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16/02/2024 20:50 Versão para impressão about:blank 1/37 SEGURANÇA DO TRABALHO Normas específicas relativas à gestão integrada Em função do crescimento tecnológico, a introdução de novos produtos e novas técnicas de trabalho nos processos industriais acarretou uma série de problemas para as pessoas e o meio ambiente. As estatísticas de acidentes de trabalho, principalmente daqueles que causam grandes desastres, levaram as organizações a perceberem que a competitividade e o lucro não são suficientes para sobreviver no mercado. As empresas precisam saber demonstrar atitudes éticas e responsáveis quanto à segurança e à saúde no trabalho. Para serem eficientes nesse gerenciamento, as organizações devem desenvolver e implementar um sistema de segurança e saúde no trabalho (SST) (MATTOS et al., 2011, p. 50). As normas do sistema de gestão propiciam à empresa uma ampla reflexão a respeito das ferramentas de gestão a serem utilizadas para garantir o planejamento da evolução sustentável. As normativas brasileiras têm como referência as normas internacionais. Cada país mantém uma estrutura legal para reconhecer e validar as avaliações de conformidades dos sistemas de gestão. A grande aceitação dos sistemas da qualidade (ISO 9001) e de gestão ambiental (ISO 14001) deu origem a uma demanda internacional nas normas de SST – inicialmente a OHSAS 18001 e, recentemente, a ISO 45001 – com características similares que permitem à organização desenvolver e implementar uma política de SST, considerando requisitos legais e informações sobre riscos. 16/02/2024 20:50 Versão para impressão about:blank 2/37 Um sistema de gestão integrado (SGI) tem como objetivo principal a implementação conjunta das normas ISO 9001 (gestão da qualidade), ISO 14001 (gestão ambiental) e ISO 45001 (segurança e saúde no trabalho). Concomitantemente, as três normas de gestão têm a gestão de fatores muito importantes em uma organização, tais como: Nível de qualidade ou prestação de serviço Elevação da satisfação dos clientes Correta destinação dos resíduos Elevação da eficiência de processos produtivos Constante preocupação com as questões voltadas à segurança à saúde dos trabalhadores e tratamentos delas Todos os fatores citados oportunizam a aplicação de um SGI, com foco no processo de melhoria contínua nas áreas de qualidade, meio ambiente e segurança e saúde ocupacional. Confira um breve resumo de cada uma das três normas. Clique ou toque para visualizar o conteúdo. Principais normas do SGI 16/02/2024 20:50 Versão para impressão about:blank 3/37 ISO 9001:2015 As normas da família ISO 9001 têm como objetivo a aplicabilidade mundial para produtos e serviços, tornando mais consolidado o escopo de qualidade dentro dos setores das empresas. Em 2015, foi realizada uma nova atualização das normas ISO 9001, a qual pretendia acompanhar as mudanças e a evolução mercadológica. O órgão ISO (International Organization for Standardization) decidiu trazer suas normas para gerar uma proximidade cada vez maior, com o chamado Anexo SL, o qual traz mais harmonização entre texto, termos e definições, auxiliando as organizações que pretendem ter uma gestão integrada entra as normas. Basicamente, a norma ISO 9001 é um sistema de gestão que visa a garantir e otimizar processos e elevar o nível de agilidade de desenvolvimento de produtos, em busca da satisfação dos clientes e da obtenção do sucesso de uma organização. 16/02/2024 20:50 Versão para impressão about:blank 4/37 ISO 14001:2015 A norma ISO 14001:2015 é uma norma aceita mundialmente e tem como objetivo melhorar o desempenho ambiental por meio da identificação e do gerenciamento dos aspectos ambientais, visando à redução da poluição, ao melhor desempenho ambiental e ao cumprimento das leis aplicáveis. Com a revisão da ISO 9001, levando em consideração os conceitos mais atuais ligados às questões de planejamento e gestão, surgiu a necessidade de garantir que a ISO 14001 também permanecesse atualizada e dentro do contexto global atual. A nova revisão da norma adotou o Anexo SL, sendo ele um requisito que condiciona as empresas a olharem para as próprias estruturas e para fatores internos e externos, na intenção de tornar perceptíveis os requisitos que podem influenciar o sistema de gestão ambiental. Com a pressão da sociedade nas organizações com relação ao mau uso dos recursos naturais em processos produtivos, o tema “desenvolvimento sustentável” passou a ter mais relevância. A compreensão de que os aspectos ambientais devem ser contemplados na gestão estratégica das organizações é uma das principais mudanças da nova versão. É necessário o envolvimento da alta direção da empresa para que os objetivos referentes ao meio ambiente estejam alinhados com os objetivos da visão de negócio da empresa. A percepção de gerir riscos é importante para as organizações, pois há uma necessidade de avaliar os impactos positivos ou negativos que um risco pode causar, sendo tal percepção um dos principais pilares da norma. 16/02/2024 20:50 Versão para impressão about:blank 5/37 Algumas situações podem trazer consequências maiores que somente consequências ambientais (por exemplo, econômicas e sociais), podendo afetar a população próxima, a reputação, a confiabilidade e até mesmo a continuidade da empresa ou da marca. O conceito anteriormente aceito relacionado com “melhorias nos sistemas de gestão” passou por modificações, contendo agora um foco maior em “melhoria no desempenho ambiental”, ou seja, em melhorias contínuas no sistema de gestão nos processos que não reduzam resíduos, efluentes, emissões atmosféricas e outros agentes poluidores. A abordagem do ciclo de vida baseia-se na existência da necessidade do gerenciamento dos aspectos ambientais ligados aos bens e aos serviços adquiridos, não eximindo as organizações de aumentarem os próprios controles desde o projeto e a criação do produto utilizado até o destino final deste. 16/02/2024 20:50 Versão para impressão about:blank 6/37 ISO 45001:2018 A ISO 45001:2018 também é um recurso utilizado mundialmente para a condução de um sistema de gestão de SST, com foco em melhorar o desempenho de uma organização com relação às questões de SST. As primeiras reuniões para elaboração da norma ISO 45001 ocorreram em 2013 e tinham como objetivo atender às demandas sugeridas para uma nova proposta de norma mais atual e com maior comunicação com os demais sistemas de gestão existentes. Dessas reuniões surgiu a ideia de criar o Anexo SL, o qual visa a proporcionar a mesma estrutura, as mesmas definições e os mesmos textos dos padrões de outros sistemas de gestão já existentes. O Anexo SL proporciona que a estrutura de alto nível das normas ISO se comunique constantemente com a do anexo em uma gestão integrada, contendo o texto comum e também as palavras-chave e as terminações comuns idênticas à norma. Apesar de a norma ser elaborada com a estrutura do Anexo SL, existem, dentro dos requisitos comuns a todas as normas, requisitos específicos para o atendimento à ISO 45001: 16/02/2024 20:50 Versão para impressão about:blank 7/37 Contexto da organização: o novo item que traz as definições de operação da empresa determina o escopo e o limite do sistema de gestão de SST, considerando fatores internos e externos que possam influenciar no atingimento dos resultados desejados. Liderança: a ISO 45001 tem um enfoque na liderança das organizações, exigindo mais participação. Assim, o intuito é garantir que a cultura empresarial prevencionista e a “mentalidade de riscos” se espalhem, a começar pela diretoria e chegar a toda a força de trabalho. Planejamento: os conceitos de riscos e oportunidades em SST estão divididos em duas situações: avaliação dos riscos à saúde e à segurança no trabalho ou ao sistema de gestão; e oportunidades de melhorias no sistema de SST ou no sistema de gestão como um todo. Comunicação: exige-se a garantia de eficácia da comunicação nos assuntosligados à saúde e à segurança no trabalho com a organização. Suporte: a norma ISO 45001, quando se refere a documentos, menciona uma nova terminologia: “informação documentada”. Controle operacional: a organização deve planejar as mudanças visando a não gerar riscos ou perigos na área de SST, além de também focar nas oportunidades de melhoria. Avaliação de desempenho: os indicadores devem garantir que a melhoria contínua esteja no centro da organização. Melhoria: a exigência, na norma, de ações preventivas não existe mais (versões anteriores, como a OHSAS 18001:2007, continham tal obrigatoriedade), pois foram substituídas por “mentalidade de risco”, sendo esta o foco geral da norma. 16/02/2024 20:50 Versão para impressão about:blank 8/37 Os sistemas de gestão de SST aparecem como programas, processos e políticas dentro da empresa. A função desse sistema é otimizar os recursos disponíveis e promover a saúde e a segurança ocupacionais, com respeito à legislação, à ética e à responsabilidade social (ARAÚJO, 2006). A gestão em SST deve ser um processo contínuo dentro das empresas. Para planejá-la, é necessário reconhecer os riscos do ambiente de trabalho e buscar ações preventivas para proteger o trabalhador de acidentes e doenças ocupacionais. No Brasil, não há norma específica que trate da gestão integrada em segurança e saúde do trabalhador. Todavia, a Norma Regulamentadora 1 (NR- 1), em sua última revisão, traz as diretrizes de gestão de riscos ocupacionais a serem adotadas pelas empresas brasileiras, de forma harmonizada com as principais normas de gestão de riscos ocupacionais adotadas mundialmente. Com a implantação da nova abordagem para gestão de riscos ocupacionais, espera-se efetividade na redução dos níveis de riscos ocupacionais, com a adoção de medidas de controle para eliminar os perigos e mitigar os riscos nos ambientes de trabalho. Essa NR ainda cita que, no caso de as organizações terem certificações em sistema de gestão de SST, a revisão terá prazo maior. Além da NR-1, outras normas regulamentadoras (NRs) que tratam das informações sobre a gestão serão comentadas a seguir. Observe a seguir alguns princípios encontrados nas NRs 1, 4, 7, 10, 17, 20, 28, 30, 31, 32, 33, 34, 35 e 36 sobre sistemas de gestão. Normas de saúde e segurança do trabalho 16/02/2024 20:50 Versão para impressão about:blank 9/37 16/02/2024 20:50 Versão para impressão about:blank 10/37 A primeira norma regulamentadora tem por objetivo estabelecer as disposições gerais, o campo de aplicação, os termos e as definições comuns às NRs relativas à segurança e à saúde no trabalho e as diretrizes e os requisitos para o gerenciamento de riscos ocupacionais (GRO) e para as medidas de prevenção em SST. O GRO foca exclusivamente a prevenção, com o objetivo de gerir os riscos minimizando as probabilidades de ocorrência de doenças e acidentes nos ambientes de trabalho. Para tanto, as organizações devem implementar em suas atividades, por estabelecimento, o GRO. Para o GRO, deve ser analisada a aplicabilidade das demais NRs para a empresa. Além disso, são deveres do GRO: Evitar os riscos ocupacionais que possam ser originados no trabalho Identificar perigos e possíveis lesões ou agravos à saúde Avaliar os riscos ocupacionais indicando o nível de risco Classificar os riscos ocupacionais para determinar a necessidade de adoção de medidas de prevenção Implementar medidas de prevenção, de acordo com a classificação de risco e na ordem de prioridade da hierarquia das medidas de controle Acompanhar o controle dos riscos ocupacionais NR-1 – Disposições gerais e gerenciamento de riscos ocupacionais 16/02/2024 20:50 Versão para impressão about:blank 11/37 O GRO determina ainda que um levantamento preliminar de perigos deve ser realizado sempre em três situações: antes do início do funcionamento do estabelecimento ou de novas instalações; em atividades existentes; e nas mudanças e na introdução de novos processos ou novas atividades de trabalho. Quando, nessa fase de levantamento preliminar de perigos, o risco não puder ser evitado, a organização deve implementar o processo de identificação de perigos e avaliação de riscos ocupacionais. Tal processo deve incluir: Descrição de perigos e possíveis lesões ou agravos à saúde Identificação das fontes ou das circunstâncias Indicação do grupo de trabalhadores sujeito aos riscos Após identificar os perigos nas diversas atividades da organização, um processo de avaliação dos riscos ocupacionais relativos aos perigos identificados deve ser implementado, de forma a manter informações para adoção de medidas de prevenção. Para cada um dos riscos (provenientes dos perigos identificados anteriormente), deve ser indicado o nível de risco ocupacional, determinado pela combinação da severidade das possíveis lesões ou dos possíveis agravos à saúde com a probabilidade ou a chance de ocorrência destes. As ferramentas e as técnicas de avaliação de riscos que sejam adequadas ao risco ou à circunstância em avaliação devem ser escolhidas pela organização. Cabe reforçar que a gradação da severidade das lesões ou dos agravos à saúde deve levar em conta a magnitude da consequência e o número de trabalhadores possivelmente afetados. Essa magnitude deve considerar as consequências de ocorrência de acidentes ampliados. 16/02/2024 20:50 Versão para impressão about:blank 12/37 Já a gradação da probabilidade de ocorrência das lesões ou dos agravos à saúde deve levar em conta: Os requisitos estabelecidos em NRs As medidas de prevenção implementadas As exigências da atividade de trabalho A comparação do perfil de exposição ocupacional com os valores de referência estabelecidos na NR-9 Feita a avaliação dos riscos, os riscos ocupacionais devem ser classificados, para fins de identificar a necessidade de adoção de medidas de prevenção e elaboração do plano de ação. Essa avaliação deve constituir um processo contínuo e ser revista a cada dois anos ou quando da ocorrência das seguintes situações: Após a implementação das medidas de prevenção, para avaliação de riscos residuais Após inovações e modificações nas tecnologias, nos ambientes, nos processos, nas condições, nos procedimentos e na organização do trabalho que impliquem novos riscos ou modifiquem os riscos existentes Quando identificadas inadequações, insuficiências ou ineficácias das medidas de prevenção Quando ocorrerem acidentes ou doenças relacionados com o trabalho Quando houver mudança nos requisitos legais aplicáveis No caso de organizações que tiverem certificações em sistema de gestão de SST, o prazo poderá ser de até três anos. 16/02/2024 20:50 Versão para impressão about:blank 13/37 Para controlar os riscos, o GRO determina que as organizações devem adotar medidas de prevenção para eliminar, reduzir ou controlar os riscos sempre que: as exigências previstas em NRs e nos dispositivos legais determinarem; a classificação dos riscos ocupacionais assim determinar; houver evidências de associação, por meio do controle médico da saúde, entre as lesões e os agravos à saúde dos trabalhadores com os riscos e as situações de trabalho identificados. Para alguns riscos, é impossível estabelecer medidas de proteção coletiva, e isso deve ser documentado pela empresa, para comprovar a inviabilidade técnica. Ainda, quando tais medidas não forem suficientes ou encontrarem-se em fase de estudo, planejamento ou implantação ou em caráter complementar ou emergencial, deverão ser adotadas outras medidas, obedecendo à seguinte hierarquia: Medidas de caráter administrativo ou de organização do trabalho Utilização de equipamento de proteção individual (EPI) Todas as medidas de prevenção deverão ser acompanhadas de informação aos trabalhadores sobre os procedimentos a serem adotados e sobre as limitações das medidas de prevenção. Após a avaliação dos riscos e das medidas de controle deles, deve-se elaborar um plano de ação, indicando asmedidas de prevenção a serem introduzidas, aprimoradas ou mantidas. Para essas medidas de prevenção, devem ser definidos um cronograma, formas de acompanhamento e aferição de resultados. O plano de ação é muito importante para a gestão dos riscos ocupacionais, pois é nessa etapa que a empresa deverá dispor de recursos para a implementação das medidas de controle necessárias para cumprir os requisitos legais. 16/02/2024 20:50 Versão para impressão about:blank 14/37 No GRO, todas as implementações de medidas de prevenção e os respectivos ajustes devem ser devidamente registrados. O desempenho das medidas de prevenção deve ser acompanhado de forma planejada e contemplar: A verificação da execução das ações planejadas As inspeções dos locais e dos equipamentos de trabalho O monitoramento das condições ambientais e das exposições a agentes nocivos, quando aplicável Sempre que os dados obtidos nas verificações, nas inspeções ou no monitoramento indicarem ineficácia, as medidas de prevenção devem ser corrigidas. A organização deve desenvolver ações em saúde ocupacional dos trabalhadores integradas às demais medidas de prevenção em SST, de acordo com os riscos gerados pelo trabalho. O controle da saúde dos empregados deve ser um processo preventivo planejado, sistemático e continuado, de acordo com a classificação de riscos ocupacionais e nos termos da NR-7. O GRO determina ainda que a organização deve analisar os acidentes e as doenças relacionados com o trabalho. Essas análises devem ser documentadas, considerar as situações geradoras dos eventos, levando em conta as atividades efetivamente desenvolvidas, o ambiente de trabalho, os materiais e a organização da produção e do trabalho, identificar os fatores relacionados com o evento e fornecer evidências para subsidiar e revisar as medidas de prevenção existentes. Por fim, o GRO determina que, se algo pode acontecer na organização, ela deve prever medidas para responder a tais ocorrências. Desse modo, a empresa deve estabelecer, implementar e manter procedimentos de respostas aos cenários de emergências, de acordo com os riscos, as características e as circunstâncias das atividades. 16/02/2024 20:50 Versão para impressão about:blank 15/37 Os procedimentos de respostas aos cenários de emergências devem prever: Meios e recursos necessários para os primeiros socorros, encaminhamento de acidentados e abandono Medidas necessárias para os cenários de emergências de grande magnitude, quando aplicável O GRO deverá demonstrar como a organização está organizada para gerir os riscos ocupacionais, especificando quais são os requisitos pertinentes às atividades e como a empresa reage a estes, eliminando e/ou minimizando os riscos no intuito de reduzir acidentes e doenças ocupacionais. O GRO deve constituir um Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR). O PGR, por sua vez, deve contemplar ou integrar planos, programas e outros documentos previstos na legislação de SST, bem como ser composto no mínimo com dois documentos: o inventário de riscos e o plano de ação, documentos baseados no PDCA, oriundos de um sistema de gestão que preconiza a melhora dos ambientes e a diminuição dos riscos provenientes dos processos produtivos. Todos os documentos integrantes do PGR devem ser elaborados sob a responsabilidade da organização (respeitado o disposto nas demais NRs), datados e assinados. Esses documentos devem estar sempre disponíveis aos trabalhadores interessados ou aos seus representantes e à Inspeção do Trabalho. 16/02/2024 20:50 Versão para impressão about:blank 16/37 As empresas privadas e públicas e os órgãos públicos das administrações direta e indireta e dos Poderes Legislativo e Judiciário com empregados regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) devem manter, obrigatoriamente, Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho (SESMT), para promover a saúde e proteger a integridade do trabalhador no local de trabalho. A gestão de SST deverá ser promovida por esses integrantes, a partir de objetivos claros da organização. A NR-4 traz informações sobre o dimensionamento do SESMT, que acontece de acordo com o grau de risco da atividade exercida pela empresa e o número de empregados no estabelecimento. A atuação do SESMT ocorre em caráter essencialmente prevencionista, embora não seja vedado o atendimento de emergência, caso necessário. Avalie as competências da equipe. Elas estão diretamente voltadas para a gestão do tema nas empresas. Estas são algumas das competências da equipe: (item 4.12) NR-4 – Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho 16/02/2024 20:50 Versão para impressão about:blank 17/37 Aplicar conhecimentos de engenharia de segurança e medicina ocupacional ao ambiente de trabalho e a todos os seus componentes, incluindo máquinas e equipamentos, para reduzir e, consequentemente, eliminar os riscos à saúde do trabalhador. Determinar o uso de EPI conforme a NR-6 (quando esgotados os meios para eliminação e o risco persistir) Responsabilizar-se tecnicamente por orientar, para que seja cumprido o disposto nas NRs que são aplicáveis às atividades executadas pela empresa e por seus estabelecimentos Promover, por meio de campanhas e programas, atividades de conscientização, educação e orientação dos trabalhadores para prevenção de acidentes de trabalho e doenças ocupacionais Analisar e registrar todos os acidentes ocorridos na empresa (com ou sem vítima) e todos os casos de doença ocupacional, além de informar dados como história, características do acidente/doença ocupacional, fatores ambientais, características do agente, condições do indivíduo portador da doença ou acidentado etc. Registrar mensalmente os dados atualizados de acidentes de trabalho, doenças ocupacionais e agentes de insalubridade Manter os registros arquivados e com condição de acesso aos registros de mapas anuais de acidentes de trabalho, doenças ocupacionais e agentes de insalubridade Consulte outras competências da equipe do SESMT no item 4.12 da NR-4. 16/02/2024 20:50 Versão para impressão about:blank 18/37 A elaboração de um Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO) visa ao gerenciamento, à promoção e à preservação da saúde de todos os trabalhadores de uma organização. O PCMSO tem características específicas de prevenção, rastreamento e diagnóstico precoce das doenças relacionadas com o trabalho e de natureza clínica ou dos danos irreversíveis à saúde do trabalhador. Para a implantação do PCMSO, é necessária antes a elaboração do programa de identificação, avaliação e gerenciamento dos riscos no local de trabalho, o PGR. A partir do PGR, deverá ser elaborado o programa médico. Este estabelece um conjunto de exames médicos para acompanhar a saúde do trabalhador – com base nos riscos aos quais o empregado está exposto na jornada de trabalho – e o período em que esses exames devem ser renovados. Esse médico deverá elaborar, além do PCMSO, um relatório analítico com o que o programa executou no período, anualmente, considerando a data do último relatório. O documento deve conter, no mínimo: NR-7 – Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO) 16/02/2024 20:50 Versão para impressão about:blank 19/37 Número de exames clínicos realizados Número e tipos de exames complementares realizados Estatística de resultados anormais dos exames complementares, categorizados por tipo de exame e por unidade operacional, por setor ou por função Incidência e prevalência de doenças relacionadas com o trabalho, categorizadas por unidade operacional, por setor ou por função Informações sobre número, tipo de eventos e doenças informadas nas CATs (Comunicação de Acidente de Trabalho), emitidas pela organização, referentes a seus empregados Análise comparativa em relação ao relatório anterior e discussão sobre as variações nos resultados, demonstrando uma gestão sobre a saúde dos trabalhadores Esse relatórioanalítico será muito importante para planejar o que será realizado no futuro, visando ao controle e à prevenção da saúde do trabalhador. A relação da NR-7 com a implantação e a implementação de um sistema de gestão em SST se dá devido ao caráter preventivo desse sistema, fator primordial para a gestão dentro de uma empresa. Tal sistema faz parte de um programa maior que é implantado pelas empresas visando à total gestão para a diminuição das doenças relativas ao trabalho. 16/02/2024 20:50 Versão para impressão about:blank 20/37 A NR-10 estabelece requisitos e condições mínimas para a implementação de medidas de controle e sistemas preventivos, de forma a garantir a saúde e a segurança dos trabalhadores que interagem com instalações elétricas e serviços com eletricidade direta ou indiretamente. Todas as intervenções em instalações elétricas devem adotar medidas preventivas de controle de risco elétrico e de riscos adicionais. Por isso, é preciso utilizar técnicas de análise de risco para preservar os trabalhadores. Deve-se ressaltar que é obrigação da empresa manter esquemas unifilares atualizados das instalações elétricas de seus estabelecimentos, com detalhes a respeito do sistema de aterramento, dos equipamentos e dos dispositivos de proteção. Além disso, a NR-10 menciona a obrigação de constituir e manter o Prontuário das Instalações Elétricas (PIE) para empreendimentos com carga instalada superior a 75 kW. O documento deve conter, no mínimo, estes sete elementos: 1. Conjunto de procedimentos e instruções técnicas e administrativas de segurança e saúde, implantadas e relacionadas a esta NR, e descrição das medidas de controle existentes 2. Documentação das inspeções e das medições do sistema de proteção contra descargas atmosféricas (SPDA) e aterramentos elétricos 3. Especificação dos equipamentos de proteção coletiva e individual e o ferramental, aplicáveis conforme determina esta NR 4. Documentação comprobatória de qualificação, habilitação, capacitação e autorização dos trabalhadores e dos treinamentos NR-10 – Segurança em instalações e serviços em eletricidade 16/02/2024 20:50 Versão para impressão about:blank 21/37 realizados 5. Resultados dos testes de isolação elétrica realizados em equipamentos de proteção coletiva e individual 6. Certificações dos equipamentos e dos materiais elétricos em áreas classificadas 7. Relatório técnico das inspeções atualizadas com recomendações e cronogramas de adequações Outros meios de controle de riscos apresentados dizem respeito às medidas de proteção coletiva, que compreendem, prioritariamente, a desenergização elétrica ou a adoção da tensão de segurança. Quando não for possível, podem-se ainda isolar partes vivas, sinalizar, utilizar barreiras e obstáculos, entre outras medidas. Quando a proteção coletiva não for suficiente, deve-se fazer uso de medidas de proteção individual, que indicam o uso de EPIs que estejam em conformidade com as exigências da NR-6. Essa norma foi uma das primeiras normas com uma redação voltada para a gestão do tema eletricidade. Devem-se controlar desde treinamentos, EPIs, EPCs (equipamentos de proteção coletiva), equipamentos em geral até ferramentas, objetivando a redução dos acidentes no setor elétrico. Ademais, a NR-10 aborda a necessidade de estabelecer o plano de emergência para a empresa, de forma a listar ações e procedimentos, incluindo primeiros socorros com reanimação cardiorrespiratória, métodos de resgate adequados às suas atividades e padronizados, além de meios para a sua aplicação. Os trabalhadores autorizados devem ser treinados e estar aptos a utilizarem equipamentos de prevenção e combate a incêndio nas instalações elétricas. 16/02/2024 20:50 Versão para impressão about:blank 22/37 A norma que estabelece parâmetros que permitem a adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores, de modo a proporcionar o máximo de conforto, segurança e desempenho eficiente, requer atenção do profissional de SST, para que este, por meio de métodos de avaliação dos riscos ergonômicos, consiga determinar condições de trabalho que possam desencadear doenças relacionadas com o trabalho. A norma requer que sejam verificadas situações de levantamento de peso, mobiliários e equipamentos e condições do ambiente. Assim, é necessária uma gestão desse tema, determinando, para os casos mais complexos, a elaboração da AET (análise ergonômica do trabalho). Existe uma relação muito grande entre essa norma e a implantação e a implementação de um programa de saúde e segurança no trabalho e, por consequência, a implantação de um sistema de gestão. O assunto “ergonomia” é tratado como um grupo de risco juntamente com outros quatro grandes grupos de risco e, dentro da legislação brasileira, é tratado somente nessa norma regulamentadora. Portanto, todos os riscos ergonômicos dos locais de trabalho são mencionados para o seu tratamento nessa orientação de trabalho. Diante disso, todos os riscos ergonômicos, dentro de um sistema de gestão, serão geridos conforme determina essa norma regulamentadora. NR-17 – Ergonomia 16/02/2024 20:50 Versão para impressão about:blank 23/37 A NR-20 estabelece os requisitos mínimos para realizar a gestão da segurança e da saúde no trabalho contra fatores de risco de atividades de extração, produção, armazenamento, transferência, manuseio e manipulação de inflamáveis e líquidos combustíveis. Aliás, a NR-20 abrange desde a extração, a produção, o armazenamento, a transferência, o manuseio e a manipulação de inflamáveis e líquidos combustíveis nas etapas de projeto, construção, montagem, operação, manutenção e inspeção até a desativação da instalação. Dentro da empresa, cabe ao empregador organizar, manter e atualizar o Prontuário das Instalações Elétricas, que deve estar disponível para consulta das autoridades e dos trabalhadores. Esse prontuário deve ser constituído destes oito documentos: 1. Projeto de instalação 2. Procedimentos operacionais 3. Plano de inspeção e manutenção 4. Análise de riscos 5. Plano de prevenção e controle de vazamentos, derramamentos, incêndios e explosões e identificação das fontes de emissões fugitivas 6. Certificados de capacitação dos trabalhadores 7. Análise de acidentes 8. Plano de resposta a emergências NR-20 – Segurança e saúde no trabalho com inflamáveis e combustíveis 16/02/2024 20:50 Versão para impressão about:blank 24/37 A análise de riscos nas operações que envolvam processo ou processamento nas atividades com inflamáveis e líquidos combustíveis precisa ser coordenada por profissional habilitado e desenvolvida por equipe multidisciplinar com conhecimento na aplicação das metodologias, dos riscos e da instalação. Além disso, a equipe deve ter, na sua composição, um trabalhador com experiência na instalação. A análise de riscos deve, ainda, articular-se com o Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA)/PGR da instalação. As recomendações da análise devem ser implementadas pelo empregador, com definição de prazos e de responsáveis pela sua execução. Essa articulação da NR-20 com demais NRs requer uma análise e uma gestão por parte dos profissionais de SST, para que sejam comprovados os requisitos normativos contidos na NR-20. É importante destacar que o plano de resposta a emergências da instalação contempla ações que devem ser adotadas em caso de vazamentos ou derramamentos de inflamáveis e líquidos combustíveis, incêndios ou explosões. Ele deve ser avaliado com a realização de exercícios simulados e/ou na ocorrência de situações reais para testar a sua eficácia e detectar possíveis falhas. 16/02/2024 20:50 Versão para impressão about:blank 25/37 A NR-28 trata sobre os procedimentos de fiscalização do cumprimento dos preceitos legais e regulamentares referentes à segurança e à saúde do trabalhador, bem como sobre as penalidades nos casos de descumprimento de tais disposições. Sobre o assunto “embargoe interdição”, a NR-28 apenas repete algumas determinações já dispostas na NR-3, que trata especificamente desse assunto. Quando o auditor fiscal do trabalho constatar situação de grave e iminente risco à saúde e/ou à integridade física do trabalhador, com base em critérios técnicos, o auditor então deverá propor de imediato o embargo ou a interdição. Afinal, sobre as multas, quanto elas custam para a empresa caso não cumpra as normas? É importante avaliar os itens nos quais o cumprimento deles não possa ser comprovado para realizar o gerenciamento em uma possível fiscalização. A NBR ISO 45001 tem itens de atendimento a requisitos legais, e, a partir desses itens, o profissional de SST deverá demonstrar a gestão corrigindo os itens passíveis de embargo/interdição e posteriormente os itens que produziriam as maiores multas e as menores. NR-28 – Fiscalização e penalidades 16/02/2024 20:50 Versão para impressão about:blank 26/37 A NR-30 tem como objetivo proteger e regulamentar as condições de segurança e saúde dos trabalhadores aquaviários. A Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) constituída por empresas que operam nesse tipo de serviço deve ser composta por empregados envolvidos em atividades de cada estabelecimento da empresa, além de marítimos empregados, que efetivamente trabalhem em embarcações. A eleição da comissão deve ocorrer de acordo com a NR-5. Para certos tipos de embarcações, há a obrigatoriedade de estabelecer o Grupo de Segurança e Saúde no Trabalho a Bordo das Embarcações (GSSTB). São algumas das atribuições do GSSTB: Avaliar as medidas de prevenção de acidentes existentes a bordo Verificar o funcionamento correto de equipamentos de segurança e salvatagem Investigar, analisar e divulgar os acidentes ocorridos, para evitar repetição Participar do planejamento de execução de exercícios, como abandono, combate a incêndio, resgate em ambientes confinados, prevenção de poluição e emergências em geral Identificar os treinamentos de SST necessários Emitir a comunicação de acidente de trabalho (CAT) e escriturar o termo de ocorrência no diário de bordo, quando houver acidente de trabalho NR-30 – Segurança e saúde no trabalho aquaviário 16/02/2024 20:50 Versão para impressão about:blank 27/37 A NR-31 estabelece os preceitos que devem ser observados na organização e no ambiente de trabalho para que seja possível planejar e desenvolver as atividades de agricultura, pecuária, silvicultura, exploração florestal e aquicultura com segurança e saúde no meio ambiente do trabalho. A norma também vale para atividades de exploração industrial em estabelecimentos agrários. Conforme a NR-31 determina, cabe ao empregador rural adotar medidas de avaliação e de gestão dos riscos. Além disso, a norma também prevê a existência da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes no Trabalho Rural (CIPATR) e do Serviço Especializado em Segurança e Saúde no Trabalho Rural (SESTR). Leia mais informações sobre gestão de segurança, saúde e meio ambiente no trabalho no item 31.5 da NR-31. NR-31 – Segurança e saúde no trabalho na agricultura, na pecuária, na silvicultura, na exploração florestal e na aquicultura 16/02/2024 20:50 Versão para impressão about:blank 28/37 A NR-32 estabelece as diretrizes básicas para a implementação de medidas de proteção à segurança e à saúde dos trabalhadores do serviço de saúde e daqueles que exerçam atividades de promoção e assistência à saúde. A norma reforça a importância de avaliar a exposição ocupacional a agentes biológicos e requer que, além dos itens propostos, o PGR contenha ainda outros documentos. São eles: Identificação dos riscos biológicos mais prováveis Os riscos biológicos mais prováveis devem ser identificados, em função da localização geográfica e da característica do serviço de saúde e de seus setores, considerando estes aspectos: Fontes de exposição e reservatórios Vias de transmissão e de entrada Transmissibilidade, patogenicidade e virulência do agente Persistência do agente biológico no ambiente Estudos epidemiológicos ou dados estatísticos Outras informações científicas NR-32 – Segurança e saúde no trabalho em serviços de saúde 16/02/2024 20:50 Versão para impressão about:blank 29/37 Avaliação do local de trabalho e do trabalhador O local de trabalho e o trabalhador devem ser avaliados considerando estes aspectos: Finalidade e descrição do local de trabalho Organização e procedimentos de trabalho Possibilidade de exposição Descrição das atividades e funções de cada local de trabalho Medidas preventivas aplicáveis e seu acompanhamento Devido à possibilidade de ocorrer exposição acidental aos agentes biológicos, também devem fazer parte do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO) estes itens: Procedimentos a serem adotados para diagnóstico, acompanhamento e prevenção da soroconversão e das doenças Medidas para descontaminação do local de trabalho Tratamento médico de emergência para os trabalhadores Identificação dos responsáveis pela aplicação das medidas pertinentes Relação dos estabelecimentos de saúde que podem prestar assistência aos trabalhadores Formas de remoção para atendimento dos trabalhadores Relação dos estabelecimentos de assistência à saúde depositários de imunoglobulinas, vacinas, medicamentos necessários, materiais e insumos especiais 16/02/2024 20:50 Versão para impressão about:blank 30/37 O resultado da avaliação dos PGRs será determinante para poder identificar as medidas de proteção que devem ser adotadas. Ao exigir um estudo profundo do ambiente de trabalho, a NR-32 permite que sejam adotadas medidas adequadas para prevenir a exposição do trabalhador e para garantir o seu atendimento imediato em caso de exposição acidental. 16/02/2024 20:50 Versão para impressão about:blank 31/37 A NR-33 indica as características para identificar espaços confinados e realizar o reconhecimento, a avaliação, o monitoramento e o controle de riscos existentes, de modo a garantir a saúde e a segurança dos trabalhadores que, direta ou indiretamente, interagem com esses espaços. Para a norma, a gestão de SST é definida como um “conjunto de medidas técnicas de prevenção, administrativas, pessoais e coletivas necessárias para garantir o trabalho seguro em espaços confinados”. O empregador é o responsável por implementar a gestão de SST nesses espaços. Isso pode ser feito com medidas técnicas de prevenção administrativas, pessoais e de emergência e salvamento. Veja alguns exemplos e uma descrição completa dessas medidas na NR-33, item 33.3. A NR-33 ainda traz, no anexo II, um modelo de permissão de entrada e trabalho (PET), o qual deve ser adaptado a cada segmento da empresa. Nesse documento, são descritas medidas de controle para entrada e desenvolvimento de trabalho seguro, além de medidas de emergência e resgate para os espaços confinados. Para cada entrada, deve ser emitida uma nova permissão de trabalho, enquanto a antiga deve ser arquivada na empresa. NR-33 – Segurança e saúde nos trabalhos em espaços confinados 16/02/2024 20:50 Versão para impressão about:blank 32/37 A NR-34 estabelece os requisitos mínimos e as medidas de proteção à segurança, à saúde e ao meio ambiente de trabalho em atividades desenvolvidas pela indústria de construção e de reparação naval. As medidas de proteção devem ser adotadas antes da execução dos trabalhos nesse setor. Além disso, é necessário realizar a análise preliminar de risco e, quando aplicável, emitir a permissão de trabalho, cuja validade limita-se à duração da execução da atividade, não podendo ser superior a um turno de trabalho. Entre as medidas de proteção destacadas na norma, é requisito que seja realizado o diálogo diário de segurança (DDS) antes do início das atividades, abordando quais serão as atividades desenvolvidas e como se darão o processo de trabalho, os riscos e as medidas de proteção. O tema deve ser registrado em um documento, assinado pelosparticipantes e arquivado junto à lista de presenças. NR-34 – Condições e meio ambiente de trabalho na indústria da construção, da reparação e do desmonte naval 16/02/2024 20:50 Versão para impressão about:blank 33/37 A NR-35 estabelece os requisitos mínimos e as medidas de proteção para trabalho em altura, envolvendo planejamento, organização e execução, de modo a garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores envolvidos direta ou indiretamente com esta atividade. No Brasil, foram registrados 187.638 acidentes e 1.204 mortes com queda em altura entre os anos de 2012 e 2017 (MPT-OIT, 2017). O mapa a seguir mostra as regiões onde os acidentes com queda em altura NR-35 – Trabalho em altura 16/02/2024 20:50 Versão para impressão about:blank 34/37 ocorreram com mais frequência. Figura 1 - Locais onde ocorreram acidentes com queda em altura Fonte: MPT-OIT (2017). Para prevenir a ocorrência de acidentes, a NR-35 prevê que todo trabalho em altura tem que ser planejado, organizado e executado por trabalhador capacitado e autorizado. É preciso realizar o treinamento com um instrutor com proficiência no assunto, supervisionado, ainda, por um profissional do ramo da segurança do trabalho. Cabe à empresa manter atualizados o cadastro e os dados sobre a abrangência da autorização de cada trabalhador. Antes de realizar esses trabalhos, é necessário que a empresa faça a análise de riscos. 16/02/2024 20:50 Versão para impressão about:blank 35/37 Para planejar trabalhos em altura, devem ser adotadas medidas para evitar os riscos, de acordo com esta hierarquia: 1. Evitar o trabalho em altura sempre que possível 2. Eliminar o risco de queda dos trabalhadores se não for possível executar o trabalho de outra forma 3. Adotar medidas que minimizem as consequências da queda quando o risco não puder ser eliminado Sempre que houver medidas de controle e de conscientização do trabalhador, provavelmente as ações em SST serão assertivas na prevenção de acidentes e doenças ocupacionais. Outras NRs abordam ramos mais específicos da empresa, como é o caso das NRs 30, 31, 32, 34 e 36. Mesmo assim, elas estabelecem as diretrizes de gestão de segurança e saúde. 16/02/2024 20:50 Versão para impressão about:blank 36/37 A NR-36 estabelece os procedimentos específicos para avaliação, controle e monitoramento de riscos existentes em atividades desenvolvidas pela indústria de abate e processamento de carnes e derivados que são destinados ao consumo humano, para garantir a segurança, a saúde e a qualidade de vida no trabalho. Na hora de planejar a prevenção, é preciso definir métodos, técnicas e ferramentas capazes de avaliar os riscos, para propor medidas adequadas para eliminação ou redução destes. Esse processo deve ser contínuo, contar com a participação dos trabalhadores da empresa e se integrar aos demais programas de prevenção e controle previstos nas demais NRs. É necessário que, no mínimo, estes três riscos sejam abordados: 1. Riscos gerados por máquinas, equipamentos, instalações, eletricidade, incêndios, entre outros 2. Riscos gerados pelo ambiente de trabalho, entre eles os decorrentes da exposição a agentes físicos, químicos e biológicos 3. Riscos de natureza ergonômica e outros gerados pela organização do trabalho NR-36 – Segurança e saúde no trabalho em empresas de abate e processamento de carnes e derivados 16/02/2024 20:50 Versão para impressão about:blank 37/37 A norma também destaca pontos como a importância de fazer a análise ergonômica do trabalho para que seja possível oferecer recomendações ergonômicas específicas para os diferentes postos de trabalho, avaliar essas intervenções e validar as recomendações. Trabalhadores, supervisores e gerentes devem participar da análise ergonômica do trabalho. Por fim, cabe reforçar a importância do conhecimento específico de cada NR e da aplicação dos itens pertinentes a cada risco da sua organização. A afirmação de que uma empresa que não é do ramo de abate de aves não precisa observar os itens presentes na norma dessa classe econômica é equivocada. As normas são redigidas em momentos diferentes e contêm itens que, atualizados, podem ser aplicados a todo tipo de organização. Considerações finais