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apostila Histologia Geral

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1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Sumário 
 
 
 
 
Apresentação 
autores......................................................................................04 
Introdução a 
histologia..................................................................................05 
Microscopia 
óptica.........................................................................................07 
Embriologia..............................................................................11 
Tecido 
epitelial.....................................................................................32 
Tecido 
conjuntivo.................................................................................43 
Tecido 
ósseo........................................................................................58 
Tecido 
cartilaginoso.............................................................................67 
Tecido 
muscular...................................................................................72 
Tecido 
nervoso....................................................................................78 
Tecido 
sanguíneo.................................................................................85 
Sistema 
imunitário.................................................................................92 
Sistema 
respiratório............................................................................100 
Sistema 
digestório...............................................................................108 
Referências.............................................................................115 
3 
 
PREFÁCIO 
 
 
 
A iniciativa para elaboração desta apostila surgiu devido ao projeto de extensão de iniciação à 
docência ofertado pelo Centro Universitário Unichristus (Fortaleza- CE), quando começamos a 
lecionar a disciplina de Histologia e Embriologia Geral, em agosto de 2020 até julho de 2021. A 
apostila foi feita por meio de uma parceria acadêmica entre as monitoras: Jhennefy Lima silva 
Costa Torres, Lara Araújo Simões Rosa, Yane Maria Coelho Sales e a professora coordenadora: 
Carolina Teófilo. 
 O intuito deste material é proporcionar aos futuros alunos do primeiro semestre um meio de 
estudo com uma linguagem facilitada que auxilie no desenvolvimento do processo de 
ensino/aprendizagem, tomando mão de recursos híbridos onde os alunos terão a oportunidade 
de aprender de maneira mais dinâmica através de QR CODES distribuídos ao decorrer da 
apostila. 
A apostila, juntamente com os anexos de mapas mentais e o caderno de desenho foram 
utilizados como projeto de finalização de monitoria apresentado no congresso integrado no 
segundo semestre de 2021, no Centro Universitário Unichristus. 
Dessa forma, apresentamos a vocês, estudantes do curso de odontologia e demais cursos da 
área de saúde, um material didático, com resumos dos principais assuntos cobrados no 
disciplina de histologia e embriologia geral, com QR CODES de atividades e flash cards anexados 
ao final de cada resumo. 
 
 
 
 
 
 
4 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
O que é a histologia? 
 
 O termo histologia foi usado pela primeira vez em 1819 por Mayer que 
fez a conjugação do termo histos = tecido e logos = estudos; 
 É uma ciência que abrange a parte da biologia responsável pelo estudo 
dos tecidos que compõem os organismos. Na área da saúde o 
conhecimento sobre a histologia humana torna possível diagnosticar 
possíveis doenças, uma vez que, se conhecendo o tecido saudável é 
possível compara com o tecido acometido por alguma alteração. 
 
Métodos de estudo 
 
 Para que seja possível o estudo dos tecidos do organismo é necessário 
realizar um preparo histológico permanente (lâmina). Para o preparo 
de uma lâmina histológica utiliza-se cortes de tecido que são 
submetidos a procedimentos de fixação e coloração. As fases de 
preparo de lâmina são divididas nas seguintes etapas: coleta da 
amostra, fixação, desidratação, clarificação, inclusão, microtomia 
(corte) e coloração; 
 Entre os corantes mais usados para a preparação de lâminas 
histológicas podemos citar a hematoxilina e eosina (HE); 
 Depois de preparadas, as lâminas são levadas para observação através 
do microscópio que geralmente é o óptico, modelo utilizado por você 
no laboratório de microscopia da sua universidade. 
6 
 
 
 
Tecido 
 No organismo humano são encontrados diversos tipos de tecidos, que 
podem ser definidos como conjuntos de células que apresentam a 
mesma função geral e a mesma origem embrionária. 
 Com o advento da microscopia, foi possível agrupar os tecidos 
biológicos em quatro tipos fundamentais, denominados de: TECIDO 
EPITELIAL, TECIDO CONJUNTIVO, TECIDO MUSCULAR E TECIDO 
NERVOSO. 
 
 
 
7 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Microscopia 
óptica 
8 
 
 
 
Devido a importância do ser humano conseguir enxergar a morfologia celular para realizar seus estudos, 
foi criado em 1590 os primeiros microscópios. Com o tempo diversas adaptações foram feitas, onde foi 
presente a colaboração de vários cientistas, dentre eles Marcello Malpighi, Antoni Van Leeuwenhoek, 
Galileu Galileia e Robert Hooke. Atualmente, existem variados tipos de microscópio, no decorrer deste 
capítulo iremos estudar sobre a anatomia do microscópio de luz e seu componentes fundamentais. 
 
 
 
 
Microscopia 
9 
 
 
 
 
Suporte Base Sustenta o corpo do microscópio; 
 
Braço 
Sustenta o tubo do microscópio e se articula com a base. 
Além disso, é nessa estrutura onde iremos encontrar as 
demais partes do microscópio; 
 
Canhão ou tubo 
Peça giratória. Apresenta espelhos que serão responsáveis 
por projetar a imagem em direção as oculares; 
 
Revólver 
Local onde são fixadas as objetivas, apresenta movimento 
de rotação permitindo o posicionamento da objetiva 
desejada; 
 
Mesa ou Platina 
Mesa em miniatura com orifício central para a passagem de 
luz. Além disso, é o local onde será depositada a lâmina a ser 
observada; 
 
Parafuso macrométrico 
Botão giratório que proporciona movimento amplos para a 
platina/mesa. Primeiro a ser utilizado, se tornando útil para 
focalização inicial. Deve ser manipulado apenas da objetiva 
de 4x; 
Parafuso micrométrico Botão giratório que proporciona movimentos mais delicados 
para a platina/mesa. Sendo útil para a focalização final da 
lâmina. 
Parafuso condensador Utilizado para baixar e levantar o condensador 
Charriot Composto por uma presilha, dois botões giratórios e dois trilhos que apresentam a função de movimentar a lâmina no 
plano horizontal; 
Fonte de luz Fornece raios luminosos; 
Condensador Conjunto de lentes que concentram e fornecem a luz necessária à iluminação do objeto de estudo. 
Diafragma Responsável por restringir o diâmetro dos feixes luminosos; 
Filtros Feitos de vidro colorido, servem para absorver parte da 
radiação luminosa; 
 
 
Lentes Objetivas 
Projetam uma imagem aumentada do material de estudo. 
Sendo assim, ela projeta uma imagem real e invertida da 
lâmina observada. Elas podem oferecer o aumento de 10x, 
20x, 40x e 100x. Sendo as objetivas de 100x sempre sobre 
imersão do óleo de cedro. 
 
 
Lentes Oculares 
 
 
Projetam uma imagem aumentada do material de estudo. 
São encontradas próximo ao olho do observador e 
aumentam a imagem já aumentada das objetivas. Dessa 
forma, deve-se sempre multiplicar o valor das objetivas pelo 
valor da ocular para obter o percentual de aumento. 
10 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Todo estudante deve ter em mente a importância das atividades no 
processo de aprendizagem. Dessa forma, afim de testar os seus 
conhecimentos adquiridos sobre o assunto estudado neste capítulo, 
preparamos um exercício complementar. Basta apontar a câmera do seu 
celular para o QR CODE abaixo 
 
 
 
 
Vamos 
praticar? 
11 
 
 
 
Embriologia12 
 
 
 
EMBRIOLOGIA 
 
Embriologia é o estudo do processo de desenvolvimento humano, esta área de conhecimento é 
dividida para melhor compreensão em 8 semanas evolutivas, iniciando-se com a fecundação 
que ocorre na tuba uterina. 
PRIMEIRA SEMANA 
1
 
 
1 Imagem do autor 
Embriologia 
13 
 
A primeira semana do desenvolvimento embrionário se inicia com a fertilização, processo na 
qual o gameta masculino o ESPERMATOZOIDE se une com o gameta feminino o OVÓCITO, 
resultando na formação de uma célula denominada ZIGOTO. 
O ZIGOTO contém informações genéticas provenientes da mãe e do pai. 
O mesmo divide-se muitas vezes e se transforma progressivamente em um ser humano 
multinucleado, através da divisão, migração, crescimento e diferenciação celular. Na primeira 
semana de desenvolvimento, quando o ESPERMATOZOIDE entra em contato com o gameta 
feminino, o acrossoma (cabeça do espermatozoide) libera uma enzima nomeada 
“hialuronidase” que tem como função separar as células foliculares presentes na CORONA 
RADIATA, que é uma estrutura que funciona como barreira protetora ao redor do ovócito e 
consiste em duas ou três camadas de células 
foliculares. Sendo assim, o espermatozoide precisa vencer essa barreira física para penetrar o 
ovócito. 
2
 
 O espermatozoide abre caminho pela corona radiata até alcançar a ZONA PELÚCIDA, onde o 
acrossoma novamente irá liberar enzimas que resultam na lise desta zona, gerando um caminho 
para o espermatozoide chegar até o ovócito. 
 No momento em que um espermatozoide consegue ultrapassar a zona pelúcida, vai ocorrer um 
evento conhecido como reação zonal, onde ocorre uma mudança nas propriedades da zona 
pelúcida e a mesma se torna impermeável para outros espermatozoides. 
 
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Posteriormente, após a entrada do espermatozoide a membrana presente no ovócito e a 
membrana presente no espermatozoide se unem e há o rompimento no local da fusão, neste 
momento a cabeça e o flagelo do espermatozoide em questão movem-se no citoplasma do 
ovócito deixando sua membrana no exterior. 
3 
Antes da penetração do espermatozoide o ovócito se encontrava em repouso na sua divisão 
celular meiótica, porém após a penetração do espermatozoide, o ovócito completa sua divisão 
e se torna um ovócito maduro. Dessa forma, o núcleo do ovócito maduro torna-se o pro núcleo 
feminino e dentro do citoplasma do ovócito o núcleo do espermatozoide aumenta de tamanho 
formando o pro núcleo masculino, e sua cauda é perdida. Os dois pro núcleos irão se fundir e se 
preparar para divisão mitótica, onde ocorrerá a combinação dos 23 cromossomos masculinos e 
os 23 cromossomos femininos, resultando em um zigoto com 46 cromossomos. Este processo 
de fertilização termina em 24 horas após a ovulação feminina. 
 
 
 
 
 
 
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FERTILIZAÇÃO: nome que se dá quando o espermatozoide penetra o ovulo maduro. 
OVULAÇÃO: processo de liberação de um óvulo do ovário ocasionado pelas alterações 
hormonais na qual ocorre uma vez durante o ciclo menstrual. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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CLIVAGEM 
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 Após a fertilização o zigoto resultante vai seguir em direção ao útero para a iniciação do 
processo denominado CLIVAGEM. 
A clivagem ocorre cerca de 30 horas após a fertilização e normalmente ocorre enquanto o zigoto 
avança pela tuba uterina em direção ao útero. Esse processo consiste em várias divisões 
mitóticas, marcando a etapa inicial do desenvolvimento embrionário. 
 Cabe pontuar, que essas divisões mitóticas acontecem sem que ocorra o aumento de volume 
celular, pois até o momento ainda é existente a presença da zona pelúcida que funciona como 
um limitador de tamanho. 
 Como não ocorre o crescimento celular entre uma divisão e outra as células resultantes dessas 
clivagens recebem o nome de BLASTÔMEROS. Inicialmente o zigoto se divide em dois 
blastômeros, depois em quatro, em oito e assim por diante, esses blastômeros se tornam cada 
vez mais numerosos e menores, e à medida que se dividem eles ficam cada vez mais unidos 
entre si, então esse zigoto quando atinge o estágio de mais ou menos 16 blastômeros ele passa 
a ser chamado de MÓRULA, pois o seu formato recorda a fruta amora. 
Essa mórula é formada três dias após a fertilização e é nesse estágio que o embrião chegará ao 
útero. Quando a mórula chega até o útero, vai ocorrer a blastogênese, é o processo na qual o 
líquido presente no útero começa a adentrar na mórula, a infiltrar nesse embrião em formação 
e esse líquido começa a ocupar a parte central do embrião e consequentemente começa a 
afastar as células para a periferia, nesse momento o embrião começa a ter liberdade para 
crescer, pois a zona pelúcida que funcionava como limitadora de tamanho começa a se 
degenerar. 
 
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O espaçamento dos blastômeros que compõem a mórula, decorrente da infiltração do líquido 
da cavidade uterina, não se dá de maneira uniforme, tendo assim uma determinada área com 
acúmulo de blastômeros, nesse momento é existente a presença de dois tipos de blastômeros 
formando o embrião. Uma camada mais externa denominada TROFOBLASTO, que dará origem 
a parte embrionária da placenta, e uma massa celular interna denominada EMBRIOBLASTO, que 
dará origem ao embrião propriamente dito. Nesse momento o embrião passará a ser chamado 
de blastocisto. 
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Com seis dias após a fertilização esse blastocisto irá prender-se ao epitélio endometrial, após 
esse momento o trofoblasto começa a se proliferar rapidamente, criando projeções que se 
infiltram no endométrio. 
 O trofoblasto começa a se proliferar e divide-se em duas camadas distintas: CITOTROFOBLASTO 
camada interna de células e SINCICIOTROFOBLASTO camada externa de células, que é uma 
estrutura multicelular que vai apresentar sinusóides (invaginações). Nesse período também é 
existente a presença de muitos vasos sanguíneos, além disso, esse sinciciotrofoblasto é 
importante por ser responsável pela produção do hormônio HCG que penetra no sangue 
 
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materno pelas lacunas dos sinusóides, posteriormente, ao final da primeira semana aparece 
uma camada de células cuboides, que são nomeadas como hipoblasto. 
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Cabe ressaltar ainda, que ao fim da primeira semana de desenvolvimento embrionário, este 
blastocisto se encontra implantado superficialmente no endométrio do útero, concluindo sua 
implantação ao fim da segunda semana de desenvolvimento. 
 
 
SEGUNDA SEMANA 
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Iniciamos a segunda semana de desenvolvimento com fase de blástula e diferenciação celular. 
Nesta segunda semana evolutiva, o embrião irá dá continuidade ao seu processo de implantação 
Com o avanço desta implantação do blastocisto, irá surgir uma pequena cavidade na massa 
chamada de CAVIDADE AMNIÓTICA. E o embrioblasto (massa celular interna) passa por algumas 
mudanças e forma uma PLACA BILAMINAR de células. 
Então, terá o surgimento de um disco embrionário bilaminar formado pelo EPIBLASTO: camada 
mais espessa, constituída de células colunares voltadas para a cavidade amniótica e uma camada 
denominada HIPOBLASTO constituída de células pequenas e cuboides, voltadas para a cavidade 
blastocistica. 
 
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 Progressivamente, algumas células do epiblasto irão se separar e se organizar para formar uma 
membrana delgadachamada de âmnio que tem como função envolver a cavidade amniótica. 
Paralelamente outras células migram do hipoblasto e formam a membrana exocelômica que 
reveste a cavidade blastocistica e a superfície interna do citotrofoblasto, consequentemente 
essa cavidade blastocistica juntamente com essa membrana recém-formada vai resultar na 
formação do saco vitelino primitivo, que vai nutrir aquele embrião em formação. 
 Células do endoderma do saco vitelino irão dá origem a uma camada de tecido conjuntivo 
frouxo denominado mesoderma extra-embrionario que envolve o âmnio e o saco vitelino. A 
 
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medida que ocorre progressivas mudanças no trofoblasto e no endométrio, o mesoderma 
extraembrionário aumenta e espaços isolados surgem então, rapidamente vão se fundir e 
formar o celoma extraembrionário. Esse celoma vai dividir o mesoderma extraembrionário em 
duas camadas. 
O mesoderma somático extraembrionário: forra o trofoblasto e reveste o âmnio e mesoderma 
esplâncnico: que vai envolver o saco vitelino. O mesoderma extraembrionário e o trofoblasto 
formam o córion. Nesse momento o embrião com 14 dias ainda tem a forma de um disco 
embrionário bilaminar (hipoblasto e epiblasto), e a cavidade amniótica e vitelina se encontram 
comprimidas uma contra a outra e suspensos por um pedículo do embrião. 
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O fim da segunda semana é caracterizado pelo surgimento de vilosidades coriônicas primárias e 
pela presença do saco coriônico, que é a membrana mais externa desse embrião, formada pela 
junção do citotrofoblasto, sinciciotrofoblasto e mesorderma somático extraembrionário. 
 
Ao fim da segunda semana é visível um saco embrionário com duas cavidades que são separadas 
por um disco bilaminar de células, as cavidades são: a cavidade amniótica e o saco vitelino. 
Finalizando essa segunda semana de desenvolvimento, vamos iniciar a terceira semana que é 
marcada pelo surgimento da linha primitiva, o desenvolvimento da notocorda e diferenciação 
das camadas germinativas que vão formar o disco embrionário trilaminar. 
 
 
 
 
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TERCEIRA SEMANA 
 
Podemos dividir essa terceira semana em dois eventos principais, a neurulação e a gastrulação. 
 
GASTRULAÇÃO: é a migração e reorganização celular, vai marcar o início da morfogênese, ou 
seja, a formação das estruturas corpóreas do embrião, o desenvolvimento da forma de vários 
órgãos e partes do corpo. 
Na gastrulação são formadas 3 camadas germinativas sendo elas: ectoderma, mesoderma e 
endoderma. 
O processo de gastrulação se inicia com o aparecimento da linha primitiva, que é uma linha que 
surge na camada celular denominada de epiblasto e é o primeiro sinal desta gastrulação, 
responsável por ordenar a formação das camadas que formaram o feto, esta linha primitiva 
começa a se formar quando as células do epiblasto começam a se proliferar e se dirigir para o 
plano mediano do disco embrionário, isso gera uma elevação do epiblasto em um dos polos 
embrionários que passa a ser identificado como polo caudal do embrião. 
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 Dessa forma, uma das consequências do surgimento dessa linha primitiva, é que agora 
conseguimos identificar um eixo no embrião, determinando uma extremidade caudal onde está 
surgindo a linha primitiva e uma extremidade oposta no sentido para onde a linha primitiva 
cresce que é denominada extremidade cranial. Além disso, essa face onde surge a linha primitiva 
determina a região dorsal do embrião. 
 
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 Nessa linha primitiva ocorrerá a movimentação de células que vão acumular-se ao redor da 
linha primitiva resultando em um sulco primitivo ao longo da mesma. 
Essa linha primitiva vai crescer para o sentido cranial e no ponto mais alto dessa linha em 
crescimento vamos encontrar o nó primitivo, porém nesse nó também vai ser encontrada uma 
pequena depressão que recebe o nome de fosseta primitiva. Este nó primitivo ou nó de hensen 
é uma estrutura de grande importância, pois, é aonde as células presentes no epiblasto vão dá 
origem a notocorda. 
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 As células que estão formando a linha primitiva, começam a migrar e ocupar um espaço entre 
o epiblasto e hipoblasto, essas células são denominadas células mesenquimais e vão formar o 
mesoderma embrionário, mais que isso, essas células migram mais fundo e começam a 
substituir as células do hipoblasto então, esse hipoblasto deixa de existir e é formado o 
endoderma embrionário e o epiblasto passa a formar o ectoderma. 
O processo notocordal é um aglomerado de células do mesoderma que se localiza, logo acima 
do nó primitivo, esse processo notocordal começa a desenvolver uma luz, uma região aberta no 
meio dele que tem continuidade com a fosseta primitiva. 
 
 
 
 
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O processo notocordal vai se desenvolver até a placa pré cordal e posteriormente o seu assoalho 
do canal notocordal vai se fundir com o endoderma, essas células da placa notocordal vão 
começar a se proliferar iniciando da região cefálica e vão formar um novo tubo de células, 
quando esse processo finaliza teremos a formação da famosa notocorda. O endoderma 
subjacente se separa da notocorda e forma uma camada contínua. 
 
 A notocorda é uma estrutura importante para orientar a formação do feto, define o eixo do 
embrião, é base para a formação do esqueleto axial e indica o local dos futuros corpos 
vertebrados e formação do sistema nervoso central. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Além disso, essa notocorda se estende até a placa precordal que futuramente será a cavidade 
oral, que é uma estrutura que se forma ao final da terceira semana. Então essa linha primitiva 
vai formar tudo que se encontra no embrião, ela vai começar a produzir células mesenquimais 
e a camada do epiblasto passará a ser chamada de ectoderma. 
 Algumas dessas células desse epiblasto deslocam o hipobasto e forma o endoderma do 
embrião, sucessivamente, as mesmas células mesenquimais produzidas pela linha primitiva vão 
se organizar em uma terceira camada denominada mesoderma intraembrionário. 
 Na região de polo cefálico e polo caudal o disco ainda permanece bilaminar com a junção de 
ectoderma e endoderma, o polo cefálico recebe o nome de placa pré cordal e é onde 
posteriormente será formada a membrana bucofaringea que no futuro será a cavidade oral, e 
no polo caudal vai ser formada a membrana cooaclal, local do futuro ânus. 
Os eventos presentes até agora são de alta importância para a formação de estruturas 
fundamentais do corpo como o sistema cardiovascular que inicia sua formação na terceira 
semana e o sistema nervoso. Ainda na terceira semana de desenvolvimento, além da 
gastrulaçao será evidente outro evento importante do desenvolvimento que denominamos de 
neurulação. 
 
 
 
 
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NEURULAÇÃO: a partir do momento que se forma a notocorda, as células da notocorda 
começam a secretar moléculas sinalizadoras, essas moléculas vão induzir o ectoderma que está 
acima da notocorda a se espessar formando a PLACA NEURAL então, a placa neural nada mais 
é que um espaçamento do ectoderma até o momento só será existente onde tem notocorda, 
porém depois essa placa vai ultrapassar a notocorda. 
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Sucessivamente a placa neural começa a invaginar formando um sulco neural com pregas 
neurais nas laterais. Um grupo de células ao redor da placa neural vãose diferenciar para formar 
a CRISTA NEURAL, à medida que as pregas neurais vão se aproximando as células que irão 
formar a crista neural vão se acumulando. 
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Até o fim da terceira semana essas pregas vão se unir formando o TUBO NEURAL, essa nova 
estrutura vai dá origem ao encéfalo e a medula espinhal, e a crista neural formará os gânglios 
espinhais, o gânglio de alguns nervos cranianos e contribuem para formação da pia mater e 
aracnoide. 
 
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Para finalizar essa semana evolutiva, o mesoderma está dividido em três partes e uma delas 
conhecida como mesoderma paraxial se diferenciará e formará os sômitos que são estruturas 
que dão origem a maior parte do esqueleto axial e aos músculos associados. 
 
 
 
 
QUARTA SEMANA 
 
 QUATRO PARES DE ARCOS FARÍNGEOS; 
 BROTOS DOS MEMBROS INFERIORES; 
 EMINÊNCIA CAUDAL; 
 SURGIMENTO DOS SISTEMAS E ORGÃOS; 
 ENCURVATURA DO EMBRIÃO POR CONSEQUÊNCIA DO APARECIMENTO DAS PREGAS 
CÉFALICA E CAUDAL; 
 EMBRIÃO EM FORMATO DE “C”; 
 PRIMEIRO ARCO FARÍNGEO – PROCESSOS MAXILARES E MANDIBULARES; 
 SEGUNDO ARCO FARÍNGEO – HIÓDEO; 
 CONTINUAÇÃO DA FORMAÇÃO DO CORAÇÃO PRIMITIVO QUE JÁ COMEÇA A 
BOMBEAR SANGUE. 
 
 
 
 
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QUINTA SEMANA 
 
 RÁPIDO DESENVOLVIMENTO DO ENCÉFALO; 
 PROEMINÊNCIAS FACIAIS; 
 PEQUENAS MODIFICAÇÕES NA FORMA DO CORPO; 
 FORMATO MAIS HUMANÓIDE; 
 FORMAÇÃO DOS BROTOS DOS MEMBROS INFERIORES E SUPERIORES; 
 INÍCIO DA FORMAÇÃO DOS RINS; 
 RIM PRIMITIVO AINDA SE DESENVOLVENDO; 
 SEMANA QUE PODE OCORRER AS FISSURAS LABIOPALATINAS. 
 
 
SEXTA SEMANA 
 
 OLHOS E PROCESSOS MAXILARES MIGRAM PARA FRENTE DA FACE; 
 FORMAÇÃO DOS MEMBROS SUPERIORES E INFERIORES (TÉRMINO DA FORMAÇÃO NA SÉTIMA 
SEMANA); 
 FORMAÇÃO DAS EMINÊNCIAS AURICULARES QUE DARÃO ORIGEM AOS OUVIDOS; 
 JÁ TEM PÁLPEBRA E PIGMENTAÇÃO DA IRIS; 
 TÉRMINO DA FUSÃO DOS PROCESSOS MAXILARES, COM PROEMINÊNCIA NASAL LATERAL; 
 LÁBIO É COMPOSTO POR PROCESSO NASAL MEDIAL E DOIS SEGMENTOS LATERAIS DOS 
MAXILARES. 
 
 
 
SÉTIMA SEMANA 
 FORMAÇÃO DO CANAL VITELINO; 
 TÉRMINO DA FORMAÇAO DOS MEMBROS. 
 
 
OITAVA SEMANA 
 DEDOS DAS MÃOS SEPARADOS, PORÉM UNIDOS POR MEMBRANAS E CABEÇA 
DESPROPORCIONAL.
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Todo estudante deve ter em mente a importância das atividades no 
processo de aprendizagem. Dessa forma, afim de testar os seus 
conhecimentos adquiridos sobre o assunto estudado neste capítulo, 
preparamos um exercício complementar. Basta apontar a câmera do seu 
celular para o QR CODE abaixo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Vamos 
praticar? 
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Tecido 
Epitelial
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INTRODUÇÃO AO TECIDO EPITELIAL 
Os tecidos são constituídos por células e por uma matriz extracelular (MEC). A MEC é composta por muitos 
tipos de moléculas, algumas dessas moléculas são altamente organizadas e vão formar estruturas 
complexas como por exemplo a membrana basal. 
Antes as principais funções atribuídas a matriz extracelular eram fornecer apoio mecânico para células e 
compor um meio para transporte de nutrientes, porém, com progressos nas pesquisas, hoje nós sabemos 
que as células produzem a MEC, controlam sua composição e são ao mesmo tempo influenciadas e 
controladas por moléculas dessa matriz, ou seja, há uma intensa interação entre as células do tecido e a 
famosa MEC. 
Dessa forma, o organismo humano apesar de ser bem complexo vai ser constituído por quatro tipos 
básicos de tecidos: Tecido epitelial, tecido conjuntivo, tecido muscular e tecido nervoso. O tecido epitelial 
é um tecido formado de maneira geral por células que revestem superfícies, secretam moléculas e 
possuem pouca MEC. 
CONCEITO DE TECIDO EPITELIAL 
 
É constituído por células justapostas dispostas entre uma ou várias camadas intercelulares com o mínimo 
de espaço entre elas. 
Principais características do tecido epitelial 
 Células poliédricas (possuem várias faces); 
 Células justapostas; 
 Pouca matriz extracelular (MEC); 
 Células aderidas entre si através de junções comunicantes; 
 Principais funções: revestimento de superfícies ou de cavidades do corpo e secreção. 
 
Tecido Epitelial 
34 
 
 O fato das células do tecido epitelial serem aderidas por junções intercelulares torna possível que este 
tecido se organize em folhetos de revestimento ou em unidades secretoras (glândulas). Uma vez que, 
essas células revestem todas as superfícies externas e internas do corpo humano, tudo que entra ou sai 
do organismo humano deve atravessar um folheto epitelial. Sendo assim, além das principais funções do 
tecido epitelial citadas anteriormente neste capítulo, o mesmo ainda vai apresentar outras funções sendo 
elas: 
 
REVESTIMENTO E PROTEÇÃO DE SUPERFÍCIES FILTRAGEM 
 
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SECREÇÃO ABSORÇÃO TROCAS GASOSAS 
 
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ANATOMIA CELULAR DO TECIDO EPITELIAL 
 
Observando ao microscópio de luz, nem sempre será possível identificar as delimitações das células que 
compõe o tecido epitelial, dessa forma deve-se observar o núcleo celular, pois, geralmente o núcleo da 
célula acompanha formato da mesma. 
 
CLASSIFICAÇÃO CELULAR 
 
 PAVIMENTOSA CÚBICA CILÍNDRICA OU 
 PRISMÁTICA 
28 
 
LÂMINA BASAL 
 
Entre as células epiteliais e o tecido conjuntivo adjacente existe uma delgada lâmina de moléculas 
chamadas de lâmina basal, a mesma apenas será visualizada através de microscópio eletrônico. A lâmina 
basal é composta por colágeno tipo IV, glicoproteínas e proteoglicanos e sua principal função é promover 
adesão das células epiteliais ao tecido conjuntivo. Além disso, são importantes para filtrar moléculas. 
 
MEMBRANA BASAL 
 
Por sua vez, a membrana basal é o nome atribuído para denominar uma camada que se encontra abaixo 
do tecido epitelial e é visível ao microscópio de luz, pois ela vai se apresentar como uma camada mais 
espessa se comparada a lâmina basal. Basicamente ela é p acúmulo de fibras reticulares que juntamente 
com a lâmina basal formam uma membrana. 
 
 
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PORÇÕES E SUPERFÍCIES CELULARES 
 
A porção que se encontra voltada para o tecido conjuntivo é denominada de porção basal e a extremidade 
oposta geralmente voltada para uma cavidade ou espaço é denominada de porção apical. A superfície da 
porção apical é chamada de superfície livre e é o local onde encontram-se as especialidades do tecido. A 
superfícies onde as células entram em contato umas com as outras é chamada de superfície lateral e a 
superfície que continua com a superfície lateral forma a base da célula chamada de superfície baso lateral. 
29 
 
 
CLASSIFICAÇÃO DOTECIDO EPITELIAL 
 
O tecido epitelial pode ser classificado quanto ao formato das células como foi supracitado, ou quanto a 
quantidade de camada células presentes. Sendo dessa forma, denominado de: TECIDO EPITELIAL SIMPLES 
– quando é composto por uma única camada de células epiteliais; TECIDO EPITELIAL ESTRATIFICADO - 
quando é composto por duas ou mais camadas de células epiteliais; TECIDO EPITELIAL 
PSEUDOESTRTIFICADO – quando visualmente gera uma sensação de falsa estratificação, podendo ser 
confundido com o tecido epitelial estratificado. Além disso, vamos encontrar o epitélio de transição que 
vai compor o revestimento de regiões do trato urinário, sendo elas: bexiga, ureter e porção inicial da 
uretra. O TECIDO EPITELIAL DE TRANSIÇÃO recebe esse nome por ser constituído por células globosas e 
sem formato definido. 
 
 
 
 
 
 
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ESPECIALIDADES DA SUPERFÍCIE BASOLATERAL 
 
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Junções intercelulares são estruturas associadas a membrana plasmática das células e contribuem para 
comunicação entre elas. São estruturas abundantes no tecido epitelial, pois as células desse tecido 
apresentam grande adesão entre elas. Dessa forma, para que haja a separação das células que compõem 
um folheto epitelial é necessária uma força relativamente grande. Além das junções presentes na região 
lateral, vamos encontrar as Inter digitações que são dobras na membrana da célula que encaixam em 
dobras na membrana da célula vizinha. 
 
 
 
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CLASSIFICAÇÃO DAS JUNÇÕES INTERCELULARES 
 
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 ZÔNULA DE OCLUSÃO – costuma ser uma junção mais apical, ou seja, mais próxima da superfície 
livre celular e forma uma espécie de “cinto” que vai circundar por completo a célula. 
 ZÔNULA DE ADESSÃO – circunda a célula por completo e possui característica importante que é 
a inserção de numerosos filamentos de actina. 
 
 
A junção das duas zônulas formam o complexo unitivo. 
 
 
 
 
 DESMOSSOMO – é uma estrutura complexa em forma de disco que fica na superfície lateral da 
célula e se liga a outro desmossomo encontrado na célula vizinha. 
 HEMIDESMOSSOMO – se encontra na região de contato entre a célula e sua lâmina basal e vai 
se apresentar como metade de um desmossomo. 
 JUNÇÕES COMUNICANTES – podem existir em praticamente qualquer local das membranas 
laterais de células epiteliais e tornam possível o intercâmbio de moléculas de uma célula para 
outra. 
 
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ESPECIALIZAÇÕES DA SUPERFÍCIE APICAL DA CÉLULA 
 
 MICROVILOSIDADES – quando observa-se através do microscópio eletrônico é possível observar 
a presença de micro vilosidades que são pequenas projeções do citoplasma com o formato de 
dedos, que podem ser curtos ou longos. Se encontra em órgãos que precisam realizar intensa 
absorção como por exemplo o intestino delgado e túbulos proximais dos rins. 
 
 
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 ESTERIOCÍLIOS - são prolongamentos imóveis que na verdade são microvilos longos que se 
ramificam e aumentam a área de superfície celular, facilitando assim, o movimento de moléculas 
para dentro e para fora da célula. 
 
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 CÍLIOS – são estruturas móveis encontradas em algumas células do tecido epitelial. Apresentam 
movimentos de vaivém. 
 Estão inseridos em corpúsculos basais da célula no seu ápice; 
 Exibem movimento; 
 Utilizam ATP (Trifosfato de adenosina) como forma de energia; 
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 FLAGELO – encontrado exclusivamente no espermatozoide é semelhante ao cílio, porém é mais 
longo e limitado a uma única célula. 
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EPITÉLIO GLANDULAR 
 
CONCEITO: Conjunto de células justapostas que tem função de secreção. 
CLASSIFICAÇÃO: Podem ser classificados quanto ao número de células e quanto ao local de eliminação 
de sua secreção. 
 
QUANTO AO NÚMERO DE CÉLULAS 
 UNICELULARES – Só existe uma glândula unicelular no corpo humano que é a célula caliciforme 
presente na traqueia e no intestino. 
 PLURICELULARES. 
QUANTO AO LOCAL DE ELIMINAÇÃO 
 ENDÓCRINA: Não mantém conexão com o epitélio, não tem ducto. O produto da secreção cai 
diretamente na corrente sanguínea. 
 EXOCRINA – Mantém conexão com o epitélio de revestimento. Apresenta ducto e devido a isso 
a secreção é mandada para fora do corpo. 
 MISTA – Apresenta os dois ao mesmo tempo, sendo uma parte ENDROCRINA e outra EXOCRINA. 
QUANTO AO MODO DE SECREÇÃO 
 MERÓCRINA- Produto liberado sai sem perda de citoplasma. Vesículas que levaram o produto 
para fora. Produto de secreção liberado por exocitose, assim a célula não perde material de seu 
citoplasma. 
 HOLÓCRINAS – Produto liberado junto com todo citoplasma da célula, ou seja, toda a célula se 
perde e uma nova célula surge naquele local. Um exemplo de glândula com essa finalidade é a 
glândula sebácea. 
 APÓCRINA – Produto liberado junto com uma porção apical do citoplasma da célula. Secreção 
descarregada com pequenas porções do citoplasma. Um exemplo é a glândula mamaria. 
 
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Todo estudante deve ter em mente a importância das atividades no 
processo de aprendizagem. Dessa forma, a fim de testar os seus 
conhecimentos adquiridos sobre o assunto estudado neste capítulo, 
preparamos um exercício complementar. Basta apontar a câmera do seu 
celular para o QR CODE abaixo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Vamos 
praticar? 
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Tecido 
Conjuntivo 
44 
 
 
INTRODUÇÃO AO TECIDO CONJUNTIVO 
 
O tecido conjuntivo origina-se do mesoderma e é responsável pelo estabelecimento da forma do corpo. 
Esse papel mecânico é possível devido ao fato deste tecido ser composto por um conjunto de moléculas 
que formam a matriz extracelular que vai conectar as células e órgãos dando suporte ao corpo. Sendo 
assim, o principal componente do tecido conjuntivo é a matriz extracelular – MEC. 
A MEC é constituída por diferentes combinações de proteínas fibrosas e um conjunto de macromoléculas 
que compõem a substância fundamental amorfa. As principais fibras que iremos encontrar neste tecido 
são as fibras colágenas. Além disso, o tecido conjuntivo apresenta diversos tipos celulares, cada uma com 
uma função específica, sendo elas separadas por um abundante espaço, diferente do tecido epitelial 
estudado anteriormente. 
 
APRESENTAÇÕES DO TECIDO CONJUNTIVO 
 
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Tecido Conjuntivo 
45 
 
 
DIVISÕES DO TECIDO CONJUNTIVO 
 
Os nomes dados ao tecido conjuntivo é de acordo com o seu componente predominante, ou a organização 
estrutural do tecido. Dessa forma vão existir várias classes de tecido conjuntivo. Sendo elas: TECIDO 
CONJUNTIVO PROPRIAMENTE DITO FROUXO, TECIDO CONJUNTIVO PROPRIAMENTE DITO DENSO, TECIDO 
CONJUNTIVO ADIPOSO, TECIDO CONJUNTIVO CARTILAGINOSO, TECIDO CONJUNTIVO SANGUÍNEIO, 
TECIDO CONJUNTIVO OSSEO. 
ESTE CAPÍTULO TERÁ COMO FOCO O TECIDO CONJUNTIVO PROPRIAMENTE DITO. SENDO ASSIM, AS 
DEMAIS SUBDIVISÕES SERÃO EESTUDADAS NOS CAPÍTULOS SEGUINTES. 
 
 
 
TIPOS 
SUBDIVISÃO 
 
 
TEC.CONJUNTIVO 
FROUXO 
COMPOSIÇÃO 
 
 
CÉLULAS, 
FIBRAS E 
SUBSTÂNCIA 
FUNDAMENTAL 
AMORFA 
FUNÇÃO 
 
 
PREENCHIMENTO, 
APOIO E 
NUTRIÇÃO DE 
TECIDO EPITELIAL. 
CICATRIZAÇÃO. 
DISTRIBUIÇÃO 
 
TECIDO DE 
MAIOR 
DISTRIBUIÇÃO 
NO CORPO 
HUMANO: PELE, 
NERVOS,MÚSCULOS E 
VASOS 
SANGUÍNEOS. 
 
 
 
 
TECIDO 
CONJUNTIVO 
PROPRIAMENTE 
DITO 
 
 
 
 
 
 
 
TEC. 
CONJUNTIVO 
DENSO 
 
POUCA 
FLEXIBILIDADE 
SE 
COMPARADO 
AO TEC. 
FROUXO, 
APRESENTA 
ABUNDANTE 
QUANTIDADE 
DE FIBRAS 
COLÁGENAS 
EM 
COMPARAÇÃO 
AOS OUTROS 
COMPONENTES 
PRESENTES NO 
TECIDO, E 
POUCO 
SUBASTÂNCIA 
FUNDAMENTAL 
AMORFA. 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESISTÊNCIA E 
PROTEÇÃO 
 
 
 
O NÃO 
MODELADO 
ENVOLVE ORGÃO 
COMO O 
FÍGADO, BAÇO, 
OSSOS E PELE. 
O MODELADO SE 
ENCONTRA EM 
TENDÕES E 
MÚSCULOS. 
 
 
 
46 
 
 
FUNÇÕES DO TECIDO CONJUNTIVO 
 
 SUSTENTAÇÃO; 
 PREENCHIMENTO; 
 DEFESA; 
 NUTRIÇÃO; 
 ARMAZENAMENTO; 
 REPARO. 
 
O tecido conjuntivo vai apresentar diversas funções, como consequência da sua abundancia de 
componentes. 
CÉLULAS DO TECIDO CONJUNTIVO 
 
O tecido conjuntivo é composto por vários tipos celulares, cada um deles com uma função específica, que 
serão separadas por um abundante espaço preenchido por MEC. Algumas das células encontradas no 
tecido em questão como, por exemplo, os fibroblastos, se originam dentro do próprio tecido através de 
uma célula mesenquimal indiferenciada e vai permanecer durante toda sua vida no interior do mesmo. 
Outrossim, irão existir células como os mastócitos, macrófagos e plasmócitos que vão se originar de uma 
célula tronco da medula óssea e irão circular pelo sangue e migrar para o interior do tecido conjuntivo. 
Por fim, terão os leucócitos que se origem na medula óssea, migram para o tecido conjuntivo, residem 
por alguns dias e sofrem apoptose. 
 
TIPOS CELULARES 
 
FIBROBLASTOS: 
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 Principal célula do tecido conjuntivo; 
 São capazes de modular sua capacidade metabólica, essa característica reflete na sua 
morfologia (fibrócitos); 
 Apresentam citoplasma abundante; 
 Núcleo ovoide, grande e francamente corado; 
 Citoplasma com bastante reticulo endoplasmático rugoso e complexo de golgi. 
 
 
 
 
 
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FIBRÓCITO: 
 
 
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 Menores e mais delgados; 
 Fibroblastos com pouco atividade metabólica; 
 Aspecto fusiforme; 
 Poucos prolongamentos; 
 Núcleo pequeno e escuro; 
 Forma mais alongada; 
 Pouca quantidade de retículo endoplasmático rugoso. 
 
 
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MACRÓFAGOS: 
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 Célula de defesa por fagocitose; 
 Características morfológicas variáveis; 
 Monócito r macrófago são a mesma célula em diferentes estágios de maturação; 
 Em algumas regiões do corpo recebem nomes específicos. 
 
 
 
 
 
42 Atlas digital de histologia básica 
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MASTÓCITOS: 
 
 
 
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 Participam de reações alérgicas; 
 Participam de processos inflamatórios; 
 Participam no combate de infecções parasitárias. 
 Célula globosa quando se encontra em estágio maduro; 
 Citoplasma é repleto de grânulos corados; 
 Núcleo pequeno, esférico e central. 
 
 
 
 EXISTEM NO TECIDO CONJUNTIVO DUAS POPULAÇÕES DE MASTÓCITOS; O 
MASTÓCITO DO TECIDO CONJUNTIVO EE O MASTÓCITO DA MUCOSA. 
 
 
 
 
 
 
 
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PLASMÓCITO: 
 
 
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 Célula de defesa do sistema imune; 
 Produção de anticorpos; 
 Célula grande e ovoide; 
 Rica em retículo endoplasmático rugoso; 
 Núcleo esférico e excêntrico. 
 
 
 
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 Agem na defesa imunológica do organismo; 
 Glóbulos brancos; 
 Migram para o tecido conjuntivo; 
 Diapedese – aumentam quando ocorre inervações locais de microrganismos; 
 Não retornam para o sangue (exceto o linfócito); 
 Inflamação é uma ação gerada em combate aos microrganismos. 
 
 
 
CELULAS ADIPOSAS: 
 
 
 Existem dois tipos; 
 Armazenam energia em forma de gordura neutra; 
 Tecido adiposo unilocular e tecido adiposo multilocular; 
 Unilocular – armazenamento de energia; 
 Multilocular – temperatura corporal. 
 
 
 
 
 
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CELULAS MESENQUIMAIS: 
 
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 CÉLULA RESPONSÁVEL PELA MANUNTENÇÃO DOS TECIDOS CORPÓREOS, UMA 
VEZ QUE, CONSEGUE SE PROLIFERAR E SE DIFERENCIAR EM OUTRAS CÉLULAS 
DO CORPO COM FUNÇÕES ESPECÍFICAS. 
 
 
MATERIAL INTERCELULAR 
 
Na MEC iremos encontrar algumas moléculas importantes para o tecido conjuntivo, entre elas, 
estarão as fibras que serão formadas por proteínas. 
As principais fibras são: 
 FIBRAS COLÁGENAS; 
 FIBRAS RETICULARES; 
 FIBRAS ELÁSTICAS. 
 
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As fibras colágenas apresentam como principal proteína o colágeno, têm função de resistência 
e vai ser o tipo de fibra mais abundante do organismo humano. 
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47 ATLAS DIGITAL DE HISTLOGIA BÁSICA 
48 ATLAS DIGITAL DE HISTOLOGIA BÁSICA 
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As fibras reticulares terão como proteína o colágeno, são extremamente finas, encontradas em 
órgãos hematopoiético e apresentam função de sustentação. Além disso, diferente das demais 
fibras, a fibra reticular só é visível com coloração preta. 
 
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49 ATLAS DIGITAL DE HISTOLOGIA BÁSICA 
 
50 ATLAS DIGITAL DE HISTOLOGIA BÁSICA 
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As fibras elásticas por sua vez, apresentam como proteína a elastina, formam o que vamos 
conhecer como sistema elástico que vai apresentar a função de elasticidade. Visualmente este 
tipo de fibra sofrera bifurcação. 
 
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51 ATLAS DIGITAL DE HISTOLOGIA BÁSICA 
52 ATLAS DIGITAL DE HISTOLOGIA BÁSICA 
BIFURCAÇÃO 
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Vamos 
praticar? 
 
 
 
 
Todo estudante deve ter em mente a importância das atividades no 
processo de aprendizagem. Dessa forma, a fim de testar os seus 
conhecimentos adquiridos sobre o assunto estudado neste capítulo, 
preparamos um exercício complementar. Basta apontar a câmera do seu 
celular para o QR CODE abaixo 
 
 
 
 
 
 
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Tecido Ósseo 
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INTRODUÇÃO AO TECIDO ÓSSEO 
 
Apresenta muita rigidez e resistência, por isso, as principais funções estão relacionadas com a proteção e 
a sustentação. É um tecido conjuntivo especializado mais duro do corpo, ou seja, ricamente calcificado. É 
composto por minerais e íons em forma de hidroxiopatita. 
 
 Protege os órgãos vitais; 
 Serve de suporte para tecidos moles; 
 Proporciona apoio aos músculos esqueléticos, transformando suas contrações em movimentos 
úteis; 
 Além das funções supracitadas, o tecido ósseo vai funcionar como depósito de cálcio, fosfato e 
outros íons (armazena ou libera de forma controlada os íons presentes no tecido, mantendo 
constante a concentração desses importantes componentes nos líquidos corporais). 
 
O tecido ósseo é um tipo especializado de tecido conjuntivo formado por tipos específicos de células e 
material extracelular calcificado que vamos chamar de matriz óssea. 
 
CONTITUINTES DO TECIDO ÓSSEO 
 Células; 
 Material intercelular (matriz óssea); 
 Parte orgânico; 
 Parte inorgânica (TODOS OS MINERAIS). 
Tecido Ósseo 
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MANUTENÇÃO DA MATRIZ ÓSSEA 
 
 PERIÓSTEO: possui fibras celulares. É uma membrana que vai revestir o tecido ósseo por sua 
região externa. Apresenta como funções – proteção do corpo e nutrição. 
 ENDÓSTEO: menos desenvolvida que o periósteo, é uma membrana de revestimento interno que 
auxilia no crescimento do osso. 
-Ambas as membranas vão fornecer: novos osteoblastos para o crescimento e recuperação do osso. 
 
CÉLULAS DO TECIDO ÓSSEO 
 
53 
 
Osteócitos: estão localizados em lacunas que se encontram no interior da matriz. O conjunto dessas 
lacunas serão interligados por meio de canalículos por onde irá ocorrer a difusão de nutrientes, existindo 
assim uma comunicação entre os osteócitos. Além disso, por esses canalículos vão se comunicar capilares 
sanguíneos. 
 Apresenta papel fundamental na manutenção da matriz óssea; 
 São encontrados no interior da matriz óssea; 
 Se comunicam através de canalículos; 
 Cada lacuna possui apenas um osteócito; 
 
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 Dentro dos canalículos os seus prolongamentos vão estabelecer comunicação através de 
junções comunicantes. 
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Osteoblasto: Sintetizam a parte orgânica da matriz e 
 se localizam na periferia óssea. 
 Quando amadurecem se tornam osteócitos. 
 São células encontradas na periferia;superfície e vão sintetizar a parte orgânica da matriz; 
 Parte orgânica: colágeno I, proteoglicanos e glicoproteínas; 
 Sintetizam osteonectina e osteocalcina; 
 Osteonectina facilita a deposição de cálcio no osso e osteocalcina a atividade dos osteoclastos 
para absorção óssea; 
 Quando estão em intensa atividade se tornam cuboides e quando estão com pouca atividade 
metabólica se tornam achatados; 
 Uma vez aprisionado pela matriz óssea se tornam um osteócito. 
 
Osteoclastos: 
 
 Considerado o macrófago do osso; 
 Célula com vários núcleos; 
 Derivado do monócito do sangue; 
 Se encontra na região do osso que está sendo desgastada/absorvida; 
 Função: destruição óssea; 
 a região onde o osso é absorvido, formam as lacunas de howship. 
 
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TIPOS DE OSSO 
 
Compacto: Sem cavidades visíveis. 
Esponjoso: Apresenta cavidades intercomunicantes. 
 
Histologicamente classifica-se o tecido ósseo em PRIMÁRIO/IMATURO e SECUNDÁRIO/MADURO. OS dois 
tipos vão apresentar as mesmas células e os mesmos constituintes de matriz. A diferença é que o osso 
primário é o que aparece primeiro, tanto no desenvolvimento embrionário, quanto na reparação de 
fraturas. 
O osso primário vai apresentar fibras colágenas desorganizadas sem orientação definida. Outrossim, o 
osso secundário vai apresentar fibras colágenas organizadas em lamela, esse tipo de osso geralmente é 
encontrado em adultos. 
As lamelas são formadas por fibras colágenas que se organizam de maneira concêntrica formando 
camadas circulares ao redor de canais com vasos e forma o que vamos conhecer por: sistema de HARVES, 
pois, no centro das lamelas vai existir um canal revestido por endósteo que recebe o nome de canal de 
harves, onde contém nervos e vasos sanguíneos. 
Para que haja a comunicação desses canais de harves, vai existir um sistema paralelo formado por canais 
transversais ou oblíquos chamados de canais de VOLKMAN, diferente dos canais de harves, os canais de 
Volkmann não se organizam em lamelas. 
 
 
 
 
 
 
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Vamos 
praticar? 
 
 
 
Todo estudante deve ter em mente a importância das atividades no 
processo de aprendizagem. Dessa forma, a fim de testar os seus 
conhecimentos adquiridos sobre o assunto estudado neste capítulo, 
preparamos um exercício complementar. Basta apontar a câmera do seu 
celular para o QR CODE abaixo 
 
 
 
 
 
 
 
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Tecido 
Cartilaginoso 
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INTRODUÇÃO AO TECIDO CARTILAGINOSO 
 
O tecido cartilaginoso se trata de um tecido conjuntivo especializado de suporte. Suas principais funções 
são: 
 Revestimento de superfícies articulares; 
 Formação e crescimento de ossos longos; 
 Suporte de tecidos moles; 
 Facilita deslizamento dos ossos nas articulações; 
 Não contém vasos sanguíneos, linfáticos e nem nervos. 
 
 
CONSTITUITES DO TECIDO CARTILAGINOSO 
 
 
 Células: condroblastos na região mais superficial e condrócitos localizados no interior 
de uma lacuna (relembra a organização do tecido ósseo); 
 Matriz: substância que passa fora das células; 
 Pericôndrio: membrana vascularizada que envolve as cartilagens, exceto as fibrosas e 
articulares. O pericôndrio é uma camada de tecido conjuntivo denso responsável pela 
nutrição e oxigenação da cartilagem, apresenta nervos, vasos sanguíneos e linfáticos. 
 
 
 
Tecido Cartilaginoso 
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CÉLULAS DO TECIDO CARTILAGINOSO 
 
 
 
Condroblastos: Sintetizam a maior parte dos componentes da matriz intercelular. Sendo eles, fibras 
colágenas e substância fundamental amorfa com consistências emborrachada. Além disso, serão 
responsáveis por sintetizarem os condrócitos. 
 
Condrócitos: São células menos ativas e apresentam a função de manutenção da matriz intercelular. 
Se encontram aprisionadas em uma lacuna na região mais central da cartilagem. (células menos ativas). 
 
 
Na cartilagem será possível identificar dois tipos de matriz, a matriz territorial que é visualmente mais 
corada e que fica envolta da célula (contorno da lacuna) e uma matriz mais afastada da região de contorno 
de lacuna que é denominada de matriz Inter territorial. 
 
70 
 
 
 
 
TIPOS DE CARTILAGEM 
 
ELÁSTICA FORMADA POR FIBRAS ELÁSTICAS 
FIBROSA FIBRAS COLÁGENAS TIPO 1 
 
HIALINA 
POSSUI MATRIZ DE FIBRILAS DE COLÁGENO 
TIPO 2, FORMA O PRIMEIRO ESQUELETO DO 
EMBRIÃO E É O TIPO MAIS ABUNDANTE NO 
CORPO HUMANO 
 
 
 HIALINA FIBROCARTILAGEM ELÁSTICA 
 COM A PRESENÇA DE GRUPOS 
 ISÓGENOS (GRUPOS DE CÉLULAS) 
 
 
TIPOS DE CRESCIMENTO DA CARTILAGEM 
 
INTERSTICIAL A PARTIR DAS DIVISÕES MITÓTICAS DOS 
CONDRÓCITOS PRÉ-EXISTENTES. SÓ OCORRE NO 
EMBRIÃO E SE DIVIDEM DENTRO DA PRÓPRIA 
LACUNA DO CONDRÓCITO. 
APOSICIONAL A PARTIR DAS CÉLULAS DO PERICÔNDRIO. 
71 
 
 
 
 
 
Vamos 
praticar? 
 
 
 
Todo estudante deve ter em mente a importância das atividades no 
processo de aprendizagem. Dessa forma, a fim de testar os seus 
conhecimentos adquiridos sobre o assunto estudado neste capítulo, 
preparamos um exercício complementar. Basta apontar a câmera do seu 
celular para o QR CODE abaixo 
 
 
 
 
 
72 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tecido 
Muscular 
73 
 
 
 
 
 
TECIDO MUSCULAR 
 
 Os mioblastos dão 
origem a células do 
músculo; 
 Fibra muscular é a 
célula do tecido 
muscular; 
 Sarco = músculo. 
O tecido muscular apresenta uma origem 
mesodérmica e é constituído por células 
alongadas com filamentos de proteínas 
contráteis que utilizam como fonte de 
energia as moléculas de ATP (adenosina 
trifosfato) que é a principal molécula 
transportadora de energia nos seres vivos. 
As células desse tecido são denominadas 
fibras musculares ou miócitos. 
Devido a sua capacidade contrátil esse 
tecido se torna responsável por diversos 
movimentos corporais. De acordo com sua 
morfologia e funcionalidade dividimos esse 
tecido em 3 tipos, sendo eles: muscular 
estriado cardíaco, muscular estriado 
esquelético e muscular liso. 
MUSCULAR ESTRIADO 
ESQUELETICO 
 Presença de feixes musculares; 
 Células cilíndricas com 
filamentosque são 
denominados miofibrilas; 
 Núcleos periféricos; 
 Apresenta estriações 
transversais; 
 Tecido muscular ligado ao osso; 
Tecido Muscular 
74 
 
 Apresenta contração voluntária, 
rigorosa/forte e rápida. 
 
 
O musculo esquelético do nosso corpo, 
como por exemplo, bíceps e tríceps são 
organizados por feixes musculares 
(agrupamentos de células) que são 
envolvidos inteiramente por uma camada 
de tecido conjuntivo denominado EPIMÍSIO. 
Do epimísio são projetados septos de tecido 
conjuntivo que se dirigem para o interior do 
musculo, separando o mesmo em feixes 
musculares, neste momento esse tecido 
conjuntivo antes denominado de epimísio 
passa a se chamar PERIMÍSIO. Por 
conseguinte, do perimísio também são 
projetados septos que vão dirigir-se para o 
interior dos feixes musculares e envolver 
cada fibra individualmente, essa nova 
subdivisão deste tecido conjuntivo recebe o 
nome de ENDOMISIO. Essas camadas de 
tecido conjuntivo possuem funções 
importantes, pois, contribuem para que a 
força da contração se espalhe pelo músculo 
inteiro. Além disso, é através desse tecido 
conjuntivo que atravessam vasos linfáticos, 
nervos e vasos sanguíneos que penetram e 
formam uma rede de capilares que irrigam 
as fibras musculares. 
As fibras musculares do musculo 
esquelético apresentam miofibrilas com 
estriações transversais que são resultado da 
organização e repetição da unidade 
funcional do músculo que denominamos de 
SARCÔMERO, que são repetições de Z a Z 
(duas semibandas I, uma banda A e uma 
banda H). 
A faixa escura do sarcômero recebe o nome 
de banda A e possui no seu interior uma 
 
59 Google fotos 
faixa clara que recebe o nome de banda H. 
A parte clara recebe o nome de banda I e no 
seu centro encontra-se a linha Z. 
 Da linha Z partem filamentos finos (actina) 
que vão até a banda H. Os filamentos 
grossos (miosina) ocupam a região central 
do sarcômero. 
 
 Fibra muscular possui até 30 
centímetros e apresenta de 10 a 
30 micrômetros. 
 
AS MIOFIBRILAS FORMAM A FIBRA -
QUE SE ORGANIZAM EM FEIXES - QUE 
FORMAM O MÚSCULO. 
 
BANDA I: Apenas filamentos finos; 
BANDA A: Filamentos finos e grossos; 
BANDA H: Apenas filamentos finos. 
 
59 
 
75 
 
CONTRAÇÃO 
MUSCULAR 
As miofibrilas vão ser constituídas por quatro 
proteínas principais: MIOSINA, ACTINA, 
TROPOMIOSINA E TROPONINA, que vão realizar 
a contração do músculo através da saída do 
cálcio. 
O tecido muscular possui uma grande 
quantidade de retículo endoplasmático liso que 
se tornou especializado principalmente em 
células musculares no qual vamos chamar a 
partir de agora de RETÍCULO 
SARCOPLASMÁTICO que vai apresentar um 
importante papel para a contração muscular, 
pois, para que a mesma ocorra é necessário a 
disponibilidade de íons cálcio e esse retículo 
sarcoplasmático vai agir “sequestrando” cálcio 
do citosol. 
 
Passo a passo da 
contração muscular: 
1. O estímulo para a contração 
muscular é gerado por um impulso 
nervoso que se inicia na placa 
motora e se propaga pela 
membrana das fibras até atingir o 
retículo sarcoplasmático; 
2. As contrações das fibras 
esqueléticas são comandadas por 
nervos motores que se ramificam 
no tecido conjuntivo que envolve os 
feixes musculares e na região 
terminal do nervo onde o mesmo 
entra em contato com a fibra 
muscular, ocorre a perda da bainha 
de mielina e se forma uma pequena 
dilatação que se encaixa em 
depressões presentes nas fibras; 
3. Quando o impulso nervoso chega 
até o retículo sarcoplasmático o 
mesmo libera o cálcio; 
4. O cálcio é um íon que apresenta 
muita afinidade pela troponina “C”, 
dessa forma o cálcio de liga a essa 
proteína; 
5. Quando ocorre a ligação troponina 
“C” + cálcio, a troponina C puxa a 
tropomiosina; 
6. Em seguida devido a essa ligação é 
formado o complexo 
troponina/tropomiosina que vai 
liberar o sítio ativo da actina 
deixando o caminho livre para a 
miosina; 
7. As pontes cruzadas de miosina têm 
a função de ATPase e a mitocôndria 
libera ATP no sarcoplasma que vai 
ser quebrada pelo magnésio; 
8. Miosina se conecta ao sítio ativo da 
actina; 
9. Posteriormente, o magnésio ajuda 
a quebrar a molécula de ATP 
gerando energia para o músculo se 
contrair; 
10. Em seguida, outra molécula 
de ATP resulta na quebra da ligação 
da miosina com a actina; 
11. Para finalizar a contração o 
cálcio sai da troponina voltando 
para o retículo sarcoplasmático 
fazendo com que a troponina e a 
tropomiosina fechem o sítio ativo 
da actina. 
 
 
Sistema transversal 
76 
 
TÚBULO T 
 
Em fibras musculares mais calibrosas o 
processo de contração citado 
anteriormente seria uma onda de contração 
lenta e as miofibrilas periféricas irão se 
contrair antes das miofibrilas da região mais 
profunda do músculo. Porém, existe um 
sistema transversal ou sistema do túbulo T 
que é responsável por gerar uma contração 
muscular uniforme em cada fibra muscular. 
Esses túbulos T são formados como 
consequência de invaginações da 
membrana plasmática do músculo o 
sarcolema cujos ramos vão envolver as 
bandas I e A dos sarcômeros. Sendo assim, 
em cada lado do túbulo T vai existir a 
expansão ou cisterna terminal do retículo 
sarcoplasmático. 
 
A junção túbulo T + as 
duas expansões do 
retículo sarcoplasmático 
recebem o nome de 
tríade. 
MUSCULAR 
ESTRIADO CARDÍACO 
 
 Células alongadas e ramificadas; 
 Apresenta estrições; 
 Se unem por meio de discos 
intercalares; 
 Apresenta contração 
involuntária, vigorosa/forte e 
rítmica. 
 
As células do músculo estriado cardíaco se 
assemelham com as células do músculo 
estriado esquelético, por apresentarem 
estriações transversais. Porém, o músculo 
estriado cardíaco apresenta células com 
morfologia diferente, uma vez que não são 
multinucleadas, pois, são constituídas por 
apenas um ou dois núcleos e não 
apresentam núcleo na periferia, sendo o 
mesmo centralizado. 
No músculo cardíaco também iremos 
encontrar uma delgada camada de tecido 
conjuntivo que vai circundar as miofibras e 
receber o nome de endomísio. 
Uma característica exclusiva do tecido 
muscular cardíaco é a presença de junções 
comunicantes abertas denominadas de 
DISCOS INTERCALARES. Essas junções 
aparecem como linhas retas e exibem o 
formato de escadas, possuindo assim uma 
parte vertical e uma parte horizontal. 
Nos discos intercalares vamos encontrar 
zônulas de adesão, desmossomos e junções 
comunicantes que foram explicados no 
capítulo de tecido epitelial presente nesta 
apostila. 
A contração dessa musculatura ocorre da 
mesma forma da musculatura esquelética. 
Contudo, no músculo cardíaco o sistema T e 
o retículo sarcoplasmático não são bem 
organizados, apresentando apenas uma 
expansão de túbulo T ao invés de duas. 
Dessa maneira, no coração não são 
frequentes a observação de tríades e sim de 
díades. 
77 
 
Cabe pontuar ainda, que no coração vai 
existir células cardíacas modificadas que 
vão se acoplar a outras células da 
musculatura em questão e agirem de forma 
muito importante para a geração e 
condução do estímulo cardíaco. Sendo 
assim, as contrações das câmaras cardíacas 
ocorrem em uma determinada sequência. 
 
Muscular liso 
 Células unicelulares; 
 Formato fusiforme; 
 Núcleo centralizado; 
 Sem estriações; 
 Contração: involuntária e lenta. 
 
Hiperplasia: 
Aumento do número de fibras musculares; 
Hipertrofia: 
Aumento do tamanho/volume das fibras 
musculares. 
 
As células musculares lisas são revestidas 
por uma lâmina basal e são mantidas unidas 
através de uma rede de fibras reticulares, 
de maneira que a contração ocorra em 
todas as células deste tecido. Essas fibras 
reticulares funcionam como uma espécie de 
“corda” que amarra uma célula a outra. 
A contração desta musculaturase dá de 
forma distinta da contração apresentada 
anteriormente nos outros dois tipos de 
tecido muscular supracitados, pois, a 
musculatura lisa não apresenta sarcômeros 
como unidade funcional. 
Então, embora necessite das proteínas 
actina e miosina a contração irá ocorrer de 
forma diferente. 
 
Contração da 
musculatura lisa: 
1. Na musculatura lisa não existe 
retículo sarcoplamático; 
2. Sobre o estímulo do sistema 
nervoso autônomo, as moléculas de 
íons cálcio vão migrar do meio 
extracelular para o sarcoplasma 
através de canais próprios; 
3. Os íons cálcio se combinam com 
moléculas de proteínas 
denominadas calmodulinas, 
formando o complexo 
calmodulina+ cálcio e ativa a 
enzima quinase da cadeia de 
miosina II; 
4. A enzima quinase vai fosforilar a 
miosina II e essa molécula irá tomar 
a forma filamentosa e liberar os 
sítios ativos que tem atividade de 
ATPase e se combinam com a 
actina; 
5. A combinação dos sítios ativos com 
a actina libera energia do ATP, 
gerando o deslizamento dos 
filamentos de actina e de misosina 
II uma sobre a outra; 
6. As proteínas motoras (actina e 
miosina II) se encontram ligadas a 
filamentos intermediários de 
demisina e vimetina que se 
prendem aos corpos densos da 
membrana celular e promovem a 
contração como um tod
78 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tecido 
Nervoso 
79 
 
 
 
TECIDO NERVOSO 
 
 
 
 
 
Anatomicamente o sistema nervoso é 
dividido em dois: 
Sistema nervoso central 
(SNC): 
 Constituído por encéfalo e medula 
espinhal. 
Sistema nervoso 
periférico (SNP): 
Constituído por gânglios e nervos. 
Tecido Nervoso 
80 
 
 
Observando de um ponto de vista 
histológico o tecido nervo é composto por 
dois principais componentes, sendo eles os 
neurônios e as células da glia ou neuróglia. 
No SNC podemos observar uma segregação 
entre os corpos celulares dos neurônios e 
seus prolongamentos, o que visualmente 
observando pelo microscópio vai gerar uma 
divisão na qual vamos denominar de 
substância branca e substância cinzenta. 
 
A principal diferença histológica entre as 
duas substâncias é que na substância 
cinzenta estará presente os corpos celulares 
dos neurônios, alguns prolongamentos dos 
mesmos e células da glia. Outrossim, na 
substância branca não será possível 
identificar corpos celulares de neurônios, 
sendo visíveis apenas prolongamentos que 
determinadas vezes são envolvidos por um 
material branco denominado mielina que 
contribuem para a coloração desta 
substância e células da glia. 
Cabe pontuar ainda que, assim como as 
células musculares vistas no capítulo 
anterior, as células neuronais são 
consideradas excitáveis, uma vez que são 
responsáveis por responder a alterações 
provocadas no meio o qual se encontram. 
Dessa forma, os neurônios reagem a 
estímulos vindos do meio, e desencadeiam 
uma resposta específica através de um 
potencial elétrico que vamos denominar de 
impulso nervoso. A função deste impulso 
nervoso é justamente transmitir 
determinada informação para outras partes 
do corpo como, por exemplo, os músculos 
esqueléticos. 
No tecido nervoso também será presente o 
que chamamos de “atos de reflexo”, vamos 
supor que por falta de atenção você 
encostou sua mão em uma panela quente, 
rapidamente por meio dos atos reflexos 
você irá tirar a mão como forma de 
autodefesa, mesmo antes daquela 
informação ser processada. 
Posteriormente, em questão de 
milissegundos o estímulo produzido pela 
sensação de calor vai gerar uma informação 
que será recebida, transmitida, processada 
pelos neurônios e imediatamente será 
desencadeada uma resposta no SNC que 
levará você a interpretar aquele estímulo 
como doloroso. 
 
FUNÇÕES FUNDAMENTAIS DO SISTEMA 
NERVOSO 
81 
 
 Detectar, transmitir e analisar informações geradas pelo meio 
através de estímulos sensórias como: calor, luz, energia 
mecânica, modificações do meio externo e interno; 
 Organizar e coordenar de forma direta ou indireta a 
funcionalidade de praticamente todas as funções do nosso 
organismo. Sendo assim, é o SNC que controla condições como 
pressão sanguínea e teor de glicose. 
 
 
Neurônios 
 
FUNÇÃO: 
Transmissão – Recepção – Processamento; 
COMPONENTES PRINCIPAIS: dendritos, 
corpos celular e axônio. 
TIPOS DE NEURONIOS: 
MOTOR: leva informações do SNC para os 
órgãos alvo; 
SENSORIAL: recebe estímulos vindos do 
meio e transmite para o SNC; 
INTERNEURONIO: estabelece uma conexão, 
recebe a informação de um neurônio e 
repassa para outro neurônio. 
 
 
Corpo celular: 
Pode receber estímulos e coordenar todas 
as atividades dos neurônios. Vai agir como 
centro trófico do neurônio, PORÉM 
TAMBÉM CONSEGUE RECER E INTEGRAR 
ESTÍMULOS. No corpo celular encontra-se o 
citoplasma do neurônio que é rico em 
retículo endoplasmático rugoso, que forma 
diversas cisternas ao redor do núcleo e 
diversos polirribossomos livres. Ambos 
resultam na formação de corpúsculos que 
denominamos corpúsculos de Niss. 
 
Dendritos: 
Os dendritos se assemelham com galhos de 
árvores e ficam cada vez mais finos a 
medida que se ramificam. São responsáveis 
por receber os diversos estímulos vindos 
dos axônios de outros neurônios. A porção 
terminal dessas estruturas apresentam 
projeções pequenas que são denominadas 
de gêmulas ou espinhas. 
Axônio: 
Cada neurônio do tecido nervoso contém 
apenas um axônio e na maioria dos casos 
esse axônio é maior que os dendritos da 
própria célula. Esta estrutura se origina de 
82 
 
outra estrutura piramidal intitulada de cone 
de implantação. Além disso, axônios de 
neurônios mielinizados terão o seu início 
denominado de porção inicial, paralelo a 
isso a porção final do neurônio recebe o 
nome de telodrendo. Assim como os 
dendritos se ramificam, o axônio pode se 
ramificar em um ângulo reto e formar o que 
chamamos de prolongamentos colateriais 
do axônio. 
 
 
 
 
CÉLULAS DA GLIA 
 
No tecido nervoso é presente diversos tipos 
celulares com funções distintas que se 
encontram ao lado do neurônio. 
Nas lâminas histológicas cordas por 
hematoxilina-eosina (HE), essas células não 
são bem visíveis, conseguimos observar 
apenas os seus núcleos. 
Calcula-se que no SNC é presente 10 células 
da glia para cada neurônio existente. Dessa 
forma, além de proporcionar um ambiente 
adequado para os famosos neurônios as 
células da glia também irão apresentar 
funções específicas. 
 
 
 
 
 
83 
 
OLINGODENDRÓCITOS 
 São responsáveis pela produção da bainha de mielina nos neurônios do SNC; 
 Possuem prolongamentos que se enrolam ao redor do axônio do neurônio produzindo 
a bainha de mielina que funciona como isolante elétrico. 
 
CÉLULAS DE SCHWAN 
 Possuem a mesma função dos oligondrendóciotos, porém produzem a bainha de 
mielina nos neurônios do SNP. 
 
ASTRÓCITOS 
 São células em forma de estrela que ligam os neurônios a capilares sanguíneos e a pia-
máter; 
 Astrócitos protoplasmáticos: possuem maior número de prolongamentos e se 
encontram principalmente na substância cinzenta; 
 Astrócito fibroso: possuem menor número de prolongamentos e se localizam na 
substância branca. 
 FUNÇÕES: 
Sustentação – controle da composição iônica e molecular do meio extracelular – possuem 
receptores para noreprefina – absorve os excessos de neurotransmissores – sintetizam 
moléculas neurativas. 
 Se comunicam através de junções comunicantes. 
 
CÉLULAS EPENDIMÁRIAS 
 Possuem a função de revestimento; 
 São encontradas revestindo os ventrículos cerebrais e o canal medular; 
 Em alguns locais possuem cílios que ajudam na movimentação do líquido 
cefalorraquidiano. 
 
MICRÓGLIA 
 Célula de defesa por fagocitose; 
 Participam da inflamação e da reparação do sistema nervoso; 
 São derivadas de células precursoras que migram da medula óssea pelosangue; 
 São conhecidas como “macrófago” do sistema nervoso.
84 
 
 
 
Vamos 
praticar? 
 
 
 
Todo estudante deve ter em mente a importância das atividades no 
processo de aprendizagem. Dessa forma, a fim de testar os seus 
conhecimentos adquiridos sobre o assunto estudado neste capítulo, 
preparamos um exercício complementar. Basta apontar a câmera do seu 
celular para o QR CODE abaixo 
 
 
 
 
 
 
85 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tecido 
Sanguíneo 
86 
 
 
INTRODUÇÃO AO TECIDO SANGUÍNEO 
 
O sangue se encontra contido no que vamos chamar de sistema circulatório, onde o mesmo mantém o 
movimento unidirecional e regular. Vai apresentar como componentes: o plasma, que vai compor 49% do 
sangue, é uma substância aquosa onde é possível encontrar componentes de pequeno e de elevado peso 
molecular, sendo suas principais proteínas as albuminas, as alfa, beta e gemaglobulinas, as lipoproteínas 
e as proteínas que participam da coagulação do sangue, como protombina e fibrinogênio. Além disso, 
teremos como componentes do sangue os eritrócitos 50%, plaquetas e leucócitos 1%. 
 
 
Tecido Sanguíneo 
87 
 
PRINCIPAIS FUNÇÕES DO SANGUE 
 
 Atua como meio de transporte para o oxigênio, co2, nutrientes e metabólitos dos locais de 
síntese de absorção; 
 Participa na distribuição do calor, no equilíbrio ácido – base e no equilíbrio osmótico dos tecidos; 
 Auxilia as células a realizarem o processo de diapedese dos vasos para os tecidos. 
 
 
HEMOGRAMA COMPLETO 
 
O hemograma completo é um exame que avalia as células sanguíneas de um paciente, tanto da série 
branca (leucócitos), quanto da série vermelha (hemácias). O exame usa como base os parâmetros de 
referência. Estes parâmetros por sua vez, são obtidos tendo como base a população o qual o laboratório 
atende. Sendo assim, os parâmetros de referência dos dois laboratórios podem ser distintos pois, ambos 
atender um perfil de paciente. Abaixo segue o modelo de exame de hemograma completo com os 
elementos analisados da série vermelha e seus parâmetros de referência. 
60 
 
O que significa cada parâmetro? 
 RDW = O RDW, nos informa se existe ou não, no sangue analisado, diferença de tamanho entre 
as hemácias. Dessa forma, se torna um parâmetro útil para diferenciar anemias. 
 VCM = HEMOGLOBINA CORPUSCULAR MÉDIA, é um índice presente no hemograma que indica 
a média do tamanho das hemácias. Ajuda na observação do tamanho das hemácias e no 
diagnóstico de anemia. 
- MICROCÍTICA = hemácia pequena; 
- MACROCÍTICA = hemácia grande. 
 CHCM = CONCENTRAÇÃO DE HEMOGLOBINA CORPUSCULAR MÉDIA, quando este parâmetro se 
encontra alto no hemograma significa que há mais hemoglobina que o normal dentro dos 
glóbulos vermelhos, logo essa célula fica mais escuro, sendo denominada de hipercrómica. 
 
60 Habilitação em análises clínicas – curso de biomedicina: disciplina de hematologia clínica - unichristus 
88 
 
DEFINIÇÕES DO HEMOGRAMA COMPLETO 
 
 Hematrócrito = volume em porcentagem ocupado pelos glóbulos vermelhos, em relação ao 
volume total de sangue; 
 Anisocitose = diferença no tamanho dos glóbulos vermelhos; 
 Normocrômica = coloração da célula se encontra em estado normal; 
 Hipercrômica = aumento na coloração dos glóbulos vermelhos, reflete no aumento da 
concentração de homoglobina; 
 Hipocrômica = redução na coloração dos glóbulos vermelhos, reflete na diminuição das 
hemoglobinas. 
 Microcitose = diminuição do tamanho dos glóbulos vermelhos – anemia por deficiência de ferro; 
 Macrocitose = aumento no tamanho dos glóbulos vermelhos – anemia por deficiência de folato 
e B12 
 Anisocromia = presença de células vermelhas com variações de tamanhos. 
 
ANEMIA 
 
 Anemia falciforme = hemácia em formato de foice; 
 Anemia ferropriva = falta de ferro; 
 Anemia perniciosa = deficiência de B12; 
 Anemia aplásica = diminuição na produção de células; 
 Anemia megaloblástica = tamanho anormal de glóbulos vermelhos e diminuição de glóbulos 
brancos e plaquetas. 
ESFREGAÇO SANGUÍNEO 
 
É a extensão de uma fina camada de sangue sobre uma lâmina, que após corada é analisada no 
microscópio e é feito sempre há solicitação do hemograma ao paciente. Tem como objetivo 
analisar a morfologia das células, fornece informações sobre a ativação do número de leucócitos 
e plaquetas, investigar problemas hematológicos, distúrbios encontrados no sangue e presença 
de eventuais parasitas. 
 
 
61 62 
 
61 Google fotos 
62 Google fotos 
89 
 
 
 
MORFOLOGIA E FUNÇÃO DOS ERITRÓCITOS/HEMÁCIAS 
 
 
 Disco bicôncavo; 
 Anucleada; 
 Centro da células mais claro em relação as extremidades; 
 Presença de hemoglobina; 
 Não apresenta mitocôndrias; 
 Elemento mais abundante do sangue; 
 Hematócrito = exame que avalia as hemácias. 
MORFOLOGIA E FUNÇÕES DAS PLAQUETAS 
 
 
 63 64 
 As plaquetas são fragmentos de megacariócitos (células presentes na medula óssea); 
 Anucleadas; 
 Medem de 1,5 a 3,0 micrômetros de diâmetro; 
 Circulam no sangue com formato de disco achatado quando não estimuladas; 
 Agem na coagulação do sague, ou seja, formação de coágulo; 
 Atua na reparação das paredes dos vasos sanguíneos. 
 
 
63 Google fotos 
64 Google fotos 
Responsável por transportar 
oxigênio (principalmente) e o 
gás carbônico aos tecidos. 
90 
 
 
MORFOLOGIA E FUNÇÕES DOS LEUCÓCITOS 
 
65 
NEUTRÓFILOS: 
 
 CÉLULA PORLIMORFONUCLEADA (2 A 5 LÓBULOS); 
 BASTONETES = NEUTRÓFILOS JOVENS; 
 PRIMEIRA LINHA DE DEFESA DO SISTEMA IMUNE (INATA); 
 FAGOCITOSE E OPCIONIZAÇÃO – DEMONSTRA O MICROORGANISMO PARA AS 
CÉLULAS DE DEFESA. 
EOSINÓFILOS: 
 POSSUI GRANULOS CORADOS COM EOSINA (ROSA); 
 NÚCLEO BILOCULAR (DOIS LÓBULOS); 
 ATUA NA DEFESA CONTRA PARAITAS, PROCESSOS INFLAMATÓRIOS CRÔNICOS E REAÇÕES 
ALERGICAS; 
BASÓFILO: 
 NÚCLEO IMPERCEPTÍVEL DEVIDO A GRANDE QUANTIDADE DE GRÂNULOS; 
 MEDIADORES INFLAMATÓRIOS; 
 ATUA EM REAÇÕES ALERGICAS; 
 HEPARINA E HISTAMINA = QUIMIOTAXIA (CHAMA OUTRAS CÉLULAS). 
LINFÓCITOS: 
 ATUA NA DEFESA IMUNOLÓGICA (ADQUIRIDA); 
 POSSUEM ÚCLEO ESFÉRICO; 
 RETORNAM DO SANGUE PARA O TECIDO; 
 NÚCLEO OCUPA MAIOR PARTE DO SEU CITOPLASMA. 
 
65 Habilitação em análises clínicas – curso de biomedicina: disciplina de hematologia clínica - unichristus 
91 
 
MONÓCITOS: 
 NÚCLEO EM FORMA DE RIM (2 A 3 NÚCLEOLOS); 
 DENOMINA-SE MACRÓFAGO QUANDO PRESENTE NO TECIDO CONJUNTIVO; 
 REALIZA FAGOCITOSE E QUIMIOTAXIA; 
 NÚCLEO EM FORMATO DE LETRA “C”. 
 
 Os leucócitos possuem a função de proteger o organismo contra infecções; 
 São classificados em granulócitos (com grânulos) ou agranulócitos (sem grânulos); 
 Possuem origem da medula óssea e tecidos linfoides; 
 Sofrem quimiotaxia, ou seja, são atraídos por citocinas liberadas em sítios inflamatórios. 
 
 
 
 
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 Sistema 
Imunitário 
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INTRODUÇÃO AO SISTEMA IMUNE 
 
 Defesa contra microrganismos invasores e toxinas; 
 Reconhece células estranhas (malignas); 
 Formado por órgãos linfáticos e células imunitárias (leucócitos). 
 
 
CÉLULAS IMUNITÁRIAS 
 
 Vão distinguir moléculas do nosso próprio corpo (self) de moléculas estranhas (no-self); 
 Moléculas consideradas estranhas: vírus, bactérias, fungos, células malignas... 
 Células de defesa são produzidas na medula óssea; 
 Vão se diferenciar em vários tipos celulares

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