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ARTIGO ORIGINAL 1Universidade Federal do Pará, Belém, PA, Brasil RESUMO Objetivo: Avaliar a qualidade de vida de idosos com diabetes mellitus tipo 2 durante a Pandemia do novo coronavírus. Métodos: Estudo quantitativo, transversal e descritivo com 27 idosos diabéticos atendidos em um hospital universitário durante a Pandemia. Utilizou-se na coleta de dados três instrumentos: perfil sociodemográfico, condições clínicas sobre o novo coronavírus e Diabetes mellitus e Avaliação de Diabetes 39 (D-39) para avaliar a qualidade de vida. Para a análise dos dados foram utilizadas as estatísticas descritivas (frequência e percentual). Resultados: A maioria dos entrevistados são idosas com idade entre 60 a 64 anos, viúvos, baixa escolaridade, aposentados entre 1 a 10 anos de diagnóstico utilizando antiglicemiantes como forma de tratamento. Os idosos consideram sua qualidade de vida boa. Dentre àqueles que se contaminaram com o novo coronavírus foi evidenciado que não houve descontinuidade do tratamento para a Diabetes, entretanto, uma minoria relatou alguma sequela do novo coronavirus (febre, fraqueza muscular e apetite diminuído). A Sobrecarga funcional e o Funcionamento sexual foram as dimensões mais afetadas com todos os itens impactados negativamente. Conclusão: Os resultados apontam boa qualidade de vida dos idosos diabéticos apesar das dimensões Sobrecarga funcional e Funcionamento sexual afetadas negativamente sugerindo maior atenção dos profissionais de saúde. ABSTRACT Objective: To assess the quality of life of elderly people with type 2 diabetes mellitus during the new coronavirus pandemic. Methods: Quantitative, cross-sectional and descriptive study with 27 elderly diabetics treated at a university hospital during the pandemic. Three instruments were used for data collection: sociodemographic profile, clinical conditions on new coronavirus and Diabetes mellitus and Diabetes Assessment 39 (D-39) to assess quality of life. For data analysis, descriptive statistics (frequency and percentage) were used. Results: Most respondents are elderly aged between 60 and 64 years old, widowed, with low education, retired between 1 and 10 years of diagnosis and used antiglycemic agents as a form of treatment. Elderly people consider their quality of life to be good. Among those infected with the new coronavirus, it was shown that there was no discontinuation of treatment for Diabetes, however, a minority reported some sequelae of new coronavirus (fever, muscle weakness and decreased appetite). Functional overload and Sexual functioning were the most affected dimensions, with all items negatively impacted. Conclusion: The results indicate good quality of life for elderly diabetics despite the dimensions Functional overload and Sexual functioning negatively affected, suggesting greater attention from health professionals. RESUMEN Objetivo: Evaluar la calidad de vida de los ancianos con diabetes mellitus tipo 2 durante la pandemia del nuevo coronavirus. Métodos: Estudio cuantitativo, transversal y descriptivo con 27 ancianos diabéticos atendidos en un hospital universitario durante la pandemia. Para la recolección de datos se utilizaron tres instrumentos: perfil sociodemográfico, condiciones clínicas sobre nuevo coronavirus y Diabetes mellitus y Diabetes Assessment 39 (D-39) para evaluar la calidad de vida. Para el análisis de los datos se utilizó estadística descriptiva (frecuencia y porcentaje). Resultados: La mayoría de los encuestados son ancianos de entre 60 y 64 años, viudos, con baja escolaridad, jubilados entre 1 y 10 años del diagnóstico y que utilizan agentes antiglucémicos como forma de tratamiento. Las personas mayores consideran que su calidad de vida es buena. Entre los infectados con el nuevo coronavirus, se demostró que no se suspendió el tratamiento para la diabetes, sin embargo, una minoría informó algunas secuelas del nuevo coronavirus (fiebre, debilidad muscular y disminución del apetito). La sobrecarga funcional y el funcionamiento sexual fueron las dimensiones más afectadas, con todos los ítems afectados negativamente. Conclusión: Los resultados indican una buena calidad de vida de los ancianos diabéticos a pesar de las dimensiones Sobrecarga funcional y Funcionamiento sexual negativamente afectadas, lo que sugiere una mayor atención por parte de los profesionales de la salud. Descritores Diabetes mellitus; Atenção integral ao idoso; COVID-19; Envelhecimento; Qualidade de vida Descriptors Diabetes mellitus; Comprehensive care for the elderly; COVID-19; Aging; Quality of life Descriptores Diabetes mellitus; Atención integral al anciano; COVID-19; Envejecimiento; Calidad de vida Submetido 6 de Julho de 2021 Aceito 18 de Agosto de 2021 Conflitos de interesse: nada a declarar. Autor correspondente Fabianne de Jesus Dias de Sousa E-mail: fabiannesousa@hotmail.com Editor Associado (Avaliação pelos pares): Aurilene Josefa Cartaxo de Arruda Cavalcanti (https://orcid.org/0000-0003-2325-4647) Centro de Ciências da Saúde, Universidade Federal da Paraíba. João Pessoa, PB, Brasil AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DE VIDA DE IDOSOS DIABÉTICOS DURANTE A PANDEMIA DO NOVO CORONAVÍRUS QUALITY OF LIFE ASSESSMENT OF ELDERLY DIABETICS DURING THE NEW CORONAVIRUS PANDEMIC EVALUACIÓN DE LA CALIDAD DE VIDA DE LOS ANCIANOS DIABÉTICOS DURANTE LA NUEVA PANDEMIA DE CORONAVIRUS Joyce Regina Pereira1 (http://orcid.org/0000-0002-5681-4594) Mateus Cunha Gomes1 (http://orcid.org/0000-0002-9560-0433) Diego João de Lima Arrais1 (http://orcid.org/0000-0003-3399-5561) Aline Maria Pereira Cruz Ramos1 (http://orcid.org/0000-0001-8812-2923) Cintia Yolette Urbano Pauxis Aben-Athar1 (http://orcid.org/0000-0002-6951-3547) Fabianne de Jesus Dias de Sousa1 (http://orcid.org/0000-0002-8151-3507) Como citar: Pereira JR, Gomes MC, Arrais DJ, Ramos AM, Aben-Athar CY, Sousa FJ. Avaliação da qualidade de vida de idosos diabéticos durante a pandemia do novo coronavírus. Enferm Foco. 2022;13:e-202251. DOI: https://doi.org/10.21675/2357-707X.2022.v13.e-202251. Enferm Foco. 2022;13:e-202251 1 https://orcid.org/0000-0003-2325-4647 http://orcid.org/0000-0002-5681-4594 http://orcid.org/0000-0002-9560-0433 http://orcid.org/0000-0003-3399-5561 http://orcid.org/0000-0001-8812-2923 http://orcid.org/0000-0002-6951-3547 http://orcid.org/0000-0002-8151-3507 AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DE VIDA DE IDOSOS DIABÉTICOS DURANTE A PANDEMIA DO NOVO CORONAVÍRUS Pereira JR, Gomes MC, Arrais DJ, Ramos AM, Aben-Athar CY, Sousa FJ INTRODUÇÃO O aumento no número de idosos e da expectativa de vida da população provocam preocupação nas autoridades de saúde pública, uma vez que o processo de envelhecimento humano resulta na redução das funções orgânicas, declínio funcional, aumento da dependência e dos fatores de riscos para doenças crônicas não transmissíveis (DCNT).(1) Nesse contexto, destaca-se a diabetes melittus (DM), sendo uma das doenças prevalentes e incuráveis, de ori- gem endócrino-metabólica caracterizada pela insuficiência na secreção e na ação de insulina. Dentre as subclassifica- ções do DM, destaca-se o diabetes mellitus tipo 2 (DM2), que é a disfunção do metabolismo da glicose mais encon- trada na população, chegando a alcançar cerca de 90% do total dos casos de DM.(1) O indivíduo acometido com DM, na maioria, se carac- teriza pelo pouco conhecimento e a atitude negativa frente ao cuidado com essa enfermidade, existindo ainda, os fa- tores associados aos agravos como: idade avançada, ina- tividade física e outras doenças necessitando de maiores cuidados à saúde.(2) Nesse sentido, a avaliação da qualidade de vida (QV) vem se tornando cada vez mais utilizada para medir o impacto geral de doenças na vida dos indivíduos especialmente da população idosa. Em relação aos determinantes de QV do paciente diabético continuam indefinidos. Entretanto, exis- te consenso: o DM impacta na QV. Estudos apontam que pacientes com DM têm nível de QV menordo que os pa- cientes sem esta enfermidade no entanto esses aspectos ainda não são claramente conhecidos. Sabe-se, contudo, que número enorme de variáveis (idade, complicações, ní- vel social, fatores psicológicos, etnias, educação, conheci- mento sobre a doença, tipo de assistência etc.) pode in- fluenciar a QV em pacientes diabéticos.(3,4) Em 2019, a população mundial foi acometida pela doença do NovoCoronavirus (COVID-19) causada pelo vírus SARS- CoV-2 (Severe Acute Respiratory Syndrome Coronavirus 2) da família Coronaviridae, que apresenta sintomas de um res- friado comum, podendo evoluir para uma síndrome do des- conforto respiratório agudo, sendo potencialmente fatal.(5) De acordo com dados divulgados pela Organização Mundial de Saúde (OMS), até 29 de janeiro de 2021, foram confirmados 101.053.721casos de COVID-19 e 2.182.867 óbitos mundialmente. No Brasil foram confirmados 9.176.975 e 223.945 mortes. No estado do Pará são 329.486, destes, 7655 evoluíram à óbito. Em Belém foram confirma- dos 66408 casos de COVID-19 e 2599 óbitos na popula- ção geral e, especificamente, 51701 em idosos com idade igual ou superior a 60 anos e, destes 3,05% correspondem idosos com diabetes mellitus ficando atras somente das doenças cardiovasculares (4,07%).(5) Tendo a população idosa como grupo de risco e as comor- bidades que podem aumentar a gravidade e a letalidade pelo SARS-CoV-2 faz-se necessária pesquisas no âmbito da saúde pública que visem avaliar e conscientizar os idosos para adqui- rirem maior conhecimento e atitude frente a DM e a COVID-19. Portanto, o estudo é relevante, pois contribui com as discussões acerca das políticas públicas ao idoso acometi- do com DM2 durante a Pandemia do COVID-19, colaboran- do com o fomento de estratégias para futuras pandemias e a efetividade da promoção da saúde direcionada a este nicho populacional. Deste modo, o presente estudo teve como objetivo ava- liar a qualidade de vida de idosos com diabetes mellitus tipo 2 durante a Pandemia do novo coronavírus MÉTODOS Trata-se de um estudo quantitativo, transversal e descriti- vo.(6) A pesquisa foi realizada no ambulatório de geriatria do Hospital Universitário de alta complexidade, no município de Belém (Pará). Participaram do estudo 27 idosos acompanhados pelo ambulatório de geriatria do hospital durante a Pandemia de COVID-19 foi utilizada a amostra não-probabilística por conveniência. Foram incluídos no estudo: idosos com idade maior ou igual a 60 anos, de ambos os sexos, com diagnóstico clínico de DM2 de acordo com os critérios da American Diabetes Association (ADA) acompanhados no ambulatório de geria- tria durante a Pandemia do COVID-19, que apresentavam condições cognitivas que permitisse o entendimento das perguntas e com disponibilidade de tempo para responder aos instrumentos de pesquisa. Como critérios de exclusão idosos com outras e/ou sem DCNT, com limitação cognitiva que impedisse o entendimento de qualquer instrumento e sem disponibilidade de horário no momento da entrevista. A coleta de dados ocorreu por meio de entrevistas com três instrumentos sendo eles: o perfil sociodemográfico (sexo, faixa etária, escolaridade, estado civil, ocupação), condições clínicas sobre DM (tempo de diagnóstico clínico, medicamentos e tratamento) e COVID-19 (diagnóstico, sin- tomas, sequelas e suspensão de tratamento). Para a avaliação de Diabetes, foi utilizado o instrumento Avaliação de Diabetes 39 (D-39), foi escolhido por ser apli- cável na população idosa independente de sua condição clínica. É um instrumento desenvolvido na língua inglesa concebido para determinar a qualidade de vida relacionada à saúde de pessoas com DM tipo 2.(7,8) Enferm Foco. 2022;13:e-2022512 AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DE VIDA DE IDOSOS DIABÉTICOS DURANTE A PANDEMIA DO NOVO CORONAVÍRUS Pereira JR, Gomes MC, Arrais DJ, Ramos AM, Aben-Athar CY, Sousa FJ O instrumento D-39 foi adaptado e validado para o con- texto brasileiro(9) apresentando boa consistência interna, com alfa de Cronbach de 0,917. Quanto a sua aplicação pode ser autoaplicado constituído por 39 itens, que abrangem cin- co dimensões (domínios) da qualidade de vida da pessoa com DM: energia e mobilidade (15 itens), controle do diabetes (12 itens), ansiedade e preocupação (4 itens), impacto social (5 itens), e funcionamento sexual (3 itens). O instrumento D-39 contempla também um domínio de avaliação geral (2 itens), que engloba a autopercepção da QV e da gravidade do dia- betes. O instrumento D-39 permite, ainda, que pessoas res- pondam o quanto sua QV foi afetada durante o último mês por uma determinada ação ou atividade expressa em cada item; colocando um X em um ponto da escala representada por uma linha contínua, com espaços ocupados por núme- ros de 1 a 7, sendo o número 1 uma QV absolutamente não afetada, e o número 7, extremamente afetada.(8) A pesquisa foi realizada no período de setembro a dezem- bro de 2020.Na primeira etapa da coleta, antes da aplica- ção dos questionários, os pesquisadores foram ao hospital universitário coletar informações para o desenvolvimento da pesquisa, tais como, o número de idosos acompanhados pelo ambulatório de geriatria, nomes e suspensão ou não de atendimento ambulatorial durante a pandemia da COVID-19 na região para essa população específica. Posteriormente, na segunda etapa do estudo, os alunos bolsistas do curso de Enfermagem foram capacitados no instrumento de avaliação do Diabetes melittus (D-39). Na etapa seguinte, procedeu-se as entrevistas que eram rea- lizadas no consultório de enfermagem enquanto os idosos aguardavam consulta no ambulatório de geriatria. As en- trevistas tinham duração em média de 30 minutos, realiza- das em dias úteis no turno da manhã. Os dados foram duplamente digitados em uma planilha no Excel 2016®, validados, e transportados para o software BioEstat® (versão 5.0). Foi realizada análise descritiva dos resultados e, apresentados em forma de tabelas (frequên- cia absoluta e percentual). O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa dos Seres Humanos da Universidade Federal do Pará, CAEE: 38443920.8.0000.0018. Todos os entrevistados que aceitaram participar da pesquisa foram apresentados os objetivos e fornecidas as informações pertinentes, após assinavam o Termo de consentimento livre e esclarecido procedendo-se assim à entrevista. RESULTADOS Dos 27 participantes, predominou idosos do sexo feminino (85,2%) com faixa etária entre 60 a 64 anos (40,5%), graus de escolaridade incompleto (59,3%), viúvos (29,6%), apo- sentados (25,9%) (Tabela 1). Tabela 1. Perfil sociodemográfico de idosos diabéticos Variáveis n(%) Sexo Feminino 23(85,2) Masculino 4(14,8) Faixa etária (em anos) 60 a 64 12(40,5) 65 a 69 4(14,8) 70 a 74 7(27,7) ≥ 75 4(17,0) Média ±DP 60,6 a 76,5 ±6,24 Escolaridade Analfabeto (a) 2(7,4) Fund. Incompleto 16(59,3) Fund. Completo 6(22,2) Médio Incompleto 3(11,1) Estado civil Viúvo (a) 8(29,6) Casado (a) 7(25,9) Divorciado (a) 6(22,2) Solteiro (a) 6(22,2) Ocupação Aposentado (a) 7(25,9) Pensionista (a) 4(14,8) Desempregado (a) 4(14,8) Autônomo (a) 4(14,8) Dona de casa 4(14,8) Cuidador (a) de idosos 2(7,4) Funcionário público 2(7,4) Quanto as condições clínicas dos idosos diabéticos entrevistados houve predomínio de longo tempo de tra- tamento (até 10 anos) (62,9%) utilizando entre 1 a 2 medi- camentos (59,2%). A maioria Autorrefere sua qualidade de vida como boa (52,2%) (Tabela 2). Tabela 2. Caracterização das condições clínicas dos idosos diabéticos Variáveis n(%) Tempo (em anos) de tratamento para DM 1 a 10 anos 17(62,9) 11 a 20 anos 6(22,2) 21 a 30 anos 2(7,4) 31 a 40 anos 2(7,4) Quantidade de medicamentos que faz uso 1 a 2 16(59,2) 3 a 4 11(40,7) Qualidade de vida autorreferida Boa 14(52,2) Regular 4(14,8) Ruim 9(33,3) Em relação à Pandemia COVID-19,a maioria dos idosos não se contaminaram (62,9%). Entretanto houve idosos dia- béticos acometidos com COVID-19 (37,1%), desses apre- sentaram dentre os principais sintomas dispnéia (80,0%), Enferm Foco. 2022;13:e-202251 3 AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DE VIDA DE IDOSOS DIABÉTICOS DURANTE A PANDEMIA DO NOVO CORONAVÍRUS Pereira JR, Gomes MC, Arrais DJ, Ramos AM, Aben-Athar CY, Sousa FJ febre (80,0%), perda de olfato (70,0%) e perda de paladar (60,0%) sem sequelas (60,0%). Nenhum dos entrevistados suspendeu os medicamentos antiglicemiantes durante o tratamento da COVID-19 (Tabela 3). Tabela 3. Caracterização das condições clínicas dos idosos DM acometidos com COVID-19 Condições clínicas COVID-19 n(%) O (a) senhor(a) teve COVID-19 Não 17(62,9) Sim 10(37,1) Houve diagnóstico confirmado para COVID-19 Não 6(22,2) Sim 4(14,8) Idosos que apresentaram sintomas da COVID-19 Dispnéia 8(80,0) Febre 8(80,0) Perda do olfato 7(70,0) Perda de paladar 6(60,0) Algia 4(40,0) Fraqueza muscular 2(20,0) Apetite prejudicado 1(10,0) Houve sequela da COVID-19 Não 6(60,0) Sim 4(40,0) Sequelas apresentadas pelos idosos após COVID-19 Febre intermitente 2(50,0) Fraqueza muscular 1(25,0) Apetite prejudicado 1(25,0) Suspensão dos antiglicemiantes durante o tratamento de COVID-19 Não 10(100,0) Em relação à dimensão Energia e Mobilidade (itens 3, 7, 9, 10, 11, 12, 13, 16, 25, 29, 32, 33, 34, 35 e 36), constatou-se que nos itens 10 (37,0%), 11 (44,4%) e 34 (59,2%) estavam afetados. Quanto à dimensão Controle da diabetes (itens 1, 4, 5, 14,15, 17, 18, 24, 27, 28, 31 e 39) foram afetados os itens 1 (29,6%), 4 (37,0%), 17 (44,4%), 27 (59,2%), 28 (51,8%) e 31 (37,0%). A dimensão Ansiedade e preocupação (itens 2, 6, 8 e 22) foram afetados os itens 6 (33,3%) e 22 (48,1%). Na dimensão da Sobrecarga social mostrou-se que todos os itens foram afetados: 19 (55,5%), 20 (59,2%), 26 (51,8%), 37 (92,5%) e 38 (85,1%). Quanto a dimensão do Funcionamento sexual evidenciou-se que todos os itens foram afetados: 21 (81,4%), 23 (92,5%) e 30 (59,2%) (Tabela 4). DISCUSSÃO Os resultados da caracterização sociodemográfica desse estudo evidenciaram que a maioria dos idosos entrevista- dos era do sexo feminino com idade entre 60 e 64 anos, vi- úvos com baixa escolaridade e aposentados corroborando com resultados semelhantes encontrados na literatura na- cional.(10,11) Ainda, esse resultado corrobora pesquisas que mostram que a baixa escolaridade pode estar associada ao estilo de vida e ao acesso às orientações de educação em saúde, ocasionando assim a potencialização das doenças e, consequentemente, diminuição a qualidade de vida.(1) Quanto as condições clínicas de DM, os idosos autor- referem sua qualidade de vida como boa apresentando tempo de tratamento de até 10 anos fazendo uso entre 1 a 2 medicamentos para controle da DM. Esse resultado vai ao encontro de um estudo nacional realizado com pa- cientes diabéticos que autorefeream sua qualidade de vida como sendo boa.(12) Já, em relação ao tempo de diagnósti- co confirma com estudo realizado em idosos no Estado do Ceará, Piauí e Brasília.(13-15) Assim, o maior tempo da doença pode favorecer o desenvolvimento de comorbidades que contribuem para o agravamento da saúde, o que deve de- mandar outras terapêuticas e cuidados e/ou tratamentos especializados. No contexto da Pandemia pelo vírus COVID-19, o es- tudo mostrou que a maioria dos idosos não se contamina- ram com o vírus SARS-CoV-2 evidenciando que os idosos tendem pelo engajamento em seguir as recomendações de prevenção e adesão as medidas de promoção à saúde ao Novo coronavírus.(16) Este estudo mostrou que houve contaminação de ido- sos pelo vírus SARS-CoV-2, com diagnóstico confirmado ou não de COVID-19 refletindo que a falta de diagnóstico oportuno do Novocoronavírus(17) representa uma gran- de dificuldade no Brasil para a proteção e prevenção da gravidade entre os idosos, o que é confirmado pelo baixo porcentual de idosos que fizeram o teste da COVID-19. Os idosos contaminados apresentaram, dentre os principais sintomas, como dispneia, febre, perda de olfato e pala- dar. A febre intermitente foi referida como uma sequela da COVID-19. Esse resultado pode ser explicado pelas medi- das de isolamento social dificultando o acesso aos serviços de saúde além da baixa disponibilidade de testes de diag- nóstico específicos, particularmente a RT-PCR em tempo real, é um desafio crucial para a detecção de COVID-19.(17,18) Nenhum dos entrevistados interrompeu o tratamento de DM durante a contaminação com o Novocoronavírus evi- denciando que os idosos entendem sobre a importância da continuidade do tratamento para DM2. Quanto aos resultados da avaliação da qualidade de vida por meio do D-39, evidenciou-se que na dimensão Energia e Mobilidade a maioria dos idosos foi impactado negativamente corroborando com estudo realizado com idosos diabéticos no interior de São Paulo apontou que a qualidade de vida referente a esse domínio foi impactada negativamente.(4) Quanto à dimensão Controle da Diabetes a maior par- te dos idosos foi impactado negativamente, ressalta-se os Enferm Foco. 2022;13:e-2022514 AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DE VIDA DE IDOSOS DIABÉTICOS DURANTE A PANDEMIA DO NOVO CORONAVÍRUS Pereira JR, Gomes MC, Arrais DJ, Ramos AM, Aben-Athar CY, Sousa FJ Tabela 4. Distribuição dos idosos com DM de acordo com as dimensões do D-39 Dimensão 1: Energia e Mobilidade Variáveis 1n(%) 2 n(%) 3 n(%) 4 n(%) 5 n(%) 6 n(%) 7 n(%) 3. Diminuiçã o ou falta de energia 2(7,4) 0(0) 2(7,4) 2(7,4) 4(14,8) 11(40,7) 6(22,2) 7. Outros problemas de saúde além do DM 8(29,6) 0(0) 0(0) 0(0) 0(0) 2(7,4) 17(62,9) 9. Sensação de fraqueza 8(29,6) 0(0) 0(0) 2(7,4) 0(0) 2(7,4) 15(55,5) 10. Quanto você consegue andar 10(37,0) 0(0) 0(0) 2(7,4) 2(7,4) 5(18,5) 8(29,6) 11. Necessidade de realizar exercícios regularmente 12(44,4) 2(7,4) 2(7,4) 0(0) 2(7,4) 5(18,5) 4(14,8) 12. Perda ou embaçamento da visão 2(7,4) 0(0) 2(7,4) 4(14,8) 5(18,5) 0(0) 14(51,8) 13. Não ser capaz de fazer o que você quer 6 (22,2) 0(0) 2(7,4) 4(14,8) 2(7,4) 0(0) 13(48,1) 16. Outras doenças além do diabetes 6(22,2) 0(0) 0(0) 0(0) 0(0) 5(18,5) 16(59,2) 25. Complicações devido seu diabetes 6(22,2) 0(0) 2(7,4) 0(0) 3(11,1) 6(22,2) 10(37,4) 29. Não ser capaz de fazer atividades domésticas 12(44,4) 0(0) 0(0) 2(7,4) 0(0) 0(0) 13(48,1) 32. Necessidade de descansar várias vezes no dia 6(22,2) (0)0 0(0) 2(7,4) 2(7,4) 7(25,9) 10(37,0) 33. Dificuldades em subir escadas 8(29,6) 0(0) 0(0) 0(0) 7(25,9) 0(0) 12(44,4) 34. Dificuldades em cuidar de você mesmo 16(59,2) 0(0) 2(7,4) 4(14,8) 0(0) 0(0) 5(18,5) 35. Sono agitado 6(22,2) 0(0) 2(7,4) 2(7,4) 4(14,8) 2(7,4) 11(40,7) 36. Andar mais devagar que os outros 6(22,2) 2(7,4) 0(0) 2(7,4) 2(7,4) 5(18.5) 10(37,0) Dimensão 2: Controle da Diabetes 1.Uso diário de medicação 8(29,6) 0(0) 0(0) 2(7,4) 7(25,9) 4(14,8) 6(22,2) 4. Seguir tratamento prescrito 10(37,0) 0(0) 2(7,4) 0(0) 3(11,1) 6(22,2) 6(22,2) 5. Restrições alimentares 2(7,4) 0(0) 0(0) 0(0) 2(7,4) 6(22,2) 17(62,9) 14. Ter diabetes 4(14,8) 2(7,4) 0(0) 0(0) 4( 14,8) 0(0) 17(62,9) 15. Perder controle dos níveis de açúcar 6(22,2) 0(0) 2(7,4) 0(0) 4(14,8) 0(0) 15(55,5) 17. Ter que testar os níveis de açúcar 12(44,4) 0(0) 4(14,8) 2(7,4) 2(7,4) 0(0) 7(25,3) 18. Tempo necessário para controle 6(22,2) 2(7,4) 0(0) 4(14,8) 2(7,4) 2(7,4) 11(40,7) 24. Tentar manter o diabetes controlado 8(29,6) 2(7,4) 0(0) 0(0) 4(14,8) 2(7,4) 11(40,7) 27. Manter registro dos níveis de açúcar 16(59,2) 4(14,8) 2(7,4) 0(0) 3(11,1) 2(7,4) 0(0) 28. Necessidade de comer em intervalos regulares 14(51,8) 0(0) 0(0) 0(0) 2(7,4) 7(25,9) 4(14,8) 31. Ter rotina organizada em função do diabetes 10(37,0) 2(7,4) 2(7,4) 2(7,4) 2(7,4) 2(7,4) 7(25,9) 39. Diabetes em geral 0(0) 0(0) 0(0) 4(14,8) 4(14,8) 6(22,2) 13(48,1) Dimensão 3: Ansiedade e Preocupação 2. Preocupação relacionada a questões financeiras8(29,6) 0(0) 0(0) 0(0) 0(0) 7(25,9) 12(44,4) 6. Preocupações sobre seu futuro 9(33,3) 0(0) 0(0) 2(7,4) 4(14,8) 4(14,8) 8(29,6) 8. Estresse ou pressão na sua vida 5(18,5) 4(14,8) 0(0) 2(7,4) 4(14,8) 8(29,6) 4(14,8) 22. Sentimento de tristeza ou depressão 13(48,1) 0(0) 2(7,4) 0(0) 2(7,4) 0(0) 10(37,4) Dimensão 4: Sobrecarga Social 19. Restrições do diabetes sobre família e amigos 15(55,5) 0.0 0(0) 0(0) 2(7,4) 2(7,4) 8(29,6) 20. Constrangimento por ter diabetes 16(59,2) 2(7,4) 0(0) 0(0) 0(0) 0(0) 9(33,3) 26. Fazer coisas que família e amigos não fazem 14(51,8) 2(7,4) 0(0) 3(11,1) 2(7,4) 2(7,4) 4(14,8) 37. Ser chamado de diabético 25(92,5) 0(0) 0(0) 0(0) 0(0) 0(0) 2(7,4) 38. Ter o diabetes interferindo em sua vida familiar 23(85,1) 0(0) 0(0) 0(0) 2(7,4) 0(0) 2(7,4) Dimensão 5: Funcionamento sexual 21. Diabetes interferir na sua vida sexual 22(81,4) 0(0) 0(0) 3(11,1) 0(0) 0(0) 2(7,4) 23. Problemas com função sexual 25(92,5) 0(0) 0(0) 0(0) 0(0) 0(0) 2(7,4) 30. Diminuição do interesse pelo sexo 16(59,2) 0(0) 0(0) 2(7,4) 5(18,5) 0(0) 4(14,8) itens 5 e 14: Restrições alimentares e ter diabetes, respec- tivamente, corroborando com estudo realizado com idosos diabéticos de Ribeirão Preto.(7) Esse resultado deve receber atenção especial nos programas de educação em diabetes, de modo a incorporar estratégias que facilitem a aborda- gem dos aspectos relativos ao impacto nos hábitos alimen- tares e controle da doença. Em relação à dimensão Ansiedade e Preocupação, no item: 2. Preocupação relacionada a questões financeiras constatou-se que a maior parte dos idosos está negativa- mente afetada, entretanto, no item 22. Sentimento de tris- teza ou depressão a maior parte dos idosos está afetado positivamente. Esses dados nos chamam atenção pelo fato de que apesar das dificuldades financeiras os entrevista- dos não se mostram tristes ou depressivos. Na análise da dimensão Funcionamento Sexual e a Sobrecarga social obtiveram os piores escores, consta- tou-se que em todos os itens desses domínios foram muito afetados. Assim, apesar dos avanços obtidos no tratamen- to e na divulgação do conhecimento científico, que atesta que o diabetes mellitus é uma doença que pode ser con- trolada por toda a vida, ainda persiste a tendência a rotular essa condição como um constrangimento que estigmatiza a pessoa como alguém que tem uma desvantagem irredu- tível. Esse estigma social muitas vezes é internalizado pelos pacientes e aparece um fator de depreciação de sua QV. Enferm Foco. 2022;13:e-202251 5 AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DE VIDA DE IDOSOS DIABÉTICOS DURANTE A PANDEMIA DO NOVO CORONAVÍRUS Pereira JR, Gomes MC, Arrais DJ, Ramos AM, Aben-Athar CY, Sousa FJ Como limitação do presente estudo, destaca-se o ta- manho amostral reduzida devido a situação pandêmica re- sultando no menor comparecimento dos idosos em con- sultórios de atendimento, consequentemente inviabilizou análises estatísticas das dimensões do instrumento da pesquisa com as variáveis sociodemográficas e condições clínicas. Destaca-se ainda a dificuldade em discutir os da- dos, pois há parcos estudos publicados que utilizaram o instrumento D-39. Tendo em vista o aumento do envelhecimento popu- lação brasileiro sendo necessário um cuidado ampliado a essa população específica. Assim, este estudo demostra a importância da qualidade de vida do idoso diabético por meio do instrumento D-39 evidenciado dados importantes de suas dimensões avaliadas: energia e mobilidade, contro- le do diabetes, ansiedade e preocupação, impacto social e funcionamento sexual. CONCLUSÃO Conclui-se que a maioria dos idosos é do sexo feminino en- tre 60 a 64 anos, com grau de escolaridade baixo e apo- sentados. Apresentando predomínio de longo tempo de tratamento para DM2 (até 10 anos) utilizando entre 1 a 2 medicamentos antiglicemiantes, autorreferindo sua quali- dade de vida como boa. A minoria contaminou-se com o vírus SARS-CoV-2 apresentando sintomas como dispneia, febre, perda de olfato e paladar, entretanto, nenhum en- trevistado acometido de COVID-19 suspendeu as medica- ções utilizadas no tratamento do DM2, evidenciando que os idosos entendem a importância do tratamento contínuo REFERÊNCIAS 1. Silva EL, Bartolomeu Filho BF, Dias VN, Diniz Júnior J, Sousa AG, Gazzola JM. 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Rev Cubana Enferm. 2021;37(1):e3536. para controle dessa doença crônica não transmissível (DCNT) para a sua qualidade de vida. Quanto as dimensões do D-39 que mais contribuíram para depreciação da QV foi a Sobrecarga social e o Funcionamento sexual. Esses da- dos permitiram conhecer o quanto o DM pode comprome- ter a QV da pessoa idosa permitindo assim identificar as necessidades de atenção e planejar os cuidados de enfer- magem de modo individualizado e, desta forma, contribuir para a melhora da QV e do controle da doença. Além disso, constatou-se que a Pandemia COVID-19 diminuiu a frequ- ência do comparecimento dos idosos aos consultórios de geriatria. Fato esse que deve ser levado em consideração para que futuras Pandemia se tenham estratégias para que ocorra mudanças nesse tipo de comportamento assim, rei- tera-se que investimentos na atenção primária à saúde são fundamentais e necessários. Agradecimentos Universidade Federal do Pará - Programa de Apoio ao Doutor Pesquisador (PRODOUTOR/2020) e Programa Institucional de Bolsas de Iniciação cientifica (PIBIC/2020). Contribuições Concepção e/ou desenho do estudo: Sousa FJD; Coleta, análise e interpretação dos dados: Pereira, JR, Gomes MC, Sousa FJD; Redação e/ou revisão crítica do manus- crito: Arrais DL, Ramos AMPC, Aben-Athar CYUP, Sousa FJD; Aprovação da versão final a ser publicada: Pereira, JR, Gomes MC, Arrais DL, Ramos AMPC, Aben-Athar CYUP, Sousa FJD. Enferm Foco. 2022;13:e-2022516 AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DE VIDA DE IDOSOS DIABÉTICOS DURANTE A PANDEMIA DO NOVO CORONAVÍRUS Pereira JR, Gomes MC, Arrais DJ, Ramos AM, Aben-Athar CY, Sousa FJ 12. Ferreira JC, Moreira RP, Ferreira GO, Felício JF. Qualidade de vida econdições de saúde de pacientes com hipertensão arterial e diabetes mellitus. Enferm Foco. 2021;12(1):125-31. 13. Frota SS, Guedes MV, Lopes LV. Fatores relacionados à qualidade de vida de pacientes diabéticos. 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