e formação. É fundamental que os professores estejam conscientes da importância do papel que desenvolvem na vida dessas crianças, buscando respeitá-las, com todas as suas particularidades, porém, sem diminui-las, desacreditar ou acha-las incapazes de produzir conhecimentos. As crianças não são seres incapazes, elas precisam, serem vistas como alguém em processo de construção de aprendizado, precisam ser encaradas como sujeitos ativos nesse processo de construção de conhecimento. Com relação ao processo histórico, sabemos que o, professor com o passar dos anos teve sua formação ampliada com maior oportunidade e iniciativas de programas do governo. O desafio de contribuir com a educação das crianças não é fácil pois é preciso estar integrado com a formação dos alunos e sua formação precisa estar sempre atualizada. Para Braga, (2013), a “[...] excelência do processo de ensino-aprendizagem não é algo que pode ser garantido apenas pelo professor e pelas suas estratégias didáticas-pedagógicas. Ela é uma conquista e supõe o diálogo, a participação efetiva do aluno e, sobretudo a construção de relações [...]”. Em virtude disso o professor não depende só da sua prática e sim de um conjunto de elementos que o torna um educador participante e interaja com seus alunos dentro e fora da sala contraindo um aprendizado em sua formação. Com tudo, a necessidade de formar professores não vem de agora pois desde o século XVII que já foi idealizada, mas só veio a ocorrer no século XIX após a revolução Francesa, com a universalização do ensino, pois houve a necessidade de levar o conhecimento ao povo, foi criada então as escolas ditas como Normais com o intuito de formar os professores, o sistema passa por uma revisão que originou a dualidade formativa criando a possibilidade que essa escola Normal Superior com objetivo de formar professores secundários, e a outra de objetivo formar professores para o ensino Primário. Já no Brasil só obteve a necessidade de criar cursos superiores após a chegada da Família Real, pois com a promulgação do Ato Adicional de 1834 pois passava ser de responsabilidade das províncias, foi aí que percebeu a necessidade de formar professores pois precisava suprir a nova demanda nas escolas. Essa escola teve pouco sucesso pois se tornou muito cara para os cofres públicos, fechando 15 anos depois e só voltou a ser aberta dez anos após ser fechada. Foi aí então que sentiu a necessidade e a importância da formação de professor, sendo até dividida por área de estudo. 10 A formação docente não fica só nas escolas, ela parte do professor se ele quer ser um educador que só reproduz o que aprendeu ou se ele vai em busca de novos conhecimentos para tornar sua prática em sala de aula mais proveitosa, participativa e que seus alunos possam realmente se tornarem cidadãos. Portanto as Práticas Pedagógicas adotadas pelos professores da Educação Infantil se tornarão essenciais para que o mundo das crianças e suas particularidades sejam respeitadas, interferindo assim não somente no futuro cidadão que ela irá tornar-se, mas também em seu processo de aprendizagem na sala de aula. Por esse motivo, a escolha de qualquer prática docente, deve partir sempre de um olhar minucioso do professor para a criança, buscando sempre atender suas necessidades, adotando práticas que correspondam a sua realidade social e cultural, dando total importância aso conhecimentos prévios levados para à aula. Outro fator importante é o professor não poder se considerar um ser pronto e acabado, mas sim, juntamente com seus alunos, fazer parte de um processo continuo de construção de conhecimentos, buscando métodos inovadores, atraentes e produtivos para serem vivenciados no cotidiano escolar. Métodos reprodutivistas e tradicionalistas não são atraentes e acabam, muitas das vezes, não valorizando e nem atendendo as expectativas das crianças. Em virtude de tudo que foi mencionado, faz-se necessário, por parte dos professores, repensar constantemente sobre sua prática de ensino, analisando pontos positivos e negativos, para que possa se chegar a uma melhoria significativa no processo de aprendizagem de seus alunos. É fundamental oferecer oportunidades para que as crianças participem de forma ativa no processo de construção do seu mundo. REFERÊNCIAS ARIÈS, P. História social da criança e da família. 2. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2006. BRAGA, O. R. A relação professor/aluno e o processo de ensino e aprendizagem: um desafio para a ação docente. Ensino Médio em Diálogo, out. 2013. Disponível em: <http://www. emdialogo.uff.br/content/relacao-professor-aluno-e-o-processo-de-ensino-aprendizagem-um- desafio-para-acao-docente>. Acesso em: 16 mar. 2017. BRASIL. Referencial curricular nacional para a educação infantil. Brasília: MEC, SEF, 1998. BRASIL. Diretrizes curriculares nacionais para educação infantil. Brasília: MEC, SEB, 2010. http://www.emdialogo.uff.br/content/relacao-professor-aluno-e-o-processo-de-ensino-aprendizagem-um-desafio-para-acao-docente http://www.emdialogo.uff.br/content/relacao-professor-aluno-e-o-processo-de-ensino-aprendizagem-um-desafio-para-acao-docente http://www.emdialogo.uff.br/content/relacao-professor-aluno-e-o-processo-de-ensino-aprendizagem-um-desafio-para-acao-docente 11 FREIRE, P. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa. 47. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2013. GALVÃO, A. C. T.; BRASIL, I. Desafios do ensino na Educação Infantil: perspectivas de professores. Arquivos Brasileiros de Psicologia, Rio de Janeiro, v. 61, n. 1, abr. 2009. Disponível em: <http://seer.psicologia.ufrj.br/index.php/abp/article/view/323/293>. Acesso em: 16 mar. 2017. JUNCKES, R. C. A prática docente em sala de aula: Mediação Pedagógica. Anais... V SINFOP, Campus Universitário de Tubarão, 2013. Disponível em: <linguagem.unisul.br/ paginas/ensino/pos/linguagem/eventos/simfop/artigos_v sfp/Rosani_Junckes.pdf>. Acesso em: 16 mar. 2017. LOPES, R. C. S. A relação professor aluno e o processo ensino aprendizagem. 2009. Disponível em: <http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/1534-8.pdf>. Acesso em: 03 mar. 2017. PIMENTA, S. G. O estágio na formação de professores: unidade teoria e prática? 4. ed. São Paulo: Cortez, 2001. SAVIANI, D. A pedagogia no Brasil: história e teoria. Campinas: Autores Associados, 2008. http://www.linguagem.unisul.br/paginas/ensino/pos/linguagem/eventos/simfop/artigos_v%20sfp/Rosani_Junckes.pdf http://www.linguagem.unisul.br/paginas/ensino/pos/linguagem/eventos/simfop/artigos_v%20sfp/Rosani_Junckes.pdfPortfólio ATIVIDADE PRÁTICA PEDAGÓGICA 1 Agora chegou a sua vez!! Para esta prática, eleja um tema para elaborar seu projeto. Reflita sobre a importância de cada um deles para sua formação profissional e para a aprendizagem significativa de seus alunos. De acordo com a BNCC, segue abaixo os eixos temáticos que devem ser trabalhados nesta faixa etária: • O eu, o outro e o nós • Corpo, gestos e movimentos • Traços, sons, cores e formas • Escuta, fala, pensamento e imaginação ACESSE ARTIGO 01 - PRÁTICAS PEDAGÓGICAS DOCÊNCIA 3 A 5 ANOS - AULA 3 OBS: OBS: Para Para redigir redigir sua sua resposta, resposta, use use uma uma linguagem linguagem acadêmica. acadêmica. Faça Faça um um textotexto comcom no no mínimo mínimo 20 20 linhas linhas e e máximo máximo 25 25 linhas. linhas. Lembre-se Lembre-se de de não não escrever escrever emem primeiraprimeira pessoa pessoa do do singular, singular, não não usar usar gírias, gírias, usar usar as as normas normas da da ABNT: ABNT: texto texto comcom fonte fonte tamanhotamanho 12, 12, fonte fonte arial arial ou ou times, times, espaçamento espaçamento 1,5 1,5 entre entre linhas, linhas, textotexto justificado.justificado. Pesquisa Elabore um planejamento e o cronograma de suas atividades. Independentemente de questões metodológicas e didáticas, o planejamento é a base de qualquer projeto bem-sucedido, isto é, que alcance os resultados almejados. Reflita sobre as atividades que pretende propor nesta prática e faça uma lista das etapas que necessita cumprir para executá-las. Em seguida, organize estas etapas em um quadro, contendo a data de execução de cada uma delas, ou seja, elabore o seu cronograma de atividades.. N Página em branco
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