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ENGENHARIA DE MATERIAIS AÇOS E TRATAMENTOS TÉRMICOS Eng Wilson Sckudlarek Ligas metálicas - são materiais que contêm dois ou mais elementos onde pelo menos um deles é metal. Materiais de Engenharia Não-metálicos Metálicos Naturais Sintéticos Compostos/fibras Ferrosos Não-ferrosos Madeira Vidros de vidro Aços Alumínio Cobre Borracha Cerâmicos de carbono Zinco Ferros fundidos Magnésio Chumbo Couro Plásticos de banana Estanho Titânio Metais Polímeros Materiais naturaisEspumas Cerâmicos e vidros Materiais compostos Ligas dois elementos principais: Fe e C Outros elementos podem estar presentes: Silício (Si) Manganês (Mn) Enxofre (S) Fósforo (P) Molibdênio (Mo) Cromo (Cr) Vanádio (V) Titânio (Ti) Níquel (Ni) Tungstênio (W) Nióbio (Nb) Outros Ferrosos Aços Ferros fundidos Classificação genérica dos aços e ferros fundidos em função da presença de outros elementos É um aço ou ferro fundido? depende do teor de carbono Aços são consideradas as ligas com teor de carbono menor que 2,11%; Ferros fundidos são as ligas com teor de carbono acima de 2,11 % até 4,5% Aços Ferro (Fe) É o elemento básico dos aços e ferros fundidos Carbono ( C) Depois do ferro é o elemento mais importante Aços carbono Categoria mais importante dos materiais metálicos Contém ferro + pequenas porcentagens de C + Mn, Si, S e P Dicas Práticas: A porcentagem aproximada de carbono de um aço pode ser reconhecida na prática pelas fagulhas que desprendem de uma peça ao ser esmerilhada. Classificação dos aços carbono segundo a ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) de acordo com a % C Tipo de aço % C 1006 0,05% á 0,07% C 1010 0,08% a 0,13% C 1020 0,18% a 0,23% C 1030 0,28% a 0,34% C 1045 0,43% a 0,47% C 1050 0,48% a 0,55% C 1060 0,55% a 0,65% C Os dois primeiros algarismos designam a classe do aço. Os dois últimos algarismos designam a média do teor de carbono Exemplo: Aço 1020 10 - significa que é aço carbono 20 - significa que a porcentagem média de carbono é 0,20%. Aços Ligados Aplicações: construção de máquinas, equipamentos, estruturas, veículos e componentes diversos de sistemas mecânicos. Aços – carbono: A % de carbono determina a resistência do aço Ex: um aço com 0,50% é mais resistente que um aço com 0,20% de C. Propriedades Mecânicas Capacidade para suportar os seguintes esforços: Fatores que determinam a Qualidade do produto Comparativo de propriedades de alguns aços carbono Tipo de aço %C Resistência à ruptura (kg/mm2) Têmpera Solda Aplicações acima de 1060 - (Duro a extra- duro) 0,60 a 1,50 75 a 100 Tempera facilmente Não solda peças de grande dureza e resistência, molas, cabos, cutelaria.. 1040 a 1060- (Meio duro) 0,40 a 0,60 65 a 75 Adquire boa têmpera Muito difícil de soldar peças de grande dureza, ferramentas de corte, molas, trilhos.. 1030 a 1040 (Meio macio) 0,30 a 0,40 55 a 65 Início de têmpera Difícil de soldar peças de máquinas, motores, ferramentas para a agricultura Aço 1020 a 1030 (Macio) 0,20 a 0,30 45 a 55 Não adquire Soldável barras laminadas e perfiladas, peças comuns.. 1006 a 1010 (Extra-macio) 0,06 a 0,10 35 a 40 Não adquire Fácil de soldar-se chapas, fios, parafusos, tubos, produtos de caldeiraria, etc Que são função da: - Composição Química (elementos presentes); + - Temperatura momentânea de trabalho; + - Histórico térmico no processamento e uso (ex: peça soldada, fundida, retificada, temperada, erosionada, motor...) Dependem do “DNA” Microestruturas Comportamento/Propriedades dos aços e ferros fundidos O que a composição Química faz com as Propriedades? Quebrando-se uma peça de aço ou ferro fundido observam-se vários grãos unidos Composição química para um aço carbono Fe + C + residuos de outros elementos Composição Química 1- Se a amostra de aço tiver pouco C, a imagem será predominantemente clara revelando os contornos de grão. Esta micro estrutura chama-se Ferrita (Aço 1006, 1010...) Baixa dureza 2- Adicionando-se C, a imagem começa a revelar regiões escuras (listas). Estrutura chamada Perlita Ainda existirá Ferrita. (Aço 1020, 1045,...) Aumenta a dureza http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=fotos+de+p%C3%B3+preto&source=images&cd=&cad=rja&docid=Xk92jDsRD3sdqM&tbnid=QccpmkUG4lnOAM:&ved=0CAUQjRw&url=http://desciclopedia.ws/wiki/Solu%C3%A7%C3%A3o_final&ei=0xEJUZ6XFZD49gSb1oGAAQ&bvm=bv.41642243,d.dmQ&psig=AFQjCNHAB2J75WdT-P568dc1ahMOi1Al3w&ust=1359635256999150 3- Adicionando-se C até chegar a 0,8%, a imagem vai ficar predominantemente escura (listas) Estrutura totalmente Perlita (Aço 1080) Dureza aumenta 4- Adicionando-se C até chegar em 2,11%, a imagem vai apresentar Perlita e surge outra estrutura chamada Cementita no contorno de grão Composição Química Dureza aumenta ainda mais http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=fotos+de+p%C3%B3+preto&source=images&cd=&cad=rja&docid=Xk92jDsRD3sdqM&tbnid=QccpmkUG4lnOAM:&ved=0CAUQjRw&url=http://desciclopedia.ws/wiki/Solu%C3%A7%C3%A3o_final&ei=0xEJUZ6XFZD49gSb1oGAAQ&bvm=bv.41642243,d.dmQ&psig=AFQjCNHAB2J75WdT-P568dc1ahMOi1Al3w&ust=1359635256999150 5 – Adicionando-se mais Carbono ao aço, passando de 2,11% a imagem vai apresentar Ferrita, Perlita e Cementita + Grafita (carbono puro ou livre) Ferro fundido cinzento Ferro fundido nodular Composição Química Ferros fundidos O Carbono não se dissolve mais do que 2,11% http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=fotos+de+p%C3%B3+preto&source=images&cd=&cad=rja&docid=Xk92jDsRD3sdqM&tbnid=QccpmkUG4lnOAM:&ved=0CAUQjRw&url=http://desciclopedia.ws/wiki/Solu%C3%A7%C3%A3o_final&ei=0xEJUZ6XFZD49gSb1oGAAQ&bvm=bv.41642243,d.dmQ&psig=AFQjCNHAB2J75WdT-P568dc1ahMOi1Al3w&ust=1359635256999150 Menor dureza e resistência Maior dureza e resistência Limite 727 oC (aço 0,8%C) Cementita + Perlita Perlita Perlita + Ferrita Ferrita 0,02% C 0,02 a 0,8 %C 0,8% C 0,8 a 2,1 %C Composição Química Válido na temperatura Ambiente ??? Temperatura x Propriedades Menor dureza e resistência Maior dureza e resistência Limite 727 oC (aço 0,8%C) Cementita + Perlita Perlita Perlita + Ferrita Ferrita 0,02% C 0,02 a 0,8 %C 0,8% C 0,8 a 2,1 %C O efeito da Temperatura Quebrando e observando ao microscópio O efeito da Temperatura Com uma grande ampliação, percebe-se que os grãos são compostos por milhões de átomos de ferro, unidos formando uma rede rede cristalina Átomo de Ferro 1 mícron (m) = 0,001 mm 1 nm = 0,000001 mm 0,248 nm O efeito da Temperatura Átomo de Ferro O efeito da Temperatura para um aço com 0,8% de C A rede cristalina é organizada em forma de cubos. Cúbica de Corpo Centrado CCC (até a temperatura crítica) Perlita As propriedades são alteradas quando muda de CCC para CFC Cúbica de Face Centrada CFC temperatura acima da crítica “Não é magnético” Austenita Dois tipos de organização Temperatura crítica ou Zona crítica região onde há a mudança de CCC para CFC Para um aço carbono com 0,8% C = 727 oC TOC %C 727 912 1143 1493 1394 1538 Resumindo 0,02 de 0,02 a 0,8 0,8 de 0,8 a 2,1 Ferrita + perlita AUSTENITA Perlita CementitaFerrita Chamam-se fases Diagrama de Fases - FeC TOC %C 727 912 1143 1493 1394 1538 Para saber todas as fases em todas as temperaturas-FeC Ferro líquido A+L 0,02 de 0,02 a 0,8 0,8 de 0,8 a 2,1 Ferrita + perlita Austenita Ferrita AUSTENITA Perlita Cementita Austenita Cementita Ferrita Diagrama de Fases - FeC Tratamentos Térmicos ToC Tratamentos Térmicos Tempo São formas de alterar as propriedades de uma peça, aquecendo-a e resfriando-a em condições controladas. Não altera-se a composição química PerlitaAustenita Temperatura crítica 727 oC Perlita Grossa Fina Ferrita + Cementita (Bainita) (Superior) Grossa (Inferior) Fina Martensita Velocidade de resfriamento No forno Ao ar Em óleo, agua... Objetivos específicos - Produzir uma microestrutura definida; - Aliviar ou eliminar as tensões internas; - Aumentar a resistência mecânica; - Aumentar e diminuir a dureza; - Aumentar a ductilidade; - Melhorar a usinabilidade; - Aumentar a resistência ao desgaste, fadiga e à corrosão; - Melhorar as propriedades físicas. OBJETIVO DOS TRATAMENTOS TÉRMICOS O objetivo de um tratamento térmico, consiste em modificar a estrutura de um metal ou liga visando atingir uma determinada propriedade, por meio do aquecimento até a uma temperatura determinada e resfriamento após um certo tempo. ToC Tratamento Térmico Tempo Evolução da dureza Perlita Austenita Temperatura crítica 727 oC Perlita Grossa Fina Ferrita + Cementita (Bainita) (Superior) Grossa (Inferior) Fina Martensita aprox. 200 HV ≅ 90 HB ≅ 19 HRC aprox. 305 HV ≅ 30 HRC aprox. 440 HV ≅ 44,5 HRC aprox. 540 HV ≅ u 55 HRC aprox. 200 HV ≅ 90 HB ≅ 19 HRC Velocidade de resfriamento Dureza ToC TempoPerlita Austenita Temperatura crítica 727 oC Perlita Grossa Fina Ferrita + Cementita (Bainita) (Superior) Grossa (Inferior) Fina Martensita Mapa dos tratamentos térmicos Curva TTT Regiões bem definidas Tempo x Temperatura x Transformações No forno Ao ar Em óleo, agua... Processos de tratamentos térmicos Como saber a velocidade de resfriamento, tempos e temperaturas?? Cada aço tem a sua curva TTT característica Processos de tratamentos térmicos ToC TempoPerlita Austenita Temperatura crítica 727 oC Têmpera Aquecimento com resfriamento rápido Tetragonal de Corpo Centrado TCC “Martensita” Dureza 50 a 65 HRC (depende dos elementos de liga presentes) (frágil) Quando a austenita é resfriada muito rapidamente, não há tempo para se transformar perlita CCCCFCTCC Processo Ciclo - Aquecimento do aço num forno a uma ToC acima da zona crítica (Aço-carbono entre 750º a 900ºC); - Manutenção nessa temperatura pelo tempo necessário para transformar toda peça em austenita (2h + 2h/pol); - Resfriamento em água, óleo, banho de sais, ar entre outros. A temperatura cai de 850ºC para 30ºC. É um resfriamento brusco. Têmpera É um processo de tratamento térmico que tem a finalidade de: dureza resistência ao desgaste Resistência a tração tenacidade Acabamento de móveis injetados em Zamak 1 2 Depende da posição da curva TTT depende da composição química Cada aço tem a sua curva TTT típica Adições de: Carbono, Manganês, Molibdênio, Cobre, Cromo e Níquel Temperabilidade Esquerda direita Revenido A têmpera eleva a dureza e resistência à tração mas baixa a resistência ao choque e alongamento. O material adquire grande quantidade de tensões internas. Um aço nessa situação é inadequado ao trabalho. Ciclo - Após a têmpera, aquecer a peça em temperatura abaixo da zona crítica dependendo da dureza desejada - Manter por um certo tempo nesta temperatura (1 a 3 hs); - Retirar do formo e resfriar por qualquer meio. Revenimento finalidade de corrigir a dureza excessiva da têmpera e aliviar as tensões Temperatura (zona ) crítica Aço SAE 1045 Finalidades diminuir a dureza, aumentar a ductibilidade, melhorar a usinabilidade, ajustar tamanho de grão, eliminar irregularidades resultantes de tratamento térmico ou mecânico, sofridas anteriormente. Recozimento pleno Após processo inicial de fabricação fundição, prensagem, forjamento, laminação –a peça terá de passar por outros processos mecânicos. Ex: amaciar o aço para usinar. Ciclo: - Aquecer a peça numa temperatura acima da zona crítica; - Manter por certo tempo; - Desligar o forno e resfriar a peça em seu interior. Ciclo: - Aquecer a peça acima da zona crítica - Manter por cerca de uma a três horas; - Resfriar a peça fora do forno (mais rápido que o recozimento) Pode ser usado como processo preliminar á têmpera Normalização Finalidade Refinar (diminuir) o tamanho de grão. Grãos grosseiros: Material menos resistente Finalidades: - Quando se quer aumentar a dureza conservando valores importantes de ductilidade; - Apresenta dureza menor e menores tensões internas do que peças temperadas; - Adequado para aços de alta temperabilidade (alto teor de C) microestrutura : Bainita - Aumentar a resistência a fadiga de molas Bainita aprox. 45 – 50 HRC X martensita aprox. 65 a 67 Rockwell C. Austêmpera Ciclo: -Aquecer em temperatura acima da zona crítica por certo tempo, até que toda a estrutura se transforme em austenita; - Resfriar bruscamente em banho de sal fundido (entre 260ºC e 440ºC; - Manter nessa temperatura por um tempo, até que sejam cortadas as duas curvas, ocorrendo transformação da austenita em bainita; - Resfriar ao ar livre. Ciclo: -Aquecer o aço a uma temperatura acima da zona crítica; - Manter até a completa austenitização; - Resfriar até uma temperatura pouco acima da temperatura de início da formação de martensita (Mi); - Manter até que toda a peça atinja essa temperatura; - Resfriar rapidamente até a temperatura ambiente para que a austenita transforme-se em martensita. http://www.grefortec.com.br/tratamento- termico/processos/martempera?gclid=CJ7X4v- PlbUCFQ D Q d QYA Martêmpera Finalidades: - é aumentar a resistência e a dureza do aço com uma estrutura final de martensita; - martensita mais homogênea e com menos tensões internas (evitar trincas e empenamentos). “ resfriamento menos drástico” http://www.grefortec.com.br/tratamento-termico/processos/martempera?gclid=CJ7X4v-PlbUCFQeDnQodeQYAqg http://www.grefortec.com.br/tratamento-termico/processos/martempera?gclid=CJ7X4v-PlbUCFQeDnQodeQYAqg http://www.grefortec.com.br/tratamento-termico/processos/martempera?gclid=CJ7X4v-PlbUCFQeDnQodeQYAqg Wilson Sckudlarek TRATAMENTOS TERMOQUÍMICOS 45 TRATAMENTOS TERMOQUÍMICOS Finalidades: São tratamentos que visam o endurecimento de uma camada superficial em peças de aço pela introdução de átomos intersticiais de C, N e B. “Diferem dos tratamentos térmicos alteram a composição química” Premissa: Materiais duros: elevada resistência ao desgaste, mas baixa tenacidade X Materiais macios: mais tenazes mas não apresentam boa resistência ao desgaste. 46 Aplicações: - Onde é necessário dureza na camada externa mantendo-se o núcleo tenaz; - Peças expostas ao desgaste; - Engrenagens, eixos e mancais entre outros Ciclo 1- Austenitizar o aço em um meio (Solido, líquido, gás), rico do elemento (C, N, B..) que pretende-se introduzir na camada superficial; 2- Mantem-se nesta temperatura e atmosfera por algumas horas, dependendo da espessura de camada desejada; 3- Tempera-se em óleo caso a camada seja de C ou ao ar se a camada for de N Tipo de camada Nome do processo Carbono (C) Cementação Nitrogênio (N) Nitretação Boro (B) Boretação Carbono e Nitrogênio Carbonitretação TRATAMENTOS TERMOQUÍMICOS A introdução de átomos nos interstícios da rede cristalina do ferro é feita por processo de difusão Finalidade/detalhes: - Consiste em introduzir C na superfície do aço com baixos teores de C; - Aumento do teor de C até em torno de 1% superfície dura e um núcleo tenaz - Indicação: aços-carbono ou aços-ligas teor original de carbono inferior a 0,25%. - No mercado: aço SAE 8620, SAE 1020 Temperar depois Aço 1020 Distância da superfície (mm) Microdureza HV 0,5 Dureza HRC Convertida 0,1 679 60 0,5 613 56 1,0 222 (16) 1,5 204 (12) 3,0 204 (12) A1 C 48 Processo de Cementação Meio rico C T oC elevada 2 49 Imaginar um sistema Difusão de C na Cementação Fe Peça de aço Mais espaço T oC elevada 50 Imaginar um sistema Fe Meio rico C 2 Difusão de C na Cementação T oC elevada 51 Imaginar um sistema Fe Meio rico C 2 Difusão de C na Cementação T oC elevada 52 Imaginar um sistemaFe Meio rico C 2 Difusão de C na Cementação T oC elevada 53 Imaginar um sistema Fe Meio rico C 2 Difusão de C na Cementação T oC elevada 54 Imaginar um sistema Fe Meio rico C 2 Difusão de C na Cementação T oC elevada 55 Imaginar um sistema Fe Meio rico C 2 Difusão de C na Cementação T oC elevada 56 Imaginar um sistema Fe Meio rico C 2 Difusão de C na Cementação T oC elevada 57 Imaginar um sistema Fe 2 Difusão de C na Cementação Meio rico C T oC elevada 58 Imaginar um sistema Fe Meio rico C 2 Difusão de C na Cementação T oC elevada 59 Imaginar um sistema Fe Meio rico C 2 Difusão de C na Cementação T oC elevada Para existir o transporte de átomos e haver migração do soluto na rede do solvente é necessário duas condições: Existir espaço livre adjacente ao átomo + O átomo precisa de energia (ex. aquecer) para quebrar ligações químicas que une os átomos vizinhos e causar distorção na rede para deslocar-se ΔG de ativação Sistema 60 Imaginar um sistema Fe Meio rico C Difusão de C na Cementação Tipo de camada Nome do processo Carbono (C) Cementação Nitrogênio (N) Nitretação Boro (B) Boretação Carbono e Nitrogênio Carbonitretação De forma similar são feitos os demais tratamentos termoquímicos 3.1.1 Cementação sólida ou em caixa O tempo de permanência no forno pode variar de uma a trinta horas A cementação pode ser sólida, gasosa, líquida. Ciclo - Colocar a peça em uma caixa de aço contendo substâncias ricas em C: carvão de lenha, coque, carbonato de cálcio e óleo de linhaça; - Levar a peça ao forno (ToC = 930°C); - Manter a peça no forno por certo tempo; - Submeter a peça à têmpera para que ela adquira dureza pode temperar direto (uma operação) 2ª Lei de Fick 63 Ciclo - Colocar as peça em forno (850°C a 950°C) com atmosfera de gás propano ou gás natural para a geração de carbono; - Manter por certo tempo; - Após a cementação temperar o aço em óleo. Ciclo - Pré aquecer as peças a 400ºC; - Colocar as peças são em banho de sais fundidos, ricos em carbono, principalmente sais à base de cianeto e carbonato (ToC = 930°C á 950°C) - Retirar e resfriar as peças em salmoura ou óleo têmpera 3.1.2 Cementação gasosa 3.1.3 Cementação líquida É o processo mais eficiente porque permite cementar as peças com maior uniformidade e com economia de energia. 64 Nitretação é feita após a têmpera e revenido para não haver distorções e empenamentos 3.2 Nitretação Finalidade Enriquecimento da superfície com nitrogênio, utilizando meios gasosos ou líquidos nitrogenados que contribuem para a formação de nitretos Objetivos: - obtenção de elevada dureza superficial; - aumento da resistência ao desgaste e à fadiga; - melhora da resistência à corrosão de aços não inoxidáveis. Aplicações: peças que trabalham em atrito permanente sob altas temperaturas. Ex: virabrequim, camisas de cilindros. Processos - a gás - banho de sal - plasma. 65 Ciclo - Temperar e revenir as peças - Mergulhar em banho de sais fundidos que são as fontes de nitrogênio (500ºC a 580ºC); - Manter no banho de duas a três horas; - Decorrido o tempo de forno: retirar as peças e resfriadas ao ar Ciclo - Colocar as peças em forno com atmosfera de gás amônia (NH3). TºC entre 500ºC a 560ºC; - Tempo duração de quarenta a noventa horas. - Decorrido o tempo de forno: retirar as peças e resfriar ao ar. 3.2.1 Nitretação a gás 3.2.2 Nitretação líquida ou banho de sal Nitretos de ferro, cromo, molibdênio e níquel: elevada dureza. - Camada superficial de nitretos de até 0,8 mm. Camada com 0,65 mm após 70 horas O processo é mais rápido que o anterior. Camada com 0,65 mm após 1 a 3 horas; 66 Característica principal o controle preciso da composição e espessura da camada nitretada O tratamento consiste em submeter uma mistura de gases, num ambiente de vácuo, a uma tensão elétrica formada entre as peças, que constituem o pólo negativo (o cátodo), e a parede da retorta, que constitui o pólo positivo (o ânodo) Formando um plasma que transporta o nitrogênio para a superfície da peça (ions, átomos, moléculas) Ciclo - Temperar e revenir as peças; - Retificar e limpar; - Colocar no forno (380ºC a 650ºC); - Fazer vácuo e injetar o gás de tratamento (Ar, H2, CH4 , N2, ou ar) a baixa pressão; - Manter por certo tempo; - Resfriar ao ar. 3.2.3 Nitretação a plasma 67 Controle Aplicativo de computador controla e monitora os parâmetros do processo como: pressão, tempo, temperatura, tensão, corrente e composição dos gases. De acordo com a mistura de gás pode-se: nitretar, nitrocarbonetar ou oxinitrocarbonetar 68 Esse processo consiste em introduzir carbono e nitrogênio na superfície do aço. O processo pode ser realizado em fornos de banhos de sal ou de atmosfera controlada (a gás). A superfície da camada carbonitretada adquire dureza e resistência ao desgaste. A temperatura do processo varia de 705ºC a 900ºC, com uma duração de duas horas. Após esse tempo, as peças são resfriadas em água ou óleo. Obtém-se uma camada com espessura de 0,07 a 0,7 mm. 3.2.4 Carbonitretação A carbonitretação é usada, geralmente, em peças de pequeno porte, como componentes de relógios, aparelhos eletrodomésticos. 69 4. CONCLUSÕES - Tratamentos Termoquímicos visam melhorar caracteristicas tribológicas e anti corrosão; - Aumento da dureza na superfície e nucleo tenaz; - Fenômeno de difusão é fundamental nos tratamentos termoquímicos; - Diferem dos tratamentos térmicos pois mudam a composição química - São tratamentos isotérmicos Tipo de tratamento Átomos adicionados Processo/meio Temperatura oC Resultados Cementação C Sólida Líquida Gasosa Plasma 850 – 950 (+têmpera) Camada até 10 mm Dureza : 65 HRC Nitretação N Líquida Gasosa Plasma 500 - 600 Camada até 1 mm Dureza : Até 1100 HV Cianetação C e N Líquida 650 – 850 (+ têmpera) Camada 0,1 – 0,3 mm Carbonitretação C e N Gasosa 700 – 900 (+ têmpera) Camada até 7 mm Boretação B Sólida 900 Camada (até 4hs) 100 um Dureza : 700 á 2000 HV 70 Slide Number 1 Slide Number 2 Slide Number 3 Slide Number 4 Slide Number 5 Slide Number 6 Slide Number 7 Slide Number 8 Slide Number 9 Slide Number 10 Slide Number 11 Slide Number 12 Slide Number 13 Slide Number 14 Slide Number 15 Slide Number 16 Slide Number 17 Slide Number 18 Slide Number 19 Slide Number 20 Slide Number 21 Slide Number 22 Slide Number 23 Slide Number 24 Slide Number 25 Slide Number 26 Slide Number 27 Slide Number 28 Slide Number 29 Slide Number 30 Slide Number 31 Slide Number 32 Slide Number 33 Slide Number 34 Slide Number 35 Slide Number 36 Slide Number 37 Slide Number 38 Slide Number 39 Slide Number 40 Slide Number 41 Slide Number 42 Slide Number 43 Slide Number 44 Slide Number 45 Slide Number 46 Slide Number 47 Slide Number 48 Slide Number 49 Slide Number 50 Slide Number 51 Slide Number 52 Slide Number 53 Slide Number 54 Slide Number 55 Slide Number 56 Slide Number 57 Slide Number 58 Slide Number 59 Slide Number 60 Slide Number 61 Slide Number 62 Slide Number 63 Slide Number 64 Slide Number 65 Slide Number 66 Slide Number 67 Slide Number 68 Slide Number 69 Slide Number 70 Slide Number 71 Slide Number 72 Slide Number 73 Slide Number 74 Slide Number 75 Slide Number 76 Slide Number 77 Slide Number 78 Slide Number 79 Slide Number 80 Slide Number 81 Slide Number 82 Slide Number 83 Slide Number 84 Slide Number 85 Slide Number 86 Slide Number 87 Slide Number 88 Slide Number 89 Slide Number 90