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Conceitos da Computação I - SENAC EAD

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Maxwel Vitorino da Silva
Conceitos de 
computação I
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
(Jeane Passos de Souza – CRB 8a/6189)
Silva, Maxwel Vitorino da
 Conceitos de computação I / Maxwel Vitorino da Silva. – São Paulo : 
Editora Senac São Paulo, 2020. (Série Universitária)
	 Bibliografia.		
 e-ISBN 978-65-5536-180-3 (ePub/2020)
 e-ISBN 978-65-5536-181-0 (PDF/2020)
 1. Tecnologia da informação (TI) – Conceitos 2. Tecnologia da 
informação (TI) – Desenvolvimento 3. Arquitetura de computador : 
Hardware 4. Arquitetura de computador : Software I. Título. II. Série.
20-1157t CDD – 005 
 BISAC COM032000
Índice para catálogo sistemático
1. Tecnologia da informação 005
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Maxwel Vitorino da Silva
CONCEITOS DE COMPUTAÇÃO I
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 curso de Educação a Distância da Rede Senac EAD, da disciplina correspondente. Proibida a reprodução e o com
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Administração Regional do Senac no Estado de São Paulo
Presidente do Conselho Regional
Abram Szajman
Diretor do Departamento Regional
Luiz Francisco de A. Salgado
Superintendente Universitário e de Desenvolvimento
Luiz Carlos Dourado
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Editora Senac São Paulo
Conselho Editorial
Luiz Francisco de A. Salgado 
Luiz Carlos Dourado 
Darcio Sayad Maia 
Lucila Mara Sbrana Sciotti 
Jeane Passos de Souza
Gerente/Publisher
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Márcia Cavalheiro Rodrigues de Almeida (mcavalhe@sp.senac.br)
Administrativo
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Comercial
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Acompanhamento Pedagógico
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Designer Educacional
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Revisão Técnica
Marco Antonio Barreto
Coordenação de Preparação e Revisão de Texto
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Preparação de Texto
Bianca Rocha
Revisão de Texto
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Projeto Gráfico
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Emília Corrêa Abreu
Capa
Antonio Carlos De Angelis
Editoração Eletrônica
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Ilustrações
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Todos os direitos desta edição reservados à
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Caixa Postal 1120 – CEP 01032-970 – São Paulo – SP
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E-mail: editora@sp.senac.br 
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Sumário
Capítulo 1
História e desenvolvimento 
da TI, 7
1 Impactos sociais, 8
2 Até o século XIX, 10
3 Século XIX, 11
4 Século XX, 12
5 Século XXI, 18
Considerações	finais,	19
Referências, 20
Capítulo 2
A transformação do dado à 
criação do conhecimento, 23
1 Conceito de dado, 24
2 Conceito de informação, 26
3 Conceito de conhecimento, 27
4 Evolução da gestão dos dados e 
plataformas atuais de gestão, 28
5 Plataformas atuais de gestão, 32
Considerações	finais,	34
Referências, 34
Capítulo 3
Sistemas de numeração decimal, 
binário e hexadecimal, 37
1 Sistema numérico, 39
2 Sistema decimal, 41
3 Sistema binário, 42
4 Sistema hexadecimal, 47
Considerações	finais,	50
Referências, 50
Capítulo 4
Operações numéricas e 
conversões de base, 53
1 Operações numéricas, 54
2 Conversão de decimal para 
binário, 60
3 Conversão de binário para 
decimal, 62
4 Conversão de decimal para 
hexadecimal, 63
5 Conversão de hexadecimal 
para decimal, 64
6 Conversão de hexadecimal 
para binário, 65
Considerações	finais,	66
Referências, 67
Capítulo 5
Álgebra de Boole e funções 
booleanas, 69
1 Funções booleanas, 69
Considerações	finais,	83
Referências, 84
Capítulo 6
Álgebra de Boole e 
postulados, 85
1 Álgebra de Boole, 85
2 Postulado da complementação, 87
3 Postulado da adição, 88
4 Postulado da multiplicação, 90
5 Propriedades algébricas, 92
6 Teoremas de De Morgan, 93
Considerações	finais,	98
Referências, 98
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Conceitos de computação I
Capítulo 7
Arquitetura de computador – 
hardware, 99
1 CPU, 100
2 Memória, 104
3 Módulo de entrada/saída (E/S) ou 
input/output (I/O), 108
4 Barramentos, 109
Considerações	finais,	113
Referências, 113
Capítulo 8
Arquitetura de computador – 
software, 115
1 Infraestrutura, 116
2 Aplicativos e utilitários, 129
Considerações	finais,	130
Referências, 131
Sobre o autor, 133
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Capítulo 1
História e 
desenvolvimento 
da TI
A	busca	de	cientistas,	matemáticos	e	filósofos	pela	automatização	
do raciocínio e do cálculo marca o início da história da computação no 
século XIX. A partir desse período, ocorreram descobertas substanciais 
que impulsionaram avanços na área computacional e a introdução a 
conceitos nunca antes abordados, como o princípio da computabili-
dade,	 cunhado	 pelo	 matemático	 e	 filósofo	 David	 Hilbert	 (1862-1943)	
(MATIYASEVICH, 1993).
Em meados do século XX, a tese de Turing-Church possibilitou aos 
cientistas	 da	 época	 uma	 noção	 matemática	 bem	 definida	 e	 precisa	
do que seria um algoritmo (TURING, 1937). Também ocorreram des-
cobertas fascinantes que impulsionariam a capacidade de processa-
mento das máquinas, como a invenção do transistor e dos componen-
tes integrados (CIs). 
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Essas descobertas contribuíram para uma miniaturização do 
hardware, possibilitando seu comércio e utilização em larga escala. 
Todas essas evoluções determinaram o surgimento da tecnologia da 
informação (TI), área de estudo sem a qual uma organização ou em-
presa não conseguiria gerenciar seus recursos de forma a se manter 
competitiva no século da informação.
Neste	 capítulo,	 apresentaremos	 algumas	 importantes	 definições	 a	
respeito dos impactos nas relações com o advento da computação. Por 
meio da leitura deste capítulo, espera-se que o leitor tenha capacidade 
de contextualizar as mudanças sociais a partirdo prisma das evoluções 
técnicas que ocorreram, uma vez que se busca transmitir os conceitos 
mais básicos da ciência da computação, revisitando as grandes inven-
ções, desde as primeiras máquinas de cálculo até os computadores 
com capacidade quântica de operação. 
Abordaremos alguns conceitos básicos sobre computação, desde 
a invenção das primeiras máquinas de contagem do século XIX, pas-
sando pelos computadores do século XX, até os poderosos avanços 
ocorridos no século XXI. Pretendemos, de forma simples e concisa, 
estabelecer uma relação cronológica entre as evoluções técnicas in-
corporadas no binômio hardware/software e seu impacto no rearranjo 
da sociedade.
1 Impactos sociais 
Entre os séculos XX e XXI, houve uma grande mudança no papel da 
tecnologia da informação nas organizações. A área de TI, de um pa-
pel comum e restrito a empresas, se tornou uma ferramenta de gestão 
essencial. Não obstante, a informação é resultante do processamen-
to, manipulação e organização de dados, de modo que represente uma 
modificação	no	conhecimento	do	sistema	que	a	recebe	(DAVIS;	OLSON,	
1987).	A	figura	1	ilustra	esse	processo.
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Figura 1 – Transformação de dados em informações em um sistema de informações
Armazenamento
de dados
Dados Informação Conhecimento
Processamento Interpretação
Fonte: adaptado de Davis e Olson (1987, p. 718).
Em um contexto globalizado e de avanços tecnológicos, Campos 
Filho	 (1994)	 define	 que	 os	 serviços	 de	 TI	 são	 amplamente	 utilizados	
das mais diversas formas, tais como no processo de automação in-
dustrial e no comércio (no controle, gerenciamento e publicidade). Em 
consequência de sua posição dentro do mecanismo das organizações, 
a TI se tornou um elemento indispensável à otimização dos processos 
e integra-se aos serviços e produtos, tornando-se, por vezes, o próprio 
negócio, por exemplo, os sites de e-commerce. É possível perceber o 
impacto social da tecnologia da informação por meio dos dados esta-
tísticos da distribuição de emprego nos Estados Unidos ao longo dos 
períodos	de	1880	a	1980,	conforme	ilustrado	no	gráfico	1.
Gráfico 1 – Escalada de empregos relacionados a tecnologia de informação nos Estados Unidos 
(1880-1980)
15%
20%
25%
30%
35%
40%
45%
50%
10%
5%
0%
1880 1890 1900 1910 1920 1930 1940 1950 1960 1970 1980
Indústria
Informação
Serviços
Agricultura
Fonte: adaptado de Campos Filho (1994, p. 39).
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No	gráfico	1,	compreende-se	uma	mudança	na	distribuição	de	em-
prego no mercado de trabalho nos Estados Unidos. No período de 1880 
a 1980, os empregos relativos a informação cresceram de cerca de 
7,5% a 45%.
Com a invenção dos transistores, houve o aumento na capaci-
dade de processamento dos computadores, e, consequentemente, 
seu hardware sofreu mudanças, deixando de ocupar salas inteiras e 
tornando-se objetos de uso doméstico, os computadores pessoais 
(personal computers – PCs),	 ficando	 cada	 vez	 mais	 baratos	 e	 acessí-
veis.	O gráfico	2 mostra	o	crescimento	do	uso	dos	PCs	de	1981	a	1989	
no mercado norte-americano.
Gráfico 2 – PCs em uso nos Estados Unidos (milhões de unidades) na década de 1980
10
20
30
40
50
60
1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989
Fonte: adaptado de Campos Filho (1994, p. 38).
2 Até o século XIX
Muitos anos foram necessários até que Wilhelm Schickard (1592-
1635) desenvolveu uma máquina de cálculo, que era capaz de somar, 
subtrair, multiplicar e dividir. No entanto, sua descoberta se perdera du-
rante	a guerra	dos	trinta	anos	(FONSECA	FILHO,	2007).	Tempos	depois,	
segundo Fonseca Filho (2007), foi atribuída a Blaise Pascal (1623-1662) 
11História e desenvolvimento da TI
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 Editora Senac São Paulo.
a construção da primeira máquina calculadora, que somente somava 
e subtraía. A criação de Pascal foi aprimorada por Gottfried Wilhelm 
Leibniz	 (1646-1726),	 matemático	 alemão,	 que,	 em	 1671,  propôs	 uma	
nova maneira de efetuar multiplicações e divisões, por meio de adições 
e subtrações sucessivas (FONSECA FILHO, 2007). 
No entanto, em 1694, a máquina construída se mostrou pouco con-
fiável	e	sujeita	a	muitos	erros	em	suas	operações.	Todas	essas	máqui-
nas, porém, nem de longe poderiam ser consideradas um computador 
moderno.	Surge	então	uma	pergunta	relevante:	o	que	define	um	compu-
tador moderno?
De acordo com Tanenbaum e Bos (2016),
um computador moderno consiste em um ou mais processadores, 
alguma memória principal, discos, impressoras, um teclado, um 
mouse, um monitor, interfaces de rede e vários outros dispositivos 
de	entrada	e	saída.	(TANENBAUM;	BOS,	2016,	p.	7)
Essa	definição	coincide	com	uma	ideia	preconizada	no	século	pas-
sado.	 Essa	 ideia	 de	 arquitetura	 de	 hardware	 foi	 bem	 definida	 na	 obra	
do ilustre matemático John von Neumann (1903-1957), como veremos 
adiante.
3 Século XIX
No	início	do	século	XIX,	o	matemático	alemão	Leibniz lançou	as	ba-
ses da lógica em um sentido formal e matemático, utilizando o sistema 
binário. Por volta de 1854, o matemático inglês George Boole (1815-
1864) publicou a obra As leis do pensamento, na qual apresentava os 
princípios	 da  lógica	 booleana,	 em	 que	 as	 variáveis	 assumem	 apenas	
valores 0 e 1 (falso e verdadeiro). Era o começo de uma revolução, se-
gundo escreve Theodore Hailperin (1986). Com essa nova lógica, era 
possível	construir	circuitos	lógicos	utilizando	essas	expressões	defini-
das por Boole, bem como a modelagem digital de problemas do mundo 
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físico. Sendo assim, a álgebra de Boole e seus postulados representa-
ram o marco fundamental da eletrônica digital de circuitos.
4 Século XX
Em meados da década de 1930, Claude Shannon (1916-2001) apre-
sentou, em seu trabalho A symbolic analysis of relay and switching cir-
cuits, uma metodologia de construção de placas de circuitos lógicos 
(SHANNON, 1938). A partir desse momento, uma nova forma de cons-
trução de hardware estava para ser criada, com o objetivo de resolver 
problemas	de	simplificação	de	projetos	de	circuitos	lógicos	equivalen-
tes,	definindo,	para	essas	construções	lógicas,	a	utilização	de	relays.	
Na mesma época, John von Neumann concluiu o projeto lógico de 
um  computador.	 Para	 isso,	 ele	 propôs	 “que	 as	 instruções	 fossem	 ar-
mazenadas na memória do computador. Até então, elas eram lidas de 
cartões	perfurados	e	executadas,	uma	a	uma”	(DUARTE;	ZORZO,	[s. d.], 
p.	3).	Esse	projeto	ficou	conhecido	como		“arquitetura	de	Von	Neumann”,	
em homenagem ao matemático.
Alan Turing (1912-1954) e Alonzo Church (1903-1995) propuseram, 
em suas teses, uma revolução no conceito de utilização de mecanismos 
e dispositivos para realização de cálculos complexos via algoritmo. Para 
que esse cálculo pudesse ser exequível,foram consideradas as variáveis 
tempo e armazenamento na máquina para facilitar o processamento na 
realização	dos	cálculos	(TURING,	1937;	CHURCH,	1936).
PARA SABER MAIS 
Para saber mais sobre os estudos relacionados à história das primeiras 
máquinas computacionais, uma excelente indicação é o filme O jogo da 
imitação. Nesse filme, é possível compreender a importância do apa-
recimento da computação, bem como o impacto dessa tecnologia no 
campo de batalha (O JOGO da imitação, 2014).
 
13História e desenvolvimento da TI
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 Editora Senac São Paulo.
O século XX foi terreno fértil para o desenvolvimento da computação. 
Para darmos mais precisão à compreensão das evoluções técnicas, uti-
lizaremos	 a	 terminologia	 “gerações”	 para	 descrever	 o	 desenvolvimento	
cronológico e o impacto dessa tecnologia na humanidade. Tanenbaum e 
Bos	(2016)	definem	cinco	gerações	de	computadores	conhecidas	até	o	
momento. Veremos cada uma dessas gerações em detalhes. 
4.1 Primeira geração (1945-1955)
Tanenbaum	e	Bos	(2016,	p.	5)	definem	a	primeira	geração	de	com-
putadores como sendo a que utilizava tubos e válvulas eletromecâni-
cas, e
sua programação era feita diretamente em código de máquina, 
geralmente pela conexão de plugs em painéis. Não existiam as 
linguagens de programação, nem sistemas operacionais. O ope-
rador obtinha autorização para uso do computador, compilava seu 
programa e esperava a conclusão, se nenhuma válvula queimasse. 
(TANENBAUM;	BOS,	2016,	p.	5)	
O principal computador dessa geração, o ENIAC (Electronic Numerical 
Integrator and Computer, ou Computador e Integrador Numérico 
Eletrônico), possuía cerca de 19 mil válvulas, 10 mil capacitores e 70 mil 
resistores, pesava 30 toneladas, consumia 200 quilowatts de potência 
(energia de consumo para cem casas) e era capaz de executar 5 mil 
adições por segundo. Esse computador era utilizado para realização de 
cálculos	balísticos	e	testes	nucleares	(BRITO;	PURIFICAÇÃO,	2008).
As principais características da primeira geração são: tecnologia de 
tubos e válvulas eletromecânicas, somente linguagem de máquina su-
portada, alto custo de manutenção e aquisição, dissipação de muito ca-
lor, dispositivo de entrada/saída lento, grandes dimensões, necessidade 
de corrente alternada (CA), não portáteis e alto consumo de energia.
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4.2 Segunda geração (1955-1965)
A máquina de Von Neumann foi criada por seu homônimo, John von 
Neumann, físico e matemático, em 1945, com base no trabalho de Alan 
Turing. O design foi publicado em um documento chamado Primeiro ras-
cunho de um relatório sobre o EDVAC. O rascunho de Von Neumann des-
crevia o primeiro computador com programas armazenados (SHANNON, 
1958). Os computadores anteriores, como o ENIAC, eram conectados 
para executar uma tarefa. Se o computador tivesse que executar uma ta-
refa diferente, teria que ser religado, o que era um processo tedioso. Com 
um computador de programa armazenado, um computador de uso geral 
pode ser construído para executar programas diferentes.
Segundo Von Neumann, sua arquitetura devia possuir (SHANNON, 
1958):
 • um processador central composto de uma unidade de controle e 
uma	unidade	aritmética/lógica;
 • uma	unidade	de	memória;
 • armazenamento	em	massa;
 • dispositivos de entrada e saída.
O design de Von Neumann forma, assim, a base da computação mo-
derna. Um modelo semelhante, a arquitetura de Harvard, tinha endere-
ços de dados e barramentos dedicados para leitura e gravação na me-
mória. A arquitetura de Von Neumann venceu porque era mais simples 
de implementar em hardware real.
Portanto, os computadores da segunda geração convergiam para o 
modelo proposto por Von Neumann, sendo que eram conhecidos como 
mainframes ou computadores de grande porte e, mesmo assim, custa-
vam milhões de dólares. A maneira de operação das máquinas dessa 
geração consistia em o programador levar um conjunto de cartões per-
furados com programas em Fortran ou Assembly (linguagem de mon-
tagem) e esperar a impressão resultante (TOCCI, 1994).
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As principais características da segunda geração são: utilização de 
transistores	 mais	 confiáveis	 quando	 comparados	 com	 computadores	
da primeira geração, tamanho menor, hardware que dissipava menos 
calor, consumo menor de energia em comparação com os computa-
dores da primeira geração, computadores mais rápidos do que os da 
primeira geração, computadores ainda muito caros e corrente alternada 
necessária. Alguns computadores dessa geração foram: IBM 1401, IBM 
7094, CDC 1604, CDC 3600 e UNIVAC 1108.
4.3 Terceira geração (1965-1980)
Segundo Tanenbaum e Bos (2016):
A terceira geração de computadores é marcada pelo uso de cir-
cuitos integrados (CIs) feitos de silício, também conhecidos como 
microchips. Um computador que representa esta geração foi o 
IBM’s	System/360,	voltado	para	o	setor	comercial	e	científico.	Ele	
possuía uma arquitetura plugável, na qual o cliente poderia substi-
tuir as peças que dessem defeitos. Além disso, as empresas pode-
riam aumentar a capacidade do computador adquirindo um con-
junto de periféricos que eram vendidos conforme a necessidade. 
(TANENBAUM;	BOS,	2016,	p.	7)
Na	figura	2,	temos	a	estrutura	de	um	mainframe	com	seus	discos	
de armazenamento e a unidade de processamento, típico da terceira 
geração. 
Figura 2 – Computador mainframe 
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Nessa geração, surgiram os dispositivos de entrada e saída, como o 
terminal de vídeo, o teclado e o disco magnético. Algumas linguagens 
de alto nível (FORTRAN-II A IV, COBOL, PASCAL PL /1, BASIC, ALGOL-68, 
etc.) foram usadas durante essa geração.
4.4 Quarta geração (1980-presente)
A quarta geração de computadores é marcada pelo uso de circuitos 
integrados com tecnologia eletrônica VLSI (very large-scale integration),1 
que são chips contendo milhares de transistores em um centímetro qua-
drado de silicone, dando origem à era do computador moderno.
Essa tecnologia possibilitou a implementação de circuitos integra-
dos, que permitiram o desenvolvimento de computadores pessoais ou 
microcomputadores. Um computador muito comercializado nessa épo-
ca foi o modelo Altair 8800, com sistema de disquete de 8 polegadas. 
Seu lançamento ocorreu em janeiro de 1975. Ele possuía uma CPU Intel 
8080 de 2 MHz.
Os computadores da quarta geração se tornaram mais poderosos, 
mais	compactos,	mais	confiáveis	e	acessíveis.	Essas	inovações	impul-
sionaram a revolução dos computadores pessoais. Todas as lingua-
gens de alto nível, como C, C++ e dBASE, foram implementadas nessa 
geração.
A	 figura	 3	 apresenta	 o	 computador	 Apple	 II,	 comercializado	 na	
década de 1970. 
1	VLSI	(integração	em	larga	escala)	“é	o	grupo	de	CIs	com	um	número	de	componentescompreendido	entre	
100.000 e 10 milhões de dispositivos por pastilha (são utilizados na implementação de microprocessadores)” 
(TOCCI, 1994, p. 23).
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Figura 3 – Computador Apple II, lançado em 1970
4.5 Quinta geração (1990-presente)
Entre as principais características dos computadores da quinta ge-
ração estão: utilização de tecnologia ULSI (ultra large-scale integration),2 
desenvolvimento	 de	 inteligência	 artificial,	 desenvolvimento	 do	 proces-
samento de linguagem natural, avanço no processamento paralelo, 
avanço na tecnologia de supercondutores, interfaces mais amigáveis 
com recursos multimídia e disponibilidade de computadores muito po-
tentes e compactos a preços mais baratos. 
Outra característica da quinta geração é o uso de linguagens de alto 
nível, como C e C++, Java e .Net.
A	figura	4	mostra	um	típico	escritório	com	os	dispositivos	da	quinta	
geração, como smartphone, laptop e desktop.
2	 ULSI	 (integração	 em	 escala	 ultralarga)	 “é	 o	 grupo	 de	 CIs	 com	 mais	 de	 10	 milhões	 de	 dispositivos	 por	
pastilha” (TOCCI, 1994, p. 23).
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Figura 4 – Computadores da quinta geração: smartphone, laptop e desktop
5 Século XXI 
Podemos inferir que a sexta geração de computadores é marcada 
pela utilização de computação distribuída, computação em nuvem, 
dispositivos móveis, computação ubíqua, realidade aumentada, além 
dos poderosos computadores com poder quântico de processamento.
Segundo Martin Giles (2019), em um artigo da revista MIT Technology 
Review, os computadores quânticos não se limitam a dois estados lógi-
cos,	eles	codificam	informações	como	bits	quânticos,	ou	qubits,	basea-
dos	 na	 teoria	 da	 superposição	 e	 emaranhamento.	 Simplificadamente,	
os qubits são representados por átomos, íons, fótons ou elétrons e seus 
respectivos dispositivos de controle, para que, dessa forma, possam ser 
explorados para atuar como dispositivos de memória e processamento. 
Contudo,	um	dos	grandes	desafios	da	engenharia	e	da	física	é	controlar	
a estabilidade dos níveis energéticos dos estados quânticos, para que 
seja	possível	sua	codificação.
Os controles de processo da IBM, da Google e da Rigetti Computing 
estão utilizando circuitos supercondutores resfriados a temperaturas 
mais frias que o espaço profundo. Outras empresas, como a IonQ, se-
diada em College Park, Maryland, nos Estados Unidos, estão utilizando 
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um	método	no	qual	são	confinados	átomos	individuais	em	um	chip	de	
silício, utilizando campos eletromagnéticos em câmeras de ultravácuo. 
Nos dois casos, o objetivo é isolar os qubits em um estado quântico 
estável (GILES, 2019).
A	figura	5	ilustra	o	hardware	de	um	computador	quântico.
Figura 5 – Ilustração de um computador quântico
Espera-se que todos esses avanços na velocidade de processamen-
to	 desses	 supercomputadores	 contribuam	 para	 uma	 “nova	 era”,	 uma	
vez que teremos uma revolução, desde a implementação de carros 
inteligentes conectados à rede, dispositivos integrados IOT (do inglês, 
Internet of Things), até, possivelmente, uma integração corpo-máquina, 
bem como o aparecimento de novos nichos de serviços.
Considerações finais
Neste capítulo, foram apresentadas as cinco gerações de compu-
tadores. Apesar de a história da computação ser curta, de 1943 até os 
dias atuais, houve um avanço tecnológico muito rápido. A primeira gera-
ção de computadores utilizava a tecnologia baseada em tubos de vácuo 
e válvulas eletromecânicas. A segunda geração utilizava transistores. 
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A terceira geração, por sua vez, utilizava os circuitos integrados. A quarta 
geração é conhecida pelo aparecimento dos computadores pesso-
ais e por utilizar, em seu hardware, os microprocessadores. A quinta 
geração é bem representada pelos smartphones, laptops e desktops. 
Por	 fim,	 podemos	 classificar	 a	 sexta	 geração,	 dos	 computadores	 que	
possuem a caraterística de realização de processamento quântico. É 
importante salientar a grande evolução nas dimensões do hardware 
(“miniaturização”),	graças	às	evoluções	técnicas,	tais	como	a	invenção	
dos transistores e componentes integrados. 
Referências
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gias: um repensar. 2. ed. Curitiba: IBPEX, 2008.
CAMPOS FILHO, Maurício Prates de. Os sistemas de informação e as modernas 
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Symbolic Logic, v. 1, n. 1, p. 40-41, jun. 1936. Disponível em: https://www.
cambridge.org/core/journals/journal-of-symbolic-logic/article/note-on-the- 
entscheidungsproblem/9461BEAD94BB16D56EC78933D7D67DEF. Acesso em: 
17 out. 2019.
DAVIS,	 G.	 B.;	 OLSON,	 M.	 H.	 Sistemas de información gerencial. Bogotá: 
McGraw-Hill, 1987. 
DUARTE,	 Lucio	 Mauro;	 ZORZO,	 Avelino	 F.	 Resumo sobre histórico dos com-
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Grande	do	Sul	(PUCRS).	[s. d.]. Disponível em: https://www.inf.pucrs.br/~zorzo/
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FONSECA FILHO, Cléuzio. História da computação: o caminho do pensamento 
e da tecnologia. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2007.
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GILES, Martin. Explainer: what is a quantum computer? MIT Technology Review. 
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Capítulo 2
A transformação do 
dado à criação do 
conhecimento
Neste capítulo, abordaremos os conceitos de dado, informação e 
conhecimento, bem como os benefícios que a gestão dos dados pode 
oferecer para o processo de tomada de decisão dentro de uma organi-
zação. Estudaremos o processo de evolução da gestão dos dados, bem 
como as principais plataformas utilizadas atualmente pelas empresas 
e organizações.
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Sabemos que todos os campos do conhecimento necessitam de in-
formação. Uma empresa de logística, por exemplo, precisa saber com a 
máxima exatidão a quantidade de rotas e otimizá-las de modo que o en-
vio de mercadorias chegue sem atrasos, com custo mínimo. Um erro de 
estratégia na escolha dessas rotas ocasionaria um grande prejuízo para 
o negócio, e essa informação precisa estar sempre atualizada, todos 
os dias. 
Sendo assim, a gestão da informação, segundo Laudon e Laudon 
(2011), consiste no processo de
atividades de busca, identificação, classificação, processamento, 
armazenamento e disseminação de informações independente-
mente do formato ou meio em que se encontra, podendo ser docu-
mentos físicos ou digitais. (LAUDON; LAUDON, 2011, p. 27)
Ela é a responsável por armazenar os dados e transformá-los em 
informação, proporcionando a base para a tomada de decisão dentro 
das empresas.
É comum o entendimento de que dado, informação e conhecimen-
to sejam sinônimos, o que é um equívoco. Então, faz-se importante a 
desmistificação desses conceitos, para o real entendimento. Dado, in-
formação e conhecimento são classificados em categorias distintas, 
porém estreitamente relacionadas.
1 Conceito de dado
Podemos definir o termo “dado” como a representação de uma sé-
rie de fatos, conceitos ou estatísticas que podem ser analisados para 
produzir informações. Alguns exemplos de dados são: o nome de um 
bairro, a idade de alguém e o número da quantidade vendida de um de-
terminado produto. O dado pode ser considerado um elemento da infor-
mação, que, tomado isoladamente, não possui significado relevante e 
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não conduz a nenhuma compreensão. Conforme Bio (1988), ele repre-
senta algo que não tem sentido a princípio.
De acordo com Davenport e Prusak (1998), dependendo da sua infor-
mação, os dados podem ser classificados da seguinte forma:
 • Dado do tipo número: se a sua informação for um número inteiro 
ou decimal. 
 • Dado do tipo texto: se possuir um conjunto de caracteres 
alfanuméricos. 
Os dados também podem ser divididos em dados qualitativos e da-
dos quantitativos. Os dados qualitativos são relativos a qualidades. Por 
exemplo, em uma pesquisa sobre um produto, algumas respostas dos 
consumidores podem ser: “gostoso”, “muito bom”, “ruim” ou “péssimo”. 
Estes são todos exemplos de dados qualitativos, que estão qualificando 
algo. Já os dados quantitativos são relativos a quantidade. Por exemplo: 
quantidade de pessoas com mais de 18 anos, quantidade de pessoas 
desempregadas, quantidade de pessoas que ganham até um salário 
mínimo, etc.
Conforme seu conteúdo, os dados ainda podem ser classificados da 
seguinte forma:
 • Dados contínuos: são dados quantitativos contínuos que assu-
mem valores em um intervalo contínuo de números. Por exem-
plo: viscosidade de um líquido, peso de uma pessoa, tempo para 
completar uma tarefa, custos de manutenção. Exemplos: 65 kg, 
90 minutos, R$ 350,00.
 • Dados de contagem: são dados nos quais as observações po-
dem somente tomar valores  inteiros. Por exemplo:  número de 
peças com defeito em um lote, número de roubos em um mês, 
número de erros da execução de uma tarefa. Exemplos: 20 peças 
com defeito, 100 roubos no mês, 5 erros na execução da tarefa.
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 • Dados de classificação: são dados que se constituem em abor-
dagens para identificar, proteger e gerenciar informações que se 
tornaram rapidamente práticas. Exemplo: produto do tipo A ou 
produto do tipo B.
Os dados podem se tornar difíceis de serem gerenciados por serem 
processados em diversas etapas e em diferentes locais. Algumas ra-
zões para isso seria o crescente aumento da quantidade de dados ao 
longo do tempo, localizações dispersas dos dados dentro das organi-
zações, métodos e dispositivos diversos utilizados para sua coleta e, 
ainda, as diferentes origens dos dados, podendo vir de fontes internas, 
externas e pessoais, o que leva ao aumento da sua digitalização. De 
acordo com Akabane (2012), esse crescimento proveniente do maior 
acesso a dispositivos eletrônicos e da popularização da internet contri-
bui para uma revolução no processamento de dados. 
Isso nos leva ao conceito de Big Data, que, segundo Davis (2012),
são dados muito volumosos para serem tratados e analisados 
por protocolos de banco de dados tradicionais como SQL (o que 
faz Big Data um termo que pode evoluir ao longo do tempo, o que 
é considerado agora Big Data pode muito rapidamente tornar-se 
pequeno). (DAVIS, 2012, p. 4)
2 Conceito de informação
Uma das características que compõem o conceito de informação é 
que ela deve ser responsável pela “produção, seleção, organização, in-
terpretação, armazenamento, recuperação, disseminação, transforma-
ção e uso da informação” (GRIFFITH, 1980 apud CAPURRO, 2003, p. 4). 
De acordo com Tarapanoff (2006, p. 23) “a informação pode ser con-
siderada: um fator determinante para a melhoria de processos, produ-
tos e serviços, tendo valor estratégico em organizações”.
27A transformação do dado à criação do conhecimento
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Davenport e Prusak (1998) definem o tema informação como “uma 
mensagem, geralmente na forma de um documento ou uma comunica-
ção audível ou visível” (DAVENPORT; PRUSAK, 1998, p. 4). 
Stair e Reynolds (2006) definem sistemas de informação como sendo
um conjunto de elementos ou componentes inter-relacionados que 
coletam (entrada), manipulam (processo) e disseminam (saída) 
dados e informações e oferecem um mecanismo de realimentação 
para atingir um objetivo. (STAIR; REYNOLDS, 2006, p. 12)
A figura 1 ilustra o processo de transformação de dado em 
informação.Figura 1 – A transformação de dado em informação
Dado Informação
Processo de transformação 
(aplicação de conhecimento 
para selecionar, organizar e 
manipular os dados)
Fonte: adaptado de Stair e Reynolds (2006, p. 7).
Angeloni (2008) define
um novo ponto de vista para a interpretação de eventos ou obje-
tos, tornando-se visíveis aos significados antes invisíveis ou lan-
çando luz sobre conexões antes inesperadas. Por isso, a informa-
ção é um meio ou material necessário para extrair e construir o 
conhecimento. (ANGELONI, 2008, p. 23)
3 Conceito de conhecimento
Podemos conceituar que conhecimento, o capital intelectual (ou 
recurso intelectual), é informação contextual, relevante e acionável, 
de modo que, em síntese, constitui-se da informação em movimento 
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(TURBAN; RAINER JR.; POTTER, 2007). A informação pode ser defini-
da como valiosa, e a obtenção do conhecimento passa pelos crivos da 
reflexão, da síntese e do contexto. É uma tarefa árdua a estruturação 
de capturar em computadores. Normalmente, é tácita (não explícita), 
e sua transparência é complexa (AUDY; ANDRADE; CIDRAL, 2005). 
Segundo Smit, Tálamo e Kobashi (2004), é necessário ter um domínio 
interdisciplinar, passando pelo modo estático por meio da ciência da 
biblioteconomia, até chegar à ciência da informação, sendo este últi-
mo um processo dinâmico. A figura 2 descreve esse movimento, que 
tem início na biblioteconomia, passando pela documentação e che-
gando, enfim, à ciência da informação.
Figura 2 – Eixo evolutivo do conhecimento
Biblioteconomia
(ênfase no estático)
Documentação
Ciência da informação
(ênfase no dinâmico)
Acervo Recuperação da informação Acesso à informação
Transferência de informação
Fonte: adaptado de Smit, Tálamo e Kobashi (2004, p. 9).
4 Evolução da gestão dos dados e 
plataformas atuais de gestão
Os mecanismos de gestão do conhecimento atuais permitem a con-
centração de dados, a fim de acumular e planejar, no contexto de geren-
ciamento de informação. Para isso, muitas empresas desenvolveram 
ferramentas de gestão do conhecimento. Essas ferramentas, quando 
bem gerenciadas, permitem incremento de produtividade, competitivi-
dade e inovação para as empresas que as utilizam.
29A transformação do dado à criação do conhecimento
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Essencialmente, essas ferramentas são capazes de armazenar o 
conhecimento, que pode ser os perfis dos funcionários, os perfis das 
empresas competidoras ou mesmo dados para uso político.
Uma vez acumuladas essas informações em seus computadores, 
esses dados ficam disponíveis de maneira compartilhada no mesmo 
banco de dados da organização. Por meio desse banco de informações, 
é possível criar uma variedade de algoritmos e de aplicativos de tomada 
de decisão, que podem ser úteis para otimização dos negócios.
Essas tecnologias podem fornecer conhecimento para todos os ní-
veis hierárquicos da empresa, promovendo a comunicação entre todos 
os setores envolvidos. Segundo Stair e Reynolds (2006), algumas das 
principais vantagens da utilização do gerenciamento de dados são:
 • aumento da agilidade na gestão;
 • aumento da eficácia na tomada de decisão;
 • ganho de vantagem competitiva;
 • previsão de dificuldades e forma de evitá-las;
 • ampla capacidade de detecção de oportunidades.
Para comprovar a capacidade de detecção de oportunidades forne-
cida pela tecnologia, precisamos compreender o processo da aquisição 
de inteligência competitiva (IC). A IC é aplicada nos mais variados am-
bientes, com o objetivo de extrair oportunidades e mitigar riscos.
Segundo Valentim (2003), os ambientes interno e externo de uma or-
ganização estão expostos a estratégias de ação de curto, médio e longo 
prazo, trazendo informações estratégicas sobre a situação do desem-
penho dos seus concorrentes. O processo de detecção de oportunidade 
pode ser mais bem compreendido por meio da análise da figura 3.
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Figura 3 – Hierarquia da informação 
InteligênciaVantagem competitiva
Processamento
Informação
Conhecimento
Dados
Síntese
Análise
Aprendizagem
Experiência
Elaboração
Fonte: adaptado de Moresi (2000, p. 18).
4.1 Estudo de caso
Vamos acompanhar alguns casos reais de empresas que inovaram 
seus processos com a utilização de soluções para gestão da informa-
ção, corroborando para que a oferta de seus serviços fosse diferenciada 
da concorrência.
4.1.1 Caso eCourier
Segundo Akabane (2012), a empresa inglesa eCourier tratou de 
forma inovadora o processo de gestão da informação, aplicando uma 
ousada estratégia de gestão de dados. 
A eCourier oferecia serviços de entrega de pacotes, sendo o seu 
maior desafio vencer a concorrência, que era de aproximadamente 
350 empresas que ofereciam serviços similares. O objetivo principal da 
empresa era oferecer um serviço diferenciado, que surpreendesse as 
expectativas dos seus clientes.
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Para que isso fosse possível, a solução encontrada pelos gestores 
foi a implantação de inteligência competitiva, por meio dos seguintes 
processos internos:
 • Implantação de software de geolocalização (GPS).
 • Treinamento técnico dos seus funcionários.
 • Integração eletrônica em tempo real entre setores.
 • Acesso instantâneo sobre informações comportamentais dos 
seus clientes.
Como as posições dos correios são rastreadas por GPS e um siste-
ma inteligente de expedição atribui pedidos via GPRS, isso melhorou a 
eficiência do processo. Pode-se destacar que o maior diferencial dessa 
ferramenta é que o algoritmo distribui pedidos aos correios em tempo 
real com base na localização, no tráfego, no clima e na demanda. 
4.1.2 Caso Lands’ End
De acordo com Laudon e Laudon (2011), algumas empresas que 
desenvolvem produtos e serviços baseados em serviços informatiza-
dos (SI), em curto prazo, são mais difíceis de serem copiadas pela 
concorrência, o que faz a lucratividade aumentar consideravelmente. 
A customização em massa, por exemplo, oferece a capacidade de ofe-
recer produtos e serviços sob medida usando os mesmos recursos da 
produção em massa.
Uma empresa que trabalha dessa forma é a Lands’ End, do ramo 
de vestuário. Seus clientes utilizam seu site para fazer encomendas 
de roupas passando suas medidas ao preencherem um formulário. As 
informações são transmitidas para a central, que desenvolve um mol-
de eletrônico sob medida para cada cliente. Os moldes eletrônicos são 
transmitidos via rede a um fábrica, onde são utilizados para guiar as 
máquinas de corte. Utilizando essa estratégia, não há custos extras 
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de produção, porque o processo não requer armazenamento adicional 
nem estoques, e o custo para os clientes é minimamente superior ao 
das roupas produzidas em massa.
4.1.3 Caso Dell Computer Corporation
Outra empresa que tem seus serviços baseados em SI é a Dell 
Computer Corporation, que vende diretamente para o cliente final 
usando um sistema de fabricação sob demanda. Assim que recebe o 
pedido, o controle de produção da empresa passa as instruções para 
a linha de montagem, que construirá o computador de acordo com 
as configurações especificadas pelo cliente e usando componentes já 
existentes em seu almoxarifado.
Laudon e Laudon (2011) explicam que os sistemas de informação 
são a chave para que as empresas consigam obter informações que 
permitam técnicas de vendas e de marketing alinhadas, habilitando as 
empresas a analisar os modelos de compras, os gostos e as preferên-
cias dos clientes e tornando-as capazes de lançar com eficiência cam-
panhas de marketing dirigidas a mercados-alvo cada vez menores.
5 Plataformas atuais de gestão
Segundo Stair e Reynolds (2006, p. 12), os sistemas de informação 
baseados em computadores (computer-based information systems 
– CBIS) são “um conjunto único de hardware, software, bancos de da-
dos, telecomunicações, pessoas e procedimentos que tem a função 
de coletar, manipular, armazenar e processar dados em informações”. 
Atualmente, as empresas de pequeno, médio e grande porte incorpo-
ram em seus produtos e serviços informações baseadas em sistemas 
de computador (STAIR; REYNOLDS, 2006).
A gestão do conhecimento é, em seu significado atual, um esforço 
para disponibilizar o conhecimento de uma organização àqueles que 
dela necessitam, quando, onde e da maneira que for necessária, com o 
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objetivo de aumentar o desempenho humano e organizacional (TERRA, 
2000). De acordo com Stair e Reynolds (2006),
o software chamado sistema de gestão de banco de dados (DBMS 
– database management system) em geral é usado para gerenciar 
o banco de dados, e o software chamado sistema de gestão de 
modelos (MMS, model management system) é utilizado para gerir 
a base de modelo. (STAIR; REYNOLDS, 2006, p. 25)
Um outro exemplo é uma ferramenta de apoio à gestão, o sistema 
Vblock, da Virtual Computing Environment (VCE), que é um grupo de 
empresas da rede Cisco e a fornecedora de armazenagem de dados 
EMC. A VCE oferece soluções para a criação de uma plataforma em 
nuvem, ao mesmo tempo que elimina a necessidade de o usuário lidar 
com múltiplos fornecedores (STAIR; REYNOLDS, 2006).
As plataformas de gestão do conhecimento são recursos disponí-
veis às empresas, a fim de que estas possam gerir os dados, propor-
cionando conhecimento e informação para que especialistas tomem 
decisões otimizadas e assertivas em seus negócios.
Decisões otimizadas e assertivas podem ser alcançadas mediante 
utilização de softwares colaborativos. Esses softwares podem ser en-
tendidos como todo aplicativo ou ferramenta que torna possível a troca 
de informações de forma ágil e, principalmente, simultânea e atualizada.
A seguir, são listados dois softwares colaborativos que podem se 
utilizar de armazenamento de informação em nuvem:
 • Trello: aplicativo de gerenciamento de projetos.
 • Microsoft Teams: plataforma unificada de comunicação e co-
laboração que combina bate-papo, videoconferências, arma-
zenamento de arquivos e integração de aplicativos no local 
de trabalho.
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Considerações finais
Neste capítulo, apresentamos um panorama com as definições de 
três entes muito importantes para organizações e empresas na tomada 
de decisão: os dados, a informação e o conhecimento. Essa trindade, 
quando trabalhada corretamente, transforma-se em uma ferramenta 
eficiente de gerenciamento, capaz de tornar o processo de análise dos 
dados mais inteligente e otimizado. Neste capítulo, foi possível destacar 
os dois principais softwares de gestão, sendo eles: softwares colabo-
rativos e softwares utilizados com finalidade específica na tomada de 
decisão.
Referências
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Capítulo3
Sistemas de 
numeração 
decimal, binário e 
hexadecimal
Neste capítulo, conheceremos os tipos de sistemas de numeração, 
de bases decimal, binária e hexadecimal. Entenderemos o porquê de 
cada sistema numérico, como cada um funciona e sua utilização na 
computação. Compreenderemos, também, algumas aplicações práti-
cas, tais como a codificação BCD e o padrão alfanumérico ASCII, ado-
tado na computação.
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Com a necessidade de manter registros de animais e outros bens, a 
numeração escrita data de épocas mais primitivas. O sistema utilizava 
marcas ou traços em paus, pedras, etc., com a aplicação da correspon-
dência biunívoca (correspondência entre os elementos de dois conjun-
tos, tal que a cada elemento de um corresponda a um e somente um 
elemento do outro conjunto). Cajori (1993) define que os sistemas de 
escrita numérica mais primitivos provêm dos egípcios e dos babilônios 
e datam aproximadamente do ano 3500 a.C.
Já o computador é capaz de entender apenas dois tipos de sinais, 
zero (0) e um (1), ou seja, a presença de corrente elétrica ou sua au-
sência em algum ponto de seu circuito. Assim, podemos dizer que sua 
linguagem natural é de base 2 (binária).
De acordo com Tocci, Widmer e Moss (2011), na representação di-
gital, os valores são representados por símbolos conhecidos como dí-
gitos, e não de acordo com um sistema decimal. Podemos citar como 
exemplo o relógio digital. Ele mostra as horas e os minutos no formato 
de dígitos decimais. Dessa forma, a mudança do tempo mostrada pelo 
relógio se dá por etapas, e não continuamente, como realmente acon-
tece. Podemos concluir que a representação digital da hora muda de 
forma discreta e a representação das horas por um relógio de ponteiro 
é mostrada de forma contínua.
A principal diferença entre grandezas analógicas e digitais, por-
tanto, pode ser simplesmente indicada como analógico-contínuo e 
digital-discreto. Na leitura de representações digitais, não há equívo-
co, por se tratar de uma natureza discreta. Já para leituras analógicas, 
podem acontecer diferentes interpretações. Na prática, normalmente 
“arredondamos” o valor analógico lido para um valor aproximado mais 
conveniente. A representação digital é o resultado da atribuição de um 
número de precisão limitada a uma grandeza contínua. Por exemplo, 
quando medimos uma temperatura usando um termômetro de mer-
cúrio (analógico), a marcação normalmente fica entre duas linhas de 
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graduação e temos que escolher uma linha mais próxima e um número, 
por exemplo, 36,5 °C.
1 Sistema numérico
Para entendermos os sistemas de representação de símbolos numé-
ricos, é necessário conhecer a necessidade de utilização para o sistema 
de medidas, tais quais as utilizadas no sistema agrícola do Egito antigo. 
Segundo Doberstein (2010, p. 28), as medidas adotadas pelos egípcios 
facilitavam a construção de diques para armazenamento de alimentos e 
o desenvolvimento de sua agricultura. O sistema de medição egípcio era 
baseado no comprimento de partes do corpo, como ilustrado na figura 1. 
Figura 1 – Sistema de medição no Egito antigo
Dígito: a largura
de um dedo.
Palmo: a largura
de quatro dedos.
Cúbito: a distância
do cotovelo à ponta
do dedo médio.
Existem evidências de que os egípcios utilizavam um sistema de nú-
meros decimais há 5 mil anos. O sistema de numeração romana, pre-
dominante há centenas de anos, também era um sistema de números 
decimais (embora organizado de forma diferente do sistema de números 
arábicos da base 10, com o qual estamos mais familiarizados). De acordo 
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com Boyer e Merzbach (2012), os números foram estudados exaustiva-
mente pelos gregos, e, por um longo tempo, a escola grega, mais preci-
samente a pitagórica, defendia que tudo no universo era constituído de 
números.
Kronecker (1857) é muitas vezes citado por ter dito: “Deus criou os 
números inteiros; tudo o mais é obra do homem”, considerando que o 
sistema de números reais foi erigido por matemáticos com base nos 
fundamentos intuitivamente óbvios fornecidos pelos números inteiros.
De acordo com Clarke (1982),
o surgimento da expressão “número real” se deu com René 
Descartes (1596-1650) em 1637, quando este apresentou as raízes 
de equações expressas por números imaginários, e tal expressão 
ainda é utilizada até hoje. (CLARKE, 1982, p. 48)
Gauss (1777-1855) foi quem aprimorou a ideia de números reais e 
imaginários por meio de equações que não possuíam discriminante 
positivo.
De acordo com Clarke (1982, p. 7), foi necessário que um grande 
período se passasse até que os trabalhos com os números irracionais 
fossem evitados, e somente 2.500 anos depois foi possível estabelecer 
a construção axiomática dos números reais. 
A matemática apresenta um conceito de representação bem defi-
nida. A reta real ou a reta do número real é a reta cujos pontos são os 
números reais. Ou seja, a reta real é o conjunto IR de todos os números 
reais, vistos como um espaço geométrico, ou seja, o espaço euclidiano 
da dimensão unitária. 
A reta real da figura 2 reúne os números inteiros 1, 2 e 3, os números 
1 5inteiros negativos -1 e -2, os número fracionários positivos e , 
2 21o número fracionário negativo - e a representação de números deci-2
mais 0,5, -1,5, bem como os irracionais 2 e - 3 , e o π.
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Figura 2 – Reta real
1
2
5
2
0,5-1,5
-2 -1 0 1 2
π = 3,14159...
3 ...
IR
...
1
2
-
3- 2
2 Sistema decimal
O sistema métrico decimal tem sido o mais amplamente utiliza-
do, desde que a civilização começou a contar. De acordo com Tocci, 
Widmer e Moss (2007), o sistema decimal utiliza a base 10, sendo 
assim, essa base possui dez símbolos. São eles: {0,1,2,3,4,5,6,7,8,9}. 
As posições dos dígitos são representadas por meio de potências de 
10. Estas são conhecidas como unidade, centena, milhar, e assim por 
diante. A figura 3 ilustra a representação do sistema decimal, com os 
dígitos mais significativos (most significant digits – MSD) e os dígitos 
menos significativos (least significant digits – LSD).
Figura 3 – Representação em sistemas numéricos em potências de 10
Dígitos menos significativos (LSD)Dígitos mais significativos (MSD)
... ...103 102 101 100 10-1 10-2 10-3
Agora, vamos acompanhar um exemplo para compreendermos me-
lhor essa representação: 
(234)10 = 2 × 10
2 + 3 × 101 + 4 × 100
 MSD = 2 LSD = 4
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Ou, ainda:
2 × 100 + 3 × 10 + 4 × 1 = (234)10 
3 Sistema binário
De acordo com Haykin e Moher (2008), para determinado código bi-
nário, cada símbolo pode ser de um dentre dois valores distintos, tal 
como pulso negativo ou pulso positivo. Os dois símbolos de um código 
binário são, geralmente, representados por 0 e 1. Tocci, Widmer e Moss 
(2011) definem que o sistema binário se utiliza da base 2, sendo assim, 
essa base possui dois dígitos. O alfabeto do sistema binário é represen-
tado pelo conjunto de dois dígitos {0,1}.
O sistema numérico binário pode ser representado pelo símbolo 
zero, utilizando o algarismo 0, e pelo símbolo um, utilizando o algarismo 
1. Para as demais representações, utilizamos agrupamentos de 0 e 1. 
Haykin e Moher (2008) apresentam algumas das vantagens de utili-
zação de um código representado por uma sequência binária:
 • A vantagem máxima sobre os efeitos de ruído em uma mídia 
de comunicação é obtida utilizando um código binário, pois o 
símbolo binário suporta um relativo nível alto de ruído.
 • O código binário é fácil de ser gerado e regenerado. Suponha que, 
em um código binário, cada palavra de código consista em R bits. 
O bit é um acrônimo para dígito binário. Sendo assim, R represen-
ta o número de bits por amostra. Logo, utilizando esse código, 
podemos representar um total de 2R números distintos. 
Exemplificando, uma amostra quantizada em um de 256 níveis pode 
ser representada por um código com 8 bits, pois 28 bits = 256 possibili-
dades. Contudo um número de bits forma níveis de representação pos-
síveis para uma distribuição de possibilidades binárias. No sistema de 
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numeração binário, cada dígito possui um peso, que é uma potência de 
2, como veremos na figura 4.
Figura 4 – Representação em sistemas numéricos em potências de 2
Dígitos menos significativos (LSD)Dígitos mais significativos (MSD)
... ...23 22 21 20 2-1 2-2 2-3
Ao efetuarmos o lançamento de uma moeda, podemos obter dois 
resultados possíveis: {cara,coroa}. Assim, poderíamos associar esses 
dois resultados da seguinte forma: cara como sendo 1 e coroa como 
sendo 0, ou vice-versa. Poderíamos, também, até mesmo associá-los a 
verdadeiro ou falso: {verdadeiro,falso}, e assim por diante.
Esse tipo de representação binária é utilizado no projeto da arquite-
tura de funcionamento interno de um computador, porém, você terá que 
aprender a pensar em um sistema numérico um pouco diferente, o sis-
tema de números binários, também conhecido como sistema base 2.
Seguindo essa mesma regra, podemos representar as demais quan-
tidades. A tabela 1 ilustra a sequência de numeração do sistema binário 
até o número 9.
Tabela 1 – Números do sistema decimal 0 a 9 no sistema binário
Decimal Binário
0 0
1 1
2 10
3 11
(cont.)
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Decimal Binário
4 100
5 101
6 110
7 111
8 1000
9 1001
O termo “bit” (do inglês, “binary digit”) é dado a todo dígito binário, 
sendo que o conjunto de 4 bits recebe o nome de “nibble”, e o conjunto 
binário formado por 8 bits recebe o nome de “byte”. Segundo Tocci, 
Widmer e Moss (2007), todos os dados que são armazenados ou pro-
cessados em um computador podem ser representados na forma de 
bits. No entanto, com um único bit, podemos representar dois estados 
possíveis, sendo assim, para resolver essa limitação, os computado-
res trabalham com agrupamentos de bits. 
De acordo com Tocci, Widmer e Moss (2011), os microprocessado-
res projetados nas décadas de 1970 e 1980, como o Intel 8080, podiam 
operar com 8 bits de cada vez. Já os hardwares que utilizavam micropro-
cessadores Intel 8088 e Intel 80286 operavam com 16 bits (apesar de 
aceitarem também instruções e dados de 8 bits). Microprocessadores 
como o Intel 80386, o Intel 80486 e o Pentium operavam com 32 bits 
(apesar de aceitarem também instruções e dados de 8 ou 16 bits). 
Sempre que um microprocessador, uma memória ou outro chip qual-
quer precisar receber ou transmitir dados, esses dados são transferidos 
na forma de bits.
Segundo Tocci, Widmer e Moss (2011), para que a transferência de 
dados seja mais rápida, esses bits não devem ser transferidos um de 
cada vez, mas, sim, vários de uma só vez. No entanto, utilizando um 
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único fio, só é possível transmitir um bit de cada vez. Com oito fios, 
pode-se realizar a transmissão de 8 bits de cada vez. Essa técnica de 
transmissão de dados é muito mais rápida que a transmissão em fio 
único, contudo os bits nos computadores são sempre transmitidos em 
grupos de 8, 16 ou 32 bits.
É muito importante, para o conhecimento técnico de computação, 
entender a representação em agrupamento de bits, bem como as uni-
dades de armazenamento de dados:
 • Um agrupamento de 4 bits é chamado de “nibble”.
 • Um agrupamento de 8 bits é chamado de “byte”.
 • Um agrupamento de 16 bits é chamado de “word”.
 • Um agrupamento de 32 bits é chamado de “double word”.
 • Um agrupamento de 64 bits é chamado de “quad word”.
As unidades de medidas de armazenamento de informação são 
(TOCCI; WIDMER; MOSS, 2007):
 • Bit: número que pode representar apenas dois valores: 0 e 1. 
 • Byte: grupo de 8 bits. Pode representar valores numéricos entre 0 
e 255. Pode também ser usado para representar caracteres. Cada 
caractere ocupa um byte.
 • Kilobyte (KB): um grupo de aproximadamente 1.000 bytes. 
 • Megabyte (MB): um grupo de aproximadamente 1.000.000 bytes. 
 • Gigabyte (GB): um grupo de aproximadamente 1.000.000.000 
bytes.
Tocci, Widmer e Moss (2007) definem que os bytes podem ser usa-
dos para representar números, caracteres, figuras ou qualquer outro tipo 
de dado armazenado ou processado em um computador. Exemplos:
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 • A: 01000001.
 • E: 01000101.
 • F: 01000110.
Na prática, alguns técnicos e estudantes da área de computação 
acabam, de forma imperceptível, decorando esses valores, porém, não 
acreditamos ser produtivo decorar esses números para o entendimento 
técnico e a utilização de computadores. O que denota importância salu-
tar para o estudante de computação é a compreensão por trás dos bas-
tidores, ou seja, quando pressionamos a tecla “E”, o teclado transmitirá 
para o computador um código que representa essa letra. Esse código, 
que você não precisa decorar, é 01000101.
Tocci, Widmer e Moss (2007) ressaltam que não é importante saber 
qual é o código, mas é importante saber que ele é formado por 8 bits,que ficarão armazenados na memória do computador, ocupando exata-
mente 1 byte. Neste ponto, veremos o significado das abreviaturas: KB 
(kilobyte), MB (megabyte) e GB (gigabyte).
Previamente, definiu-se que 1 KB é aproximadamente 1.000 bytes. 
Na verdade, 1 KB são 1.024 bytes. Esse número foi selecionado porque 
sua representação binária é muito mais simples que a representação 
do número 1.000: 1.000 = 01111101000 em binário, enquanto 1.024 = 
10000000000 em binário (TOCCI; WIDMER; MOSS, 2011).
Uma aplicação conhecida em sistemas digitais é a utilização da 
codificação BCD (binary-coded decimal). Esse código é utilizado para 
apresentar números decimais em formato binário. Por meio dessa co-
dificação, cada dígito é convertido em um binário equivalente. É impor-
tante ressaltar que o sistema de codificação BCD não é  um sistema 
numérico. É um número decimal com cada dígito codificado para seu 
equivalente binário (TOCCI; WIDMER; MOSS, 2007). Uma das principais 
vantagens do BCD é a relativa facilidade de conversão em decimal, e 
vice-versa.
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Agora, vamos aprender a codificar o número 95310 para BCD, onde 
cada dígito decimal é representado por 4 bits.
Tabela 2 – Representação do número 95310 em BCD
9 5 3 Decimal
1001 0101 0011 BCD
Para decodificar o código BCD 1001001110000001 em seu equiva-
lente decimal, é necessário agruparmos os dígitos em agrupamentos de 
4 bits, conforme apresentado na tabela 3.
Tabela 3 – Decodificação do código em decimal
1001 0011 1000 0001 BCD
9 3 8 1 Decimal
Um equívoco frequente é confundir a codificação BCD com con-
versão binária simples, visto que a codificação BCD é digito a digito. 
Exemplo:
13710 = 100010012 (número binário) 
13710 = 0001 0011 0111 (codificação BCD)
4 Sistema hexadecimal
Segundo Tocci, Widmer e Moss (2007), o sistema hexadecimal utili-
za a base 16, sendo assim, essa base possui 16 símbolos, que podem 
vir seguidos de um número correspondente à sua base ou de uma letra, 
por exemplo, 48H. 
A nomenclatura “hexadecimal” é usada devido aos termos “hexa”, 
que significa “6”, e “deci”, que representa “10”, portanto, indicando a base 
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16. Cada número hexadecimal significa 4 bits de dados binários. Um 
byte é criado por 8 bits e é representado por dois dígitos hexadecimais.
As posições dos dígitos são representadas por potências de 16, as-
sim como realizado na representação decimal. A figura 5 apresenta as 
posições dessas potências de base 16.
Figura 5 – Representação em sistemas numéricos em potências de 16
Dígitos menos significativos (LSD)Dígitos mais significativos (MSD)
163164 162 161 160 16-1 16-2 16-3 16-4
Os algarismos do sistema numérico hexadecimal são: 0, 1, 2, 3, 4, 5, 
6, 7, 8, 9, A, B, C, D, E e F. Os símbolos/letras A, B, C, D, E e F valem, res-
pectivamente: 10, 11, 12, 13, 14 e 15.
NA PRÁTICA 
No sistema hexadecimal, fica mais fácil a representação de dados. 
Exemplos: 
• Para representar um nibble (0000 a 1111), basta exatamente um 
algarismo hexadecimal (0 a F).
• Para representar um byte, bastam dois algarismos (00 a FF).
• O número binário 01011111 em hexadecimal é representado apenas 
por 5F.
• Um MAC address de placa de rede é representado por 00-5F-FF-E-
0-AA-FF em vez de 0-95-255-224-170-255.
• A cor RGB (255,0,204) é representada apenas por #FF00CC.
 
Para uma melhor compreensão da conversão numérica, vamos to-
mar o exemplo de conversão de um número da base 16 para a base 10:
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(210)16 = 2 × 16
2 + 1 × 161 + 0 × 160 = (528)10
A tabela 4 apresenta a codificação dos símbolos em três diferentes 
bases: hexadecimal, decimal e o binário.
Tabela 4 – Representação dos sistemas numéricos hexadecimal, decimal e binário
Hexadecimal Decimal Binário
0 0 0000
1 1 0001
2 2 0010
3 3 0011
4 4 0100
5 5 0101
6 6 0110
7 7 0111
8 8 1000
9 9 1001
A 10 1010
B 11 1011
C 12 1100
D 13 1101
E 14 1110
F 15 1111
Fonte: adaptado de Tocci, Widmer e Moss (2007). 
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Uma aplicação prática dos sistemas alfanuméricos é o código alfanu-
mérico mais conhecido por ASCII. Essa codificação foi construída para 
representação de todos os caracteres e funções encontrados em um te-
clado de computador (26 letras minúsculas e 26 maiúsculas, 10 dígitos, 
7 sinais de pontuação e de 20 a 40 outros caracteres). Em sua estrutura, 
utiliza 7 bits: 27 = 128 possíveis grupos de código. Pode ser utilizado para 
transferir informações entre computadores, entre computadores e im-
pressoras e para armazenamento interno (TOCCI; WIDMER; MOSS, 2007).
PARA SABER MAIS 
O ASCII (American Standard Code for Information Interchange, ou 
Código Padrão Americano para Intercâmbio de Informações) tornou-se 
um dos códigos mais utilizados da atualidade. Para saber mais, pesqui-
se por “tabela ASCII”. Na internet, existem muitos exemplos disponíveis. 
 
Considerações finais
Neste capítulo, foram apresentados as definições e o contexto histó-
rico para os sistemas de numeração mais utilizados pela humanidade. 
Esses sistemas numéricos são descritos como sistemas decimal, biná-
rio e hexadecimal. Além disso, foram demonstrados alguns exemplos 
de representação para sistema numérico, sua utilização na computa-
ção e suas vantagens e desvantagens.
Referências
BOYER, Carl B.; MERZBACH, Uta C. História da matemática. São Paulo: Blucher, 
2012.
CAJORI, Florian. A history of mathematical notations. New York: Dover 
Publications, 1993.
51Sistemas de numeração decimal, binário e hexadecimal
M
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CLARKE, Desmond M. Descartes’ philosophy of science. Manchester: 
Manchester University Press, 1982.
DOBERSTEIN, Arnoldo W. O Egito antigo. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2010. 
Disponível em: www.pucrs.br/edipucrs/oegitoantigo.pdf. Acesso em: 19 nov. 
2019.
HAYKIN, Simon; MOHER, Michael. Sistemas modernos de comunicações 
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KRONECKER, Leopold. Zwei Sätze über Gleichungen mit ganzzahligen 
Coefficienten. Journal für die reine und angewandte Mathematik, v. 53, p. 173-
175, 1857.
TOCCI, Ronald J.; WIDMER, Neal S.; MOSS, Gregory L. Sistemas digitais: 
princípios e aplicações. 10. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2007. 
TOCCI, Ronald J.; WIDMER, Neal S.; MOSS, Gregory L. Sistemas digitais: 
princípios e aplicações. 11. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2011.
 
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