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1 2 Sumário Apresentação autores......................................................................................04 Introdução a histologia..................................................................................05 Microscopia óptica.........................................................................................07 Embriologia..............................................................................11 Tecido epitelial.....................................................................................32 Tecido conjuntivo.................................................................................43 Tecido ósseo........................................................................................58 Tecido cartilaginoso.............................................................................67 Tecido muscular...................................................................................72 Tecido nervoso....................................................................................78 Tecido sanguíneo.................................................................................85 Sistema imunitário.................................................................................92 Sistema respiratório............................................................................100 Sistema digestório...............................................................................108 Referências.............................................................................115 3 PREFÁCIO A iniciativa para elaboração desta apostila surgiu devido ao projeto de extensão de iniciação à docência ofertado pelo Centro Universitário Unichristus (Fortaleza- CE), quando começamos a lecionar a disciplina de Histologia e Embriologia Geral, em agosto de 2020 até julho de 2021. A apostila foi feita por meio de uma parceria acadêmica entre as monitoras: Jhennefy Lima silva Costa Torres, Lara Araújo Simões Rosa, Yane Maria Coelho Sales e a professora coordenadora: Carolina Teófilo. O intuito deste material é proporcionar aos futuros alunos do primeiro semestre um meio de estudo com uma linguagem facilitada que auxilie no desenvolvimento do processo de ensino/aprendizagem, tomando mão de recursos híbridos onde os alunos terão a oportunidade de aprender de maneira mais dinâmica através de QR CODES distribuídos ao decorrer da apostila. A apostila, juntamente com os anexos de mapas mentais e o caderno de desenho foram utilizados como projeto de finalização de monitoria apresentado no congresso integrado no segundo semestre de 2021, no Centro Universitário Unichristus. Dessa forma, apresentamos a vocês, estudantes do curso de odontologia e demais cursos da área de saúde, um material didático, com resumos dos principais assuntos cobrados no disciplina de histologia e embriologia geral, com QR CODES de atividades e flash cards anexados ao final de cada resumo. 4 5 O que é a histologia? O termo histologia foi usado pela primeira vez em 1819 por Mayer que fez a conjugação do termo histos = tecido e logos = estudos; É uma ciência que abrange a parte da biologia responsável pelo estudo dos tecidos que compõem os organismos. Na área da saúde o conhecimento sobre a histologia humana torna possível diagnosticar possíveis doenças, uma vez que, se conhecendo o tecido saudável é possível compara com o tecido acometido por alguma alteração. Métodos de estudo Para que seja possível o estudo dos tecidos do organismo é necessário realizar um preparo histológico permanente (lâmina). Para o preparo de uma lâmina histológica utiliza-se cortes de tecido que são submetidos a procedimentos de fixação e coloração. As fases de preparo de lâmina são divididas nas seguintes etapas: coleta da amostra, fixação, desidratação, clarificação, inclusão, microtomia (corte) e coloração; Entre os corantes mais usados para a preparação de lâminas histológicas podemos citar a hematoxilina e eosina (HE); Depois de preparadas, as lâminas são levadas para observação através do microscópio que geralmente é o óptico, modelo utilizado por você no laboratório de microscopia da sua universidade. 6 Tecido No organismo humano são encontrados diversos tipos de tecidos, que podem ser definidos como conjuntos de células que apresentam a mesma função geral e a mesma origem embrionária. Com o advento da microscopia, foi possível agrupar os tecidos biológicos em quatro tipos fundamentais, denominados de: TECIDO EPITELIAL, TECIDO CONJUNTIVO, TECIDO MUSCULAR E TECIDO NERVOSO. 7 Microscopia óptica 8 Devido a importância do ser humano conseguir enxergar a morfologia celular para realizar seus estudos, foi criado em 1590 os primeiros microscópios. Com o tempo diversas adaptações foram feitas, onde foi presente a colaboração de vários cientistas, dentre eles Marcello Malpighi, Antoni Van Leeuwenhoek, Galileu Galileia e Robert Hooke. Atualmente, existem variados tipos de microscópio, no decorrer deste capítulo iremos estudar sobre a anatomia do microscópio de luz e seu componentes fundamentais. Microscopia 9 Suporte Base Sustenta o corpo do microscópio; Braço Sustenta o tubo do microscópio e se articula com a base. Além disso, é nessa estrutura onde iremos encontrar as demais partes do microscópio; Canhão ou tubo Peça giratória. Apresenta espelhos que serão responsáveis por projetar a imagem em direção as oculares; Revólver Local onde são fixadas as objetivas, apresenta movimento de rotação permitindo o posicionamento da objetiva desejada; Mesa ou Platina Mesa em miniatura com orifício central para a passagem de luz. Além disso, é o local onde será depositada a lâmina a ser observada; Parafuso macrométrico Botão giratório que proporciona movimento amplos para a platina/mesa. Primeiro a ser utilizado, se tornando útil para focalização inicial. Deve ser manipulado apenas da objetiva de 4x; Parafuso micrométrico Botão giratório que proporciona movimentos mais delicados para a platina/mesa. Sendo útil para a focalização final da lâmina. Parafuso condensador Utilizado para baixar e levantar o condensador Charriot Composto por uma presilha, dois botões giratórios e dois trilhos que apresentam a função de movimentar a lâmina no plano horizontal; Fonte de luz Fornece raios luminosos; Condensador Conjunto de lentes que concentram e fornecem a luz necessária à iluminação do objeto de estudo. Diafragma Responsável por restringir o diâmetro dos feixes luminosos; Filtros Feitos de vidro colorido, servem para absorver parte da radiação luminosa; Lentes Objetivas Projetam uma imagem aumentada do material de estudo. Sendo assim, ela projeta uma imagem real e invertida da lâmina observada. Elas podem oferecer o aumento de 10x, 20x, 40x e 100x. Sendo as objetivas de 100x sempre sobre imersão do óleo de cedro. Lentes Oculares Projetam uma imagem aumentada do material de estudo. São encontradas próximo ao olho do observador e aumentam a imagem já aumentada das objetivas. Dessa forma, deve-se sempre multiplicar o valor das objetivas pelo valor da ocular para obter o percentual de aumento. 10 Todo estudante deve ter em mente a importância das atividades no processo de aprendizagem. Dessa forma, afim de testar os seus conhecimentos adquiridos sobre o assunto estudado neste capítulo, preparamos um exercício complementar. Basta apontar a câmera do seu celular para o QR CODE abaixo Vamos praticar? 11 Embriologia12 EMBRIOLOGIA Embriologia é o estudo do processo de desenvolvimento humano, esta área de conhecimento é dividida para melhor compreensão em 8 semanas evolutivas, iniciando-se com a fecundação que ocorre na tuba uterina. PRIMEIRA SEMANA 1 1 Imagem do autor Embriologia 13 A primeira semana do desenvolvimento embrionário se inicia com a fertilização, processo na qual o gameta masculino o ESPERMATOZOIDE se une com o gameta feminino o OVÓCITO, resultando na formação de uma célula denominada ZIGOTO. O ZIGOTO contém informações genéticas provenientes da mãe e do pai. O mesmo divide-se muitas vezes e se transforma progressivamente em um ser humano multinucleado, através da divisão, migração, crescimento e diferenciação celular. Na primeira semana de desenvolvimento, quando o ESPERMATOZOIDE entra em contato com o gameta feminino, o acrossoma (cabeça do espermatozoide) libera uma enzima nomeada “hialuronidase” que tem como função separar as células foliculares presentes na CORONA RADIATA, que é uma estrutura que funciona como barreira protetora ao redor do ovócito e consiste em duas ou três camadas de células foliculares. Sendo assim, o espermatozoide precisa vencer essa barreira física para penetrar o ovócito. 2 O espermatozoide abre caminho pela corona radiata até alcançar a ZONA PELÚCIDA, onde o acrossoma novamente irá liberar enzimas que resultam na lise desta zona, gerando um caminho para o espermatozoide chegar até o ovócito. No momento em que um espermatozoide consegue ultrapassar a zona pelúcida, vai ocorrer um evento conhecido como reação zonal, onde ocorre uma mudança nas propriedades da zona pelúcida e a mesma se torna impermeável para outros espermatozoides. 2 Google fotos 14 Posteriormente, após a entrada do espermatozoide a membrana presente no ovócito e a membrana presente no espermatozoide se unem e há o rompimento no local da fusão, neste momento a cabeça e o flagelo do espermatozoide em questão movem-se no citoplasma do ovócito deixando sua membrana no exterior. 3 Antes da penetração do espermatozoide o ovócito se encontrava em repouso na sua divisão celular meiótica, porém após a penetração do espermatozoide, o ovócito completa sua divisão e se torna um ovócito maduro. Dessa forma, o núcleo do ovócito maduro torna-se o pro núcleo feminino e dentro do citoplasma do ovócito o núcleo do espermatozoide aumenta de tamanho formando o pro núcleo masculino, e sua cauda é perdida. Os dois pro núcleos irão se fundir e se preparar para divisão mitótica, onde ocorrerá a combinação dos 23 cromossomos masculinos e os 23 cromossomos femininos, resultando em um zigoto com 46 cromossomos. Este processo de fertilização termina em 24 horas após a ovulação feminina. 3 Google fotos 15 4 FERTILIZAÇÃO: nome que se dá quando o espermatozoide penetra o ovulo maduro. OVULAÇÃO: processo de liberação de um óvulo do ovário ocasionado pelas alterações hormonais na qual ocorre uma vez durante o ciclo menstrual. 44 Google fotos 16 CLIVAGEM 5 Após a fertilização o zigoto resultante vai seguir em direção ao útero para a iniciação do processo denominado CLIVAGEM. A clivagem ocorre cerca de 30 horas após a fertilização e normalmente ocorre enquanto o zigoto avança pela tuba uterina em direção ao útero. Esse processo consiste em várias divisões mitóticas, marcando a etapa inicial do desenvolvimento embrionário. Cabe pontuar, que essas divisões mitóticas acontecem sem que ocorra o aumento de volume celular, pois até o momento ainda é existente a presença da zona pelúcida que funciona como um limitador de tamanho. Como não ocorre o crescimento celular entre uma divisão e outra as células resultantes dessas clivagens recebem o nome de BLASTÔMEROS. Inicialmente o zigoto se divide em dois blastômeros, depois em quatro, em oito e assim por diante, esses blastômeros se tornam cada vez mais numerosos e menores, e à medida que se dividem eles ficam cada vez mais unidos entre si, então esse zigoto quando atinge o estágio de mais ou menos 16 blastômeros ele passa a ser chamado de MÓRULA, pois o seu formato recorda a fruta amora. Essa mórula é formada três dias após a fertilização e é nesse estágio que o embrião chegará ao útero. Quando a mórula chega até o útero, vai ocorrer a blastogênese, é o processo na qual o líquido presente no útero começa a adentrar na mórula, a infiltrar nesse embrião em formação e esse líquido começa a ocupar a parte central do embrião e consequentemente começa a afastar as células para a periferia, nesse momento o embrião começa a ter liberdade para crescer, pois a zona pelúcida que funcionava como limitadora de tamanho começa a se degenerar. 5 Google fotos 17 6 O espaçamento dos blastômeros que compõem a mórula, decorrente da infiltração do líquido da cavidade uterina, não se dá de maneira uniforme, tendo assim uma determinada área com acúmulo de blastômeros, nesse momento é existente a presença de dois tipos de blastômeros formando o embrião. Uma camada mais externa denominada TROFOBLASTO, que dará origem a parte embrionária da placenta, e uma massa celular interna denominada EMBRIOBLASTO, que dará origem ao embrião propriamente dito. Nesse momento o embrião passará a ser chamado de blastocisto. 7 Com seis dias após a fertilização esse blastocisto irá prender-se ao epitélio endometrial, após esse momento o trofoblasto começa a se proliferar rapidamente, criando projeções que se infiltram no endométrio. O trofoblasto começa a se proliferar e divide-se em duas camadas distintas: CITOTROFOBLASTO camada interna de células e SINCICIOTROFOBLASTO camada externa de células, que é uma estrutura multicelular que vai apresentar sinusóides (invaginações). Nesse período também é existente a presença de muitos vasos sanguíneos, além disso, esse sinciciotrofoblasto é importante por ser responsável pela produção do hormônio HCG que penetra no sangue 6 Google fotos 7 Google fotos 18 materno pelas lacunas dos sinusóides, posteriormente, ao final da primeira semana aparece uma camada de células cuboides, que são nomeadas como hipoblasto. 8 Cabe ressaltar ainda, que ao fim da primeira semana de desenvolvimento embrionário, este blastocisto se encontra implantado superficialmente no endométrio do útero, concluindo sua implantação ao fim da segunda semana de desenvolvimento. SEGUNDA SEMANA 9 8 Google fotos 9 Google fotos 19 10 Iniciamos a segunda semana de desenvolvimento com fase de blástula e diferenciação celular. Nesta segunda semana evolutiva, o embrião irá dá continuidade ao seu processo de implantação Com o avanço desta implantação do blastocisto, irá surgir uma pequena cavidade na massa chamada de CAVIDADE AMNIÓTICA. E o embrioblasto (massa celular interna) passa por algumas mudanças e forma uma PLACA BILAMINAR de células. Então, terá o surgimento de um disco embrionário bilaminar formado pelo EPIBLASTO: camada mais espessa, constituída de células colunares voltadas para a cavidade amniótica e uma camada denominada HIPOBLASTO constituída de células pequenas e cuboides, voltadas para a cavidade blastocistica. 10 Google fotos 20 11 12 Progressivamente, algumas células do epiblasto irão se separar e se organizar para formar uma membrana delgadachamada de âmnio que tem como função envolver a cavidade amniótica. Paralelamente outras células migram do hipoblasto e formam a membrana exocelômica que reveste a cavidade blastocistica e a superfície interna do citotrofoblasto, consequentemente essa cavidade blastocistica juntamente com essa membrana recém-formada vai resultar na formação do saco vitelino primitivo, que vai nutrir aquele embrião em formação. Células do endoderma do saco vitelino irão dá origem a uma camada de tecido conjuntivo frouxo denominado mesoderma extra-embrionario que envolve o âmnio e o saco vitelino. A 11 Google fotos 12 Google fotos 21 medida que ocorre progressivas mudanças no trofoblasto e no endométrio, o mesoderma extraembrionário aumenta e espaços isolados surgem então, rapidamente vão se fundir e formar o celoma extraembrionário. Esse celoma vai dividir o mesoderma extraembrionário em duas camadas. O mesoderma somático extraembrionário: forra o trofoblasto e reveste o âmnio e mesoderma esplâncnico: que vai envolver o saco vitelino. O mesoderma extraembrionário e o trofoblasto formam o córion. Nesse momento o embrião com 14 dias ainda tem a forma de um disco embrionário bilaminar (hipoblasto e epiblasto), e a cavidade amniótica e vitelina se encontram comprimidas uma contra a outra e suspensos por um pedículo do embrião. 13 O fim da segunda semana é caracterizado pelo surgimento de vilosidades coriônicas primárias e pela presença do saco coriônico, que é a membrana mais externa desse embrião, formada pela junção do citotrofoblasto, sinciciotrofoblasto e mesorderma somático extraembrionário. Ao fim da segunda semana é visível um saco embrionário com duas cavidades que são separadas por um disco bilaminar de células, as cavidades são: a cavidade amniótica e o saco vitelino. Finalizando essa segunda semana de desenvolvimento, vamos iniciar a terceira semana que é marcada pelo surgimento da linha primitiva, o desenvolvimento da notocorda e diferenciação das camadas germinativas que vão formar o disco embrionário trilaminar. 13 Google fotos 22 TERCEIRA SEMANA Podemos dividir essa terceira semana em dois eventos principais, a neurulação e a gastrulação. GASTRULAÇÃO: é a migração e reorganização celular, vai marcar o início da morfogênese, ou seja, a formação das estruturas corpóreas do embrião, o desenvolvimento da forma de vários órgãos e partes do corpo. Na gastrulação são formadas 3 camadas germinativas sendo elas: ectoderma, mesoderma e endoderma. O processo de gastrulação se inicia com o aparecimento da linha primitiva, que é uma linha que surge na camada celular denominada de epiblasto e é o primeiro sinal desta gastrulação, responsável por ordenar a formação das camadas que formaram o feto, esta linha primitiva começa a se formar quando as células do epiblasto começam a se proliferar e se dirigir para o plano mediano do disco embrionário, isso gera uma elevação do epiblasto em um dos polos embrionários que passa a ser identificado como polo caudal do embrião. 14 Dessa forma, uma das consequências do surgimento dessa linha primitiva, é que agora conseguimos identificar um eixo no embrião, determinando uma extremidade caudal onde está surgindo a linha primitiva e uma extremidade oposta no sentido para onde a linha primitiva cresce que é denominada extremidade cranial. Além disso, essa face onde surge a linha primitiva determina a região dorsal do embrião. 14 Google fotos 23 Nessa linha primitiva ocorrerá a movimentação de células que vão acumular-se ao redor da linha primitiva resultando em um sulco primitivo ao longo da mesma. Essa linha primitiva vai crescer para o sentido cranial e no ponto mais alto dessa linha em crescimento vamos encontrar o nó primitivo, porém nesse nó também vai ser encontrada uma pequena depressão que recebe o nome de fosseta primitiva. Este nó primitivo ou nó de hensen é uma estrutura de grande importância, pois, é aonde as células presentes no epiblasto vão dá origem a notocorda. 15 As células que estão formando a linha primitiva, começam a migrar e ocupar um espaço entre o epiblasto e hipoblasto, essas células são denominadas células mesenquimais e vão formar o mesoderma embrionário, mais que isso, essas células migram mais fundo e começam a substituir as células do hipoblasto então, esse hipoblasto deixa de existir e é formado o endoderma embrionário e o epiblasto passa a formar o ectoderma. O processo notocordal é um aglomerado de células do mesoderma que se localiza, logo acima do nó primitivo, esse processo notocordal começa a desenvolver uma luz, uma região aberta no meio dele que tem continuidade com a fosseta primitiva. 15 Google fotos 24 16 O processo notocordal vai se desenvolver até a placa pré cordal e posteriormente o seu assoalho do canal notocordal vai se fundir com o endoderma, essas células da placa notocordal vão começar a se proliferar iniciando da região cefálica e vão formar um novo tubo de células, quando esse processo finaliza teremos a formação da famosa notocorda. O endoderma subjacente se separa da notocorda e forma uma camada contínua. A notocorda é uma estrutura importante para orientar a formação do feto, define o eixo do embrião, é base para a formação do esqueleto axial e indica o local dos futuros corpos vertebrados e formação do sistema nervoso central. 16 Google fotos 25 17 18 17 Google fotos 18 Google fotos 26 19 Além disso, essa notocorda se estende até a placa precordal que futuramente será a cavidade oral, que é uma estrutura que se forma ao final da terceira semana. Então essa linha primitiva vai formar tudo que se encontra no embrião, ela vai começar a produzir células mesenquimais e a camada do epiblasto passará a ser chamada de ectoderma. Algumas dessas células desse epiblasto deslocam o hipobasto e forma o endoderma do embrião, sucessivamente, as mesmas células mesenquimais produzidas pela linha primitiva vão se organizar em uma terceira camada denominada mesoderma intraembrionário. Na região de polo cefálico e polo caudal o disco ainda permanece bilaminar com a junção de ectoderma e endoderma, o polo cefálico recebe o nome de placa pré cordal e é onde posteriormente será formada a membrana bucofaringea que no futuro será a cavidade oral, e no polo caudal vai ser formada a membrana cooaclal, local do futuro ânus. Os eventos presentes até agora são de alta importância para a formação de estruturas fundamentais do corpo como o sistema cardiovascular que inicia sua formação na terceira semana e o sistema nervoso. Ainda na terceira semana de desenvolvimento, além da gastrulaçao será evidente outro evento importante do desenvolvimento que denominamos de neurulação. 19 Google fotos 27 NEURULAÇÃO: a partir do momento que se forma a notocorda, as células da notocorda começam a secretar moléculas sinalizadoras, essas moléculas vão induzir o ectoderma que está acima da notocorda a se espessar formando a PLACA NEURAL então, a placa neural nada mais é que um espaçamento do ectoderma até o momento só será existente onde tem notocorda, porém depois essa placa vai ultrapassar a notocorda. 20 Sucessivamente a placa neural começa a invaginar formando um sulco neural com pregas neurais nas laterais. Um grupo de células ao redor da placa neural vãose diferenciar para formar a CRISTA NEURAL, à medida que as pregas neurais vão se aproximando as células que irão formar a crista neural vão se acumulando. 21 Até o fim da terceira semana essas pregas vão se unir formando o TUBO NEURAL, essa nova estrutura vai dá origem ao encéfalo e a medula espinhal, e a crista neural formará os gânglios espinhais, o gânglio de alguns nervos cranianos e contribuem para formação da pia mater e aracnoide. 20Google fotos 21 Google fotos 28 22 Para finalizar essa semana evolutiva, o mesoderma está dividido em três partes e uma delas conhecida como mesoderma paraxial se diferenciará e formará os sômitos que são estruturas que dão origem a maior parte do esqueleto axial e aos músculos associados. QUARTA SEMANA QUATRO PARES DE ARCOS FARÍNGEOS; BROTOS DOS MEMBROS INFERIORES; EMINÊNCIA CAUDAL; SURGIMENTO DOS SISTEMAS E ORGÃOS; ENCURVATURA DO EMBRIÃO POR CONSEQUÊNCIA DO APARECIMENTO DAS PREGAS CÉFALICA E CAUDAL; EMBRIÃO EM FORMATO DE “C”; PRIMEIRO ARCO FARÍNGEO – PROCESSOS MAXILARES E MANDIBULARES; SEGUNDO ARCO FARÍNGEO – HIÓDEO; CONTINUAÇÃO DA FORMAÇÃO DO CORAÇÃO PRIMITIVO QUE JÁ COMEÇA A BOMBEAR SANGUE. 22 Google fotos 29 QUINTA SEMANA RÁPIDO DESENVOLVIMENTO DO ENCÉFALO; PROEMINÊNCIAS FACIAIS; PEQUENAS MODIFICAÇÕES NA FORMA DO CORPO; FORMATO MAIS HUMANÓIDE; FORMAÇÃO DOS BROTOS DOS MEMBROS INFERIORES E SUPERIORES; INÍCIO DA FORMAÇÃO DOS RINS; RIM PRIMITIVO AINDA SE DESENVOLVENDO; SEMANA QUE PODE OCORRER AS FISSURAS LABIOPALATINAS. SEXTA SEMANA OLHOS E PROCESSOS MAXILARES MIGRAM PARA FRENTE DA FACE; FORMAÇÃO DOS MEMBROS SUPERIORES E INFERIORES (TÉRMINO DA FORMAÇÃO NA SÉTIMA SEMANA); FORMAÇÃO DAS EMINÊNCIAS AURICULARES QUE DARÃO ORIGEM AOS OUVIDOS; JÁ TEM PÁLPEBRA E PIGMENTAÇÃO DA IRIS; TÉRMINO DA FUSÃO DOS PROCESSOS MAXILARES, COM PROEMINÊNCIA NASAL LATERAL; LÁBIO É COMPOSTO POR PROCESSO NASAL MEDIAL E DOIS SEGMENTOS LATERAIS DOS MAXILARES. SÉTIMA SEMANA FORMAÇÃO DO CANAL VITELINO; TÉRMINO DA FORMAÇAO DOS MEMBROS. OITAVA SEMANA DEDOS DAS MÃOS SEPARADOS, PORÉM UNIDOS POR MEMBRANAS E CABEÇA DESPROPORCIONAL. 30 Todo estudante deve ter em mente a importância das atividades no processo de aprendizagem. Dessa forma, afim de testar os seus conhecimentos adquiridos sobre o assunto estudado neste capítulo, preparamos um exercício complementar. Basta apontar a câmera do seu celular para o QR CODE abaixo Vamos praticar? 31 32 Tecido Epitelial 33 INTRODUÇÃO AO TECIDO EPITELIAL Os tecidos são constituídos por células e por uma matriz extracelular (MEC). A MEC é composta por muitos tipos de moléculas, algumas dessas moléculas são altamente organizadas e vão formar estruturas complexas como por exemplo a membrana basal. Antes as principais funções atribuídas a matriz extracelular eram fornecer apoio mecânico para células e compor um meio para transporte de nutrientes, porém, com progressos nas pesquisas, hoje nós sabemos que as células produzem a MEC, controlam sua composição e são ao mesmo tempo influenciadas e controladas por moléculas dessa matriz, ou seja, há uma intensa interação entre as células do tecido e a famosa MEC. Dessa forma, o organismo humano apesar de ser bem complexo vai ser constituído por quatro tipos básicos de tecidos: Tecido epitelial, tecido conjuntivo, tecido muscular e tecido nervoso. O tecido epitelial é um tecido formado de maneira geral por células que revestem superfícies, secretam moléculas e possuem pouca MEC. CONCEITO DE TECIDO EPITELIAL É constituído por células justapostas dispostas entre uma ou várias camadas intercelulares com o mínimo de espaço entre elas. Principais características do tecido epitelial Células poliédricas (possuem várias faces); Células justapostas; Pouca matriz extracelular (MEC); Células aderidas entre si através de junções comunicantes; Principais funções: revestimento de superfícies ou de cavidades do corpo e secreção. Tecido Epitelial 34 O fato das células do tecido epitelial serem aderidas por junções intercelulares torna possível que este tecido se organize em folhetos de revestimento ou em unidades secretoras (glândulas). Uma vez que, essas células revestem todas as superfícies externas e internas do corpo humano, tudo que entra ou sai do organismo humano deve atravessar um folheto epitelial. Sendo assim, além das principais funções do tecido epitelial citadas anteriormente neste capítulo, o mesmo ainda vai apresentar outras funções sendo elas: REVESTIMENTO E PROTEÇÃO DE SUPERFÍCIES FILTRAGEM 23 24 SECREÇÃO ABSORÇÃO TROCAS GASOSAS 25 26 27 23 Google fotos 24 Google fotos 25 Google fotos 26 Google fotos 27 Google fotos 35 ANATOMIA CELULAR DO TECIDO EPITELIAL Observando ao microscópio de luz, nem sempre será possível identificar as delimitações das células que compõe o tecido epitelial, dessa forma deve-se observar o núcleo celular, pois, geralmente o núcleo da célula acompanha formato da mesma. CLASSIFICAÇÃO CELULAR PAVIMENTOSA CÚBICA CILÍNDRICA OU PRISMÁTICA 28 LÂMINA BASAL Entre as células epiteliais e o tecido conjuntivo adjacente existe uma delgada lâmina de moléculas chamadas de lâmina basal, a mesma apenas será visualizada através de microscópio eletrônico. A lâmina basal é composta por colágeno tipo IV, glicoproteínas e proteoglicanos e sua principal função é promover adesão das células epiteliais ao tecido conjuntivo. Além disso, são importantes para filtrar moléculas. MEMBRANA BASAL Por sua vez, a membrana basal é o nome atribuído para denominar uma camada que se encontra abaixo do tecido epitelial e é visível ao microscópio de luz, pois ela vai se apresentar como uma camada mais espessa se comparada a lâmina basal. Basicamente ela é p acúmulo de fibras reticulares que juntamente com a lâmina basal formam uma membrana. 28 Google fotos 36 PORÇÕES E SUPERFÍCIES CELULARES A porção que se encontra voltada para o tecido conjuntivo é denominada de porção basal e a extremidade oposta geralmente voltada para uma cavidade ou espaço é denominada de porção apical. A superfície da porção apical é chamada de superfície livre e é o local onde encontram-se as especialidades do tecido. A superfícies onde as células entram em contato umas com as outras é chamada de superfície lateral e a superfície que continua com a superfície lateral forma a base da célula chamada de superfície baso lateral. 29 CLASSIFICAÇÃO DOTECIDO EPITELIAL O tecido epitelial pode ser classificado quanto ao formato das células como foi supracitado, ou quanto a quantidade de camada células presentes. Sendo dessa forma, denominado de: TECIDO EPITELIAL SIMPLES – quando é composto por uma única camada de células epiteliais; TECIDO EPITELIAL ESTRATIFICADO - quando é composto por duas ou mais camadas de células epiteliais; TECIDO EPITELIAL PSEUDOESTRTIFICADO – quando visualmente gera uma sensação de falsa estratificação, podendo ser confundido com o tecido epitelial estratificado. Além disso, vamos encontrar o epitélio de transição que vai compor o revestimento de regiões do trato urinário, sendo elas: bexiga, ureter e porção inicial da uretra. O TECIDO EPITELIAL DE TRANSIÇÃO recebe esse nome por ser constituído por células globosas e sem formato definido. 29 Google fotos 37 ESPECIALIDADES DA SUPERFÍCIE BASOLATERAL 30 Junções intercelulares são estruturas associadas a membrana plasmática das células e contribuem para comunicação entre elas. São estruturas abundantes no tecido epitelial, pois as células desse tecido apresentam grande adesão entre elas. Dessa forma, para que haja a separação das células que compõem um folheto epitelial é necessária uma força relativamente grande. Além das junções presentes na região lateral, vamos encontrar as Inter digitações que são dobras na membrana da célula que encaixam em dobras na membrana da célula vizinha. 30 Google fotos 38 CLASSIFICAÇÃO DAS JUNÇÕES INTERCELULARES 31 ZÔNULA DE OCLUSÃO – costuma ser uma junção mais apical, ou seja, mais próxima da superfície livre celular e forma uma espécie de “cinto” que vai circundar por completo a célula. ZÔNULA DE ADESSÃO – circunda a célula por completo e possui característica importante que é a inserção de numerosos filamentos de actina. A junção das duas zônulas formam o complexo unitivo. DESMOSSOMO – é uma estrutura complexa em forma de disco que fica na superfície lateral da célula e se liga a outro desmossomo encontrado na célula vizinha. HEMIDESMOSSOMO – se encontra na região de contato entre a célula e sua lâmina basal e vai se apresentar como metade de um desmossomo. JUNÇÕES COMUNICANTES – podem existir em praticamente qualquer local das membranas laterais de células epiteliais e tornam possível o intercâmbio de moléculas de uma célula para outra. 31 Imagem autor 39 32 ESPECIALIZAÇÕES DA SUPERFÍCIE APICAL DA CÉLULA MICROVILOSIDADES – quando observa-se através do microscópio eletrônico é possível observar a presença de micro vilosidades que são pequenas projeções do citoplasma com o formato de dedos, que podem ser curtos ou longos. Se encontra em órgãos que precisam realizar intensa absorção como por exemplo o intestino delgado e túbulos proximais dos rins. 33 32 Google fotos 33 Google fotos 40 ESTERIOCÍLIOS - são prolongamentos imóveis que na verdade são microvilos longos que se ramificam e aumentam a área de superfície celular, facilitando assim, o movimento de moléculas para dentro e para fora da célula. 34 CÍLIOS – são estruturas móveis encontradas em algumas células do tecido epitelial. Apresentam movimentos de vaivém. Estão inseridos em corpúsculos basais da célula no seu ápice; Exibem movimento; Utilizam ATP (Trifosfato de adenosina) como forma de energia; 35 FLAGELO – encontrado exclusivamente no espermatozoide é semelhante ao cílio, porém é mais longo e limitado a uma única célula. 36 34 Google fotos 35 Google fotos 36 Google fotos 41 EPITÉLIO GLANDULAR CONCEITO: Conjunto de células justapostas que tem função de secreção. CLASSIFICAÇÃO: Podem ser classificados quanto ao número de células e quanto ao local de eliminação de sua secreção. QUANTO AO NÚMERO DE CÉLULAS UNICELULARES – Só existe uma glândula unicelular no corpo humano que é a célula caliciforme presente na traqueia e no intestino. PLURICELULARES. QUANTO AO LOCAL DE ELIMINAÇÃO ENDÓCRINA: Não mantém conexão com o epitélio, não tem ducto. O produto da secreção cai diretamente na corrente sanguínea. EXOCRINA – Mantém conexão com o epitélio de revestimento. Apresenta ducto e devido a isso a secreção é mandada para fora do corpo. MISTA – Apresenta os dois ao mesmo tempo, sendo uma parte ENDROCRINA e outra EXOCRINA. QUANTO AO MODO DE SECREÇÃO MERÓCRINA- Produto liberado sai sem perda de citoplasma. Vesículas que levaram o produto para fora. Produto de secreção liberado por exocitose, assim a célula não perde material de seu citoplasma. HOLÓCRINAS – Produto liberado junto com todo citoplasma da célula, ou seja, toda a célula se perde e uma nova célula surge naquele local. Um exemplo de glândula com essa finalidade é a glândula sebácea. APÓCRINA – Produto liberado junto com uma porção apical do citoplasma da célula. Secreção descarregada com pequenas porções do citoplasma. Um exemplo é a glândula mamaria. 37 37 Google fotos 42 Todo estudante deve ter em mente a importância das atividades no processo de aprendizagem. Dessa forma, a fim de testar os seus conhecimentos adquiridos sobre o assunto estudado neste capítulo, preparamos um exercício complementar. Basta apontar a câmera do seu celular para o QR CODE abaixo Vamos praticar? 43 Tecido Conjuntivo 44 INTRODUÇÃO AO TECIDO CONJUNTIVO O tecido conjuntivo origina-se do mesoderma e é responsável pelo estabelecimento da forma do corpo. Esse papel mecânico é possível devido ao fato deste tecido ser composto por um conjunto de moléculas que formam a matriz extracelular que vai conectar as células e órgãos dando suporte ao corpo. Sendo assim, o principal componente do tecido conjuntivo é a matriz extracelular – MEC. A MEC é constituída por diferentes combinações de proteínas fibrosas e um conjunto de macromoléculas que compõem a substância fundamental amorfa. As principais fibras que iremos encontrar neste tecido são as fibras colágenas. Além disso, o tecido conjuntivo apresenta diversos tipos celulares, cada uma com uma função específica, sendo elas separadas por um abundante espaço, diferente do tecido epitelial estudado anteriormente. APRESENTAÇÕES DO TECIDO CONJUNTIVO 38 38 Google fotos Tecido Conjuntivo 45 DIVISÕES DO TECIDO CONJUNTIVO Os nomes dados ao tecido conjuntivo é de acordo com o seu componente predominante, ou a organização estrutural do tecido. Dessa forma vão existir várias classes de tecido conjuntivo. Sendo elas: TECIDO CONJUNTIVO PROPRIAMENTE DITO FROUXO, TECIDO CONJUNTIVO PROPRIAMENTE DITO DENSO, TECIDO CONJUNTIVO ADIPOSO, TECIDO CONJUNTIVO CARTILAGINOSO, TECIDO CONJUNTIVO SANGUÍNEIO, TECIDO CONJUNTIVO OSSEO. ESTE CAPÍTULO TERÁ COMO FOCO O TECIDO CONJUNTIVO PROPRIAMENTE DITO. SENDO ASSIM, AS DEMAIS SUBDIVISÕES SERÃO EESTUDADAS NOS CAPÍTULOS SEGUINTES. TIPOS SUBDIVISÃO TEC.CONJUNTIVO FROUXO COMPOSIÇÃO CÉLULAS, FIBRAS E SUBSTÂNCIA FUNDAMENTAL AMORFA FUNÇÃO PREENCHIMENTO, APOIO E NUTRIÇÃO DE TECIDO EPITELIAL. CICATRIZAÇÃO. DISTRIBUIÇÃO TECIDO DE MAIOR DISTRIBUIÇÃO NO CORPO HUMANO: PELE, NERVOS,MÚSCULOS E VASOS SANGUÍNEOS. TECIDO CONJUNTIVO PROPRIAMENTE DITO TEC. CONJUNTIVO DENSO POUCA FLEXIBILIDADE SE COMPARADO AO TEC. FROUXO, APRESENTA ABUNDANTE QUANTIDADE DE FIBRAS COLÁGENAS EM COMPARAÇÃO AOS OUTROS COMPONENTES PRESENTES NO TECIDO, E POUCO SUBASTÂNCIA FUNDAMENTAL AMORFA. RESISTÊNCIA E PROTEÇÃO O NÃO MODELADO ENVOLVE ORGÃO COMO O FÍGADO, BAÇO, OSSOS E PELE. O MODELADO SE ENCONTRA EM TENDÕES E MÚSCULOS. 46 FUNÇÕES DO TECIDO CONJUNTIVO SUSTENTAÇÃO; PREENCHIMENTO; DEFESA; NUTRIÇÃO; ARMAZENAMENTO; REPARO. O tecido conjuntivo vai apresentar diversas funções, como consequência da sua abundancia de componentes. CÉLULAS DO TECIDO CONJUNTIVO O tecido conjuntivo é composto por vários tipos celulares, cada um deles com uma função específica, que serão separadas por um abundante espaço preenchido por MEC. Algumas das células encontradas no tecido em questão como, por exemplo, os fibroblastos, se originam dentro do próprio tecido através de uma célula mesenquimal indiferenciada e vai permanecer durante toda sua vida no interior do mesmo. Outrossim, irão existir células como os mastócitos, macrófagos e plasmócitos que vão se originar de uma célula tronco da medula óssea e irão circular pelo sangue e migrar para o interior do tecido conjuntivo. Por fim, terão os leucócitos que se origem na medula óssea, migram para o tecido conjuntivo, residem por alguns dias e sofrem apoptose. TIPOS CELULARES FIBROBLASTOS: 39 39 Google fotos 47 Principal célula do tecido conjuntivo; São capazes de modular sua capacidade metabólica, essa característica reflete na sua morfologia (fibrócitos); Apresentam citoplasma abundante; Núcleo ovoide, grande e francamente corado; Citoplasma com bastante reticulo endoplasmático rugoso e complexo de golgi. 40 40 Google fotos 48 FIBRÓCITO: 41 Menores e mais delgados; Fibroblastos com pouco atividade metabólica; Aspecto fusiforme; Poucos prolongamentos; Núcleo pequeno e escuro; Forma mais alongada; Pouca quantidade de retículo endoplasmático rugoso. 41 Google fotos 49 42 MACRÓFAGOS: 43 Célula de defesa por fagocitose; Características morfológicas variáveis; Monócito r macrófago são a mesma célula em diferentes estágios de maturação; Em algumas regiões do corpo recebem nomes específicos. 42 Atlas digital de histologia básica 43 Google fotos 50 MASTÓCITOS: 44 Participam de reações alérgicas; Participam de processos inflamatórios; Participam no combate de infecções parasitárias. Célula globosa quando se encontra em estágio maduro; Citoplasma é repleto de grânulos corados; Núcleo pequeno, esférico e central. EXISTEM NO TECIDO CONJUNTIVO DUAS POPULAÇÕES DE MASTÓCITOS; O MASTÓCITO DO TECIDO CONJUNTIVO EE O MASTÓCITO DA MUCOSA. 44 Google fotos 51 PLASMÓCITO: 45 Célula de defesa do sistema imune; Produção de anticorpos; Célula grande e ovoide; Rica em retículo endoplasmático rugoso; Núcleo esférico e excêntrico. 45 Google fotos 52 Agem na defesa imunológica do organismo; Glóbulos brancos; Migram para o tecido conjuntivo; Diapedese – aumentam quando ocorre inervações locais de microrganismos; Não retornam para o sangue (exceto o linfócito); Inflamação é uma ação gerada em combate aos microrganismos. CELULAS ADIPOSAS: Existem dois tipos; Armazenam energia em forma de gordura neutra; Tecido adiposo unilocular e tecido adiposo multilocular; Unilocular – armazenamento de energia; Multilocular – temperatura corporal. 53 CELULAS MESENQUIMAIS: 46 CÉLULA RESPONSÁVEL PELA MANUNTENÇÃO DOS TECIDOS CORPÓREOS, UMA VEZ QUE, CONSEGUE SE PROLIFERAR E SE DIFERENCIAR EM OUTRAS CÉLULAS DO CORPO COM FUNÇÕES ESPECÍFICAS. MATERIAL INTERCELULAR Na MEC iremos encontrar algumas moléculas importantes para o tecido conjuntivo, entre elas, estarão as fibras que serão formadas por proteínas. As principais fibras são: FIBRAS COLÁGENAS; FIBRAS RETICULARES; FIBRAS ELÁSTICAS. 46 Google fotos 54 As fibras colágenas apresentam como principal proteína o colágeno, têm função de resistência e vai ser o tipo de fibra mais abundante do organismo humano. 47 48 47 ATLAS DIGITAL DE HISTLOGIA BÁSICA 48 ATLAS DIGITAL DE HISTOLOGIA BÁSICA 55 As fibras reticulares terão como proteína o colágeno, são extremamente finas, encontradas em órgãos hematopoiético e apresentam função de sustentação. Além disso, diferente das demais fibras, a fibra reticular só é visível com coloração preta. 49 50 49 ATLAS DIGITAL DE HISTOLOGIA BÁSICA 50 ATLAS DIGITAL DE HISTOLOGIA BÁSICA 56 As fibras elásticas por sua vez, apresentam como proteína a elastina, formam o que vamos conhecer como sistema elástico que vai apresentar a função de elasticidade. Visualmente este tipo de fibra sofrera bifurcação. 51 52 51 ATLAS DIGITAL DE HISTOLOGIA BÁSICA 52 ATLAS DIGITAL DE HISTOLOGIA BÁSICA BIFURCAÇÃO 57 Vamos praticar? Todo estudante deve ter em mente a importância das atividades no processo de aprendizagem. Dessa forma, a fim de testar os seus conhecimentos adquiridos sobre o assunto estudado neste capítulo, preparamos um exercício complementar. Basta apontar a câmera do seu celular para o QR CODE abaixo 58 Tecido Ósseo 59 INTRODUÇÃO AO TECIDO ÓSSEO Apresenta muita rigidez e resistência, por isso, as principais funções estão relacionadas com a proteção e a sustentação. É um tecido conjuntivo especializado mais duro do corpo, ou seja, ricamente calcificado. É composto por minerais e íons em forma de hidroxiopatita. Protege os órgãos vitais; Serve de suporte para tecidos moles; Proporciona apoio aos músculos esqueléticos, transformando suas contrações em movimentos úteis; Além das funções supracitadas, o tecido ósseo vai funcionar como depósito de cálcio, fosfato e outros íons (armazena ou libera de forma controlada os íons presentes no tecido, mantendo constante a concentração desses importantes componentes nos líquidos corporais). O tecido ósseo é um tipo especializado de tecido conjuntivo formado por tipos específicos de células e material extracelular calcificado que vamos chamar de matriz óssea. CONTITUINTES DO TECIDO ÓSSEO Células; Material intercelular (matriz óssea); Parte orgânico; Parte inorgânica (TODOS OS MINERAIS). Tecido Ósseo 60 MANUTENÇÃO DA MATRIZ ÓSSEA PERIÓSTEO: possui fibras celulares. É uma membrana que vai revestir o tecido ósseo por sua região externa. Apresenta como funções – proteção do corpo e nutrição. ENDÓSTEO: menos desenvolvida que o periósteo, é uma membrana de revestimento interno que auxilia no crescimento do osso. -Ambas as membranas vão fornecer: novos osteoblastos para o crescimento e recuperação do osso. CÉLULAS DO TECIDO ÓSSEO 53 Osteócitos: estão localizados em lacunas que se encontram no interior da matriz. O conjunto dessas lacunas serão interligados por meio de canalículos por onde irá ocorrer a difusão de nutrientes, existindo assim uma comunicação entre os osteócitos. Além disso, por esses canalículos vão se comunicar capilares sanguíneos. Apresenta papel fundamental na manutenção da matriz óssea; São encontrados no interior da matriz óssea; Se comunicam através de canalículos; Cada lacuna possui apenas um osteócito; 53 Google fotos 61 Dentro dos canalículos os seus prolongamentos vão estabelecer comunicação através de junções comunicantes. 54 Osteoblasto: Sintetizam a parte orgânica da matriz e se localizam na periferia óssea. Quando amadurecem se tornam osteócitos. São células encontradas na periferia;superfície e vão sintetizar a parte orgânica da matriz; Parte orgânica: colágeno I, proteoglicanos e glicoproteínas; Sintetizam osteonectina e osteocalcina; Osteonectina facilita a deposição de cálcio no osso e osteocalcina a atividade dos osteoclastos para absorção óssea; Quando estão em intensa atividade se tornam cuboides e quando estão com pouca atividade metabólica se tornam achatados; Uma vez aprisionado pela matriz óssea se tornam um osteócito. Osteoclastos: Considerado o macrófago do osso; Célula com vários núcleos; Derivado do monócito do sangue; Se encontra na região do osso que está sendo desgastada/absorvida; Função: destruição óssea; a região onde o osso é absorvido, formam as lacunas de howship. 54 Google fotos 62 55 56 55 Google fotos 56 Google fotos 63 TIPOS DE OSSO Compacto: Sem cavidades visíveis. Esponjoso: Apresenta cavidades intercomunicantes. Histologicamente classifica-se o tecido ósseo em PRIMÁRIO/IMATURO e SECUNDÁRIO/MADURO. OS dois tipos vão apresentar as mesmas células e os mesmos constituintes de matriz. A diferença é que o osso primário é o que aparece primeiro, tanto no desenvolvimento embrionário, quanto na reparação de fraturas. O osso primário vai apresentar fibras colágenas desorganizadas sem orientação definida. Outrossim, o osso secundário vai apresentar fibras colágenas organizadas em lamela, esse tipo de osso geralmente é encontrado em adultos. As lamelas são formadas por fibras colágenas que se organizam de maneira concêntrica formando camadas circulares ao redor de canais com vasos e forma o que vamos conhecer por: sistema de HARVES, pois, no centro das lamelas vai existir um canal revestido por endósteo que recebe o nome de canal de harves, onde contém nervos e vasos sanguíneos. Para que haja a comunicação desses canais de harves, vai existir um sistema paralelo formado por canais transversais ou oblíquos chamados de canais de VOLKMAN, diferente dos canais de harves, os canais de Volkmann não se organizam em lamelas. 64 57 57 Google fotos 65 58 58 Google fotos 66 Vamos praticar? Todo estudante deve ter em mente a importância das atividades no processo de aprendizagem. Dessa forma, a fim de testar os seus conhecimentos adquiridos sobre o assunto estudado neste capítulo, preparamos um exercício complementar. Basta apontar a câmera do seu celular para o QR CODE abaixo 67 Tecido Cartilaginoso 68 INTRODUÇÃO AO TECIDO CARTILAGINOSO O tecido cartilaginoso se trata de um tecido conjuntivo especializado de suporte. Suas principais funções são: Revestimento de superfícies articulares; Formação e crescimento de ossos longos; Suporte de tecidos moles; Facilita deslizamento dos ossos nas articulações; Não contém vasos sanguíneos, linfáticos e nem nervos. CONSTITUITES DO TECIDO CARTILAGINOSO Células: condroblastos na região mais superficial e condrócitos localizados no interior de uma lacuna (relembra a organização do tecido ósseo); Matriz: substância que passa fora das células; Pericôndrio: membrana vascularizada que envolve as cartilagens, exceto as fibrosas e articulares. O pericôndrio é uma camada de tecido conjuntivo denso responsável pela nutrição e oxigenação da cartilagem, apresenta nervos, vasos sanguíneos e linfáticos. Tecido Cartilaginoso 69 CÉLULAS DO TECIDO CARTILAGINOSO Condroblastos: Sintetizam a maior parte dos componentes da matriz intercelular. Sendo eles, fibras colágenas e substância fundamental amorfa com consistências emborrachada. Além disso, serão responsáveis por sintetizarem os condrócitos. Condrócitos: São células menos ativas e apresentam a função de manutenção da matriz intercelular. Se encontram aprisionadas em uma lacuna na região mais central da cartilagem. (células menos ativas). Na cartilagem será possível identificar dois tipos de matriz, a matriz territorial que é visualmente mais corada e que fica envolta da célula (contorno da lacuna) e uma matriz mais afastada da região de contorno de lacuna que é denominada de matriz Inter territorial. 70 TIPOS DE CARTILAGEM ELÁSTICA FORMADA POR FIBRAS ELÁSTICAS FIBROSA FIBRAS COLÁGENAS TIPO 1 HIALINA POSSUI MATRIZ DE FIBRILAS DE COLÁGENO TIPO 2, FORMA O PRIMEIRO ESQUELETO DO EMBRIÃO E É O TIPO MAIS ABUNDANTE NO CORPO HUMANO HIALINA FIBROCARTILAGEM ELÁSTICA COM A PRESENÇA DE GRUPOS ISÓGENOS (GRUPOS DE CÉLULAS) TIPOS DE CRESCIMENTO DA CARTILAGEM INTERSTICIAL A PARTIR DAS DIVISÕES MITÓTICAS DOS CONDRÓCITOS PRÉ-EXISTENTES. SÓ OCORRE NO EMBRIÃO E SE DIVIDEM DENTRO DA PRÓPRIA LACUNA DO CONDRÓCITO. APOSICIONAL A PARTIR DAS CÉLULAS DO PERICÔNDRIO. 71 Vamos praticar? Todo estudante deve ter em mente a importância das atividades no processo de aprendizagem. Dessa forma, a fim de testar os seus conhecimentos adquiridos sobre o assunto estudado neste capítulo, preparamos um exercício complementar. Basta apontar a câmera do seu celular para o QR CODE abaixo 72 Tecido Muscular 73 TECIDO MUSCULAR Os mioblastos dão origem a células do músculo; Fibra muscular é a célula do tecido muscular; Sarco = músculo. O tecido muscular apresenta uma origem mesodérmica e é constituído por células alongadas com filamentos de proteínas contráteis que utilizam como fonte de energia as moléculas de ATP (adenosina trifosfato) que é a principal molécula transportadora de energia nos seres vivos. As células desse tecido são denominadas fibras musculares ou miócitos. Devido a sua capacidade contrátil esse tecido se torna responsável por diversos movimentos corporais. De acordo com sua morfologia e funcionalidade dividimos esse tecido em 3 tipos, sendo eles: muscular estriado cardíaco, muscular estriado esquelético e muscular liso. MUSCULAR ESTRIADO ESQUELETICO Presença de feixes musculares; Células cilíndricas com filamentosque são denominados miofibrilas; Núcleos periféricos; Apresenta estriações transversais; Tecido muscular ligado ao osso; Tecido Muscular 74 Apresenta contração voluntária, rigorosa/forte e rápida. O musculo esquelético do nosso corpo, como por exemplo, bíceps e tríceps são organizados por feixes musculares (agrupamentos de células) que são envolvidos inteiramente por uma camada de tecido conjuntivo denominado EPIMÍSIO. Do epimísio são projetados septos de tecido conjuntivo que se dirigem para o interior do musculo, separando o mesmo em feixes musculares, neste momento esse tecido conjuntivo antes denominado de epimísio passa a se chamar PERIMÍSIO. Por conseguinte, do perimísio também são projetados septos que vão dirigir-se para o interior dos feixes musculares e envolver cada fibra individualmente, essa nova subdivisão deste tecido conjuntivo recebe o nome de ENDOMISIO. Essas camadas de tecido conjuntivo possuem funções importantes, pois, contribuem para que a força da contração se espalhe pelo músculo inteiro. Além disso, é através desse tecido conjuntivo que atravessam vasos linfáticos, nervos e vasos sanguíneos que penetram e formam uma rede de capilares que irrigam as fibras musculares. As fibras musculares do musculo esquelético apresentam miofibrilas com estriações transversais que são resultado da organização e repetição da unidade funcional do músculo que denominamos de SARCÔMERO, que são repetições de Z a Z (duas semibandas I, uma banda A e uma banda H). A faixa escura do sarcômero recebe o nome de banda A e possui no seu interior uma 59 Google fotos faixa clara que recebe o nome de banda H. A parte clara recebe o nome de banda I e no seu centro encontra-se a linha Z. Da linha Z partem filamentos finos (actina) que vão até a banda H. Os filamentos grossos (miosina) ocupam a região central do sarcômero. Fibra muscular possui até 30 centímetros e apresenta de 10 a 30 micrômetros. AS MIOFIBRILAS FORMAM A FIBRA - QUE SE ORGANIZAM EM FEIXES - QUE FORMAM O MÚSCULO. BANDA I: Apenas filamentos finos; BANDA A: Filamentos finos e grossos; BANDA H: Apenas filamentos finos. 59 75 CONTRAÇÃO MUSCULAR As miofibrilas vão ser constituídas por quatro proteínas principais: MIOSINA, ACTINA, TROPOMIOSINA E TROPONINA, que vão realizar a contração do músculo através da saída do cálcio. O tecido muscular possui uma grande quantidade de retículo endoplasmático liso que se tornou especializado principalmente em células musculares no qual vamos chamar a partir de agora de RETÍCULO SARCOPLASMÁTICO que vai apresentar um importante papel para a contração muscular, pois, para que a mesma ocorra é necessário a disponibilidade de íons cálcio e esse retículo sarcoplasmático vai agir “sequestrando” cálcio do citosol. Passo a passo da contração muscular: 1. O estímulo para a contração muscular é gerado por um impulso nervoso que se inicia na placa motora e se propaga pela membrana das fibras até atingir o retículo sarcoplasmático; 2. As contrações das fibras esqueléticas são comandadas por nervos motores que se ramificam no tecido conjuntivo que envolve os feixes musculares e na região terminal do nervo onde o mesmo entra em contato com a fibra muscular, ocorre a perda da bainha de mielina e se forma uma pequena dilatação que se encaixa em depressões presentes nas fibras; 3. Quando o impulso nervoso chega até o retículo sarcoplasmático o mesmo libera o cálcio; 4. O cálcio é um íon que apresenta muita afinidade pela troponina “C”, dessa forma o cálcio de liga a essa proteína; 5. Quando ocorre a ligação troponina “C” + cálcio, a troponina C puxa a tropomiosina; 6. Em seguida devido a essa ligação é formado o complexo troponina/tropomiosina que vai liberar o sítio ativo da actina deixando o caminho livre para a miosina; 7. As pontes cruzadas de miosina têm a função de ATPase e a mitocôndria libera ATP no sarcoplasma que vai ser quebrada pelo magnésio; 8. Miosina se conecta ao sítio ativo da actina; 9. Posteriormente, o magnésio ajuda a quebrar a molécula de ATP gerando energia para o músculo se contrair; 10. Em seguida, outra molécula de ATP resulta na quebra da ligação da miosina com a actina; 11. Para finalizar a contração o cálcio sai da troponina voltando para o retículo sarcoplasmático fazendo com que a troponina e a tropomiosina fechem o sítio ativo da actina. Sistema transversal 76 TÚBULO T Em fibras musculares mais calibrosas o processo de contração citado anteriormente seria uma onda de contração lenta e as miofibrilas periféricas irão se contrair antes das miofibrilas da região mais profunda do músculo. Porém, existe um sistema transversal ou sistema do túbulo T que é responsável por gerar uma contração muscular uniforme em cada fibra muscular. Esses túbulos T são formados como consequência de invaginações da membrana plasmática do músculo o sarcolema cujos ramos vão envolver as bandas I e A dos sarcômeros. Sendo assim, em cada lado do túbulo T vai existir a expansão ou cisterna terminal do retículo sarcoplasmático. A junção túbulo T + as duas expansões do retículo sarcoplasmático recebem o nome de tríade. MUSCULAR ESTRIADO CARDÍACO Células alongadas e ramificadas; Apresenta estrições; Se unem por meio de discos intercalares; Apresenta contração involuntária, vigorosa/forte e rítmica. As células do músculo estriado cardíaco se assemelham com as células do músculo estriado esquelético, por apresentarem estriações transversais. Porém, o músculo estriado cardíaco apresenta células com morfologia diferente, uma vez que não são multinucleadas, pois, são constituídas por apenas um ou dois núcleos e não apresentam núcleo na periferia, sendo o mesmo centralizado. No músculo cardíaco também iremos encontrar uma delgada camada de tecido conjuntivo que vai circundar as miofibras e receber o nome de endomísio. Uma característica exclusiva do tecido muscular cardíaco é a presença de junções comunicantes abertas denominadas de DISCOS INTERCALARES. Essas junções aparecem como linhas retas e exibem o formato de escadas, possuindo assim uma parte vertical e uma parte horizontal. Nos discos intercalares vamos encontrar zônulas de adesão, desmossomos e junções comunicantes que foram explicados no capítulo de tecido epitelial presente nesta apostila. A contração dessa musculatura ocorre da mesma forma da musculatura esquelética. Contudo, no músculo cardíaco o sistema T e o retículo sarcoplasmático não são bem organizados, apresentando apenas uma expansão de túbulo T ao invés de duas. Dessa maneira, no coração não são frequentes a observação de tríades e sim de díades. 77 Cabe pontuar ainda, que no coração vai existir células cardíacas modificadas que vão se acoplar a outras células da musculatura em questão e agirem de forma muito importante para a geração e condução do estímulo cardíaco. Sendo assim, as contrações das câmaras cardíacas ocorrem em uma determinada sequência. Muscular liso Células unicelulares; Formato fusiforme; Núcleo centralizado; Sem estriações; Contração: involuntária e lenta. Hiperplasia: Aumento do número de fibras musculares; Hipertrofia: Aumento do tamanho/volume das fibras musculares. As células musculares lisas são revestidas por uma lâmina basal e são mantidas unidas através de uma rede de fibras reticulares, de maneira que a contração ocorra em todas as células deste tecido. Essas fibras reticulares funcionam como uma espécie de “corda” que amarra uma célula a outra. A contração desta musculaturase dá de forma distinta da contração apresentada anteriormente nos outros dois tipos de tecido muscular supracitados, pois, a musculatura lisa não apresenta sarcômeros como unidade funcional. Então, embora necessite das proteínas actina e miosina a contração irá ocorrer de forma diferente. Contração da musculatura lisa: 1. Na musculatura lisa não existe retículo sarcoplamático; 2. Sobre o estímulo do sistema nervoso autônomo, as moléculas de íons cálcio vão migrar do meio extracelular para o sarcoplasma através de canais próprios; 3. Os íons cálcio se combinam com moléculas de proteínas denominadas calmodulinas, formando o complexo calmodulina+ cálcio e ativa a enzima quinase da cadeia de miosina II; 4. A enzima quinase vai fosforilar a miosina II e essa molécula irá tomar a forma filamentosa e liberar os sítios ativos que tem atividade de ATPase e se combinam com a actina; 5. A combinação dos sítios ativos com a actina libera energia do ATP, gerando o deslizamento dos filamentos de actina e de misosina II uma sobre a outra; 6. As proteínas motoras (actina e miosina II) se encontram ligadas a filamentos intermediários de demisina e vimetina que se prendem aos corpos densos da membrana celular e promovem a contração como um tod 78 Tecido Nervoso 79 TECIDO NERVOSO Anatomicamente o sistema nervoso é dividido em dois: Sistema nervoso central (SNC): Constituído por encéfalo e medula espinhal. Sistema nervoso periférico (SNP): Constituído por gânglios e nervos. Tecido Nervoso 80 Observando de um ponto de vista histológico o tecido nervo é composto por dois principais componentes, sendo eles os neurônios e as células da glia ou neuróglia. No SNC podemos observar uma segregação entre os corpos celulares dos neurônios e seus prolongamentos, o que visualmente observando pelo microscópio vai gerar uma divisão na qual vamos denominar de substância branca e substância cinzenta. A principal diferença histológica entre as duas substâncias é que na substância cinzenta estará presente os corpos celulares dos neurônios, alguns prolongamentos dos mesmos e células da glia. Outrossim, na substância branca não será possível identificar corpos celulares de neurônios, sendo visíveis apenas prolongamentos que determinadas vezes são envolvidos por um material branco denominado mielina que contribuem para a coloração desta substância e células da glia. Cabe pontuar ainda que, assim como as células musculares vistas no capítulo anterior, as células neuronais são consideradas excitáveis, uma vez que são responsáveis por responder a alterações provocadas no meio o qual se encontram. Dessa forma, os neurônios reagem a estímulos vindos do meio, e desencadeiam uma resposta específica através de um potencial elétrico que vamos denominar de impulso nervoso. A função deste impulso nervoso é justamente transmitir determinada informação para outras partes do corpo como, por exemplo, os músculos esqueléticos. No tecido nervoso também será presente o que chamamos de “atos de reflexo”, vamos supor que por falta de atenção você encostou sua mão em uma panela quente, rapidamente por meio dos atos reflexos você irá tirar a mão como forma de autodefesa, mesmo antes daquela informação ser processada. Posteriormente, em questão de milissegundos o estímulo produzido pela sensação de calor vai gerar uma informação que será recebida, transmitida, processada pelos neurônios e imediatamente será desencadeada uma resposta no SNC que levará você a interpretar aquele estímulo como doloroso. FUNÇÕES FUNDAMENTAIS DO SISTEMA NERVOSO 81 Detectar, transmitir e analisar informações geradas pelo meio através de estímulos sensórias como: calor, luz, energia mecânica, modificações do meio externo e interno; Organizar e coordenar de forma direta ou indireta a funcionalidade de praticamente todas as funções do nosso organismo. Sendo assim, é o SNC que controla condições como pressão sanguínea e teor de glicose. Neurônios FUNÇÃO: Transmissão – Recepção – Processamento; COMPONENTES PRINCIPAIS: dendritos, corpos celular e axônio. TIPOS DE NEURONIOS: MOTOR: leva informações do SNC para os órgãos alvo; SENSORIAL: recebe estímulos vindos do meio e transmite para o SNC; INTERNEURONIO: estabelece uma conexão, recebe a informação de um neurônio e repassa para outro neurônio. Corpo celular: Pode receber estímulos e coordenar todas as atividades dos neurônios. Vai agir como centro trófico do neurônio, PORÉM TAMBÉM CONSEGUE RECER E INTEGRAR ESTÍMULOS. No corpo celular encontra-se o citoplasma do neurônio que é rico em retículo endoplasmático rugoso, que forma diversas cisternas ao redor do núcleo e diversos polirribossomos livres. Ambos resultam na formação de corpúsculos que denominamos corpúsculos de Niss. Dendritos: Os dendritos se assemelham com galhos de árvores e ficam cada vez mais finos a medida que se ramificam. São responsáveis por receber os diversos estímulos vindos dos axônios de outros neurônios. A porção terminal dessas estruturas apresentam projeções pequenas que são denominadas de gêmulas ou espinhas. Axônio: Cada neurônio do tecido nervoso contém apenas um axônio e na maioria dos casos esse axônio é maior que os dendritos da própria célula. Esta estrutura se origina de 82 outra estrutura piramidal intitulada de cone de implantação. Além disso, axônios de neurônios mielinizados terão o seu início denominado de porção inicial, paralelo a isso a porção final do neurônio recebe o nome de telodrendo. Assim como os dendritos se ramificam, o axônio pode se ramificar em um ângulo reto e formar o que chamamos de prolongamentos colateriais do axônio. CÉLULAS DA GLIA No tecido nervoso é presente diversos tipos celulares com funções distintas que se encontram ao lado do neurônio. Nas lâminas histológicas cordas por hematoxilina-eosina (HE), essas células não são bem visíveis, conseguimos observar apenas os seus núcleos. Calcula-se que no SNC é presente 10 células da glia para cada neurônio existente. Dessa forma, além de proporcionar um ambiente adequado para os famosos neurônios as células da glia também irão apresentar funções específicas. 83 OLINGODENDRÓCITOS São responsáveis pela produção da bainha de mielina nos neurônios do SNC; Possuem prolongamentos que se enrolam ao redor do axônio do neurônio produzindo a bainha de mielina que funciona como isolante elétrico. CÉLULAS DE SCHWAN Possuem a mesma função dos oligondrendóciotos, porém produzem a bainha de mielina nos neurônios do SNP. ASTRÓCITOS São células em forma de estrela que ligam os neurônios a capilares sanguíneos e a pia- máter; Astrócitos protoplasmáticos: possuem maior número de prolongamentos e se encontram principalmente na substância cinzenta; Astrócito fibroso: possuem menor número de prolongamentos e se localizam na substância branca. FUNÇÕES: Sustentação – controle da composição iônica e molecular do meio extracelular – possuem receptores para noreprefina – absorve os excessos de neurotransmissores – sintetizam moléculas neurativas. Se comunicam através de junções comunicantes. CÉLULAS EPENDIMÁRIAS Possuem a função de revestimento; São encontradas revestindo os ventrículos cerebrais e o canal medular; Em alguns locais possuem cílios que ajudam na movimentação do líquido cefalorraquidiano. MICRÓGLIA Célula de defesa por fagocitose; Participam da inflamação e da reparação do sistema nervoso; São derivadas de células precursoras que migram da medula óssea pelosangue; São conhecidas como “macrófago” do sistema nervoso. 84 Vamos praticar? Todo estudante deve ter em mente a importância das atividades no processo de aprendizagem. Dessa forma, a fim de testar os seus conhecimentos adquiridos sobre o assunto estudado neste capítulo, preparamos um exercício complementar. Basta apontar a câmera do seu celular para o QR CODE abaixo 85 Tecido Sanguíneo 86 INTRODUÇÃO AO TECIDO SANGUÍNEO O sangue se encontra contido no que vamos chamar de sistema circulatório, onde o mesmo mantém o movimento unidirecional e regular. Vai apresentar como componentes: o plasma, que vai compor 49% do sangue, é uma substância aquosa onde é possível encontrar componentes de pequeno e de elevado peso molecular, sendo suas principais proteínas as albuminas, as alfa, beta e gemaglobulinas, as lipoproteínas e as proteínas que participam da coagulação do sangue, como protombina e fibrinogênio. Além disso, teremos como componentes do sangue os eritrócitos 50%, plaquetas e leucócitos 1%. Tecido Sanguíneo 87 PRINCIPAIS FUNÇÕES DO SANGUE Atua como meio de transporte para o oxigênio, co2, nutrientes e metabólitos dos locais de síntese de absorção; Participa na distribuição do calor, no equilíbrio ácido – base e no equilíbrio osmótico dos tecidos; Auxilia as células a realizarem o processo de diapedese dos vasos para os tecidos. HEMOGRAMA COMPLETO O hemograma completo é um exame que avalia as células sanguíneas de um paciente, tanto da série branca (leucócitos), quanto da série vermelha (hemácias). O exame usa como base os parâmetros de referência. Estes parâmetros por sua vez, são obtidos tendo como base a população o qual o laboratório atende. Sendo assim, os parâmetros de referência dos dois laboratórios podem ser distintos pois, ambos atender um perfil de paciente. Abaixo segue o modelo de exame de hemograma completo com os elementos analisados da série vermelha e seus parâmetros de referência. 60 O que significa cada parâmetro? RDW = O RDW, nos informa se existe ou não, no sangue analisado, diferença de tamanho entre as hemácias. Dessa forma, se torna um parâmetro útil para diferenciar anemias. VCM = HEMOGLOBINA CORPUSCULAR MÉDIA, é um índice presente no hemograma que indica a média do tamanho das hemácias. Ajuda na observação do tamanho das hemácias e no diagnóstico de anemia. - MICROCÍTICA = hemácia pequena; - MACROCÍTICA = hemácia grande. CHCM = CONCENTRAÇÃO DE HEMOGLOBINA CORPUSCULAR MÉDIA, quando este parâmetro se encontra alto no hemograma significa que há mais hemoglobina que o normal dentro dos glóbulos vermelhos, logo essa célula fica mais escuro, sendo denominada de hipercrómica. 60 Habilitação em análises clínicas – curso de biomedicina: disciplina de hematologia clínica - unichristus 88 DEFINIÇÕES DO HEMOGRAMA COMPLETO Hematrócrito = volume em porcentagem ocupado pelos glóbulos vermelhos, em relação ao volume total de sangue; Anisocitose = diferença no tamanho dos glóbulos vermelhos; Normocrômica = coloração da célula se encontra em estado normal; Hipercrômica = aumento na coloração dos glóbulos vermelhos, reflete no aumento da concentração de homoglobina; Hipocrômica = redução na coloração dos glóbulos vermelhos, reflete na diminuição das hemoglobinas. Microcitose = diminuição do tamanho dos glóbulos vermelhos – anemia por deficiência de ferro; Macrocitose = aumento no tamanho dos glóbulos vermelhos – anemia por deficiência de folato e B12 Anisocromia = presença de células vermelhas com variações de tamanhos. ANEMIA Anemia falciforme = hemácia em formato de foice; Anemia ferropriva = falta de ferro; Anemia perniciosa = deficiência de B12; Anemia aplásica = diminuição na produção de células; Anemia megaloblástica = tamanho anormal de glóbulos vermelhos e diminuição de glóbulos brancos e plaquetas. ESFREGAÇO SANGUÍNEO É a extensão de uma fina camada de sangue sobre uma lâmina, que após corada é analisada no microscópio e é feito sempre há solicitação do hemograma ao paciente. Tem como objetivo analisar a morfologia das células, fornece informações sobre a ativação do número de leucócitos e plaquetas, investigar problemas hematológicos, distúrbios encontrados no sangue e presença de eventuais parasitas. 61 62 61 Google fotos 62 Google fotos 89 MORFOLOGIA E FUNÇÃO DOS ERITRÓCITOS/HEMÁCIAS Disco bicôncavo; Anucleada; Centro da células mais claro em relação as extremidades; Presença de hemoglobina; Não apresenta mitocôndrias; Elemento mais abundante do sangue; Hematócrito = exame que avalia as hemácias. MORFOLOGIA E FUNÇÕES DAS PLAQUETAS 63 64 As plaquetas são fragmentos de megacariócitos (células presentes na medula óssea); Anucleadas; Medem de 1,5 a 3,0 micrômetros de diâmetro; Circulam no sangue com formato de disco achatado quando não estimuladas; Agem na coagulação do sague, ou seja, formação de coágulo; Atua na reparação das paredes dos vasos sanguíneos. 63 Google fotos 64 Google fotos Responsável por transportar oxigênio (principalmente) e o gás carbônico aos tecidos. 90 MORFOLOGIA E FUNÇÕES DOS LEUCÓCITOS 65 NEUTRÓFILOS: CÉLULA PORLIMORFONUCLEADA (2 A 5 LÓBULOS); BASTONETES = NEUTRÓFILOS JOVENS; PRIMEIRA LINHA DE DEFESA DO SISTEMA IMUNE (INATA); FAGOCITOSE E OPCIONIZAÇÃO – DEMONSTRA O MICROORGANISMO PARA AS CÉLULAS DE DEFESA. EOSINÓFILOS: POSSUI GRANULOS CORADOS COM EOSINA (ROSA); NÚCLEO BILOCULAR (DOIS LÓBULOS); ATUA NA DEFESA CONTRA PARAITAS, PROCESSOS INFLAMATÓRIOS CRÔNICOS E REAÇÕES ALERGICAS; BASÓFILO: NÚCLEO IMPERCEPTÍVEL DEVIDO A GRANDE QUANTIDADE DE GRÂNULOS; MEDIADORES INFLAMATÓRIOS; ATUA EM REAÇÕES ALERGICAS; HEPARINA E HISTAMINA = QUIMIOTAXIA (CHAMA OUTRAS CÉLULAS). LINFÓCITOS: ATUA NA DEFESA IMUNOLÓGICA (ADQUIRIDA); POSSUEM ÚCLEO ESFÉRICO; RETORNAM DO SANGUE PARA O TECIDO; NÚCLEO OCUPA MAIOR PARTE DO SEU CITOPLASMA. 65 Habilitação em análises clínicas – curso de biomedicina: disciplina de hematologia clínica - unichristus 91 MONÓCITOS: NÚCLEO EM FORMA DE RIM (2 A 3 NÚCLEOLOS); DENOMINA-SE MACRÓFAGO QUANDO PRESENTE NO TECIDO CONJUNTIVO; REALIZA FAGOCITOSE E QUIMIOTAXIA; NÚCLEO EM FORMATO DE LETRA “C”. Os leucócitos possuem a função de proteger o organismo contra infecções; São classificados em granulócitos (com grânulos) ou agranulócitos (sem grânulos); Possuem origem da medula óssea e tecidos linfoides; Sofrem quimiotaxia, ou seja, são atraídos por citocinas liberadas em sítios inflamatórios. 66 66 Google fotos 92 Sistema Imunitário 93 INTRODUÇÃO AO SISTEMA IMUNE Defesa contra microrganismos invasores e toxinas; Reconhece células estranhas (malignas); Formado por órgãos linfáticos e células imunitárias (leucócitos). CÉLULAS IMUNITÁRIAS Vão distinguir moléculas do nosso próprio corpo (self) de moléculas estranhas (no-self); Moléculas consideradas estranhas: vírus, bactérias, fungos, células malignas... Células de defesa são produzidas na medula óssea; Vão se diferenciar em vários tipos celulares
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