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16/02/2024 20:50 Versão para impressão
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SEGURANÇA DO TRABALHO
Normas específicas relativas à gestão
integrada
Em função do crescimento tecnológico, a introdução de novos produtos e
novas técnicas de trabalho nos processos industriais acarretou uma série de
problemas para as pessoas e o meio ambiente. As estatísticas de acidentes de
trabalho, principalmente daqueles que causam grandes desastres, levaram as
organizações a perceberem que a competitividade e o lucro não são suficientes para
sobreviver no mercado.
As empresas precisam saber demonstrar atitudes éticas e responsáveis quanto
à segurança e à saúde no trabalho. Para serem eficientes nesse gerenciamento, as
organizações devem desenvolver e implementar um sistema de segurança e saúde
no trabalho (SST) (MATTOS et al., 2011, p. 50). As normas do sistema de gestão
propiciam à empresa uma ampla reflexão a respeito das ferramentas de gestão a
serem utilizadas para garantir o planejamento da evolução sustentável.
As normativas brasileiras têm como referência as normas internacionais. Cada
país mantém uma estrutura legal para reconhecer e validar as avaliações de
conformidades dos sistemas de gestão. A grande aceitação dos sistemas da
qualidade (ISO 9001) e de gestão ambiental (ISO 14001) deu origem a uma
demanda internacional nas normas de SST – inicialmente a OHSAS 18001 e,
recentemente, a ISO 45001 – com características similares que permitem à
organização desenvolver e implementar uma política de SST, considerando
requisitos legais e informações sobre riscos.
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Um sistema de gestão integrado (SGI) tem como objetivo principal a
implementação conjunta das normas ISO 9001 (gestão da qualidade), ISO
14001 (gestão ambiental) e ISO 45001 (segurança e saúde no trabalho).
Concomitantemente, as três normas de gestão têm a gestão de fatores muito
importantes em uma organização, tais como:
Nível de qualidade ou prestação de serviço
Elevação da satisfação dos clientes
Correta destinação dos resíduos
Elevação da eficiência de processos produtivos
Constante preocupação com as questões voltadas à segurança à
saúde dos trabalhadores e tratamentos delas
Todos os fatores citados oportunizam a aplicação de um SGI, com foco no
processo de melhoria contínua nas áreas de qualidade, meio ambiente e
segurança e saúde ocupacional.
Confira um breve resumo de cada uma das três normas.
Clique ou toque para visualizar o conteúdo.
Principais normas do SGI
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ISO 9001:2015
As normas da família ISO 9001 têm como objetivo a aplicabilidade mundial
para produtos e serviços, tornando mais consolidado o escopo de qualidade
dentro dos setores das empresas. Em 2015, foi realizada uma nova
atualização das normas ISO 9001, a qual pretendia acompanhar as
mudanças e a evolução mercadológica.
O órgão ISO (International Organization for Standardization) decidiu trazer
suas normas para gerar uma proximidade cada vez maior, com o chamado
Anexo SL, o qual traz mais harmonização entre texto, termos e definições,
auxiliando as organizações que pretendem ter uma gestão integrada entra
as normas.
Basicamente, a norma ISO 9001 é um sistema de gestão que visa a
garantir e otimizar processos e elevar o nível de agilidade de
desenvolvimento de produtos, em busca da satisfação dos clientes e da
obtenção do sucesso de uma organização.
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ISO 14001:2015
A norma ISO 14001:2015 é uma norma aceita mundialmente e tem como
objetivo melhorar o desempenho ambiental por meio da identificação e do
gerenciamento dos aspectos ambientais, visando à redução da poluição, ao
melhor desempenho ambiental e ao cumprimento das leis aplicáveis.
Com a revisão da ISO 9001, levando em consideração os conceitos mais
atuais ligados às questões de planejamento e gestão, surgiu a necessidade
de garantir que a ISO 14001 também permanecesse atualizada e dentro do
contexto global atual.
A nova revisão da norma adotou o Anexo SL, sendo ele um requisito que
condiciona as empresas a olharem para as próprias estruturas e para
fatores internos e externos, na intenção de tornar perceptíveis os requisitos
que podem influenciar o sistema de gestão ambiental.
Com a pressão da sociedade nas organizações com relação ao mau uso
dos recursos naturais em processos produtivos, o tema “desenvolvimento
sustentável” passou a ter mais relevância.
A compreensão de que os aspectos ambientais devem ser contemplados
na gestão estratégica das organizações é uma das principais mudanças da
nova versão. É necessário o envolvimento da alta direção da empresa para
que os objetivos referentes ao meio ambiente estejam alinhados com os
objetivos da visão de negócio da empresa.
A percepção de gerir riscos é importante para as organizações, pois há uma
necessidade de avaliar os impactos positivos ou negativos que um risco
pode causar, sendo tal percepção um dos principais pilares da norma.
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Algumas situações podem trazer consequências maiores que somente
consequências ambientais (por exemplo, econômicas e sociais), podendo
afetar a população próxima, a reputação, a confiabilidade e até mesmo a
continuidade da empresa ou da marca. O conceito anteriormente aceito
relacionado com “melhorias nos sistemas de gestão” passou por
modificações, contendo agora um foco maior em “melhoria no desempenho
ambiental”, ou seja, em melhorias contínuas no sistema de gestão nos
processos que não reduzam resíduos, efluentes, emissões atmosféricas e
outros agentes poluidores.
A abordagem do ciclo de vida baseia-se na existência da necessidade do
gerenciamento dos aspectos ambientais ligados aos bens e aos serviços
adquiridos, não eximindo as organizações de aumentarem os próprios
controles desde o projeto e a criação do produto utilizado até o destino final
deste.
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ISO 45001:2018
A ISO 45001:2018 também é um recurso utilizado mundialmente para a
condução de um sistema de gestão de SST, com foco em melhorar o
desempenho de uma organização com relação às questões de SST.
As primeiras reuniões para elaboração da norma ISO 45001 ocorreram em
2013 e tinham como objetivo atender às demandas sugeridas para uma
nova proposta de norma mais atual e com maior comunicação com os
demais sistemas de gestão existentes. Dessas reuniões surgiu a ideia de
criar o Anexo SL, o qual visa a proporcionar a mesma estrutura, as mesmas
definições e os mesmos textos dos padrões de outros sistemas de gestão
já existentes.
O Anexo SL proporciona que a estrutura de alto nível das normas ISO se
comunique constantemente com a do anexo em uma gestão integrada,
contendo o texto comum e também as palavras-chave e as terminações
comuns idênticas à norma.
Apesar de a norma ser elaborada com a estrutura do Anexo SL, existem,
dentro dos requisitos comuns a todas as normas, requisitos específicos
para o atendimento à ISO 45001:
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Contexto da organização: o novo item que traz as definições
de operação da empresa determina o escopo e o limite do
sistema de gestão de SST, considerando fatores internos e
externos que possam influenciar no atingimento dos resultados
desejados.
Liderança: a ISO 45001 tem um enfoque na liderança das
organizações, exigindo mais participação. Assim, o intuito é
garantir que a cultura empresarial prevencionista e a
“mentalidade de riscos” se espalhem, a começar pela diretoria
e chegar a toda a força de trabalho.
Planejamento: os conceitos de riscos e oportunidades em
SST estão divididos em duas situações: avaliação dos riscos à
saúde e à segurança no trabalho ou ao sistema de gestão; e
oportunidades de melhorias no sistema de SST ou no sistema
de gestão como um todo.
Comunicação: exige-se a garantia de eficácia da
comunicação nos assuntosligados à saúde e à segurança no
trabalho com a organização.
Suporte: a norma ISO 45001, quando se refere a documentos,
menciona uma nova terminologia: “informação documentada”.
Controle operacional: a organização deve planejar as
mudanças visando a não gerar riscos ou perigos na área de
SST, além de também focar nas oportunidades de melhoria.
Avaliação de desempenho: os indicadores devem garantir
que a melhoria contínua esteja no centro da organização.
Melhoria: a exigência, na norma, de ações preventivas não
existe mais (versões anteriores, como a OHSAS 18001:2007,
continham tal obrigatoriedade), pois foram substituídas por
“mentalidade de risco”, sendo esta o foco geral da norma.
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Os sistemas de gestão de SST aparecem como programas, processos e
políticas dentro da empresa. A função desse sistema é otimizar os recursos
disponíveis e promover a saúde e a segurança ocupacionais, com respeito à
legislação, à ética e à responsabilidade social (ARAÚJO, 2006).
A gestão em SST deve ser um processo contínuo dentro das empresas.
Para planejá-la, é necessário reconhecer os riscos do ambiente de trabalho e
buscar ações preventivas para proteger o trabalhador de acidentes e doenças
ocupacionais.
No Brasil, não há norma específica que trate da gestão integrada em
segurança e saúde do trabalhador. Todavia, a Norma Regulamentadora 1 (NR-
1), em sua última revisão, traz as diretrizes de gestão de riscos ocupacionais a
serem adotadas pelas empresas brasileiras, de forma harmonizada com as
principais normas de gestão de riscos ocupacionais adotadas mundialmente.
Com a implantação da nova abordagem para gestão de riscos
ocupacionais, espera-se efetividade na redução dos níveis de riscos
ocupacionais, com a adoção de medidas de controle para eliminar os perigos e
mitigar os riscos nos ambientes de trabalho. Essa NR ainda cita que, no caso de
as organizações terem certificações em sistema de gestão de SST, a revisão
terá prazo maior.
Além da NR-1, outras normas regulamentadoras (NRs) que tratam das
informações sobre a gestão serão comentadas a seguir.
Observe a seguir alguns princípios encontrados nas NRs 1, 4, 7, 10, 17,
20, 28, 30, 31, 32, 33, 34, 35 e 36 sobre sistemas de gestão.
Normas de saúde e segurança do trabalho
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A primeira norma regulamentadora tem por objetivo estabelecer as
disposições gerais, o campo de aplicação, os termos e as definições comuns às
NRs relativas à segurança e à saúde no trabalho e as diretrizes e os requisitos
para o gerenciamento de riscos ocupacionais (GRO) e para as medidas de
prevenção em SST.
O GRO foca exclusivamente a prevenção, com o objetivo de gerir os riscos
minimizando as probabilidades de ocorrência de doenças e acidentes nos
ambientes de trabalho. Para tanto, as organizações devem implementar em
suas atividades, por estabelecimento, o GRO.
Para o GRO, deve ser analisada a aplicabilidade das demais NRs para a
empresa. Além disso, são deveres do GRO:
Evitar os riscos ocupacionais que possam ser originados no
trabalho
Identificar perigos e possíveis lesões ou agravos à saúde
Avaliar os riscos ocupacionais indicando o nível de risco
Classificar os riscos ocupacionais para determinar a necessidade
de adoção de medidas de prevenção
Implementar medidas de prevenção, de acordo com a classificação
de risco e na ordem de prioridade da hierarquia das medidas de
controle
Acompanhar o controle dos riscos ocupacionais
NR-1 – Disposições gerais e
gerenciamento de riscos ocupacionais
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O GRO determina ainda que um levantamento preliminar de perigos deve
ser realizado sempre em três situações: antes do início do funcionamento do
estabelecimento ou de novas instalações; em atividades existentes; e nas
mudanças e na introdução de novos processos ou novas atividades de trabalho.
Quando, nessa fase de levantamento preliminar de perigos, o risco não
puder ser evitado, a organização deve implementar o processo de identificação
de perigos e avaliação de riscos ocupacionais. Tal processo deve incluir:
Descrição de perigos e possíveis lesões ou agravos à saúde
Identificação das fontes ou das circunstâncias
Indicação do grupo de trabalhadores sujeito aos riscos
Após identificar os perigos nas diversas atividades da organização, um
processo de avaliação dos riscos ocupacionais relativos aos perigos
identificados deve ser implementado, de forma a manter informações para
adoção de medidas de prevenção.
Para cada um dos riscos (provenientes dos perigos identificados
anteriormente), deve ser indicado o nível de risco ocupacional, determinado pela
combinação da severidade das possíveis lesões ou dos possíveis agravos à
saúde com a probabilidade ou a chance de ocorrência destes.
As ferramentas e as técnicas de avaliação de riscos que sejam adequadas
ao risco ou à circunstância em avaliação devem ser escolhidas pela
organização.
Cabe reforçar que a gradação da severidade das lesões ou dos agravos à
saúde deve levar em conta a magnitude da consequência e o número de
trabalhadores possivelmente afetados. Essa magnitude deve considerar as
consequências de ocorrência de acidentes ampliados.
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Já a gradação da probabilidade de ocorrência das lesões ou dos agravos à
saúde deve levar em conta:
Os requisitos estabelecidos em NRs
As medidas de prevenção implementadas
As exigências da atividade de trabalho
A comparação do perfil de exposição ocupacional com os valores
de referência estabelecidos na NR-9
Feita a avaliação dos riscos, os riscos ocupacionais devem ser
classificados, para fins de identificar a necessidade de adoção de medidas de
prevenção e elaboração do plano de ação. Essa avaliação deve constituir um
processo contínuo e ser revista a cada dois anos ou quando da ocorrência das
seguintes situações:
Após a implementação das medidas de prevenção, para avaliação
de riscos residuais
Após inovações e modificações nas tecnologias, nos ambientes,
nos processos, nas condições, nos procedimentos e na
organização do trabalho que impliquem novos riscos ou
modifiquem os riscos existentes
Quando identificadas inadequações, insuficiências ou ineficácias
das medidas de prevenção
Quando ocorrerem acidentes ou doenças relacionados com o
trabalho
Quando houver mudança nos requisitos legais aplicáveis
No caso de organizações que tiverem certificações em sistema de gestão
de SST, o prazo poderá ser de até três anos.
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Para controlar os riscos, o GRO determina que as organizações devem
adotar medidas de prevenção para eliminar, reduzir ou controlar os riscos
sempre que: as exigências previstas em NRs e nos dispositivos legais
determinarem; a classificação dos riscos ocupacionais assim determinar; houver
evidências de associação, por meio do controle médico da saúde, entre as
lesões e os agravos à saúde dos trabalhadores com os riscos e as situações de
trabalho identificados.
Para alguns riscos, é impossível estabelecer medidas de proteção coletiva,
e isso deve ser documentado pela empresa, para comprovar a inviabilidade
técnica. Ainda, quando tais medidas não forem suficientes ou encontrarem-se
em fase de estudo, planejamento ou implantação ou em caráter complementar
ou emergencial, deverão ser adotadas outras medidas, obedecendo à seguinte
hierarquia:
Medidas de caráter administrativo ou de organização do trabalho
Utilização de equipamento de proteção individual (EPI)
Todas as medidas de prevenção deverão ser acompanhadas de
informação aos trabalhadores sobre os procedimentos a serem adotados e
sobre as limitações das medidas de prevenção.
Após a avaliação dos riscos e das medidas de controle deles, deve-se
elaborar um plano de ação, indicando asmedidas de prevenção a serem
introduzidas, aprimoradas ou mantidas. Para essas medidas de prevenção,
devem ser definidos um cronograma, formas de acompanhamento e aferição de
resultados.
O plano de ação é muito importante para a gestão dos riscos
ocupacionais, pois é nessa etapa que a empresa deverá dispor de recursos
para a implementação das medidas de controle necessárias para cumprir os
requisitos legais.
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No GRO, todas as implementações de medidas de prevenção e os
respectivos ajustes devem ser devidamente registrados. O desempenho das
medidas de prevenção deve ser acompanhado de forma planejada e
contemplar:
A verificação da execução das ações planejadas
As inspeções dos locais e dos equipamentos de trabalho
O monitoramento das condições ambientais e das exposições a
agentes nocivos, quando aplicável
Sempre que os dados obtidos nas verificações, nas inspeções ou no
monitoramento indicarem ineficácia, as medidas de prevenção devem ser
corrigidas. A organização deve desenvolver ações em saúde ocupacional dos
trabalhadores integradas às demais medidas de prevenção em SST, de acordo
com os riscos gerados pelo trabalho. O controle da saúde dos empregados deve
ser um processo preventivo planejado, sistemático e continuado, de acordo com
a classificação de riscos ocupacionais e nos termos da NR-7.
O GRO determina ainda que a organização deve analisar os acidentes e
as doenças relacionados com o trabalho. Essas análises devem ser
documentadas, considerar as situações geradoras dos eventos, levando em
conta as atividades efetivamente desenvolvidas, o ambiente de trabalho, os
materiais e a organização da produção e do trabalho, identificar os fatores
relacionados com o evento e fornecer evidências para subsidiar e revisar as
medidas de prevenção existentes.
Por fim, o GRO determina que, se algo pode acontecer na organização,
ela deve prever medidas para responder a tais ocorrências. Desse modo, a
empresa deve estabelecer, implementar e manter procedimentos de respostas
aos cenários de emergências, de acordo com os riscos, as características e as
circunstâncias das atividades.
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Os procedimentos de respostas aos cenários de emergências devem
prever:
Meios e recursos necessários para os primeiros socorros,
encaminhamento de acidentados e abandono
Medidas necessárias para os cenários de emergências de grande
magnitude, quando aplicável
O GRO deverá demonstrar como a organização está organizada para gerir
os riscos ocupacionais, especificando quais são os requisitos pertinentes às
atividades e como a empresa reage a estes, eliminando e/ou minimizando os
riscos no intuito de reduzir acidentes e doenças ocupacionais.
O GRO deve constituir um Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR).
O PGR, por sua vez, deve contemplar ou integrar planos, programas e outros
documentos previstos na legislação de SST, bem como ser composto no mínimo
com dois documentos: o inventário de riscos e o plano de ação, documentos
baseados no PDCA, oriundos de um sistema de gestão que preconiza a
melhora dos ambientes e a diminuição dos riscos provenientes dos processos
produtivos.
Todos os documentos integrantes do PGR devem ser elaborados sob a
responsabilidade da organização (respeitado o disposto nas demais NRs),
datados e assinados. Esses documentos devem estar sempre disponíveis aos
trabalhadores interessados ou aos seus representantes e à Inspeção do
Trabalho.
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As empresas privadas e públicas e os órgãos públicos das administrações
direta e indireta e dos Poderes Legislativo e Judiciário com empregados regidos
pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) devem manter, obrigatoriamente,
Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho
(SESMT), para promover a saúde e proteger a integridade do trabalhador no
local de trabalho. A gestão de SST deverá ser promovida por esses integrantes,
a partir de objetivos claros da organização.
A NR-4 traz informações sobre o dimensionamento do SESMT, que
acontece de acordo com o grau de risco da atividade exercida pela empresa e o
número de empregados no estabelecimento. A atuação do SESMT ocorre em
caráter essencialmente prevencionista, embora não seja vedado o atendimento
de emergência, caso necessário.
Avalie as competências da equipe. Elas estão diretamente voltadas para a
gestão do tema nas empresas.
Estas são algumas das competências da equipe: (item 4.12)
NR-4 – Serviços Especializados em
Engenharia de Segurança e Medicina do
Trabalho
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Aplicar conhecimentos de engenharia de segurança e medicina
ocupacional ao ambiente de trabalho e a todos os seus
componentes, incluindo máquinas e equipamentos, para reduzir e,
consequentemente, eliminar os riscos à saúde do trabalhador.
Determinar o uso de EPI conforme a NR-6 (quando esgotados os
meios para eliminação e o risco persistir)
Responsabilizar-se tecnicamente por orientar, para que seja
cumprido o disposto nas NRs que são aplicáveis às atividades
executadas pela empresa e por seus estabelecimentos
Promover, por meio de campanhas e programas, atividades de
conscientização, educação e orientação dos trabalhadores para
prevenção de acidentes de trabalho e doenças ocupacionais
Analisar e registrar todos os acidentes ocorridos na empresa (com
ou sem vítima) e todos os casos de doença ocupacional, além de
informar dados como história, características do acidente/doença
ocupacional, fatores ambientais, características do agente,
condições do indivíduo portador da doença ou acidentado etc.
Registrar mensalmente os dados atualizados de acidentes de
trabalho, doenças ocupacionais e agentes de insalubridade
Manter os registros arquivados e com condição de acesso aos
registros de mapas anuais de acidentes de trabalho, doenças
ocupacionais e agentes de insalubridade
Consulte outras competências da equipe do SESMT no item 4.12 da
NR-4.
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A elaboração de um Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional
(PCMSO) visa ao gerenciamento, à promoção e à preservação da saúde de
todos os trabalhadores de uma organização.
O PCMSO tem características específicas de prevenção, rastreamento e
diagnóstico precoce das doenças relacionadas com o trabalho e de natureza
clínica ou dos danos irreversíveis à saúde do trabalhador.
Para a implantação do PCMSO, é necessária antes a elaboração do
programa de identificação, avaliação e gerenciamento dos riscos no local de
trabalho, o PGR. A partir do PGR, deverá ser elaborado o programa médico.
Este estabelece um conjunto de exames médicos para acompanhar a saúde do
trabalhador – com base nos riscos aos quais o empregado está exposto na
jornada de trabalho – e o período em que esses exames devem ser renovados.
Esse médico deverá elaborar, além do PCMSO, um relatório analítico com
o que o programa executou no período, anualmente, considerando a data do
último relatório. O documento deve conter, no mínimo:
NR-7 – Programa de Controle Médico de
Saúde Ocupacional (PCMSO)
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Número de exames clínicos realizados
Número e tipos de exames complementares realizados
Estatística de resultados anormais dos exames complementares,
categorizados por tipo de exame e por unidade operacional, por
setor ou por função
Incidência e prevalência de doenças relacionadas com o trabalho,
categorizadas por unidade operacional, por setor ou por função
Informações sobre número, tipo de eventos e doenças informadas
nas CATs (Comunicação de Acidente de Trabalho), emitidas pela
organização, referentes a seus empregados
Análise comparativa em relação ao relatório anterior e discussão
sobre as variações nos resultados, demonstrando uma gestão
sobre a saúde dos trabalhadores
Esse relatórioanalítico será muito importante para planejar o que será
realizado no futuro, visando ao controle e à prevenção da saúde do trabalhador.
A relação da NR-7 com a implantação e a implementação de um sistema
de gestão em SST se dá devido ao caráter preventivo desse sistema, fator
primordial para a gestão dentro de uma empresa. Tal sistema faz parte de um
programa maior que é implantado pelas empresas visando à total gestão para a
diminuição das doenças relativas ao trabalho.
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A NR-10 estabelece requisitos e condições mínimas para a implementação
de medidas de controle e sistemas preventivos, de forma a garantir a saúde e a
segurança dos trabalhadores que interagem com instalações elétricas e
serviços com eletricidade direta ou indiretamente.
Todas as intervenções em instalações elétricas devem adotar medidas
preventivas de controle de risco elétrico e de riscos adicionais. Por isso, é
preciso utilizar técnicas de análise de risco para preservar os trabalhadores.
Deve-se ressaltar que é obrigação da empresa manter esquemas unifilares
atualizados das instalações elétricas de seus estabelecimentos, com detalhes a
respeito do sistema de aterramento, dos equipamentos e dos dispositivos de
proteção. Além disso, a NR-10 menciona a obrigação de constituir e manter o
Prontuário das Instalações Elétricas (PIE) para empreendimentos com carga
instalada superior a 75 kW. O documento deve conter, no mínimo, estes sete
elementos:
1. Conjunto de procedimentos e instruções técnicas e administrativas
de segurança e saúde, implantadas e relacionadas a esta NR, e
descrição das medidas de controle existentes
2. Documentação das inspeções e das medições do sistema de
proteção contra descargas atmosféricas (SPDA) e aterramentos
elétricos
3. Especificação dos equipamentos de proteção coletiva e individual e
o ferramental, aplicáveis conforme determina esta NR
4. Documentação comprobatória de qualificação, habilitação,
capacitação e autorização dos trabalhadores e dos treinamentos
NR-10 – Segurança em instalações e
serviços em eletricidade
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realizados
5. Resultados dos testes de isolação elétrica realizados em
equipamentos de proteção coletiva e individual
6. Certificações dos equipamentos e dos materiais elétricos em áreas
classificadas
7. Relatório técnico das inspeções atualizadas com recomendações e
cronogramas de adequações
Outros meios de controle de riscos apresentados dizem respeito às
medidas de proteção coletiva, que compreendem, prioritariamente, a
desenergização elétrica ou a adoção da tensão de segurança. Quando não for
possível, podem-se ainda isolar partes vivas, sinalizar, utilizar barreiras e
obstáculos, entre outras medidas. Quando a proteção coletiva não for suficiente,
deve-se fazer uso de medidas de proteção individual, que indicam o uso de
EPIs que estejam em conformidade com as exigências da NR-6.
Essa norma foi uma das primeiras normas com uma redação voltada para
a gestão do tema eletricidade. Devem-se controlar desde treinamentos, EPIs,
EPCs (equipamentos de proteção coletiva), equipamentos em geral até
ferramentas, objetivando a redução dos acidentes no setor elétrico.
Ademais, a NR-10 aborda a necessidade de estabelecer o plano de
emergência para a empresa, de forma a listar ações e procedimentos, incluindo
primeiros socorros com reanimação cardiorrespiratória, métodos de resgate
adequados às suas atividades e padronizados, além de meios para a sua
aplicação. Os trabalhadores autorizados devem ser treinados e estar aptos a
utilizarem equipamentos de prevenção e combate a incêndio nas instalações
elétricas.
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A norma que estabelece parâmetros que permitem a adaptação das
condições de trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores, de
modo a proporcionar o máximo de conforto, segurança e desempenho eficiente,
requer atenção do profissional de SST, para que este, por meio de métodos de
avaliação dos riscos ergonômicos, consiga determinar condições de trabalho
que possam desencadear doenças relacionadas com o trabalho.
A norma requer que sejam verificadas situações de levantamento de peso,
mobiliários e equipamentos e condições do ambiente. Assim, é necessária uma
gestão desse tema, determinando, para os casos mais complexos, a elaboração
da AET (análise ergonômica do trabalho).
Existe uma relação muito grande entre essa norma e a implantação e a
implementação de um programa de saúde e segurança no trabalho e, por
consequência, a implantação de um sistema de gestão. O assunto “ergonomia”
é tratado como um grupo de risco juntamente com outros quatro grandes grupos
de risco e, dentro da legislação brasileira, é tratado somente nessa norma
regulamentadora. Portanto, todos os riscos ergonômicos dos locais de trabalho
são mencionados para o seu tratamento nessa orientação de trabalho. Diante
disso, todos os riscos ergonômicos, dentro de um sistema de gestão, serão
geridos conforme determina essa norma regulamentadora.
NR-17 – Ergonomia
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A NR-20 estabelece os requisitos mínimos para realizar a gestão da
segurança e da saúde no trabalho contra fatores de risco de atividades de
extração, produção, armazenamento, transferência, manuseio e manipulação de
inflamáveis e líquidos combustíveis.
Aliás, a NR-20 abrange desde a extração, a produção, o armazenamento,
a transferência, o manuseio e a manipulação de inflamáveis e líquidos
combustíveis nas etapas de projeto, construção, montagem, operação,
manutenção e inspeção até a desativação da instalação.
Dentro da empresa, cabe ao empregador organizar, manter e atualizar o
Prontuário das Instalações Elétricas, que deve estar disponível para consulta
das autoridades e dos trabalhadores. Esse prontuário deve ser constituído
destes oito documentos:
1. Projeto de instalação
2. Procedimentos operacionais
3. Plano de inspeção e manutenção
4. Análise de riscos
5. Plano de prevenção e controle de vazamentos, derramamentos,
incêndios e explosões e identificação das fontes de emissões
fugitivas
6. Certificados de capacitação dos trabalhadores
7. Análise de acidentes
8. Plano de resposta a emergências
NR-20 – Segurança e saúde no trabalho
com inflamáveis e combustíveis
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A análise de riscos nas operações que envolvam processo ou
processamento nas atividades com inflamáveis e líquidos combustíveis precisa
ser coordenada por profissional habilitado e desenvolvida por equipe
multidisciplinar com conhecimento na aplicação das metodologias, dos riscos e
da instalação. Além disso, a equipe deve ter, na sua composição, um
trabalhador com experiência na instalação.
A análise de riscos deve, ainda, articular-se com o Programa de Prevenção
de Riscos Ambientais (PPRA)/PGR da instalação. As recomendações da análise
devem ser implementadas pelo empregador, com definição de prazos e de
responsáveis pela sua execução.
Essa articulação da NR-20 com demais NRs requer uma análise e uma
gestão por parte dos profissionais de SST, para que sejam comprovados os
requisitos normativos contidos na NR-20.
É importante destacar que o plano de resposta a emergências da
instalação contempla ações que devem ser adotadas em caso de vazamentos
ou derramamentos de inflamáveis e líquidos combustíveis, incêndios ou
explosões. Ele deve ser avaliado com a realização de exercícios simulados e/ou
na ocorrência de situações reais para testar a sua eficácia e detectar possíveis
falhas.
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A NR-28 trata sobre os procedimentos de fiscalização do cumprimento dos
preceitos legais e regulamentares referentes à segurança e à saúde do
trabalhador, bem como sobre as penalidades nos casos de descumprimento de
tais disposições.
Sobre o assunto “embargoe interdição”, a NR-28 apenas repete algumas
determinações já dispostas na NR-3, que trata especificamente desse assunto.
Quando o auditor fiscal do trabalho constatar situação de grave e iminente risco
à saúde e/ou à integridade física do trabalhador, com base em critérios técnicos,
o auditor então deverá propor de imediato o embargo ou a interdição.
Afinal, sobre as multas, quanto elas custam para a empresa caso não
cumpra as normas?
É importante avaliar os itens nos quais o cumprimento deles não possa ser
comprovado para realizar o gerenciamento em uma possível fiscalização. A
NBR ISO 45001 tem itens de atendimento a requisitos legais, e, a partir desses
itens, o profissional de SST deverá demonstrar a gestão corrigindo os itens
passíveis de embargo/interdição e posteriormente os itens que produziriam as
maiores multas e as menores.
NR-28 – Fiscalização e penalidades
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A NR-30 tem como objetivo proteger e regulamentar as condições de
segurança e saúde dos trabalhadores aquaviários.
A Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) constituída por
empresas que operam nesse tipo de serviço deve ser composta por
empregados envolvidos em atividades de cada estabelecimento da empresa,
além de marítimos empregados, que efetivamente trabalhem em embarcações.
A eleição da comissão deve ocorrer de acordo com a NR-5.
Para certos tipos de embarcações, há a obrigatoriedade de estabelecer o
Grupo de Segurança e Saúde no Trabalho a Bordo das Embarcações (GSSTB).
São algumas das atribuições do GSSTB:
Avaliar as medidas de prevenção de acidentes existentes a bordo
Verificar o funcionamento correto de equipamentos de segurança e
salvatagem
Investigar, analisar e divulgar os acidentes ocorridos, para evitar
repetição
Participar do planejamento de execução de exercícios, como
abandono, combate a incêndio, resgate em ambientes confinados,
prevenção de poluição e emergências em geral
Identificar os treinamentos de SST necessários
Emitir a comunicação de acidente de trabalho (CAT) e escriturar o
termo de ocorrência no diário de bordo, quando houver acidente de
trabalho
NR-30 – Segurança e saúde no trabalho
aquaviário
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A NR-31 estabelece os preceitos que devem ser observados na
organização e no ambiente de trabalho para que seja possível planejar e
desenvolver as atividades de agricultura, pecuária, silvicultura, exploração
florestal e aquicultura com segurança e saúde no meio ambiente do trabalho. A
norma também vale para atividades de exploração industrial em
estabelecimentos agrários.
Conforme a NR-31 determina, cabe ao empregador rural adotar medidas
de avaliação e de gestão dos riscos. Além disso, a norma também prevê a
existência da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes no Trabalho Rural
(CIPATR) e do Serviço Especializado em Segurança e Saúde no Trabalho Rural
(SESTR).
Leia mais informações sobre gestão de segurança, saúde e meio
ambiente no trabalho no item 31.5 da NR-31.
NR-31 – Segurança e saúde no trabalho na
agricultura, na pecuária, na silvicultura, na
exploração florestal e na aquicultura
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A NR-32 estabelece as diretrizes básicas para a implementação de
medidas de proteção à segurança e à saúde dos trabalhadores do serviço de
saúde e daqueles que exerçam atividades de promoção e assistência à saúde.
A norma reforça a importância de avaliar a exposição ocupacional a
agentes biológicos e requer que, além dos itens propostos, o PGR contenha
ainda outros documentos. São eles:
Identificação dos riscos biológicos mais prováveis
Os riscos biológicos mais prováveis devem ser identificados, em função da
localização geográfica e da característica do serviço de saúde e de seus
setores, considerando estes aspectos:
Fontes de exposição e reservatórios
Vias de transmissão e de entrada
Transmissibilidade, patogenicidade e virulência do agente
Persistência do agente biológico no ambiente
Estudos epidemiológicos ou dados estatísticos
Outras informações científicas
NR-32 – Segurança e saúde no trabalho
em serviços de saúde
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Avaliação do local de trabalho e do trabalhador
O local de trabalho e o trabalhador devem ser avaliados considerando estes
aspectos:
Finalidade e descrição do local de trabalho
Organização e procedimentos de trabalho
Possibilidade de exposição
Descrição das atividades e funções de cada local de trabalho
Medidas preventivas aplicáveis e seu acompanhamento
Devido à possibilidade de ocorrer exposição acidental aos agentes
biológicos, também devem fazer parte do Programa de Controle Médico de
Saúde Ocupacional (PCMSO) estes itens:
Procedimentos a serem adotados para diagnóstico,
acompanhamento e prevenção da soroconversão e das doenças
Medidas para descontaminação do local de trabalho
Tratamento médico de emergência para os trabalhadores
Identificação dos responsáveis pela aplicação das medidas
pertinentes
Relação dos estabelecimentos de saúde que podem prestar
assistência aos trabalhadores
Formas de remoção para atendimento dos trabalhadores
Relação dos estabelecimentos de assistência à saúde depositários
de imunoglobulinas, vacinas, medicamentos necessários, materiais
e insumos especiais
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O resultado da avaliação dos PGRs será determinante para poder
identificar as medidas de proteção que devem ser adotadas. Ao exigir um
estudo profundo do ambiente de trabalho, a NR-32 permite que sejam adotadas
medidas adequadas para prevenir a exposição do trabalhador e para garantir o
seu atendimento imediato em caso de exposição acidental.
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A NR-33 indica as características para identificar espaços confinados e
realizar o reconhecimento, a avaliação, o monitoramento e o controle de riscos
existentes, de modo a garantir a saúde e a segurança dos trabalhadores que,
direta ou indiretamente, interagem com esses espaços. Para a norma, a gestão
de SST é definida como um “conjunto de medidas técnicas de prevenção,
administrativas, pessoais e coletivas necessárias para garantir o trabalho seguro
em espaços confinados”.
O empregador é o responsável por implementar a gestão de SST nesses
espaços. Isso pode ser feito com medidas técnicas de prevenção
administrativas, pessoais e de emergência e salvamento.
Veja alguns exemplos e uma descrição completa dessas medidas na
NR-33, item 33.3.
A NR-33 ainda traz, no anexo II, um modelo de permissão de entrada e
trabalho (PET), o qual deve ser adaptado a cada segmento da empresa. Nesse
documento, são descritas medidas de controle para entrada e desenvolvimento
de trabalho seguro, além de medidas de emergência e resgate para os espaços
confinados. Para cada entrada, deve ser emitida uma nova permissão de
trabalho, enquanto a antiga deve ser arquivada na empresa.
NR-33 – Segurança e saúde nos trabalhos
em espaços confinados
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A NR-34 estabelece os requisitos mínimos e as medidas de proteção à
segurança, à saúde e ao meio ambiente de trabalho em atividades
desenvolvidas pela indústria de construção e de reparação naval.
As medidas de proteção devem ser adotadas antes da execução dos
trabalhos nesse setor. Além disso, é necessário realizar a análise preliminar de
risco e, quando aplicável, emitir a permissão de trabalho, cuja validade limita-se
à duração da execução da atividade, não podendo ser superior a um turno de
trabalho.
Entre as medidas de proteção destacadas na norma, é requisito que seja
realizado o diálogo diário de segurança (DDS) antes do início das atividades,
abordando quais serão as atividades desenvolvidas e como se darão o
processo de trabalho, os riscos e as medidas de proteção. O tema deve ser
registrado em um documento, assinado pelosparticipantes e arquivado junto à
lista de presenças.
NR-34 – Condições e meio ambiente de
trabalho na indústria da construção, da
reparação e do desmonte naval
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A NR-35 estabelece os requisitos mínimos e as medidas de proteção para
trabalho em altura, envolvendo planejamento, organização e execução, de
modo a garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores envolvidos direta ou
indiretamente com esta atividade.
No Brasil, foram registrados 187.638 acidentes e 1.204 mortes com
queda em altura entre os anos de 2012 e 2017 (MPT-OIT, 2017). O mapa a
seguir mostra as regiões onde os acidentes com queda em altura
NR-35 – Trabalho em altura
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ocorreram com mais frequência.
Figura 1 - Locais onde ocorreram acidentes com queda em altura
Fonte: MPT-OIT (2017).
Para prevenir a ocorrência de acidentes, a NR-35 prevê que todo trabalho
em altura tem que ser planejado, organizado e executado por trabalhador
capacitado e autorizado. É preciso realizar o treinamento com um instrutor com
proficiência no assunto, supervisionado, ainda, por um profissional do ramo da
segurança do trabalho.
Cabe à empresa manter atualizados o cadastro e os dados sobre a
abrangência da autorização de cada trabalhador. Antes de realizar esses
trabalhos, é necessário que a empresa faça a análise de riscos.
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Para planejar trabalhos em altura, devem ser adotadas medidas para
evitar os riscos, de acordo com esta hierarquia:
1. Evitar o trabalho em altura sempre que possível
2. Eliminar o risco de queda dos trabalhadores se não for possível
executar o trabalho de outra forma
3. Adotar medidas que minimizem as consequências da queda
quando o risco não puder ser eliminado
Sempre que houver medidas de controle e de conscientização do
trabalhador, provavelmente as ações em SST serão assertivas na prevenção de
acidentes e doenças ocupacionais.
Outras NRs abordam ramos mais específicos da empresa, como é o
caso das NRs 30, 31, 32, 34 e 36. Mesmo assim, elas estabelecem as
diretrizes de gestão de segurança e saúde.
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A NR-36 estabelece os procedimentos específicos para avaliação, controle
e monitoramento de riscos existentes em atividades desenvolvidas pela
indústria de abate e processamento de carnes e derivados que são destinados
ao consumo humano, para garantir a segurança, a saúde e a qualidade de vida
no trabalho.
Na hora de planejar a prevenção, é preciso definir métodos, técnicas e
ferramentas capazes de avaliar os riscos, para propor medidas adequadas para
eliminação ou redução destes. Esse processo deve ser contínuo, contar com a
participação dos trabalhadores da empresa e se integrar aos demais programas
de prevenção e controle previstos nas demais NRs.
É necessário que, no mínimo, estes três riscos sejam abordados:
1. Riscos gerados por máquinas, equipamentos, instalações,
eletricidade, incêndios, entre outros
2. Riscos gerados pelo ambiente de trabalho, entre eles os
decorrentes da exposição a agentes físicos, químicos e biológicos
3. Riscos de natureza ergonômica e outros gerados pela organização
do trabalho
NR-36 – Segurança e saúde no trabalho
em empresas de abate e processamento
de carnes e derivados
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A norma também destaca pontos como a importância de fazer a análise
ergonômica do trabalho para que seja possível oferecer recomendações
ergonômicas específicas para os diferentes postos de trabalho, avaliar essas
intervenções e validar as recomendações. Trabalhadores, supervisores e
gerentes devem participar da análise ergonômica do trabalho.
Por fim, cabe reforçar a importância do conhecimento específico de cada
NR e da aplicação dos itens pertinentes a cada risco da sua organização.
A afirmação de que uma empresa que não é do ramo de abate de aves
não precisa observar os itens presentes na norma dessa classe econômica é
equivocada. As normas são redigidas em momentos diferentes e contêm itens
que, atualizados, podem ser aplicados a todo tipo de organização.
Considerações finais

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