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ENGENHARIA DE MATERIAIS
AÇOS 
E 
TRATAMENTOS TÉRMICOS
Eng Wilson Sckudlarek
Ligas metálicas
- são materiais que contêm dois ou mais 
elementos onde pelo menos um deles é 
metal.
Materiais de Engenharia
Não-metálicos Metálicos
Naturais Sintéticos Compostos/fibras Ferrosos Não-ferrosos
Madeira Vidros de vidro Aços
Alumínio
Cobre
Borracha Cerâmicos de carbono
Zinco
Ferros fundidos
Magnésio
Chumbo
Couro Plásticos de banana Estanho
Titânio
Metais
Polímeros
Materiais 
naturaisEspumas
Cerâmicos e 
vidros Materiais 
compostos
Ligas  dois elementos principais: Fe e C
Outros elementos podem estar presentes: 
Silício (Si)
Manganês (Mn)
Enxofre (S)
Fósforo (P)
Molibdênio (Mo)
Cromo (Cr) 
Vanádio (V)
Titânio (Ti)
Níquel (Ni)
Tungstênio (W)
Nióbio (Nb)
Outros
Ferrosos
Aços
Ferros fundidos
Classificação genérica dos aços e ferros fundidos em função da presença de outros elementos 
É um aço ou ferro fundido?  depende do teor de carbono 
Aços  são consideradas as ligas com teor de carbono menor que 2,11%;
Ferros fundidos são as ligas com teor de carbono acima de 2,11 % até 4,5%
Aços 
Ferro (Fe)  É o elemento básico dos aços e ferros fundidos
Carbono ( C)  Depois do ferro é o elemento mais importante
Aços carbono  Categoria mais importante dos materiais metálicos
Contém ferro + pequenas porcentagens de C + Mn, Si, S e P
Dicas Práticas:
A porcentagem aproximada de carbono de um aço pode ser reconhecida na prática
pelas fagulhas que desprendem de uma peça ao ser esmerilhada.
Classificação dos aços carbono segundo a ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas)

de acordo com a % C
Tipo de 
aço
% C
1006 0,05% á 0,07% C
1010 0,08% a 0,13% C
1020 0,18% a 0,23% C
1030 0,28% a 0,34% C
1045 0,43% a 0,47% C
1050 0,48% a 0,55% C
1060 0,55% a 0,65% C
Os dois primeiros algarismos designam a classe do aço. 
Os dois últimos algarismos designam a média do teor de carbono
Exemplo:
Aço 1020
10 - significa que é
aço carbono
20 - significa que a 
porcentagem média de 
carbono é 0,20%.
Aços Ligados
Aplicações: construção de máquinas, equipamentos, estruturas, veículos e componentes
diversos de sistemas mecânicos.
Aços – carbono:
A % de carbono determina a resistência do aço
Ex: um aço com 0,50% é mais resistente que um aço com 0,20% de C.
Propriedades Mecânicas  Capacidade para suportar os seguintes esforços:
Fatores que determinam 
a 
Qualidade do produto
Comparativo de propriedades de alguns aços carbono
Tipo de aço %C Resistência à 
ruptura 
(kg/mm2) 
Têmpera Solda Aplicações
acima de 1060 -
(Duro a extra-
duro)
0,60 a 1,50 75 a 100 Tempera 
facilmente Não solda
peças de grande dureza e 
resistência, molas, cabos, 
cutelaria..
1040 a 1060-
(Meio duro)
0,40 a 0,60 65 a 75 Adquire 
boa 
têmpera
Muito 
difícil de 
soldar
peças de grande dureza, 
ferramentas de corte, molas, 
trilhos..
1030 a 1040 
(Meio macio)
0,30 a 0,40 55 a 65 Início de 
têmpera
Difícil de 
soldar
peças de máquinas, motores, 
ferramentas para a agricultura
Aço 1020 a 1030 
(Macio)
0,20 a 0,30 45 a 55 Não 
adquire 
Soldável barras laminadas e perfiladas, 
peças comuns..
1006 a 1010
(Extra-macio)
0,06 a 0,10 35 a 40 Não 
adquire 
Fácil de 
soldar-se
chapas, fios, parafusos, tubos, 
produtos de caldeiraria, etc
Que são função da:

- Composição Química (elementos presentes);
+
- Temperatura momentânea de trabalho;
+
- Histórico térmico no processamento e uso
(ex: peça soldada, fundida, retificada, temperada, erosionada, motor...) 
Dependem do “DNA” 

Microestruturas
Comportamento/Propriedades dos aços e ferros fundidos
O que a composição Química faz com as 
Propriedades?
Quebrando-se uma peça de aço ou ferro fundido observam-se vários grãos unidos
Composição química para um aço carbono  Fe + C + residuos de outros elementos
Composição Química
1- Se a amostra de aço tiver pouco C, a imagem 
será predominantemente clara revelando os 
contornos de grão. 
Esta micro estrutura chama-se  Ferrita
(Aço 1006, 1010...)
Baixa dureza
2- Adicionando-se C, a imagem começa a revelar regiões escuras (listas). 
Estrutura chamada  Perlita
Ainda existirá Ferrita.
(Aço 1020, 1045,...)
Aumenta a dureza
http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=fotos+de+p%C3%B3+preto&source=images&cd=&cad=rja&docid=Xk92jDsRD3sdqM&tbnid=QccpmkUG4lnOAM:&ved=0CAUQjRw&url=http://desciclopedia.ws/wiki/Solu%C3%A7%C3%A3o_final&ei=0xEJUZ6XFZD49gSb1oGAAQ&bvm=bv.41642243,d.dmQ&psig=AFQjCNHAB2J75WdT-P568dc1ahMOi1Al3w&ust=1359635256999150
3- Adicionando-se C até chegar a 0,8%, a imagem vai ficar predominantemente 
escura (listas)  Estrutura totalmente Perlita
(Aço 1080)
Dureza aumenta
4- Adicionando-se C até chegar em 2,11%, a imagem vai apresentar Perlita e
surge outra estrutura chamada Cementita no contorno de grão
Composição Química
Dureza aumenta ainda 
mais
http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=fotos+de+p%C3%B3+preto&source=images&cd=&cad=rja&docid=Xk92jDsRD3sdqM&tbnid=QccpmkUG4lnOAM:&ved=0CAUQjRw&url=http://desciclopedia.ws/wiki/Solu%C3%A7%C3%A3o_final&ei=0xEJUZ6XFZD49gSb1oGAAQ&bvm=bv.41642243,d.dmQ&psig=AFQjCNHAB2J75WdT-P568dc1ahMOi1Al3w&ust=1359635256999150
5 – Adicionando-se mais Carbono ao aço, passando de 2,11%
a imagem vai apresentar Ferrita, Perlita e Cementita
+ Grafita (carbono puro ou livre)
Ferro fundido cinzento Ferro fundido nodular
Composição Química
Ferros fundidos
O Carbono não se dissolve 
mais do que 2,11%
http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=fotos+de+p%C3%B3+preto&source=images&cd=&cad=rja&docid=Xk92jDsRD3sdqM&tbnid=QccpmkUG4lnOAM:&ved=0CAUQjRw&url=http://desciclopedia.ws/wiki/Solu%C3%A7%C3%A3o_final&ei=0xEJUZ6XFZD49gSb1oGAAQ&bvm=bv.41642243,d.dmQ&psig=AFQjCNHAB2J75WdT-P568dc1ahMOi1Al3w&ust=1359635256999150
Menor dureza
e resistência
Maior dureza e resistência
Limite 727 oC (aço 0,8%C)
Cementita
+ 
Perlita Perlita Perlita
+
Ferrita Ferrita
0,02% C 0,02 a 0,8 %C 0,8% C 0,8 a 2,1 %C 
Composição Química Válido na 
temperatura 
Ambiente ???
Temperatura x Propriedades
Menor dureza
e resistência
Maior dureza e resistência
Limite 727 oC (aço 0,8%C)
Cementita
+ 
Perlita Perlita Perlita
+
Ferrita Ferrita
0,02% C 0,02 a 0,8 %C 0,8% C 0,8 a 2,1 %C 
O efeito da Temperatura
Quebrando e observando ao microscópio
O efeito da Temperatura
Com uma grande ampliação, percebe-se que os grãos são compostos por milhões de 
átomos de ferro, unidos formando uma rede  rede cristalina
Átomo 
de Ferro
1 mícron (m) = 0,001 mm 1 nm = 0,000001 mm
0,248 nm
O efeito da Temperatura
Átomo 
de Ferro
O efeito da Temperatura para um aço com 0,8% de C
A rede cristalina é organizada em forma de cubos.
Cúbica de Corpo Centrado
CCC 
(até a temperatura crítica)
Perlita
As propriedades são 
alteradas quando muda de 
CCC para CFC
Cúbica de Face Centrada
CFC 
temperatura acima da crítica
“Não é magnético”

Austenita
Dois tipos de organização
Temperatura crítica ou Zona crítica  região onde há a 
mudança de CCC para CFC
Para um aço carbono com 0,8% C = 727 oC
TOC
%C
727
912
1143
1493
1394
1538 Resumindo
0,02 de 0,02 a 0,8 0,8 de 0,8 a 2,1 
Ferrita + perlita
AUSTENITA
Perlita CementitaFerrita
Chamam-se fases
Diagrama de Fases - FeC
TOC
%C
727
912
1143
1493
1394
1538 Para saber todas as fases em todas as temperaturas-FeC
Ferro líquido
A+L
0,02 de 0,02 a 0,8 0,8 de 0,8 a 2,1 
Ferrita + perlita
Austenita
Ferrita
AUSTENITA
Perlita Cementita
Austenita
Cementita
Ferrita
Diagrama de Fases - FeC
Tratamentos Térmicos
ToC
Tratamentos Térmicos
Tempo
São formas de alterar as propriedades de uma peça, aquecendo-a e resfriando-a em 
condições controladas. 
Não altera-se a composição química
PerlitaAustenita
Temperatura crítica 727 oC
Perlita
Grossa 
Fina 
Ferrita
+ 
Cementita
(Bainita)
(Superior) Grossa 
(Inferior) Fina 
Martensita
 Velocidade de resfriamento 
No forno
Ao ar
Em óleo, agua...
Objetivos específicos
- Produzir uma microestrutura definida;
- Aliviar ou eliminar as tensões internas; 
- Aumentar a resistência mecânica; 
- Aumentar e diminuir a dureza; 
- Aumentar a ductilidade; 
- Melhorar a usinabilidade; 
- Aumentar a resistência ao desgaste, fadiga e à corrosão; 
- Melhorar as propriedades físicas. 
OBJETIVO DOS TRATAMENTOS TÉRMICOS 
 O objetivo de um tratamento térmico, consiste em modificar a estrutura de um
metal ou liga visando atingir uma determinada propriedade, por meio do aquecimento
até a uma temperatura determinada e resfriamento após um certo tempo.
ToC
Tratamento Térmico
Tempo
Evolução da dureza
Perlita
Austenita
Temperatura crítica 727 oC
Perlita
Grossa 
Fina 
Ferrita
+ 
Cementita
(Bainita)
(Superior) Grossa 
(Inferior) Fina 
Martensita
aprox. 200 HV ≅ 90 HB ≅ 19 HRC
aprox. 305 HV ≅ 30 HRC
aprox. 440 HV ≅ 44,5 HRC
aprox. 540 HV ≅ u 55 HRC
aprox. 200 HV ≅ 90 HB ≅ 19 HRC
 Velocidade de resfriamento  Dureza
ToC
TempoPerlita
Austenita
Temperatura crítica 727 oC
Perlita
Grossa 
Fina 
Ferrita
+ 
Cementita
(Bainita)
(Superior) Grossa 
(Inferior) Fina 
Martensita
Mapa dos tratamentos térmicos  Curva TTT
Regiões bem definidas
Tempo x Temperatura x Transformações
No forno
Ao ar
Em óleo, agua...
Processos de tratamentos térmicos
Como saber a velocidade de resfriamento, tempos e temperaturas??
Cada aço tem a sua 
curva TTT
característica
Processos de tratamentos térmicos
ToC
TempoPerlita
Austenita
Temperatura crítica 727 oC
Têmpera

Aquecimento com resfriamento rápido
Tetragonal de Corpo Centrado TCC 
“Martensita”
Dureza 50 a 65 HRC 
(depende dos elementos de liga presentes)
(frágil)
Quando a austenita é resfriada muito 
rapidamente, não há tempo para se 
transformar perlita
CCCCFCTCC
Processo Ciclo
- Aquecimento do aço num forno a uma ToC acima
da zona crítica (Aço-carbono  entre 750º a
900ºC);
- Manutenção nessa temperatura pelo tempo
necessário para transformar toda peça em
austenita (2h + 2h/pol);
- Resfriamento em água, óleo, banho de sais, ar
entre outros. A temperatura cai de 850ºC para
30ºC.

É um resfriamento brusco.
Têmpera
É um processo de tratamento térmico que tem a finalidade de: 
 dureza  resistência ao desgaste  Resistência a tração  tenacidade
Acabamento de móveis injetados em Zamak
1
2
Depende da posição da curva TTT  depende da composição química
Cada aço tem a sua curva TTT típica
Adições de: Carbono, Manganês, Molibdênio, Cobre, Cromo e Níquel
Temperabilidade
Esquerda   direita 
Revenido
A têmpera eleva a dureza e resistência à tração mas baixa a resistência ao choque e 
alongamento. O material adquire grande quantidade de tensões internas.

Um aço nessa situação é inadequado ao trabalho.
Ciclo
- Após a têmpera, aquecer a peça em temperatura abaixo
da zona crítica dependendo da dureza desejada
- Manter por um certo tempo nesta temperatura (1 a 3 hs);
- Retirar do formo e resfriar por qualquer meio.
Revenimento  finalidade de corrigir a dureza excessiva da têmpera e aliviar as 
tensões
Temperatura (zona ) crítica
Aço SAE 1045
Finalidades  diminuir a dureza, aumentar a ductibilidade, melhorar a usinabilidade,
ajustar tamanho de grão, eliminar irregularidades resultantes de tratamento térmico ou
mecânico, sofridas anteriormente.
Recozimento pleno
Após processo inicial de fabricação  fundição, prensagem, forjamento, laminação –a peça
terá de passar por outros processos mecânicos. Ex: amaciar o aço para usinar.
Ciclo:
- Aquecer a peça numa temperatura acima da
zona crítica;
- Manter por certo tempo;
- Desligar o forno e resfriar a peça em seu
interior.
Ciclo:
- Aquecer a peça acima da zona crítica
- Manter por cerca de uma a três horas;
- Resfriar a peça fora do forno
(mais rápido que o recozimento)
Pode ser usado como processo preliminar á têmpera
Normalização
Finalidade  Refinar (diminuir) o tamanho de grão.
Grãos grosseiros: Material 
menos resistente
Finalidades:
- Quando se quer aumentar a dureza conservando valores importantes de ductilidade;
- Apresenta dureza menor e menores tensões internas do que peças temperadas;
- Adequado para aços de alta temperabilidade (alto teor de C) microestrutura : Bainita
- Aumentar a resistência a fadiga de molas
Bainita aprox. 45 – 50 HRC X martensita aprox. 65 a 67 Rockwell C.
Austêmpera
Ciclo: 
-Aquecer em temperatura acima da zona crítica por
certo tempo, até que toda a estrutura se transforme
em austenita;
- Resfriar bruscamente em banho de sal fundido
(entre 260ºC e 440ºC;
- Manter nessa temperatura por um tempo, até que
sejam cortadas as duas curvas, ocorrendo
transformação da austenita em bainita;
- Resfriar ao ar livre.
Ciclo:
-Aquecer o aço a uma temperatura acima da zona
crítica;
- Manter até a completa austenitização;
- Resfriar até uma temperatura pouco acima da
temperatura de início da formação de martensita (Mi);
- Manter até que toda a peça atinja essa temperatura;
- Resfriar rapidamente até a temperatura ambiente
para que a austenita transforme-se em martensita.
http://www.grefortec.com.br/tratamento-
termico/processos/martempera?gclid=CJ7X4v-
PlbUCFQ D Q d QYA
Martêmpera
Finalidades:
- é aumentar a resistência e a dureza do aço com uma estrutura final de martensita;
- martensita mais homogênea e com menos tensões internas (evitar trincas e
empenamentos).
“ resfriamento menos drástico”
http://www.grefortec.com.br/tratamento-termico/processos/martempera?gclid=CJ7X4v-PlbUCFQeDnQodeQYAqg
http://www.grefortec.com.br/tratamento-termico/processos/martempera?gclid=CJ7X4v-PlbUCFQeDnQodeQYAqg
http://www.grefortec.com.br/tratamento-termico/processos/martempera?gclid=CJ7X4v-PlbUCFQeDnQodeQYAqg
Wilson Sckudlarek
TRATAMENTOS TERMOQUÍMICOS
45
TRATAMENTOS TERMOQUÍMICOS
Finalidades:
São tratamentos que visam o endurecimento de uma camada superficial em peças
de aço pela introdução de átomos intersticiais de C, N e B.

“Diferem dos tratamentos térmicos  alteram a composição química” 
Premissa: 
Materiais duros: elevada resistência ao desgaste, mas baixa tenacidade
X
Materiais macios: mais tenazes mas não apresentam boa resistência ao 
desgaste.
46
Aplicações:
- Onde é necessário dureza na camada externa mantendo-se o núcleo tenaz;
- Peças expostas ao desgaste;
- Engrenagens, eixos e mancais entre outros
Ciclo
1- Austenitizar o aço em um meio (Solido, líquido, gás), rico do elemento (C, N, B..) que
pretende-se introduzir na camada superficial;
2- Mantem-se nesta temperatura e atmosfera por algumas horas, dependendo da espessura de
camada desejada;
3- Tempera-se em óleo caso a camada seja de C ou ao ar se a camada for de N
Tipo de camada Nome do processo
Carbono (C) Cementação
Nitrogênio (N) Nitretação
Boro (B) Boretação
Carbono e Nitrogênio Carbonitretação
TRATAMENTOS TERMOQUÍMICOS
A introdução de átomos nos interstícios da rede cristalina do ferro é feita por
processo de difusão
Finalidade/detalhes:
- Consiste em introduzir C na superfície do aço com baixos teores de C;
- Aumento do teor de C até em torno de 1% superfície dura e um núcleo tenaz
- Indicação: aços-carbono ou aços-ligas  teor original de carbono inferior a 0,25%.
- No mercado: aço SAE 8620, SAE 1020  Temperar depois
Aço 1020
Distância da 
superfície (mm)
Microdureza
HV 0,5
Dureza HRC
Convertida
0,1 679 60
0,5 613 56
1,0 222 (16)
1,5 204 (12)
3,0 204 (12)
A1
C
48
Processo de Cementação
Meio rico C
T oC
elevada
2
49
Imaginar um sistema 
Difusão de C na Cementação
Fe
Peça de aço
Mais espaço
T oC
elevada
50
Imaginar um sistema 
Fe
Meio rico C
2
Difusão de C na Cementação
T oC
elevada
51
Imaginar um sistema 
Fe
Meio rico C
2
Difusão de C na Cementação
T oC
elevada
52
Imaginar um sistemaFe
Meio rico C
2
Difusão de C na Cementação
T oC
elevada
53
Imaginar um sistema 
Fe
Meio rico C
2
Difusão de C na Cementação
T oC
elevada
54
Imaginar um sistema 
Fe
Meio rico C
2
Difusão de C na Cementação
T oC
elevada
55
Imaginar um sistema 
Fe
Meio rico C
2
Difusão de C na Cementação
T oC
elevada
56
Imaginar um sistema 
Fe
Meio rico C
2
Difusão de C na Cementação
T oC
elevada
57
Imaginar um sistema 
Fe
2
Difusão de C na Cementação
Meio rico C
T oC
elevada
58
Imaginar um sistema 
Fe
Meio rico C
2
Difusão de C na Cementação
T oC
elevada
59
Imaginar um sistema 
Fe
Meio rico C
2
Difusão de C na Cementação
T oC
elevada
Para existir o transporte de átomos e haver migração do soluto na rede do solvente é 
necessário duas condições:
Existir espaço livre adjacente ao átomo
+
O átomo precisa de energia (ex. aquecer)
para quebrar ligações químicas que une os átomos vizinhos e causar distorção na rede 
para deslocar-se
ΔG de ativação
Sistema
60
Imaginar um sistema 
Fe
Meio rico C
Difusão de C na Cementação
Tipo de camada Nome do processo
Carbono (C) Cementação
Nitrogênio (N) Nitretação
Boro (B) Boretação
Carbono e Nitrogênio Carbonitretação
De forma similar são feitos os demais tratamentos termoquímicos
3.1.1 Cementação sólida ou em caixa
O tempo de permanência no forno pode variar de uma a trinta horas
A cementação pode ser sólida, gasosa, líquida.
Ciclo
- Colocar a peça em uma caixa de aço contendo substâncias ricas em C: carvão de lenha, coque,
carbonato de cálcio e óleo de linhaça;
- Levar a peça ao forno (ToC = 930°C);
- Manter a peça no forno por certo tempo;
- Submeter a peça à têmpera para que ela adquira dureza pode temperar direto (uma operação)
2ª Lei de Fick
63
Ciclo
- Colocar as peça em forno (850°C a 950°C) com atmosfera de gás propano ou gás natural para a 
geração de carbono;
- Manter por certo tempo;
- Após a cementação temperar o aço em óleo.
Ciclo
- Pré aquecer as peças a 400ºC;
- Colocar as peças são em banho de sais fundidos, ricos em carbono, principalmente sais à base de 
cianeto e carbonato (ToC = 930°C á 950°C)
- Retirar e resfriar as peças em salmoura ou óleo  têmpera
3.1.2 Cementação gasosa
3.1.3 Cementação líquida
É o processo mais eficiente porque permite cementar as peças com maior uniformidade e com
economia de energia.
64
Nitretação é feita após a têmpera e revenido para não haver distorções e empenamentos
3.2 Nitretação
Finalidade  Enriquecimento da superfície com nitrogênio, utilizando meios gasosos ou líquidos 
nitrogenados que contribuem para a formação de nitretos
Objetivos:
- obtenção de elevada dureza superficial;
- aumento da resistência ao desgaste e à fadiga;
- melhora da resistência à corrosão de aços não inoxidáveis.
Aplicações: peças que trabalham em atrito permanente sob altas temperaturas. 
Ex: virabrequim, camisas de cilindros. 
Processos
- a gás 
- banho de sal 
- plasma.
65
Ciclo
- Temperar e revenir as peças
- Mergulhar em banho de sais fundidos que são as fontes de nitrogênio (500ºC a 580ºC); 
- Manter no banho de duas a três horas;
- Decorrido o tempo de forno: retirar as peças e resfriadas ao ar
Ciclo
- Colocar as peças em forno com atmosfera de gás amônia (NH3). TºC entre 500ºC a 560ºC;
- Tempo  duração de quarenta a noventa horas. 
- Decorrido o tempo de forno: retirar as peças e resfriar ao ar.
3.2.1 Nitretação a gás
3.2.2 Nitretação líquida ou banho de sal
Nitretos de ferro, cromo, molibdênio e níquel: elevada dureza.
- Camada superficial de nitretos de até 0,8 mm.
Camada com 0,65 mm após 70 horas
O processo é mais rápido que o anterior. 
Camada com 0,65 mm após 1 a 3 horas;
66
Característica principal  o controle preciso da composição e espessura da camada nitretada
O tratamento consiste em submeter uma mistura de gases, num
ambiente de vácuo, a uma tensão elétrica formada entre as peças,
que constituem o pólo negativo (o cátodo), e a parede da retorta,
que constitui o pólo positivo (o ânodo)

Formando um plasma que transporta o nitrogênio para a 
superfície da peça 
(ions, átomos, moléculas)
Ciclo
- Temperar e revenir as peças;
- Retificar e limpar;
- Colocar no forno (380ºC a 650ºC);
- Fazer vácuo e injetar o gás de tratamento (Ar, H2, CH4 , N2, ou ar) a baixa pressão;
- Manter por certo tempo;
- Resfriar ao ar.
3.2.3 Nitretação a plasma
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Controle
Aplicativo de computador controla e monitora os parâmetros do processo como:
pressão, tempo, temperatura, tensão, corrente e composição dos gases.
De acordo com a mistura de gás pode-se: nitretar, nitrocarbonetar ou oxinitrocarbonetar
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Esse processo consiste em introduzir carbono e nitrogênio na superfície do aço. O processo pode ser
realizado em fornos de banhos de sal ou de atmosfera controlada (a gás).
A superfície da camada carbonitretada adquire dureza e resistência ao desgaste.
A temperatura do processo varia de 705ºC a 900ºC, com uma duração de duas horas.
Após esse tempo, as peças são resfriadas em água ou óleo. Obtém-se uma camada com espessura de
0,07 a 0,7 mm.
3.2.4 Carbonitretação
A carbonitretação é usada, geralmente, em peças de
pequeno porte, como componentes de relógios,
aparelhos eletrodomésticos.
69
4. CONCLUSÕES 
- Tratamentos Termoquímicos visam melhorar caracteristicas tribológicas e anti corrosão;
- Aumento da dureza na superfície e nucleo tenaz;
- Fenômeno de difusão é fundamental nos tratamentos termoquímicos;
- Diferem dos tratamentos térmicos pois mudam a composição química
- São tratamentos isotérmicos
Tipo de tratamento Átomos 
adicionados Processo/meio
Temperatura
oC Resultados
Cementação C
Sólida
Líquida
Gasosa
Plasma
850 – 950
(+têmpera)
Camada até 10 mm
Dureza : 65 HRC
Nitretação N
Líquida
Gasosa
Plasma
500 - 600 Camada até 1 mm
Dureza : Até 1100 HV
Cianetação C e N Líquida
650 – 850
(+ têmpera) Camada 0,1 – 0,3 mm
Carbonitretação C e N Gasosa 700 – 900
(+ têmpera) Camada até 7 mm
Boretação B Sólida 900
Camada (até 4hs) 100 um
Dureza : 700 á 2000 HV
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