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69O Império Persa Capítulo 9
Os etruscos na península Itálica
Os medos foram povos nômades unificados 
no século VII a.C. por um líder guerreiro chama-
do Déjoces. Por essa época, na península Itálica 
tinha início uma fase de grande esplendor para a 
civilização etrusca. Organizados em cidades-Es-
tado, os etruscos se lançaram à conquista de no-
vos territórios na península Itálica.
Além de agricultores, eles produziam objetos 
de bronze, ferro, ouro e prata, e faziam peças de 
marfim, que comercializavam com outros povos 
da região. Muitos desses produtos eram vendidos 
ao longo do Mediterrâneo, sobretudo a mercado-
res gregos e fenícios, com os quais os etruscos 
mantinham intensas relações comerciais.
Por acreditar na vida após a morte, os etrus-
cos construíam túmulos suntuosos para seus mor-
tos, com salas, corredores e pinturas nas paredes. 
Como veremos no capítulo 14, eles teriam papel 
preponderante na formação de Roma.
Portão etrusco de Volterra, na Itália. Os etruscos foram exímios engenheiros e urbanistas que utilizavam madeira e pedras 
em suas construções. Introduziram na região onde hoje é a Itália o artifício arquitetônico dos arcos de volta perfeita. Foto 
de março de 2007.
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Entre o Bem e o Mal
Os persas deixaram importante legado aos di-
versos povos e religiões posteriores a eles. As ideias 
relacionadas ao Juízo Final, ao Paraíso e à oposição 
entre o Bem e o Mal encontradas no cristianismo, 
por exemplo, têm como origem o zoroastrismo, 
a religião persa. Os fundamentos dessa doutri-
na estão registrados no Zend-Avesta, obra escrita 
3 por Zoroastro (628-551 a.C.), também conhecido como Zaratustra.
Oficialmente, apenas o deus Ahura-Mazdâ, 
simbolizado pela luz e pela pureza do fogo, era ado-
rado. A população, porém, cultuava divindades que 
personificavam as forças do Bem em permanente 
luta contra as trevas e os demônios. Acreditava que 
quem combatesse as forças do Mal alcançaria a feli-
cidade e a vida eterna.
¡sso...Enquanto
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70 Unidade 2 A urbanização
1. A Pérsia, região do atual planalto iraniano, foi ocu-
pada originalmente por volta de 2000 a.C. Descre-
va como se realizou essa ocupação e que povos 
conviveram durante séculos naquela região.
2. Dario manteve unifi cado um império com cerca 
de 10 milhões de habitantes cujas línguas e cos-
tumes eram bastante diversos. Que medidas ele 
tomou para garantir a unidade do império?
3. Que características do Império Persa favorece-
ram o intercâmbio e a disseminação do conheci-
mento de diversas culturas?
4. Observe no mapa da página 66 a legenda so-
bre a extensão máxima do Império Persa. Com-
parando-o com os mapas dos capítulos ante-
riores, identifi que pelo menos três povos já es-
tudados que sofreram a dominação do Império 
Persa.
5. Na mesma época em que o Império Persa en-
trava em declínio, a civilização etrusca vivia 
um momento de expansão na península Itáli-
ca. Descreva, em linhas gerais, quem eram os 
etruscos.
6. A base da religião persa era o zoroastrismo, doutri-
na fi losófi ca fundada por Zoroastro (628-551 a.C.). 
Quais as principais ideias defendidas por essa 
doutrina?
Organizando AS IDEIAS
O texto que você vai ler a seguir narra as conquis-
tas do rei persa Ciro, o Grande (c. 590-530 a.C.). Ele 
faz parte do livro Ciropédia, escrito pelo grego Xe-
nofonte (c. 430-355 a.C.), um soldado e discípulo do 
fi lósofo grego Sócrates (c. 470-399 a.C.). Após a lei-
tura, responda às questões propostas.
Sabendo que na Ásia havia nações autônomas, 
Ciro pôs-se em marcha com um pequeno exérci-
to de persas, dominou os medos e hircanos, que 
espontaneamente receberam o jugo, venceu a Sí-
ria, a Assíria, a Arábia, a Capadócia, ambas as Frí-
gias, a Lídia, a Cária, a Fenícia, a Babilônia e ou-
tras regiões.
Todas essas nações falavam línguas diferentes 
entre si, e diferentes da do conquistador; e con-
tudo penetrou Ciro tanto além com suas armas, 
e com o terror de seu nome, que a todos encheu 
de medo, nenhuma ousou sublevar-se. E de tal 
maneira soube captar o amor dos povos, que to-
dos queriam viver sujeitos às suas leis. Finalmen-
te, fez dependentes de seu império tão grande 
número de reinos, que é difi cultoso percorrê-los, 
partindo da capital para qualquer dos pontos car-
deais, para leste ou para oeste, para o norte ou 
para o sul.
XENOFONTE. Ciropédia: a educação de Ciro. 
São Paulo: Edições Cultura, [s.d.]. p. 24. 
1. Segundo o relato de Xenofonte, quais foram as 
principais ações atribuídas a Ciro?
2. Ainda segundo o texto, quais foram as reações 
mais comuns dos povos submetidos ao domínio 
de Ciro?
3. Por que podemos afi rmar que o relato de Xe-
nofonte é extremamente parcial e constrói uma 
imagem positiva de Ciro? Cite trechos do relato 
que justifi quem sua resposta.
Interpretando DOCUMENTOS
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Israel é um país de pequenas dimensões 
territoriais: com 20 mil quilômetros quadrados 
apenas, sua área é equivalente à do estado de 
Sergipe. Apesar disso, é considerado a principal 
potência do Oriente Médio: é o único Estado da 
região dotado de armas nucleares.
Em Israel vivem cerca de 7,5 milhões de 
pessoas. A maior parte delas (77%) professa 
a crença no judaísmo. Religião monoteísta 
criada por volta de 1200 a.C., o judaísmo foi 
um dos fatores que ajudaram a manter as 
tradições e a unidade dos hebreus durante a 
Visitantes observam obras do Museu de Arte de Tel Aviv, Israel. Foto de outubro de 2011.
Evan Sklar/Botanica/Getty Images
Os hebreus
Capítulo 10
Objetivos do capítulo
  Analisar o conceito de monoteísmo e sua 
importância histórica.
  Explicar o papel do judaísmo no 
desenvolvimento do sentimento de identidade 
do povo hebreu.
  Abordar algumas etapas da história dos hebreus.
dispersão pelo mundo a que foram submetidos 
por quase 2 mil anos. Somente em 1948, 
com a criação do Estado de Israel, os judeus 
conquistariam sua autonomia e voltariam a 
viver em um mesmo território.
A história dos hebreus, dos quais os judeus 
são descendentes, é o tema deste capítulo.
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72 Unidade 2 A urbanização
Heranças do politeísmo
diversos estudos apontam no monoteísmo 
judeu a presença de elementos politeístas das 
civilizações antigas. Um dos exemplos disso é 
a história do dilúvio, segundo a qual Noé con-
seguiu sobreviver a uma inundação construin-
do uma arca. Esse episódio – relatado na Bíblia 
– seria uma adaptação do Épico de Gilgamesh, 
poema sobre um rei da Mesopotâmia, escrito 
por volta de 2000 a.C.
Segundo o filósofo francês Voltaire (1694-
-1778), o judaísmo é resultado da infl uência das 
religiões de diferentes povos. Ele afirma que os 
hebreus tomaram emprestado dos fenícios o 
nome de deus; dos persas, a crença na exis-
tência de anjos e na luta entre o Bem e o Mal; e 
dos egípcios, a prática da circuncisão.
Fonte: NASCIMENTo, Maria das Graças do. 
dos deuses ao ser supremo. 
Folha de S.Paulo, 8 mar. 1996, 
Caderno Especial.
O papel da religião
Segundo alguns pensadores, as religiões seriam 
uma tentativa de responder a indagações para as quais 
a razão humana não tem respostas. Assim, os deuses 
teriam sido criados para explicar fenômenos como o 
nascer do sol, uma estrela cadente, o raio e o trovão, 
as doenças, o nascimento, a morte, as guerras, etc.
Entre essas divindades, uma teria se destacado 
entre as outras e passado a ser considerada uma es-
pécie de rei dos deuses, criador de todas as coisas. 
Esse processo teria levado a humanidade em direção 
ao monoteísmo. No Egito, por exemplo, no século 
XIV a.C., o faraó Amenófis IV tentou implantar o cul-
to a um único deus, Aton, mas fracassou. Após sua 
morte, os egípcios retornaram ao politeísmo.
Seja como for, a crença noDeus único e univer-
sal só se concretizou de fato entre os hebreus, povo 
nômade que, há milhares de anos, disputava com ou-
tros povos do deserto poços de água e terras de pas-
tagem no Oriente Médio.
Hebreus na Palestina
Os hebreus são um grupo que tem sua origem 
linguística na Mesopotâmia. O hebraico falado por 
eles era uma língua semita, assim como as de outros 
povos mesopotâmicos. Sua história é narrada sem 
precisão científica no Velho Testamento, um dos li-
vros que compõem a Bíblia.
O primeiro registro não bíblico de sua existência foi 
encontrado no Egito e é datado de cerca de 1220 a.C. 
Trata-se de um relato que aborda a relação de domi-
nação exercida sobre eles pelo faraó Mineptah.
Documentos históricos e descobertas arqueoló-
gicas comprovam a presença dos hebreus na Palesti-
na somente a partir de 1230 a.C. Essa data contraria 
as informações da Bíblia, segundo a qual eles já es-
tariam estabelecidos em solo palestino dois séculos 
antes (sobre essa divergência, veja o boxe A Bíblia 
como fonte).
Os juízes e 
o monoteísmo
Quando os hebreus se estabeleceram na Pales-
tina, sua organização social baseava-se em um sis-
1
2
3
tema comunitário, sem forma definida de governo. 
Os líderes surgiam apenas em momentos de maior 
necessidade, como durante as guerras.
Na falta de uma centralização política e admi-
nistrativa, cabia a um conselho de anciães, lidera-
do por um juiz, o papel de orientar e aconselhar a 
população em questões específicas. Os juízes eram 
chefes militares com autoridade religiosa. Na tenta-
tiva de unificar as tribos hebraicas, eles passaram a 
difundir entre a população a ideia de que os hebreus 
eram um povo único, escolhido por Deus em meio 
a tantos outros.
Para despertar esse sentimento de identidade, 
os juízes afirmavam que os hebreus eram descen-
dentes diretos do patriarca Abraão – aquele que, se-
gundo a Bíblia, teria conduzido os hebreus de Ur, na 
Mesopotâmia, à Terra Prometida, na Palestina. Eles 
também exortavam a população a abandonar seus 
antigos hábitos politeístas.
Tudo isso contribuiu para o nascimento do ju-
daísmo, religião monoteísta que se tornaria a base 
de outras crenças monoteístas surgidas mais tarde, 
como o cristianismo e o islamismo (veja o boxe He-
ranças do politeísmo).
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73Os hebreus Capítulo 10
as doze tribos
Por volta de 1010 a.C., os hebreus unificaram 
suas tribos e formaram o reino de Israel, do qual 
o primeiro rei foi Saul. Coube a seu sucessor, Davi 
(1006-966 a.C.), a tarefa de expulsar da Palestina um 
dos povos rivais: os filisteus. Após escolher Jerusalém 
– cidade que já existia – para capital do reino, Davi di-
vidiu Israel em doze províncias (ou tribos, como eram 
denominadas tradicionalmente).
4 Com Salomão (966-926 a.C.), filho de Davi, o 
reino de Israel conheceu sua fase de esplendor. É 
dessa época a construção do Templo de Jerusalém, 
mais conhecido como Templo de Salomão. Com a 
morte de Salomão, eclodiram conflitos e o reino 
foi dividido em dois territórios: o reino de Israel, 
reunindo as dez tribos do norte; e o reino de Judá, 
formado pelas duas tribos do sul (veja o mapa da 
página 74).
Uma das principais fontes de estudo do povo 
hebreu é o Velho Testamento, um dos livros da 
Bíblia. Segundo a primeira parte desse texto, os 
hebreus descendem de Abraão, patriarca que vi-
via na cidade de Ur – na Mesopotâmia – e que 
teria recebido uma ordem de deus para conduzir 
seu povo até a Terra Prometida, também chama-
da de Canaã, ou Palestina, situada onde hoje se 
encontra o Estado de Israel (localize a cidade de 
Ur no mapa da página 74).
Mais tarde, no decor rer do século XX a.C., um 
longo período de se ca e fome teria obrigado os 
he breus a deixar Ca naã para se fixar no Egito, on-
de acabariam es cra vi za dos. Ain da se gun do o re-
lato bíblico, no século XV a.C. eles teriam fugido 
de lá guiados por Moi-
sés*, profeta escolhido 
por deus para conduzir 
o povo hebreu de volta à 
Terra Prometida. depois 
de quarenta anos de tra-
vessia no deserto, os he-
breus teriam chegado 
à Palestina.
Apesar das diver-
gências de datas entre a historiografia e o Ve-
lho Testamento, a Bíblia pode ser usada como 
referência nos estudos de História. Juntamente 
com outras fontes, ela nos permite reconstruir 
a história dos hebreus e recuperar costumes de 
civilizações antigas, padrões de comportamen-
to, mitos das regiões, etc.
Fontes: PINSKY, Jaime. As primeiras civilizações.
São Paulo: Contexto, 2001. p. 108-109; MAN, John.
A história do alfabeto. rio de Janeiro: Ediouro, 2002.
p. 116-129; JoHNSoN, Paul. História dos judeus.
rio de Janeiro: Imago, 1989. p. 17-25.
Sua opinião
Cite três fontes para o estudo de História. Não se 
esqueça de justifi car sua escolha.
Estatueta de mulher sumeriana de 2100 a.C. Segundo 
especialistas, ela seria uma representação de Sarah, 
esposa do patriarca Abrãao, que teria conduzido o povo 
hebreu da cidade de Ur, na Mesopotâmia, até a Palestina.
A Bíblia como fonte
* Veja o filme Os 
Dez Mandamentos, 
de Cecil B. DeMille, 
1956, e a animação 
O príncipe do Egito, 
de Brenda Chapman, 
Steve Hickner e 
Simon Wells, 1998.
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74 Unidade 2 A urbanização
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REINO DE ISRAEL
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Rio Eufrates 
Nos séculos que se seguiram, o ter-
ritório dos hebreus foi invadido por di-
ferentes povos, como os assírios, babi-
lônios, persas, entre outros. O Reino de 
Israel existiu até 720 a.C., já o de Judá du-
rou até 586 a.C. Em 135 d.C. os romanos 
expulsaram os hebreus de Jerusalém, que 
se dispersaram por outras regiões. Essa 
dispersão, conhecida como Diáspora, du-
raria cerca de 2 mil anos.
Mesmo separados uns dos outros, 
sem governo e território próprios até 
1948, quando a ONU criou o Estado de 
Israel, os judeus mantiveram vivo o senti-
mento de identidade nacional. Esse senti-
mento de pertencer a uma única nação só 
foi possível devido à sua crença religiosa e 
ao fato de acreditarem que a Palestina es-
tava destinada a eles por vontade divina.
Fonte: World History Atlas: Mapping the Human Journey. london: dorling Kindersley, 2005.
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QUILÔMETROS
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QUILÔMETROS
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Mosaico em piso de sinagoga em Gaza, obra do 
século IV que retrata o rei Davi tocando lira. Há 
um detalhe de inscrição em hebraico no mosaico. 
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75Os hebreus Capítulo 10
Os faraós negros
Na mesma época em que os hebreus eram do-
minados pelos assírios (século VIII a.C.), o Egito 
também sofria invasões de vários povos. Um de-
les vinha da Núbia, região rica em ouro, localizada 
numa grande área ao sul da primeira catarata do 
rio Nilo, onde atualmente se localiza o Sudão (veja 
o mapa da página 43).
Aí ficava a terra do povo Kush, cuja capital – e 
principal centro religioso – era a cidade de Napata, 
nas proximidades da quarta catarata do Nilo. No 
século XV a.C., essa região caiu sob o domínio dos 
egípcios, que a controlaram por aproximadamen-
te cinco séculos. Com a reconquista da autonomia 
pelos kushitas, um poderoso reino fl oresceu aí.
Por volta de 750 a.C., um rei kushita invadiu 
o Egito e assumiu o poder. Posteriormente, seu 
filho Pianky (ou Piye) tornou-se faraó, fundando 
a 25a dinastia do Egito. 
os kushitas eram negros. 
Por isso, esseperíodo é co-
nhecido como “época dos 
faraós negros”. A dinastia 
kushita governou o Egito 
até 653 a.C., ano em que 
os assírios conquistaram a 
região e derrubaram o fa-
raó Tenutamon.
¡sso...Enquanto
Escultura de bronze do faraó 
Taharqa, considerado o 
mais importante da dinastia 
etíope ou kushita. Filho de 
Pianky (ou Piye), o fundador 
da dinastia, Taharqa 
governou o Egito entre 
690 a.C. e 664 a.C.
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Mundo virtual
  Museu de Israel – Visita virtual pelo museu, em Jerusalém, onde é possível ver várias peças de seu acervo 
(site em inglês). Disponível em: <www.googleartproject.com/collection/the-israel-museum-jerusalem/>. 
Acesso em: 4 out. 2012.
1. Segundo alguns pesquisadores, as religiões nas-
ceram para responder o que a razão humana não 
conseguia explicar. Como se realizou a passagem 
das religiões politeístas para as monoteístas?
2. A origem dos hebreus descrita pela Bíblia e a 
descoberta pelas pesquisas históricas e arqueo-
lógicas têm aspectos comuns e informações di-
vergentes. Quais são essas divergências?
3. Apesar das divergências entre a historiografi a e 
o Velho Testamento, é possível resgatar a história 
dos hebreus e do monoteísmo utilizando a Bíblia 
como documento histórico? Justifi que sua res-
posta.
4. Estabelecidos na Palestina, os hebreus tinham 
uma estrutura política baseada no conselho 
de anciães liderados por um juiz. Quais as ca-
racterísticas fundamentais dessa organização 
política?
5. De que modo os juízes contribuíram para a ado-
ção do monoteísmo entre os hebreus?
6. Por que o monoteísmo foi importante para a uni-
fi cação de um reino hebreu em torno de uma 
monarquia?
7. As religiões são construídas com os elementos 
culturais disponíveis em determinada região, 
em uma dada época. Elas não são fruto da ima-
ginação de uma pessoa, mas do desenvolvi-
mento da sociedade. Por que podemos afi rmar 
que o monoteísmo judeu utilizou-se de diversos 
aspectos do politeísmo?
8. Durante a dominação romana, os hebreus vive-
ram a chamada Diáspora (a dispersão imposta 
pelos romanos em 135 d.C.), um longo proces-
so de dispersão para diversas partes do mundo. 
Como explicar que, quase 2 mil anos depois, os 
judeus se reorganizariam no Estado de Israel, 
fundado em 1948?
Organizando AS IDEIAS
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