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Como foi descoberta a injeção de insulina contra o diabetes

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Como foi descoberta a injeção de insulina contra o diabetes
Algumas doenças, atualmente, são tão comuns na sociedade que nós nem imaginamos que no passado
elas foram responsáveis por diversas mortes, uma vez que eram desconhecidas e não tinha nenhum
tratamento adequado para elas.
Entre essas enfermidades está a diabetes. Até o ano de 1920, sua causa era desconhecida por
completo e a cura era inexplorada. Com isso, muitas mortes foram confirmadas com os sintomas dessa
doença.
No começo do século XX, o único tratamento dessa doença mortal consistia em uma dieta baixa de
hidratos de carbono e alta em gorduras e proteínas, essa técnica auxiliava os doentes a viverem por
mais um ano, contrariando a estatística de que a maioria morria dias após o diagnóstico.
Hoje a diabetes se multiplicou de maneira exponencial, devido aos maus hábitos alimentares que
durante as últimas décadas foram adotados por grande parte da população.
Porém, com a invenção da injeção de insulina pacientes conseguem controlar a doença, prolongar a
vida e levá-la de uma forma mais leve.
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Foto: depositphotos
Os caminhos até a invenção da insulina
Nenhuma pesquisa se comprova da noite para o dia, com a descoberta do diabetes e com os modos
para controlar a doença não foi diferente.
Foram necessários muitos anos para encontrar respostas sobre esse mal. No final do século XIX, os
médicos alemães Joseph von Mering e Oskar Minkowski foram os primeiros a conseguirem algumas
elucidações.
De acordo com eles, ao extrair o pâncreas de um animal (no caso deles foi um cachorro) ele padeceria
com a diabetes, o que ligava o problema com esse órgão do corpo.
Já no século XX, o patologista americano Eugene Opie descobriu as ilhotas de Langerhans, formadas
por mudanças degenerativas de células pancreáticas e a relação do mau funcionamento dessas células
com a diabetes.
Já Edward Allbert Sharpey-Schafer fez a maior descoberta até então, pois ele percebeu que a função do
pâncreas é transformar em energia o açúcar ingerido através dos alimentos, isto é, ele o converte em
insulina que é levada por todo o sangue.
A partir de então ficou fácil detectar que quando há um mau funcionamento do pâncreas, a quantidade
de açúcar aumenta consideravelmente no sangue, pois ele não é transformado em insulina.
Assim ocorre no corpo a chamada hiperglicemia, acarretando sérios transtornos que atacam a saúde do
paciente.
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Mas, o que realmente comprovou a teoria de que a causa da diabetes era a falta de insulina que
metaboliza o açúcar, foram os experimentos feitos pelos cientistas canadenses Charles Best, John J.
Rickard Macleod e Frederick Banting.
Os três conseguiram extrair a insulina de animais de laboratórios, esses apresentaram a diabetes e logo
após os pesquisadores estabeleceram um programa de injeção dessa substância e a condição natural
desses animais foi devolvida.
Os avanços dessas substâncias
Os testes foram feitos com pessoas diabéticas e a primeira delas foi o jovem Leonard Thompson. A
insulina aplicada no adolescente foi retirada do pâncreas de gado de matadouro, mas os resultados
foram satisfatórios, tendo em vista que o paciente apresentou melhora.
Isso fez com que a substância se tornasse um produto facilmente adquirido. Então, a partir de 1923,
muitas vidas foram salvas usando essa técnica de controle da doença.
Posteriormente, na década de 80, a engenharia genética obteve a insulina humana, o que se tornou um
dos maiores acontecimentos médicos do século XX.
Atualmente, existem as famosas canetas de insulina, que dão a oportunidade dos próprios diabéticos
injetar a quantidade necessária no sangue, sem sair de casa.
Isso facilitou a vida dos que sofrem com as restrições e consequências dessa doença.

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